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1. Introdução
A maioria das plantas são hermafroditas e não possui cromossomos sexuais, ou eles não são
destinguiveis morfologicamente. Porém em alguns grupos de plantas diócas o sexo é determinado
por cromossomos sexuais, sendo o sistema XY o mais comum. Os cromossomos sexuais em plantas
tem particular interesse pelo fato destes terem evoluido diversas vezes independentimente e
recentemente, logo o seu estudo é de grande importancia para o entendimento da evolução dos
cromossomos sexuais (Charlesworth 2002).
Cannabaceae foi separada de Moraceae por Rendle (1925), é considerada atualmente como
grupo-irmão de Moraceae e Urticaceae e é a única família de angiospermas onde todas as espécies
possuem cromossomos sexuais (Grabowska-Joachimiak et al. 2011). Os dois gêneros mais
estudados da família são Humulus e Cannabis. O gênero Humulus possui duas espécies que
possuem o cariótipo bem documentado: H. japonicus e H. lupulus. H. Lupulus, conhecido como
Lúpulu é historicamente usado na produção de cerveja e H. japonicus é uma planta ornamental de
origem japonesa. As plantas do gênero Cannabis são cultivadas pelo ser humano a pelo menos
10.000 anos (Razumova et al. 2016) e são amplamente usadas, onde seu cultivo é descriminalizado,
para a produção de fibras, óleos e sementes bem como para a produção medicinal e recreativa de
maconha. Os dois generos são amplamente suportados por análises filogenéticas como sendo grupo-
irmãos (Yang et al. 2013).
Neste contexto o presente trabalho teve por objetivo trazer o conhecimento atual sobre os
cromossômos sexuais das plantas pertencentes ao clado Humulus/Cannabis pertencente a família
Cannabaceae.