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PET-REL
Heitor Torres
2011 set 13
(a partir de apresentação elaborada em 2011 out 27)
OFICINA DE ANÁLISES 1
Oficina de Análises
Heitor Torres
O que é uma análise?
Uma análise de conjuntura é um texto breve que visa a explicar um evento do
cenário internacional.
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Como estabelecer relações de causalidade?
Deve-se partir da premissa de que o evento é parte de um fenômeno maior.
É por isso que o LARI e as análises devem ter como preocupação fundamental
relacionar fato a processo.
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europeus da época?" — pode levar a uma obra com mais de 15.000
páginas e 27 volumes [a coordenada por Joseph Needham].
A lição que fica é que é necessário salientar apenas poucas causas para desenvolver
uma análise.
Tudo isso pode ser resumido em uma ideia: a de que o recorte analítico deve ser
bem feito.
• Trata-se da descrição.
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• A descrição, dada a extensão de uma análise, deve ser breve.
• Deve ser restrita a um ou dois parágrafos introdutórios e a
informações para sustentar a argumentação, apresentadas nos
parágrafos de desenvolvimento.
• Trata-se da argumentação.
Fato e processo são decorrências ontológicas de uma teoria: são exemplares do que há
de relevante para ser observado no sistema internacional.
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Empregar teorias não significa necessariamente aplicar quadros teóricos de grandes
tradições, como liberalismo, realismo e outro "ismos" com pretensões mais ou
menos universalizantes.
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Exercícios
A Economist publica, todas as semanas, artigos com teor mais descritivo — os que
estão no corpo das seções regionais Americas, Middle East and Africa, Asia etc — e
artigos com teor mais analítico sobre atualidades da política internacional e da
economia mundial. Os artigos com teor mais analítico são:
• Os leaders;
• Os editoriais por região (Lexington, Charlemagne, Banyan, Bagehot);
• Os editoriais por área de interesse (Schumpeter, Buttonwood);
• Os artigos de reportagens especiais ou agrupados em briefings.
Nos artigos analíticos, normalmente é possível identificar fato, processo, ligação
fato-processo, teoria subjacente ao texto e recorte analítico — tudo isso em textos
muito curtos e com argumentos incisivos.
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B) Fontes pouco usuais: blogs e tweets de escritores importantes (a Foreign Policy
emprega vários deles) podem trazer informações condensadas e raciocínios
experimentais sobre os eventos recentes, caso a inspiração não venha com as fontes
tradicionais.
C) Seja analiticamente original. A maioria das ideias que surgirão serão derivadas
de textos lidos e talvez até muito parecidas com argumentos conhecidos. Isso é
natural e bom: as ciências sociais são raramente contra-intuitivas. Os bons
exemplares das ciênciais sociais também são analiticamente originais, isto é, capazes
de usar informações e variáveis conhecidas para produzir análises originais. Para
isso, nada de lampejos de inspiração. É necesário conhecer bem as informações
usadas e construir cautelosamente os argumentos, o que demanda leituras atentas,
releituras e notas.
E) Para limitar o escopo, pense mais como um tomador de decisões que como um
acadêmico. Uma análise pode ser vista como um ensaio curto sobre um tópico
atual. Mas também pode ser vista como um relatório analítico sobre um tópico
com interesse político premente. Esses relatórios são marcados pela concisão e
objetividade — qualidades de uma boa análise. Tente escrever imaginando que o
seu texto vai ser entregue a um tomador de decisão que usará seu tempo limitado
para compreender tópicos complexos em uma viagem ou antes de uma reunião.
Use os recursos que chamariam sua atenção: repercussões relevantes, atores
envolvidos, interesses em questão.
F) Releia o texto final e apague tudo que não estiver relacionado ao escopo que
você delimitou. Vítimas comuns são passagens para contextualizar excessivamente
uma informação; especulações relacionadas ao tópico, mas que estão fora do seu
recorte analítico e que, logo, estão precariamente argumentadas; e argumentos
com contra-argumentação automática, ou seja, com fragilidades muito evidentes.
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