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ADVOCACIA Mara Dayane de Araujo Almada – OAB/RO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL
DA COMARCA DE PORTO VELHO/RO.
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Av. Carlos Gomes, n° 513 - Caiari - CEP: 76801-166 - Porto Velho/RO -
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No mais, é sabido que o sistema bancário em nosso país, principalmente no
tocante ao atendimento ao público sofre com várias deficiências, em virtude da
ausência de contratação de mão – de -obra qualificada, o que ocasiona filas longas,
bastante demora para se resolver questões simples, a exemplo de sacar dinheiro,
pagar conta, contratar um serviço.
DA ASSISTÊNCIA GRATUITA
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Especial, em primeiro grau de jurisdição, independe do pagamento de custas
iniciais, somente sendo devidas como preparo de eventual recurso inominado
para a Turma Recursal. (AC n. 100.014.2006.005620-1, rel. Des. Roosevelt
Queiroz Costa, j. em 29/11/2006).
O art. 4º, da Lei 1.060/50, não colide com o art. 5º, LXXIV, da CF, bastando à
parte, para que obtenha o benefício da assistência judiciária, a simples
afirmação da sua pobreza, até prova em contrário. (STF, RE nº 207.382-2/RS,
rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, julgado em 22.4.97, RT 748/172).
Por outro lado, pacífico é o entendimento de que para o indeferimento da
assistência judiciária gratuita, deve o julgador, em fundadas razões, descrever
o motivo do indeferimento, não devendo simplesmente fundamentar, mas
deixar claro o motivo pelo qual foi indeferido o pedido, declinando as razões
que o motivaram.
DO DIREITO
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Assim sendo, o proporcional seria disponibilizar mais caixas e funcionários,
para efetivar os atendimentos aos usuários, para possibilitar atendimento em tempo
razoável, e ainda de acordo com determinação legal.
Consoante o apurado, conclui-se que tais práticas adotadas pela instituição
requerida no sentido de, simplesmente, recusar a cumprir as medidas determinadas
pela Lei Municipal n. 1.350/99, sendo alterada pela também Lei Municipal n.
1.631/2005, frustram as disposições da ordem econômica, em especial, a defesa do
consumidor, conforme reza o artigo 170, inciso V, da Constituição Federal e diversos
dispositivos do Código de Defesa do Consumidor, comprometendo a saúde dos
consumidores usuários do serviço de atendimento no caixa das agências bancárias
em Porto Velho/RO, que se viram à mercê de práticas atentatórias aos bens
jurídicos pertencentes à toda a sociedade.
O Requerente alicerça seus pedidos com fulcro nas leis municipais 1.350/99,
alterada pela lei n. 1.631/2005, tendo em vista que a instituição bancária requerida,
simplesmente, a descumpre de maneira injustificada.
Assim sendo, havia certa celeuma de que as leis municipais que
dispunham sobre tempo de permanência de usuários nas filas dos bancos fugiam
da competência do Município, uma vez que a competência era exclusiva da União,
visto que o art. 192, inciso IV, da Constituição da República reza que:
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desrespeitassem a Lei Distrital 2.547/2000. A norma prevê, entre outras
garantias ao consumidor, tempo razoável para atendimento nas
instituições bancárias.
Nessa decisão, o ministro Celso de Mello entendeu, com apoio em
precedentes do Supremo Tribunal Federal, que o Distrito Federal e os municípios
dispõem de competência para editar, com fundamento na própria
Constituição Federal, leis que exijam dos Bancos maior conforto e
segurança aos usuários. A decisão acolheu entendimento do Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e Territórios TJDFT que manteve eficácia da lei".
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Assim, cabe ao Judiciário atuar para que a legislação vigente seja
cumprida, independente do poderio econômico que as requeridas detêm, evitando
o desconforto das intermináveis esperas, em longas filas e, conseqüentemente, a
exposição da saúde e, talvez, da própria vida dos consumidores aos graves riscos
que poderão surgir. O meio pelo qual a tutela pode ser efetuada é pela indenização
do DANO MORAL.
O art. 1º, inc. V, da Resolução n. 2.878, do BACEN dispõe que as instituições
financeiras devem adotar medidas que objetivem assegurar:
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OBJETIVA, quais sejam: LEALDADE + CONFIANÇA e do EQUILÍBRIO NAS
RELAÇÕES DE CONSUMO, o que acarreta o Dano Moral.
Logo, tem-se que o direito pleiteado pela Requerente, diante da legislação
pátria, apresenta-se líquido e certo, pois de fato houve um ato ilícito gerador de
dano, que à esteira dos arts. 186 e 927 do Código Civil, já citados, devem ser
indenizados.
Ademais, tem-se que a indenização por danos morais é imposta com o
intuito de atenuar o sofrimento, constrangimento e a vergonha sofrida pela vítima,
assim como forma de sanção ao agressor, a fim de que este não volte a praticar os
mesmos atos lesivos contra terceiros.
Insta ainda salientar que o dano moral não tem como ser provado, sendo
simplesmente presumido, decorrendo dos fatos de si. O Colendo Superior Tribunal
de Justiça, em reiterados julgados, já pacificou entendimento de que o dano moral
independe de prova, havendo necessidade apenas de se demonstrar o fato que o
gerou.
No mesmo sentido, sabe-se, segundo posicionamento jurisprudencial
adotado pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, publicados no periódico
denominado REVISTA TRIMESTRAL DE JURISPRUDÊNCIA, especificamente a de
nº 119/433, que as indenizações por danos morais não exigem comprovação dos
reflexos patrimoniais. Neste sentido vejamos:
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tolerável que permaneçam mais de 30 minutos em uma fila bancária; não nos dias
de hoje, na vida moderna!
E, se na esteira dos argumentos acima, já há decisão, no âmbito individual,
de fixação de dano moral em favor de cliente que esperou por mais de duas horas
em fila de banco, por que não tutelar o DANO MORAL em favor da requerente
que sofreu por vários dias até conseguir atendimento, com tamanho despautério
cometido pelas requeridas? Vejamos, na íntegra, o recente acórdão proferido pela
Quarta Turma Recursal de São Luiz/MA:
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DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
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REQUERIMENTOS
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