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Categoria pai: Movimento Salvai Almas
Categoria: Artigos
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Escrito por Administrator
Acessos: 3808

Visão de Ana Catarina Emmerich.

A demolidora obra da Maçonaria Eclesiástica.

Nos últimos dias, em pequenos avisos recebidos, tenho sido instado a escrever sobre o
futuro da Igreja. Aproveito então colocar abaixo parte das visões tidas pela grande mísitica
Anna Catharina Emmerich, relativas ao calvário final da Igreja e a sua reconstrução rumo
a Jerusalém Celeste. Algumas explicações serão dadas ao texto, que infelizmente recebi
traduzido do espanhol por um programa de computador e nem sempre consegui dar a
fidelidade devida. Desconheço a fonte, a autoria e o remetente.
"A demolidora obra da maçonaria eclesiástica e laica nas Visões e Revelações à
Venerável Ana Catharina Emmerich Tomada do Livro 3, Cap.XXV "Visões do Anticristo
e do triunfo da Igreja".

Introdução.
Entre o cúmulo de visões de acontecimentos passados e presentes, em alguns dos quais
intervém misteriosamente Ana Catarina, alude-se reiteradas vezes à luta dos poderes das
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trevas contra os filhos da luz. Algumas podem ser consideradas proféticas, porque se
referem a certos acontecimentos ocorridos com posterioridade à morte da vidente e a
nossa época (então final da guerra de 1939). Entre outras, aplanasse quadros que
julgamos apocalípticos, como os que descrevem a desolação da terra, a apostasia das
massas, as tribulações dos cristãos sob o reinado do Anticristo e o Triunfo glorioso da
Igreja de Cristo.

A visão da besta "do mar" é semelhante à consignada no Apocalipse, com o adicionado,


sobre o texto canónico, de que o monstro tem fila de peixe e várias cabeças que formam
como uma coroa em torno da maior. As notas nas páginas contribuem a identificar
algumas destas cenas com as de São João, cujo maravilhoso livro era desconhecido pela
estigmatizada de Dülmen (Região da Alemanha onde nasceu e morreu Ana Catarina).

1. Maquinações dos malvados contra a Igreja. (Oitava de Natal de 1819)


Vi à Igreja de São Pedro e a uma grande multidão de homens afanados em destruí-la,
enquanto outros trabalhavam em restaurá-la. Os trabalhadores estavam espalhados por
todo mundo e me admirava a conformidade de seus trabalhos. Os obreiros que tratavam
de destruir o templo, arrancavam pedaços do mesmo; entre estes distingui a muitos
hereges e apóstatas. Trabalhavam de acordo a certas regras os que levavam mantos
brancos, com bolsos, bordados com faixas azuis e planas sujeitas à cintura. Estavam
vestidos com toda classe de trajes; entre eles tinha homens altos e corpulentos, com
uniformes e estrelas; mas estes não trabalhavam, senão que indicavam nos muros, com a
plana, onde e como tinham de demolir.
Vi com espanto que entre eles tinha sacerdotes católicos. Às vezes, quando não sabiam
como demolir, acercavam-se a um dos seus, que tinha um grande livro, no qual parece
que estava indicado como estava feito o edifício e a maneira de derrubá-lo. Depois
assinalavam com a plana uma parte dele, para que fora destruída, a qual, efetivamente se
derrubava. Os que derrubavam o edifício faziam calma e seguramente, mas com timidez,
secretamente, postos como em espreita.
Vi ao Papa em oração rodeado de falsos amigos, que muitas vezes faziam o contrário do
que se lhes mandava. Vi a um homem malvado, negro e de baixa estatura, trabalhar
muito ativamente contra a Igreja. Enquanto o templo era destruído por estes em alguma
parte, reedificando outros por outra parte, mas sem energia nem vigor. Vi também muitos

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eclesiásticos a quem conhecia entre eles o Vigário Geral, cuja vista me causou muita
alegria. Passou sem turvar-se por entre os demolidores e dispôs o necessário para a
conservação e restauração do templo.
Esta frase é profética e se refere à situação deste papa e dos últimos. Ela na verdade
quase não conseguem mais trabalha, porque imobilizados por um segundo escalão
desobediente, que muitas vezes faz o contrário do que o papa quer, e ainda por cima usa
malignamente o nome dele.
Vi também a meu confessor levar uma grande pedra, dando um bom rodeio. Vi outros
sacerdotes, preguiçosos, rezar as horas com seu breviário e levar, muito de vez em
quando, alguma pedrinha sob os hábitos ou alongar-se a outros. Parecia que nenhum
tinha confiança nem gosto no trabalho, já que trabalhavam sem direção e sem saber o
que faziam.
Aquilo era aflitivo. Já estava destruída a parte anterior da Igreja e não ficava em pé mais
do que o sacrário. Eu estava muito triste, pensando onde se acharia aquele homem com
veste vermelha e bandeira branca, que se me tinha representado outras vezes sobre a
mesma Igreja, salvando-a da destruição.

2. A Santíssima Virgem protege a Igreja.


Então vi a uma grande Senhora, cheia de majestade, que vinha pela grande vaga que há
adiante do templo. Tinha um manto estendido, sujeito com ambos os braços e se movia
impassivelmente no ar. Deteve-se no alto da cúpula e estendeu seu manto, que brilhava
como o ouro, sobretudo o recinto da igreja.
Os demolidores deixaram de trabalhar naquele momento. Quiseram prosseguir sua obra
de destruição, mas não puderam acercar-se ao espaço protegido pelo largo manto.
Enquanto os que trabalham em reedificar a igreja, mostravam extraordinária atividade.
Vieram muitos homens escuros, anciões e impedidos e muitos jovens vigorosos; mulheres
e meninos, sacerdotes e seculares, e muito cedo esteve quase do tudo restaurada a
Igreja.
Vi então vir um novo pontífice em procissão. O Papa era bem mais jovem e enérgico que
o anterior (B). Foi recebido com grande solenidade. Parecia que ia consagrar a igreja,
mas ouvi uma voz que dizia que o templo não precisava nova consagração, pois a parte
principal dele, o tabernáculo, não tinha sido destruída. Devia celebrar-se uma dupla festa
em toda a Igreja: um jubileu universal e a restauração da Igreja.

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– Mais uma constatação atual, pois seguramente o Papa Bento XVI está bem fisicamente
se comparado aos últimos dias de seu antecessor. Esta visão do Tabernáculo não caído,
certamente quer significar que embora todos os esforços dos demolidores eles não
conseguirão derrubar todos os sacrários da terra.
Antes que o Papa começasse a festa que tinha preparado aos seus e estes lançaram da
assembleia, sem contradição nenhuma, a uma multidão de eclesiásticos, uns de elevado
poder, outros de pouca significação, os quais saíram murmurando, cheios de cólera. O
Pontífice tomou ao seu serviço a outros eclesiásticos e a outros seculares. Depois
começou a grande solenidade na Igreja de São Pedro. Os que trabalhavam com mantos
brancos mantiveram-se silenciosos, circunspetos e tímidos, olhando se algum os
observava.
– Terá ela visto a reunião de Aparecida? Não está dito que eles ficarão furiosos com o
Santo Padre? Acaso o Papa não está desagradando aos seus inimigos, por trocar alguns
cargos por pessoas de confiança? Tudo então se confirma como verdadeira profecia.

3. O Arcanjo São Miguel luta pelo Triunfo da Igreja. (30 de Dezembro de 1819)
Vi novamente a Igreja de São Pedro com sua grande cúpula. Sobre ela resplandecia o
Arcângelo São Miguel vestido de cor vermelha, tendo uma grande bandeira de combate
nas mãos. A terra era um imenso campo de batalha. Os verdes e azuis lutavam contra os
brancos e estes sobre os quais havia uma espada de fogo parecia que iam sucumbir; nem
todos sabiam por que causa combatiam.
A Igreja era de cor sangrenta como o vestido do Arcanjo. Ouvi que me diziam: "Terás um
batismo de sangue" . Quanto mais se prolongava o combate, mais se apagava a viva cor
vermelho da Igreja e se voltava mais transparente. O Arcanjo desceu e se acercou aos
alvos. O vi adiante de todos. Estes cobraram grande valor, sem saber de onde lhes vinha.
– Certamente que estas visões se referem aos acontecimentos de um futuro bem
próximo, onde novamente haverá martírios em massa. Por uma lado a Igreja está já hoje
sendo balizada com sangue, porque nos últimos tempos têm se acentuado os
assassinatos de padres e fiéis católicos.
O Anjo derrotou aos inimigos, os quais fugiram em todas as direções. A espada de fogo
que estava sobre os alvos, desapareceu. No meio do combate aumentavam as filas dos
alvos: grupos de adversários passavam a eles e uma vez passaram em grande número.
Sobre o campo de batalha tinha no espaço, legiões de santos que faziam sinais com as

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mãos, diferentes uns de outros, mas animados do mesmo espírito.

4. Vê a São Francisco de Assis e Santa Juana de Chantal. (Domingo de infra oitava


da Santíssima Trinidade, 1820)
Para consolo meu vi quadros da vida dos dois santos: São Francisco de Sais e Santa
Juana de Chantal. Diziam que os tempos que corremos são muito tristes; mas que depois
de muitos desastres, virá um tempo suave e aprazível, em que os homens estarão muito
unidos uns com outros e se amarão muito; então florescerão muitos mosteiros no
verdadeiro sentido da palavra. Vi também uma imagem destes longínquos tempos, a qual
não posso descrever; daí se afastavam as trevas da noite e surgiam a luz e o amor. Vi
toda classe de quadros relativos ao Renascimento das ordens religiosas.
Os tempos do Anticristo não estão tão próximos como alguns crêem. Têm de vir
precursores do mesmo. Vi em algumas cidades mestres de cujas escolas poderão sair
esses precursores.

5. Vê a Igreja de São Pedro em perigo. (28 de Agosto de 1820)


Vi uma imagem da Igreja de São Pedro, onde me parecia que o tempo boiava sobre a
terra e que muitos corriam pressurosos a pôr-se em baixo dele para transportá-lo, grandes
e pequenos, sacerdotes e seculares, mulheres e meninos e ainda anciões impedidos. Eu
sentia grande angústia e inquietude, pois estava vendo que a igreja ameaçava ruínas por
todas as partes. Mas todas aquelas gentes se puseram em baixo dela sustentando-a com
seus ombros; quando isto o faziam, todos tinham a mesma estatura.
Cada um estava em seu posto: os sacerdotes em baixo dos altares; os leigos em baixo
das colunas e as mulheres à entrada. Era tão grande o peso que todos suportavam que
cri que seriam esmagados. Sobre a Igreja aparecia o céu aberto e os coros dos santos a
sustentavam com suas orações e seus méritos e ajudavam aos que a sustentavam sobre
seus ombros. Eu estava flutuando entre uns e outros. Vi que os que a levavam se moviam
para diante e que uma fila de casas e palácios que havia defronte caíam por terra, como
as espigas de um campo, ao passar sobre eles a igreja e que a mesma igreja foi posta ali
sobre a terra.
Então tive outra visão. Vi que a Santíssima Virgem estava sobre a Igreja e ao redor dela
os apóstolos e bispos. Abaixo vi grandes procissões e solenidades. Vi que todos os maus
pastores da igreja, que tinham crido que podiam fazer algo com suas próprias forças, sem

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receber a virtude de Cristo, dos copos de seus santos predecessores e da igreja, foram
lançados e substituídos por outros. Vi que desde o alto recebiam bênçãos e que se faziam
grandes mudanças. Vi ao Papa que dirigia todas estas coisas. Vi elevar-se a dignidades,
a homens muito pobres e a jovens.
OBS: Recorde-se que esta visão tem quase dois séculos. Abreviaram-se os tempos.
Quando Ana Catarina fala do Anticristo o faz sempre como de uma pessoa e não de uma
sociedade ou estado anticristão. Só num mundo anticristão poderá imperar o Anticristo.
No mesmo sentido fala Santa Hildegarda em seu livro Scivias.

6. Vê uma Igreja falsa na contra-mão da Igreja de Roma. (12 de Setembro de 1820)


Vi construir uma igreja curiosa, falsa e perversa. Tinha no coro três divisões, cada uma de
várias arquibancadas, umas mais altas do que as outras. Em baixo se estendia uma
escura extensão cheia de trevas. Sobre a primeira destas divisões vi que arrastavam um
assento, na segunda uma grande xícara cheia de água; sobre a mais alta tinha uma
mesa. Não vi nenhum anjo presente na construção; mas estava a espécie mais ardente e
curiosa de múltiplos espíritos imundos, destes que pesteiam os ares, que transportavam
toda classe de objetos que depositavam debaixo daquele teto, e ali abaixo, certas
pessoas envoltas numa espécie de mantas ou capas eclesiásticas, levavam todas essas
coisas afora.
Nada vinha do alto naquela igreja; tudo provia da terra e da escuridão, e os espíritos
imundos o traziam e preparavam tudo. Só a água parecia ter em si mesma força saudável
e em certo modo santificante. Vi trazer depois para dentro dessa igreja uma grande
quantidade de instrumentos. Muitas pessoas e também meninos levavam utensílios e
instrumentos da mais variada espécie para fazer e produzir alguma coisa; mas tudo era
escuro, pervertido, privado de vitalidade e não se via mais do que separação e divisão.
Perto desta vi outra igreja luminosa, plena de graças do alto; vi aos anjos subir e descer e
vi ali vida e crescimento, ainda que também dissipação e negligência. Apesar de tudo era
uma árvore cheia de seiva e de força vital em comparação da pseudo-igreja, que parecia
um sarcófago de relíquias mortas e de figuras. Uma igreja era como uma ave que voa e
se remonta nos ares; a outra como um barrilete feito de papel pelos meninos, cheio de
nodos, de enfeites e de bocados de papel de cores na fila, que se arrasta sobre um
campo árido talher de estopa, em vez de remontar-se aos ares.
Tenho visto que muitas das coisas reunidas naquela igreja estavam amontoadas na

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contra-mão da igreja vivente: assim vi dardos e flechas. Cada um se empenhava em levar
aí dentro alguma coisa, como bengalas, varas, pompas de água, garrotes de toda classe,
bonecos e espelhos. Ali tinha trombetas, chifres, foles e toda classe de objetos de toda
classe e maneira. Sob a abóbada da sacristia se afanavam por fazer pão; mas não
fermentou e ficou tudo abandonado. Vi àqueles homens com as mantas levar lenha
adiante das arquibancadas sobre as quais estava o púlpito e acender fogo e soprar com
os foles e com a boca e afanar-se muito; mas não saía de ali mais do que fumaça de uma
escuridão horrível.
Então fizeram uma abertura por acima e colocaram um tubo; mas aquele fogo não quis
prender e se fez tão denso de fumaça que terminou por sufocar. Outros sopravam nas
trombetas e clarines e se esforçavam de tal modo que parecia lhes saíam aos olhos pelas
órbitas; mas tudo ficou ali abandonado no solo e depois desapareceu sob terra; de
maneira que tudo era morto e fictício e vã obra humana.
Esta igreja é em verdade feita pelos homens, em conformidade com a nova moda, como o
é a nova igreja, não católica, de Roma, que é também dessa espécie.
– Não é preciso ter muito conhecimento para entender que ela está aqui se referindo a
esta falsa igreja moderna, voltada para o homem, que os inimigos de Deus estão
construindo. Uma falsa igreja social, que nada tem a ver com o Santo Padre e a Igreja de
Roma.

7. Vê a obra dos espíritos maus na falsa igreja. (12 de Novembro de 1820)


Viajei por um país escuro e frio e cheguei a uma grande cidade. Ali dentro vi de novo a
estranha grande fábrica da igreja; mas tenho visto que ali não há nada de santo, senão
inumeráveis espíritos planetários (segundo Ana, estes são espíritos imundos,
provenientes das classes mais baixas de anjos e de pouco poder, não tão culpados pela
queda) que trabalhavam em torno dela. Vi tudo isto como se fosse real, de modo
parecido, fazer-se uma obra eclesiástica católica de comum acordo entre os anjos, os
santos e os cristãos; mas aqui as formas empregadas eram mecânicas, e as ajudas e os
meios de outra espécie.
Vi subir e baixar e enviar raios e luz por muitos espíritos planetários cobre aquela gente
que trabalhava. Tudo se fazia e resultava segundo a pura razão humana. Vi lá acima, nas
altas regiões, como um espírito fazia linhas e desenhava figuras e como depois aqui na
terra se executava, porque via que um abria os alicerces e fazia aberturas ou planos.

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Tenho visto que a ação destes espíritos planetários, que trabalham para si e para essa
grande fábrica, como estendiam seu influxo maléfico às mais remotas comarcas.
Tudo aquilo que parecia necessário ou só útil à fabricação e existência desta igreja, vi
excitá-lo e pôr-lo por obra nos mais apartados lugares e distâncias e vi porem-se de
acordo homens e coisas, ensinos e opiniões para cooperar à esta obra. Tinha em todo
esse quadro um pouco de admiravelmente egoístico, de orgulhosamente seguro e
violento; e que tudo teve sucesso o vi num quadro múltiplo de coisas; mas não vi sequer
um só anjo ou um santo coincidindo à obra. O quadro que vi era grandioso e perverso.
Vi também bem mais longe e por trás daquele assento ou trono, um povo feroz armado de
picaretas, e um rosto feio que sorria e dizia: "fabrica do modo mais sólido que puderes;
nós a destruiremos". Penetrei ademais numa sala grande daquela cidade onde se
celebrava uma cerimonia odiosa, uma horrível e falsa comédia. Tudo estava pintado de
negro. Um foi posto dentro de um caixão e depois ressuscitou.
Ele estava presente em pessoa e levava no peito uma estrela. Parecia que isto significava
uma ameaça de que assim sucederia. Vi dentro ao diabo em mil formas e figuras. Tudo
era densa e escura noite: aquilo era horrível.

8. Vê novamente a igreja de São Pedro. (10 de Setembro de 1822)


Vi a Igreja de São Pedro do tudo destruída, exceto o coro e o altar maior. São Miguel,
armado e cingido, desceu à Igreja e com sua espada impediu que entrassem nela muitos
maus pastores, e os impeliu para um ângulo escuro, onde se sentaram olhando-se uns a
outros. Tudo o que tinha sido destruído da igreja foi reconstruído em poucos momentos de
sorte que pudesse celebrar-se o culto divino. Vieram sacerdotes e leigos de todo mundo
trazendo pedras para reedificar os muros, já que os alicerces não tinham podido ser
destruídos pelos demolidores.

9. Vê em êxtase à Igreja abandonada e afligida.


Vi a Igreja inteiramente abandonada por completo e só. Parecia que todos fugissem dela.
Tudo é contenda em torno dela; pois de todos os lados vejo grandes misérias, ódio,
traição e engano, inquietude, falta de auxílio e cegueira absoluta. De um lugar escuro vejo
saírem mensageiros anunciando por toda parte más novas, que causam amargura nos
corações dos que as ouvem, e acendem neles a cólera e o ódio.
Eu rogo com muito fervor pelos oprimidos. Sobre os lugares onde alguns fazem oração

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vejo descer luzes, e sobre todos os demais, negras trevas. Este estado de coisas é
horrível. Roguei a Deus que tenha misericórdia. ·Oh cidade!... (Roma) ·Oh cidade!... ·Que
grande calamidade te ameaça!... A tempestade está próxima; prepara-te, pois. Confio, no
entanto, em que tens de permanecer firme.

10. Sobrevivência da Igreja e indignidade dos cristãos. (4 de Outubro de 1822)


Quando esta noite vi a São Francisco levando sobre seus ombros a igreja, segundo a
visão que teve o Papa, vi que um homem de baixa estatura em cujo rosto tinha um pouco
de judeu, levava a costas a Igreja de São Pedro, o qual me pareceu muito perigoso. Na
parte norte, sobre a Igreja, estava Maria protegendo-a sob seu manto. Dir-se-ia que
aquele homem ia cair. Parecia-me que o conhecia. Aqueles doze a quem sempre vejo
como novos apóstolos vinham socorrer-lhe, mas demasiado devagar.
Já ia cair, quando por fim chegaram todos e se puseram em baixo dela; também ajudaram
muitos anjos. Tratava-se de salvar só o solo e a parte posterior da igreja, pois tudo o
demais o tinham destruído pelas seitas e ainda os mesmos eclesiásticos. Aqueles
levavam à igreja a outro lugar e parecia que a seu passo vinham por terra muitos palácios
como se fossem campos de lavoura. Vendo em ruína à Igreja de São Pedro e os muitos
eclesiásticos que tinham trabalhado em destruí-la sem que nenhum quisesse dizer
adiante dos demais o que tinha feito, senti tal tristeza que tive de clamar em alta voz
pedindo a Jesus misericórdia.
– Como se sabe, existem estes artífices do mal infiltrados nos escalões elevados da
Igreja, conforme o denunciam inumeráveis profecias e também o livro do Apocalipse de
São João. Eles trabalham de forma solerte e bandida, escondidos por trás de vestes
pomposas, mas na realidade são soldados de satanás, que não têm coragem de se
declarar publicamente. Mas a revelação do 3º Segrêdo de Fátima virá colocá-los a nu.
Então vi adiante de mim a meu Celestial esposo em figura de um mancebo, que falou
longo tempo comigo. Disse-me que esta translação da Igreja significava que na aparência
tinha de cair em terra por completo, mas que descansava nestas colunas e que delas
tinha de surgir de novo; que ainda que não ficasse mais do que um só cristão católico no
mundo, ela podia vencer, pois não está fundada na razão nem no conselho dos homens.
Depois me mostrou que na Igreja nunca tinham faltado fiéis que fizessem oração e
padecessem por ela. Mostrou-me ademais o que Ele tinha padecido pela Igreja, a virtude
que tinha comunicado aos méritos e trabalhos dos mártires e que tudo o voltaria a

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padecer de novo se fora possível. Também me mostrou em inumeráveis cenas a
miserável conduta dos cristãos e dos eclesiásticos, em círculos cada vez maiores, em
todo mundo e em minha pátria, e me exortou a orar com perseverança e a padecer por
eles.
Havia uma grandeza e tristeza incompreensíveis nesta cena, que não posso descrever.
Também se me deu a entender que, já quase não restavam mais cristãos verdadeiros,
bem como entendi que muitos judeus que agora existem, são fariseus e ainda piores do
que os fariseus do tempo de Jesus. Só o povo de Judit na África está composto de
antigos verdadeiros judeus.
Esta visão me afligiu muito
Inocêncio III aprovou o Instituto de São Francisco a raiz de ter visto num sonho misterioso
como o santo sustentava em seus ombros à Igreja de São João de Latrão que estava a
ponto de desaprumar-se.
Desta Judit se fala extensamente no capítulo Visões de uma comunidade hebréia em
Abissínia.

11. Visão da besta do mar e do Cordeiro de Deus. (Agosto a Outubro de 1820)


Esta visão, segundo diz Brentano em suas anotações, está cheia de interrupções, porque
Ana Catarina via as coisas em tal forma que lhe era muito difícil descrevê-las depois
ordenadamente. Nota também que a visão tem muitas formas de semelhança com as
revelações de São João, que ela não tinha lido antes.
Vejo aos novos mártires, não de agora, senão de tempos futuros. Vejo sua aflição e vejo
que se precipitam os fatos. Vi às sociedades secretas trabalhar e combater cada vez com
maior intensidade para destruir à grande Igreja; e vi entre esta gente a um horrível animal,
saído do mar.
O monstro tinha escamas como de peixe, juba como de um leão e muitas cabeças ao
redor de uma maior do que as outras, arrepiada, formando uma coroa. Suas fauces eram
grandes e vermelhas. Estava manchado como um tigre e andava confiadamente entre
aqueles sectários destruidores. Muitas vezes estava no meio deles, enquanto
trabalhavam, e também eles iam procurá-lo na caverna onde costumava esconder-se.
Nos artigos sobre as trevas, mostramos também as visões de uma outra pessoa, que
apontavam na mesma direção. Que a fera se esconde muito bem em algum subterrâneo,
de onde maquina a destruição. Só os seus mais diretos colaboradores a visitam,

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entretanto não está longe o dia em que a apresentarão a mundo como salvador.
Enquanto estas coisas sucediam, vi aqui e lá, no mundo inteiro, muitos bons e piedosos
homens, especialmente eclesiásticos, atormentados, encarcerados e oprimidos, e tive o
sentimento interior de que um dia teria novos mártires. Quando a Igreja estava em grande
parte destruída, de tal modo que não ficava mais do que o coro e o altar maior vi a estes
destruidores, juntamente com a besta, entrarem na Igreja.
Ali encontraram a uma Senhora grande e magnífica, que parecia estar em fita, pois
caminhava lentamente. Os inimigos ficaram muito admirados e espantados, e a besta não
pôde dar um passo mais. Estendeu furiosamente o pescoço para a Senhora, como se
quisesse engoli-la (7), mas ela se voltou e caiu prostrada sobre seu rosto.
Vi então à besta fugir de novo para o mar e aos inimigos correr, confundidos e
desconcertados, atropelando-se uns a outros: porque vi que, em torno da Igreja, vinham
desde longe e se aproximavam grandes círculos, na terra e no céu. O primeiro círculo
estava formado de jovens e de donzelas; o segundo, de pessoas casadas de todos os
estados, entre eles reis e rainhas; o terceiro, de pessoas pertencentes às ordens
religiosas; o quarto, de guerreiros, adiante dos quais vi a um ginete sobre um cavalo
branco. O último círculo estava composto de lavradores e gente da comarca, muitos deles
assinalados com uma cruz vermelha na testa. Enquanto se acercavam, os prisioneiros e
oprimidos foram liberados e se juntaram com eles.
"E vi uma besta que subia do mar, a qual tinha sete cabeças e dez cornos, e sobre os
cornos dez diademas e sobre as cabeças nomes de blasfémias. E a besta que vi era
semelhante a um leopardo e as patas como de urso e a boca como de leão" (Ap.13, 1-2).
Os destruidores e conjurados foram jogados de todos os pontos, reunidos adiante
daqueles círculos, e se encontravam, sem saber como, juntos num esquadrão, envolvidos
em confusão e trevas. Não sabiam nem o que tinham feito nem o que deviam fazer e com
a cabeça baixa se precipitaram uns contra outros, como os vejo fazer com frequência.
Quando todos estiveram reunidos confusamente, os vi abandonar a obra de destruição e
perderem-se desorientados entre os diversos círculos.
Não restam dúvidas de que uma nova Torre de Babel acontecerá. Eles hoje estão
edificando este monstro em lugar da Igreja e é como a antiga Babel. No momento
oportuno Deus semeará a discórdia no meio deles, de modo que não conseguirão
concretizar seus maléficos objetivos.
Vi depois à Igreja, de novo, rapidamente restaurada, com maior esplendor que antes, pois

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as gentes de todos os círculos, de uma extremidade à outra do mundo, atingiam-se umas
a outras as pedras para reedificá-la. Quando esses círculos se aproximavam, o primeiro
ou o mais interno se colocava por trás dos outros. Parecia que se distribuíam entre eles
as obras diversas de oração e como se o círculo dos guerreiros começasse obras de
guerra.
Neste círculo me pareciam confundidos amigos e inimigos de todos os povos. Eram
verdadeiros soldados de nossa espécie e cor. Este círculo, no entanto, não estava do tudo
fechado, senão que para o Setentrião tinha uma mancha ampla e escura, como uma
abertura, como um abismo. Este abismo se estendia para abaixo, nas trevas,
precisamente como nos umbrais do Paraíso, naquele ponto onde Adão, arrojado, saiu
afora.
Parecia-me como se lá abaixo se estendesse um escuro e tenebroso lugar. Vi como se
porções deste círculo ficassem atrás e não quisessem avançar e estes se mantivessem
estreitados entre si e tristes os rostos, olhando-se uns a outros. Em todos estes círculos vi
a muitos que serão mártires de Jesus Cristo, já que tinha também muitos maus e por esta
causa teria outra divisão.
Vi que a Igreja tinha sido do tudo restaurada, e sobre ela o Cordeiro de Deus, em cima do
morro, e em torno dele, um círculo de virgens com palmas nas mãos, e os cinco círculos
dos esquadros celestes, como os da terra. Os círculos celestes tinham avançado
juntamente com os terrestres e faziam de comum acordo. Em torno do Cordeiro estavam
as quatro imagens apocalípticas dos animais sagrados.

12. Vê as abominações da Franco Maçonaria.


Esta igreja maldita é pura imundícia, é com origem nas trevas. Quase nenhum dos seus
conhece as trevas nas quais trabalha. Tudo é nela vã escuridão; seus escarpados muros
nada contêm; o altar que usam, é uma cadeira. Numa mesa há uma caveira coberta, entre
duas luzes; às vezes a descobrem. Em suas "consagrações" usam de mulheres nuas.
Aqui está o mal sem mistura de bem; esta é a comunhão da gente não santa. Eu não
posso declarar com palavras quão abomináveis são, e quão perniciosos e vãos as
tentativas desta associação, desconhecidos em grande parte por seus mesmos adeptos.
Realmente hoje se sabe que são bem poucos os maçons e sabem, com toda
profundidade, dos reais objetivos de sua entidade. Milhões de incautos são cooptados
para a maçonaria, mas desconhecem o que está por trás disso, coisa somente permitida

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aos altos iniciados. É por isso que tantas pessoas defendem a maçonaria e pertencendo a
ela se julgam no direito de permanecer católicos. São verdadeiros "bois de piranha", pois
no final o projeto prevê a eliminação destes, depois que a fera tiver alcançado o poder.
Serão então mortos ou exilados.
Querem fazer-se todos um só corpo com algo que não é Jesus Cristo. Tendo eu apartado
a um deles, encheram-se de furor contra mim. Quando a ciência se divorciou da fé, surgiu
esta igreja sem Salvador, sem crença; esta comunhão de santos sem fé; esta anti-igreja,
cujo centro é a maldade, o erro, a mentira, a hipocrisia, a fraqueza e a astúcia. Nasceu
assim um corpo, uma comunidade fora do corpo de Jesus Cristo, ou seja, fora da Igreja;
uma igreja falsa sem Salvador, cujo mistério é não ter mistério algum.
O Papa Pio VII condenou a seita secreta dos Carbonários, nome com que se designavam
os maçons "it alia" em Setembro de 1821. (Permanece, pois em vigor a condenação dos
católicos que se filiarem à maçonaria, e isso em todos os lugares do mundo).
Diferente em cada lugar, temporal, infinita, cortesã, egoísta, danosa e que apesar das
obras boas de que se aprecia, conduz finalmente ao abismo da miséria. O maior perigo
que oferece em sua aparente inocuidade. Em todas partes fazem e desejam coisas
diferentes; em muitas fazem discretamente; em outras preparam ruínas sem que sejam
conhecidos, senão de poucos, seus malvados planos. Assim coincidem todos com suas
obras num centro que é o mau, e fazem e trabalham fora de Cristo, porque nele
unicamente é santificada toda vida.

13. Os trabalhos das seitas. (Festa da Candelária)


Nestes dias vi muitas maravilhas da Igreja. A Igreja de São Pedro estava quase destruída
pelas seitas; mas os trabalhos destas foram aniquilados e todos seus pertences, mantos e
utensílios, queimados num lugar imundo pela mão do verdugo. Tinha ali cabelo de cavalo
que exalava tal fedor, que me causou muito dano. Nesta visão se me apresentou a Mãe
de Deus exercitando seu poder a favor da Igreja. Desde então minha devoção a Maria é
cada vez maior.
Este ato de queimar as nossas imagens e objetos sagrados de culto, está também
relatada no livro O Eclipse do Sol. Quando tais fogueiras forem acesas, o cheiro de fumo
atingirá aos céus, e isso acenderá p fogo da divina Ira. Neste momento acredito que mais
de metade da humanidade irá perder a vida, e isso em poucos minutos.

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14. Visão da época do Anticristo.
Depois de ter visto a cessação do santo sacrifício da Missa, na época do Anticristo (11),
continuou narrando o seguinte:
Vi um grande quadro eclesiástico, mas não sou capaz de reproduzir todo o conjunto. Vi a
Igreja de São Pedro e em torno dela muitos campos, jardins, vizinhanças e bosques. Vi
muitas pessoas contemporâneas nossas de todas as partes do mundo e muitíssimas
outras que conheço pessoalmente ou por meio das visões, que entravam na Igreja, e
parte delas passeavam com indiferença indo a outros postos diversos. Tinha dentro uma
grande solenidade e sobre ela se via uma nuvem luminosa da qual desciam apóstolos e
bispos santos, que se reuniam em coro sobre o altar. Entre eles vi a Agustinho e Ambrosio
e a todos aqueles que fizeram muito pela exaltação da Igreja. Tinha uma grande
solenidade e se celebrou a Missa.
E eu vi no meio da igreja um grande Cristo aberto de cujo lado mais longo pendiam três
selos; de cada um dos mais estreitos dois sós estava aberto mais bem para a parte
anterior da igreja, que no centro da mesma. Vi também em cima ao evangelista João e
soube que eram as revelações que teve na ilha de Patmos. Aquele livro estava apoiado
sobre um átrio no coro. Alguma coisa tinha tido lugar antes que este livro tivesse sido
aberto, mas esqueci o que foi. É uma verdade, lástima que aqui tenha um aviso em minha
visão. O Papa não estava na igreja. Estava escondido. Creio que aquelas gentes que
tinha na igreja não sabiam onde estava ele. Não sei já se ele estava em oração, ou
tivesse morto.
"Vi na mão direita do que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora,
selado com sete selos". (Ap. 5, 1)"
Este acontecimento, que lamenta não recordar, tivesse-nos dado uma pauta para
interpretar alguns capítulos do Apocalipse.
Vi pelos demais que todas aquelas gentes tinham que pôr a mão sobre certa passagem
no livro dos evangelhos, estes eram eclesiásticos ou leigos, e que entre muitos deles
desceu uma luz, como um sinal que os santos apóstolos e bispos lhes participavam. Vi
também que muitos faziam este ato superficialmente.
Fora da igreja vi aproximar-se a muitos judeus que queriam entrar, mas não o podiam
fazer ainda. Ao fim chegou toda inteira a multidão que ao princípio não tinha podido entrar
adentro. Era um povo inumerável. Então vi de improviso aquele livro ser tocado por um
contato sobrenatural e fechar-se em seguida. Isto me fez lembrar como uma vez no

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convento, de noite, o demônio me apagou a luz e me fechou o livro.
Isso aponta para a conversão do povo judeu que finalmente aceitará a Jesus como
Messias, entretanto isso acontecerá somente depois daquele esperado episódio do
encontro do cálice e da Missa do Calvário.
Em torno de ali, mas na distância vi uma horrível e sangrenta batalha e vi uma gigantesca
luta do lado do Setentrião e do lado do Ocidente. Este foi um quadro grande e muito sério.
Sinto ter esquecido aquele lugar do livro sobre o qual os homens deviam pôr os dedos.

15. Vê os estragos que causam os inimigos à Igreja e à futura restauração por meio
de Maria. (Páscoa de 1820)
Quando Ana Catarina teve esta visão, o guia lhe disse que abarcava sete espaços
determinados de tempo; não pôde depois, ao relatar, fixar os limites de cada tempo nem
dizer qual desses tempos correspondiam a ditos acontecimentos.
Vi à terra como numa superfície redonda, coberta de escuridão e trevas. Tudo estava
corrompido e a ponto de perecer. Isto o vi muito detalhadamente em todas as criaturas,
nas árvores, nos arbustos, nas plantas, nas flores, nos campos. Parecia como se as
águas dos ribeiros das fontes, rios e mares fossem sorvidas e voltassem a sua origem.
Fui pela terra desolada e vi aos rios como linhas delgadas, aos mares como negros
abismos no meio dos quais só tinha algumas grotas com água.
Este fato é realmente espantoso e está relatado no artigo "O Caos", que já está no site.
Num determinado momento todos os elementos que compõe a natureza se irão
desagregar, descumprindo a ordem natural. Isso virá para esmagar a ciência arrogante,
para que entenda finalmente que existe um Senhor e Criador de tudo. Então sim, se verá
sim, a água como que espirrando para fora da terra e subindo para as nuvens. E rios e
lagos inteiros serão sugados num abrir e fechar de olhos. Um horror!
Tudo o demais era lodo espesso e escuro onde via toda sorte de animal monstruoso e
peixes lutando com a morte. Vi tanta distância ao redor que pude distinguir com toda
clareza as orlas do mar onde em outra ocasião eu tinha visto que São Clemente foi
submerso. Vi também lugares e multidão de gentes tristes e turvadas e muitas ruínas.
À medida que cresciam a secura e a desolação da terra, aumentavam-se as obras
tenebrosas dos homens. Vi muitas maldades, em particular reconheci a Roma e vi a
opressão que padecia a igreja e sua decadência no interno e no externo. Vi grandes
exércitos que se dirigiam a um mesmo ponto desde várias regiões e todos estavam

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empenhados em lutas e batalhas. No meio deles vi uma grande mancha negra a maneira
de um enorme buraco e em torno dele os combatentes eram cada vez menos, como se
caíssem naquele abismo como se ninguém os visse cair.
É um fato admitido que os judeus, constituídos já em nação reconhecerão finalmente que
Jesus Cristo é finalmente Messias ao que desconheceram por tanto tempo e entrarão nas
igrejas católicas. Alguns colocam este fato durante o tempo da pregação de Elias e Enoc.
Entre outros muitos textos sobre a conversa dos judeus veja-se especialmente no Cap. 11
da Epístola de São Paulo aos Romanos.
São Clemente I, romano, governou as igrejas por nove anos; foi martirizado no
Quersoneso Taurico, precipitando-se no Mar Morto o ano 100.
Durante essa luta vi no meio de tanta ruína e corrupção a doze homens, em diferentes
comarcas. Sem conhecer nem ter notícias os uns dos outros, receber como torrentes de
água viva que deriva da vida eterna. Vi que todos eles trabalhavam no mesmo, em
diferentes lugares e que não sabiam de onde lhes vinham os dons necessários, pois
quando acabavam uma missão lhes encomendavam outra.
Eram doze e nenhum deles passava dos quarenta anos. Três eram sacerdotes e algum
outro queria sê-lo. Vi também que algumas vezes eu tinha contato com algum deles,
como se lhe conhecesse ou estivesse cerca dele. Em seus trajes não tinha nada de
particular; cada um deles vestia segundo o uso atual de seu país. Vi que obtivessem de
Deus o que se tinha perdido e como em todas as partes faziam o bem. Todos eram
católicos.
No meio da tenebrosa corrupção vi falsos profetas e outras pessoas que trabalham contra
os escritos destes doze apóstolos, os quais desapareciam com frequência no meio do
tumulto e depois saíam outra vez mais resplandecentes que antes. Vi umas mulheres que
estavam como em êxtases e junto a elas homens que as magnetizavam. Elas prediziam o
futuro; mas a mim me causava aversão e horror, pareceu-me ver aquela mulher de
Münster e pensei dentro de mim, com inquietude que ao menos o pai Limberg, não estaria
junto a elas.
Quando as filas dos que combatiam em torno daquele negro abismo se aclararam mais e
mais, e no meio do combate desapareceu toda uma cidade, aqueles doze homens
apóstolos aumentaram muito o número dos que brigavam a seu lado e desde a outra
cidade (a verdadeira cidade de Deus, Roma) saiu um cone de luz que penetrou no escuro
disco. Vi por acima da igreja, humilhada e menoscabada, uma formosíssima Senhora com

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um manto azul celeste muito estendido e com uma coroa de estrelas na cabeça.
Dela procedia a luz que penetrava cada vez mais na escuridão, e ali onde chegava essa
luz, tudo era renovado e tudo voltava a prosperar. Os novos apóstolos entraram todos
naquela luz. Eu cria ter visto a mim mesma com outros a quem conhecia, que estávamos
diante, no alto. Numa grande cidade vi uma igreja, a menor entre outras, que chegava a
ser a primeira. Os novos apóstolos foram alumiados pela luz. Creio ter visto com eles à
cabeça, a outros que não conheço.
Tudo voltou a florescer de novo. Vi um novo Papa muito severo. O abismo se fazia cada
vez mais estreito: fez-se tão pequeno que podia ser coberto com um balde de água.
Finalmente vi três exércitos ou comunidades que se uniam à luz. Tinha entre eles pessoas
boas e ilustradas, as quais entraram na igreja. Tudo se tinha renovado e estava
florescente. Vi que se edificaram igrejas e mosteiros.
Para mim isso significa finalmente a união das três grandes Igrejas, a Católica a Ortodoxa
e a Protestante, que se vergarão unidas diante de Jesus que chega, para for um só
rebanho e um só pastor.
Durante aquela tenebrosa aridez, fui transportada a um prado cheio de verdor e de
cândidas flores que outras vezes tinha tido que recordar depois. Encontrei um valado de
espinhas, com o qual me tinha lacerado e arranhado muito durante aqueles tempos
ocorridos. Agora estava tudo florido e penetrei nele alegremente.

16. As chagas do Senhor derramam bênçãos sobre a Igreja e o mundo.


O arcanjo São Miguel desceu da igreja e vi sobre ela, no céu, uma grande cruz luminosa,
da qual pendia o Salvador. De suas chagas desciam sobre o mundo faixas de luz que se
difundiam por toda parte. As chagas eram vermelhas e como brilhantes portas, e o centro
delas, dourado como o sol. Não levava a coroa de espinhas, mas das feridas de sua
cabeça saíam raios horizontais de luz que alumiavam o mundo. Os raios que saíam das
mãos e dos pés eram como o arco íris e se dividiam em raios muito finos, e, muitos, iam
alumiar aldeias, cidades e casas pelo mundo inteiro.
Vi estes raios em muitos lugares ao mesmo tempo, perto e longe, descer sobre toda
classe de moribundos e atrair com violência às almas, as quais, por um destas cores do
arco íris, corriam-se para as chagas do Salvador. Os raios da ferida do custado desciam
sobre a igreja que estava em baixo, como uma torrente larga e caudalosa. Desta sorte
resplandecia a igreja e por este torrente de luz entravam a maior parte das almas no

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Senhor.
Certamente aqui se pode entender a verdadeira avalanche de almas que na última
década entrou no Céu, tendo em vista as orações e também ao nosso Movimento,
especialmente formado por Deus para este fim. De fato, elas têm subido diariamente aos
céus em verdadeiras torrentes.
Vi oscilar no céu um coração vermelho e brilhante unido com a cruz por uma faixa
luminosa que dele saía para a ferida do custado do Salvador. Outra faixa luminosa, que
partia também do coração, estendia-se sobre a igreja e sobre muitas comarcas. Estes
raios de luz atraíam a muitas almas ao coração e passando através dele iam pela faixa de
luz que o unia com a cruz e entravam no custado de Jesus. Se me disse que este coração
era o de Maria.
Além dos raios luminosos, pendiam das chagas umas escalas, algumas das quais não
chegavam a terra. Estas escalas eram umas trinta, diferentes todas entre si: tinha-as
largas e estreitas, umas com degraus juntos e outras com degraus separados, umas
isoladas, outras juntas e agrupadas. Suas cores eram os mesmos do lugar de purificação,
escuros, claros, cinzas, cada vez mais vivos à medida que se subia nelas.
Por estas escalas vi subir trabalhosamente a muitas almas. Umas iam rapidamente, como
se tivesse quem as ajudasse a estar com firmeza; outras se empurravam umas a outras e
caíam nos degraus inferiores; algumas caíam na escuridão mais profunda. Aquela
trabalhosa subida parecia mais comovedora quando se a comparava com a alegre
entrada das que eram atraídas a modo de absorção. As que subiam sem retroceder com
passo firme parecia que estavam mais unidas com a igreja que com as outras que se
detinham ou esperavam ou ficavam sós.
Por trás da cruz, muito adentro, lá no céu, vi muitas imagens da obra da Redenção no
caminho da divina graça, através da história do mundo até seu cumprimento na
Redenção. Eu não me detive em nenhum ponto; percorri a faixa luminosa vendo-a toda.

17. Vê a proximidade do reino de Deus.


Quando teve cessado o combate na terra, a igreja e o anjo se tornaram brancos e
resplandecentes, e o anjo desapareceu. Também desapareceu a cruz, e no lugar que ela
ocupava apareceu uma Senhora alta e resplandecente, em cima da igreja, estendendo
sobre ela seu dourado e brilhante manto. Em baixo na igreja se ouviram vozes de mútua
humilhação e reconciliação.

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Vi então os bispos e pastores acercar-se e mudar seus livros (mudar sua doutrina, sua
falsa teologia). As seitas reconheceram à igreja por sua admirável vitória e pela luz da
revelação que tinham visto resplandecer nela. Quando vi essa união, senti profundamente
a proximidade do reino de Deus. Vi um resplendor e uma vida superior em toda a
natureza e um santo impulsiono em todos os homens, como quando se aproximava o
nascimento de Jesus, e de tal maneira senti a proximidade do reino de Deus, que me vi
obrigada a sair a seu encontro. (Nesta parte da visão, orava em alta voz).
Da vinda de Maria tive um vivíssimo pressentimento. Vi a sua estirpe enobrecer-se à
medida que se ia acercando a esta flor. Vi a Virgem Maria: como a vi, não poderia dizê-lo.
Da mesma maneira sinto a proximidade do reino de Deus. Só posso comparar aquele
sentir com este modo de ver. O reino de Deus o vi acercar-se e se cumprindo o anseio de
muitos fiéis atraídos pela fé humilde e o ardentíssimo amor.
Vi aparecer na terra muitos rebanhos pequenos e luminosos de cordeiros, apascentados
por pastores; vi que estes eram verdadeiros pastores daquele que, como Cordeiro, deu
seu sangue por nós; e vi que um amor infinito e uma virtude divina reinava entre os
homens. Perto de mim vi pastores, de quem eu sabia que não pensavam em nada disto, e
desejei vivamente que acordassem de seu sonho.

18. Vê a Igreja de Roma. (27 de Dezembro de 1820)


Vejo à Igreja Romana resplandecente como o sol. Dela saíam raios a torrentes que se
dilatavam pelo mundo inteiro. Foi-me dito que isto se referia à revelação de São João,
mediante os quais alguns cristãos deviam receber parte dessa luz e que esta recairia por
inteiro a favor da igreja. Vi a respeito disto um quadro muito preciso, mas não o posso
expressar com palavras.

19. Vê a Igreja depois do combate.


Vi à igreja depois do anterior combate resplandecente como o sol. Nela se celebrava uma
grande solenidade e vi que entravam muitas procissões. Vi um novo Papa muito severo e
rigoroso. Antes de começar a festa tinha despedido a muitos bispos e pastores, porque
eram maus. Vi que coincidiram à celebração desta festa os santos Apóstolos
especialmente.
Então vi muito próximo o cumprimento destas palavras: "Senhor, vinga a nos o teu reino".
Aprecia-me ver descer do alto, luminosos jardins celestiais e unir-se com lugares

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inflamados da terra e tudo ali submergir-se na luz primitiva. Os inimigos, que tinham
fugido do combate, não foram perseguidos, mas se dispersaram.

20. Visão da Jerusalém celestial.


Vi nas brilhantes ruas da cidade de Deus muitos palácios e jardins resplandecentes, nos
quais tinha inumeráveis coortes de santos, que discorriam louvando a Deus e derramando
suas graças sobre os homens. Na celestial Jerusalém não há nenhuma igreja: o mesmo
Cristo é a igreja. Maria reina na cidade de Deus, e sobre ela estão Cristo e a Santíssima
Trinidad. Desde Ela desce sobre Maria celestial orvalho, que se difunde sobre toda a
santa cidade.
Vi embaixo da cidade de Deus, à igreja de São Pedro e me regozijei porque, apesar da
negligência dos homens ela recebe sempre do céu a verdadeira luz. Vi os caminhos que
vão à Jerusalém celestial e aos santos pastores que conduziam a ela às melhores almas
de seu rebanho. Estes caminhos não estavam muito cheios.
Vi também o caminho por onde eu tenho de ir à cidade de Deus, e vi, como desde o
centro de um amplo círculo, a todos aqueles a quem de algum modo tinha eu ajudado. Vi
a todos os meninos e aos pobres a quem tinha cozido algum vestido e me admirei e me
alegrei especialmente ao ver as diversas maneiras em que os tinha cortado.
Depois vi todas as cenas de minha vida em que tinha sido útil a algum, já com meu
exemplo, ou com auxílios, orações e trabalhos. Vi o proveito que de aqui se tinha seguido
em forma de jardins nascidos de minhas próprias obras. Estes jardins tinham sido
cultivados de diferente modo por seus diferentes modos; alguns os tinham deixado
perder-se. Vi que sorte coube a cada uma daquelas almas em quem eu tinha causado
alguma impressão.
Comentário final:
Lendo o relato destas visões, tenho a certeza de que Anna Catharina Emmerich é tão
perseguida e odiada, até por gente que se diz católico, porque na verdade ela incomoda
muito ao demônio. De fato, ele não quer que o mundo saiba da vitória da Igreja e da
mudança radical que haverá na terra, depois que ele for expulso daqui, e para sempre.
Estas visões tidas há quase dois séculos, compõem um dos mais claros exemplos da
ação de Deus em favor dos homens. Isso porque através delas nos é dado saber um
pouco do futuro esplendor da Igreja católica, depois que Deus tiver submetido aos pés de
Jesus todos os poderes que ousaram algum dia desafiá-la. Porque é eterna a frase: as

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portas do inferno não irão prevalecer contra ela.
Original Ipse Litere
Postado por Marcelo Costa, quinta-feira, 31 de maio de 2012 15:40:00 às

Fonte: Filhos Prediletos de Maria

Rádio Auxiliadora: Saiba que é Beata Anna Catharina Emmerich.

"Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que
nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever. Jo 21, 25".

As Visões da Irmã Ana Catarina Emmerich que ocorreram em sua vida, descrevem
com muitos detalhes os sofrimentos e os passos de JESUS que aconteceram na
sua vida, “na dolorosa paixão” e Ressurreição, fiel a Sagrada Escritura. Destacando
nesta narrativa a participação da Virgem Maria nos sofrimentos de seu Filho dando-
nos uma melhor compreensão do porquê Nossa Senhora é chamada muitas vezes
de nossa “Co-redentora”.

Ana Catarina Emmerich (1774 -1824), freira alemã estigmatizada, teve a seguinte
visão dos dias de hoje sobre a nossa Igreja Católica:

“Os demolidores levavam grandes pedaços; eram em grande número, sectários e


apóstatas. Em seu trabalho seguiam "certas" ordens e "certas" regras; disse mais: "Vi,
com horror, que entre eles havia também sacerdotes católicos... Vi o Papa em oração,
rodeado de falsos amigos, que, com freqüência, faziam o contrário do que ele ordenava”. -
“O mundo se converterá, quando houver respeito na casa de Deus, a Igreja”.

Biografia :

Nascimento e sua infância.

Anna Catharina Emmerich, Religiosa Agustina, estigmática e extática, filha de

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camponeses pobres, mas piedosos, nasceu na aldeia de Flamsche, perto de Coesfeld na
Diocese de Muster, em Westphalia Alemanha, no dia 8 de Setembro de 1774, foi batizada
no mesmo dia e morreu no dia 9 de fevereiro de 1824 na localidade de Dulmen.

Desde a primeira infância, não cessou de receber do Céu uma direção superior. Via
freqüentemente o Anjo da Guarda e brincava com o Menino Jesus, nos prados e no
jardim. A Mãe de Deus, a Rainha do Céu, apresentava-se muitas vezes e também os
Santos lhe eram bons e afetuosos amigos.

Quando era criança, falava com toda a simplicidade dessas visões e fatos íntimos,
pensando que as outras crianças vissem e experimentassem o mesmo; vendo, porém,
que se admiravam das suas narrações, começou a guardar silêncio, pensando que era
contra a modéstia falar dessas coisas.

Anna Catharina tinha um gênio alegre e amável; andava, porém, quase sempre calada e
recolhida. Os pais, julgando que fosse por teimosia, tratavam-na com bastante rigor. Ela
conta mais tarde:

“Meus pais muitas vezes me censuravam, mas nunca me elogiavam; como, porém, eu
ouvisse outros pais louvarem os filhos, julgava-me a pior criança do mundo”.

Era, contudo, de uma grande delicadeza de consciência; a menor transgressão afligia-a


tanto, que lhe perturbava a saúde. Quando fez a primeira confissão, sentia tanta
contrição, que chorou alto e foi preciso levá-la para fora do confessionário.

Na Primeira Comunhão, cheia de ardente amor, ofereceu-se de novo, sem reservas, ao


seu Deus e Senhor.

Seu trabalho na adolescência.

No auge da mocidade, dos 12 aos 15 anos, Catharina trabalhou, como criada, em casa de
um parente camponês, pastoreando rebanhos; depois voltou à casa paterna. Certa vez,
trabalhando no campo, ouviu ao longe o toque lento e, sonoro do sino do Convento das

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Anunciadas, em Coesfeld. Contava então 16 anos apenas. Sentiu-se tão fortemente
enlevada com a voz daqueles sinos, que lhe pareciam mensageiros do Céu, convidando-a
para a vida religiosa e tão grande lhe foi a comoção, que caiu desmaiada e foi levada para
casa, onde esteve, por muito tempo, adoentada.

Para conseguir mais facilmente admissão num convento, foi durante três anos trabalhar
na casa de uma costureira, em Coesfeld, economizando assim 20 thalers (cerca de 3
libras Inglesas). Depois se mudou para a casa do piedoso organista Soentgen, esperando
que, aprendendo a tocar órgão, se lhe facilitasse a entrada para um Convento. Mas a
pobreza da família de Soentgen inspirou-lhe tanta compaixão, que, renunciando a tocar
órgão, trabalhava na casa como criada, dando até as suas economias para aliviar a
miséria do lar.

“Deus deve ajudar agora”, disse depois à mãe, “dei-lhe tudo. Ele saberá socorrer-nos a
todos”. O bom Deus não deixou de ajudá-la, ainda que Anna Catharina só com 29 anos
visse realizado o seu desejo de entrar para um convento.

Uma Graça Especial.

Quatro anos antes recebeu da bondade de Deus uma graça especial. Estava de joelhos
na Igreja dos padres Jesuítas, em Coesfeld, meditando e rezando diante de um crucifixo.

“Então vi, conta ela mesma, vindo do Tabernáculo, onde se guardava o Santíssimo
Sacramento, o meu Esposo celeste em forma de um jovem resplandecente. Na mão
esquerda trazia uma grinalda de flores, na direita uma coroa de espinhos; apresentou-as,
ambas, para eu escolher. Tomei a coroa de espinhos, Ele a pôs na minha cabeça e eu a
apertei com ambas as mãos; depois desapareceu e voltei a mim, sentindo uma dor
veemente em torno da cabeça.

No dia seguinte a minha testa e a fontes, até as faces estavam muito inchadas e sofria
horrivelmente. Essas dores e a inflamação voltaram muitas vezes. Não notei sangue em
volta da cabeça, até que as minhas companheiras me induziram a vestir outra touca,
porque a minha já estava cheia de manchas vermelhas, ferrugentas.

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Como Anna Catharina não tinha mais dote, ficaram-lhe fechadas as portas dos
Conventos, segundo o pensamento dos homens. Mas Deus ajudou-a, como esperava.
Clara Soentgen, a filha do organista, sendo também organista perfeita, foi de boa vontade
recebida no convento das Agostinhas, em Duelmen. Soentgen, porém declarou então que
deixava entrar a filha somente sob a condição de que admitissem também Anna
Catharina. Em conseqüência disso, entraram as duas jovens para o Convento, em 18 de
Setembro de 1802.

A entrada no convento.

O tempo do noviciado foi para Anna Catharina uma verdadeira escola da cruz, porque
ninguém lhe compreendia o estado da alma. Sofria, porém, tudo com paciência e amor,
observando conscienciosamente a regra da Ordem.

No dia 13 de Novembro de 1803, um ano depois de começar o noviciado, fez os votos


solenes, tornando-se esposa de Jesus. O Esposo divino cumulou-a de novas e
abundantes graças.

“Apesar de todas as dores e sofrimentos”, disse ela, “nunca estive tão rica no coração;
minha alma transbordava de felicidade. Eu vivia em paz, com Deus e com todas as
criaturas.

Quando trabalhava no jardim, vinham avezinhas pousar sobre minha cabeça e meus
ombros e cantávamos juntas os louvores de Deus. Via sempre o meu Anjo da Guarda ao
meu lado e, ainda que o mau espírito me assustasse e agredisse, não me podia fazer mal.

O meu desejo do Santíssimo Sacramento era tão irresistível, que muitas vezes deixava de
noite a minha cela, para ir rezar na Igreja, quando estava aberta; se não, ficava ajoelhada
diante da porta ou perto do muro, mesmo no inverno ou prostrada no chão, com os braços
estendidos e em êxtase. Assim me encontrava o capelão do convento, Abbé Lambert
(sacerdote francês, exilado da pátria, por não prestar juramento exigido pela constituição
atéia), que tinha a caridade de vir mais cedo, para dar-me a sagrada Comunhão. Mas,

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logo que se aproximava para abrir a Igreja, eu voltava a mim, indo depressa à mesa da
Comunhão, onde achava o meu Deus e Senhor”.

Com tantos Conventos, no princípio do século 19, também o Convento de Agnetenberg foi
fechado a 3 de Dezembro de 1811. As piedosas freiras foram obrigadas a abandonar,
uma após outra, o querido mosteiro. Anna Catharina, doente e pobre, ficou até a
primavera seguinte, quando se mudou para uma pequena casa em Duelmen.

A Estigmatização.

No outono do mesmo ano (1812), lhe apareceu de novo o Divino Salvador, como um
jovem resplandecente e entregou-lhe um crucifixo, que ela apertou com fervor de encontro
ao coração. Desde então lhe ficou gravado no peito um sinal da cruz, do tamanho de
cerca de três polegadas, o qual sangrava muito, a princípio todas as quartas-feiras, depois
nas sextas-feiras, mais tarde menos freqüentemente. A estigmatização deu-se-lhe poucos
dias depois, a 29 de Dezembro.

Nesse dia, às 3 horas da tarde, estava deitada, com os braços estendidos, em êxtase,
meditando na Sagrada Paixão de Jesus. Viu então, numa luz brilhante, o Salvador
crucificado e sentiu um veemente desejo de sofrer com Ele. Satisfez-se-lhe esse desejo,
pois saíram logo das mãos, dos pés e do lado do Senhor raios luzidos cor de sangue, que
penetraram nas mãos, nos pés e no lado da Serva de Deus, surgindo logo gotas de
sangue nos lugares das chagas.

Só se alimentava da Eucaristia.

Abbé Lambert e o confessor da vidente, Pe. Limberg, viram-nas sangrar dois dias depois,
mas com sábio propósito fingiram não dar importância ao fato, na presença da Serva de
Deus. Ela mesma procurava esconder os sinais das chagas, o que lhe era fácil, porque
desde o dia 2 de Novembro de 1812 estava de cama, adoentada. Desde então não pôde
mais tomar alimento, a não ser água, misturada com um pouco de vinho, mais tarde só
água ou, raras vezes, o suco de uma cereja ou ameixa. Assim vivia só da sagrada
Comunhão.

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O acompanhamento das autoridades.

Esse estado e a estigmatização tornaram-se públicos na cidade, em Março de 1813. O


Vigário de Duelmen, Pe. Rensing, encarregou dois médicos, os Drs. Wesener e
Krauthausen, como também o confessor, de fazerem um exame das chagas, que
freqüentemente sangravam. Os autos foram mandados à autoridade diocesana de
Muenster, a qual enviou o Padre.

Clemente Augusto de Droste Vischering, mais tarde Arcebispo de Colônia, o Don


Overberg e o conselheiro medicinal Dr. Von Drueffel a Duelmen, para fazerem outra
investigação, que durou três meses. O resultado foi a confirmação da verdade das
chagas, da virtude e também o reconhecimento do caráter sobrenatural do estado da
jovem religiosa.

Também a autoridade secular, querendo examinar e “desmascarar a embusteira”,


mandou, em 1819, uma comissão de médicos e naturalistas; isolaram-na por isso em
outra casa, rigorosamente observada, do dia 7 a 29 de Agosto, o que lhe causou muita
humilhação e sofrimento; também o resultado desse exame lhe foi favorável.

O Peregrino.

No ano anterior, viera visitá-la pela primeira vez o poeta Clemente Brentano,
recomendado pelo Don Overberg; a 17 de Setembro ele a viu pela primeira vez. Ela,
porém, já o tinha visto muito antes, nas visões e recebido ordem do Céu para comunicar-
lhe tudo.

“O Peregrino”, como o chamava, ficou até Janeiro de 1819, mas voltou de novo, para ficar
com ela, no mês de Maio. Foi para Catharina um amigo fiel até a morte, mas a fez sofrer
também às vezes, com seu gênio veemente.

Reconheceu a tarefa que lhe fora dada por Deus, de escrever as visões desta mártir
privilegiada e dedicou-se a isso com cuidado consciencioso.

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“O Peregrino” escrevia durante as narrações, em tiras de papel, os pontos principais, que
imediatamente depois copiava, completando-os de memória. A cópia, a limpo, lia à Serva
de Deus, corrigindo, acrescentando, riscando sob a direção de Catharina, não deixando
nada que não tivesse recebido a confirmação expressa de fiel interpretação.

Pode-se imaginar a grande facilidade que a prática diária, através de alguns anos, trouxe
ao “Peregrino” para esse trabalho, dada a sua extraordinária inteligência e perseverança,
como também o fato de ver nesse serviço uma obra santa, para a qual costumava
preparar-se com orações e exercícios piedosos; assim podemos confiar que não lhe tenha
faltado aos esforços o auxílio de Deus.

O escrúpulo e a consciência com que procedia nesse trabalho, nunca lhe permitiram,
durante tantos anos, resposta alguma aos que atribuíam grande parte das visões à
imaginação do poeta, o que equivale a dizer que, homem sério que era, na tarde da vida
se teria dado a esse incrível trabalho, para enganar conscientemente a si mesmo e aos
outros”.

“Ela falava geralmente baixo-alemão, no êxtase, também o idioma mais puro; a sua
narração era, ora de grande singeleza, ora cheia de elevação e entusiasmo. Tudo que
ouvi e que, nas dadas condições, só raras vezes e apenas em poucas palavras podia
anotar, escrevia eu mais extensamente em casa, imediatamente depois.

O Doador de todos os bens deu-me a memória, a aplicação e elevação da alma acima


dos sofrimentos, que tornaram possível a obra, como está. O escritor fez tudo que era
possível e pede, nesta convicção, ao benévolo leitor a esmola da oração”. Irmã Anna
Catharina deu também a este trabalho plena aprovação.

Quando estava num profundo êxtase, a 18 de Dezembro de 1819 e Brentano lhe


apresentou uma folha, com as anotações, disse ela:

“Estes são papéis de letras luminosas. O homem (isto é, o Peregrino) não escreve de si
mesmo; tem para isto a graça de Deus. Nenhum outro pode fazê-lo; é como se ele

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mesmo visse”.

As Visões da Irmã Ana Catharina Emmerich.

Irmã Anna Catharina viu no êxtase toda a vida e paixão do Divino Salvador e de sua
Santíssima Mãe; viu os trabalhos dos Apóstolos e a propagação da Santa Igreja, muitos
fatos do Velho Testamento, como também eventos futuros. Tocando em relíquias,
geralmente via a vida, as obras e os sofrimentos dos respectivos Santos. Com certeza
reconhecia e determinava as relíquias dos Santos, distinguindo em geral facilmente
objetos sagrados de profanos.

Adversários da Serva de Deus querem negar-lhe o caráter sobrenatural das informações


recebidas durante o êxtase, alegando que Anna Catharina tirava a maior parte dos
conhecimentos de livros, que antes teria lido. Mas isso não está de conformidade com o
que Peregrino escreveu, em 8 de Maio de 1819.

Ela me disse que nunca fora capaz de aproveitar coisas de livros e que sempre pensava:

- Ora, tal livro não há de fazer pecar. Também não pôde guardar na memória coisas da
Escritura Sagrada; mas tem da vida do Senhor a graça de tal intuição, que a consciência
e certeza, que disso tenho, às vezes me fazem tremer, por manter um trato tão familiar e
simples com uma criatura de Deus tão maravilhosa e privilegiada, como talvez não haja
outra”.

Em outra ocasião ela disse ao Peregrino:

“Nunca tive lembrança viva de histórias do Antigo Testamento ou dos Evangelhos, pois vi
tudo com os meus próprios olhos, durante a minha vida inteira; o mesmo vejo cada ano de
novo e nas mesmas circunstâncias, ainda que às vezes em outras cenas. Umas vezes
estive naqueles lugares, no meio de espectadores, assistindo aos acontecimentos,
acompanhando-os e mudando de lugar; mas não estive sempre no mesmo lugar, pois às
vezes fui levada para cima da cena, olhando deste modo para baixo.

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Outras coisas, principalmente os mistérios, vi-os mais com vista interior da alma, outras
em figuras separadas da cena: em todos os casos se me apresentava tudo transparente,
de modo que nenhum corpo cobria o outro, nem havia confusão”.

Com todas estas grandes graças, Anna Catharina permanecia humilde, simples e singela
como uma criança. Mostrava-se sempre obediente aos pais e às superioras religiosas,
como também ao confessor e diretor espiritual. Se lhe mandavam tomar remédio,
consentia, apesar de prever-lhe o mau efeito. Mesmo em êxtase, obedecia imediatamente
à chamada do confessor.

Era à dolorosa Paixão de Nosso Senhor que tinha uma devoção especial e rezava por
isso muitas vezes, enquanto lhe era possível, a Via Sacra erigida ao longo de um caminho
de quase duas léguas, nos arredores de Coesfeld. Nos domingos fazia essa devoção em
companhia de algumas jovens piedosas, nos dias úteis a fazia muitas vezes de noite.

Clara Soentgen, sua amiga, conta:

“Muitas vezes ela se levantava de noite, saindo furtivamente de casa e rezava descalça a
Via Sacra. Se a porta da cidade estava fechada, pulava os altos muros, para poder ir à Via
Sacra; às vezes caía dos muros abaixo, mas nunca se machucava”.

Além dos muitos padecimentos que sofria com paciência e perseverança, exercitava-se
constantemente nas mortificações voluntárias. Já na infância costumava privar-se de
parte do sono e da comida. Muitas horas da noite passava velando e rezando; comia e
bebia o que os outros recusavam, levando as comidas melhores aos doentes e pobres,
dos quais tinha muita compaixão.

O amor ao próximo impelia-a a pedir a Deus que, por favor, lhe desse a sofrer as doenças
e dores dos outros ou que a deixasse cumprir os castigos merecidos pelos pecadores. Já
o fizera na infância e fazia-o depois de um modo muito mais intenso.

“A tarefa principal da sua vida, escreve Clemente Brentano, era sofrer pela Igreja ou por
alguns membros da mesma, cuja necessidade lhe era dada a conhecer em espírito ou

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que lhe pediam a intercessão”.

Anna Catharina aceitava de boa vontade tais sofrimentos e trabalhos.


Muitas vezes, porém, se tornavam estes tão grandes e pesados, que parecia prestes a
morrer. Quando um dia, quase sucumbindo ao peso das dores, pediu ao Senhor que não
a deixasse sofrer mais do que podia suportar, apareceu-lhe o Esposo Celeste e disse:

“Coloquei-te no meu leito nupcial das dores, com as graças dos sofrimentos, adornada
com os tesouros da reconciliação e com as jóias das boas ações. Deves sofrer. Não te
abandono; estás amarrada à videira, não perecerás”.

Também as almas do purgatório se lhe dirigiam muitas vezes, pedindo-lhe socorro; e ela
provava de boa vontade sua compaixão ativa. “Fiz um contrato com meu doce Esposo do
Céu”, conta ela, que cada gota de sangue, cada pulsar do coração, toda a minha vida e
todos os meus atos devem sempre clamar: “Almas queridas do purgatório, saúdo-vos pelo
doce Coração de Jesus”. “Isso faz bem a essas infelizes e alivia-as, pois são tão
pacientes!”

A partida para a pátria Celeste

Depois de muitos e indizíveis sofrimentos, chegou o dia da sua morte a 9 de Fevereiro de


1824. A 15 de Janeiro desse ano dissera a Serva de Deus:

“Na festa de Natal o Menino Jesus me trouxe muitos sofrimentos, hoje me deu ainda
maiores, dizendo”:

“Tu me pertences, és minha esposa: sofre como eu sofri; não perguntes porque, é para a
vida e para a morte”.

Ela jaz de febre, com dores reumáticas e convulsões, escreve ao Peregrino, mas sempre
em atividade espiritual, em prol da santa Igreja e dos moribundos. O confessor pensa que
ela em pouco terminará, porque disse no êxtase, com grande serenidade “Não posso
aceitar outro trabalho, já estou próxima do fim”. Ela pronuncia, com voz de moribunda, só

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o nome de “Jesus”.

A 27 de Janeiro recebeu a Extrema-Unção. Aumentaram-lhe as dores; mas repetia de vez


em quando:

“Ai, meu Jesus, mil vezes vos agradeço toda a minha vida; não a minha vontade,
mas a Vossa seja feita”.

Na véspera da morte rezou:

“Jesus, para Vós morro; Senhor, dou-Vos graças, não ouço nem enxergo mais”.

Quiseram mudar-lhe a posição, para aliviá-la, mas Anna Catharina disse:

“Estou deitada na cruz; deixem-me, em pouco acabarei”.

Recebeu mais uma vez a sagrada Comunhão, a 9 de Fevereiro. Suspirando pelo Divino
Esposo, rezou diversas vezes:

“Oh! Senhor, socorrei-me; vinde, meu Jesus”.

O confessor assistiu à moribunda, dando-lhe muitas vezes o crucifixo para beijar e


rezando preces pelos moribundos. Ela ainda lhe disse:

“Agora estou tão sossegada; tenho tanta confiança, como se nunca tivesse cometido
pecado”.

Eram justamente 8 horas da noite, quando exclamou três vezes, gemendo:

“Oh! Senhor, socorrei-me, vinde, oh! Meu Senhor!”

E a alma pura voou-lhe ao encontro do Esposo Celeste, para permanecer, como

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esperamos confiadamente, eternamente unida com Ele, na infinita felicidade do Céu. Com
grande concorrência do povo foi sepultado o corpo da Serva de Deus, no cemitério de
Duelmen, onde jaz ainda.

As autoridades Eclesiásticas.

Na noite de 21 a 22 de Março de 1824 foram abertos o sepulcro e o caixão, em presença


do prefeito da cidade e do delegado de polícia. Viu-se que a decomposição ainda não
tinha começado.

Uma segunda abertura do sepulcro foi feita, no dia 6 de Outubro de 1858, pela autoridade
eclesiástica.

fonte: Derradeiras Graças

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