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CANTO E ENCANTO

NOS BABAÇUAIS

músicas sob domínio popular selecionadas por

“As Encantadeiras”

2014

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Este livro é material didático dedicado aos jovens das comunidades tradicionais
e destinado à animação das organizações das quebradeiras de coco babaçu. As
músicas foram selecionadas pelo grupo musical “As Encantadeiras”.

O processo de elaboração desse livro teve início durante Oficina de Produção Artística
realizada no âmbito do Projeto Pro-cultura, através da parceria Universidade Federal
do Pará, Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, Associação
em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão, Universidade do Estado do
Amazonas, Embrapa e Museu Paraense Emílio Goedi, com apoio do Ministério
da Cultura e CAPES. Estudantes voluntários da UFPA apoiaram na digitação e
sistematização do material.

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Realização: As Encantadeiras
Apoio: AMTR, MIQCB, ASSEMA, NCADR-UFPA

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AS ENCANTADEIRAS

As Encantadeiras são um grupo de mulheres engajadas em


organizações sociais de quebradeiras de coco babaçu, cujo movimento
atua nos Estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Pará. O Grupo foi
criado com o apoio do Movimento Interestadual das Quebradeiras de
Coco Babaçu (MIQCB) e da Associação em Áreas de Assentamento no
Estado do Maranhão (ASSEMA), apresentando-se pela primeira vez em
Brasília–DF, em 2004.
Em fevereiro de 2005, as Encantadeiras se apresentaram no desfile
de Carnaval, em bloco premiado em São Luís do Maranhão. Em seguida,
de maio a junho de 2005, através do Projeto “Talentos”, apoiado pelo
Banco do Brasil e pela Lume Arte, realizaram apresentações em
Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, em companhia da cantora de hip-
hop, Nega Gizza.
Em dezembro de 2006, elas cantaram durante a cerimônia de entrega,
pelo presidente Lula, do prêmio Objetivos para o Desenvolvimento do
Milênio, no Palácio do Planalto. O MIQCB foi uma das organizações
premiadas.
Em 26 de janeiro de 2007, realizaram outro show em Brasília, no
Teatro Yara Amaral do SESI, para o 3º FEST SESI, cantando o tema: “O
Trabalhador e a Cultura Popular”. Ainda em 2007, as Encantadeiras
encantaram os participantes da entrega do prêmio Margarida Alves,
promovido pela Diretoria de Políticas para Mulheres do MDA.
Em outubro de 2008, as Encantadeiras se apresentaram, com apoio
da organização Terra Madre, no Encontro Mundial de Comunidade do
Alimento, em Turin na Itália, junto com vários outros grupos e artistas
convidados.
As Encantadeiras também dividiram o palco com o cantor e
compositor maranhense Zeca Baleiro, em Pedreiras no Maranhão.
Em junho de 2009, durante o VI Encontrão das Quebradeiras, elas
realizaram um show em São Luís, no hotel Praia Mar e em julho de 2010,
apresentaram-se no Simpósio Internacional sobre Conhecimento
Tradicional, em Manaus.
Em março de 2011, realizaram uma brilhante apresentação e
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dialogaram com a comunidade acadêmica da UFPA, em Belém do Pará,
debatendo e cantando temas que dizem respeito a sua identidade,
território e tradições. Em 2012, apresentaram-se no auditório JK, do
Ministério Público Federal, em Brasília.
Com músicas que traduzem suas vidas e trabalhos como mulheres,
as quebradeiras de coco utilizam o seu canto e seus encantos para
expressar o valor do seu trabalho na agricultura e extrativismo do
babaçu e na luta pela terra e pelo livre acesso aos babaçuais. Assim,
esse livro surge do desejo das mulheres quebradeiras de coco
compartilharem suas músicas com crianças, jovens e adultos de suas
comunidades tradicionais.
Algumas das canções interpretadas pelas Encantadeiras são
composições das próprias quebradeiras de coco de babaçu, outras
são de domínio público e outras ainda são composições feitas em
merecida homenagem às mulheres quebradeiras de coco. Apesar de
não conseguir identificar todos os autores, as quebradeiras de coco
babaçu reconhecem e louvam aqueles que apoiaram a luta pelos
babaçuais, com sua criatividade e arte.

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ÍNDICE DE MÚSICAS

1. Xote das Quebradeiras de Coco 24. Viva a Mulher Brasileira


2. Nossos Direitos Vêm 25. Samba das Quebradeiras
3. Olê, Mariê 1 26. Meu Grito
2. Casa de Palha Queima 27. O Vestido da Fazenda Azul
5. Agora Vamos para a Luta 28. Quebra Coco, Nega
6. Eu Sou Quebradeira 29. Mulher na Luta
7. Olê, Mariê 2 30. Sem Medo de Ser Mulher 1
8. Floriô 31. Canto das Quebradeiras
(1995)
9. Oito de Março
32. Sem Medo de Ser Mulher 2
10. Mulher Trabalhadeira
33. Eu Sou Feliz É Catando Coco
11. Ó Liberdade
34. Verso 2
12. O Voto do Bicho
35. De Repente Nossa Vista
13. Se a Saúde Clareou
14. Eu Sou Roceiro 36. Essa Luta Não É Fácil
15. Ei, Mamãe 37. Ser Sublime
16. Eu Vim de Longe 38. Brincadeira de Roda
17. Bota para Brigar 39. O Nosso Encontro
18. Cantiga das Quebradeiras 40. Você Sabe o que é AMTR?
19. Não Devaste os Palmeirais 41. Oh Mulher, Te Chamo!
20. Verso 1 42. Doutor, Eu Não Desisto
21. Essa Luta Não É Fácil 43. Vem, Mulher!
22. Pobre Rita 44. Quando o Dia da Paz Renascer
23. Como Poderei Viver

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1. XOTE DAS QUEBRADEIRAS DE COCO
Letra e música: João Filho ou João Abelha de Praia Norte do Tocantins

Refrão: Ei, não derruba esta palmeira.


Ei, não devore os palmeirais.
Tu já sabes que não podes derrubar,
Precisamos preservar as riquezas naturais!

O coco é para nós grande riqueza,


é obra da natureza,
ninguém vai dizer que não.
Porque da palha se faz casa pra morar,
já é um meio de ajudar a maior população.

Se faz o óleo pra temperar comida,


é um dos meios de vida pra os fracos de condição.
Reconhecemos o valor que o coco tem,
a casca serve também para fazer o carvão.

Com óleo de coco, as mulheres caprichosas


fazem comidas gostosas de uma boa estimação.
Merece tanto seu valor classificado que,
com o óleo apurado, se faz o melhor sabão.

Palha de coco serve pra fazer chapéu,


da madeira faz papel, ainda aduba o nosso chão.
Talo de coco também é aproveitado,
faz quibane, faz cercado pra poder plantar feijão.

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A massa serve pra alimentar o povo.
Tá pouco o valor do coco, precisa dar atenção.
Para os pobres, este coco é meio de vida.
Pisa o coco, Margarida! E bota o leite no capão.

Mulher parada, deixa de ser tão medrosa!


Seja um pouco corajosa, segura na minha mão.
Lutemos juntas com coragem e com amor,
pra o governo dar valor a esta nossa profissão.

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2. NOSSOS DIREITOS VÊM
Refrão: Nossos direitos vêm
Nossos direitos vêm (refrão)
Se não vir nossos direitos
O Brasil perde também

Confiando em Cristo Rei, que nasceu lá em Belém


E morreu crucificado, porque nos queria bem
Confiando em seu amor, se reclama até a doutor,
Mas nossos direitos vêm!

Só porque tem muito gado e dinheiro com fartura.


Tu negas o teu irmão, este pobre sem figura,
Cuidado com teu mistério!
Um dia no cemitério, nossa carne se mistura!

A cova é tua morada, o verme teu companheiro


A vida desaparece, para lá não serve dinheiro,
Quero ver tua defesa, onde está tua riqueza
Que comprava o mundo inteiro?

Tu sabes que a morte é justa, vem toda de uma vez,


passa um visto em teus crimes,
Qual o dia eu não sei, mas tu pagarás dobrado,
Não existe advogado que te defenda na lei

Aqui termino, pedindo ao nosso Pai soberano


Que fez o céu e a terra sem cometer um engano
Olha teu santo universo, cheio de coração perverso,
que nega os direitos humanos.

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3. OLÊ, MARIÊ 1
Refrão: Olé Mariê, Olé Mariá (2x)
Mulher sai dessa cozinha
Vem e ocupa o seu lugar (2x)
Mulher frágil era um ditado, pra menos te tornar.
Mas quem viu a revolução, sem a mulher funcionar?
Mulher, olha a tua mente, sufocada pra pensar.
Vem e solta o pensamento, com teu jeito de criar.
Oh mulher abre essa boca! é preciso temperar.
O prato da vida é insosso, sem o sal do teu falar!
A lei velha do machismo, vem mulher, vem revirar!
Se não faz a tua parte, essa lei vai dominar.

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4. AGORA VAMOS PARA A LUTA
Agora nós vamos pra luta,
A terra que é nossa ocupar.
A terra é para quem trabalha,
A história não falha, nós vamos ganhar!

Refrão: Já chega de tanto sofrer!


Já chega de tanto esperar!
A luta vai ser tão difícil,
Na lei ou na marra, nós vamos ganhar!

Quem gosta de nós somos nós


E aqueles que nos vem ajudar.
Por isso, confie em quem luta,
A história não falha, nós vamos ganhar!

Se a gente sofrer nesta luta,


O sangue será a semente.
Justiça vamos conquistar,
A história não falha, nós vamos ganhar!

O povo que sabe o que quer


Caminha pra na terra ficar.
Pois terra é pra quem trabalha,
A história não falha, nós vamos ganhar!

Já soma uns trinta milhões,


O povo sem terra e sem pão.
O jeito é lutar por nosso chão,
Porque a história não falha, nós vamos ganhar!

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4. FLORIÔ
Letra e música: Zé Vicente

Refrão: Arroz deu cacho e o feijão floriô,


Milho na palha, coração cheio de amor.

Povo sem terra fez a guerra por justiça.


Visto que não tem preguiça este povo
de pegar cabo de foice, também cabo de enxada,
para poder fazer roçado e o Brasil se alimentar.

Com sacrifício, debaixo da lona preta.


Inimigo fez careta, mas o povo atravessou.
Romperam cercas que cercam a filosofia
de ter paz e harmonia para quem planta o amor.

6. ESSA LUTA NÃO É FÁCIL

Refrão: Essa luta não é fácil,


Mas vai ter que acontecer!
As mulheres organizadas,
tem que chegar ao poder! (2x)

Vamos lutar, minha gente! vamos botar pra valer!


Vamos quebrar a corrente do machismo e do poder!

Quando ele vê esse povo, vai correr e cair no fogo.


Nós vamos brigar com ele, pra ter direito no coco.
Ele tem mais que nós, por isso só dá desgosto,
A nossa produção, temos que pagar imposto

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7. OITO DE MARÇO
Letra e música: João Filho ou João Abelha de Praia Norte do Tocantins

Oito de março vai deixar


Muita saudade, pois na verdade,
Tenho orgulho em ser mulher!
Enfrento coco, enfrento a roça, enfrento a casa.
Mulher é brasa viva em lugar qualquer!

Sou cidadã no meio da sociedade,


A liberdade é um direito da mulher.
Sou lutadora, na batalha sou guerreira,
Sou brasileira e sou filha de Javé.

Estou sonhando com minha felicidade,


Capacidade também existe na mulher.
Não sou escrava, sou capaz e competente.
Mulher é gente! É mulher que a gente quer!

Nosso país não existe igualdade,


A sociedade discrimina a mulher.
Para as mulheres, desejo felicidade.
Tenho saudade de um Brasil que a gente quer!

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8. MULHER TRABALHADEIRA
Letra e música: João Filho ou João Abelha de Praia Norte do Tocantins

Refrão: Eu sou mulher trabalhadeira


Eu também sou brasileira
Faço parte da nação.

Já vou correndo pra o meio da sociedade,


Mulher pura de verdade tem que ter disposição!
Pra lutar forte, nesta pátria varonil,
precisamos de um Brasil que tenha libertação!

Estou cansada de viver no sofrimento,


Não suporto, não aguento. Preciso ter liberdade!
Mulher e Homem fortalecem a corrente.
Vamos lutar frente a frente, buscando felicidade!

Nossos direitos estão quase escondidos,


Parecem estar perdidos, por este mundo além.
Mas agora a verdade é quem me chama,
Mulher não é só pra cama. Ela é para lutar também!

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9. Ó LIBERDADE

Boa tarde, para todos os foliões!


Viemos pedir licença, pra brincar nesse salão.
E convidamos a toda comunidade,
para sambar de verdade, no bloco da liberdade!

Liberdade! Ó liberdade, liberdade já raiou


Ó liberdade, meu amor,
Nosso bloco na avenida já chegou!

O amarelo representa nosso ouro,


O nosso maior tesouro, que a máquina devorou.

O nosso verde, que era nossas grandes matas,


O homem sem piedade botou fogo e acabou.

A cor vermelha mostra a revolução que incendeia a nação


sem nenhuma explicação.

As grandes guerras que acontece no país


Deixando o povo infeliz, matando toda nação

Convidamos todas as comunidades,


pra unirmos de verdade e juntar as nossas mãos,
e preservar o nosso meio ambiente,
Vamos lutar, minha gente, pra não faltar o pão!

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10. O VOTO DO BICHO

Deixa esse bicho, não traz o bicho pra cá.


Larga esse bicho, deixa o bicho se virá.
Mata esse bicho, que o bicho quer te matar.
Pelo que o bicho me disse, tá querendo te enrolar.

O pobrezinho que trabalha pelo chão,


em busca de terra e pão, para a vida melhorar,
Mas o ricaço, quando vê o povo pobre
é mesmo que ver cobra, traz um pau para matar.

Trabalhei muito para fazer um prefeito,


para ver se havia um jeito da minha vida melhorar.
Mas o indivíduo quando está no palacete,
no pobre mete o cacete, com força para matar.

Eu não vou mais acreditar em latifúndio


que engana todo mundo, seu defeito vou contar,
O bicho é feio, buchudo que nem caçote,
Só quer pegar meu voto pra poder me massacrar.

Na minha terra o povo já tá previsto, quando vem


chegando um bicho, corre em cima pra matar.
Tem bicho velho que a cara é uma barroca, só vive de pedir
voto, porque não quer trabalhar.

O bicho velho já avisou pra todo bicho,


que a bicha tá cheia de bicho,
já tem bicho pra danar!
E convidando pra votar nos outros bichos,
Vai morrer de tanto bicho, quem no bicho for votar.
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11. SE A SAÚDE

Refrão: Se a saúde está precária, veja por quê?


Chegam as verbas, mas ninguém vê (2x)

Nosso povo está doente.


Mas que coisa indecente,
não dá mais pra aguentar!
Os impostos são dobrados,
só que não são repassados,
para a gente se tratar.
O povo sentindo isso,
assumiu um compromisso
Para a vida defender.
Viu que a luta não se finda.
Mas pra não morrer a mingua,
é bem melhor combater.

Com a organização,
conseguimos passos bons,
que foi descentralizar.
O dinheiro agora vindo
lá pro nosso município,
pra poder fiscalizar.
E assim ia andando,
o povo se organizando,
pra poder participar, até quando
o secretário da saúde do Estado
resolveu atrapalhar.

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12. VIVA MULHER BRASILEIRA

Viva a mulher, a mulher brasileira!


Vamos reconhecer o valor que ela tem.
É a mulher que luta, luta a vida inteira,
Por isso todos nós vamos lhe dar os parabéns!

Quem trás a vida ao mundo? é a mulher!


Quem luta a vida inteira? com muita fé!
Quem cuida da família, com muita capacidade,
E ainda luta junto com sua comunidade!

A mulher camponesa leva a vida na roça


É a dona de casa, membro da associação.
Dos clubes de mães, trazendo um progresso.
É a vez da mulher fazer sua libertação.

A mulher tem valor vamos reconhecer,


seu dia a dia seu trabalho justifica.
É a mulher que luta por uma renovação,
É bom ter a mulher participando na política.

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13. EU SOU ROCEIRO

Refrão: Eu sou roceiro, vivo de cavar o chão,


Tenho as mãos calejadas, sim senhor,
Me falta terra, falta casa, falta pão
Vivo bem longe do Brasil do lavrador.

Só tenho a enxada e um título de eleitor


Para votar em seu fulano educado,
Que não faz nada pelo pobre agricultor,
Que não tem terra pra fazer o seu roçado.

Esse país é do tamanho de um continente


Mas não tem terra pra o homem da mão grossa.
De norte a sul, do nascente ao poente,
Vivo à procura de um lugar para fazer roça.

Escuto o rádio fico cheio de alegria,


Quando se fala que a REFORMA vai chegar.
Espero um ano, espero dois e só se cria
Falsos projetos para poder me tapear.

Sou um soldado retirante sem medalha,


Sou estrangeiro, quando pego a reclamar,
Sou camponês que usa tanga e sandália,
Sou brasileiro só na hora de votar.

Até na Igreja tenho encontrado tapia


Às vezes fico sem saber pra onde vá
Mas esse Deus de sombra e água fria
Ou é de todos ou um dia passará.

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Eu sou comprado por cem gramas de sorriso,
Mas sou cismado com um grão de traição.
Já vou fugindo dos que tem o rosto liso,
Já que o meu é cheio de grutilhão.

14. NÃO DEVASTE OS PALMEIRAIS

Não devaste os palmeirais, deixe o coco dar raiz,


Eu vivo quebrando coco, do coco que eu sou feliz
Eu vivo quebrando coco, do coco eu sou feliz.

Se você é fazendeiro ou algum industrial,


segure suas cabroeiras,
que eu não sou sua rival,
mas deixe nossas palmeiras,
botar coco em seu quintal.

Eu conheço essa história, não sei quando terá fim


Eu só quero quebrar coco,
eu não quero seu o capim,
Já não basta o mal da seca,
vem a cerca contra mim.

Você é dono do gado, do açude e do curral,


Mas não é dono do coco,
nem também do coqueiral,
Você corta boi de corte,
mas não corte o palmeiral.

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15. EI, MAMÃE

Ei, mamãe, dá a saia pra apanhar o coco,


O melhor do coco é quebrar!

Ei, mamãe, traz a panela pra torrar o coco,


O melhor do coco é quebrar!

Ei, mamãe, traz a balança pra pesar o coco,


O melhor do coco é quebrar!

Ei, mamãe, traz o dinheiro pra pagar o coco.


O melhor do coco é quebrar!

Refrão: É coco, é coco, cocá


O melhor do coco é quebrar!

16. VERSO 2

Te vi de saia curta,
Na descida da ladeira.
Menina, casa comigo,
Ô me tira da cegueira!

Menina dos olhos preto,


Sobrancelha de veludo.
Teu pai é pobrezinho,
Mas teus olhos vale tudo!

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17. EU VIM DE LONGE

Eu vim de longe, pra encontrar o meu caminho,


tinha um sorriso e o sorriso ainda valia.
Achei difícil a viagem até aqui,
mas eu cheguei, mas eu cheguei. (2x)

Eu vim depressa, eu não vim de caminhão,


eu vim a jato, neste asfalto, neste chão.
Achei difícil a viagem até aqui,
mas eu cheguei, mas eu cheguei. (2x)

Eu vim por causa daquilo que não se vê,


Vim nu, descalço, sem dinheiro e na pior.
Achei difícil a viagem até aqui,
mas eu cheguei, mas eu cheguei. (2x)

Eu tive ajuda de quem você não acredita,


tive esperança de chegar até aqui.
Vim caminhando, aqui estou.
Me decidi: eu vou ficar, eu vou ficar. (2x)

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18. BOTA PARA BRIGAR
Letra e música: Luis Vila Nova, Maranhão

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.


Se o cabra morre de medo,
Prova que ele não é homem.

Refrão: Qual é o jeito, Zé?


É virar, é virar, é virar!
É virar e botar para brigar! (2x)

Eu saí do Piauí, vim parar no Mearim.


Quando eu chegava lá,
O bicho vinha atrás de mim.

Do vale do Mearim, eu corri pro Pindaré.


Quando eu olhei pra trás,
O bicho vinha no meu pé.

Da região do Tocantins, fui parar no Araguaia.


Quando eu chegava lá,
O bicho tava na tocaia.

Não tenho mais para onde ir, todo lugar o bicho tá.
Não vou mais sair daqui,
Não vou caçar outro lugar!

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19. CANTIGA DAS QUEBRADEIRAS

Oh roda, roda minha gente!


Mandim, sarará
Oh, no dia 6 de janeiro
Mandim, sarará

Formou-se um nevoeiro
Mandim, sarará
É mandinga de Odete
Mandim, sarará

As palmeiras tão de luto


Mandim, sarará
Oi na subida de ladeira
Mandim, sarará

Ô menino da calça preta


Mandim, sarará
E de camisa de cetim
Mandim, sarará

É com tu que eu vou me embora


Se eu soubesse que tu vinha
Eu te parava no caminho
Te dava beijo na boca
E te levava só pra mim

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20. POBRE RITA

Cabocla faceira
É aquela Rita
Muito dengosa, muito bonita
Quando ela passa de macete na mão
Machadinho amolado
Vestidinho de algodão
Vai quebrar o coco
Pra ganhar dinheiro
Pra compra arroz
Pra comprar feijão.
Pra comprar farinha, pra comprar o pão (2x)

Na sombra de uma palmeira


Sentada no chão
Com sede e com fome.
Se Deus não mandar o contrário,
Amanhã ela bebe, amanhã ela come (2x)

Vai quebrando o babaçu,


E o macete vai batendo.
Babaçu vai para o saco,
E o saco vai enchendo!
E a pobre Rita vai assim vivendo (2x)
Babaçu quebrando, macete batendo,
E a pobre Rita vai assim vivendo. (2x)

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21. SAMBA DAS QUEBRADEIRAS
Letra e música criada para o bloco os Liberais, no Carnaval de 2005

Amanheceu, raiou o dia


Quanta batalha aqui já se travou
Morreram agricultores e latifundiários
Quanta falta de amor!
A luta continuou, o projeto assim nasceu
E o sonho se concretizou.

Sou quebradeira eu sou, quebrando o coco eu vou.


Sou quebradeira do interior (2x)

Palmeiras! Babaçuais!
Terra fértil, olha a riqueza no chão.
Folhas verdes, oh! Que maravilha.
A natureza traz o fruto, a perfeição
Senhoras guerreiras, vão a luta, custear alimentação
O comércio e a indústria,
exportadores das explorações
Nosso produto assim chegou em outras nações

Eu vou gargalhar, eu estou feliz!


Nossa matéria prima circulando no país. (2x)

Quebra, quebra, quebradeira! Quero ver quebrar.


Os liberais trazem o dito popular:
Quebra, quebra, quebradeira! Quero ver quebrar,
Viemos para a avenida com meu bloco festejar.

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22. COMO PODEREI VIVER

Refrão: Como poderei viver (2x)


De leste, oeste a sul
Sem nosso babaçu

Companheira organizada,
Vamos ganhar a parada!
Lutando pelas palmeiras,
Não deixar a derrubada!

Quebradeira não tem nada,


Só tem um título e uma machada.
Pra votar em seu fulano,
Que por ela não faz nada.

Com a nossa fabriqueta,


Que vamos nos animar.
Fazer o sabão de coco,
Para a vida melhorar.

MIQBC e ASSEMA
veio aqui nos animar,
Para nós lutar com força
E nunca desanimar!

A mulher tem que ter força,


Saber na vida lutar.
Pra que o nosso babaçu,
Outro não venha ajuntar!

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Companheira quebradeira,
Vamos nos organizar!
Com a força da mulheres,
A vida vai melhorar!

23. O NOSSO ENCONTRO

O nosso encontro tá pra lá de bom,


são as mulheres que comandam o tom,
reúne aqui, reúne acolá,
a nossa história vai ter que mudar.

Refrão: É o mexe, mexe na luta da gente


Todo mundo fala, todo mundo sente,
Vamos lutar certo, lutar consciente,
Vem, companheirada,
se unir com a gente!

Essa história vai ter que mudar,


já que viemos pra participar,
Nossas ideias pra democratizar
e todas juntas, nós vamos lutar.

E pro movimento melhorar,


mulher e homens juntos trabalhar.
Se nós queremos nos organizar
Os 30% nós vamos ocupar.

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24. SEM MEDO DE SER MULHER 1

Refrão: Pra mudar a sociedade,


do jeito que a gente quer,
Participamos sem medo de ser mulher!

Porque a luta não é só dos companheiros,


Participamos sem medo de ser Mulher!
Pisando firme sem pedir nenhum segredo,
Participando sem medo de ser mulher.

Pois sem mulher a luta vai pela metade,


Participamos sem medo de ser mulher!
Fortalecendo os movimentos populares,
Participando sem medo de ser mulher.

Na aliança operária-camponesa,
Participamos sem medo de ser mulher!
Pois a vitória vai ser nossa com certeza,
Participando ser medo de ser mulher.

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25. MEU GRITO

Ninguém escuta meu grito,


Desconhecem meu sufoco.
Escondida lá na mata,
Com fome, quebrando o coco.

Dentro do babaçual,
vou perdendo minha infância.
O machado é meu brinquedo,
cortando minha esperança.
Derrubando os meus sonhos,
de um dia diferente.
Que não seja pular cerca,
prestar conta a patrão,
a um jagunço capataz,
Que ainda achando pouco,
se diz o dono do coco,
toma a minha produção.

Tenho direito à escola,


saúde e alimentação.
A brincar e ser feliz!
Tudo isso, a lei que diz.

Mas continuo esquecida.


sem nenhuma proteção,
Nesse trabalho pesado,
sem um pedaço de chão. (2x)

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26. O VESTIDO DA FAZENDA AZUL

Marido, eu quero um vestido,


daquela fazenda azul. (2x)
Ó, mulher, não tenho dinheiro,
quebra o coco babaçu (2x).

Quando passa a meia noite,


Eu vi o pilão troar.
É a mulher do babaçu,
que não sai sem almoçar.

A mulher do babaçu,
tem a vista ligeira. (2x)
Quando o coco sai da casca,
Sabe aonde vai bater.

27. VERSO 1

Eu assubi 7 serras,
Avistei 7 cidades.
Meu amor morando longe,
E eu morrendo de saudade.

Torra o café, Manuel (3x)


Pra nós pisar!

Pisa o café, Manuel (3x)


Pra nós passar!

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28. QUEBRA COCO, NEGA

Refrão: Quebra coco, nega!


Eu não, eu não!
Quebra coco, nega!
Eu tô quebrando.

A palmeira de sabida,
Botou cacho nas alturas!
Ela pensa que eu não sei,
Quando o coco tá maduro!

A palmeira de sabida,
Botou cacho no baixão!
Ela pensa que eu não sei,
Quando o coco tá no chão!

Os rapaz de hoje em dia,


Não tem mais coro na testa,
De carregar cofo de coco,
Pra pagar cota festa!

Eu saí do Piauí,
Fui parar no Araguaia
Quando eu chegava lá
O bicho tava de tocaia!

Lá vem a lua saindo,


Por detrás do quarador.
A moça que tem vergonha,
Não dá bola a tocador!

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29. MULHER NA LUTA

Vai pra beira do riacho, ô ô ô!


Com a trouxa na cabeça, ô ô ô!
Pra ganhar uma mixaria, lava roupa todo dia,
se resfria e não se queixa (2x)

O sol quente na cabeça, ô ô ô!


E os pés na água fria ô ô ô!
É a mulher lavadeira, trabalha a semana inteira,
para poder ganhar a vida (2x)

Bota a lenha no fogo, ô ô ô!


faz o leite do menino, ô ô ô!
Varre a casa e limpa a mesa, arruma a prateleira,
Enquanto ele está dormindo (2x)

É mulher dona de casa, ô ô ô!


sem tempo pra descansar, ô ô ô!
Faz o almoço, faz a janta e a noite lá prás tantas
Ela ainda sem deitar (2x)

Já não tem mais o marido, ô ô ô!


e vai pra roça sozinha, ô ô ô!
Deixa o filho de dois anos, o outro nem está andando.
Cuida dele, Mariquinha (2x)

É a mulher do posseiro, ô ô ô!
que o pistoleiro matou, ô ô ô!
Tudo é culpa do sistema, pois o rico não tem pena do povo
trabalhador (2x)

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É a mulher boia-fria, ô ô ô!
É o peso do facão, ô ô ô!
Quando a cana vai caindo, ela pensa nos meninos
É uma dor no coração (2x)

30. OH MULHER, TE CHAMO!

Oh, mulher te chamo, porque esta luta é tua, (2x)


Deixa esta cozinha e vamos cair na luta. (2x)

Essa luta é nossa, não desanime, não.


As nossas palmeiras estão todas no chão!
Vamos dar um jeito, que eu já não aguento.
É pra nossos filhos, que dá sustento.

Você que quebra o coco, cuida do menino


e que lavar a roupa, não é teu destino!
Depois vai pra roça, que situação!
vai quebrar o coco, pra comprar o pão.

A quebra do coco foi quem me criou,


diziam meus pais, também meus avôs.
Agora estou vendo tudo se acabando,
É o fazendeiro que está devorando.

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31. CANTO DAS QUEBRADEIRAS (1995)
Letra e Música: Raimunda Gomes da Silva, de São Miguel do Tocantins

Refrão: Governadora Roseana,


Não vim aqui para lhe visitar.
Viemos trazer um documento,
Só saio daqui quando negociar.

Somos quebradeiras lá do Tocantins.


Tem do Pará, também do Mearim.
Do Piauí e de todo Maranhão.
Só saímos daqui com uma decisão.

A reforma agrária é a solução.


Falta estrada e educação.
Não tem doutor e falta medicina.
E com salário de miséria, ninguém não ensina.

Babaçu Livre é a decisão.


Se derrubar é a destruição.
Meio ambiente só se vê falar.
Queremos nossa reserva para preservar.

Somos quebradeiras, demos opinião.


Fizemos lei da nossa profissão.
Já discutimos a legislação.
Pra levar para o congresso para aprovação.

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32. SEM MEDO DE SER MULHER 2

Sem medo, sem medo!


Sem medo de ser mulher.
Vamos enfrentar essa luta,
Sem medo, sem medo de ser mulher.

Dá de ir, minha gente, dá.


Você pode e tem razão.
Sem medo, sem medo!
Sem medo se der mulher.

As Quebradeiras de coco pedem


às autoridades, um pouco de atenção.
O quilo deste produto,
não compra meio quilo de feijão.

Sem medo, sem medo,


sem medo de ser mulher!
Pra mudar a sociedade,
do jeito que a gente quer

Participando sem medo, sem medo,


sem medo de ser mulher.

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33. EU SOU FELIZ É CATANDO COCO

Eu sou feliz é quebrando coco,


é quebrando coco que eu sou feliz (2x).

Mulher, vamos se unir, nessa luta prosseguir


Se ficar aqui parada, nada vamos conseguir.

Se fizer plano de roça e na roça não plantar,


Não vamos ter a colheita para nos alimentar.

Se não se unir com força e começar a trabalhar,


Não vai ter a fabriqueta de sabão para lavar.

34. ESSA LUTA NÃO É FÁCIL

Refrão: Essa luta não é fácil,


mas vai ter que acontecer,
As mulheres organizadas
têm que chegar ao poder (2x).

Vamos juntas companheiras, vamos botar pra valer!


Vamos quebrar as correntes
Do machismo e do poder.

Sem mulher neste mundo, seria triste demais,


Não nascia gente nova, o mundo não tinha paz!

A mulher nasceu pra ser pelo homem bem amada,


Ser amiga e companheira, não pra ser discriminada.

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35. DE REPENTE NOSSA VISTA CLAREOU

De repente nossa vista clareou,


Clareou, Clareou!
E descobrimos que o povo tem valor,
Tem valor, tem valor!

Nós descobrimos o valor da união,


que é arma poderosa e derruba até dragão!
E já sabemos que a riqueza do patrão
E o poder dos governantes passa pela nossa mão!

Nós descobrimos que a seca do nordeste,


Que a fome, que a peste, não é culpa de Deus pai.
A grande culpa é de quem manda no país,
Fazendo o pobre infeliz, e deste jeito assim não vai!

O que nós vemos é deputado e senador,


Militar e jogador recebendo seus milhões.
Enquanto isso, o povo trabalhador
Derramando seu suor tem que viver de tostões.

Temos certeza que Deus pai libertador,


Lá na bíblia nos deixou o caminho pra seguir:
Unir seu povo, que era escravo no Egito,
O Faraó ficou aflito e Moisés pode partir.

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36. SER SUBLIME

De um gesto sublime e honesto, sem distinção


De raça e nem cor, convocamos
A mulher do campo, pra mostrar o seu valor.

Refrão: Trabalhadora rural é hora de se levantar


Unidas vamos lutar!
Nossos direitos vamos conquistar.

A mulher da roça vai enfrentando


Uma enorme batalha da dor, além de ser
Descriminada, esquecida e desamparada

Nos momentos de organização das mulheres,


Trabalhadoras rurais que estão lutando
Firmemente, para acabar com esse mal.

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37. VOCÊ SABE O QUE É AMTR
Letra e música: Jailson de Cajazeiras, Lago do Junco, Maranhão

Você sabe o que é a AMTR?


Não se preocupe, que eu vou lhe explicar.

AMTR é mulher trabalhadora,


lutando para viver dentro do meio rural. (2x)

AMTR já é uma entidade, que luta


para defender os nossos babaçuais.
Para usarmos de maneira bem legal,
Explorar de forma justa a riqueza natural.

AMTR é uma realidade.


Luta das comunidades procurando realizar.
Para transformar a riqueza natural,
produzindo de verdade e comercializar.

AMTR tem seu trabalho ativo,


e não luta dividida, para se globalizar.
Como estilista, lança moda natural,
Vira capa de revista e sai no globo rural.

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38. OH MULHER, TE CHAMO!

Oh, mulher te chamo, porque esta luta é tua, (2x)


Deixa esta cozinha e vamos cair na luta. (2x)

Essa luta é nossa, não desanime, não.


As nossas palmeiras estão todas no chão!
Vamos dar um jeito, que eu já não aguento.
É pra nossos filhos, que dá sustento.

Você que quebra o coco, cuida do menino


e que lavar a roupa, não é teu destino!
Depois vai pra roça, que situação!
vai quebrar o coco, pra comprar o pão.

A quebra do coco foi quem me criou,


diziam meus pais, também meus avôs.
Agora estou vendo tudo se acabando,
É o fazendeiro que está devorando.

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39. DOUTOR EU NÃO DESISTO!
Letra e música: Nazira P. da Silva, Ludovico, Lago do Junco, Maranhão

Doutor, eu não desisto,


quero brincar o carnaval em Ludovico. (2x)

Ah, eu não desisto não,


de brincar junto com meu bloco no salão.
A nossa cultura virou tradição,
com a liberdade puxando o cordão.

Carnaval de rua é nossa alegria,


porque estamos juntos com BABA-FOLIA.

Se não houver jeito pra melhorar,


eu vou tomar todas, vou me embriagar.
Eu vou quebrar tudo que tem por aí,
mas do carnaval eu não vou desistir.

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40. VEM MULHER

Vem mulher, de mãos dadas vamos caminhar.


Oh, mulher, vamos juntas a história fazer
Vem mulher, que unidas vamos triunfar
Novo rumo a história terá
e a vitória vai acontecer (2x)

Oh, mulher! Tua história nunca foi contada.


Oh, mulher! Poucos livros revelam teu ser.
Oh, mulher! És mais vistas como objeto para dares carinho
e afeto em um mundo de falso prazer (2x)

Oh, mulher! Tu és forte e podes vencer.


Oh, mulher! Se unir-se às outras e caminhar,
Mas mulher, junto às outras, tu te sentirás.
Teu passado triste deixarás
e verás novo dia brilhar (2x)

Oh, mulher! Tua história será refletida


Oh, mulher! na medida que tu a viver,
tens nas mãos a criança que nasce em teu lar.
É você quem a deve educar.
Porque deixa o machismo crescer? (2x)

Oh, mulher! Te organiza e abraça esta luta


Oh, mulher! Verás uma nova geração.
Oh, mulher! Vem com garra, vigor e energia,
junto às outras com muita euforia,
Mudar os rumos da nossa nação.

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41. QUANDO O DIA DA PAZ RENASCER
Autor: Zé Vicente

Quando o dia da paz renascer


Quando o sol da esperança brilhar,
Eu vou cantar!
Quando o povo nas ruas sorrir
E a roseira de novo florir,
Eu vou cantar!

Quando as cercas caírem no chão,


Quando as mesas se encherem de pão,
Eu vou cantar!
Quando os muros que cercam os jardins destruídos,
Então os jasmins vão perfumar.

Vai ser tão bonito


Se ouvir a canção, cantada de novo
No olhar do homem
A certeza do irmão. Reinado do povo (2x)
Quando as armas da destruição,
Destruídas em cada nação,
Eu vou sonhar!
E o decreto que encerra a opressão,
Assinado só no coração, vai triunfar!
Quando a voz da verdade se ouvir
E a mentira não mais existir,
Será enfim,
Tempo novo de eterna justiça
Sem mais ódio,
Sem sangue ou cobiça,
Vai ser assim.
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42. OLÊ, MARIÊ 2

Refrão: Olé Mariê, Olé Mariá (2x)


Mulher, sai da cozinha!
Vem e ocupa o seu lugar! (2x)
Senão teu marido fala (3x) e tu só faz confirmar!
Senão teu marido fala e tu só faz confirmar!
Tua classe está na luta (3x) e tu vem pra ajudar!
Tua classe está na luta e tu vem pra ajudar!
Sindicato de pelego (3x) não quer te associar!
Sindicato de pelego não quer te associar!
Estão te discriminando (3x) e tu vem pra protestar!
Estão te discriminando e tu vem pra protestar!
Mais da metade do povo (3x) do Brasil tá sem falar!
Mais da metade do povo do Brasil tá sem falar!

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43. CASA DE PALHA QUEIMA
A casa de palha queima.
Queima, mas não queima.
Se queimar, eu boto telha.
Telha também queima.
Se queimar, eu boto areia.
Areia também queima.
Olha o gato do mato!
Pegou ... segurou!
Se não tiver quem dê no gato,
Segure que eu dou!

44. BRINCADEIRA DE RODA

O melão, melão, Sabiá


É de laranjeira, Sabiá
A morena é boa, Sabiá
É namoradeira, Sabiá

Eu subi num pé de serra, Sabiá


Avistei 7 cidades, Sabiá
Meu amor morando longe, Sabiá
Tô morrendo de saudade, Sabiá

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45. EU SOU QUEBRADEIRA
Letra: Antonio Nascimento Silva (Mundoca).
Música: paródia de “ Seqüestro do Toinho ”

Eu sou quebradeira,
Eu sou quebradeira.
Vim para lutar!

Pelos meus direitos,


Pelos meus direitos.
Eu vim reivindicar!

Mais educação e saúde


Pra toda nação.
Eu sou quebradeira,
Sou mulher guerreira,
Venho do sertão!

No Tocantins, tem quebradeira


No Piauí, tem quebradeira
Lá no Pará, tem quebradeira
No Maranhão, estão as quebradeiras!

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