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Manual de Formagao ~DESENHO > INFANTIL meena ne earner see enn ame SN ESATO inDICE 4. A importancia do Desenho Infantil... 2, Médulo | — A crianga desenha para qué?.. 2.1. Motivos que levam as Criangas a Desenharem . 2.2. A Crianga interpreta o seu Desenho.... 2.2.1, Realismo Fortuito.. 2.2.2. Realismo Frustrado .. 2.2.3. Realismo Intelectual... 2.2.4, Realismo Visual : oe 2.3. Niveis de Interpretagdo do Desenho Infantil. .........-----8 2.4. 0 Desenho em cada Idade no Desenvolvimento Infantil 8 2.5. Em que Consiste 0 Desenho Infantil?... 3, Médulo Ii — © Desenho. Infantil: como interpreta-lo? | 3.1, Niveis de Interpretagao.... 3.1.1, Nivel Grafico .. 3.1.2: A Pressdo ao Carregat.......ne | 3.1.3. Localizagao do Desenho no Papel ... 3.1.4, Tamanho das Figuras. | 3.1.5, Outras Consideragées 3.1.8. As. Cores ee ] 3.1.7. Combinagées de Cores ... ] Yu oa aaaae 3.1.8. Intensidade e Frequéncia do Uso das Cores . 3.1.9. Disposigao das Cores . : 4, Médulo Ill — Simbolos e a sua Interpretagao. k 4.1, Aiguns Simbolos mais Utilizados 4.2. Estagdes do Ano ........ 5. Conclusao.. 6. Referancias BBibliograficas. i 4. AIMPORTANCIA DO DESENHO INFANTIL © desenho das erlangas @ uma forma de expressao de particular importancia, pois permite perceber e avaliar de forma directa o estado atectivo da crianga e 0 modo como ela se coloca em diferentes contextos (familiaf, social ou outros). através do desenho, a erianca fala da sua afectividade e sensibilidade Revela 0 seu desenvolvimento e a forma como se liga a0 mundo, as pessoas e coisas © desenho infantil precisa de ser visto através do entusiasmo aplicado pela crianga, valorizando-se os seus conteudos explicitos ou nao, sem deixar de dar realce @ emogdo gasta na execugao da tarefa. . Engloba um processo que carrega consigo uma histéria Unica, um desejo préprio, ambos voliveis no tempo & na intengdo. E, mais do que criativo, deve ser para a crianga momentos de fruigdo, de dar, e de se expor sem complexos, receios ¢ intengées. ‘ © prazer esta em colocar-se no mundo real, com ou sem um significado explicito, através de uma execugae grafica, sem constrangimentos mas muito natural e prazeirosa. Todo o desenho infantil transmite o entusiasmo (ou n&o) que a crianga sente no momento em que desenha. Para além do gosto pela vida e da sua disponibilidade e interesse em partilhar com os outros, 0 seu mundo interno de intensas sensagées e visées préprias. Um desenho é, para a crianga, um trabalho todo de afectividade e isento de intengées artisticas. A concepgao do belo, do perfeito, parte do adulto ja’ armadiihado de (pre) conceitos sociais em torno da estética e das suas miltiplas leituras. ‘Assim, como muitos pintores, as criangas quando desenham ou pintam, constroem um mundo quase sempre colorido ¢ livre, onde se terligam fantasia e realidade, desejo e presente. Thess teem te A crianga retira do mundo real o material que vai ser fundamental para 2 execugdo do seu desenho, escrevendo assim uma histdria que é suae devera ser partilhada pelos outros A nds, psicdlogos, preocupados com o desenvolvimento harmonioso da infancia, interpretar 0 desenho infantil, pode ser uma forma complementar para melhor entender e alertar das dificuldades intelectuais ou afectivas vividas pela criangca em determinado periodo da sua vida. 2. MODULO 1 - A CRIANGA DESENHA PARA Que? 2.1. Motivos que levam as Criangas a Desenharem « Para se divertir? * Comunicar? Interagir com os adultos? + Como se fosse um jogo? « Imitagéo dos actos (escrever, desenhar) dos adultos? © “Para agradar’? 2.2. A Crianga interpreta o seu Desenho A crianga dd aos seus desenhos uma interpretagdo, Mas essa interpretago € extremamente hesitante, ou melhor dizendo, mutavel. Se, por um lado, 0 tragado foi executado sem intengao representativa, por outro, a crianga vai dar diferentes interpretagdes ao que desenhou. Mas ha sempré uma intengo realista na crianga em desenhar bem, de forma compreensiva para si e para os outros. Esta forma de desenhar, este trabalho quase rigoroso,. aproxima-se de certa fora da “arte primitiva”, valorizando-se o intenso. © realismo infantil em nada é comparavel ao do adulto. Para a crianga, um desenho que reproduza algo real, precisa conter os elementos reais dos objectos - visiveis e/ou invisiveis, explicdveis ou nem tanto, compreensiveis ou nem por isso. 2.2.1, Realismo Fortuito O Realismo .Fortuito (entre os 18 meses e os 3 anos).— A crianga desenvoive um trago que vai da garatuja a pré-escrita. A garatuja, no fundo, sao rabiscos instintivos e descontrolados. Numa fase ja posterior, mostram-se mais controlados, ou seja, tem intencionalidade ¢ 40 minuciosos. Nesta ditima fase, 0 trabalho da crianga ¢ acompanhado de movimento dos dos das maos. Com a entrada na pré-escrita, a crianga comega a imitar a escrita do adulto. 2.2.2. Fase Pré-Figurativa ou Realismo Falhado Da fase Pré-figurativa 20 Realismo Faihado, a crianga faz uso do circulo da cruz. ‘Ainda néo ha uma intencionalidade em representar a realidade, mas: a crianga associa as formas arredondadas para representar as pessoas, animais e objectos: E o chamado “circulo primordial” para Arnheim. Aqui, a expresso verbal acompanha, regra geral, 0 trabalho grafico da crianga. Neste periodo de crescimento, a crianga gosta de ouvir e.contar historias Portanto, no Realismo Falhado, segundo Luquet (entre bs 3 ¢4 anos):ha intengéo em reproduzit um desenho realista, mas a crianga ainda nao consegue fazé-lo. O desenho é composto por representagées formais de objectos sem relagéo entre si, Ha uma. evidente, incapacidade em sintetizar. Ha ébvias negligéncias entre os elementos, nomeadamente: «a proporgao/desproporgao dos objectos; + a dimensao; « a colocagéo; ‘ . «a auséncia; « acontinuidade / descontinuidade; + a orientagao Até aos 3 ou 4 anos, a crianga ainda nao esta na posse perfeita de uma taculdade grafica. A partir dos 4/5 anos, a crianga desenha o Girino ou Cabegude. uw 2.2.3. Realismo intelectual: © Realismo intelectual (estende-se ata aos 12 anos) ~ A crianga inventa espontaneamente os seus processos de criagdo, sem se desorientar. Ha uma funcionalidade naquilo que é desenhado, sendo as coisas representadas com todos os seus elementos constitutivos Nesta fase, as criangas t8m uma tendéncia em legendar de forma assidua os seus desenhos. Ha, naturalmente, um processo evolutivo, nada estagnante, no desenho infantil. Se, no principio, sao linhas e mais linhas, com o tempo, essas linhas ganham visibilidade e sentido. Assim, em criangas muito pequenas, a interpretagdo do desenho é mutavel. Tanto pode ser agora, um animal doméstico, como daqui a pouco, um objecto de casa, por exemplo: Outro factor utilizado pelas criangas é a “imitagao” que, segundo Luquet, ——~yma'espécie de desporto" na crianga, porque é a forma encontrada por ela em se mostrar como € capaz de fazer 0 mesmo que o¢ outros. 2.2.4, Realismo Visual O Realismo Visual (12 anos) - O que @ desenhado é 0 que é visto, havendo jé uma percepgao critica do que faz e como faz. A transparéncia 6 substituida pela perspectiva e a opacidade, assim como é respeitada a lei da tangéncia. O espago real é representado de forma auténtica. ee a eee ieee 2.3. Niveis de Interpretagdo do Desenho Infantil A oriange desenha de forma esponténea, sem nunca compreender 0 caracter simbélico da sua actividade. Para ela, o desenho é seguramente uma outra linguagem mais directa e acessivel No entanto, sao trés os tipos de informagao que se pode colher através do desenho infantil: + Genética; + Grafismo; + Simbolismo. 2.4. © Desenho em cada Idade no Desenvolvimento Infantil + 2/3 anos 7 Primeiras tentativas de representagao da figura humana; garatujas; representagéo de um circulo; hé comentarios verbais; cabecudo (circulo grande que engloba a boca, o nariz, cabelos colocados. de forma incorrecta); representagao do corpo todo, mas como pegas separadas. + 4 anos Cabegudo melhorado com primeiros pormenores (membros, rosto © detalhes do rosto); por vezes, ha o aparecimento de movimento; res e de algumas pegas de surgimento dos membros superiores e infe| vestudrio e acessérios, como os botdes © 415 anos © homem girino tende a desaparecer, dando lugar 4 figura humana constituida por duas ovéides sobrepostos, representando um a cabega € 0 outro todo 0 corpo. ‘auenon nun sniscnaninicine leat Cannaseh ai nian ttle Hen toe i te i a ai a as ss eke * 6 anos A figura humana é representada dignamente, ou seja, apresenta-se com cabega, tronco e membros + Tanos Surge a identidade sexual; ha comprimento do cabelo; os membros sao desenhados com duplo contorno; pormenores do vestuario * 8 anos Primeiras tentativas de desenhar em perfil; linha que indica 0 pescogo, fazendo ligagéo com o resto do corpo; bragos com angulos diferentes; acréscimo de objectos, como chapéu, entre outros. Os pés também j4 so desenhados. «9 anos Perfil de corpo inteiro e desenho da roupa, como saias ou calgas. Ro kG At BR eee a ae 2.5. Em que Consiste o Desenho Infantil? O desenho infantil é um misto de: + Intengao Realista: que domina todo o desenho infantil; « Sentido Sintético: ja fazendo parte do realismo intelectual O estudo do desenho permite avaliar a crianga, relativamente ao seu desenvolvimento, a 3 niveis: 4. Sensério-motor: relativo ao controlo e pressao do trago; 2. intelectual: em relagéo a integragéo, perspectivas © gestéo de detalhes; 3. Afectivo: o recurso ao uso de detalhes, cores, organizagao do espaco. Aqui, incluem-se novos elementos: * .As transparéncias (realismo intelectual), onde se vé para além da roupa, da parede da casa, dentro dos méveis. «Segundo Arno Stern, as transparéncias funcionam como uma visdo de raios X. « & um processo que vem desde os tempos da pré-histéria. + A planificagao (realismo intelectual), como um processo exigente, onde aparecem recurso formais como o plano e a altura, 0 aparecimento do perfil e colocagéo de alternativos pontos de visdo aquando da execugao do desenho. Esta capacidade de sintese leva a crianga a atingir o realismo visual, tipico do adulto, e que podera consistir na reprodugao do desenho como se fosse uma fotografia. © realismo visual exclui diferentes processos impostos pelo realismo intelectual, nomeadamente: 10 « da transparéncia passa-se a opacidade, onde se da @ supressac inevitavel de pormenores; « os diferentes pontos de vista, so substituidos pela perspectiva (mesmo sabendo que a crianga ignora as leis da perspectiva). Este processo é gradual e feito por fases. ut 3. MODULO II - 0 DESENHO INFANTIL: COMO INTERPRETA-LO2 3.1, Niveis de Interpretagao 3.4.4. Nivel Grafico 3.4.1.1. FORCA A forca do trago vé-se pela espessura ou pelo “carregado” investido no lapis e na marca que se imprime no papel. Trago forte: indica a presenga de agressividade, impulsividade e audacia. Trago fraco: indicia fragilidade e timidez. 3.4.1.2. RITMO 7 Tendéncia a repetir figuras ou outro tipo de objectos pode apontar para a falta de espontaneidade e presenca de um ambiente repressivo, com regras rigidas. : © desenho livre deve ser, como 0 préprio nome indica, livre e ndo uma verdadeira estereotopia de representagées. : 3.4.1.3, MOVIMENTO Movimento exagerado: desejo de comunicagao; inquietagao, agitacao; acgao; induz histerismo. : Pouco movimento: indiferenga; apatia; desinteresse. Movimento hesitante: fraqueza; pouco controlo emocional; hesita¢ao; dissimulagao 3.1.1.4. RELEVO Existindo relevo, indica coragem, originalidade, ousadia. 3.1.1.5. TEMPO Quanto a rapidez, indica impaciéncia, vivacidade, pressa. Quanto a lentidao, indica lento na acgao e nas ideias. 3.1.2. A Pressao ao Carregar « Pouca pressao, trago leve Pouca energia; repressdo; algumas restrigées. (neuréticos, pessoas deprimidas @ esquizofrénicos crénicos @ cataténicos, fazem desenhos com uso de pouca pressao, com linhas quase esmerecidas, pouco visiveis). + Muita pressdo, trago forte Pessoas muito tensas. (Psicopatas e outras situagées, inclusive debilidade mental). + Amplitude Gestos amplos cujas linnas tragadas ocupam boa parte do desenho — indicam energia e extroversao. Se 0 gesto de pouca amplitude, com a apresentagao de linhas curtas (ou longas mas com diferentes segmentos), indicia infroversao e falta de energia, para além da inibigdo. + Detalhes Detalhes excessivos: tensdo, falta de espontaneidade, inseguranga; personalidade rigida. Poucos detalhes: inadequagao; sentimento de vazio; indicia depressao. Detalhes inadequados: reservados; pouco envolvimento 3.4.3. Localizagao do Desenho no Papel ‘A zona da pagina ocupada pelo desenho tem uma significagao grafica com significado. = No meio da pagina Pessoa ajustada. As criangas mostram-se mais auto-centradas. 14 Fora do centro da pagina” Pessoas dependentes e algo descontroladas. Se o desenho.estiver nos extremos, indica inseguranga. Num dos cantos Fuga ao meio. Existe algum desajustamento do individuo em relagao 20 ambiente. Eixo horizontal com o desenho colocado mais a direita Compaortamento controlado com desejo de satisfazer as suas necessidades ou impulsos. Prefere situagdes mais intelectuais que emocionais. No mesmo eixo, mas para a esquerda do centro Comportamento impulsivo. Procura de satisfagao imediata. Lado esquerdo da pagina Introversao; passividade; falta de iniciativa e de afirmagao. ibigéo; controlo intelectual; tendéncias regressivas; Lado direito da pagina Extroversio e procura de satisfagéo imediata; desenvolvimento progressivo (da crianga); capacidade de iniciativa; autonomia. Zona superior da pagina Imaginagao e criatividade. Zona inferior da pagina Cansago, astenia e depresséo. 15 ed fo oe © desenno colocado no iado direito € menos arave que no canto esquerdo Acima do ponto médio Desajuste; tende a manter-se alheio @ inacessivel Abaixo do ponto médio Inseguranga; preso & realidade © ao concreto; firme @ sdlide Abaixo, mas quase no centro Désajuste; (debilidade fisica); fuga Fora da margem do papel Baixa socializagao; (debilidade mental). Figuras penduradas nas margens do papel Falta de auto-afirmagéo; pouca independéncia; necessidade de suporte. 16 3.1.4, Tamanho das Figuras Revela a relagdo dinamica do sujeito para com o meio, ou entre a crianga @ as figuras parentais. © tamanho revela a forma como a pessoa reage as pressées do ambiente. Tamanho normal: bom equilibrio ¢ inteligéncia. Tamanho reduzido: caso de sobredotagao, mas com manifestos problemas emocionais ou inibigéo da personalidade. Desajustamento a0 meio. Agressividade reprimida ou timidez e sentimentos de interioridade. Provavelmente, problemas somaticos. Tamanho grande: fantasia. « Tamanho exageradamente grande: fantasia; tendéncias narcisicas; exibicionismo; egocentrismo ou forte agressividade. 3.1.5. Outras Consideracées * Desenhos Geométricos: apego 4 ordem psiquica ou procura da mesma. « Formas predominantemente Redondas: criangas mais emotivas, sensiveis. « Formas predominantemente Rectas: criangas mais racionais. + Repetigao do mesmo Tema: reprodugéo de emogdes agradaveis ou desagradaveis. + Temas sempre Diferentes: crianga facilmente influenciavel. 7 3.4.6, As Cores As cores (azul, verde, amareio e castanho), recorrendo ao teste. das Cores, representam necessidades fundamentais, como a necessidade de afecto e satisfagao, de auto afirmagao 3.1.6.4, AZUL E a ultima cor que a crianga consegue distinguir. A cor da verdade para os egipcios — a mais profunda das cores e também a mais imaterial. & a mais fria e a mais pura. (Entrar no azul @ um pouco como Alice no Pais das Maravilhas: passar para 0 outro lado do espelho). Caracteristicas: Cor pura, fria, imaterial, vazia. Ambiente: calmo, tranquilizante e a longo prazo, deprimente. Elementos-chave: Estabilidade, serenidade Significados: sensibilidade, calma, passividade, depressao, desejo de afirmagao, tristeza, inibigdo * Azul Escuro — pessoa muito controlada. * Azul Celeste — misticismo. 3.1.6.2. VERDE Resulta da interferéncia do azul com o amarelo. € a cor da agua, Da imortalidade. Esperanga. E da Justica Cor das profundezas e do proprio destino. & uma cor feminina. 18 Historia: Representa para 0 islamismo o.embiema da Salvacao; © nome anterior de Irlanda era “A verde Erin”; Para os chineses, a cor verde corresponde a um abalo, a um trovao e€ 2 cor do sangue do misterioso dragao; Para os alquimistas era a cor do seu fogo secreto; € a cor do Graal, vaso que contém o sangue de Deus encarnado. Van Gogh: ‘Procurei exprimir com o vermetho e o verde as terriveis paixdes. humanas”. Caracteristicas: cor intermédia, mediadora. Ami esperanga, a forga, a longevidade inte: repouso, contentamento, quente, terrena. Representa a Elementos-chave: tensdo, profundidade, austeridade, egocentricidade, continuidade. Significados: persisténcia; obstinagao; imediatismo; — cuidadoso; possessivo; criatividade; pessoa emocionalmente fraca; (pode indiciar distdrbios digestivos ou intestinais); inibigao 3.1.6.3. AMARELO E a cor dos deuses. A luz de ouro. Meio de comunicagao entre os homens e os deuses. Substituto do preto. Cor masculina Histéria: Para os mexicanos, representa a cor da pele nova da terra. 19 Cor atribuida a Apolo. Os actores do teatro de Pequim, pintavam-se de amarelo para indicar @ crueldade, 0 cinimismo. Para o islamismo, o amarelo dourado representa a sapiéncia ¢ 0 amarelo palido a traigao e decepgao. Kadinsky: “O amarelo tem uma tal tendéncia para o claro que nao pode haver amarelo muito escuro”. Caracteristicas: eternidade, fertilidade, prenncio do fim; violento e frio. Elementos-chave: luz, alegria, reflexao, mudanga. Significados: desejo de liberdade;. mudanga; forga; vigor; energia; vitalidade; violéncia;_—estabilidade; espontaneidade; — ambicioso; extrovertido. i 3.1.6.4, CASTANHO Mistura de vermelho, laranja e preto. Cor da argila, do Outono, da tristeza E a cor dos excrementos. Histéria: Para os irlandeses representa os aspectos militares ou infernais; Para Freud, apela para o complexo anal. Caracteristicas: Corporal, passividade, contengao. Ambiente: Humildade, pobreza. Significados: preocupagées de limpeza, higien! (sexual) ; sentimentos de culpa 20 4 3.1.6.5, PRETO Et ] TNegagdo da cor. ] Cor do luto e da opressao. Lute negro, proximo de um significado do nada, do vazio, sem esperanga, ] contrario ao luto branco, dos reis e nobres e de caracter messianico Cor do despojamento, da rentuncia. ] “O negro é uma cor muito bonita” Almada Negreiros. ] Historia: l Cor das roupas de Addo e Eva apés a expulsao do paraiso; Cores da proclamagao de fé para o cristianismo ©. islamismo; Doce te fecundidade para os antigos egipcios; Para Homero, 0 oceano é preto; d Cores de morte no Tarot; ] Para os franceses, “étre noir" significa estar embriagado. i q Sonhos: sonhar com pessoas ou animais pretos revela um desejo de i retorno, de instintive, para serem trabalhados e conduzirem-nos a | =. objectives superiores. i | Caracteristicas: fria, negativa. : 1 Ambiente: abandono, inconformismo. | Elémentos-chave: Caos, angistia, tristeza, desordem. i l Significados: tristeza; medo; pensamentos negativos; dio. | | | 3.1.6.6. BRANCO i | E a mistura de todas as cores do arco-iris. | | a a Historia | No budismo japonés, o Iétus branco esté associado ao punho do conhecimento do Buda. : Para os Sufistas, 0 branco é a cor essencial da Sabedoria. Kadinsky: "O branco, que muitas vezes 6 considerado uma nao-cor.., & | como que'o simbolo de um mundo onde todas as cores, enquanto propriedades de substancias materiais, se desvanecem...". | M. Eliade: “Muitas vezes nos ritos de iniciagao, o branco é @ cor da primeira fase, a da luta contra a morte”. I Sonhos: Evoca a morte simbélica, o abandono ou representa um renascer, comegar uma vida nova. -— Caracteristicas: auséncia de cor; associada a pureza e a. inocéncia, ja foi a cor do luto. Significados: oposigao; inocéncia;, mudanga. 3.1.6.7, CINZENTO - [Constituide em partes iguais pelo preto @ branco. E a cor do nevoeiro e da cinza Conflito entre 0 conhecido e desconhecido. Histéri Na simbologia crista representa a ressurreigao dos mortos. I ! | | ! 1 I E a primeira cor percebida no recém-nascido. ] | ] Sonhos: representa 0 inconsciente. ] Significados: tristeza; descontentamento e insatisfagéo; disforia dificuldade em decidir Se a crianga usa muito 0 cinzento: dificuldades em se afirmar ou impor os seus gostos, em se colocar. 3.1.6.8. VERMELHO [Primeira cor que a crianga aprende a distinguir. E predominantemente uma cor de accao. E a cor do fogo e do sangue. © vermeiho claro e brilhante é uma cor masculina — incita a acgao; por sua vez, 0 vermelho escuro e nocturno é feminino - evoca o amadurecimento ou a regeneragao. iE uma cor emocional. Significados: édio; agressao; destruigdo; vigor; forga. O interesse pelo vermelho decresce com o crescimento, quando a crianca deixa de ser tao impulsiva. Simbolismo: Negativo: roubo, guerra, destruigao. Universal: célera, paixao, sangue, temor sexual. 3.1.6.9. LARANJA [Desejo de contacto e de simpatia algo forgada Pessoa que reprime a sua agressividade. Alguém mais agarrado a fantasia do que a ac¢ao. Historia: No Japao, esta cor é quase exclusiva das mulheres sinceridade e a felicidade Sonhos: pode ser um simbolo sexual, esta unido a paixdo. 3.1.6.10. ROXO Representa 2 Forga, desejo, sagacidade, impulsividade, paixao. Historia A chama-de-Pentecostes-——— Significados: depressdo;..desejo de realizagéo; procure de paz; competitivo; agitado; excentricidade; extrovertido 3.1.6.1. VIOLETA Composto em proporgées iguais pelo vermelho e azul. E 0 oposto do verde. E a cor do segredo, da transformagao, Cor do semi-luto e evoca a morte enquanto passagem Histéria: A cor da tunica usada por Jesus durante a paixdo. Ambiente: obediéncia, apaziguamento, submissao. 24 la ecteeeaaenseledtorleimeeaas at Significados: ansiedade; extroversao / introversao; reflexao. 3.1.6.12, COR UNICA NO DESENHO Significados: Solidao. 3.1.7. Combinagdes de Cores * Preto e branco: ansiedade, depressao. * Azul e amarelos combinados: dificuldades que provocam’ conflitos; procura de afirmagao. + ‘Vermelho e amarelos combinados: agressao e hostilidade. + Vermelho e preto: auto-agressividade, tendéncia a suicidio. + Castanho, violeta e azul: grande depressao. 3.1.8. Intensidade e Frequéncia do Uso das Cores * Vermelho: temor de castragao; perda eminente. + Amarelo: alegria. + Recusa total de cor: neuréticos graves e psicoticos. + Cores separadas: expansdo, mas com emogées controladas; equilibrio; desejo de ordem. 3.1.9. Disposigao das Cores + Cores entrelagadas: pouco controle emocional. 25 « Cores sobrepostas: regressdo; conflito emocional -agudo; relagao dificil de entendimento com o exterior « Cores desordenadas, justapostas, confusas: confusaéo mental, descontrolo; pessoa sem nogéo de limites; comportamento desorganizado; desorganizagao psiquica = Cores muito separadas: compulsividade; desejo de perfeigao: disciplina rigida itada, « Cores cuidadosamente dispostas: pessoa circunspecta, | muito disciplinada. NOTA: As cores vivas e contrastantes é outra caracteristica que domina , quase sempre, toda a pintura infantil. As cores podem, ser convencionais ou subjectivas. Nao-haé-necessidade;-para as criangas, de recorrer a0 senso comum. - ee a | ] | | 4, MODULO III - SIMBOLOS & A SUA INTERPRETAGAO A abordagem para com a crianga deve ser feita com tranquilidade, nunca de forma invasiva. 4.1, Alguns Simbolos mais Utilizados + Casa Relacionado com a abertura para com o exterior. * Chaminé Leitura emocional do contexto familiar. + Janela Interesse em conhecer, em estabelecer contactos. * Sol O pai, mas ndo sé, A energia masculina. Sol desenhado & direita: indica a percepgao da crianga para com o pai, So! desenhado a esquerda: relaciona-se com a mae e esta ligado ao passado, necessidade de seguranga. ‘Sol desenhado ao centro: representa o préprio e a forma como se vé. Os raios de sol e o seu tamanho: estaéo relacionados com a intensidade: se sAo muito ou menos ardentes. Muitas vezes, sinalizam uma mae muito intrusiva. + Lua Representa o lado feminino. a Colocado & esquerda: flexibilidade, representa uma mae doce e meiga Colocado a direita: indica interesses artisticos; presenga de. um pai imaginative Estrelas Muito sonhador; desejo ardente de ser visto e de ter sucesso. Nuvens Sensibilidade parental ou social Nuvens escuras: ameagadoras. Chuya Pode indicar lagrimas, tristeza. Também pode apontar para a purificagao, renovagao. Arco-lris Protecgéo ou desejo de estar resguardada; caminho e mediagao; a ponte entre a terra e o céu, entre 0 concreto 2-0 imaginario, entre o peso da meméria e a sede do desejo. Diabo A crianga nao se sente como pessoa integral. Ha um conflito de identidade interno’ severo, uma perturbagao afectiva dolorosa. Monstros Inteng&o em impressionar; desejo de pode provocagao. Flores 28 Desejo de agradar, de ser valorizado ou reconhecido. Em quantidade no mesmo desenho, revela baixa auto-estima Montanha Estabilidade alcangada. Colocada a esquerda: Estabilidade vinda do passado; Colocada a direita: Desejo de alcangar estabilidade Automével © agir socialmente. O estabelecer contactos, relagdes, Simboliza o contacto social em toda a evolugao pessoal. Barco at Se Capacidade de adaptagao. Grande embarcagao: dificuldade em aceitar mudangas imprevistas; Pequena embarcagao: Deixar-se ir, pouco consistente. Animais Desejo de comunicagao. Animais domésticos: Procura de estabilidade, tranquilidade; pessoa reservada; 7 Cavalo: ambigdo, desejo de vencer; Passaro: curiosidade, instabilidade, irrequietude. Agua Valorizag&o maternal, do feminino. Matéria natural de fecundagdo, dar vida. 27 29 4.2. Estagdes do Ano + Primavera Esperanga. Renovagdo. Multos projectos com perspectivas de serem concretizados. + Verao Viver 0 presente e a sua realidade, com ou sem harmonia. * Outono Nao significa apenas tristeza. Epoca de fazer um balango, de analisar factos. * Inverno Camuflagem. Procura de paz e de harmonia. Necessidade em estar atento, vigilante. 30 Re be ot on fsck doesent ee erat aect 5. CONCLUSAO Muitos-foram os autores que se debrugaram sobre a importancia do desenho infantil na crianga. Para Stern, por exemplo, o desenho funciona para a crianga, como um meio de expresso e exteriorizagéo. Por sua vez, tanto para Melanie Klein como para Winnicott, o desenho actua como um ecra, onde a crianga se revelaré, servindo de veiculo para o entendimento das dificuldades de relagéo e ainda resulta como uma forma de analise em relagdo a imagem corporal infantil. Segundo Gordon, elucida de forma geral os aspectos do desenvolvimento ¢ da habilidade e destreza, J& Widlocher focaliza no desenho, um papel representative do espago que circunda a crianga e toda a sua realidade Em suma, 0 desenho pode traduzir o funcionamento da crianga, a sua adequacao a realidade interna ou para com o exterior. Pode fornecer elementos essenciais para o entendimento de que todo o funcionamento afectivo e intelectual precisa de crescer lado a lado, de forma inseparavel e inquebravel. Que os estimulos, venham eles de onde vieram, respeitem © ritmo da crianga, isto é, ndo sejam intensos demais e como tal desorganizadores, ou brandos e se revelem ineficazes. Porque afecto & cognig¢ao funcionam como matéria una. E compreender é sentir. Enfim, com o desenho podemos entender muito da seguranga afectiva que toda a crianga necessita, para deliciar-se nesta aventura que é er, sabendo suportar os riscos e sobreviver as ameagas. 31 6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS (Bédard, Nicole - Como Interpretar os Desenhos das Criangas. Edigdes \ \Cetop, Mem Martins, 1998. \campos, Dinhah M. S. - © Teste do Desenho :; Como Instrumento de Diagnéstico da Personalidade. Editora Vozes, Petropolis (primeira edicgdo 1969). Gandara, Maria |, - Desenho In fantil ; Um Estudo sobre niveis do einbolo. 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