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C ONSULTORIA E ASSESSORIA JURÍDICA

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do 1º Juizado


Especial Cível da Comarca de Vitória – Estado do Espírito
Santo.

REF. AO PROCESSO Nº 0013825-19.2015.808.0347

____, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe,


em que contende com ______, por seus advogados que a esta
subscrevem, com escritório na Rua Professor Almeida Cousin, nº
125, salas 1.908/9, Enseada do Suá, Vitória-ES, vem,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar
CONTESTAÇÃO aos fatos e pedidos articulados na exordial, vindo,
por conseguinte, aduzir suas razões fáticas e seus fundamentos
jurídicos adiante declinados:

1. DOS FUNDAMENTOS FÁTICOS

Sustenta o autor ter sido indevidamente inscrito nos


órgãos de proteção ao crédito pelo Contestante. Alude que realizou
um financiamento com a parte Ré, contudo, todas as prestações
estariam quitadas tempestivamente, razão pela qual, a inscrição
foi abusiva e ilegal.

Diante desta suposta inscrição indevida, pugna a


condenação do Réu ao pagamento da vultosa quantia de R$____
pelos danos morais supostamente experimentados e,
concomitantemente, pela baixa definitiva da inscrição.

Todavia, padecem de veracidade as alegações autorais.


Primordialmente, imperioso destacar o liame jurídico existente
entre o Autor e o Réu para justificar a lídima inscrição do primeiro
no SPC por dívida inadimplida o qual o Autor avalizou.

Rua Professor Almeida Cousin, 125, salas 1.908/9, Enseada do Suá, Vitória/ES, CEP 29050-565
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Foi firmado um Contrato de Abertura de Crédito Direto ao


Consumidor e Outras Avenças, sob o nº ____, entre a empresa ____
– ME, CNPJ n. ____, pertencente ao Autor, e o Réu.

O contrato tinha como valor total financiado a quantia de


R$ ____ () que seriam restituídos em 48 (quarenta e oito)
prestações no valor de R$ ____ (), consignando o primeiro
vencimento no dia 08/03/2013 e término 08/02/2017. Aderiu
voluntariamente o Autor ao contrato firmado, o vindo assumir o
encargo de AVALISTA do contrato.

No curso do vínculo o mutuário (_____) conseguiu adimplir


tempestivamente o pagamento das vinte primeiras parcelas,
todavia, quando do vencimento da 21/48, o mutuário somente veio
a honra-la depois de decorridos 35 (trinta) dias do seu vencimento.

Com o vencimento previsto para 10/11/2014, o mutuário


só efetuou o pagamento da 21/48 parcela no dia 15/12/2014, ou
seja, somente adimpliu a obrigação após decorrer 35 (trinta e
cinco) dias do vencimento, fato que legitimou o contestante em
proceder a inscrição do Autor e do Mutuário nos órgãos de
proteção ao crédito.

Destarte, conforme normas internas da Ré, esta procedeu


a devida inclusão do nome do autor no cadastro de inadimplentes,
sendo expedida automaticamente, pelo próprio SPC, uma
notificação com antecedência de dez (10) dias avisando-o da
possível inclusão no órgão, e o nome e endereço da entidade em
que ele se encontra inadimplente.

2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS


2.1 DA MORA DO DEVEDOR PRINCIPAL E DO AVALISTA NO
PAGAMENTO DA PRESTAÇÃO VENCIDA NO MÊS DE
NOVEMBRO DE 2014.

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Primeiramente, é importante esclarecer a legalidade da


inscrição do banco requerido, haja vista que seu único
procedimento foi efetuar a legítima cobrança de um débito do
autor para com ele.

Como dito alhures, o requerente firmou com o requerido


um Contrato de Abertura de Crédito, na qual o autor figurou como
avalista do contrato, tendo restado pactuado o financiamento da
importância de R$ ____) que seriam restituídos em 48 (quarenta e
oito) prestações no valor de R$ ), consignando o primeiro
vencimento no dia 08/03/2013 e término 08/02/2017.

Contudo, o mutuário e o autor recaíram em MORA no


pagamento da 21/48 parcela, com o vencimento previsto para
10/11/2014 e o pagamento efetuado em 15/12/2014.

Como acima exposto, havendo atraso superior a 30 (trinta)


dias do vencimento, emerge para o BANCO proceder à devida
inscrição do nome do devedor principal e avalista nos órgãos de
proteção ao crédito. Esta licitude é assegurada pelo Art 43, § 4º do
CDC, além de constar das cláusulas contratuais firmadas.

Douto Julgador, diante da mora ocorrida no vencimento da


prestação nº 21, o requerido, legitimamente, procedeu à inscrição
do autor nos órgãos de proteção ao crédito, sendo tal conduta
lícita. Legítimo é o procedimento adotado pelo BANCO RÉU em
inscrever o nome do autor/devedor inadimplente em cadastro de
proteção ao crédito, por autorizado na legislação pertinente

Na forma do artigo 394 do Código Civil de 2002 temos


que:

Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o


pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e
forma que a lei ou a convenção estabelecer.

E ainda, conforme o artigo 397 do Código Civil:

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Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva ou líquida, no


seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.

Assim, diante da mora do devedor principal e do avalista,


inexiste culpa por parte do requerido, uma vez que, apenas
efetuou os serviços que lhe competiam, sem cometer qualquer ato
ilícito, sendo que qualquer sanção ou condenação que lhe seja
imposta estará em contradição com a verdade dos fatos.

Destarte, a inscrição do nome do autor nos órgãos de


proteção ao crédito se perfez em estrita observância com a
legislação e, decorreu da mora do requerente no pagamento
tempestivo da parcela acima mencionada, inexistindo, portanto,
qualquer abusividade ou ilegalidade nesta inscrição o que remete
na improcedência dos pedidos autorais.

Ora, douto magistrado, é impossível imputar ao requerido


a prática de ato ilícito, pois foi a conduta do autor, em não
proceder a quitação tempestivamente demandou sua inscrição nos
órgãos de proteção ao crédito.

Portanto, verifica-se que em momento algum o requerido


incorreu em má prestação de seu serviço, que pudesse fazer com
que o autor sofresse qualquer tipo de dano em sua esfera tanto
patrimonial quanto moral, tendo, apenas, realizado os deveres
inerentes às suas atividades, ou seja, a devida busca pelo seu
crédito, agindo dentro da legalidade sem praticar qualquer
violação legal.

Diante disto, fica claramente descaracterizado o suposto


dano alegado pelo autor, não merecendo prosperar qualquer pleito
de indenização.

2.2 DA AUSÊNCIA DE DANO MORAL

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Em atenção ao princípio da eventualidade, onde sustenta


que o réu deve apresentar toda a matéria de defesa em sua
contestação, sob pena de incorrer em preclusão consumativa, é
que o requerido apresenta as suas razões, o que se admite apenas
por amor ao debate.

Mediante as alegações feitas pelo requerente, percebemos


que este se mostra excessivamente sensível, pois é de notável
percepção que o ato praticado pelo réu não causou distúrbio
anormal, nem desprestígio social, o que nos leva a concluir que a
honra, tanto objetiva quanto subjetiva do autor não foi afetada.

Mesmo que se entenda ter ocorrido deficiência na


prestação do serviço e se configure tal fato como ilícito, este não
gerou dano passível de indenização, pois o lapso temporal, da data
da quitação da dívida em 11/12/2014, até a baixa nos órgãos de
proteção ao crédito SERASA em 17/04/2015, não foi suficiente para
ensejar o dano moral.

É necessário frisar que a cobrança realizada não pode ser


considerada como passível de ferir a moral do autor, sob pena de
banalizar o instituto e abrir precedentes para que qualquer mero
dissabor ocorrido seja levado ao conhecimento do Poder Judiciário.
Resta pacificado em nossos tribunais, o entendimento de que o
mero dissabor do dia a dia, não caracteriza o dever de indenizar,
conforme segue:

EMENTA: REPARAÇÃO DE DANOS. AUSÊNCIA DE DANO MORAL. O MERO DISSABOR


NÃO PODE SER ALÇADO AO PATAMAR DO DANO MORAL, HAJA VISTA QUE NÃO
ATINGE A HONRA DA PESSOA. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO Nº 5 DO ENCONTRO DOS
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS REALIZADO EM GRAMADO. Recurso parcialmente
provido. (Recurso Cível Nº 71001095710, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Ricardo Torres Hermann, Julgado em 22/03/2007).

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.


DANOS MATERIAIS NÃO COMPROVADOS. DANO MORAL INEXISTENTE. MERO
DISSABOR. IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. (...) 3. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. O
mero transtorno ou aborrecimento e o simples inadimplemento contratual,
mora ou prejuízo econômico (inocorrente no caso) não se revelam
suficientes à configuração do dano moral. Dever de indenizar que não se

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reconhece. Sentença mantida. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº


70017834375, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo
Roberto Lessa Franz, Julgado em 08/03/2007).

Patente à ausência dos danos morais alegados pelo autor,


não estando configurado o dever de indenizar do requerido, sob
pena de afrontarmos a legislação pertinente à espécie e todo o
ordenamento jurídico brasileiro.

3. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer sejam julgados improcedentes


os pleitos autorais, com a consequente extinção do processo na
forma do artigo 269, inciso I, do Código de Processo Civil.
Requer-se, ainda, a produção de todos os meios de prova
admitidos em direito, o depoimento pessoal do autor, a
testemunhal, a documental e tantos outros necessários ao
deslinde da presente ação.

Requer-se, finalmente, que todas as publicações e


intimações de estilo sejam direcionadas, exclusivamente, na
pessoa do Dr Leonardo Vargas Moura, OAB.ES nº 8.138, sob pena
de nulidade, a teor do disposto no Art. 236, § 1º do CPC

Nesses Termos, pede deferimento.

LEONARDO VARGAS MOURA VICTOR VIANNA


FRAGA
OAB/ES nº 8.138 OAB/ES nº 7.848

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