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GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
PRÉ-CÁLCULO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Sejam muito bem-vindos aos estudos da disciplina de Pré-Cálculo. Este material foi cui-
dadosamente organizado para aprimorar seus conhecimentos básicos sobre funções
já vistos durante sua vida de estudante da Educação Básica. Você se lembra das repre-
sentações gráficas? Elas voltarão a fazer parte dos seus estudos nesta e nas próximas
disciplinas do curso de Licenciatura em Matemática.
A abordagem deste material tem por foco sua formação de professor de matemática
que necessita de alinhamento da linguagem algábrica, do raciocínio lógico que consti-
tui base matemática essencial para uma atuação eficaz como professor.
As relações funcionais ocorrem em todas as atividades que nos rodeiam. São várias as
situações em que podemos perceber que determinadas quantidades dependem de ou-
tras. Para citar um exemplo, vamos recorrer à clássica composição do valor a ser pago
por uma corrida de táxi. A lei de formação (função) do preço utilizada pelo taxista pode
ser escrita na linguagem matemática como: P(x) = 4 + 0,80x. Nesta expressão matemá-
tica que representa uma função matemática se tem um valor fixo que é adicionado ao
valor percorrido em que se paga R$ 0,80 a cada quilômetro rodado. Portanto, o valor a
ser pago depende, está em função da distância percorrida. Eis uma função matemática!
O assunto desta disciplina foi organizado em cinco unidades sendo que na primeira
trataremos dos conceitos de relações e funções, domínio, contradomínio e imagem e
na sequência as funções elementares: par e ímpar, crescente e decrescente, injetora, so-
brejetora e bijetora, diretas e inversas e finalizando com as funções compostas. Em cada
abordagem exemplos resolvidos para você compreender melhor o assunto.
Na unidade II, as funções apresentadas são: constante, linear, afim, quadrática, modu-
lar e as funções polinomiais. Estes tipos de funções são as mais fáceis de identicar em
situações cotidianas como preço a pagar por determinado produto ou serviço, valores
de impostos, medidas diversas como a área de um território, velocidade média de au-
tomóveis e/ou aviões, índice de massa corpórea que relaciona a massa e a altura de um
indivíduo, entre outras. As funções exponencial e logarítmica são apresentadas, na uni-
dade III, com suas devidas aplicações em taxas de juros e crescimento populacional. As
importantes funções trigonométricas (seno, cosseno, tangente, cotangente, secante e
cossecante e as funções trigonométricas inversas) serão estudadas na unidade IV. Estas
funções embora tenham uma tratativa mais teórica neste livro são as mais presentes nos
fenômenos que nos cercam. Na sequência dos estudos deste curso o profundo conheci-
mento delas e imprescindível para assuntos estudados no Cálculo Diferencial e Integral,
por exemplo. A unidade V tem uma abordagem especialmente para sua atuação de pro-
fessor de matemática.
Constamos, nesta, um rol de recursos didáticos que você poderá utilizar neste momento
como estudante de matemática e em breve como professor. Tratam-se de objetos de
aprendizagem, vídeos, jogos e propostas didáticas para significar o tema de funções.
APRESENTAÇÃO
Dessa forma, passe por esse período de estudos com muita dedicação para obter
um átimo desempenho, pois você que hoje é estudante de matemática, mas está
trilhando um caminho de modo a se comprometer com a melhoria do ensino de
matemática dos jovens brasileiros.
Bons estudos.
8-9
SUMÁRIO
UNIDADE I
RELAÇÕES E FUNÇÕES
15 Introdução
15 Produto Cartesiano
18 Relação
20 Função
UNIDADE II
47 Introdução
48 Função Constante
50 Função Linear
53 Função Afim
59 Função Quadrática
64 Função Modular
71 Função Polinomial
SUMÁRIO
UNIDADE III
81 Introdução
82 Função Exponencial
89 Equação Exponencial
91 Inequação Exponencial
95 Função Logarítmica
98 Inequação Logarítmica
UNIDADE IV
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
113 Introdução
SUMÁRIO
UNIDADE V
148 Introdução
153 Softwares
158 Jogos
165 Conclusão
166 Gabarito
170 Referências
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani
I
UNIDADE
RELAÇÕES E FUNÇÕES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer e definir função.
■■ Utilizar a linguagem das funções com domínio da sua simbologia.
■■ Reconhecer relações entre variáveis de uma função.
■■ Analisar e determinar o domínio, o contradomínio e a imagem de
uma função.
■■ Construir, ler e interpretar gráficos de funções.
■■ Reconhecer a paridade de uma função.
■■ Analisar gráficos de funções crescentes e decrescentes.
■■ Reconhecer função e injetora, sobrejetora, e bijetora.
■■ Reconhecer as caractersticas de funções composta e inversa.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Produto Cartesiano
■■ Relação
■■ Função
■■ Domínio, Contradomínio e Imagem
■■ Função Par e Ímpar
■■ Função Crescente e Decrescente
■■ Função Injetora, Sobrejetora e Bijetora
■■ Funções Compostas e Inversas
15
INTRODUÇÃO
Os assuntos apresentados nesta unidade estão organizados de uma forma gradativa em nı́vel de complexi-
dade para melhor apreensão por você. A primeira preocupação foi tratar de relação matemática, conceito
que fundamenta as funções, a partir de uma correspondência entre elementos estabelecida por uma lei de
associação para posteriormente apresentar o conceito de função matemática.
Os assuntos de domı́nio, contradomı́nio e imagem são apresentados aliados a exemplos para que você
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
compreenda como se determina o domı́nio de uma função. Acreditamos que as dificuldades apresentadas
por estudantes na aprendizagem de funções muito se pauta na falta de clareza dos assuntos supracitados.
Neste sentido, recomendamos profundo estudo refazendo os exemplos apresentados bem como as atividades
de autoestudo. A caracterização de função par, ı́mpar, sobrejetora, crescente, decrescente, injetora ou
bijetora, inversa, composta e inversa também fazem parte desta unidade de estudo.
A apropriação da linguagem das funções infere no seu entendimento de aplicações matemáticas nas mais
diversas áreas do conhecimento. Logo, dedique-se com afinco aos estudos da sua carreira de professor que
deve ser assumida com o máximo de responsabilidade.
PRODUTO CARTESIANO
Dados dois conjuntos não vazios A e B, o produto cartesiano de A por B é o conjunto A×B cujos elementos
são todos pares ordenados (x, y) em que o primeiro elemento pertence a A e o segundo elemento pertence
a B, ou seja,
A × B = {(x, y)| x ∈ A e y ∈ B}
3) Se A ou B for o conjunto vazio, definimos o produto cartesiano de A por B como sendo o conjunto
vazio.
16 UNIDADE I
Exemplo 1: Dados os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {4, 6}, podemos escrever o produto cartesiano de A
por B como:
A × B = {(1, 4), (1, 6), (2, 4), (2, 6), (3, 4), (3, 6)}
Este exemplo ilustra duas das afirmações anteriores sobre produto cartesiano:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2) Os conjuntos A × B e B × A possuem 6 elementos pois, A possui 3 elementos e B possui 2 elementos
(m = 3 e n = 2, logo m · n = 6).
A × A = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (3, 1), (3, 2), (3, 3)}
B × B = {(4, 4), (4, 6), (6, 4), (6, 6)}
Exemplo 2: Se o produto cartesiano de dois conjuntos é dado por D×F = {(−2, −1), (−2, 1), (0, −1), (0, 1)},
descreva os conjuntos D e F e determine o conjunto F × D.
Para resolver este exemplo, vamos analisar o par ordenado (−2, −1). Perceba que −2 é a primeira
componente do par ordenado e -1 é a segunda componente. Isto permite identificar as coordenadas do
par ordenado de forma que:
D × F = {(x, y)| x ∈ D e y ∈ F }
RELAÇÕES E FUNÇÕES
17
O produto cartesiano tem origem no sistema cartesiano ortogonal. Neste sistema, formalizado em
1637 por René Descartes (alusão ao termo cartesiano) consiste em dois eixos perpendiculares entre si
e que se cruzam no ponto O chamado de origem do sistema. Os eixos perpendiculares determinam
quatro quadrantes (I, II, III e IV) e cada ponto em um destes quadrantes é determinado por um par
ordenado (x, y) sendo x chamado de abscissa e y de ordenada.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
18 UNIDADE I
RELAÇÃO
Dados dois conjuntos não vazios A e B, chama-se relação R de A em B todo subconjunto do produto
cartesiano A × B. Portanto, como o conjunto R está contido em A × B, ele é formado por pares ordenados
(x, y), nos quais o elemento x de A é “associado” ao elemento y de B mediante uma chamada lei de
associação.
Além de notação de conjunto, podemos representar uma relação em um sistema cartesiano ortogonal
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(plano cartesiano) ou em um diagrama de flechas.
Exemplo 3:: Dados os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {4, 6}, cujo produto cartesiano é dado por:
A × B = {(1, 4), (1, 6), (2, 4), (2, 6), (3, 4), (3, 6)}.
Vamos considerar a relação R = {(x, y) ∈ AxB | x é impar}. Então, a relação é formada pelos pares de
A × B que possuem x ı́mpar, ou seja, R = {(1, 4), (1, 6), (3, 4), (3, 6)}.
RELAÇÕES E FUNÇÕES
19
Observe que quando x = −1, temos que y = 0, e, como 0 não é elemento do conjunto D, o par ordenado
(−1, 0) não pertence a relação R.
20 UNIDADE I
FUNÇÃO
O que é uma função? No dicionário de verbetes, uma das definições para matemática é a relação entre uma
“grandeza [...] a outra(s), de tal modo que a cada valor atribuı́do a esta(s), corresponde um valor daquela”.
Então, uma função descreve como uma grandeza se altera em dependência da variação da outra. Para a
construção do conceito de função, é fundamental clarificar a você a diferença entre variável e incógnita e a
relação de dependência entre duas grandezas. Para diferenciar variável de incógnita, analise as seguintes
situações:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) multiplicação do número 1 por outros números:
1·0=0
1·5=5
1 · 23 = 23
1 · (−8) = −8
2 2
1· 3 = 3
1 · 146 = 146
O produto do número 1 por um outro número qualquer resulta nesse outro número. Podemos representar
este fato algebricamente e usamos a letra x (por ser mais usual) para indicar um número qualquer e
escrevemos:
1·x=x
0·5=0
0 · 23 = 0
0 · (−8) = 0
2
0· =0
3
0 · 146 = 0
A expressão matemática que representa esta situação pode ser escrita como:
0·x=0
RELAÇÕES E FUNÇÕES
21
Nesse caso, o resultado da multiplicação não depende do valor pelo qual multiplicamos por zero, pois o
resultado sempre será zero. Tanto no caso da expressão da multiplicação por 1, como no da multiplicação
por 0, a letra x está representando um número qualquer, não especificado e, nesse caso, ela é denominada
variável.
Outras situações em matemática se utiliza de letras para representar um número determinado, mas que
é desconhecido. É o caso das equações, por exemplo: pensei em um número, multipliquei-o por dois e
subtrai 5 unidades do resultado, obtendo o número 25. Em que número pensei? Neste caso, usamos uma letra
(em geral x) para representar o número pensado e a expressão 2x-5 = 25, traduz o problema acima. Neste
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
caso, a letra x está representando um número especı́fico, mas que é desconhecido. Assim, elaé
denominada incógnita.
A relação de dependência entre grandezas variáveis (ou seja que variam) é o que da,
´ à função, o caráter
dinâmico. É a noção de dependência entre grandezas variáveis que permite representar, mesmo que apenas
graficamente o movimento de algum objeto.
Com este entendimento podemos definir função com o rigor matemático que nosso estudo exige. Vamos
lá!
Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma relação f de A em B é uma função se, e somente
se, para todo x ∈ A existe um único y ∈ B tal que (x, y) ∈ f .
Dada esta condição podemos afirmar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma
função. Podemos afirmar ainda que se toda função é uma relação de A em B, então toda função é um
conjunto de pares ordenados determinado por uma sentença y = f (x) que expressa a lei mediante a
qual, dado x ∈ A, determina-se y ∈ B tal que (x, y) ∈ C. Dessa forma definimos a notação de função:
C = {(x, y)|x ∈ A, y ∈ B e y = f (x)}. Esta expressão é a linguagem matemática do que foi escrito no
parágrafo anterior e significa que dados os conjuntos A e B, a função f tem a lei de associação y = f (x)
cuja solução constitui o conjunto C.
Em nosso estudo, indicaremos função f , definida em A com imagens em B, segundo a lei de associação
y = f (x), usaremos a notação:
f : A → B (lê-se : f de A em B)
x → f (x) (interpretação: para cada x há um valor f (x) associado)
f (x) também pode ser representado por y
22 UNIDADE I
Assim, a representação gráfica de uma função y = f (x) é o conjunto dos pares ordenados (x, f (x)) ou
(x, y), e para cada valor de x existe um único correspondente y.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
elemento de M envia uma única flecha para o conjunto N .
Exemplo 8: Dada a relação R = {(x, y) ∈ AxB∀x < y} e os conjuntos A = {1, 2, 4} e B = {2, 3},
obtemos o seguinte diagrama:
Agora que você já compreendeu a definição de função nos três exemplos anteriores em que tı́nhamos
conjuntos finitos, vamos ampliar esta compreensão para conjuntos infinitos em especial para os conjuntos
numéricos.
RELAÇÕES E FUNÇÕES
23
Exemplo 9: Dada a função f : R → R, dada por f (x) = x2 + x − 1, podemos escolher alguns valores de
x para representá-la:
f (0) = 02 + 0 − 1 = −1
f (1) = 12 + 1 − 1 = 1
f (2) = 22 + 2 − 1 = 5
f (−1) = (−1)2 + (−1) − 1 = −1
Assim, alguns pares ordenados que pertencem à função são: (0, −1), (1, 1), (2, 5) e (−1, −1). Veja o gráfico
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
24 UNIDADE I
Podemos identificar no gráfico se uma curva é ou não uma função utilizando o Teste da Reta Vertical que
consistem em: o gráfico no plano xy descreve uma função de x se a reta vertical cortar a curva somente
uma vez.
Exemplos 10
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A função f (x) = senx é uma função A função f (x)2 = x não é uma função
RELAÇÕES E FUNÇÕES
25
Para sequenciar nossos estudos em matemática, vamos retomar brevemente as expressões domı́nio,
contradomı́nio e imagem na pretensão de revisar e preencher qualquer lacuna do assunto que não pode
permanecer para um futuro professor de matemática.
O domı́nio de uma função é o conjunto formado pelos elementos x de A, também chamado de conjunto
de partida, ou seja, valores que a variável independente assume. É representado por D(f ).
O contradomı́nio de uma função é o conjunto formado por todos os valores y de B, também chamado
de conjunto de chegada. São todos os valores que a variável dependente pode assumir. É representado
por CD(f ).
A imagem de uma função é o subconjunto do contradomı́nio formado pelos elementos y de B que estão
associados a algum x de A. Ou seja, são os valores que a variável dependente assume. É representada
por Im(f ).
26 UNIDADE I
Exemplo 11: A função f : A → B, com M = {0, 1, 2} e N = {−2, −1, 0, 1, 2}, dada por y = f (x) = x−2,
possui o conjunto A como domı́nio, o conjunto B como contradomı́nio e conjunto {−2, −1, 0} como
imagem. Assim, podemos escrever os conjuntos:
D(f ) = A
CD(f ) = B
Im(f ) = {−2, −1, 0}
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 12: A função f : R → R, dada por f (x) = x2 + x − 1, já apresentada no exemplo 9, possui.
D(f ) = R
CD(f ) = R
Im(f ) = R
Perceba que, neste exemplo, qualquer número real aplicado na função terá como resultado um número
real. Por esta razão D(f ) = CD(f ) = Im(f ).
Neste ponto do nosso estudo, o conjunto domı́nio será constituı́do pelo conjunto dos números reais. Porém,
há situações em que a determinação do domı́nio necessita de restrição a partir de intervalos (abertos ou
fechados) como: a função fracionária, em que o denominador tem que ser diferente de zero e, nas funções
que envolvem raiz de ı́ndice par em que seu radicando não pode ser um número negativo pois, não há
número real que satisfaça esta condição.
D(f ) = {x ∈ R | x �= −5}
RELAÇÕES E FUNÇÕES
27
3x + 1 ≥ 0
1
3x ≥ −1 ⇒ x ≥ −
3
1
Logo, o domı́nio da função será: D(f ) = x∈R|x≥− , isto é, x pode assumir qualquer valor real
3
1
maior que − .
3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4x − 12 > 0
4x > 12, então x > 3
Logo, D(f ) = {x ∈ R | x > 3}.
28 UNIDADE I
Dizemos que uma função é PAR se, para todo x em seu domı́nio, satisfaz a relação:
f (x) = f (−x)
Para ser uma função ÍMPAR todo x do seu domı́nio satisfaz a relação:
f (−x) = −f (x)
Vamos compreender melhor estas definições, analisando os gráficos das funções f (x) = x2 e f (x) = x a
seguir:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Função Par f (x) = x2 Função Ímpar f (x) = x
x y x y
.. .. .. ..
. . . .
1 1 1 1
2 4 2 2
0 0 0 0
−1 1 −1 -1
−2 4 −2 -2
.. .. .. ..
. . . .
Observe que ∀ x ∈ R f (x) = f (−x).Veja a validade Observe que ∀ x ∈ R f (−x) = −f (x). Veja a
da igualdade: validade da igualdade:
f (1) = f (−1) → 1 = 1 f (−1) = −f (1) → −1 = −1
f (2) = f (−2) → 4 = 4
f (−2) = −f (2) → −2 = −2
f (−(−1)) = −f (−1) → 1 = 1
f (−(2)) = −f (−2) → 2 = 2
RELAÇÕES E FUNÇÕES
29
Você percebeu que em uma função par os elementos simétricos possuem a mesma imagem? Isso ocorre
porque os gráficos das funções pares são curvas simétricas em relação ao eixo y ou eixo das ordenadas.
Já no caso das funções ı́mpares, os gráficos cartesianos são simétricos em relação à origem do sistema de
eixos cartesianos que corresponde ao ponto (0, 0).
Chamamos de eixo de simetria, a reta que divide uma figura em duas partes simétricas. Trata-se de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
um importante conceito da Geometria presente em diversos objetos do nosso entorno. Veja, no link,
uma proposta para compreensão de simetrias com auxı́lio de espelho.
<http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/analise-simetrias-espelhos-677972.shtml?page=1>.
Agora, vamos verificar a veracidade das igualdades: f (x) = f (−x) e f (−x) = −f (x) partindo da função
dada:
Exemplo 18: A função f (x) = 3x2 + x não é par nem ı́mpar, pois:
30 UNIDADE I
Dois tipos de funções se fazem muito presente na vida cotidiana. É comum a apresentação de gráficos
em jornais sobre ı́ndices econômicos que oscilam entre altas e quedas. Outros exemplos de situações reais
são: crescimento populacional, ı́ndice pluviométrico (chuvas). Estas situações citadas podem descrever
funções crescentes ou decrescentes.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dado intervalo é:
Vamos exemplificar:
Função crescente f (x) = 2x + 1
É possı́vel, perceber que para todo x real, o valor do seguinte é maior que o do anterior. Assim, esta
função é dita crescente. A função f (x) = 2x + 1 é crescente em todo o seu domı́nio, isto é, para ∀ x ∈ R.
RELAÇÕES E FUNÇÕES
31
É possı́vel perceber que, para todo x real, o valor do seguinte é menor que o do anterior. Assim, esta
função é dita decrescente. A função f (x) = 3−x é decrescente em todo o seu domı́nio, isto é, para ∀ x ∈ R.
Exemplo 19: Para a função f (x) = x2 que é simétrica podemos observar que é crescente somente para
valores positivos de x e é decrescente para valores negativos de x.
32 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RELAÇÕES E FUNÇÕES
33
FUNÇÃO INJETORA
Dizemos que uma função é injetora se, para quaisquer valores de x em seu domı́nio, quando x1 �= x2 ,
tivermos f (x1 ) �= f (x2 ), isto é, ela nunca assume o mesmo valor duas vezes.
Podemos verificar se uma função é injetora, utilizando o Teste da Reta Horizontal no seu gráfico em que
nenhuma reta horizontal interceptará o gráfico em mais de um ponto.
Exemplo 20: A função f : R → R, ∀x ∈ R definida por f (x) = x + 2 é injetora. Observe no teste da reta
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Exemplo 21: A função f : R → R, definida por f (x) = x2 + 1 não é injetora. Observe no teste da reta
horizontal que ela intercepta o gráfico da função em mais de um ponto.
34 UNIDADE I
Exemplo 22: Dado os conjuntos A = {−1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4}, a função f : A → B, dada por
f (x) = x2 − x não é injetora. Observe no diagrama que temos resultados iguais para o mesmo valor do
domı́nio.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A representação no diagrama de flechas mostra que temos imagens distintas para valores distintos do
domı́nio. Esta condição satisfaz a condição de função injetora, ou seja, para x1 �= x2 , temos f (x1 ) �= f (x2 ).
Uma situação para melhor compreensão da ideia de função injetora é estabelecer uma relação biunı́voca
entre a carteira que um aluno deve ocupar na sala de aula. Para cada aluno da sala haverá uma e somente
uma carteira a ser ocupada, pois um aluno não pode ocupar dois espaços ao mesmo tempo.
RELAÇÕES E FUNÇÕES
35
FUNÇÃO SOBREJETORA
Uma função é dita sobrejetora se, e somente se, para todo y pertencente ao contradomı́nio da função,
existe um elemento x correspondente pertencente ao seu domı́nio. Esta condição determina que para uma
função ser sobrejetora o seu conjunto imagem será igual ao seu contradomı́nio.
Atente que, para qualquer valor real, haverá um correspondente também real. Assim, o conjunto imagem
é igual ao contradomı́nio que corresponde ao conjunto dos números reais.
Exemplo 25: A função f : A → B, dada por f (x) = x2 − x, com A = {−1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4},
indicada no diagrama de flechas, não é sobrejetora.
Observe que ‘sobra’ elementos no conjunto de chegada (B), assim, o conjunto imagem não é igual ao
contradomı́nio.
36 UNIDADE I
Exemplo 26:: A função f : C → D, dada por f (x) = 2 − x, tendo como domı́nio o conjunto A = {0, 2, 4}
e como imagem B = {−2, 0, 2}, indicada no diagrama de flechas, é sobrejetora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Observe que não ‘sobra’ elementos no conjunto de chegada (B), assim, o conjunto imagem é igual ao
contradomı́nio.
Vamos retomar a situação da relação biunı́voca entre a carteira que um aluno deve ocupar na sala de
aula. Em uma turma com 15 alunos, em um dia que todos se fazem presentes, cada um ocupará uma
carteira e não sobrarão lugares vazios. A quantidade de carteiras é contradomı́nio que quando todos os
alunos estiverem presentes (função) será igual ao conjunto imagem.
RELAÇÕES E FUNÇÕES
37
FUNÇÃO BIJETORA
Uma função f é bijetora se, e somente se, é sobrejetora e injetora ao mesmo tempo. Ou seja, a função f
é bijetora se, e somente se, para qualquer elemento y pertencente ao seu contradomı́nio, existe um único
elemento x pertencente ao seu domı́nio.
FUNÇÃO COMPOSTA
Dadas duas funções f e g, definimos a composição de f e g, indicada por fog (lê-se f “bola” g), como:
(f og)(x) = f (g(x))
Observações:
1) A composta de duas funções só é definida quando o contradomı́nio da primeira é igual ao domı́nio
da segunda.
2) Em geral, gof �= f og, isto é, a composição de funções não é comutativa.
38 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 28: Dadas as funções f (x) = (3x + 1e g(x) = x2 + x para ∀x ∈ R f og(x) = f (g(x))
f og(x) = f (x2 + x)
f og(x) = 3(x2 + x) − 1
√
f og(x) = 3x2 + 3x − 1
Nos esquemas apresentados nos exemplos, fica clara a observação que gof �= f og, isto é, a composição de
funções não é comutativa.
RELAÇÕES E FUNÇÕES
39
FUNÇÃO INVERSA
Seja f uma função injetora com domı́nio A e imagem B. Então, a sua função inversa representada por
f −1 tem domı́nio B e imagem A e é definida por:
f −1 (y) = x ⇔ f (x) = y, ∀ y ∈ B.
Exemplo 29: Dada a função f (x) = 8 − 5x, vamos determinar sua inversa:
1) Primeiro, escrevemos: y = 8 − 5x.
(3x + 2)
Exemplo 30: Seja a função f (x) = . Determine f −1 (x):
(x − 4)
(3x + 2)
f (x) =
(x − 4)
y(x − 4) = 3x + 2
yx − 4y = 3x + 2
yx − 3x = 4y + 2
x(y − 3) = 4y + 2
4y + 2
x =
y−3
4x + 2
y =
x−3
−1 4x + 2
f (x) =
x−3
40 UNIDADE I
Vamos analisar a função que representa o valor a ser pago (P ) pago pela gasolina em relação à
quantidade (q) abastecida.
P = 2, 60q̇
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Perceba que, nas funções inversas, o conjunto do contradomı́nio é igual ao conjunto imagem, já que
todo elemento do contradomı́nio é correspondente de algum elemento do domı́nio e cada elemento do
contradomı́nio é imagem de um único elemento do domı́nio. Portanto, para ter inversa se faz necessário
satisfazer as duas condições anteriores e essas funções são bijetoras.
Assim, terminamos nossa reflexão afirmando que somente funções bijetoras possuem inversa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final do estudo desta unidade, esperamos que você já seja capaz de reconhecer, desenvolver, construir
e analisar gráficos e tabelas de funções bem como reconhecer as três formas de representação de funções:
diagramas, gráficos e leis algébricas.
Certamente para estudar os assuntos propostos nesta unidade não foi suficiente somente a leitura lápis,
borracha e papel à mão foi necessário e mais uma boa pitada de dedicação. É exercitando que se estuda
matemática, processo que o leva a ter dúvidas que podem e devem ser esclarecidas com a equipe pedagógica
do curso.
Para terminar, constamos alguns exercı́cios para você apreender os assuntos desta unidade. Não deixe de
fazê-los, pois, como já dito é exercitando que você assimila as ideias matemática tornando-se um melhor
estudante e, por consequência, um excelente professor.
RELAÇÕES E FUNÇÕES
40 - 41
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
f (a + h) − f (a)
b) f (0) d)
h
2x √ √
b) f (x) = √
4
d) f (x) = x−2+ 1 + 3x
x2 − 5x
4) Observe cada um dos esquemas das relações a seguir, verifique se define ou não uma função de A em
B.
I) O diagrama (a) não é função, pois d ∈ A não está associado a nenhum elemento do conjunto B, isto
é, D(R) = {a, b, c} �= A.
II) O diagrama (a) é função, pois d ∈ A não está associado a nenhum elemento do conjunto B, isto e,
D(R) = {a, b, c} �= A.
III) Observando o diagrama (b) não é função, pois c ∈ A está associada a três elementos do conjunto B.
IV) O diagrama (c) é função, pois todo elemento de A está associado a um único elemento de B.
V) O diagrama (b) não é função, pois c A está associada a quatro elementos do conjunto B.�
b) f (x) = x3 + x7
a) Se essa função for par, que outro ponto também deverá estar no seu gráfico?
b) E se essa função for ı́mpar, que outro ponto também deverá estar no seu gráfico?
√
a) f (x) = x e g(x) = x2 + 2
√
3
b) f (x) = 1 − 4x e g(x) = 2−x
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani
II
FUNÇÕES: CONSTANTE,
UNIDADE
LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA,
MODULAR, POLINOMIAL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer definir e caracterizar função constante, linear, afim,
quadrática, modular, polinomial.
■■ Utilizar a linguagem matemática de diferentes funções.
■■ Construir, ler e interpretar gracos de funções constante, linear, afim,
quadrática, modular, polinomial.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Função Constante
■■ Função Linear
■■ Função Afim
■■ Função Quadratica
■■ Função Modular
■■ Função Polinomial
47
INTRODUÇÃO
Nesta unidade de estudo, preparamos para você o estudo das funções elementares da matemática. A
abordagem, por vezes, tornou-se densa como requer textos matemáticos, contudo, cada novo assunto vem
seguido de exemplo com o objetivo de ser fato, sentença ou palavras alheias com que se procura confirmar
uma regra ou demonstrar uma verdade.
Uma pergunta que pode ser pertinente neste momento de estudo é: Porque se faz importante que você
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reconheça, defina e caracterize as funções explicitadas nesta unidade. Pensamos que a necessidade e a
oportunidade de aprendê-las permite que você compreenda como as funções descrevem o comportamento
de situações do mundo ao nosso redor. Ao adquirir tal compreensão, você se tornará um professor que
em suas aulas dará sentido à matemática.
Nesta perspectiva, esperamos de você a dedicação de estudante de sempre. Assiduidade para assistir as
aulas conceituais e ao vivo com a indispensável concentração que estudar matemática exige. Além disto,
exercite! O ato de exercitar desenvolve a capacidade de concentração. E, por último, atente que o processo
de leitura de um texto matemático necessita de reflexão para compreender o assunto abordado, pois ler
sem refletir é o mesmo que nada ler.
48 UNIDADE II
FUNÇÃO CONSTANTE
Quando vamos a um restaurante que funciona em sistema de rodı́zio, pagamos um valor fixo por esse
serviço independentemente da quantidade consumida, certo? Por exemplo, em uma churrascaria cujo
valor do rodı́zio de carnes assadas é R$ 49, 90, qualquer cliente que resolva comer tal rodı́zio paga esse
valo fixo.
Podemos associar esse exemplo ao conceito de função constante, pois se considerarmos que a variável
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
independente é a quantidade de alimento consumida e variável dependente é o valor do rodı́zio, para essa
churrascaria, temos a situação expressa na função:
y = f (x) = 49, 90
Podemos também, utilizar uma tabela para descrever essa função, sendo x a quantidade consumida em
quilogramas e y o valor a ser pago pelo rodı́zio:
x y
0, 1 49, 90
0, 2 49, 90
0, 5 49, 90
1, 0 49, 90
E, traçando o gráfico, observamos que obtemos uma reta horizontal, paralela ao eixo x, passando no ponto
em que y = 49, 90, pois qualquer valor de x está associado a y = 49, 90.
Logo, dizemos que uma função é constante quando cada elemento x do seu domı́nio está associado sempre
ao mesmo elemento do seu contradomı́nio (por exemplo, k). Temos, então:
f (x) = k
e seu gráfico é uma reta paralela ao eixo x passando pelo ponto (0, k).
Exemplo 1:
f (x) = 2 f (x) = −1
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O domı́nio da função constante é o conjunto dos números reais, ou seja, D(f ) = R, enquanto sua imagem
é o conjunto unitário Im(f ) = k. Uma importante aplicação da Matemática está presente na Economia
por meio de várias funções, uma delas é a Função Custo, que está relacionada aos gastos efetuados por
uma empresa, indústria ou loja na produção ou aquisição de algum produto. Esta função custo está
dividida em duas partes: uma fixa, chamada Custo Fixo (Cf), e uma variável, chamada Custo Variável
(Cv). Assim, podemos dizer que a função custo fixo é um exemplo de função constante na Economia.
Veja um exemplo:
Um inventor de jogos acredita que, para um novo jogo, o custo fixo envolvido deve ser de R$10.000,00.
Isto quer dizer que, independente do número de unidades desse jogo que serão produzidas, o inventor
gastará dez mil reais nesse projeto. Podemos representar a função custo fixo da seguinte maneira:
Cf (x) = 10.000
Percebeu como situações do cotidiano podem ser expressas por meio de funções? É nessa perspectiva de
ensino que você deve trilhar sua carreira de professor.
50 UNIDADE II
Como sugestão para sua futura prática pedagógica, propomos o Objeto de aprendizagem disponı́vel
no repositório do OBAA (Objetos de Aprendizagem Baseados em Agentes) que ilustra uma situação
sobre a variação da velocidade de um veı́culo em função do tempo.
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FUNÇÃO LINEAR
Vimos anteriormente, a exemplo de função constante, a situação dos restaurantes que funcionam em
sistema de rodı́zio, em que consideramos fixo o valor a ser pago por esse serviço independentemente da
quantidade consumida. Porém, neste mesmo exemplo, podemos considerar que um cliente consumirá
alguma bebida. Nesse caso, analisando somente o consumo de refrigerantes por um determinado cliente,
o valor a ser pago dependerá também da quantidade de refrigerantes que ele venha a consumir. Se o valor
cobrado pela unidade de refrigerante for R$4,50, o cliente pagará a quantidade consumida multiplicada
pelo valor unitário do refrigerante. Assim, podemos associar esse exemplo ao conceito de função linear,
pois se considerarmos que a variável independente é a quantidade de refrigerantes consumidos e a variável
dependente é o valor a ser pago, para essa churrascaria, temos:
y = f (x) = 4, 50x
Utilizando uma tabela para descrever essa função, sendo x a quantidade consumida de refrigerantes e y o
valor a ser pago:
x y
0 0
1 4, 50
2 9, 00
3 13, 50
Fazendo o gráfico dessa função, observamos que obtemos uma reta inclinada que passa pela origem.
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Portanto, dizemos que uma função é linear quando cada elemento x do seu domı́nio está associado ao
elemento y = ax do seu contradomı́nio, em que a = 0 é um número real dado. Então,
f (x) = a.x
Exemplo 2:
f (x) = x f (x) = 2x
52 UNIDADE II
O domı́nio da função linear é o conjunto D(f ) = R, assim como sua imagem, Im(f ) = R.
Esta função também pode ser identificada, na Economia, como uma aplicação da Matemática e a sua
Função Custo, podemos dizer que a sua parte variável, a Função Custo Variável é um exemplo de função
linear, pois está associada ao custo da empresa para produzir uma unidade de um determinado produto.
Vamos voltar no exemplo anterior, sobre o inventor de jogos. Ele acredita que, para o seu projeto de um
novo jogo, o custo variável de produção é de R$ 4,75 por unidade. Isto quer dizer que, o inventor gastará
R$ 4,75 multiplicado pelo número de unidades produzidas desse jogo. Podemos representar a função custo
variável da seguinte maneira:
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Cv(x) = 4, 75 · x
Uma outra função da Economia que pode ser considerada como exemplo de função linear, é a Função
Receita. Veja no link abaixo.
FUNÇÃO AFIM
Ainda utilizando como exemplo a situação do restaurante que funciona em sistema de rodı́zio, em que o
cliente pode consumir um rodı́zio, e quantos refrigerantes desejar. Lembrando que o valor cobrado pelo
rodı́zio é R$ 49,90 e, o valor de cada refrigerante consumido é R$ 4,50, temos que o valor total da conta
a ser paga será a soma do valor do rodı́zio com o valor unitário de cada refrigerante multiplicado pelo
número de refrigerantes consumidos. Assim, associamos o valor total da conta desse cliente ao conceito de
função afim, pois consideramos que a variável independente é a quantidade de refrigerantes consumidos e
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y = f (x) = 49, 90 + 4, 50 · x
Novamente, vamos utilizar uma tabela para descrever essa função, sendo x a quantidade consumida de
refrigerantes e y o valor total a ser pago:
x 49, 90 + 4, 50 · x y
0 49, 90 + 4, 50 · 0 49, 90
1 49, 90 + 4, 50 · 1 54, 40
2 49, 90 + 4, 50 · 2 58, 90
3 49, 90 + 4, 50 · 3 63, 40
E, fazendo o gráfico dessa função, observamos que obtemos uma reta inclinada, nesse caso crescente, pois
quanto mais refrigerantes o cliente consumir, maior será o valor total da conta que ele pagará.
54 UNIDADE II
Portanto, a função afim associa cada elemento x do seu domı́nio ao elemento y = ax + b do seu
contradomı́nio, em que a �= 0 e b são números reais dados. Assim,
f (x) = a · x + b
e seu gráfico é uma reta inclinada que passa pelo ponto (0, b) no eixo y.
Veja outros exemplos:
Exemplo 3: f (x) = 2x − 4
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O domı́nio da função afim é o conjunto D(f ) = R, assim como sua imagem, Im(f ) = R.
Uma informação importante na construção do gráfico de uma função afim é o valor de x para o qual a
reta cruza o eixo das abscissas, chamado raiz da função.
Assim, definimos raiz de uma função, o valor de x para o qual a função intercepta o eixo x. Para isto,
fazemos y = 0 na função y = ax + b e obtemos que sua raiz é dada por:
b
x=−
a
Observe que o traço da função intercepta o eixo das abscissas quando x = 2. Portanto, dizemos que x = 2
é a raiz dessa função.
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Na função afim, outros dois conceitos muito importantes são os dos coeficientes angular e linear. Vamos
tratar deles:
- Coeficiente angular da reta o valor da tangente do ângulo que ela forma com eixo x, que nada
mais é do que a inclinação dessa reta em relação ao eixo x. Na função y = ax + b, o número real a
é o coeficiente angular da reta. Assim, quanto maior o valor de a, mais a reta será inclinada. Além
disso, se a é positivo, a função afim será crescente e se a é negativo a função afim será decrescente.
- Coeficiente linear da reta o valor de y na qual a função intercepta o eixo das ordenadas. Para
isso, fazemos x = 0 na função y = ax + b e obtemos y = b. Portanto, o número real b é o coeficiente
linear da reta. Na função do exemplo 3, f (x) = 2x−4, observe que o coeficiente angular é a = 2 > 0.
Como a é positivo, a função f (x) = 2x − 4 é estritamente crescente. Note também, que o coeficiente
linear é b = −4 e ele determina o ponto de intersecção da reta com o eixo y, ou seja, (0, −4).
56 UNIDADE II
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Podemos observar que o gráfico apresentado possui intersecção com o eixo y quando y = 2, que é o
coeficiente linear dessa reta. Logo, temos b = 2. Além disso, percebemos que a reta forma um ângulo de
45◦ com o eixo x. Se calcularmos a tangente desse ângulo, obtemos o valor do coeficiente angular dessa reta.
Portanto:
tg45◦ = 1 ⇒ a = 1
f (x) = a · x + b = 1 · x + 2
⇒ f (x) = x + 2
Observação: As funções constante e linear são casos particulares da função afim. Quando temos a = 0
na função afim obtém-se a função constante e quando temos b = 0, tem-se a função linear.
Exemplo 4: f (x) = 3 − x
Nesta função, o coeficiente angular a = −1 < 0, isto é, a é negativo. Portanto, a função é estritamente
decrescente. O coeficiente linear b = 3 determina o ponto de intersecção da reta com o eixo y, (0, 3). E,
−b (3)
a raiz da função é x = 3, pois x = =− =3
a (−1)
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58 UNIDADE II
Toda reta está associada a uma equação da forma y = a · x + b, denominada lei de associação da função
afim, que pode ser obtida por meio de dois pontos conhecidos da reta P (x1, y1) e Q(x2, y2).
Para determinar a lei de associação algébrica, primeiramente, calculamos o coeficiente angular utilizando
a seguinte fórmula:
y 2 − y1
a=
x2 − x1
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que chamamos de x0 e y0 , em:
y − y0 = a(x − x0 )
Assim, basta isolar o y nesta equação para obter a lei de associação da função na forma y = a · x + b , que
representa a equação da reta que passa pelos dois pontos dados.
Exemplo 5: Determine a lei de associação da função afim que passa pelos pontos P (0, 5) e Q(−1, 3).
Primeiro, calculamos o coeficiente angular:
3−5 −2
a= = =2
−1 − 0 −1
Agora, podemos utilizar o ponto P (0, 5) dado e substituir:
y − 5 = 2(x − 0)
y − 5 = 2x
y = 2x + 5
Portanto, y = 2x + 5 é a equação da reta que passa pelos pontos P e Q, que pode ser escrita da forma
f (x) = 2x + 5.
Observação: Uma alternativa para obtermos os valores dos coeficientes angular e linear dessa reta, seria
montar um sistema de equações, substituindo em y = a · x + b, os valores de x e y dos pontos P e Q:
⎧ ⎧
⎪
⎨ ⎪
⎨
5 = a · 0 +b b=5
⇒
⎪
⎩ 3 = a · (-1)+b ⎪
⎩ -a + b = 3
Para resolver esse sistema, basta substituir o valor b=5 na segunda equação:
−a + 5 = 3
−a = −2
a=2
Ct(x) =Cf+Cv(x)
Ct(x) = 10.000 + 4, 75 · x
FUNÇÃO QUADRÁTICA
A função quadrática, que também pode ser chamada função do 2◦ grau, possui um papel importante na
análise dos movimentos uniformemente variados que são estudados na Fı́sica. Nesses movimentos, devido
à aceleração, os corpos variam a velocidade e o espaço em função do tempo. A expressão que relaciona o
espaço em função do tempo é dada por:
at2
s = s 0 + v0 · t +
2
Outra situação que envolve a função quadrática é o lançamento de projéteis. Por exemplo, durante uma
partida de futebol, observamos que a trajetória descrita pela bola quando um jogador faz um lançamento
para um companheiro é uma parábola. Portanto, essa trajetória será representada por uma função do
2◦ grau. A altura máxima atingida pela bola representa o vértice dessa parábola, que veremos a seguir.
Assim, definimos a função quadrática como a função que associa cada elemento x do seu domı́nio ao
elemento y = ax2 + bx + c do seu contradomı́nio, em que a �= 0, b e c são números reais dados. Então,
f (x) = ax2 + bx + c
60 UNIDADE II
e seu gráfico é uma parábola, que passa pelo ponto (0, c).
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As raı́zes de uma função quadrática (pontos em que a parábola intercepta o eixo x) são geralmente
denominadas x1 e x2 , e são determinadas resolvendo a equação do segundo grau ax2 + bx + c = 0,
utilizando a fórmula de Bháskara.
• De acordo com o valor do discriminante Δ = b2 − 4ac, obtemos o número de raı́zes desse tipo de
função:
Além disso, toda parábola é simétrica em relação à reta paralela ao eixo y que passa pelo seu vértice, que
é o ponto dado por:
−b Δ
V ;−
2a 4a
Observação: O vértice será o ponto mı́nimo da parábola caso sua concavidade esteja voltada para cima
ou será seu ponto máximo se a concavidade estiver voltada para baixo.
O domı́nio da função quadrática é o conjunto D(f)=R, porém sua imagem depende de sua concavidade:
- Se a concavidade é voltada para cima, então, a imagem será o intervalo [yv , +∞), ou seja, y ≥ yv .
- Se a concavidade é voltada para baixo, então, a imagem será o intervalo (−∞, yv ], ou seja, y ≤ yv .
Já sabemos que a parábola intercepta o eixo y no ponto (0, -3). Então, primeiro, determinamos as raı́zes:
Δ = (−2)2 − 4.1.(−3) = 16
√
−(−2) + 16 (2 + 4)
x1 = = =3
2·1 2
√
−(−2) − 16 (2 − 4)
x2 = = = −1
2·1 2
Assim, a parábola tem concavidade voltada para cima e intercepta o eixo x em dois pontos: (3, 0) e
(−1, 0). Agora, vamos determinar o seu vértice:
b Δ
xv = − yv = −
2a 4a
(−2) 16
xv = − yv = −
(2 · 1) 4·1
xv = 1 yv = −4
Agora, observando o gráfico da função, percebemos que a parábola intercepta o eixo das ordenadas quando
y = −3, ou seja, no ponto (0, −3). As intersecções com o eixo das abscissas acontecem quando x = −1 e
x = 3, ou seja nos pontos (−1, 0) e (3, 0). Por último, percebemos que o ponto mı́nimo da parábola, já
que sua concavidade é voltada para cima, está localizado no ponto (1, −4), que é o vértice do gráfico.
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 7: Esboce o gráfico da função f (x) = −x2 + 2x − 1.
Já sabemos que a parábola intercepta o eixo y no ponto (0, -1). Então, primeiro, determinamos as raı́zes:
Δ = 22 − 4 · (−1) · (−1) = 0
√
−2 + 0 −2 + 0
x1 = = =1
2 · (−1) −2
√
−2 − 0 −2 − 0
x2 = = =1
2 · (−1) −2
Assim, a parábola tem concavidade voltada para baixo e intercepta o eixo x em apenas um ponto: (1, 0).
Agora, vamos determinar o seu vértice:
b Δ
xv = − yv = −
2a 4a
2 0
xv = − yv = −
2 · (−1) 4 · (−1)
xv = 1 yv = 0
Portanto, o vértice é dado pelo ponto V (1, 0), que é o mesmo ponto de intersecção com o eixo x encontrado
acima. Nesta situação podemos utilizar uma tabela para encontrar mais alguns pontos dessa parábola:
x −x2 + 2x − 1 y (x, y)
Exemplo 8: Se os pontos (0, 3), (1, 0) e (3, 0) pertencem ao gráfico de y = ax2 + bx + c, determine os
valores de a, b e c.
y = ax2 + bx + c
3 = a(0)2 + b · 0 + c
c=3
Nesse caso, utilizando o método da adição, multiplicamos a primeira equação por −3 e somando as duas:
⎧
⎪
⎨ −3a − 3b = 9
⇒ 6a = 6 ⇒ a = 1
⎪
⎩ 9a + 3b = −3
64 UNIDADE II
Disponı́vel em:<http://www.somatematica.com.br/softOnline/ComportamentoFuncoes/funcoes.html>.
Acesso em: 07 de julho de 2014.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNÇÃO MODULAR
Em uma função modular o conjunto imagem é sempre constituı́do por valores não negativos fato que
constitui curvas com pontos pertencentes somente ao 1o e 2o quadrantes. Antes de tratarmos de função
modular precisaremos revisar o conceito de módulo e de resolução de equações e inequações modulares.
Módulo
Seja x um número real. Definimos o módulo (ou valor absoluto) de x, que se indica por |x|, através da
relação:
⎧
⎪
⎨ x se x ≥ 0
|x| =
⎪
⎩ −x se x < 0
Propriedades do módulo:
1) |x| ≥ 0, ∀ x ∈ R
2) |x| = 0 ⇔ x = 0
4) |x|2 = x2 , ∀ x ∈ R
5) |x + y| ≤ |x| + |y|, ∀ x, y ∈ R
6) |x − y| ≥ |x| − |y|, ∀ x, y ∈ R
7) |x| ≤ a e a > 0 ⇔ −a ≤ x ≤ a
8) |x| ≥ a e a > 0 ⇔ x ≤ −a ou x ≥ a
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Exemplo 9:
a) |x| = 1
Então, x = 1 ou x = −1. Assim, escrevemos o conjunto solução:
S = {−1, 1}
b) |x + 1| = 6
Então, x + 1 = 6 ou x + 1 = −6.
Portanto, x = 5 ou x = −7 e escrevemos:
S = {−7; 5}
Exemplo 10:
Resolva a inequação |3x − 5| = x + 4.
Pela definição de módulo temos que:
3x − 5 = x + 4 3x − 5 = −(x + 4)
2x = 9 3x − 5 = −x − 4
9 1
x= x=
2 4
1 9
Portanto, a solução da equação é dada por: S = , .
4 2
66 UNIDADE II
Vamos, agora, analisar uma situação do cotidiano que envolve o conceito de módulo:
Em um determinado ano, um posto de combustı́veis teve um faturamento de R$ 500.000,00. No
ano seguinte, a diferença no seu faturamento foi de R$ 55.000,00. Vamos determinar quais são as
possibilidades de faturamento para esse posto no último ano.
|x − 500000| = 55000
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x − 500000 = 55000 x − 500000 = −55000
x = 555000 x = 445000
Isto é, esse posto de combustı́vel pode ter faturado R$ 555.000,00 ou R$ 445.000,00 no ano em questão.
Quando nos interessar resolver uma inequação modular, devemos considerar duas definições:
Exemplo 11:
a) |x + 5| < 3
Da primeira definição de inequações modulares, temos:
−3 < x + 5 < 3 Assim,
−3 − 5 < x + 5 − 5 < 3 − 5
−8 < x < −2
Portanto, a solução da inequação modular dada é o intervalo aberto (−8, −2).
b) |3x + 4| > 2
Da primeira definição de inequações modulares, temos:
3x + 4 > 2 ou 3x + 4 < −2
3x + 4 − 4 > 2 − 4 ou 3x + 4 − 4 < −2 − 4
3x > −2 ou 3x < −6
2
x > − ou x < −2
3
2
Portanto, a solução da inequação modular dada é a união dos intervalos abertos (−∞, −2)∪(− , ∞).
3
Pronto! Já fizemos a revisão necessária para tratar de funções modulares. Vamos lá!
FUNÇÃO MODULAR
⎧
⎪
⎨ −x, x < 0
f (x) =
⎪
⎩ x, x ≥ 0
O gráfico da função modular é a reunião de duas semirretas de origem O, que são as bissetrizes do 1◦ e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2◦ quadrantes.
A bissetriz de um ângulo é a semirreta com origem no vértice desse ângulo que o divide em dois
ângulos congruentes, ou seja, de mesma medida.
A imagem dessa função é Im(f ) = R+ , pois a função modular, como já dito, assume somente valores
reais não negativos. O seu domı́nio é D(f ) = R.
68 UNIDADE II
Exemplo 12: Esboce o gráfico da função f (x) = |4x − 1|. Em seguida, determine seu domı́nio e imagem.
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Assim,
⎧
⎨ 1 − 4x, x < 1
⎪
f (x) = 4
⎪
⎩ 4x − 1, x ≥ 1
4
1 1
Logo, para x < , traçamos a reta y = 1 − 4x e, para x ≥ traçamos a reta y = 4x − 1:
4 4
Exemplo 13: Esboce o gráfico da função f (x) = |x2 + x − 6|. Em seguida, determine seu domı́nio e
imagem.
⎧
⎪
⎨ −(x2 + x − 6), − x2 − x + 6 < 0
f (x) =
⎪
⎩ x2 + x − 6, x2 + x − 6 ≥ 0
Assim:
⎧
⎪
⎨ −x2 − x + 6, −3 < x < 2
f (x) =
⎪
⎩ x2 + x − 6, x ≥ 2 ou x ≤ −3
Vamos propor uma alternativa para a construção do gráfico de uma função modular. Para construir o
gráfico da função f (x) = |x2 − 1|, vamos, inicialmente, construir o gráfico da função quadrática f (x) =
x2 − 1. Em primeiro lugar, encontramos as raı́zes da função f (x) = x2 − 1:
x2 − 1 = 0
x2 = 1
x1 = 1 ou x2 = −1
b Δ
xv = − yv = −
2a 4a
0 4
xv = − yv = −
2·1 4·1
xv = 0 yv = −1
70 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Porém, podemos perceber que, para valores de x entre -1 e
1, as imagens (valores de y) são negativas. Como desejamos
construir o gráfico de uma função modular, f (x) = |x2 − 1|,
já sabemos que não existem imagens negativas. Assim,
vamos associar cada valor de y negativo a seu módulo. Por
exemplo, quando x = 0, teremos y = | − 1| = 1.
Observe a mudança no gráfico anterior
FUNÇÕES POLINOMIAIS
Toda função que possui sua lei de associação formada por um polinômio é chamada de função polinomial.
As funções constante, linear afim e quadrática, vistas anteriormente, são exemplos de funções polinomiais.
Agora, vamos estudar a definição de função polinomial.
Exemplo 14: Seja a função polinomial f (x) = x3 + x2 + 3. O seu gráfico é dado por:
72 UNIDADE II
Exemplo 15: Seja a função polinomial f (x) = x4 − x3 − 2x2 . O seu gráfico é dado por:
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Existem casos particulares de funções polinomiais que são interessantes de serem analisadas. Os mais
utilizados são as funções chamadas potências. As funções potências são da forma f (x) = xn , sendo n um
número inteiro positivo.
Vamos analisar as funções potências para alguns valores de n:
• n par:
Percebemos que conforme, aumenta o valor de n, maior o achatamento do gráfico perto da origem.
• n ı́mpar:
Para n = 1, já conhecemos a função afim e que seu gráfico é uma reta crescente ou decrescente. Os
gráficos, a seguir, são gráficos de funções potências para n = 3, n = 5 e n = 7.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Percebemos que, independente do valor de n, conforme n cresce, maior será o achatamento do gráfico
perto da origem.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para ampliar seu acervo de livro, sugerimos ao final dos estudos destas funções o livro “Como a
Matemática Explica o Mundo”de autoria de James D. Stein, publicado pela editora Campus. Entre
diversos assuntos interessantes a um estudante de matemática, veja o trecho especı́fico sobre funções:
Ao finalizar esta segunda parte do estudo da disciplina de Pré-Cálculo, esperamos que você tenha
aprendido a essência das funções apresentadas, para além de ser bom estudante, um ótimo analisador matem
ático das situações que podem ser representadas por funções. Tente fazer este exercı́cio: reflita um momento
sobre alguma situação real que possa ser escrita com uma função.
Muito mais poderia ser escrito sobre as funções constante, linear, afim, quadrática, modular, polinomial.
Contudo, constamos o que o espaço em página nos permitiu e o tempo de estudo da disciplina (100 horas).
Entretanto, deixamos para você os detalhes que possam ter sido deixados por nós como o detalhamento de
algumas passagens ou a representação gráfica e/ou esquemática de alguma função.
propriedades poderia ajudar com problemas da atividade de pesquisa.
As propriedades das funções discutidas no teorema de Arrow são
claramente motivadas pelo problema que Arrow, a princı́pio começou 75
a investigar como traduzir as preferências de indivı́duos (expressas
por votos) no resultado de uma eleição”.
Ao finalizar esta segunda parte do estudo da disciplina de Pré-Cálculo, esperamos que você tenha
aprendido a essência das funções apresentadas, para além de ser bom estudante, um ótimo analisador matem
ático das situações que podem ser representadas por funções. Tente fazer este exercı́cio: reflita um momento
sobre alguma situação real que possa ser escrita com uma função.
Muito mais poderia ser escrito sobre as funções constante, linear, afim, quadrática, modular, polinomial.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Contudo, constamos o que o espaço em página nos permitiu e o tempo de estudo da disciplina (100 horas).
Entretanto, deixamos para você os detalhes que possam ter sido deixados por nós como o detalhamento de
algumas passagens ou a representação gráfica e/ou esquemática de alguma função.
Para assimilação dos conceitos da unidade, algumas atividades de estudos segue na sequência. Como
explanamos na introdução da unidade exercitar é fundamental! É exercitando que você pode vir a ter
dúvidas que podem ser esclarecidas com a equipe pedagógica do curso. Tire sempre as dúvidas, ter
dúvidas é normal, ao esclarecê-las você vira uma página com a certeza de não provocar mais dúvidas
decorrentes das anteriores. Aos exercı́cios, pois!
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
x−9
2) Considere a função y = :
2 − 3x
a) Calcule f (1)
3) Utilizando os pares ordenados M (2, 4) e N (3, −6), determine a função que passa por esses pontos,
utilizando o sistema de equações e considerando y = ax + b.
4) Encontre a função polinomial de 1o grau, cujo gráfico passa pelos seguintes pares ordenados G(1, 20)
e F (−1, 6).
5) Para confecção de copos personalizados a empresa cobra um valor de R$ 5,00 referentes ao custo
de fabricação e mais um valor de R$ 0,50 para cada nome acrescentado no copo. Determine:
8) Uma imobiliária gostaria de contratar um plano de telefonia celular para os corretores, antes de
efetivar a contratação preferiu realizar um levantamento de preços em três empresas de telefonia
celular e foram constatados os seguintes valores, apresentados na tabela a seguir:
A R$ 35,00 R$ 0,50
B R$ 20,00 R$ 0,80
C R$ 0,00 R$ 1,20
a) Escreva uma função matemática que determine o preço final mensal, se a empresa tivesse
contratado o plano B.
c) A partir de quantos minutos de uso mensal o plano A é mais vantajoso que os outros dois?
9) Pesquisadores do curso de Engenharia de Pesca ao longo de sua pesquisas, determinaram que uma
espécie de peixe cresce obedecendo a seguinte função P (t) = 0, 15t + 0, 35, onde P (t) é o seu peso
médio (em quilos) e t o seu tempo de vida em meses, desde o nascimento. Determine:
10) Numa fabrica de pneus, o custo operacional de um dos modelos de pneus que a fabrica produz
é de R$ 300,00 mais um custo variável de R$ 0,50 por unidade fabricada. Portanto, o custo
operacional, que representaremos por y, é dado em função do número de unidades fabricadas, que
representaremos por x. Determine:
a) ( ) No mês de julho
b) ( ) No mês de agosto
c) ( ) No mês de setembro
d) ( ) No mês de outubro
b) Determine o ponto onde a parábola, que representa a função, corta o eixo dos y.
14) Construa o gráfico e em seguida determine seus domı́nios e imagens das funções definidas a seguir:
a) f (x) = |2x + 5|
5
b) f (x) = −3x +
2
c) f (x) = |x2 − 2x − 3| + 5
x + 2
d) f (x) =
x + 6
78 - 79
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani
III
UNIDADE
FUNÇÕES: EXPONENCIAL E
LOGARÍTMICA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer definir e caracterizar funções exponencial e logarítmica
■■ Utilizar corretamente a linguagem matemática das funções
exponencial e logarítmica
■■ Construir, ler e interpretar gráficos de funções exponencial e
logarítmica.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Função Exponencial
■■ Equações Exponenciais
■■ Inequações Exponenciais
■■ Função Logarítmica
■■ Inequações Logarítmicas
■■ Aplicações das Funções Exponenciais e Logarítmicas.
81
INTRODUÇÃO
Esta unidade do nosso livro é dedicada ao estudo de duas importantes funções: exponencial e logarı́tmica.
Trataremos da representação algébrica e gráfica para analisar os elementos destas funções em fenômenos
diversos. A dedicação exclusiva de uma unidade para duas funções é pelo fato da função logarı́tmica ser
a inversa da função exponencial.
Uma função exponencial tem por caracterı́stica a variável presente no expoente e por isso faremos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
uma breve revisão da operação de potenciação para melhor compreensão dessa função. E, com este
conhecimento aprofundaremos o estudo das equações e inequações com foco nas equações e inequações
exponenciais tratando dos procedimentos para determinar o valor da incógnita.
Tanto a função exponencial como a logarı́tmica são classificadas como crescente ou decrescente. A curva
do gráfico dessas funções tem a função identidade como eixo de simetria, por serem inversas o gráfico de
uma é o gráfico da outra espelhada em relação à função y = x.
Para o estudo da função logarı́tmica passaremos pelo conceito de logaritmos e suas propriedades e, assim
como fizemos com as funções exponenciais vamos abordar as inequações logarı́tmicas.
Para o sucesso da aprendizagem dos assuntos desta unidade, a recomendação é a mesma das anteriores:
dedicação e assiduidade para compreensão da lógica, padrões e regras envolvidas nas funções postas.
Aos estudos!
82 UNIDADE III
FUNÇÃO EXPONENCIAL
As funções exponenciais são modelos matemáticos bem representativos do sistema de juros compostos
em que uma dı́vida cresce de modo exponencial. Portanto, muito utilizado na economia. Ela também
expressa um crescimento ou um decrescimento de uma situação. Este comportamento pode ser identificado
na dinâmica de crescimento populacional, especialmente, de microrganismos como as bactérias ou
decrescimento (falência) dos mesmos tipos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos defini-la:
x
1
f (x) = 2x f (x) =
2
Antes de sequenciarmos nosso estudo das funções exponenciais vamos relembrar as propriedades da
potenciação:
ax 512
Divisão de mesma base = ax−y = 512−8 = 54
ay 58
a x 3
ax 15 153
Divisão de bases diferentes com mesmo expoente = =
b bx 2 23
Você sabe por que todo número elevado a zero é sempre igual a 1? A razão desta igualdade tem por
base a propriedade da divisão de potência de mesma base, veja:
1
5 5 51
1= = = 1 = 51−1 = 50
5 5 5
5
Portanto, é uma divisão de bases iguais.
5
84 UNIDADE III
5−12
= 5−12−(−8)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5−8
ax
Divisão de mesma base = ax−y
ay 1
= 5−4 =
54
a x −3 3
ax 15 2 23
Divisão de bases diferentes com mesmo expoente = = =
b bx 2 15 153
FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA
85
1 1 1 1 7
3 2 · 3 5 = 3( 2 + 5 ) = 3 10
1
53 1 1 4
1 = 5( 3 − 7 ) = 5 21
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ax 57
Divisão de mesma base = ax−y √
ay 21
= 54
1 1 1 1 1
(7 2 ) 6 = 7 2 · 6 = 7 12
1 1 1
(3 · 8) 4 = 3 4 · 8 4
a x 1 1 √
ax 15 3 15 3 3
15
Divisão de bases diferentes com mesmo expoente = = = √
b bx 2 23
1 3
2
86 UNIDADE III
A Notação Cientı́fica é uma forma de expressar um número baseada nas propriedades de potência.
Para esta representação, utilizamos um número real pertencente ao intervalo [1, 9] multiplicado por
uma potência de 10 em que o valor do expoente é o número de casas que a vı́rgula teve que percorrer,
por exemplo:
• 478000 = 4, 78 · 105
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• 10000000 = 107
• 0, 0001 = 10−4
• 0, 00259 = 2, 59 · 10−3
Após esta revisão, vamos tratar das propriedades de uma função exponencial:
f (0) = a0 = 1
Isto quer dizer que o par ordenado (0,1) pertence a toda função exponencial e, portanto, o gráfico da
função intercepta o eixo y no ponto (0,1).
Se 0 < a < 1:
x1 < x2 ⇒ f (x1 ) > f (x2 )
Se a > 1:
x1 < x2 ⇒ ax1 < ax2 ⇒ f (x1 ) < f (x2 )
5a ) Na representação gráfica da função exponencial, temos uma reta horizontal assı́ntota (y = 0), que
representa o limite inferior da função.
x
1
x
f (x) = 2 f (x) =
2
3 x
Vamos analisar o gráfico da função f (x) = 2 mostrando a seguir:
88 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) A função é crescente ou decrescente?
Podemos observar que o gráfico é de uma função crescente. Além disso, como a base da função
exponencial, 32 , é maior que 1, temos que seu gráfico é crescente.
27
c) Para quais valores de x tem-se y = 8 ?
27
Pelo gráfico, observamos que, quando y = 8 , temos x = 3 (Ponto D).
8
d) Para quais valores de x tem-se y > 27 ?
8
Pelo gráfico, observamos que, quando y = 27 , temos x = −3.
8
Logo, temos y > 27 quando x > −3 (Ponto A).
81
e) Para quais valores de x tem-se y < 16 ?
81
Pelo gráfico, observamos que, quando y = 16 , temos x = 4.
81
Logo, temos y < 16 quando x < 4 (Ponto E).
EQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Dado a clareza que temos sobre as funções exponenciais vamos aprofundar nossos estudos de equações
com a resolução de equações exponenciais em que a incógnita é o expoente. Para esta resolução vamos
reduzir 1o e o 2o membros a potências de mesma base.
2
Exemplo 1: Resolver a equação 5x · 54 = 55x
De acordo com as propriedades dos expoentes, podemos reescrever o 1o membro da equação:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2 +4
5x = 55x
Do lado esquerdo da igualdade conservamos a base e somamos os expoentes. Assim, como as bases são
iguais, os expoentes também são. Logo,
x2 + 4 = 5x
x2 − 5x + 4 = 0
√
−b ± Δ
x=
Δ = b2 − 4 · a · c 2·a
√
−(−5) ± 9
Δ = (−5)2 − 4 · 1 · 4 x=
2·1
5±3
Δ = 25 − 16 = 9 x=
2
2x · 27 3x · 8
x
= x
3 · 27 3 · 27
2x 8
=
3x 27
90 UNIDADE III
Assim, pela propriedade divisão de bases diferentes com mesmo expoente, podemos escrever:
x 3
2 2
=
3 3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2x + 2x · 23 − 2x · 2−1 = 34
Assim, como temos o fator comum 2x em todos os termos do 1◦ membro, podemos utilizar a fatoração
e colocar 2x em evidência, ou seja, escrever o 1o membro como o produto do fator comum 2x por uma
expressão mais simples (o resultado da divisão do 1◦ membro por 2x ):
Portanto, como as bases são iguais, os expoentes também são. Logo, x = 2 e o conjunto solução será
S = {2}.
(3x )2 − 12 · 3x + 27 = 0
y 2 − 12 · y + 27 = 0
3x = 9 3x = 3
3x = 32 3x = 31
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x=2 x=1
INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Da forma que aprofundamos nossos estudos sobre equações, daremos a mesma tratativa para as inequações
exponenciais. A resolução é feita reduzindo-se o 1◦ e o 2◦ membros a potências de mesma base. Para
resolvê-las, devemos lembrar que:
a x 1 < a x 2 ⇒ x 1 < x2
a x 1 < a x 2 ⇒ x 1 > x2
√
Exemplo 5: Resolver a inequação 8x > 3
4.
Para reduzir ambos os membros a potências de base 2, utilizamos a propriedade de expoentes racionais e
podemos escrever:
√ √
22 = (22) 3
3 3 1
8 = 23 4=
92 UNIDADE III
1
(23 )x > (22 ) 3
2
23x > 2 3
Logo,
2 2
3x > ⇐⇒ x >
3 9
2
Portanto, o conjunto solução é dado por S = {x ∈ R |x > }.
9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2 − 2x
Exemplo 6: Resolver a inequação (0, 09) 2 > 0, 027.
Atente que 0, 09 = 0, 32 e 0, 027 = 0, 33 .
Reduzindo ambos os membros a potências de mesma base 0,3 temos:
x2 − 2x
(0, 32 ) 2 > (0, 3)3
2 −2x
(0, 3)x > (0, 3)3
x2 − 2x < 3
x2 − 2x − 3 < 0
√
−b ± Δ
2
Δ=b −4·a·c x=
2·a
√
−(−2) ± 16
Δ = (−2)2 − 4 · 1 · (−3) x=
2·1
2±4
Δ = 4 + 12 = 16 x=
2
Assim, para valores de x entre -1 e 3, os valores de y são negativos e obtemos o conjunto solução S =
{x ∈ R| −1 < x < 3}.
3x · 31 − 3x + 3x · 3−1 ≥ 21
3x (31 − 1 + 3−1 ) ≥ 21
Assim,
1
3x (3 − 1 + ) ≥ 21
3
7
3x ( ) ≥ 21
3
3
3x ≥ 21 ·
7
3x ≥ 9
3x ≥ 32
Portanto, x ≥ 2 e S = {x ∈ R| x ≥ 2}.
94 UNIDADE III
(5x )2 − 30 · 5x + 125 ≤ 0
y 2 − 30 · y + 125 ≤ 0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
basta resolver essa equação de 2◦ em y. Assim,5 ≤ y ≤ 25.
Utilizando os valores encontrados, obtemos:
5 ≤ 5x ≤ 25
5 ≤ 5x ≤ 52
Como f (x) = ex tem propriedades especiais de cálculo que simplificam muitas situações, denominamos
e como base natural da função exponencial, que é chamada função exponencial natural.
e: A HISTÓRIA DE UM NÚMERO
MAOR, Eli
Editora: Record
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
Antes de tratarmos da função logarı́tmica, precisamos ser apresentados ao logaritmo. Esta palavra tem
origem no grego em que logo significa razão e arithmos se refere a número. Segundo Giovanni e Bonjorno
(2000), com o surgimento dos logaritmos, os procedimentos complicados de cálculos trigonométricos foram
simplificados na área de Astronomia e de Navegação, pois, ao utilizarmos logaritmos convergimos um
comportamento que é exponencial em linear cuja resolução é bem mais simples. Na sequência, vamos
estudar o conceito de logaritmo e suas propriedades para, em seguida, tratarmos das funções.
96 UNIDADE III
LOGARITMO
Logaritmo de um número positivo b numa base a, a > 0 e a �= 1 , é o expoente da potência a qual deve-se
elevar a para de obter b. Assim,
loga b = x ⇐⇒ ax = b
em que:
a é a base do logaritmo;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b é o logaritmando;
x é logaritmo de b na base a.
1) loga1 = 0, pois a0 = 1
2) logaam = m, pois am = am
3) alogab = b
PROPRIEDADES OPERATÓRIAS
b
2) loga = loga b − loga c
c
logc b
4) Mudança de base: loga b = , com c �= 1.
logc a
Para ampliar seus conhecimentos sobre logaritmo sugerimos que assista ao video disponivel no
Repertorio de Recursos educacionais multimı́dia para a matemática do ensino médio. Para fins de
ensino do assunto, é uma ótima dica para introduzir o conceito de logaritmo e mostrar aplicações e
utilidades do mesmo. Disponı́vel em: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1050>
Acesso em: 29 de jul. 2014.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
Seja a uma constante real positiva e a �= 1. Definimos função logarı́tmica na base a, a função f (x) = loga x,
que é a inversa da função exponencial, pois, de acordo com a definição de logaritmos:
loga x = y ⇐⇒ ay = x
Propriedades:
f (1) = loga 1 = 0
Isto quer dizer que o par ordenado (1,0) pertence a toda função logarı́tmica e, portanto, o gráfico
da função intercepta o eixo x no ponto (1,0).
• Se 0 < a < 1:
x1 < x2 ⇒ loga x1 > loga x2 ⇒ f (x1 ) > f (x2 )
• Se a > 1:
x1 < x2 ⇒ logax1 < log ax2 ⇒ f (x1) < f (x2)
98 UNIDADE III
3) Na representação gráfica da função logarı́tmica, temos uma reta vertical assı́ntota (x = 0),
que representa o limite esquerdo ou direito da função quando ela for decrescente ou crescente,
respectivamente.
Exemplo 9:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
Assim como fizemos com as exponenciais vamos aprofundar nossos conhecimento acerca de inequações
logarı́tmicas. Mas, antes devemos lembrar:
3x − 6 < x + 4
3x − x < 6 + 4
2x < 10
x<5
2x − 6 > x − 8
2x − x > 6 − 8
x > −2
100 UNIDADE III
Quando a base do logaritmo é 10, não precisamos escrever o número da base, e denotamos a função
logarı́tmica por f (x) = log x, que é a função inversa da função exponencial f (x) = 10x . Assim,
Lembrando, também, que todas as propriedades de logaritmos vistas anteriormente são válidas para a
base 10.
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LOGARITMOS COM BASE e
Logaritmos com base e são chamados logaritmos naturais e utilizamos a notação ”ln” para representá-los.
Assim, a função logarı́tmica natural é dada por:
f (x) = loge x = ln x
• ln 1 = 0
• ln e = 1
• ln ey = y
• elnx = x
A partir do estudo de logaritmos, podemos agora estudar equações e inequações exponenciais que não
podem ser reduzidas a expoentes de mesma base.
log2 2x = log2 5
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Portanto,
x = log25
5x (5 − 1) = 2x (8 − 1)
5x · 4 = 2x · 7
x
5 7
=
2 4
Logo,
7
x = log 5
2 4
7
O conjunto solução será S = {log 5 }
2 4
102 UNIDADE III
2
Resolvendo a inequação de 2o grau, obtemos 3 < y < 4.
Assim,
2
< 2x < 4
3
2
log2 < log2 2x < log2 4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3
Portanto,
2
log2 <x<2
3
São várias as situações do cotidiano em que podemos perceber a aplicação de funções exponenciais e
logarı́tmicas. Estudaremos, aqui, três exemplos muito utilizados de aplicações de funções exponenciais:
juros compostos, crescimento de população e proliferação de bactérias. Além desses, um exemplo muito
conhecido de função logarı́tmica: a escala Richter, usada para medir a intensidade de um terremoto.
Vamos lá!
• Ao final do 1◦ perı́odo, os juros incidentes sobre o capital inicial são a ele incorporados, produzindo
o 1◦ montante.
De modo geral, um capital C, a juros compostos, aplicados a uma taxa unitária fixa i, durante n perı́odos,
produz:
M = C(1 + i)n
M = C(1 + i)n
M = 100(1 + 0, 005)11
M = 105, 64
Portanto, ao final de onze meses, teremos R$105,64. Agora, para n=10 anos ou 120 meses, temos:
M = C(1 + i)
M = 100(1 + 0, 005)120
M = 181, 94
104 UNIDADE III
Problema 2: Se uma população P está se modificando a uma taxa percentual constante r a cada ano,
então podemos escrever:
P (t) = P0 (1 + r)t
onde P0 é a população inicial, r é expresso como um número decimal e t é o tempo em anos. Determine
a função exponencial que determina a população que possui valor inicial igual a 12 e taxa de crescimento
de 8% ao ano. Qual a população encontrada após 5 anos?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Solução: De acordo com as informações dadas, temos:
P0 = 12 e r = 8% = 0, 08
Assim, substituindo em P (t) = P0 (1 + r)t , obtemos:
ou
P (t) = 12 · 1, 08t
P (t) = 12 · 1, 085
P (t) ∼
= 17, 63
Problema 3: Suponha que há uma cultura de 100 bactérias localizadas em um objeto, de modo que o
número de bactérias dobra a cada hora. Conclua quando esse número chegará em 350.000 unidades.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
..
.
Assim, a função P (t) = 100 · 2t representa a população de bactérias t horas após a verificação inicial do
objeto.
350000 = 100 · 2t
3500 = 2t
t∼
= 11, 774
106 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Solução: Sendo a1 a amplitude do terremoto em Gujarat e a2 a amplitude do terremoto em Atenas,
temos:
a1 a2 Fazendo R 1 − R2:
R1 = 7, 9 ⇒ log + B = 7, 9 R2 = 5, 9 ⇒ log + B = 5, 9
T T
a1 a2
(log + B) − (log + B) = 7, 9 − 5, 9
T T
a1 a2
log − log = 2
T T
a1
log =2
a2
E assim,
a1
= 102 = 100
a2
Portanto, o terremoto de Gujarat foi 100 vezes mais forte que o de Atenas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao ler estas breves considerações finais esperamos você tenha alcançado os objetivos de aprendizagem por
nós pretendidos. Neste momento da graduação ao retomar assuntos já vistos durante a Educação Básica
nossa preocupação foi para você enquanto estudante não ter dúvidas.
Para qualificar sua visualização das curvas dos gráficos recomendamos que se utilize de softwares
matemáticos. Indicamos, em especial o Geogebra (http://web.geogebra.org/chromeapp/ ) software intuitivo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que processa de modo online. Contudo, o esboço do gráfico no papel é importante para você entender o
processo de construção. Ao realizar os exercı́cios procure fazer das duas formas.
As funções exponenciais e logarı́tmicas fazem parte dos conteúdos programáticos do Ensino Médio nı́vel
de ensino que você poderá atuar o se formar em Matemática. Portanto, sua compreensão destas funções
é imprescindı́vel!
Por fim, consulte os recursos pedagógicos dispostos na Unidade V deste material e confira possibilidades
de ilustração das suas futuras aulas sobre os assuntos que acabou de estudar. E, não deixe de fazer as
atividades da sequência.
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO
3. Represente graficamente:
a) f (x) = 3x
b) f (x) = 5x
x
5
c) f (x) =
2
5. A definição de uma função diz que uma função f de R em R tal que, para todo x ∈ R ,tenhamos
f (x) = ax onde a ∈ R, a > 0 e a �= 1; esta função será chamada de função exponencial, baseados
nesta definição analise as afirmativas a seguir:
108 - 109
I) Na função exponencial f (x) = 3x , temos a = 3; e uma das imagens possı́veis nesta função será:
√
f (0) = 1, f ( 12 ) = 3 e f (3) = 27.
II) Na função f (x) = ( 13 )x , temos a+ 13 e utilizando os valores (-2, 0, 1, 2, 3) suas possı́veis imagens
1 1
serão: (9, 27 , 9 , −3, 1).
6. Resolva as inequações:
a) 3x < 81
x 3
1 1
b) >
2 3
c) (2x )2 − 6 · 2x + 8 > 0
x 2 x
1 1
d) −6· +8>0
2 2
c) 4 pontos;
b) ( ) 38. d) ( ) 38,5.
11. Um grupo de pesquisadores observaram um grupo de indivı́duos de determinada espécie por alguns
dias e registraram que o número, determinado grupo de animais após x dias de liberação de um dos
seus predadores naturais, é expresso pela seguinte função:
4
f (x) = log5 √
3 (x )
5
Se este predador foi liberado por 5 dias, o número de indivı́duos desse grupo presentes no ambiente
será igual a: (Obs: considere o grupo de animais em centenas)
a) ( )3 b) ( )4 c) ( ) 300 d) ( ) 400
12. A figura abaixo representa um gráfico de uma função logarı́tmica com o comportamento da função
logarı́tmica na base a. Logo, o valor de a é:
1
a) ( ) 10 b) ( )2 c) ( )1 d) ( ) 2 e) ( ) -2
110 - 111
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani
IV
UNIDADE
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer, definir e caracterizar uma função trigonométrica.
■■ Apropriar-se da linguagem matemática de uma função
trigonométrica.
■■ Calcular medidas de ângulos notáveis envolvendo funções
trigonomátricas.
■■ Reconhecer e interpretar gráficos de funções trigonométricas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Função Seno
■■ Função Cosseno
■■ Função Tangente
■■ Função Cotangente
■■ Função Secante e Cossecante
■■ Funções Trigonométricas Inversas
113
INTRODUÇÃO
Chegamos à penúltima unidade do nosso estudo em que trataremos das funções trigonométricas, funções
tão importantes quanto às anteriores, já estudadas. Essas funções são definidas ao dispormos os valores
de senos, cossenos e tangentes em um plano cartesiano, bem como suas recı́procas: cotangente, secante e
cossecante.
A caracterı́stica de periodicidade das funções trigonométricas as tornam muito aplicáveis aos fenômenos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
periódicos observados na natureza de comportamento cı́clico. Nos gráficos das funções, nas páginas a
seguir o conceito de amplitude e perı́odo serão bem representados em ciclos que se repetem infinitamente.
O texto desta unidade é exaustivamente algébrico e exige dedicação e insistência para não se perder
e desistir. Além da importância de apropriação do conhecimento de funções trigonométricas para sua
atuação de professor, é também pré-requisito para as disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral que
você estudará na sequência do curso. Então vamos a mais uma etapa!
Bons estudos!
114 UNIDADE IV
FUNÇÃO SENO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Portanto, continua válida a definição de seno para ângulos agudos num triângulo retângulo:
P1 P
sen(α) =
OP
sen(α) = ordenada de P
Assim, podemos ampliar o conceito de seno para qualquer número real α usando a ordenada de P, imagem
de α no cı́rculo trigonométrico.
Definição 1: Função seno (sen) é a função, de R em R, que a todo número α associa a ordenada do
ponto P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico.
sen :R → R
α → sen(α) = OP2
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
115
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OP2 é a medida algébrica do segmento, OP2 quando o raio é tomado como unidade. Dizemos também
e indicamos:
que OP2 é o seno de AÔP ou de OP
) = sen(OP
sen(AOP ) = OP2
CASOS PARTICULARES
π 3π
Na figura anterior, percebemos que, quando α assume os valores zero, , π e , o ponto P coincide,
2 2
respectivamente, com A(1,0), B(0,1), C(-1,0) e D(0,-1). Então, temos:
116 UNIDADE IV
SINAL
Vamos analisar o sinal de senα quando P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico, pertence a cada um
dos quadrantes, sendo P2 a projeção ortogonal de P sobre o eixo dos senos:
P no 1◦ quadrante P no 2◦ quadrante
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
P2 acima de O ⇒ sen(α)> 0 P2 acima de O ⇒ sen(α) > 0
P no 3◦ quadrante P no 4◦ quadrante
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
117
π 1
sen = sen(30◦ ) =
6 2
5π 1
sen = sen(150◦ ) =
6 2
7π 1
sen = sen(210◦ ) = −
6 2
11π 1
sen = sen(330◦ ) = −
6 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
√
π 2
sen = sen(45◦ ) =
4 2
√
3π 2
sen = sen(135◦ ) =
4 2
√
5π 2
sen = sen(225◦ ) = −
4 2
√
7π 2
sen = sen(315◦ ) = −
4 2
√
π ◦ 3
sen = sen(60 ) =
3 2
√
2π 3
sen = sen(120◦ ) =
3 2
√
4π 3
sen = sen(240◦ ) = −
3 2
√
5π 3
sen = sen(300◦ ) = −
3 2
118 UNIDADE IV
Qualquer que seja o número real α > 0, as imagens P e P’ no cı́rculo trigonométrico, respectivamente de
α e de -α são simétricas entre si em relação ao eixo das abscissas. Também, suas projeções ortogonais
sobre o eixo dos senos, P2 e P2 ’, são simétricas entre si em relação a origem O. Assim,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SENO DE ARCOS CÔNGRUOS
Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α + k 2π, k ∈ Z, têm a mesma origem A e a
mesma extremidade P. Logo,
sen(α) = sen(α + k2π), k ∈ Z
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
119
1o Q 2o Q 3o Q 4o Q
4 2 4 2 4 4
√ √
3
π
3 2
5π
6
1
2
4π
3 - 23 11π
6 - 12
Percebemos, então, que a função f (x) = sen(x), para x ∈ [0, 2π], é crescente no 1◦ e 4◦ quadrantes e
decrescente no 2◦ e 3◦ . As intersecções com o eixo x acontecem quando x = 0, x = π e x = 2π. Assim,
fazendo a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da função:
(y − 3)
−1 ≤ sen(x) ≤ 1 ⇒ −1 ≤ ≤1
2
Logo,
(y − 3)
−1 ≤ ≤ 1 ⇒ −2 ≤ y − 3 ≤ 2
2
⇒1≤y≤5
120 UNIDADE IV
FUNÇÃO COSSENO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Portanto, continua válida a definição de cosseno para ângulos agudos num triângulo retângulo:
(OP1 )
cos(α) =
OP
cos(α) = abscissa de P
Assim, podemos ampliar o conceito de cosseno para qualquer número real α, usando a abscissa de P,
imagem de α no cı́rculo trigonométrico.
Definição 2: Função cosseno (cos) é a função, de R em R, que a todo número α associa a abscissa do
ponto P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico.
cos :R → R
α → cos(α) = OP1
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
121
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e indicamos:
Dizemos também que OP1 é o cosseno de AÔP ou de AP
) = cos(AP
cos(AOP ) = OP1
CASOS PARTICULARES
π 3π
Na figura anterior, percebemos que, quando α assume os valores zero, , π e , o ponto P coincide,
2 2
respectivamente, com A(1,0), B(0,1), C(-1,0) e D(0,-1). Então, temos:
cos(π) = cos(180◦ ) = −1
cos(0) = cos(0◦ ) = 1 3π
cos = cos(270◦ ) = 0
π 2
cos = cos(90◦ ) = 0
2
122 UNIDADE IV
SINAL
Vamos analisar o sinal de cos(α) quando P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico, pertence a cada um
dos quadrantes, sendo P1 a projeção ortogonal de P sobre o eixo dos cossenos:
P no 1◦ quadrante P no 2◦ quadrante
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
P1 à direita de O ⇒ cos(α) > 0 P1 à esquerda de O ⇒ cos(α) < 0
P no 3◦ quadrante P no 4◦ quadrante
Do mesmo modo que para o seno, podemos calcular alguns cossenos de ângulos que são bastante utilizados
π π π
na trigonometria: 30◦ rad , 45◦ rad e 60◦ rad e seus múltiplos.
6 4 3
π π π
Usando os valores dos cossenos de (30◦ ), (45◦ ) e (60◦ ) e a simetria em relação aos eixos coordenados,
6 4 3
obtemos mais alguns valores da função cosseno:
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
123
√
π 3
cos = cos(30◦ ) =
6 2
√
5π 3
cos = cos(150◦ ) = −
6 2
√
7π 3
cos = cos(210◦ ) = −
6 2
√
11π 3
cos = cos(330◦ ) =
6 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
√
π 2
cos = cos(45◦ ) =
4 2
√
3π 2
cos = cos(135◦ ) = −
4 2
√
5π 2
cos = cos(225◦ ) = −
4 2
√
7π ◦ 2
cos = cos(315 ) =
4 2
π 1
cos = cos(60◦ ) =
3 2
2π 1
cos = cos(120◦ ) = −
3 2
4π 1
cos = cos(240◦ ) = −
3 2
5π 1
cos = cos(300◦ ) =
3 2
124 UNIDADE IV
Qualquer que seja o número real α > 0, as imagens P e P’ no cı́rculo trigonométrico, respectivamente de
α e de -α são simétricas entre si em relação ao eixo das abscissas. Assim, cos(−α) = cos(α), para todo
α ∈ R. Logo, a função cosseno é par.
Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α + k2π, k ∈ Z, tem a mesma origem A e a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mesma extremidade P. Logo,
cos(α) = cos(α + k2π), k ∈ Z
Como há repetição dos valores de cos α de 2π em 2π, 4π em 4π e 6π em 6π, podemos escrever:
cos(α) = cos(α + 2π) = cos(π + 4π) = cos(α + 6π) = · · · = cos(α + k2π), kπZ
1o Q 2o Q 3o Q 4o Q
√ √
π
3
1
2
5π
6 - 23 4π
3 - 12 11π
6 2
3
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
125
Percebemos, então, que a função f (x) = cosx, para x ∈ [0, 2π], é crescente no 3◦ e 4◦ quadrantes e
π 3π
decrescente no 1◦ e 2◦ . As intersecções com o eixo x acontecem quando x = 2 ex= 2 . Assim, fazendo
a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da função:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x 2x cos 2x
0 0 1
π π π 1
6 = 30o 2· 6 = 3 = 60o cos60o = 2
π π π
4 = 45o 2· 4 = 2 = 90o cos90o = 0
π π 2π
3 = 60o 2· 3 = 3 = 120o cos120o = − 12
π π
2 = 90o 2· 2 = π = 180o cos180o = 0
π 2 · π = 360o cos360o = 1
Assim, percebemos que a partir do valor de x = π, temos que o valor de f (x) = cos2x começa a se repetir.
Portanto, o perı́odo da função f (x) = cos2x é π. Veja o gráfico:
126 UNIDADE IV
FUNÇÃO TANGENTE
• AU é paralelo ao eixo y.
• A origem de AU é A.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na figura, α é a medida do ângulo agudo AÔP e o triângulo OAT é retângulo, logo:
AT
tg(α) =
OA
tg(α) = ordenada de T
Podemos, então, ampliar o conceito de tangente para um número real α, usando a ordenada de T, ponto
de intersecção de AU com OP, onde P é a imagem de α no cı́rculo trigonométrico. Antes de dar a
definição, observamos que existe o ponto T se, e somente se, P não coincide com B ou D. Como a B e a
π
D correspondem os números + kπ, k ∈ Z, podemos escrever:
2
π
Existe T, ponto de intersecção de AU com OP se, e somente se, P é a imagem de α �= + kπ, k ∈ Z, no
2
cı́rculo trigonométrico.
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
127
π π
Observe que a restrição α �= é natural porque, se α = , não existirá tg(α), pois sabemos que
2 2 π
(sen(α)) π π π sen 1
tg(α) = e, como cos = 0 e sen = 1, terı́amos tg = π2 = , que não pode ser
(cos(α)) 2 2 2 cos 0
2
encontrado.
π
Geometricamente, podemos analisar esse fato observando que, à medida que α se aproxima de , tg(α)
π 2
assume valores cada vez maiores, sem que haja um valor para representar tg .
2
π
Definição 3: Função tangente (tg) é a função, de R−
+kπ, k ∈ Z em R, que a todo número α associa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2
a ordenada do ponto T, intersecção de AU com OP, onde P é a imagem de α no cı́rculo trigonométrico.
π
tg :R − + kπ, k ∈ Z →R
2
α → tg(α) = At
e escrevemos:
Dizemos também que AT é a tangente de AÔP ou de AP
) = tg(AP
tg(AOP ) = AT
128 UNIDADE IV
CASOS PARTICULARES
Na figura anterior, percebemos que, quando α assume os valores zero ou π, P coincide, respectivamente,
com A(1,0) ou C(-1,0), e T coincide com A(1,0). Logo:
SINAL
Vamos estudar o sinal de tg(α) quando P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico, pertence a cada um
dos quadrantes:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
P no 1◦ quadrante P no 2◦ quadrante
P no 3◦ quadrante P no 4◦ quadrante
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
129
√
π 3
tg = tg(30◦ ) =
6 3
√
5π 3
tg = tg(150◦ ) = −
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
6 3
√
7π 3
tg = tg(210◦ ) =
6 3
√
11π 3
tg = tg(330◦ ) = −
6 3
π
tg = tg(45◦ ) = 1
4
3π
tg = tg(135◦ ) = −1
4
5π
tg = tg(225◦ ) = 1
4
7π
tg = tg(315◦ ) = −1
4
π √
tg = tg(60◦ ) = 3
3
2π √
tg = tg(120◦ ) = − 3
3
4π √
tg = tg(240◦ ) = 3
3
5π √
tg = tg(300◦ ) = − 3
3
130 UNIDADE IV
Qualquer que seja o número real α > 0, as imagens P e P’ no cı́rculo trigonométrico, respectivamente de
α e de -α são simétricas entre si em relação ao eixo das abscissas. Para α no domı́nio da função tangente,
as intersecções OP e OP’ com AU, respectivamente, T e T’ são simétricas entre si em relação a A. Assim,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TANGENTE DE ARCOS CÔNGRUOS
Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α + k2π, k ∈ Z, tem a mesma origem A e a
mesma extremidade P. Logo,
π
D = R − {x|x �= + kπ, k ∈ Z}
2
e a imagem é R.
2π 3π 5π 7π 5π 4π
x 3 4 6 π 6 4 3
√ √
3
√
3
√
f (x) − 3 −1 − 3 0 3 1 3
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
131
π 3π
Percebemos, então, que a função f (x) = tg(x), para x ∈
, , é crescente e a intersecção com o eixo
2 2
x acontece quando x = π. Assim, fazendo a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da
função:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
π
Exemplo 3: Determine o domı́nio da função f (x) = tg e, em seguida, esboce o seu gráfico.
2
π
Já sabemos que o domı́nio da função f (x) = tg(x) é dado por: D = R − {x| x �= + kπ, k ∈ Z}. Para
2
π
determinar o domı́nio de f (x) = tg , vamos fazer:
2
π π
�= + kπ, k ∈ Z ⇒ x �= π + 2kπ, k ∈ Z
2 2
π
Logo, escrevemos o domı́nio de f (x) = tg como:
2
D = R − {x|x �= π + 2kπ, k ∈ Z}
x
x 2 tg x2
0 0 0
√
π π 3
3 = 60o 6 = 30o tg30o = 3
π π
2 = 90o 4 = 45o tg45o = 1
π
π = 180o 90o tg90o =� ∃
132 UNIDADE IV
Veja o gráfico:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNÇÃO COTANGENTE
• BG é paralelo ao eixo x.
• A origem de BG é B.
BG
cotg(α) =
OB
cotg(α) = abscissa de G
Podemos, então, ampliar o conceito de cotangente para um número real α, usando a abscissa de G, ponto
de intersecção de BG com OP, onde P é a imagem de α no cı́rculo trigonométrico.
Antes de dar a definição, observamos que existe o ponto G se, e somente se, P não coincide com A ou C.
Como a A e a C correspondem os números kπ, k ∈ Z, podemos escrever:
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
133
Observe que a restrição α �= π é natural porque, se α = π, não existirá cotgα, pois sabemos que cotgα =
(cosα) (cosπ) (−1)
e, como senπ = 0 e cosπ = −1, terı́amos cotgπ = = , que não pode ser encontrado.
(senα) (senπ) 0
Geometricamente, podemos analisar esse fato observando que, à medida que α se aproxima de π, cotgα
assume valores cada vez maiores, sem que haja um valor para representar cotgπ.
Definição 3: Função cotangente (cotg) é a função, de R−{kπ, k ∈ Z} em R, que a todo número α associa
a abscissa do ponto G, intersecção de BG com OP, onde P é a imagem de α no cı́rculo trigonométrico.
cotg :R − {kπ, k ∈ Z} → R
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
α → cotgα = BG
CASOS PARTICULARES
π 3π
Na figura anterior, percebemos que, quando α assume os valores ou , P coincide, respectivamente,
2 2
com B(0,1) ou D(0,-1), e G coincide com B(0,1). Logo:
π 3π
cotg = cotg90o = 0 cotg = cotg270o = 0
2 2
134 UNIDADE IV
SINAL
Vamos estudar o sinal de cotgα quando P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico, pertence a cada um
dos quadrantes:
P no 1◦ quadrante P no 2◦ quadrante
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
G a direita de B ⇒ cotg(α) > 0 G a esquerda de B ⇒ cotg(α) < 0
P no 3◦ quadrante P no 4◦ quadrante
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
135
Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α + k2π, k ∈ Z, tem a mesma origem A e a
mesma extremidade P. Logo,
D = R − {x|x �= kπ, k ∈ Z}
e a imagem é R.
π π π π 2π 3π 5π
x 6 4 3 2 3 4 6
√ √
3
√
3
√
f (x) 3 1 3 0 − 3 −1 − 3
Percebemos, então, que a função f (x) = cotgx, para x ∈]0, π[, é decrescente e a intersecção com o eixo
π
x acontece quando x = 2. Assim, fazendo a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da
função:
136 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNÇÃO SECANTE E FUNÇÃO COSSECANTE
Ao contrário das funções trigonométricas vistas anteriormente, essas duas últimas possuem um eixo móvel.
Isto quer dizer que, para cada ponto P da circunferência, devemos traçar a reta tangente e ela no ponto
P. Se considerarmos que essa reta corta o eixo dos cossenos em um ponto Q e o eixo dos senos em um
ponto R, denominamos sec(α) a medida OQ e cossec(α) a medida OR.
A função f (x) = sec(x) está definida para todo valor de x ∈ R, desde que cos x �= 0. Logo, seu domı́nio
pode ser escrito:
π
D = R − {x|x � = + kπ, k ∈ Z}
2
Sua imagem é dada pelo conjunto Im = R − (−1, 1).
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
137
O sinal da função f (x) = secx tem o mesmo comportamento do sinal da função f (x) = cosx, ou seja, é
positiva no 1◦ e no 4◦ quadrantes e negativa no 2◦ e 3◦ . A função f (x) = secx é par, pois sec(−x) = secx
e é periódica de perı́odo 2π.
1o Q 2o Q 3o Q 4o Q
π 3π
0 1 2 �∃ π -1 2 �∃
√ √
2 3
π
6 3
2π
3 -2 7π
6 -233 5π
3 2
π
√ 3π
√ 5π
√ 7π
√
4 2 4 - 2 4 - 2 4 2
√ √
π
3 2 5π
6 -233 4π
3 -2 11π
6
2 3
3
A função f (x) = cossec(x) está definida para todo valor de x ∈ R, desde que senx �= 0. Logo, seu domı́nio
pode ser escrito:
D = R − {x|x �= kπ, k ∈ Z}
138 UNIDADE IV
1o Q 2o Q 3o Q 4o Q
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
π 3π 5π 7π
4 2 4 2 4 - 2 4 - 2
√ √
2 3
π
3 3
5π
6 2 4π
3 -233 11π
6 -2
As funções trigonométricas vistas anteriormente são periódicas, o que implica em funções não injetoras.
Porém, ao restringir o domı́nio dessas funções, conseguimos estudá-las nos intervalos em que elas são
injetoras e determinamos, assim, a inversa da função restrita.
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
139
FUNÇÃO ARCO-SENO
y = sen−1 x
isto é,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x = sen(y)
π π
para valores de y em − , e valores de x em [-
2 2
1,1].
π π
Portanto, o único ângulo y no intervalo − , tal que sen(y) = x é o arco-seno de x, denotado por
2 2
sen−1 x ou arc sen(x).
FUNÇÃO ARCO-COSSENO
y = cos−1 x
isto é,
x = cos(y)
Portanto, o único ângulo y no intervalo [0, π] tal que cos(y) = x é o arco-cosseno de x, denotado por
cos−1 (x) ou arc cos(x).
140 UNIDADE IV
FUNÇÃO ARCO-TANGENTE
π π
Restringindo o domı́nio de f (x) = tg(x) ao intervalo − , , para que a função restrita seja injetora,
2 2
conseguimos definir a inversa da função tangente como:
y = tg −1 (x)
isto é,
x = tg(y)
π π
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para valores de y em − , e valores de x em [-1,1].
2 2
Portanto, o único ângulo y no intervalo (− π2 , π2 ) tal que tgy = x é o arco-tangente de x, denotado por
tg −1 x ou arc tgx.
FUNÇÃO ARCO-COTANGENTE
Restringindo o domı́nio de f (x) = cotgx ao intervalo (0, π), para que a função restrita seja injetora.
Conseguimos definir a inversa da função cotangente como:
y = cotg −1 (x)
isto é,
x = cotg(y)
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
141
Portanto, o único ângulo y no intervalo (0, π) tal que cotg(y) = x é o arco-cotangente de x, denotado por
cotg −1 (x) ou arc cotg(x).
FUNÇÃO ARCO-SECANTE
π π
Restringindo o domı́nio de f (x) = sec(x) ao intervalo 0, ∪ , π , para que a função restrita seja
2 2
injetora, definimos a inversa da função secante como:
y = sec−1 x
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
isto é,
x = sec(y)
π π
Portanto, o único ângulo y no intervalo 0, ∪ , π tal que sec(y) = x é o arco-secante de x, denotado
2 2
por sec−1 (x) ou arc sec(x).
FUNÇÃO ARCO-COSSECANTE
π π
Agora, restringindo o domı́nio de f (x) = cossec(x) ao intervalo 0, ∪ , π , para que a função restrita
2 2
seja injetora, definimos a inversa da função cossecante como:
y = cossec−1 (x)
isto é,
x = cossec(y)
π π
para valores de y em (0, π) para valores de y em 0, ∪ , π e valores de x em R-(-1,1).
2 2
π π
Portanto, o único ângulo y no intervalo 0, ∪ , π tal que cossec(y) = x é o arco-cossecante de x,
2 2
denotado por cossec−1 (x) ou arc cossec(x).
142 UNIDADE IV
π
Exemplo 4: Esboce o gráfico da função f (x) = + sen−1 (x), no domı́nio [-1,1].
2
Podemos utilizar uma tabela:
π
x sen−1 (x) 2 + sen−1 (x)
π
0 0 2
1 π 2π
2 6 = 30o 3 = 120o
√
2 π 5π
2 4 = 45o 4 = 225o
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√
3 π 4π
2 3 = 60o 3 = 240o
π 3π
1 2 = 90o 2 = 270o
Veja o gráfico:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o estudo das funções trigonométricas, esperamos que você tenha compreendido as caracterı́sticas
algébricas e gráficas dessas funções. É com esta compreensão que você terá propriedade de criticidade
sobre o tema para ensinar e aprimorar seus conhecimentos matemáticos.
A opção por uma abordagem essencialmente matemática, desta unidade, foi por considerar que esta
linguagem precisa fazer parte da vivência de um estudante de matemática. Neste ponto, fazemos um
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
143
convite para que você busque por aplicações das funções trigonométricas de modo a melhor compreender
a teoria matemática apresentada e compor um conjunto de possibilidades para quando vir a lecionar este
assunto aos seus futuros estudantes.
Para concluir esta etapa de estudo fazemos outros dois importantes convites: o primeiro, a realização das
dez atividades de autoestudos e o segundo a exploração dos recursos pedagógicos acerca de trigonometria
apresentados na unidade V. O primeiro convite é para você apreender os conceitos de funções trigonomé-
tricas para um bom desempenho na disciplina do curso e, o segundo, para conferir bons recursos pedagógicos
a fim de mostrar de forma dinâmica e contextualizada o comportamento das funções trigonométricas aos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1) Analisando o gráfico a seguir, é possı́vel observar que o gráfico representa uma função trigonométrica
f (x) cujo domı́nio é R , a Im = [−1, 1] e o perı́odo π , podemos concluir que a função que o gráfico
representa é:
a) ( ) y = 1 + cos x.
b) ( ) y = 1 − sen x.
c) ( ) y = sen(−2x).
d) ( ) y = cos(−2x).
e) ( ) y = −cos x.
5) Dada uma f : R → R que, ∀ x ∈ , tenhamos f (x) = sen x. Esta func̃¸ao será chamada de função
seno se:
a) y = 2senx. c) y = sen2x
senx
b) y = d) y = 2cosx
2
I) Uma função f , de domı́nio D possui inversa somente se f for bijetora, por esse motivo nem
todas as funções trigonométricas possuem inversas em seus domı́nios de definição, mas podemos
tomar subconjuntos desses domı́nios para gerar novas funções que possuam inversas.
II) A função f (x) = cos(x) não é bijetora em seu domı́nio de definição que é o conjunto dos
números reais, pois para um valor de y correspondem infinitos valores de x. Por exemplo, se
cos(x) = 1, podemos tomar x = 0, x = 2π, x = 4π, x = −2π etc, isto é x = 2kπ, onde k é
um número inteiro, isto quer dizer que não podemos definir a inversa de f (x) = cos(x) em seu
domı́nio. Devemos, então, restringir o domı́nio para um subconjunto dos números reais onde a
função é bijetora.
III) Como as funções trigonométricas são periódicas, existem muitos intervalos onde elas são
bijetoras. É usual escolher como domı́nio, intervalos onde o zero é o ponto médio ou o extremo
esquerdo e no qual a função percorra todo seu conjunto imagem.
V
UNIDADE
O ENSINO DE FUNÇÕES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer recursos pedagógicos acerca do ensino de funções.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Propostas didáticas
■■ Softwares
■■ Objetos de Aprendizagem
■■ Jogos
■■ Plataforma online
149
INTRODUÇÃO
Os assuntos apresentados nas unidades anteriores podem emergir dificuldades entre os estudantes com
os quais em breve você irá se deparar. Diante disso, elencamos para estas últimas páginas um rol de
contribuições para sua formação de professor que certamente podem de fazer diferença no processo de
ensino e de aprendizagem de seus estudantes.
Deixamos aqui sugestões de softwares, propostas didáticas, jogos, objetos de aprendizagem entre outros,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que possibilitam enriquecer cada aula que será preparada e promover de maneira significativa o aprendi-
zado em matemática.
Guarde com carinho este livro, para consultas posteriores. Apostamos que se você levar o que propormos
aqui, para suas aulas, terá muito sucesso.
150 UNIDADE V
PROPOSTAS DIDÁTICAS
Nesta seção apresentaremos propostas didáticas que pela temática da disciplina limitam-se às sugestões
acerca do ensino de funções. As 10 sugestões elencadas estão disponı́veis no Portal do Professor mantido
pelo Ministério da Educação (MEC) que, entre outros objetivos, tem o intuito de reunir boas práticas
educacionais de professores do nosso vasto Brasil.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o comportamento do gráfico de algumas funções e compreender o conceito de função composta.
MENEZES, Leonardo Donizette de Deus. Compreendendo e explorando a função composta no
software. Sugestões de Aulas. (Portal do Professor).
em 03 de julho de 2014.
152 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BRANCO, Eguimara Selma. Matemática Financeira: aproximações com funções exponenciais.
Sugestões de Aulas. (Portal do Professor).
SOFTWARES
1) NOME: Geogebra
LICENÇA: Gratuito
IDIOMA: Português
FUNCIONALIDADE: Programa que faz gráficos de várias funções e objetos matemáticos e
processa online. Possui uma biblioteca de applets prontos em Geogebratube.
2) NOME: Graphmatica
LICENÇA: Gratuito
IDIOMA: Inglês
FUNCIONALIDADE: Faz gráficos de funções elementares e pode trabalhar em vários sistemas
de coordenadas.
3) NOME: WinPlot
LICENÇA: Gratuito
IDIOMA: Inglês e Português
FUNCIONALIDADE: Faz construção de gráficos de funções em duas ou três dimensões.
154 UNIDADE V
4) NOME: Derive 6
LICENÇA: Pago
IDIOMA: Inglês
FUNCIONALIDADE: Resolve equações, calcula raı́zes, derivadas e integrais de funções e faz
gráficos em duas e três dimensões.
5) NOME: Maple
LICENÇA: Pago
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IDIOMA: Inglês
FUNCIONALIDADE: Calcula limites, derivadas e integrais de funções e faz gráficos em 2D e
3D.
6) NOME: Mathematica
LICENÇA: Pago
IDIOMA: Inglês
FUNCIONALIDADE: Além de fazer gráficos de funções, calcula limites, derivadas e integrais.
O site permite fazer um teste gratuito e disponibiliza a possibilidade de utilizá-lo on-line.
7) NOME: MS-Excel
LICENÇA: Pago
IDIOMA: Português
FUNCIONALIDADE: É uma planilha eletrônica que faz construção de gráficos utilizando
tabelas.
OBJETOS DE APRENDIZAGEM
Veja uma mostra de objetos de aprendizagem sobre funções disponı́veis no repositório supracitado
e na sequência um rol de 13 objetos de aprendizagem de outros repositórios:
1)
1)SOBRE
SOBRE FUNÇÕES:
FUNÇÕES:
4)
4)SOBRE
SOBRE FUNÇÕES EXPONENCIAIS
FUNÇÕES EXPONENCIAIS E APLICAÇÕES:
E APLICAÇÕES:
156 UNIDADE V
Outros repositórios:
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OBJETIVO: verificar o comportamento dos coeficientes das funções matemáticas por meio da relação
de velocidade.
Disponı́vel em: <http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/gpFuncional/>. Acesso em: 11/07/2014.
DESENVOLVEDOR: Unicamp
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
decrescente.
Disponı́vel em: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1088>. Acesso em: 11/07/2014
158 UNIDADE V
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JOGOS
Segundo os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)(1998) um dos objetivos dos jogos no ensino
de matemática é apresentar, de forma interessante e atrativa, a resolução de problemas relativos ao
conteúdo tratado. Por meio desse recurso os alunos se interessam, aprendem e constroem conceitos
através de experiências e manuseio de materiais. Com os conceitos uma vez formados, os alunos
não precisarão mais manipular os materiais para identificar soluções.
Os jogos podem, ainda, ser utilizados para introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno
para um aprofundamento do conteúdo em questão. Eles devem ser escolhidos e preparados com
cuidado para levar o aluno a adquirir conceitos matemáticos de forma correta. Segundo Groenwald
(2001), os jogos devem ser utilizados não como instrumentos recreativos, mas como facilitadores,
colaborando para trabalhar bloqueios que os alunos apresentam em relação a determinados assuntos.
Segundo Tahan (2009, p.28) “para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam,
de certa forma, dirigidos pelos educadores”, dessa forma a função do professor não é ensinar a
jogar, deve-se acompanhar a maneira como os alunos jogam, interferindo para colocar questões
interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para a partir disso, auxiliá-los a construir
regras e estratégias. Enfim, a utilização de jogos no ensino da matemática só é válida quando este
está relacionado com o conteúdo em questão. Ao aluno deve ser dado o direito de aprender. Não
um “aprender” mecânico, repetitivo, de fazer sem saber o que faz e por que faz. Muito menos um
“aprender” que se esvazia em brincadeiras, mas um aprender significativo do qual o aluno participe
raciocinando, compreendendo e aplicando o conhecimento.
Para o ensino de funções, elencamos quatro jogos que você pode vir a usar na sua carreira. Contudo,
há muito mais em livros e páginas eletrônicas.
Para o ensino de funções, elencamos quatro jogos que você pode vir a usar na sua carreira. Contudo,
há muito mais em livros e páginas eletrônicas.
jogador pega uma carta do “monte”e verifica se esta serve para seu jogo. Em caso afirmativo, troca
por uma carta que está em sua mão; caso contrário, joga-a fora e o próximo jogador faz sua jogada.
O ganhador do jogo é aquele que primeiro formar os 3 trios.
EXEMPLO DE CARTAS:
a = 0 , b = 0
Função f (x) = ax Que sorte a sua!!
Exponencial a>1 Sou o coringa e
crescente posso ajudá-lo a
ganhar o jogo.
FONTE: das autoras
2) NOME: Baralho das funções
OBJETIVOS: Reconhecer numa função do 2◦ grau os seus coeficientes; Calcular as raı́zes de uma
função do 2◦ grau; Determinar as coordenadas do vértice de uma função; Interpretar a concavidade
da parábola resultante da função proposta; Determinar a imagem de uma função do 2◦ grau.
PRÉ-REQUISITOS: Função do 2◦ grau - Gráfico
MATERIAIS: As fichas podem ser confeccionadas em cartolina ou papel cartaz, 1 ficha com uma
função do 2◦ grau para casa jogador, 5 fichas correspondentes a cada uma das funções.
REGRAS: 4 a 5 jogadores. Cada jogador pega uma das fichas com funções. As fichas correspon-
dentes a cada função são embaralhadas e entregues 5 para cada um dos jogadores. Os jogadores
ficarão com as cartas na mão e colocarão na mesa aquelas corresponderem a sua função. As que
160 UNIDADE V
por uma carta que está em sua mão; caso contrário, joga-a fora e o próximo jogador faz sua jogada.
O ganhador do jogo é aquele que primeiro formar os 3 trios.
EXEMPLO DE CARTAS:
a = 0 , b = 0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exponencial a>1 Sou o coringa e
crescente posso ajudá-lo a
ganhar o jogo.
3) NOME: Logaritmonencial
OBJETIVO: revisar conteúdos referentes a logaritmos e exponenciais, resolvendo os cálculos
mentalmente.
MATERIAL: 24 quadrados divididos em 4 partes iguais, cada parte contendo operações ou
resultados de logaritmos e exponenciais.
REGRAS: 2 a 4 jogadores. Distribuir as peças igualmente entre os participantes. Sortear o primeiro
a jogar, que deve colocar a peça na mesa e anotar numa tabela de pontos o maior resultado contido
nesta peça. O próximo deve colocar uma peça encostada naquela que está sobre a mesa, fazendo
corresponder cálculo e resultado e marcando na tabela o resultado do cálculo que completou. Caso
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o jogador não tenha uma peça para colocar, passa a vez e perde o número de pontos que o próximo
jogador fará, desde que ainda tenha cartas. No final do jogo, não tendo mais como colocar peças, o
jogador perde o número de pontos do maior resultado possı́vel de cada uma destas peças. Ganha o
jogo quem tem o maior número de pontos.
FONTE: Marli Teresinha QUARTIERI, Márcia REHFELDT e Ieda Maria GIONGO. Jogos para o
Ensino Médio. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, VIII, 2004, Recife. Anais...Recife,
ENEM, 2014.
FONTE: Marli Teresinha QUARTIERI, Márcia REHFELDT e Ieda Maria GIONGO. Jogos para o
Ensino Médio. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, VIII, 2004, Recife. Anais...Recife,
ENEM, 2014.
162 UNIDADE V
PLATAFORMAS ONLINE
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CALCULADORA BÁSICA ON-LINE: Permite fazer desde contas simples do cotidiano até
expressões matemáticas utilizando qualquer função disponı́vel. Possui os modos convencional e
assistido, além de várias opções para álgebra, cálculo, equações e outros.
Disponı́vel em: <http://www.calculadoraonline.com.br/basica>. Acesso em: 14/07/2014.
WOLFRAM ALPHA: serviço on-line que responde às perguntas diretamente mediante o proces-
samento da resposta extraı́da de uma base de dados estruturados. É um mecanismo computacional,
em funcionamento desde 15 de maio que 2009. As respostas fornecidas são precisas e definidas pela
capacidade de tal mecanismo em compreender as perguntas que, até o momento, só podem ser feitas
em inglês. Também, é possı́vel consultar as referências utilizadas para a obtenção dos resultados.
Aproveite este recurso para graficar as funções apresentadas neste livro.
Disponı́vel em: <http://www.wolframalpha.com/examples/MathematicalFunctions.html>. Acesso
em: 14/07/2014.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo de funções amplamente apresentado neste livro ao ser ensinado por você para seus
estudantes deve ser ensinado atrelado à ideia de relação entre variáveis e, sempre que possı́vel,
relacionado a diferentes contextos e/ou a diferentes áreas do conhecimento. Neste sentido, ao
organizar suas aulas, é importante que considere três questões fundamentais para dirigir seu trabalho:
1) o que se pretende que os alunos aprendam? 2) por que se deseja que eles aprendam os tópicos
escolhidos? 3) como essa aprendizagem pode ser facilitada?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ao inserir os recursos tecnológicos sugeridos nesta unidade as três perguntas devem ser refeitas, pois
os recursos não podem ser algo mais sem objetivo de aprendizagem. No inı́cio da carreira é um
grande desafio, depois ele fica um pouco menor, mas é sempre um maravilhoso desafio!
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1. Elabore uma sugestão de aulas sobre funções em que um dos recursos apresentados nesta unidade
possa ser utilizado. Seja criativo!
164 - 165
164 - 165
CONCLUSÃO
Nestas últimas páginas temos a sensação que poderíamos ter escrito muito mais,
sugerido muito mais. Contudo, o livro precisa de fim e, temos que considerar o
tempo na matriz curricular da disciplina, a questão que perfaz 100 horas aula.
Assim, relembrar tópicos estudados no seu Ensino Médio que, posteriormente, você
ministrar aulas sobre aos seus alunos e, além disso, o estudo de funções embasará a
disciplina de Cálculo Diferencial e Integral, cujo fundamento consiste na análise de
funções sob outra perspectiva.
Acreditamos que o disposto está a contento da carga horária e da preocupação
em propor um material que atendesse a duas vertentes: revisar conteúdo e formar
professor. O exercício de escrever um material ora de ensino ora de formação foi um
desafio, pois, por vezes nos `perdemos’ no direcionamento a ser dado. Retomamos
especialmente nos pontos que julgamos essenciais para um(uma) professor(a) de
matemática.
Deixamos como reflexão algumas palavras dos Parâmetros Curriculares Nacionais
do Ensino Médio, (PCNEM, 1999, p. 42) acerca do ensino de funções para você
considerar ao ensinar o assunto aos seus estudantes:
o conceito de função desempenha [...] papel importante para descrever
e estudar através da leitura, interpretação e construção de gráficos, o
comportamento de certos fenômenos tanto do cotidiano, como de outras
áreas do conhecimento, como a Física, Geografia ou Economia. Cabe,
portanto, ao ensino de Matemática garantir que o aluno adquira certa
flexibilidade para lidar com o conceito de função em situações diversas
e, nesse sentido, atravás de uma variedade de situações problema de
Matemática e de outras áreas, o aluno pode ser incentivado a buscar a
solução, ajustando seus conhecimentos sobre funções para construir um
modelo para interpretação e investigação em Matematica.
UNIDADE I
1) Letra D
2) a) f (1) = −2
b) f (0)√= 1
5 ± 17
c)
4
d) 4a + 2h − 5
c) D(f ) = R
d) D(f ) = {x ∈ R | x ≥ 2}
4) Letra B
5) V-V-V-V-F-F
UNIDADE II
1) Representação gráfica.
2) a) 8
b) Representação gráfica.
3) y = -10x + 24
4) y = 7x + 13
5) a) y = 0, 50x + 5
b) R$ 1300,00
c) Representação gráfica.
6) a) x = 7
b) y = 38
11) Letra b.
1 13
12) a) V = − , −
4 4
b) (0, −3)
c) Representação gráfica.
13)
UNIDADE III
1) a) Falso
b) Verdadeiro
c) Falso
d) Falso
e) Verdadeiro
f) Verdadeiro
2) Alternativas:
a) -8 b)1 c) 500 d) 1
3 1 1
e) 0 f) g) h)
4 5 8
1
i) 81 j) ou 0, 125 k) 15 l) 1
8
9 64
m) 0 n) 2 o) p)
4 125
3) Gráficos
4) a) x = 2
5
b) x = 4
c) x = −4
11
d)
4
e) x = −5
f) Não existe solução.
5) Letra C
6) a) S = {x ∈ R | x < 4}
b)S = {x ∈ R | }
c)S = {x ∈ R | x < 1 ou x > 2}
d)S = {x ∈ R | x < −2 ou x > −1}
7) Letra D.
9) Domf : Como log é a inversa da exponencial, seu domı́nio equivale a imagem. Assim Domf =
R_∗
Imf : Como para todo y em R existe x ∈ R−∗ tal que y = log(7x) ou seja, 10(7x) = y, portanto,
Imf = R.
11) Letra A
12) Letra D
UNIDADE IV
1) Letra C
2π
2) a) O perı́odo desta função é
7
b) O perı́odo desta função é π. Representar graficamente.
2π
c) O perı́odo desta função é . Representar o gráfico.
π 5
d) O perı́odo da função é . Representar graficamente.
2
2π
3) a) Perı́odo = , D(f ) = R; Im(f ) = [−1, 1]
3
b) Perı́odo π; D(f ) = R; Im(f ) = [−1, 1]
c) Perı́odo π ; D(f ) = R; Im(f ) = [−3, 3]�
2π
d) Perı́odo ; D(f ) = R;Im(f ) = [−11, −1]
3
π 3π 5π 7π
4) , , ,
4 4 4 4
5) Letra C
6) Gráfico
7) Demonstração
8) Letra E
9) Gráfico
10) Gráfico.�
REFERÊNCIAS