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PRÉ-CÁLCULO

Professora Me. Emília Melo Vieira


Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani

GRADUAÇÃO

Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
Ivnna Gurniski
Design Educacional
Camila Zaguini Silva, Jaime de Marchi Junior, Larissa
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Finco, Maria Fernanda Canova Vasconcelos, Nádila de
Distância; VIEIRA, Emília Melo; Rejani, Fernanda Campanha. Almeida Toledo, Rossana Costa Giani

Pré-Cálculo. Emília Melo Vieira; Fernanda Campanha Rejani. Projeto Gráfico
Reimpressão Jaime de Marchi Junior
Maringá - PR, 2017. José Jhonny Coelho
170 p. Iconografia
“Graduação em Matemática - EaD”.
Amanda Peçanha dos Santos
1. Pré-Cálculo 2. Matemática . 3. Funções 4. EaD. I. Título. Ana Carolina Martins Prado
Arte Capa
CDD - 22 ed. 515
André Morais de Freitas
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Editoração
Daniel Fuverki Hey
Revisão Textual
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário
Ana Paula da Silva, Flaviana Bersan Santos, Jaquelina
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Kutsunugi, Keren Pardini, Maria Fernanda Canova
Vasconcelos, Nayara Valenciano e Viviane Favaro
Notari
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um
grande desafio para todos os cidadãos. A busca
por tecnologia, informação, conhecimento de
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar –
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a
educação de qualidade nas diferentes áreas do
conhecimento, formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento de uma
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais
e sociais; a realização de uma prática acadêmica
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização
do conhecimento acadêmico com a articulação e
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela
qualidade e compromisso do corpo docente;
aquisição de competências institucionais para
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade
da oferta dos ensinos presencial e a distância;
bem-estar e satisfação da comunidade interna;
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de
cooperação e parceria com o mundo do trabalho,
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
Diretoria de
mente, transformamos também a sociedade na qual
Planejamento de Ensino
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capa-
zes de alcançar um nível de desenvolvimento compa-
tível com os desafios que surgem no mundo contem-
porâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Diretoria Operacional
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
de Ensino
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialó-
gica e encontram-se integrados à proposta pedagó-
gica, contribuindo no processo educacional, comple-
mentando sua formação profissional, desenvolvendo
competências e habilidades, e aplicando conceitos
teóricos em situação de realidade, de maneira a inse-
ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais
têm como principal objetivo “provocar uma aproxi-
mação entre você e o conteúdo”, desta forma possi-
bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos
conhecimentos necessários para a sua formação pes-
soal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cres-
cimento e construção do conhecimento deve ser
apenas geográfica. Utilize os diversos recursos peda-
gógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possi-
bilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente
Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e en-
quetes, assista às aulas ao vivo e participe das discus-
sões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de
professores e tutores que se encontra disponível para
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
AUTORES

Professora Mestre Emília Melo Vieira


Emília Melo Vieira é licenciada em matemática pela Universidade Regional
de Blumenau (FURB) e mestre em Educação Científica e Tecnológica pela
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Passou a atuar como professora
na Educação Básica em 2004 e desde 2008 atua na Educação Superior. Tem
experiência na coordenação de cursos a distância (pós-graduação, graduação
e extensão). Seus interesses de pesquisa, atualmente, se pautam na formação
de professores de matemática na modalidade a distância.

Professora Especialista Fernanda Campanha Rejani


Fernanda Campanha Rejani é graduada em Matemática pela Universidade
Estadual de Maringá (2004) e especialista em Educação Matemática pela
Universidade Estadual de Londrina (2008). Desde 2007 atua com ensino de
matemática na Educação Básica e Ensino Superior.
APRESENTAÇÃO

PRÉ-CÁLCULO

SEJA BEM-VINDO(A)!
Sejam muito bem-vindos aos estudos da disciplina de Pré-Cálculo. Este material foi cui-
dadosamente organizado para aprimorar seus conhecimentos básicos sobre funções
já vistos durante sua vida de estudante da Educação Básica. Você se lembra das repre-
sentações gráficas? Elas voltarão a fazer parte dos seus estudos nesta e nas próximas
disciplinas do curso de Licenciatura em Matemática.
A abordagem deste material tem por foco sua formação de professor de matemática
que necessita de alinhamento da linguagem algábrica, do raciocínio lógico que consti-
tui base matemática essencial para uma atuação eficaz como professor.
As relações funcionais ocorrem em todas as atividades que nos rodeiam. São várias as
situações em que podemos perceber que determinadas quantidades dependem de ou-
tras. Para citar um exemplo, vamos recorrer à clássica composição do valor a ser pago
por uma corrida de táxi. A lei de formação (função) do preço utilizada pelo taxista pode
ser escrita na linguagem matemática como: P(x) = 4 + 0,80x. Nesta expressão matemá-
tica que representa uma função matemática se tem um valor fixo que é adicionado ao
valor percorrido em que se paga R$ 0,80 a cada quilômetro rodado. Portanto, o valor a
ser pago depende, está em função da distância percorrida. Eis uma função matemática!
O assunto desta disciplina foi organizado em cinco unidades sendo que na primeira
trataremos dos conceitos de relações e funções, domínio, contradomínio e imagem e
na sequência as funções elementares: par e ímpar, crescente e decrescente, injetora, so-
brejetora e bijetora, diretas e inversas e finalizando com as funções compostas. Em cada
abordagem exemplos resolvidos para você compreender melhor o assunto.
Na unidade II, as funções apresentadas são: constante, linear, afim, quadrática, modu-
lar e as funções polinomiais. Estes tipos de funções são as mais fáceis de identicar em
situações cotidianas como preço a pagar por determinado produto ou serviço, valores
de impostos, medidas diversas como a área de um território, velocidade média de au-
tomóveis e/ou aviões, índice de massa corpórea que relaciona a massa e a altura de um
indivíduo, entre outras. As funções exponencial e logarítmica são apresentadas, na uni-
dade III, com suas devidas aplicações em taxas de juros e crescimento populacional. As
importantes funções trigonométricas (seno, cosseno, tangente, cotangente, secante e
cossecante e as funções trigonométricas inversas) serão estudadas na unidade IV. Estas
funções embora tenham uma tratativa mais teórica neste livro são as mais presentes nos
fenômenos que nos cercam. Na sequência dos estudos deste curso o profundo conheci-
mento delas e imprescindível para assuntos estudados no Cálculo Diferencial e Integral,
por exemplo. A unidade V tem uma abordagem especialmente para sua atuação de pro-
fessor de matemática.
Constamos, nesta, um rol de recursos didáticos que você poderá utilizar neste momento
como estudante de matemática e em breve como professor. Tratam-se de objetos de
aprendizagem, vídeos, jogos e propostas didáticas para significar o tema de funções.
APRESENTAÇÃO

Dessa forma, passe por esse período de estudos com muita dedicação para obter
um átimo desempenho, pois você que hoje é estudante de matemática, mas está
trilhando um caminho de modo a se comprometer com a melhoria do ensino de
matemática dos jovens brasileiros.
Bons estudos.
8-9

SUMÁRIO

UNIDADE I

RELAÇÕES E FUNÇÕES

15 Introdução

15 Produto Cartesiano 

18 Relação

20 Função

25 Elementos de uma Função: Domínio, Contradomínio e Imagem

28 Função Par e Ímpar

30 Função Crescente e Decrescente

32 Função Injetora, Sobrejetora e Bijetora

37 Funções Compostas e Inversas

UNIDADE II

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR,


POLINOMIAL

47 Introdução

48 Função Constante

50 Função Linear

53 Função Afim

59 Função Quadrática

64 Função Modular

71 Função Polinomial
SUMÁRIO

UNIDADE III

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA

81 Introdução

82 Função Exponencial

89 Equação Exponencial

91 Inequação Exponencial

95 Função Logarítmica

98 Inequação Logarítmica

102 Aplicações de Funcões Exponenciais e Logarítmicas

UNIDADE IV

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

113 Introdução

114 Função Seno

120 Função Cosseno

126 Função Tangente

132 Funções Cotangente

136 Função Secante e Cossecante

138 Funções Trigonométricas Inversas


10 - 11

SUMÁRIO

UNIDADE V

RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES

148 Introdução

150 Propostas Didáticas

153 Softwares

155 Objetos De Aprendizagem

158 Jogos

162 Plataformas Online

165 Conclusão
166 Gabarito
170 Referências
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani

I
UNIDADE
RELAÇÕES E FUNÇÕES

Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer e definir função.
■■ Utilizar a linguagem das funções com domínio da sua simbologia.
■■ Reconhecer relações entre variáveis de uma função.
■■ Analisar e determinar o domínio, o contradomínio e a imagem de
uma função.
■■ Construir, ler e interpretar gráficos de funções.
■■ Reconhecer a paridade de uma função.
■■ Analisar gráficos de funções crescentes e decrescentes.
■■ Reconhecer função e injetora, sobrejetora, e bijetora.
■■ Reconhecer as caractersticas de funções composta e inversa.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Produto Cartesiano
■■ Relação
■■ Função
■■ Domínio, Contradomínio e Imagem
■■ Função Par e Ímpar
■■ Função Crescente e Decrescente
■■ Função Injetora, Sobrejetora e Bijetora
■■ Funções Compostas e Inversas
15

INTRODUÇÃO

Os assuntos apresentados nesta unidade estão organizados de uma forma gradativa em nı́vel de complexi-
dade para melhor apreensão por você. A primeira preocupação foi tratar de relação matemática, conceito
que fundamenta as funções, a partir de uma correspondência entre elementos estabelecida por uma lei de
associação para posteriormente apresentar o conceito de função matemática.

Os assuntos de domı́nio, contradomı́nio e imagem são apresentados aliados a exemplos para que você
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

compreenda como se determina o domı́nio de uma função. Acreditamos que as dificuldades apresentadas
por estudantes na aprendizagem de funções muito se pauta na falta de clareza dos assuntos supracitados.
Neste sentido, recomendamos profundo estudo refazendo os exemplos apresentados bem como as atividades
de autoestudo. A caracterização de função par, ı́mpar, sobrejetora, crescente, decrescente, injetora ou
bijetora, inversa, composta e inversa também fazem parte desta unidade de estudo.

A apropriação da linguagem das funções infere no seu entendimento de aplicações matemáticas nas mais
diversas áreas do conhecimento. Logo, dedique-se com afinco aos estudos da sua carreira de professor que
deve ser assumida com o máximo de responsabilidade.

PRODUTO CARTESIANO

Dados dois conjuntos não vazios A e B, o produto cartesiano de A por B é o conjunto A×B cujos elementos
são todos pares ordenados (x, y) em que o primeiro elemento pertence a A e o segundo elemento pertence
a B, ou seja,

A × B = {(x, y)| x ∈ A e y ∈ B}

Sobre o produto cartesiano de dois conjuntos podemos afirmar:

1) O produto cartesiano não possui a propriedade comutativa, isto é, se A �= B, então A × B �= B × A.

2) Se A e B são conjuntos finitos com m e n elementos respectivamente, então AxB é um conjunto


finito com m · n elementos.

3) Se A ou B for o conjunto vazio, definimos o produto cartesiano de A por B como sendo o conjunto
vazio.


16 UNIDADE I

Exemplo 1: Dados os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {4, 6}, podemos escrever o produto cartesiano de A
por B como:

A × B = {(1, 4), (1, 6), (2, 4), (2, 6), (3, 4), (3, 6)}

Este exemplo ilustra duas das afirmações anteriores sobre produto cartesiano:

1) A propriedade comutativa não é válida, pois AxB �= BxA.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2) Os conjuntos A × B e B × A possuem 6 elementos pois, A possui 3 elementos e B possui 2 elementos
(m = 3 e n = 2, logo m · n = 6).

Com estes mesmo conjuntos, ainda, podemos escrever os produtos cartesianos:

A × A = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (3, 1), (3, 2), (3, 3)}
B × B = {(4, 4), (4, 6), (6, 4), (6, 6)}

Exemplo 2: Se o produto cartesiano de dois conjuntos é dado por D×F = {(−2, −1), (−2, 1), (0, −1), (0, 1)},
descreva os conjuntos D e F e determine o conjunto F × D.
Para resolver este exemplo, vamos analisar o par ordenado (−2, −1). Perceba que −2 é a primeira
componente do par ordenado e -1 é a segunda componente. Isto permite identificar as coordenadas do
par ordenado de forma que:

D × F = {(x, y)| x ∈ D e y ∈ F }

Assim: D = {−2, 0} e F = {−1, 1}


E o produto de F por D é: F × D = {(−1, −2), (−1, 0), (1, −2)(1, 0)}





RELAÇÕES E FUNÇÕES
17

O produto cartesiano tem origem no sistema cartesiano ortogonal. Neste sistema, formalizado em
1637 por René Descartes (alusão ao termo cartesiano) consiste em dois eixos perpendiculares entre si
e que se cruzam no ponto O chamado de origem do sistema. Os eixos perpendiculares determinam
quatro quadrantes (I, II, III e IV) e cada ponto em um destes quadrantes é determinado por um par
ordenado (x, y) sendo x chamado de abscissa e y de ordenada.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.






18 UNIDADE I

RELAÇÃO

Dados dois conjuntos não vazios A e B, chama-se relação R de A em B todo subconjunto do produto
cartesiano A × B. Portanto, como o conjunto R está contido em A × B, ele é formado por pares ordenados
(x, y), nos quais o elemento x de A é “associado” ao elemento y de B mediante uma chamada lei de
associação.

Além de notação de conjunto, podemos representar uma relação em um sistema cartesiano ortogonal

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(plano cartesiano) ou em um diagrama de flechas.

Exemplo 3:: Dados os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {4, 6}, cujo produto cartesiano é dado por:
A × B = {(1, 4), (1, 6), (2, 4), (2, 6), (3, 4), (3, 6)}.

Vamos considerar a relação R = {(x, y) ∈ AxB | x é impar}. Então, a relação é formada pelos pares de
A × B que possuem x ı́mpar, ou seja, R = {(1, 4), (1, 6), (3, 4), (3, 6)}.

No plano cartesiano No diagrama de flechas





RELAÇÕES E FUNÇÕES
19

Exemplo 4: Sejam dados os conjuntos C = {−1, 0, 1} e D = {1, 2, 3} e a relação:


R = {(x, y) ∈ C × D | y = x + 1} que determina R = {(0, 1), (1, 2)}

Observe que quando x = −1, temos que y = 0, e, como 0 não é elemento do conjunto D, o par ordenado
(−1, 0) não pertence a relação R.

No plano cartesiano No diagrama de flechas


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplo 5: Dada a relação R = {(x, y) ∈ M × N | e y = 2x} em que M = {0, 1, 2} e N = {0, 2, 3, 4},


podemos escrever R = {(0, 0), (1, 2), (2, 4)}.

No plano cartesiano No diagrama de flechas


20 UNIDADE I

FUNÇÃO

O que é uma função? No dicionário de verbetes, uma das definições para matemática é a relação entre uma
“grandeza [...] a outra(s), de tal modo que a cada valor atribuı́do a esta(s), corresponde um valor daquela”.
Então, uma função descreve como uma grandeza se altera em dependência da variação da outra. Para a
construção do conceito de função, é fundamental clarificar a você a diferença entre variável e incógnita e a
relação de dependência entre duas grandezas. Para diferenciar variável de incógnita, analise as seguintes
situações:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) multiplicação do número 1 por outros números:

1·0=0
1·5=5
1 · 23 = 23
1 · (−8) = −8
2 2
1· 3 = 3

1 · 146 = 146

O produto do número 1 por um outro número qualquer resulta nesse outro número. Podemos representar
este fato algebricamente e usamos a letra x (por ser mais usual) para indicar um número qualquer e
escrevemos:

1·x=x

O resultado sempre depende do valor pelo qual se multiplica o 1.

b) multiplicação de qualquer numero por 0:

0·5=0
0 · 23 = 0
0 · (−8) = 0
2
0· =0
3
0 · 146 = 0
A expressão matemática que representa esta situação pode ser escrita como:

0·x=0

RELAÇÕES E FUNÇÕES
21

Nesse caso, o resultado da multiplicação não depende do valor pelo qual multiplicamos por zero, pois o
resultado sempre será zero. Tanto no caso da expressão da multiplicação por 1, como no da multiplicação
por 0, a letra x está representando um número qualquer, não especificado e, nesse caso, ela é denominada
variável.

Outras situações em matemática se utiliza de letras para representar um número determinado, mas que
é desconhecido. É o caso das equações, por exemplo: pensei em um número, multipliquei-o por dois e
subtrai 5 unidades do resultado, obtendo o número 25. Em que número pensei? Neste caso, usamos uma letra
(em geral x) para representar o número pensado e a expressão 2x-5 = 25, traduz o problema acima. Neste
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

caso, a letra x está representando um número especı́fico, mas que é desconhecido. Assim, elaé
denominada incógnita.

A relação de dependência entre grandezas variáveis (ou seja que variam) é o que da,
´ à função, o caráter
dinâmico. É a noção de dependência entre grandezas variáveis que permite representar, mesmo que apenas
graficamente o movimento de algum objeto.

Com este entendimento podemos definir função com o rigor matemático que nosso estudo exige. Vamos
lá!

Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma relação f de A em B é uma função se, e somente
se, para todo x ∈ A existe um único y ∈ B tal que (x, y) ∈ f .

Dada esta condição podemos afirmar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma
função. Podemos afirmar ainda que se toda função é uma relação de A em B, então toda função é um
conjunto de pares ordenados determinado por uma sentença y = f (x) que expressa a lei mediante a
qual, dado x ∈ A, determina-se y ∈ B tal que (x, y) ∈ C. Dessa forma definimos a notação de função:
C = {(x, y)|x ∈ A, y ∈ B e y = f (x)}. Esta expressão é a linguagem matemática do que foi escrito no

parágrafo anterior e significa que dados os conjuntos A e B, a função f tem a lei de associação y = f (x)
cuja solução constitui o conjunto C.

Em nosso estudo, indicaremos função f , definida em A com imagens em B, segundo a lei de associação
y = f (x), usaremos a notação:

f : A → B (lê-se : f de A em B)
x → f (x) (interpretação: para cada x há um valor f (x) associado)
f (x) também pode ser representado por y


22 UNIDADE I

Assim, a representação gráfica de uma função y = f (x) é o conjunto dos pares ordenados (x, f (x)) ou
(x, y), e para cada valor de x existe um único correspondente y.

Exemplo 6: A relação R = {(x, y) ∈ M × N | y = 2x} em que M = 0, 1, 2 e N = 0, 2, 3, 4, descrita por


R = {(0, 0), (1, 2), (2, 4)}, exposta no exemplo 5, é uma função, pois cada x ∈ M está associado a um
único y ∈ N através da lei de associação y = f (x) = 2x.

Observe o diagrama de flechas d relação → que todo

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
elemento de M envia uma única flecha para o conjunto N .

Exemplo 7: A relação R = {(x, y) ∈ C × D | y = x + 1}, com C = −1, 0, 1 e D = 1, 2, 3 , dada por:


R = {(0, 1), (1, 2)} não é uma função pois existe um valor de x ∈ C, x = −1, que não está associado a
qualquer elemento de D.

Exemplo 8: Dada a relação R = {(x, y) ∈ AxB∀x < y} e os conjuntos A = {1, 2, 4} e B = {2, 3},
obtemos o seguinte diagrama:

Observe que a relação não é uma função, pois os


elementos do conjunto de chegada (B) não atendem à
condição de ser menor que os elementos do conjunto de
partida (A).

Agora que você já compreendeu a definição de função nos três exemplos anteriores em que tı́nhamos
conjuntos finitos, vamos ampliar esta compreensão para conjuntos infinitos em especial para os conjuntos
numéricos.

RELAÇÕES E FUNÇÕES
23

Exemplo 9: Dada a função f : R → R, dada por f (x) = x2 + x − 1, podemos escolher alguns valores de
x para representá-la:

f (0) = 02 + 0 − 1 = −1
f (1) = 12 + 1 − 1 = 1
f (2) = 22 + 2 − 1 = 5
f (−1) = (−1)2 + (−1) − 1 = −1

Assim, alguns pares ordenados que pertencem à função são: (0, −1), (1, 1), (2, 5) e (−1, −1). Veja o gráfico
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

e a representação por diagrama de flechas:

No plano cartesiano No diagrama de flechas






24 UNIDADE I

TESTE DA RETA VERTICAL

Podemos identificar no gráfico se uma curva é ou não uma função utilizando o Teste da Reta Vertical que
consistem em: o gráfico no plano xy descreve uma função de x se a reta vertical cortar a curva somente
uma vez.

Exemplos 10

A função f (x) = x3 é uma função A curva x2 + y 2 = 1 da circunferência não é


uma função.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A função f (x) = senx é uma função A função f (x)2 = x não é uma função

RELAÇÕES E FUNÇÕES
25

ELEMENTOS DE UMA FUNÇÃO: DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO


E IMAGEM

Para sequenciar nossos estudos em matemática, vamos retomar brevemente as expressões domı́nio,
contradomı́nio e imagem na pretensão de revisar e preencher qualquer lacuna do assunto que não pode
permanecer para um futuro professor de matemática.

Dados dois conjuntos A e B não vazios:


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

O domı́nio de uma função é o conjunto formado pelos elementos x de A, também chamado de conjunto
de partida, ou seja, valores que a variável independente assume. É representado por D(f ).

O contradomı́nio de uma função é o conjunto formado por todos os valores y de B, também chamado
de conjunto de chegada. São todos os valores que a variável dependente pode assumir. É representado
por CD(f ).

A imagem de uma função é o subconjunto do contradomı́nio formado pelos elementos y de B que estão
associados a algum x de A. Ou seja, são os valores que a variável dependente assume. É representada
por Im(f ).

Veja a representação no diagrama de flechas destes importantes elementos de uma função:






26 UNIDADE I

Exemplo 11: A função f : A → B, com M = {0, 1, 2} e N = {−2, −1, 0, 1, 2}, dada por y = f (x) = x−2,
possui o conjunto A como domı́nio, o conjunto B como contradomı́nio e conjunto {−2, −1, 0} como
imagem. Assim, podemos escrever os conjuntos:

D(f ) = A
CD(f ) = B
Im(f ) = {−2, −1, 0}

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 12: A função f : R → R, dada por f (x) = x2 + x − 1, já apresentada no exemplo 9, possui.
D(f ) = R
CD(f ) = R
Im(f ) = R

Perceba que, neste exemplo, qualquer número real aplicado na função terá como resultado um número
real. Por esta razão D(f ) = CD(f ) = Im(f ).

CONDIÇÕES PARA DETERMINAR O DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO

Neste ponto do nosso estudo, o conjunto domı́nio será constituı́do pelo conjunto dos números reais. Porém,
há situações em que a determinação do domı́nio necessita de restrição a partir de intervalos (abertos ou
fechados) como: a função fracionária, em que o denominador tem que ser diferente de zero e, nas funções
que envolvem raiz de ı́ndice par em que seu radicando não pode ser um número negativo pois, não há
número real que satisfaça esta condição.

Exemplo 13: Função fracionária


2−x
Seja a função f (x) = . Como a função é fracionária, devemos ter:
5+x
5 + x �= 0
x �= −5

Logo, o domı́nio da função pode ser escrito:

D(f ) = {x ∈ R | x �= −5}

quer dizer, x pode assumir qualquer valor real, exceto −5.

RELAÇÕES E FUNÇÕES
27

Exemplo 14: Função com raiz de ı́ndice par



Seja a função f (x) = (3x + 1). Temos uma função que envolve raiz quadrada. Assim, temos:

3x + 1 ≥ 0
1
3x ≥ −1 ⇒ x ≥ −
3
 
1
Logo, o domı́nio da função será: D(f ) = x∈R|x≥− , isto é, x pode assumir qualquer valor real
3
1
maior que − .
3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplo 15: Função fracionária com denominador de raiz de ı́ndice par


2
Agora, dada a função f (x) =  , temos que a função é fracionária e seu denominador envolve
(4x − 12)
uma raiz quadrada. Assim, o radicando deve ser um número real positivo:

4x − 12 > 0
4x > 12, então x > 3
Logo, D(f ) = {x ∈ R | x > 3}.














28 UNIDADE I

FUNÇÃO PAR E ÍMPAR

Dizemos que uma função é PAR se, para todo x em seu domı́nio, satisfaz a relação:
f (x) = f (−x)
Para ser uma função ÍMPAR todo x do seu domı́nio satisfaz a relação:
f (−x) = −f (x)
Vamos compreender melhor estas definições, analisando os gráficos das funções f (x) = x2 e f (x) = x a
seguir:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Função Par f (x) = x2 Função Ímpar f (x) = x

x y x y
.. .. .. ..
. . . .
1 1 1 1
2 4 2 2
0 0 0 0
−1 1 −1 -1
−2 4 −2 -2
.. .. .. ..
. . . .

Observe que ∀ x ∈ R f (x) = f (−x).Veja a validade Observe que ∀ x ∈ R f (−x) = −f (x). Veja a
da igualdade: validade da igualdade:
f (1) = f (−1) → 1 = 1 f (−1) = −f (1) → −1 = −1
f (2) = f (−2) → 4 = 4
f (−2) = −f (2) → −2 = −2
f (−(−1)) = −f (−1) → 1 = 1
f (−(2)) = −f (−2) → 2 = 2

RELAÇÕES E FUNÇÕES
29

Você percebeu que em uma função par os elementos simétricos possuem a mesma imagem? Isso ocorre
porque os gráficos das funções pares são curvas simétricas em relação ao eixo y ou eixo das ordenadas.
Já no caso das funções ı́mpares, os gráficos cartesianos são simétricos em relação à origem do sistema de
eixos cartesianos que corresponde ao ponto (0, 0).

Chamamos de eixo de simetria, a reta que divide uma figura em duas partes simétricas. Trata-se de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

um importante conceito da Geometria presente em diversos objetos do nosso entorno. Veja, no link,
uma proposta para compreensão de simetrias com auxı́lio de espelho.

<http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/analise-simetrias-espelhos-677972.shtml?page=1>.

Agora, vamos verificar a veracidade das igualdades: f (x) = f (−x) e f (−x) = −f (x) partindo da função
dada:

Exemplo 16: A função f (x) = x4 − x2 − 3 é uma função par, pois:

f (−x) = (−x)4 − (−x)2 − 3


f (−x) = (−x)4 − (+x)2 − 3
f (−x) = x4 − x2 − 3

Exemplo 17: A função f (x) = 2x3 − x é uma função ı́mpar, pois:

f (−x) = 2(−x)3 − (−x)


f (−x) = −2x3 + x
−f (x) = −(2x3 − x) = −2x3 + x

Exemplo 18: A função f (x) = 3x2 + x não é par nem ı́mpar, pois:

f (−x) = 3(−x)2 + (−x) = 3x2 − x


−f (x) = −(3x2 + x) = −3x2 − x
Isto é, f (x) �= f (−x) e f (−x) �= −f (x).

A função do exemplo 18 é dita sem paridade.


30 UNIDADE I

FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENTE

Dois tipos de funções se fazem muito presente na vida cotidiana. É comum a apresentação de gráficos
em jornais sobre ı́ndices econômicos que oscilam entre altas e quedas. Outros exemplos de situações reais
são: crescimento populacional, ı́ndice pluviométrico (chuvas). Estas situações citadas podem descrever
funções crescentes ou decrescentes.

Matematicamente, o conceito de função crescente e decrescente para quaisquer valores x1 e x2 , em um

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dado intervalo é:

Crescente quando x1 < x2 , tivermos f (x1 ) < f (x2 ).


Decrescente quando x1 < x2 , tivermos f (x1 ) > f (x2 ).

Vamos exemplificar:
Função crescente f (x) = 2x + 1

É possı́vel, perceber que para todo x real, o valor do seguinte é maior que o do anterior. Assim, esta
função é dita crescente. A função f (x) = 2x + 1 é crescente em todo o seu domı́nio, isto é, para ∀ x ∈ R.

RELAÇÕES E FUNÇÕES
31

Função decrescente f (x) = 3 − x


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

É possı́vel perceber que, para todo x real, o valor do seguinte é menor que o do anterior. Assim, esta
função é dita decrescente. A função f (x) = 3−x é decrescente em todo o seu domı́nio, isto é, para ∀ x ∈ R.

Exemplo 19: Para a função f (x) = x2 que é simétrica podemos observar que é crescente somente para
valores positivos de x e é decrescente para valores negativos de x.


32 UNIDADE I

Para a função f (x) = (−x)2 em que intervalo a função é crescente e decrescente?

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RELAÇÕES E FUNÇÕES
33

FUNÇÃO INJETORA, SOBREJETORA E BIJETORA

FUNÇÃO INJETORA

Dizemos que uma função é injetora se, para quaisquer valores de x em seu domı́nio, quando x1 �= x2 ,
tivermos f (x1 ) �= f (x2 ), isto é, ela nunca assume o mesmo valor duas vezes.
Podemos verificar se uma função é injetora, utilizando o Teste da Reta Horizontal no seu gráfico em que
nenhuma reta horizontal interceptará o gráfico em mais de um ponto.

Exemplo 20: A função f : R → R, ∀x ∈ R definida por f (x) = x + 2 é injetora. Observe no teste da reta
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

horizontal que só um ponto da função é interceptado.

Exemplo 21: A função f : R → R, definida por f (x) = x2 + 1 não é injetora. Observe no teste da reta
horizontal que ela intercepta o gráfico da função em mais de um ponto.


34 UNIDADE I

Exemplo 22: Dado os conjuntos A = {−1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4}, a função f : A → B, dada por
f (x) = x2 − x não é injetora. Observe no diagrama que temos resultados iguais para o mesmo valor do
domı́nio.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A representação no diagrama de flechas mostra que temos imagens distintas para valores distintos do
domı́nio. Esta condição satisfaz a condição de função injetora, ou seja, para x1 �= x2 , temos f (x1 ) �= f (x2 ).

Uma situação para melhor compreensão da ideia de função injetora é estabelecer uma relação biunı́voca
entre a carteira que um aluno deve ocupar na sala de aula. Para cada aluno da sala haverá uma e somente
uma carteira a ser ocupada, pois um aluno não pode ocupar dois espaços ao mesmo tempo.

RELAÇÕES E FUNÇÕES
35

FUNÇÃO SOBREJETORA

Uma função é dita sobrejetora se, e somente se, para todo y pertencente ao contradomı́nio da função,
existe um elemento x correspondente pertencente ao seu domı́nio. Esta condição determina que para uma
função ser sobrejetora o seu conjunto imagem será igual ao seu contradomı́nio.

Exemplo 24: A função f : R → R, definida por f (x) = x + 2 é sobrejetora.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Atente que, para qualquer valor real, haverá um correspondente também real. Assim, o conjunto imagem
é igual ao contradomı́nio que corresponde ao conjunto dos números reais.

Exemplo 25: A função f : A → B, dada por f (x) = x2 − x, com A = {−1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4},
indicada no diagrama de flechas, não é sobrejetora.

Observe que ‘sobra’ elementos no conjunto de chegada (B), assim, o conjunto imagem não é igual ao
contradomı́nio.


36 UNIDADE I

Exemplo 26:: A função f : C → D, dada por f (x) = 2 − x, tendo como domı́nio o conjunto A = {0, 2, 4}
e como imagem B = {−2, 0, 2}, indicada no diagrama de flechas, é sobrejetora.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Observe que não ‘sobra’ elementos no conjunto de chegada (B), assim, o conjunto imagem é igual ao
contradomı́nio.

Vamos retomar a situação da relação biunı́voca entre a carteira que um aluno deve ocupar na sala de
aula. Em uma turma com 15 alunos, em um dia que todos se fazem presentes, cada um ocupará uma
carteira e não sobrarão lugares vazios. A quantidade de carteiras é contradomı́nio que quando todos os
alunos estiverem presentes (função) será igual ao conjunto imagem.

RELAÇÕES E FUNÇÕES
37

FUNÇÃO BIJETORA

Uma função f é bijetora se, e somente se, é sobrejetora e injetora ao mesmo tempo. Ou seja, a função f
é bijetora se, e somente se, para qualquer elemento y pertencente ao seu contradomı́nio, existe um único
elemento x pertencente ao seu domı́nio.

Portanto, as funções dos exemplos anteriores 24 e 26 sobrejetoras também são bijetoras.

FUNÇÕES COMPOSTAS E INVERSAS


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FUNÇÃO COMPOSTA

Dadas duas funções f e g, definimos a composição de f e g, indicada por fog (lê-se f “bola” g), como:

(f og)(x) = f (g(x))

Observações:

1) A composta de duas funções só é definida quando o contradomı́nio da primeira é igual ao domı́nio
da segunda.
2) Em geral, gof �= f og, isto é, a composição de funções não é comutativa.

Exemplo 27: Sejam as funções f (x) = x + 3 e g(x) = 2x para ∀ x ∈ R.


f og(x) = f (g(x))
f og(x) = f (2x)
f og(x) = 2x + 3


38 UNIDADE I

gof (x) = g(f (x))


gof (x) = g(x + 3)
gof (x) = 2(x + 3)
gof (x) = 2x + 6

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplo 28: Dadas as funções f (x) = (3x + 1e g(x) = x2 + x para ∀x ∈ R f og(x) = f (g(x))
f og(x) = f (x2 + x)

f og(x) = 3(x2 + x) − 1

f og(x) = 3x2 + 3x − 1

gof (x) = g(f (x))



gof (x) = g (3x − 1)
√ √
gof (x) = ( 3x − 1)2 + 3x − 1

gof (x) = 3x − 1 + 3x − 1

Nos esquemas apresentados nos exemplos, fica clara a observação que gof �= f og, isto é, a composição de
funções não é comutativa.

RELAÇÕES E FUNÇÕES
39

FUNÇÃO INVERSA

Seja f uma função injetora com domı́nio A e imagem B. Então, a sua função inversa representada por
f −1 tem domı́nio B e imagem A e é definida por:

f −1 (y) = x ⇔ f (x) = y, ∀ y ∈ B.

Para determinar a função inversa de uma função f injetora deve-se:


1) Escrever y = f (x).
2) Isolar x nessa equação, escrevendo-a em termos de y (se possı́vel).
3) Expressar f −1 como uma função de x, trocando x por y cuja resultando é a inversa y = f −1 (x).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplo 29: Dada a função f (x) = 8 − 5x, vamos determinar sua inversa:
1) Primeiro, escrevemos: y = 8 − 5x.

2) Depois, isolamos x nessa equação: 5x = 8 − y.


(8 − y)
x=
5
3) Por último, trocamos x por y:
(8 − x)
y=
5
Portanto, podemos escrever:
(8 − x)
f −1 (x) =
5

(3x + 2)
Exemplo 30: Seja a função f (x) = . Determine f −1 (x):
(x − 4)

(3x + 2)
f (x) =
(x − 4)
y(x − 4) = 3x + 2

yx − 4y = 3x + 2

yx − 3x = 4y + 2

x(y − 3) = 4y + 2
4y + 2
x =
y−3
4x + 2
y =
x−3
−1 4x + 2
f (x) =
x−3


40 UNIDADE I

Você concorda que uma função inversa é, necessariamente, bijetora?

Vamos analisar a função que representa o valor a ser pago (P ) pago pela gasolina em relação à
quantidade (q) abastecida.
P = 2, 60q̇

O domı́nio da função é determinado pela variável q que, na inversa q = P .

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Perceba que, nas funções inversas, o conjunto do contradomı́nio é igual ao conjunto imagem, já que
todo elemento do contradomı́nio é correspondente de algum elemento do domı́nio e cada elemento do
contradomı́nio é imagem de um único elemento do domı́nio. Portanto, para ter inversa se faz necessário
satisfazer as duas condições anteriores e essas funções são bijetoras.

Assim, terminamos nossa reflexão afirmando que somente funções bijetoras possuem inversa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final do estudo desta unidade, esperamos que você já seja capaz de reconhecer, desenvolver, construir
e analisar gráficos e tabelas de funções bem como reconhecer as três formas de representação de funções:
diagramas, gráficos e leis algébricas.

Certamente para estudar os assuntos propostos nesta unidade não foi suficiente somente a leitura lápis,
borracha e papel à mão foi necessário e mais uma boa pitada de dedicação. É exercitando que se estuda
matemática, processo que o leva a ter dúvidas que podem e devem ser esclarecidas com a equipe pedagógica
do curso.

Para terminar, constamos alguns exercı́cios para você apreender os assuntos desta unidade. Não deixe de
fazê-los, pois, como já dito é exercitando que você assimila as ideias matemática tornando-se um melhor
estudante e, por consequência, um excelente professor.

RELAÇÕES E FUNÇÕES
40 - 41

ATIVIDADE DE AUTOESTUDO

1) Analise as afirmativas dado os conjuntos A = {1, 3, 8} e B = {2, 5, 7, 9}:

I) (1, 2) é par ordenado de A e B, pois 1 ∈ A e 2 ∈ B.

II) (4, 2) é par ordenado de A e B, pois 4 ∈


/ A e 2 ∈ B.

III) (8, 2) é par ordenado de A e B, pois 8 ∈ A e 2 ∈ B.

IV) (1, 9) é par ordenado de A e B, pois 1 ∈ A e 9 ∈ B.

V) (7, 12) não é par ordenado de A e B, Pois 7 ∈


/ A e 12 ∈
/ B.

Conforme as afirmativas acima é correto afirmar:

a) ( )Somente a alternativa II está correta.

b) ( )Somente a alternativa IV e V estão incorretas.

c) ( )Somente as alternativas II e III estão incorretas.

d) ( )Somente as alternativas I, III, IV e V estão corretas.

e) ( )Todas as afirmativas estão corretas.

2) Dada a função f (x) = 2x2 − 5x + 1, determine:


a) f (1) c) Os valores de x para f (x) = 0.

f (a + h) − f (a)
b) f (0) d)
h

3) Determine o domı́nio de cada função a seguir.


x3 − 2 √
3
a) f (x) = 2 c) f (x) = 3 + 8x
x +x−6

2x √ √
b) f (x) = √
4
d) f (x) = x−2+ 1 + 3x
x2 − 5x
4) Observe cada um dos esquemas das relações a seguir, verifique se define ou não uma função de A em
B.

I) O diagrama (a) não é função, pois d ∈ A não está associado a nenhum elemento do conjunto B, isto
é, D(R) = {a, b, c} �= A.

II) O diagrama (a) é função, pois d ∈ A não está associado a nenhum elemento do conjunto B, isto e,
D(R) = {a, b, c} �= A.

III) Observando o diagrama (b) não é função, pois c ∈ A está associada a três elementos do conjunto B.

IV) O diagrama (c) é função, pois todo elemento de A está associado a um único elemento de B.

V) O diagrama (b) não é função, pois c A está associada a quatro elementos do conjunto B.�

Conforme as afirmativas acima é correto afirmar:

a) ( )Somente a alternativa II e IV estão corretas.

b) ( )Somente a I, III e IV estão corretas.

c) ( )Somente a IV está correta.

d) ( )Somente a I, II e III estão corretas.

e) ( )Todas as afirmativas estão incorretas.


42 - 43

5) Classifique as seguintes sentenças em (V) verdadeiras ou (F) falsas:

a) ( ) A função f : R+ → R+ definida por f (x) = x2 é injetora.

b) ( ) A função f : f : R → R definida por f (x) = x + 1 é bijetora.

c) ( ) A função f : 0, 1, 2, 3 → R definida por y = x − 1 não é sobrejetora.

d) ( ) A função f : 0, 1, 2, 3 → N definida por y = x + 1 é injetora.

e) ( ) A função f : R → R definida por f (x) = x2 + 1 é bijetora.

f) ( ) A função f : N → R+ definida por y = x é bijetora.

6) Determine a paridade das funções:


x2
a) (x) = 3x5 − 2x2 + 1 c) f (x) =
x4−1

b) f (x) = x3 + x7

7) Suponha que o gráfico de uma função contenha o ponto (2,1).

a) Se essa função for par, que outro ponto também deverá estar no seu gráfico?

b) E se essa função for ı́mpar, que outro ponto também deverá estar no seu gráfico?

8) Determine as compostas f og, gof , f of e gog, dadas as funções indicadas a seguir.


a) f (x) = x e g(x) = x2 + 2

3
b) f (x) = 1 − 4x e g(x) = 2−x
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani

II
FUNÇÕES: CONSTANTE,

UNIDADE
LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA,
MODULAR, POLINOMIAL

Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer definir e caracterizar função constante, linear, afim,
quadrática, modular, polinomial.
■■ Utilizar a linguagem matemática de diferentes funções.
■■ Construir, ler e interpretar gracos de funções constante, linear, afim,
quadrática, modular, polinomial.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Função Constante
■■ Função Linear
■■ Função Afim
■■ Função Quadratica
■■ Função Modular
■■ Função Polinomial
47

INTRODUÇÃO

Nesta unidade de estudo, preparamos para você o estudo das funções elementares da matemática. A
abordagem, por vezes, tornou-se densa como requer textos matemáticos, contudo, cada novo assunto vem
seguido de exemplo com o objetivo de ser fato, sentença ou palavras alheias com que se procura confirmar
uma regra ou demonstrar uma verdade.

Uma pergunta que pode ser pertinente neste momento de estudo é: Porque se faz importante que você
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

reconheça, defina e caracterize as funções explicitadas nesta unidade. Pensamos que a necessidade e a
oportunidade de aprendê-las permite que você compreenda como as funções descrevem o comportamento
de situações do mundo ao nosso redor. Ao adquirir tal compreensão, você se tornará um professor que
em suas aulas dará sentido à matemática.

Nesta perspectiva, esperamos de você a dedicação de estudante de sempre. Assiduidade para assistir as
aulas conceituais e ao vivo com a indispensável concentração que estudar matemática exige. Além disto,
exercite! O ato de exercitar desenvolve a capacidade de concentração. E, por último, atente que o processo
de leitura de um texto matemático necessita de reflexão para compreender o assunto abordado, pois ler
sem refletir é o mesmo que nada ler.














48 UNIDADE II

FUNÇÃO CONSTANTE

Quando vamos a um restaurante que funciona em sistema de rodı́zio, pagamos um valor fixo por esse
serviço independentemente da quantidade consumida, certo? Por exemplo, em uma churrascaria cujo
valor do rodı́zio de carnes assadas é R$ 49, 90, qualquer cliente que resolva comer tal rodı́zio paga esse
valo fixo.

Podemos associar esse exemplo ao conceito de função constante, pois se considerarmos que a variável

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
independente é a quantidade de alimento consumida e variável dependente é o valor do rodı́zio, para essa
churrascaria, temos a situação expressa na função:

y = f (x) = 49, 90

Podemos também, utilizar uma tabela para descrever essa função, sendo x a quantidade consumida em
quilogramas e y o valor a ser pago pelo rodı́zio:

x y
0, 1 49, 90

0, 2 49, 90

0, 5 49, 90

1, 0 49, 90

E, traçando o gráfico, observamos que obtemos uma reta horizontal, paralela ao eixo x, passando no ponto
em que y = 49, 90, pois qualquer valor de x está associado a y = 49, 90.

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


49

Logo, dizemos que uma função é constante quando cada elemento x do seu domı́nio está associado sempre
ao mesmo elemento do seu contradomı́nio (por exemplo, k). Temos, então:

f (x) = k

e seu gráfico é uma reta paralela ao eixo x passando pelo ponto (0, k).

Exemplo 1:

f (x) = 2 f (x) = −1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

O domı́nio da função constante é o conjunto dos números reais, ou seja, D(f ) = R, enquanto sua imagem
é o conjunto unitário Im(f ) = k. Uma importante aplicação da Matemática está presente na Economia
por meio de várias funções, uma delas é a Função Custo, que está relacionada aos gastos efetuados por
uma empresa, indústria ou loja na produção ou aquisição de algum produto. Esta função custo está
dividida em duas partes: uma fixa, chamada Custo Fixo (Cf), e uma variável, chamada Custo Variável
(Cv). Assim, podemos dizer que a função custo fixo é um exemplo de função constante na Economia.
Veja um exemplo:

Um inventor de jogos acredita que, para um novo jogo, o custo fixo envolvido deve ser de R$10.000,00.
Isto quer dizer que, independente do número de unidades desse jogo que serão produzidas, o inventor
gastará dez mil reais nesse projeto. Podemos representar a função custo fixo da seguinte maneira:

Cf (x) = 10.000

Percebeu como situações do cotidiano podem ser expressas por meio de funções? É nessa perspectiva de
ensino que você deve trilhar sua carreira de professor.


50 UNIDADE II

Como sugestão para sua futura prática pedagógica, propomos o Objeto de aprendizagem disponı́vel
no repositório do OBAA (Objetos de Aprendizagem Baseados em Agentes) que ilustra uma situação
sobre a variação da velocidade de um veı́culo em função do tempo.

Disponı́vel em: <http://repositorio.portalobaa.org/bitstream/handle/obaa/47/EM2%20-%20

FUN%C3%87%C3%83O%20CONSTANTE.pdf?sequence=2> Acesso em: 07 de julho de 2014.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNÇÃO LINEAR

Vimos anteriormente, a exemplo de função constante, a situação dos restaurantes que funcionam em
sistema de rodı́zio, em que consideramos fixo o valor a ser pago por esse serviço independentemente da
quantidade consumida. Porém, neste mesmo exemplo, podemos considerar que um cliente consumirá
alguma bebida. Nesse caso, analisando somente o consumo de refrigerantes por um determinado cliente,
o valor a ser pago dependerá também da quantidade de refrigerantes que ele venha a consumir. Se o valor
cobrado pela unidade de refrigerante for R$4,50, o cliente pagará a quantidade consumida multiplicada
pelo valor unitário do refrigerante. Assim, podemos associar esse exemplo ao conceito de função linear,
pois se considerarmos que a variável independente é a quantidade de refrigerantes consumidos e a variável
dependente é o valor a ser pago, para essa churrascaria, temos:

y = f (x) = 4, 50x

Utilizando uma tabela para descrever essa função, sendo x a quantidade consumida de refrigerantes e y o
valor a ser pago:

x y
0 0

1 4, 50

2 9, 00

3 13, 50

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


51

Fazendo o gráfico dessa função, observamos que obtemos uma reta inclinada que passa pela origem.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Portanto, dizemos que uma função é linear quando cada elemento x do seu domı́nio está associado ao
elemento y = ax do seu contradomı́nio, em que a = 0 é um número real dado. Então,

f (x) = a.x

e seu gráfico é uma reta inclinada que passa pela origem.

Exemplo 2:

f (x) = x f (x) = 2x


52 UNIDADE II

O domı́nio da função linear é o conjunto D(f ) = R, assim como sua imagem, Im(f ) = R.

Esta função também pode ser identificada, na Economia, como uma aplicação da Matemática e a sua
Função Custo, podemos dizer que a sua parte variável, a Função Custo Variável é um exemplo de função
linear, pois está associada ao custo da empresa para produzir uma unidade de um determinado produto.

Vamos voltar no exemplo anterior, sobre o inventor de jogos. Ele acredita que, para o seu projeto de um
novo jogo, o custo variável de produção é de R$ 4,75 por unidade. Isto quer dizer que, o inventor gastará
R$ 4,75 multiplicado pelo número de unidades produzidas desse jogo. Podemos representar a função custo
variável da seguinte maneira:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cv(x) = 4, 75 · x

em que x representa a quantidade que será produzida desse novo jogo.

Uma outra função da Economia que pode ser considerada como exemplo de função linear, é a Função
Receita. Veja no link abaixo.

Disponı́vel em: <http://www.mundoeducacao.com/matematica/funcoes-custo-receita-lucro.htm>.


Acesso em: 07 de julho de 2014.







FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


53

FUNÇÃO AFIM

Ainda utilizando como exemplo a situação do restaurante que funciona em sistema de rodı́zio, em que o
cliente pode consumir um rodı́zio, e quantos refrigerantes desejar. Lembrando que o valor cobrado pelo
rodı́zio é R$ 49,90 e, o valor de cada refrigerante consumido é R$ 4,50, temos que o valor total da conta
a ser paga será a soma do valor do rodı́zio com o valor unitário de cada refrigerante multiplicado pelo
número de refrigerantes consumidos. Assim, associamos o valor total da conta desse cliente ao conceito de
função afim, pois consideramos que a variável independente é a quantidade de refrigerantes consumidos e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

a variável dependente é o valor total a ser pago. Logo, temos:

y = f (x) = 49, 90 + 4, 50 · x

Novamente, vamos utilizar uma tabela para descrever essa função, sendo x a quantidade consumida de
refrigerantes e y o valor total a ser pago:

x 49, 90 + 4, 50 · x y
0 49, 90 + 4, 50 · 0 49, 90

1 49, 90 + 4, 50 · 1 54, 40

2 49, 90 + 4, 50 · 2 58, 90

3 49, 90 + 4, 50 · 3 63, 40

E, fazendo o gráfico dessa função, observamos que obtemos uma reta inclinada, nesse caso crescente, pois
quanto mais refrigerantes o cliente consumir, maior será o valor total da conta que ele pagará.


54 UNIDADE II

Portanto, a função afim associa cada elemento x do seu domı́nio ao elemento y = ax + b do seu
contradomı́nio, em que a �= 0 e b são números reais dados. Assim,

f (x) = a · x + b

e seu gráfico é uma reta inclinada que passa pelo ponto (0, b) no eixo y.
Veja outros exemplos:

Exemplo 3: f (x) = 2x − 4

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O domı́nio da função afim é o conjunto D(f ) = R, assim como sua imagem, Im(f ) = R.

Uma informação importante na construção do gráfico de uma função afim é o valor de x para o qual a
reta cruza o eixo das abscissas, chamado raiz da função.

Assim, definimos raiz de uma função, o valor de x para o qual a função intercepta o eixo x. Para isto,
fazemos y = 0 na função y = ax + b e obtemos que sua raiz é dada por:

b
x=−
a

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


55

Podemos analisar o gráfico f (x) = 2x − 4 conforme segue.

Observe que o traço da função intercepta o eixo das abscissas quando x = 2. Portanto, dizemos que x = 2
é a raiz dessa função.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Na função afim, outros dois conceitos muito importantes são os dos coeficientes angular e linear. Vamos
tratar deles:

- Coeficiente angular da reta o valor da tangente do ângulo que ela forma com eixo x, que nada
mais é do que a inclinação dessa reta em relação ao eixo x. Na função y = ax + b, o número real a
é o coeficiente angular da reta. Assim, quanto maior o valor de a, mais a reta será inclinada. Além
disso, se a é positivo, a função afim será crescente e se a é negativo a função afim será decrescente.

- Coeficiente linear da reta o valor de y na qual a função intercepta o eixo das ordenadas. Para
isso, fazemos x = 0 na função y = ax + b e obtemos y = b. Portanto, o número real b é o coeficiente
linear da reta. Na função do exemplo 3, f (x) = 2x−4, observe que o coeficiente angular é a = 2 > 0.
Como a é positivo, a função f (x) = 2x − 4 é estritamente crescente. Note também, que o coeficiente
linear é b = −4 e ele determina o ponto de intersecção da reta com o eixo y, ou seja, (0, −4).


56 UNIDADE II

Vamos analisar os coeficientes no gráfico a seguir:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Podemos observar que o gráfico apresentado possui intersecção com o eixo y quando y = 2, que é o
coeficiente linear dessa reta. Logo, temos b = 2. Além disso, percebemos que a reta forma um ângulo de
45◦ com o eixo x. Se calcularmos a tangente desse ângulo, obtemos o valor do coeficiente angular dessa reta.

Portanto:

tg45◦ = 1 ⇒ a = 1

Assim, podemos escrever a função do gráfico dado:

f (x) = a · x + b = 1 · x + 2
⇒ f (x) = x + 2

Observação: As funções constante e linear são casos particulares da função afim. Quando temos a = 0
na função afim obtém-se a função constante e quando temos b = 0, tem-se a função linear.

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


57

Vamos estudar outro exemplo:

Exemplo 4: f (x) = 3 − x

Nesta função, o coeficiente angular a = −1 < 0, isto é, a é negativo. Portanto, a função é estritamente
decrescente. O coeficiente linear b = 3 determina o ponto de intersecção da reta com o eixo y, (0, 3). E,
−b (3)
a raiz da função é x = 3, pois x = =− =3
a (−1)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Os coeficientes estudados anteriores determinam o comportamento do gráfico em relação ao eixo x


(coeficiente angular) e em relação ao eixo y (coeficiente linear). Para verificar este comportamento de
forma dinâmica acesse o software online disponı́vel no Portal do Só Matemática. Experimente mudar
o valor de a e b para ver o que acontece.

Disponı́vel em: <http://www.somatematica.com.br/softOnline/ComportamentoFuncoes/


funcoes.html> Acesso em: 07 de julho de 2014.





58 UNIDADE II

COMO OBTER A LEI DE ASSOCIAÇÃO DE UMA FUNÇÃO AFIM

Toda reta está associada a uma equação da forma y = a · x + b, denominada lei de associação da função

afim, que pode ser obtida por meio de dois pontos conhecidos da reta P (x1, y1) e Q(x2, y2).
Para determinar a lei de associação algébrica, primeiramente, calculamos o coeficiente angular utilizando
a seguinte fórmula:

y 2 − y1
a=
x2 − x1

Em seguida, substituı́mos o coeficiente angular encontrado a e as coordenadas de apenas um dos pontos,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que chamamos de x0 e y0 , em:

y − y0 = a(x − x0 )

Assim, basta isolar o y nesta equação para obter a lei de associação da função na forma y = a · x + b , que
representa a equação da reta que passa pelos dois pontos dados.

Exemplo 5: Determine a lei de associação da função afim que passa pelos pontos P (0, 5) e Q(−1, 3).
Primeiro, calculamos o coeficiente angular:
3−5 −2
a= = =2
−1 − 0 −1
Agora, podemos utilizar o ponto P (0, 5) dado e substituir:
y − 5 = 2(x − 0)
y − 5 = 2x

y = 2x + 5

Portanto, y = 2x + 5 é a equação da reta que passa pelos pontos P e Q, que pode ser escrita da forma
f (x) = 2x + 5.

Observação: Uma alternativa para obtermos os valores dos coeficientes angular e linear dessa reta, seria
montar um sistema de equações, substituindo em y = a · x + b, os valores de x e y dos pontos P e Q:
⎧ ⎧

⎨ ⎪

5 = a · 0 +b b=5


⎩ 3 = a · (-1)+b ⎪
⎩ -a + b = 3

Para resolver esse sistema, basta substituir o valor b=5 na segunda equação:

−a + 5 = 3
−a = −2
a=2

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


59

Assim, obtemos a = 2 e b = 5 e, portanto, y = 2x + 5, como anteriormente. A função econômica Custo


já foi citada anteriormente por ser composta de duas partes: a função custo fixo, que é um exemplo
de função constante e a função custo variável, que é um exemplo de função linear. Se fizermos a soma
do custo fixo com o custo variável, obtemos a função custo, ou custo total. A função custo total é um
exemplo de função afim. Voltando, agora, a falar da situação do inventor de jogos, já sabemos que o
custo fixo envolvido no seu projeto deve ser de R$ 10.000,00 e o custo variável de produção é de R$ 4,75
por unidade produzida. Assim, o custo total desse projeto será representado pela soma dos custos fixo e
variável. Podemos representar a função custo total da seguinte maneira:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Ct(x) =Cf+Cv(x)
Ct(x) = 10.000 + 4, 75 · x

em que x representa a quantidade que será produzida desse novo jogo.


Outro exemplo de função econômica linear é a função Lucro, que é dada pela diferença entre a função
receita e a função custo total.

FUNÇÃO QUADRÁTICA

A função quadrática, que também pode ser chamada função do 2◦ grau, possui um papel importante na
análise dos movimentos uniformemente variados que são estudados na Fı́sica. Nesses movimentos, devido
à aceleração, os corpos variam a velocidade e o espaço em função do tempo. A expressão que relaciona o
espaço em função do tempo é dada por:

at2
s = s 0 + v0 · t +
2

em que s é o espaço, v a velocidade e t o tempo.

Outra situação que envolve a função quadrática é o lançamento de projéteis. Por exemplo, durante uma
partida de futebol, observamos que a trajetória descrita pela bola quando um jogador faz um lançamento
para um companheiro é uma parábola. Portanto, essa trajetória será representada por uma função do
2◦ grau. A altura máxima atingida pela bola representa o vértice dessa parábola, que veremos a seguir.
Assim, definimos a função quadrática como a função que associa cada elemento x do seu domı́nio ao
elemento y = ax2 + bx + c do seu contradomı́nio, em que a �= 0, b e c são números reais dados. Então,

f (x) = ax2 + bx + c


60 UNIDADE II

e seu gráfico é uma parábola, que passa pelo ponto (0, c).

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As raı́zes de uma função quadrática (pontos em que a parábola intercepta o eixo x) são geralmente
denominadas x1 e x2 , e são determinadas resolvendo a equação do segundo grau ax2 + bx + c = 0,
utilizando a fórmula de Bháskara.

Conseguimos perceber o comportamento do gráfico de uma função quadrática observando algumas


caracterı́sticas encontradas algebricamente:

• De acordo com o valor do discriminante Δ = b2 − 4ac, obtemos o número de raı́zes desse tipo de
função:

- Δ > 0: duas raı́zes reais distintas

- Δ = 0: duas raı́zes reais iguais

- Δ < 0: não possui raiz real

• De acordo com o sinal do coeficiente a, observamos a concavidade da parábola:

- a > 0: concavidade voltada para cima

- a < 0: concavidade voltada para baixo

Além disso, toda parábola é simétrica em relação à reta paralela ao eixo y que passa pelo seu vértice, que
é o ponto dado por:

 
−b Δ
V ;−
2a 4a

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


61

Observação: O vértice será o ponto mı́nimo da parábola caso sua concavidade esteja voltada para cima
ou será seu ponto máximo se a concavidade estiver voltada para baixo.

O domı́nio da função quadrática é o conjunto D(f)=R, porém sua imagem depende de sua concavidade:

- Se a concavidade é voltada para cima, então, a imagem será o intervalo [yv , +∞), ou seja, y ≥ yv .

- Se a concavidade é voltada para baixo, então, a imagem será o intervalo (−∞, yv ], ou seja, y ≤ yv .

Exemplo 6: Esboce o gráfico da função f (x) = x2 − 2x − 3.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Já sabemos que a parábola intercepta o eixo y no ponto (0, -3). Então, primeiro, determinamos as raı́zes:

Δ = (−2)2 − 4.1.(−3) = 16

−(−2) + 16 (2 + 4)
x1 = = =3
2·1 2

−(−2) − 16 (2 − 4)
x2 = = = −1
2·1 2

Assim, a parábola tem concavidade voltada para cima e intercepta o eixo x em dois pontos: (3, 0) e
(−1, 0). Agora, vamos determinar o seu vértice:

b Δ
xv = − yv = −
2a 4a

(−2) 16
xv = − yv = −
(2 · 1) 4·1

xv = 1 yv = −4

Portanto, o vértice é dado pelo ponto V(1,-4).

Agora, observando o gráfico da função, percebemos que a parábola intercepta o eixo das ordenadas quando
y = −3, ou seja, no ponto (0, −3). As intersecções com o eixo das abscissas acontecem quando x = −1 e
x = 3, ou seja nos pontos (−1, 0) e (3, 0). Por último, percebemos que o ponto mı́nimo da parábola, já
que sua concavidade é voltada para cima, está localizado no ponto (1, −4), que é o vértice do gráfico.


62 UNIDADE II

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 7: Esboce o gráfico da função f (x) = −x2 + 2x − 1.
Já sabemos que a parábola intercepta o eixo y no ponto (0, -1). Então, primeiro, determinamos as raı́zes:

Δ = 22 − 4 · (−1) · (−1) = 0

−2 + 0 −2 + 0
x1 = = =1
2 · (−1) −2

−2 − 0 −2 − 0
x2 = = =1
2 · (−1) −2

Assim, a parábola tem concavidade voltada para baixo e intercepta o eixo x em apenas um ponto: (1, 0).
Agora, vamos determinar o seu vértice:
b Δ
xv = − yv = −
2a 4a
2 0
xv = − yv = −
2 · (−1) 4 · (−1)
xv = 1 yv = 0

Portanto, o vértice é dado pelo ponto V (1, 0), que é o mesmo ponto de intersecção com o eixo x encontrado
acima. Nesta situação podemos utilizar uma tabela para encontrar mais alguns pontos dessa parábola:

x −x2 + 2x − 1 y (x, y)

0 −(0)2 + 2 · 0 − 1 −1 (0, −1)

2 −(2)2 + 2 · 2 − 1 −1 (2, −1)

−1 −(−1)2 + 2 · (−1) − 1 −4 (−1, −4)

3 −(3)2 + 2 · 3 − 1 −4 (3, −4)

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


63
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplo 8: Se os pontos (0, 3), (1, 0) e (3, 0) pertencem ao gráfico de y = ax2 + bx + c, determine os
valores de a, b e c.

Primeiro, utilizando o ponto (0, 3), vamos substituir os valores de x e y:

y = ax2 + bx + c
3 = a(0)2 + b · 0 + c
c=3

Agora, utilizando os outros dois pontos, (1, 0) e (3, 0), e c = 3, obtemos:




⎨ 0 = a(1)2 + b · 1 + 3

⎩ 0 = a(3)2 + b.3 + 3

Então, resolvemos o sistema de equações:




⎨ a + b = −3

⎩ 9a + 3b = −3

Nesse caso, utilizando o método da adição, multiplicamos a primeira equação por −3 e somando as duas:


⎨ −3a − 3b = 9
⇒ 6a = 6 ⇒ a = 1

⎩ 9a + 3b = −3

Substituindo o valor de a encontrado na equação a + b = −3, temos: b = −4

Assim, temos que a = 1, b = −4 e c = 3. Portanto, y = x2 − 4x + 3.


64 UNIDADE II

Os coeficientes da função quadrática ou do segundo grau a, b e c alteram o comportamento da parábola.


Para verificar este comportamento de forma dinâmica, acesse o software online disponı́vel no Portal do
Só Matemática. Experimente mudar o valor de a e b para ver o que acontece.

Disponı́vel em:<http://www.somatematica.com.br/softOnline/ComportamentoFuncoes/funcoes.html>.
Acesso em: 07 de julho de 2014.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNÇÃO MODULAR

Em uma função modular o conjunto imagem é sempre constituı́do por valores não negativos fato que
constitui curvas com pontos pertencentes somente ao 1o e 2o quadrantes. Antes de tratarmos de função
modular precisaremos revisar o conceito de módulo e de resolução de equações e inequações modulares.

Módulo

Seja x um número real. Definimos o módulo (ou valor absoluto) de x, que se indica por |x|, através da
relação:


⎨ x se x ≥ 0
|x| =

⎩ −x se x < 0

Isso implica que:

• O módulo de um número real não negativo é igual ao próprio número.

• O módulo de um número real negativo é igual ao oposto desse número.

Propriedades do módulo:

1) |x| ≥ 0, ∀ x ∈ R

2) |x| = 0 ⇔ x = 0

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


65

3) |x| · |y| = |x · y|, ∀ x,y ∈ R

4) |x|2 = x2 , ∀ x ∈ R

5) |x + y| ≤ |x| + |y|, ∀ x, y ∈ R

6) |x − y| ≥ |x| − |y|, ∀ x, y ∈ R

7) |x| ≤ a e a > 0 ⇔ −a ≤ x ≤ a

8) |x| ≥ a e a > 0 ⇔ x ≤ −a ou x ≥ a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES MODULARES:

Para resolver as equações modulares, utilizamos a definição:


|x| = a se e somente se x = a ou x = −a

Exemplo 9:
a) |x| = 1
Então, x = 1 ou x = −1. Assim, escrevemos o conjunto solução:
S = {−1, 1}

b) |x + 1| = 6

Então, x + 1 = 6 ou x + 1 = −6.

Portanto, x = 5 ou x = −7 e escrevemos:

S = {−7; 5}

Exemplo 10:
Resolva a inequação |3x − 5| = x + 4.
Pela definição de módulo temos que:

3x − 5 = x + 4 3x − 5 = −(x + 4)

2x = 9 3x − 5 = −x − 4
9 1
x= x=
2 4

 
1 9
Portanto, a solução da equação é dada por: S = , .
4 2


66 UNIDADE II

Vamos, agora, analisar uma situação do cotidiano que envolve o conceito de módulo:
Em um determinado ano, um posto de combustı́veis teve um faturamento de R$ 500.000,00. No
ano seguinte, a diferença no seu faturamento foi de R$ 55.000,00. Vamos determinar quais são as
possibilidades de faturamento para esse posto no último ano.

|x − 500000| = 55000

E, pela definição de módulo:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x − 500000 = 55000 x − 500000 = −55000

x = 555000 x = 445000

Isto é, esse posto de combustı́vel pode ter faturado R$ 555.000,00 ou R$ 445.000,00 no ano em questão.
Quando nos interessar resolver uma inequação modular, devemos considerar duas definições:

• |x| < a se e somente se −a < x < a

• |x| > a se e somente se x > a ou x < −a

Exemplo 11:

a) |x + 5| < 3
Da primeira definição de inequações modulares, temos:
−3 < x + 5 < 3 Assim,
−3 − 5 < x + 5 − 5 < 3 − 5
−8 < x < −2
Portanto, a solução da inequação modular dada é o intervalo aberto (−8, −2).

b) |3x + 4| > 2
Da primeira definição de inequações modulares, temos:
3x + 4 > 2 ou 3x + 4 < −2
3x + 4 − 4 > 2 − 4 ou 3x + 4 − 4 < −2 − 4
3x > −2 ou 3x < −6
2
x > − ou x < −2
3
2
Portanto, a solução da inequação modular dada é a união dos intervalos abertos (−∞, −2)∪(− , ∞).
3

Pronto! Já fizemos a revisão necessária para tratar de funções modulares. Vamos lá!

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


67

FUNÇÃO MODULAR

Vamos definir a função modular da seguinte forma:



⎨ −x, x < 0
f (x) =

⎩ x, x ≥ 0

O gráfico da função modular é a reunião de duas semirretas de origem O, que são as bissetrizes do 1◦ e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2◦ quadrantes.

A bissetriz de um ângulo é a semirreta com origem no vértice desse ângulo que o divide em dois
ângulos congruentes, ou seja, de mesma medida.

A imagem dessa função é Im(f ) = R+ , pois a função modular, como já dito, assume somente valores
reais não negativos. O seu domı́nio é D(f ) = R.


68 UNIDADE II

Exemplo 12: Esboce o gráfico da função f (x) = |4x − 1|. Em seguida, determine seu domı́nio e imagem.

Vamos utilizar a definição de função modular:




⎨ −(4x − 1), 4x + 1 < 0
f (x) =

⎩ 4x − 1, 4x − 1 ≥ 0

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim,


⎨ 1 − 4x, x < 1

f (x) = 4

⎩ 4x − 1, x ≥ 1
4

1 1
Logo, para x < , traçamos a reta y = 1 − 4x e, para x ≥ traçamos a reta y = 4x − 1:
4 4

Portanto, o domı́nio da função é D(f ) = R e sua imagem é Im(f ) = R+ .

Exemplo 13: Esboce o gráfico da função f (x) = |x2 + x − 6|. Em seguida, determine seu domı́nio e
imagem.

Vamos utilizar a definição de função modular:



⎨ −(x2 + x − 6), − x2 − x + 6 < 0
f (x) =

⎩ x2 + x − 6, x2 + x − 6 ≥ 0

Assim:



⎨ −x2 − x + 6, −3 < x < 2
f (x) =

⎩ x2 + x − 6, x ≥ 2 ou x ≤ −3

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


69

Logo, para −3 < x < 2, traçamos


 a parábola y = −x2 − x + 6, que possui concavidade voltada para
1 25
baixo e vértice V − , e, para x ≥ 2 ou x ≤ −3 traçamos a parábola y = x2 + x − 6, que possui
2 4
concavidade voltada para cima

Portanto, o domı́nio da função é D(f ) = R e sua imagem é Im(f ) = R+ .


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Vamos propor uma alternativa para a construção do gráfico de uma função modular. Para construir o
gráfico da função f (x) = |x2 − 1|, vamos, inicialmente, construir o gráfico da função quadrática f (x) =
x2 − 1. Em primeiro lugar, encontramos as raı́zes da função f (x) = x2 − 1:

x2 − 1 = 0
x2 = 1
x1 = 1 ou x2 = −1

Após, vamos encontrar o vértice da parábola que representa essa função:

b Δ
xv = − yv = −
2a 4a

0 4
xv = − yv = −
2·1 4·1

xv = 0 yv = −1


70 UNIDADE II

Agora, com as raı́zes e o vértice V (0, −1) determinados, construı́mos o gráfico:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Porém, podemos perceber que, para valores de x entre -1 e
1, as imagens (valores de y) são negativas. Como desejamos
construir o gráfico de uma função modular, f (x) = |x2 − 1|,
já sabemos que não existem imagens negativas. Assim,
vamos associar cada valor de y negativo a seu módulo. Por
exemplo, quando x = 0, teremos y = | − 1| = 1.
Observe a mudança no gráfico anterior

Portanto, o gráfico da função modular f (x) = |x2 − 1| será:

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


71

FUNÇÕES POLINOMIAIS

Toda função que possui sua lei de associação formada por um polinômio é chamada de função polinomial.
As funções constante, linear afim e quadrática, vistas anteriormente, são exemplos de funções polinomiais.
Agora, vamos estudar a definição de função polinomial.

Definição 1: A função polinomial é definida por


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

f (x) = a0 xn + a1 x(n−1) + · · · + a(n−1) x + an

sendo a0 , a1 , · · · , an números reais, com a0 �= 0, chamados de coeficientes e n um número inteiro não

negativo que determina o grau da função.


O domı́nio de toda função polinomial é D(f ) = R.

Observação: Quando n = 2, obtemos a função quadrática e, quando n = 1, obtemos a função afim.

Exemplo 14: Seja a função polinomial f (x) = x3 + x2 + 3. O seu gráfico é dado por:


72 UNIDADE II

Exemplo 15: Seja a função polinomial f (x) = x4 − x3 − 2x2 . O seu gráfico é dado por:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Existem casos particulares de funções polinomiais que são interessantes de serem analisadas. Os mais
utilizados são as funções chamadas potências. As funções potências são da forma f (x) = xn , sendo n um
número inteiro positivo.
Vamos analisar as funções potências para alguns valores de n:

• n par:

Para n = 2, já conhecemos a função quadrática e que seu


gráfico é uma parábola. Os gráficos, a seguir, são de funções
potências para n = 2 , n = 4 e n = 6.

Percebemos que conforme, aumenta o valor de n, maior o achatamento do gráfico perto da origem.

FUNÇÕES: CONSTANTE, LINEAR, AFIM, QUADRÁTICA, MODULAR, POLINOMIAL


73

• n ı́mpar:

Para n = 1, já conhecemos a função afim e que seu gráfico é uma reta crescente ou decrescente. Os
gráficos, a seguir, são gráficos de funções potências para n = 3, n = 5 e n = 7.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Percebemos que, independente do valor de n, conforme n cresce, maior será o achatamento do gráfico
perto da origem.









MATERIAL COMPLEMENTAR

Para ampliar seu acervo de livro, sugerimos ao final dos estudos destas funções o livro “Como a
Matemática Explica o Mundo”de autoria de James D. Stein, publicado pela editora Campus. Entre

diversos assuntos interessantes a um estudante de matemática, veja o trecho especı́fico sobre funções:

“O teorema de Arrow é tão “puro” quanto a mais “pura” das


matemáticas ele lida com funções, um dos conceitos matemáticos
mais importantes. Matemáticos estudam todo tipo de funções, mas
as propriedades das funções estudadas são algumas vezes ditadas por
situações especı́ficas. Por exemplo, um pesquisador pode se interessar
pelas propriedades das funções trigonométricas, e embarcar num
estudo dessas funções, ao perceber que o conhecimento de suas
propriedades poderia ajudar com problemas da atividade de pesquisa.
As propriedades das funções discutidas no teorema de Arrow são
claramente motivadas pelo problema que Arrow, a princı́pio começou
a investigar como traduzir as preferências de indivı́duos (expressas
por votos) no resultado de uma eleição”.

CONSIDERAÇ ÕES FINAIS

Ao finalizar esta segunda parte do estudo da disciplina de Pré-Cálculo, esperamos que você tenha
aprendido a essência das funções apresentadas, para além de ser bom estudante, um ótimo analisador matem
ático das situações que podem ser representadas por funções. Tente fazer este exercı́cio: reflita um momento
sobre alguma situação real que possa ser escrita com uma função.

Muito mais poderia ser escrito sobre as funções constante, linear, afim, quadrática, modular, polinomial.
Contudo, constamos o que o espaço em página nos permitiu e o tempo de estudo da disciplina (100 horas).
Entretanto, deixamos para você os detalhes que possam ter sido deixados por nós como o detalhamento de
algumas passagens ou a representação gráfica e/ou esquemática de alguma função.
propriedades poderia ajudar com problemas da atividade de pesquisa.
As propriedades das funções discutidas no teorema de Arrow são
claramente motivadas pelo problema que Arrow, a princı́pio começou 75
a investigar como traduzir as preferências de indivı́duos (expressas
por votos) no resultado de uma eleição”.

CONSIDERAÇ ÕES FINAIS

Ao finalizar esta segunda parte do estudo da disciplina de Pré-Cálculo, esperamos que você tenha
aprendido a essência das funções apresentadas, para além de ser bom estudante, um ótimo analisador matem
ático das situações que podem ser representadas por funções. Tente fazer este exercı́cio: reflita um momento
sobre alguma situação real que possa ser escrita com uma função.

Muito mais poderia ser escrito sobre as funções constante, linear, afim, quadrática, modular, polinomial.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Contudo, constamos o que o espaço em página nos permitiu e o tempo de estudo da disciplina (100 horas).
Entretanto, deixamos para você os detalhes que possam ter sido deixados por nós como o detalhamento de
algumas passagens ou a representação gráfica e/ou esquemática de alguma função.

Para assimilação dos conceitos da unidade, algumas atividades de estudos segue na sequência. Como
explanamos na introdução da unidade exercitar é fundamental! É exercitando que você pode vir a ter
dúvidas que podem ser esclarecidas com a equipe pedagógica do curso. Tire sempre as dúvidas, ter
dúvidas é normal, ao esclarecê-las você vira uma página com a certeza de não provocar mais dúvidas
decorrentes das anteriores. Aos exercı́cios, pois!


ATIVIDADE DE AUTOESTUDO

1) Construa o gráfico das funções:


a)f (x) = 3x d) f (x) = 2x − 4

b)f (x) = −3x + 15 e) f (x) = x2 − 5


2x − 2
c)f (x) =
x+1

x−9
2) Considere a função y = :
2 − 3x
a) Calcule f (1)

b) Esboce o gráfico da função

3) Utilizando os pares ordenados M (2, 4) e N (3, −6), determine a função que passa por esses pontos,
utilizando o sistema de equações e considerando y = ax + b.

4) Encontre a função polinomial de 1o grau, cujo gráfico passa pelos seguintes pares ordenados G(1, 20)
e F (−1, 6).

5) Para confecção de copos personalizados a empresa cobra um valor de R$ 5,00 referentes ao custo
de fabricação e mais um valor de R$ 0,50 para cada nome acrescentado no copo. Determine:

a) Expresse a função correspondente.

b) Calcule o custo da produção de 200 copos acrescentando 3 nomes.

c) Represente o gráfico desta função.

6) Dada a função y = 3x + 2, determine:

a) O valor de x para que se tenha y = 23

b) O valor de y para que se tenha x = 12

7) Dado a função f (2x + 6) = −4x + 9, determine f (10).


76 - 77

8) Uma imobiliária gostaria de contratar um plano de telefonia celular para os corretores, antes de
efetivar a contratação preferiu realizar um levantamento de preços em três empresas de telefonia
celular e foram constatados os seguintes valores, apresentados na tabela a seguir:

CUSTOS DOS PLANOS DE TELEFONIA CELULAR


Plano Custo fixo mensal Custo adicional por minuto

A R$ 35,00 R$ 0,50

B R$ 20,00 R$ 0,80

C R$ 0,00 R$ 1,20

A partir dos dados da tabela:

a) Escreva uma função matemática que determine o preço final mensal, se a empresa tivesse
contratado o plano B.

b) Qual é o plano mais vantajoso, se a empresa necessita de 25 minutos por mês?

c) A partir de quantos minutos de uso mensal o plano A é mais vantajoso que os outros dois?

9) Pesquisadores do curso de Engenharia de Pesca ao longo de sua pesquisas, determinaram que uma
espécie de peixe cresce obedecendo a seguinte função P (t) = 0, 15t + 0, 35, onde P (t) é o seu peso
médio (em quilos) e t o seu tempo de vida em meses, desde o nascimento. Determine:

a) Qual o peso médio de um peixe com dois meses?

b) Com que idade o peixe atinge 5 quilos?

10) Numa fabrica de pneus, o custo operacional de um dos modelos de pneus que a fabrica produz
é de R$ 300,00 mais um custo variável de R$ 0,50 por unidade fabricada. Portanto, o custo
operacional, que representaremos por y, é dado em função do número de unidades fabricadas, que
representaremos por x. Determine:

a) A função que representa o custo de fabricação dos pneus

b) Se a fabrica produzir 1500 pneus, qual será o custo de produção.


11) O lucro (L) de uma distribuidora de bebidas para certa marca de refrigerante é obtido através da
função definida por L(x) = −2x2 + 2000x − 100, onde x representa a quantidade de bebidas. Dentro
de 4 meses foram registrados as vendas, e após uma analise qual mês obteve o lucro máximo possı́vel?

Mês Unidades vendidas

julho 450 unidades

Agosto 500 unidades

Setembro 565 unidades

Outubro 656 unidades

a) ( ) No mês de julho

b) ( ) No mês de agosto

c) ( ) No mês de setembro

d) ( ) No mês de outubro

12) Dada a função f (x) = 4x2 + 2x − 3, determine:

a) As coordenadas do vértice da parábola.

b) Determine o ponto onde a parábola, que representa a função, corta o eixo dos y.

c) Desenhar o gráfico da função.

13) Dado y = −x2 + 4x − 4, estude o sinal da função.

14) Construa o gráfico e em seguida determine seus domı́nios e imagens das funções definidas a seguir:

a) f (x) = |2x + 5|
 
 5
b) f (x) = −3x + 
2
c) f (x) = |x2 − 2x − 3| + 5
 
x + 2
d) f (x) =  
x + 6
78 - 79
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani

III
UNIDADE
FUNÇÕES: EXPONENCIAL E
LOGARÍTMICA

Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer definir e caracterizar funções exponencial e logarítmica
■■ Utilizar corretamente a linguagem matemática das funções
exponencial e logarítmica
■■ Construir, ler e interpretar gráficos de funções exponencial e
logarítmica.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Função Exponencial
■■ Equações Exponenciais
■■ Inequações Exponenciais
■■ Função Logarítmica
■■ Inequações Logarítmicas
■■ Aplicações das Funções Exponenciais e Logarítmicas.
81

INTRODUÇÃO

Esta unidade do nosso livro é dedicada ao estudo de duas importantes funções: exponencial e logarı́tmica.
Trataremos da representação algébrica e gráfica para analisar os elementos destas funções em fenômenos
diversos. A dedicação exclusiva de uma unidade para duas funções é pelo fato da função logarı́tmica ser
a inversa da função exponencial.

Uma função exponencial tem por caracterı́stica a variável presente no expoente e por isso faremos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

uma breve revisão da operação de potenciação para melhor compreensão dessa função. E, com este
conhecimento aprofundaremos o estudo das equações e inequações com foco nas equações e inequações
exponenciais tratando dos procedimentos para determinar o valor da incógnita.

Tanto a função exponencial como a logarı́tmica são classificadas como crescente ou decrescente. A curva
do gráfico dessas funções tem a função identidade como eixo de simetria, por serem inversas o gráfico de
uma é o gráfico da outra espelhada em relação à função y = x.

Para o estudo da função logarı́tmica passaremos pelo conceito de logaritmos e suas propriedades e, assim
como fizemos com as funções exponenciais vamos abordar as inequações logarı́tmicas.

Para o sucesso da aprendizagem dos assuntos desta unidade, a recomendação é a mesma das anteriores:
dedicação e assiduidade para compreensão da lógica, padrões e regras envolvidas nas funções postas.

Aos estudos!









82 UNIDADE III

FUNÇÃO EXPONENCIAL

As funções exponenciais são modelos matemáticos bem representativos do sistema de juros compostos
em que uma dı́vida cresce de modo exponencial. Portanto, muito utilizado na economia. Ela também
expressa um crescimento ou um decrescimento de uma situação. Este comportamento pode ser identificado
na dinâmica de crescimento populacional, especialmente, de microrganismos como as bactérias ou
decrescimento (falência) dos mesmos tipos.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos defini-la:

As funções exponenciais são da forma


f (x) = ax

em que a base a é uma constante positiva e a variável x é o expoente.


O gráfico deste tipo de função ou é crescente ou decrescente:

 x
1
f (x) = 2x f (x) =
2

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


83

Antes de sequenciarmos nosso estudo das funções exponenciais vamos relembrar as propriedades da
potenciação:

Propriedades da potenciação em N (Naturais ou Inteiros não negativos)

Propriedades Representação Exemplo

Multiplicação de mesma base ax · ay = ax+y 32 · 35 = 32+5 = 37


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ax 512
Divisão de mesma base = ax−y = 512−8 = 54
ay 58

Potência de potência (ax )y = ax·y (72 )6 = 72·6 = 712

Multiplicação de bases diferentes com mesmo expoente (ab)x = ax · bx (3 · 8)4 = 34 · 84

 a x  3
ax 15 153
Divisão de bases diferentes com mesmo expoente = =
b bx 2 23

Você sabe por que todo número elevado a zero é sempre igual a 1? A razão desta igualdade tem por
base a propriedade da divisão de potência de mesma base, veja:
 1
5 5 51
1= = = 1 = 51−1 = 50
5 5 5

5
Portanto, é uma divisão de bases iguais.
5


84 UNIDADE III

Propriedades da potenciação em Z− (Inteiros não Positivos)

Propriedades Representação Exemplo

3−2 · 3−5 = 3−2+(−5)

Multiplicação de mesma base ax · ay = ax+y


1
= 3−7 =
37

5−12
= 5−12−(−8)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5−8
ax
Divisão de mesma base = ax−y
ay 1
= 5−4 =
54

Potência de potência (ax )y = ax·y (7−2 )−6 = 7(−2)·(−6) = 712

(3 · 8)−4 = 3−4 · 8−4

Multiplicação de bases diferentes com mesmo expoente (ab)x = ax · bx


1 1
= ·
34 84

 a x  −3  3
ax 15 2 23
Divisão de bases diferentes com mesmo expoente = = =
b bx 2 15 153







FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA
85

Propriedades da potenciação em Q (Conjunto dos Números Racionais)

Propriedades Representação Exemplo

1 1 1 1 7
3 2 · 3 5 = 3( 2 + 5 ) = 3 10

Multiplicação de mesma base ax · ay = ax+y √


10
= 37

1
53 1 1 4
1 = 5( 3 − 7 ) = 5 21
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ax 57
Divisão de mesma base = ax−y √
ay 21
= 54

1 1 1 1 1
(7 2 ) 6 = 7 2 · 6 = 7 12

Potência de potência (ax )y = ax·y √


12
= 7

1 1 1
(3 · 8) 4 = 3 4 · 8 4

Multiplicação de bases diferentes com mesmo expoente (ab)x = ax · bx √ √


4 4
= 3· 8

 a x  1 1 √
ax 15 3 15 3 3
15
Divisão de bases diferentes com mesmo expoente = = = √
b bx 2 23
1 3
2








86 UNIDADE III

A Notação Cientı́fica é uma forma de expressar um número baseada nas propriedades de potência.

Para esta representação, utilizamos um número real pertencente ao intervalo [1, 9] multiplicado por
uma potência de 10 em que o valor do expoente é o número de casas que a vı́rgula teve que percorrer,
por exemplo:

• 478000 = 4, 78 · 105

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• 10000000 = 107

• 0, 0001 = 10−4

• 0, 00259 = 2, 59 · 10−3

PROPRIEDADES DE UMA FUNÇÃO EXPONENCIAL

Após esta revisão, vamos tratar das propriedades de uma função exponencial:

1a ) Na função exponencial f (x) = ax , se x = 0, temos:

f (0) = a0 = 1

Isto quer dizer que o par ordenado (0,1) pertence a toda função exponencial e, portanto, o gráfico da
função intercepta o eixo y no ponto (0,1).

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


87

2a ) Pela definição a > 0 e a �= 1, logo f (x) = ax > 0, ∀ ∈ R.


Portanto, a imagem da função é dada por Im(f ) = R∗+ , o conjunto dos números reais positivos.

3a ) Pela definição a > 0 e a �= 1, então, ax1 = ax2 ⇒ x1 = x2 .

4a ) Pela definição a > 0 e a �= 1, então temos duas possibilidades:


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Se 0 < a < 1:
x1 < x2 ⇒ f (x1 ) > f (x2 )

Portanto, a função é exponencial decrescente.

Se a > 1:
x1 < x2 ⇒ ax1 < ax2 ⇒ f (x1 ) < f (x2 )

Portanto, a função é exponencial crescente.

5a ) Na representação gráfica da função exponencial, temos uma reta horizontal assı́ntota (y = 0), que
representa o limite inferior da função.
 x
1
x
f (x) = 2 f (x) =
2

 3 x
Vamos analisar o gráfico da função f (x) = 2 mostrando a seguir:


88 UNIDADE III

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) A função é crescente ou decrescente?
Podemos observar que o gráfico é de uma função crescente. Além disso, como a base da função
exponencial, 32 , é maior que 1, temos que seu gráfico é crescente.

b) Qual o domı́nio e qual a imagem da função?


Percebemos que o domı́nio da função é dado por D(f ) = R pois x pode assumir qualquer valor real.
Também percebemos que y assume somente valores reais positivos e diferentes de zero. Portanto, a
imagem pode ser escrita como: Im = R∗+

27
c) Para quais valores de x tem-se y = 8 ?
27
Pelo gráfico, observamos que, quando y = 8 , temos x = 3 (Ponto D).

8
d) Para quais valores de x tem-se y > 27 ?
8
Pelo gráfico, observamos que, quando y = 27 , temos x = −3.
8
Logo, temos y > 27 quando x > −3 (Ponto A).

81
e) Para quais valores de x tem-se y < 16 ?
81
Pelo gráfico, observamos que, quando y = 16 , temos x = 4.
81
Logo, temos y < 16 quando x < 4 (Ponto E).




FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


89

EQUAÇÕES EXPONENCIAIS

Dado a clareza que temos sobre as funções exponenciais vamos aprofundar nossos estudos de equações
com a resolução de equações exponenciais em que a incógnita é o expoente. Para esta resolução vamos
reduzir 1o e o 2o membros a potências de mesma base.

2
Exemplo 1: Resolver a equação 5x · 54 = 55x
De acordo com as propriedades dos expoentes, podemos reescrever o 1o membro da equação:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2 +4
5x = 55x

Do lado esquerdo da igualdade conservamos a base e somamos os expoentes. Assim, como as bases são
iguais, os expoentes também são. Logo,
x2 + 4 = 5x

Agora, basta resolver a equação de 2o grau:

x2 − 5x + 4 = 0


−b ± Δ
x=
Δ = b2 − 4 · a · c 2·a

−(−5) ± 9
Δ = (−5)2 − 4 · 1 · 4 x=
2·1
5±3
Δ = 25 − 16 = 9 x=
2

Portanto, temos x1 = 4 e x2 = 1. E o conjunto solução é dado por S = {1, 4}.

Exemplo 2: Resolver a equação 2x · 27 = 3x · 8. Isolando no 1o membro as potências com incógnitas, ou


seja, dividindo ambos os membros por 3x · 27, obtemos:

2x · 27 3x · 8
x
= x
3 · 27 3 · 27

2x 8
=
3x 27


90 UNIDADE III

Assim, pela propriedade divisão de bases diferentes com mesmo expoente, podemos escrever:
 x  3
2 2
=
3 3

Novamente, temos bases iguais e, portanto, expoentes também iguais.


Isto é, x = 3. E o conjunto solução S = 3.

Exemplo 3: Resolver a equação 2x + 2x+3 − 2x−1 = 34.


Utilizando a propriedades multiplicação de mesma base dos expoentes, podemos reescrever o 1◦ membro:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2x + 2x · 23 − 2x · 2−1 = 34

Assim, como temos o fator comum 2x em todos os termos do 1◦ membro, podemos utilizar a fatoração
e colocar 2x em evidência, ou seja, escrever o 1o membro como o produto do fator comum 2x por uma
expressão mais simples (o resultado da divisão do 1◦ membro por 2x ):

2x · (1 + 23 − 2−1 ) = 34 (fator comum 2x em evidência)


 
1
2x · 1 + 8 − = 34 (resolvendo as potências)
  2
17
2x · = 34 (resolvendo as potências)
2
2 2
2x = 34 · (multiplicando os dois membros por 17 )
17
2x = 4 (multiplicando as frações)

2x = 22 (escrevendo 4 como potência de 2)

Portanto, como as bases são iguais, os expoentes também são. Logo, x = 2 e o conjunto solução será
S = {2}.

Exemplo 4: Resolver a equação 32x − 12 · 3x + 27 = 0.


Podemos reescrever a equação dada, utilizando da propriedade de potência de potência:

(3x )2 − 12 · 3x + 27 = 0

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


91

obtendo uma equação de 2◦ grau fazendo 3x = y:

y 2 − 12 · y + 27 = 0

ao resolver essa equação de 2◦ em y. Assim, y1 = 9 e y2 = 3.


Agora, vamos substituir os valores encontrados em 3x = y:

3x = 9 3x = 3

3x = 32 3x = 31
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

x=2 x=1

Portanto, o conjunto solução é dado por S = { 1, 2}.

INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS

Da forma que aprofundamos nossos estudos sobre equações, daremos a mesma tratativa para as inequações
exponenciais. A resolução é feita reduzindo-se o 1◦ e o 2◦ membros a potências de mesma base. Para
resolvê-las, devemos lembrar que:

1) Se a > 1, então a função exponencial é crescente e, portanto,

a x 1 < a x 2 ⇒ x 1 < x2

2) Se 0 < a < 1, então a função exponencial é decrescente e, portanto,

a x 1 < a x 2 ⇒ x 1 > x2


Exemplo 5: Resolver a inequação 8x > 3
4.
Para reduzir ambos os membros a potências de base 2, utilizamos a propriedade de expoentes racionais e
podemos escrever:

√ √
22 = (22) 3
3 3 1
8 = 23 4=


92 UNIDADE III

Assim, reduzindo ambos os membros a potências de base 2, temos:

1
(23 )x > (22 ) 3

2
23x > 2 3

Logo,
2 2
3x > ⇐⇒ x >
3 9
2
Portanto, o conjunto solução é dado por S = {x ∈ R |x > }.
9

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2 − 2x
Exemplo 6: Resolver a inequação (0, 09) 2 > 0, 027.
Atente que 0, 09 = 0, 32 e 0, 027 = 0, 33 .
Reduzindo ambos os membros a potências de mesma base 0,3 temos:

x2 − 2x
(0, 32 ) 2 > (0, 3)3

Simplificando o expoente 2 de 0,3 com o denominador expoente de 0, 32 , temos:

2 −2x
(0, 3)x > (0, 3)3

Como as bases são iguais a 0,3, escrevemos a equação:

x2 − 2x < 3

Então, basta resolver a inequação de 2◦ grau:

x2 − 2x − 3 < 0


−b ± Δ
2
Δ=b −4·a·c x=
2·a

−(−2) ± 16
Δ = (−2)2 − 4 · 1 · (−3) x=
2·1
2±4
Δ = 4 + 12 = 16 x=
2

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


93

Logo, temos x1 = 3 e x2 = −1, e que o gráfico da parábola será:


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Assim, para valores de x entre -1 e 3, os valores de y são negativos e obtemos o conjunto solução S =
{x ∈ R| −1 < x < 3}.

Exemplo 7: Resolver a inequação 3x+1 − 3x + 3x−1 ≥ 21.


para colocar 3x em evidência, escrevemos:

3x · 31 − 3x + 3x · 3−1 ≥ 21

3x (31 − 1 + 3−1 ) ≥ 21

Assim,
1
3x (3 − 1 + ) ≥ 21
3
7
3x ( ) ≥ 21
3
3
3x ≥ 21 ·
7

3x ≥ 9

3x ≥ 32

Portanto, x ≥ 2 e S = {x ∈ R| x ≥ 2}.


94 UNIDADE III

Exemplo 8: Resolver a inequação 52x − 30 · 5x + 125 ≤ 0.


Podemos reescrever a equação dada:

(5x )2 − 30 · 5x + 125 ≤ 0

obtendo uma equação de 2◦ grau em 5x . Fazendo 5x = y:

y 2 − 30 · y + 125 ≤ 0

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basta resolver essa equação de 2◦ em y. Assim,5 ≤ y ≤ 25.
Utilizando os valores encontrados, obtemos:

5 ≤ 5x ≤ 25

5 ≤ 5x ≤ 52

Portanto,1 ≤ x ≤ 2 e o conjunto solução é dado por S = {x ∈ R| 1 ≤ x ≤ 2}.

A Base da Função dada pelo número e


A letra e é a inicial do sobrenome de Leonhard Euler (1707-1783), que foi quem introduziu a notação.
A função f (x) = ex função de crescimento exponencial.

Como f (x) = ex tem propriedades especiais de cálculo que simplificam muitas situações, denominamos
e como base natural da função exponencial, que é chamada função exponencial natural.

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


95

e: A HISTÓRIA DE UM NÚMERO

MAOR, Eli

Editora: Record

Sinopse: A história de ’e’ já foi contada e recontada em trabalhos


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acadêmicos e livros populares e assim como o ’p’, um parente


próximo, exerce um papel central na matemática. Por outro
lado, como o ’p’, o ’e’ também nunca teve seu desenvolvimento
analisado para o público leigo. Os juros de uma conta bancária,
a disposição das sementes de um girassol ou o formato da
arcada de uma obra arquitetônica têm conexões com o misterioso
número ’e’. Neste livro, Eli Maor retrata os curiosos personagens
e matemáticos que foram envolvidos com a criação deste número,
em uma galeria que inclui desde Arquimedes até David Hilbert.
Mas o autor se detém ao explorar o desenvolvimento de um
perı́odo completo da História da Matemática, centrado na
invenção do cálculo, do inı́cio do século XVII ao final do século
XIX.

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Antes de tratarmos da função logarı́tmica, precisamos ser apresentados ao logaritmo. Esta palavra tem
origem no grego em que logo significa razão e arithmos se refere a número. Segundo Giovanni e Bonjorno
(2000), com o surgimento dos logaritmos, os procedimentos complicados de cálculos trigonométricos foram
simplificados na área de Astronomia e de Navegação, pois, ao utilizarmos logaritmos convergimos um
comportamento que é exponencial em linear cuja resolução é bem mais simples. Na sequência, vamos
estudar o conceito de logaritmo e suas propriedades para, em seguida, tratarmos das funções.


96 UNIDADE III

LOGARITMO

Logaritmo de um número positivo b numa base a, a > 0 e a �= 1 , é o expoente da potência a qual deve-se
elevar a para de obter b. Assim,
loga b = x ⇐⇒ ax = b

em que:

a é a base do logaritmo;

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b é o logaritmando;

x é logaritmo de b na base a.

PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS

Vamos considerar a, b e c números positivos, com a �= 1 e m um número real.

1) loga1 = 0, pois a0 = 1

2) logaam = m, pois am = am

3) alogab = b

4) logab = logac ⇐⇒b = c�

PROPRIEDADES OPERATÓRIAS

Vamos considerar a, b e c números positivos, com a �= 1 e m um número real.

1) loga (b · c) = loga b + loga c

b
2) loga = loga b − loga c
c

3) loga (bm ) = m · loga b

logc b
4) Mudança de base: loga b = , com c �= 1.
logc a

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


97

Para ampliar seus conhecimentos sobre logaritmo sugerimos que assista ao video disponivel no
Repertorio de Recursos educacionais multimı́dia para a matemática do ensino médio. Para fins de
ensino do assunto, é uma ótima dica para introduzir o conceito de logaritmo e mostrar aplicações e
utilidades do mesmo. Disponı́vel em: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1050>
Acesso em: 29 de jul. 2014.
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FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Seja a uma constante real positiva e a �= 1. Definimos função logarı́tmica na base a, a função f (x) = loga x,
que é a inversa da função exponencial, pois, de acordo com a definição de logaritmos:

loga x = y ⇐⇒ ay = x

Propriedades:

1) Na função logarı́tmica f (x) = loga x, se x = 1, temos:

f (1) = loga 1 = 0

Isto quer dizer que o par ordenado (1,0) pertence a toda função logarı́tmica e, portanto, o gráfico
da função intercepta o eixo x no ponto (1,0).

2) Como a > 0 e a �= 1, então temos duas possibilidades:

• Se 0 < a < 1:
x1 < x2 ⇒ loga x1 > loga x2 ⇒ f (x1 ) > f (x2 )

Portanto, a função logarı́tmica é decrescente.

• Se a > 1:
x1 < x2 ⇒ logax1 < log ax2 ⇒ f (x1) < f (x2)

Portanto, a função logarı́tmica é crescente.


98 UNIDADE III

3) Na representação gráfica da função logarı́tmica, temos uma reta vertical assı́ntota (x = 0),
que representa o limite esquerdo ou direito da função quando ela for decrescente ou crescente,
respectivamente.

Exemplo 9:

f (x) = log2 x f (x) = log 1 x


2

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INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

Assim como fizemos com as exponenciais vamos aprofundar nossos conhecimento acerca de inequações
logarı́tmicas. Mas, antes devemos lembrar:

1) Se a > 1, então a função logarı́tmica é crescente e, portanto,

loga x1 < loga x2 ⇒ x1 < x2

2) Se 0 < a < 1, então a função logarı́tmica é decrescente e, portanto,

loga x1 > loga x2 ⇒ x1 < x2

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


99

Exemplo 10: log2 x < log2 3 ⇐⇒ x < 3


E como, de acordo com a condição de existência, x > 0, então o conjunto solução é dado por S = {x ∈ R|
0 < x < 3}.

Exemplo 11: log0,2x < log0,26 ⇐⇒ x > 6


E como, de acordo com a condição de existência, x > 0, então o conjunto solução é dado por S = {x ∈ R|
0 < x < 6}.

Exemplo 12: Resolva a inequação log2 (3x − 6) < log2 (x + 4).


Solução: Conforme a propriedade de logaritmos, devemos ter:
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3x − 6 < x + 4

3x − x < 6 + 4

2x < 10

x<5

De acordo, com a condição de existência, 3x − 6 > 0 ⇒ x > 2.


Portanto, a solução é dada por S = {x ∈ R |2 < x < 5}.

Exemplo 13: Resolva a inequação log0,5(2x − 6) < log0,5(x−8).


Solução: Conforme a propriedade de logaritmos, devemos ter:

2x − 6 > x − 8

2x − x > 6 − 8

x > −2

De acordo, com a condição de existência, x − 8 > 0 ⇒ x > 8.


Portanto, a solução é dada pela intersecção dos dois intervalos, ou seja, S = {x ∈ R| x > 8}.


100 UNIDADE III

LOGARITMOS COM BASE 10

Quando a base do logaritmo é 10, não precisamos escrever o número da base, e denotamos a função
logarı́tmica por f (x) = log x, que é a função inversa da função exponencial f (x) = 10x . Assim,

y = log x se e somente se, 10y = x

Lembrando, também, que todas as propriedades de logaritmos vistas anteriormente são válidas para a
base 10.

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LOGARITMOS COM BASE e
Logaritmos com base e são chamados logaritmos naturais e utilizamos a notação ”ln” para representá-los.
Assim, a função logarı́tmica natural é dada por:

f (x) = loge x = ln x

Essa função é a inversa da função exponencial f (x) = ex . Assim,

y = ln x se, e somente se, ey = x

PROPRIEDADES BÁSICAS PARA LOGARITMOS NATURAIS

Sendo x e y números reais e x > 0, temos:

• ln 1 = 0

• ln e = 1

• ln ey = y

• elnx = x

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


101

UM POUCO MAIS SOBRE EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS

A partir do estudo de logaritmos, podemos agora estudar equações e inequações exponenciais que não
podem ser reduzidas a expoentes de mesma base.

Exemplo 14: Resolva a equação 2x = 5

Solução: Aplicando a propriedade de logaritmo, podemos escrever:

log2 2x = log2 5
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Portanto,
x = log25

O conjunto solução será S = {x ∈ R| x = log25}

Exemplo 15: Resolva a equação 5x+1 − 5x = 2x+3 − 2x

Solução: Utilizando as propriedades dos expoentes, podemos escrever:

5x (5 − 1) = 2x (8 − 1)

5x · 4 = 2x · 7
 x
5 7
=
2 4

Assim, aplicando a propriedade de logaritmo, temos:


 x
5 7
log 5 = log 5
2 2 2 4

Logo,
7
x = log 5
2 4
7
O conjunto solução será S = {log 5 }
2 4


102 UNIDADE III

Exemplo 16: Resolva a inequação 3 · 22x − 14 · 2x + 8 < 0

Solução: Fazendo 2x = y, temos:


3y 2 − 14y + 8 < 0

2
Resolvendo a inequação de 2o grau, obtemos 3 < y < 4.
Assim,
2
< 2x < 4
3
2
log2 < log2 2x < log2 4

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3

Portanto,
2
log2 <x<2
3

O conjunto solução será S = {x ∈ R| x = log2 32 < x < 2}.

APLICAÇÕES DAS FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMI-


CAS

São várias as situações do cotidiano em que podemos perceber a aplicação de funções exponenciais e
logarı́tmicas. Estudaremos, aqui, três exemplos muito utilizados de aplicações de funções exponenciais:
juros compostos, crescimento de população e proliferação de bactérias. Além desses, um exemplo muito
conhecido de função logarı́tmica: a escala Richter, usada para medir a intensidade de um terremoto.
Vamos lá!

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


103

Problema 1: A taxa de juros da caderneta de


poupança é 0,5% ao mês (creditado mensalmente).
Supondo somente esse juro, se aplicarmos R$100,00
hoje, quanto teremos daqui a onze meses? E daqui a
dez anos?

Solução: O regime de capitalização utilizado na


caderneta de poupança é o de juros compostos, que se
baseia no seguinte princı́pio:
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• Ao final do 1◦ perı́odo, os juros incidentes sobre o capital inicial são a ele incorporados, produzindo
o 1◦ montante.

• Ao final do 2◦ perı́odo, os juros incidem sobre o 1◦ montante e incorporam-se a ele, gerando o 2◦


montante.

• Ao final do 3◦ perı́odo, os juros, calculados sobre o 2◦ montante, incorporam-se a ele, gerando o 3◦


montante; e assim por diante.

De modo geral, um capital C, a juros compostos, aplicados a uma taxa unitária fixa i, durante n perı́odos,
produz:
M = C(1 + i)n

No problema dado temos: C = 100, i = 0, 5% = 0, 005 e n = 11 na primeira pergunta. Logo,

M = C(1 + i)n

M = 100(1 + 0, 005)11

M = 105, 64

Portanto, ao final de onze meses, teremos R$105,64. Agora, para n=10 anos ou 120 meses, temos:

M = C(1 + i)

M = 100(1 + 0, 005)120

M = 181, 94

E, portanto, ao final de 10 anos, teremos R$181,94.


104 UNIDADE III

Problema 2: Se uma população P está se modificando a uma taxa percentual constante r a cada ano,
então podemos escrever:
P (t) = P0 (1 + r)t

onde P0 é a população inicial, r é expresso como um número decimal e t é o tempo em anos. Determine
a função exponencial que determina a população que possui valor inicial igual a 12 e taxa de crescimento
de 8% ao ano. Qual a população encontrada após 5 anos?

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Solução: De acordo com as informações dadas, temos:
P0 = 12 e r = 8% = 0, 08
Assim, substituindo em P (t) = P0 (1 + r)t , obtemos:

P (t) = 12(1 + 0, 08)t

ou
P (t) = 12 · 1, 08t

que é a função exponencial desejada.


Agora, podemos determinar a população após 5 anos substituindo t por 5:

P (t) = 12 · 1, 085

P (t) ∼
= 17, 63

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


105

Problema 3: Suponha que há uma cultura de 100 bactérias localizadas em um objeto, de modo que o
número de bactérias dobra a cada hora. Conclua quando esse número chegará em 350.000 unidades.
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Solução: Podemos montar o modelo dessa população assim:

Total de bactérias após 1 hora: 100 · 2

Total de bactérias após 2 hora: 100 · 22

Total de bactérias após 3 hora: 100 · 23

..
.

Total de bactérias após t horas: P (t) = 100 · 2t

Assim, a função P (t) = 100 · 2t representa a população de bactérias t horas após a verificação inicial do
objeto.

Para que a população final seja de 350.000 bactérias, devemos fazer:

350000 = 100 · 2t

3500 = 2t

Assim, utilizamos as propriedades de logaritmos para obter:

log2 3500 = log2 2t

t∼
= 11, 774

Portanto, a população de bactérias será de 350.000 em, aproximadamente, 11 horas e 46 minutos.


106 UNIDADE III

Problema 4: A grandeza R de um terremoto, medido pela escala Richter, é R = log Ta + B onde a


é a amplitude (em micrômetros) do movimento vertical do solo, que é informado em um sismógrafo; T
é o perı́odo do abalo sı́smico em segundos e B é a amplitude do abalo sı́smico, com distância crescente
partindo do epicentro do terremoto. Com relação ao terremoto de 1999, em Atenas, na Grécia (R2 = 5, 9),
o quanto mais forte foi o terremoto de 2001, em Gujarat, na Índia (R1 = 7, 9).

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Solução: Sendo a1 a amplitude do terremoto em Gujarat e a2 a amplitude do terremoto em Atenas,
temos:

a1 a2 Fazendo R 1 − R2:
R1 = 7, 9 ⇒ log + B = 7, 9 R2 = 5, 9 ⇒ log + B = 5, 9
T T

a1 a2
(log + B) − (log + B) = 7, 9 − 5, 9
T T

a1 a2
log − log = 2
T T

Com as propriedades operatórias dos logaritmos:

a1
log =2
a2

E assim,
a1
= 102 = 100
a2

Portanto, o terremoto de Gujarat foi 100 vezes mais forte que o de Atenas.

FUNÇÕES: EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


107

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao ler estas breves considerações finais esperamos você tenha alcançado os objetivos de aprendizagem por
nós pretendidos. Neste momento da graduação ao retomar assuntos já vistos durante a Educação Básica
nossa preocupação foi para você enquanto estudante não ter dúvidas.

Para qualificar sua visualização das curvas dos gráficos recomendamos que se utilize de softwares
matemáticos. Indicamos, em especial o Geogebra (http://web.geogebra.org/chromeapp/ ) software intuitivo
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que processa de modo online. Contudo, o esboço do gráfico no papel é importante para você entender o
processo de construção. Ao realizar os exercı́cios procure fazer das duas formas.

As funções exponenciais e logarı́tmicas fazem parte dos conteúdos programáticos do Ensino Médio nı́vel
de ensino que você poderá atuar o se formar em Matemática. Portanto, sua compreensão destas funções
é imprescindı́vel!

Por fim, consulte os recursos pedagógicos dispostos na Unidade V deste material e confira possibilidades
de ilustração das suas futuras aulas sobre os assuntos que acabou de estudar. E, não deixe de fazer as
atividades da sequência.


ATIVIDADES DE AUTOESTUDO

1. Classifique as igualdades das equações como (V) verdadeiras ou (F) falsas.


a) ( ) 23 · 220 = 260 d) ( ) (2 + 3)2 = 22 + 32
 −2
2 49
b) ( ) (32 )3 = 36 e) ( ) =
7 4
35
c) ( ) (52 )4 = 516 f) ( ) −2 = 3 7
3

2. Aplique as propriedades das potências para resolver as setenças:


a) (−2)3 =
j) (0, 5)3 =
b) 120 =
k) 151 =
c) 5001 =
l) 900 =
d) 1000 =
m) 020 =
e) 03 =  −1
 −1 1
4 n) =
f) = 2
3  −2
2
g) 5−1 = o) =
3
 3
h) 2−3 = 4
p) =
i) (−3)4 = 5

3. Represente graficamente:

a) f (x) = 3x

b) f (x) = 5x
 x
5
c) f (x) =
2

4. Resolva as seguintes equações:


a) 3x = 32 i) 4x+1 = 82x−3
1
b) 16x = 32 j) 2x =
 x  4 32
3 7
c) = k) 7x = −1
7 3

5. A definição de uma função diz que uma função f de R em R tal que, para todo x ∈ R ,tenhamos
f (x) = ax onde a ∈ R, a > 0 e a �= 1; esta função será chamada de função exponencial, baseados
nesta definição analise as afirmativas a seguir:
108 - 109

I) Na função exponencial f (x) = 3x , temos a = 3; e uma das imagens possı́veis nesta função será:

f (0) = 1, f ( 12 ) = 3 e f (3) = 27.

II) Na função f (x) = ( 13 )x , temos a+ 13 e utilizando os valores (-2, 0, 1, 2, 3) suas possı́veis imagens
1 1
serão: (9, 27 , 9 , −3, 1).

III) O gráfico da função exponencial sempre corta o eixo y no ponto (0,1).

IV) O gráfico da função exponencial nunca toca o eixo X.

V) A função exponencial é sobrejetora, não é injetora e é bijetora, e em consequência disto, ela


não admite inversa.

De acordo com as análises realizadas é correto afirmar:

a) ( ) Somente a V está correta.

b) ( ) Somente as alternativas II e V estão corretas.

c) ( ) Somente as alternativas I, III e IV estão corretas

d) ( ) Somente as alternativas II e IV estão corretas.

e) ( ) Todas as alternativas estão corretas.

6. Resolva as inequações:

a) 3x < 81
 x  3
1 1
b) >
2 3
c) (2x )2 − 6 · 2x + 8 > 0
 x 2  x
1 1
d) −6· +8>0
2 2

7. Dada as funções y = ax e y = bx com a > 0 e b > 0 , ao representar graficamente podemos observar


que as funções têm gráficos que se interceptam em:
a) nenhum ponto; d) 1 ponto;

b) 2 pontos; e) infinitos pontos.

c) 4 pontos;

8. O número real M que satisfaz à equação 32x − 4 · 3M = 0, encontre M 2 .

9. Determine o domı́nio, a imagem e esboce o gráfico da função f (x) = y = log (7x).


10. Analise a figura abaixo, observe que neste plano cartesiano estão representados o gráfico da função
y = log2 x e o retângulo ABCD, cujos lados são paralelos aos eixos coordenados:

Sabendo que os pontos B e D pertencem ao gráfico da


função y = log2 x, e as abscissas dos pontos A e B são,
1
respectivamente, 4 e 8.

Após analisar o gráfico, é CORRETO afirmar que a área


do retângulo ABCD é:
a) ( ) 38,75. c) ( ) 38,25.

b) ( ) 38. d) ( ) 38,5.

11. Um grupo de pesquisadores observaram um grupo de indivı́duos de determinada espécie por alguns
dias e registraram que o número, determinado grupo de animais após x dias de liberação de um dos
seus predadores naturais, é expresso pela seguinte função:

4
f (x) = log5 √
3 (x )
5

Se este predador foi liberado por 5 dias, o número de indivı́duos desse grupo presentes no ambiente
será igual a: (Obs: considere o grupo de animais em centenas)

a) ( )3 b) ( )4 c) ( ) 300 d) ( ) 400

12. A figura abaixo representa um gráfico de uma função logarı́tmica com o comportamento da função
logarı́tmica na base a. Logo, o valor de a é:

1
a) ( ) 10 b) ( )2 c) ( )1 d) ( ) 2 e) ( ) -2
110 - 111
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani

IV
UNIDADE
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer, definir e caracterizar uma função trigonométrica.
■■ Apropriar-se da linguagem matemática de uma função
trigonométrica.
■■ Calcular medidas de ângulos notáveis envolvendo funções
trigonomátricas.
■■ Reconhecer e interpretar gráficos de funções trigonométricas.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Função Seno
■■ Função Cosseno
■■ Função Tangente
■■ Função Cotangente
■■ Função Secante e Cossecante
■■ Funções Trigonométricas Inversas
113

INTRODUÇÃO

Chegamos à penúltima unidade do nosso estudo em que trataremos das funções trigonométricas, funções
tão importantes quanto às anteriores, já estudadas. Essas funções são definidas ao dispormos os valores
de senos, cossenos e tangentes em um plano cartesiano, bem como suas recı́procas: cotangente, secante e
cossecante.

A caracterı́stica de periodicidade das funções trigonométricas as tornam muito aplicáveis aos fenômenos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

periódicos observados na natureza de comportamento cı́clico. Nos gráficos das funções, nas páginas a
seguir o conceito de amplitude e perı́odo serão bem representados em ciclos que se repetem infinitamente.

O texto desta unidade é exaustivamente algébrico e exige dedicação e insistência para não se perder
e desistir. Além da importância de apropriação do conhecimento de funções trigonométricas para sua
atuação de professor, é também pré-requisito para as disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral que
você estudará na sequência do curso. Então vamos a mais uma etapa!

Bons estudos!








114 UNIDADE IV

FUNÇÃO SENO

Consideremos um cı́rculo trigonométrico, centrado na origem O de um sistema cartesiano ortogonal e com


a origem A dos arcos no semieixo positivo das abscissas. No cı́rculo trigonométrico, o raio é tomado como
uma unidade de comprimento. Então, o ponto A tem coordenadas (1,0). Na figura, α é a medida do
ângulo agudo AÔP e o triângulo OP1 P é retângulo.

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Portanto, continua válida a definição de seno para ângulos agudos num triângulo retângulo:

P1 P
sen(α) =
OP

onde OP = 1 e P1 P é a ordenada de P, ou seja, podemos dizer que:

sen(α) = ordenada de P

Assim, podemos ampliar o conceito de seno para qualquer número real α usando a ordenada de P, imagem
de α no cı́rculo trigonométrico.

Definição 1: Função seno (sen) é a função, de R em R, que a todo número α associa a ordenada do
ponto P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico.

sen :R → R

α → sen(α) = OP2

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
115
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

OP2 é a medida algébrica do segmento, OP2 quando o raio é tomado como unidade. Dizemos também
 e indicamos:
que OP2 é o seno de AÔP ou de OP

 ) = sen(OP
sen(AOP  ) = OP2

O eixo y passa a ser denominado eixo dos senos.

CASOS PARTICULARES

π 3π
Na figura anterior, percebemos que, quando α assume os valores zero, , π e , o ponto P coincide,
2 2
respectivamente, com A(1,0), B(0,1), C(-1,0) e D(0,-1). Então, temos:

sen(0) = sen(0◦ ) = 0 sen(π) = sen(180◦ ) = 0


π   

sen = sen(90◦ ) = 1 sen = sen(270◦ ) = −1
2 2







116 UNIDADE IV

SINAL

Vamos analisar o sinal de senα quando P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico, pertence a cada um
dos quadrantes, sendo P2 a projeção ortogonal de P sobre o eixo dos senos:

P no 1◦ quadrante P no 2◦ quadrante

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
P2 acima de O ⇒ sen(α)> 0 P2 acima de O ⇒ sen(α) > 0

P no 3◦ quadrante P no 4◦ quadrante

P2 abaixo de O ⇒ sen(α) < 0 P2 abaixo de O ⇒ sen(α) < 0

ALGUNS VALORES NOTÁVEIS


π  π  π 
Os ângulos de 30◦ rad ), 45◦ rad e 60◦ rad são os mais utilizados na trigonometria e, por isso,
6 4 3
π π
recebem o nome de notáveis, assim como seus múltiplos. Usando os valores dos senos de (30◦ ), (45◦ )
6 4
π
e (60◦ ) e a simetria em relação ao eixo das abscissas, podemos obter mais alguns valores da função seno:
3

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
117

π 1
sen = sen(30◦ ) =
6 2
5π 1
sen = sen(150◦ ) =
6 2
7π 1
sen = sen(210◦ ) = −
6 2
11π 1
sen = sen(330◦ ) = −
6 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


π 2
sen = sen(45◦ ) =
4 2

3π 2
sen = sen(135◦ ) =
4 2

5π 2
sen = sen(225◦ ) = −
4 2

7π 2
sen = sen(315◦ ) = −
4 2


π ◦ 3
sen = sen(60 ) =
3 2

2π 3
sen = sen(120◦ ) =
3 2

4π 3
sen = sen(240◦ ) = −
3 2

5π 3
sen = sen(300◦ ) = −
3 2


118 UNIDADE IV

SENO DE UM NÚMERO NEGATIVO

Qualquer que seja o número real α > 0, as imagens P e P’ no cı́rculo trigonométrico, respectivamente de
α e de -α são simétricas entre si em relação ao eixo das abscissas. Também, suas projeções ortogonais
sobre o eixo dos senos, P2 e P2 ’, são simétricas entre si em relação a origem O. Assim,

sen(−α) = −sen(α), para todo α ∈ R

Logo, a função seno é ı́mpar.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SENO DE ARCOS CÔNGRUOS

Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α + k 2π, k ∈ Z, têm a mesma origem A e a
mesma extremidade P. Logo,
sen(α) = sen(α + k2π), k ∈ Z

PERIODICIDADE, DOMÍNIO E IMAGEM DA FUNÇÃO SENO

Vamos analisar a periodicidade da função seno.


Como há repetição dos valores de sen(α) de 2π em 2π, 4π em 4π e 6π em 6π, podemos escrever:

sen(α) = sen(α + 2π) = sen(α + 4π) = sen(α + 6π) = · · · = sen(α + k2π), k ∈ Z

Portanto, Seno é função periódica de perı́odo 2π.


O domı́nio da função seno é R e a imagem está definida no intervalo [-1,1]. Isso porque, sempre podemos
tomar a ordenada de um ponto que represente qualquer α ∈ R, e no cı́rculo trigonométrico as ordenadas
variam entre -1 e 1.






FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
119

GRÁFICO DA FUNÇÃO SENO

Vamos analisar o comportamento da função f (x) = sen(x), para x ∈ [0, 2π]:

1o Q 2o Q 3o Q 4o Q

x f (x) x f (x) x f (x) x f (x)


π 3π
0 0 2 1 π 0 2 -1
√ √
π 1 2π 3 7π 3
6 2 3 2 6 - 12 5π
3 - 2
√ √ √ √
2 2
π 3π 5π
- 22 7π
- 22
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

4 2 4 2 4 4
√ √
3
π
3 2

6
1
2

3 - 23 11π
6 - 12

Percebemos, então, que a função f (x) = sen(x), para x ∈ [0, 2π], é crescente no 1◦ e 4◦ quadrantes e
decrescente no 2◦ e 3◦ . As intersecções com o eixo x acontecem quando x = 0, x = π e x = 2π. Assim,
fazendo a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da função:

Exemplo 1: Determine o domı́nio e a imagem da função f (x) = 3 + 2sen(x).


O domı́nio da função seno é o conjunto dos números reais. Logo, a função f (x) = 3 + 2sen(x) também
tem domı́nio D(f ) = R.
Para determinar a imagem, fazemos:
(y − 3)
y = 3 + 2sen(x) ⇒ sen(x) =
2
Agora, lembrando que a imagem da função seno é dada por Im(f ) = [−1, 1], podemos escrever:

(y − 3)
−1 ≤ sen(x) ≤ 1 ⇒ −1 ≤ ≤1
2

Logo,
(y − 3)
−1 ≤ ≤ 1 ⇒ −2 ≤ y − 3 ≤ 2
2

⇒1≤y≤5

Portanto, a imagem da função f (x) = 3 + 2sen(x) é Im(f ) = [1, 5].


120 UNIDADE IV

FUNÇÃO COSSENO

Na figura, α é a medida do ângulo agudo AÔP e o triângulo OP1 P é retângulo.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Portanto, continua válida a definição de cosseno para ângulos agudos num triângulo retângulo:

(OP1 )
cos(α) =
OP

onde OP = 1 e OP1 é a abscissa de P, ou seja, pode-se dizer que:

cos(α) = abscissa de P

Assim, podemos ampliar o conceito de cosseno para qualquer número real α, usando a abscissa de P,
imagem de α no cı́rculo trigonométrico.

Definição 2: Função cosseno (cos) é a função, de R em R, que a todo número α associa a abscissa do
ponto P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico.

cos :R → R

α → cos(α) = OP1

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
121
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

 e indicamos:
Dizemos também que OP1 é o cosseno de AÔP ou de AP

 ) = cos(AP
cos(AOP  ) = OP1

O eixo x passa a ser denominado eixo dos cossenos.

CASOS PARTICULARES

π 3π
Na figura anterior, percebemos que, quando α assume os valores zero, , π e , o ponto P coincide,
2 2
respectivamente, com A(1,0), B(0,1), C(-1,0) e D(0,-1). Então, temos:

cos(π) = cos(180◦ ) = −1
 
cos(0) = cos(0◦ ) = 1 3π
cos = cos(270◦ ) = 0
π  2
cos = cos(90◦ ) = 0
2








122 UNIDADE IV

SINAL

Vamos analisar o sinal de cos(α) quando P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico, pertence a cada um
dos quadrantes, sendo P1 a projeção ortogonal de P sobre o eixo dos cossenos:

P no 1◦ quadrante P no 2◦ quadrante

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
P1 à direita de O ⇒ cos(α) > 0 P1 à esquerda de O ⇒ cos(α) < 0

P no 3◦ quadrante P no 4◦ quadrante

P1 à esquerda de O ⇒ cos(α) < 0 P1 à direita de O ⇒ cos(α) > 0

ALGUNS VALORES NOTÁVEIS

Do mesmo modo que para o seno, podemos calcular alguns cossenos de ângulos que são bastante utilizados
π  π  π 
na trigonometria: 30◦ rad , 45◦ rad e 60◦ rad e seus múltiplos.
6 4 3
π π π
Usando os valores dos cossenos de (30◦ ), (45◦ ) e (60◦ ) e a simetria em relação aos eixos coordenados,
6 4 3
obtemos mais alguns valores da função cosseno:

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
123


π 3
cos = cos(30◦ ) =
6 2

5π 3
cos = cos(150◦ ) = −
6 2

7π 3
cos = cos(210◦ ) = −
6 2

11π 3
cos = cos(330◦ ) =
6 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


π 2
cos = cos(45◦ ) =
4 2

3π 2
cos = cos(135◦ ) = −
4 2

5π 2
cos = cos(225◦ ) = −
4 2

7π ◦ 2
cos = cos(315 ) =
4 2

π 1
cos = cos(60◦ ) =
3 2
2π 1
cos = cos(120◦ ) = −
3 2
4π 1
cos = cos(240◦ ) = −
3 2
5π 1
cos = cos(300◦ ) =
3 2


124 UNIDADE IV

COSSENO DE UM NÚMERO NEGATIVO

Qualquer que seja o número real α > 0, as imagens P e P’ no cı́rculo trigonométrico, respectivamente de
α e de -α são simétricas entre si em relação ao eixo das abscissas. Assim, cos(−α) = cos(α), para todo
α ∈ R. Logo, a função cosseno é par.

COSSENOS DE ARCOS CÔNGRUOS

Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α + k2π, k ∈ Z, tem a mesma origem A e a

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mesma extremidade P. Logo,
cos(α) = cos(α + k2π), k ∈ Z

PERIODICIDADE, DOMÍNIO E IMAGEM DA FUNÇÃO COSSENO

Como há repetição dos valores de cos α de 2π em 2π, 4π em 4π e 6π em 6π, podemos escrever:

cos(α) = cos(α + 2π) = cos(π + 4π) = cos(α + 6π) = · · · = cos(α + k2π), kπZ

Portanto, Cosseno é função periódica de perı́odo 2π.


O domı́nio da função cosseno é R e a imagem é [-1,1]. Isso porque sempre podemos tomar a abscissa de
um ponto que represente qualquer α ∈ R, e no cı́rculo trigonométrico as abscissas variam entre -1 e 1.

GRÁFICO DA FUNÇÃO SENO

Vamos analisar o comportamento da função f (x) = cos(x), para x ∈ [0, 2π]:

1o Q 2o Q 3o Q 4o Q

x f (x) x f (x) x f (x) x f (x)


π 3π
0 1 2 0 π -1 2 0
√ √
π 3 2π 3
6 2 3 - 12 7π
6 - 2

3
1
2
√ √ √ √
2 2
π
4 2

4 - 2

4 - 22 7π
4 2
2

√ √
π
3
1
2

6 - 23 4π
3 - 12 11π
6 2
3

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
125

Percebemos, então, que a função f (x) = cosx, para x ∈ [0, 2π], é crescente no 3◦ e 4◦ quadrantes e
π 3π
decrescente no 1◦ e 2◦ . As intersecções com o eixo x acontecem quando x = 2 ex= 2 . Assim, fazendo
a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da função:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplo 2: Determine o perı́odo da função f (x) = cos2x e, em seguida, o represente graficamente.


Sabemos que o perı́odo da função f (x) = cosx é 2π. Para determinar o perı́odo da função f (x) = cos2x,
vamos fazer uma tabela:

x 2x cos 2x

0 0 1
π π π 1
6 = 30o 2· 6 = 3 = 60o cos60o = 2
π π π
4 = 45o 2· 4 = 2 = 90o cos90o = 0
π π 2π
3 = 60o 2· 3 = 3 = 120o cos120o = − 12
π π
2 = 90o 2· 2 = π = 180o cos180o = 0

π 2 · π = 360o cos360o = 1

Assim, percebemos que a partir do valor de x = π, temos que o valor de f (x) = cos2x começa a se repetir.
Portanto, o perı́odo da função f (x) = cos2x é π. Veja o gráfico:


126 UNIDADE IV

FUNÇÃO TANGENTE

Pela origem A dos arcos, consideremos o eixo AU com as caracterı́sticas:

• AU é paralelo ao eixo y.

• A unidade de medida e o sentido de AU são os mesmos do eixo y.

• A origem de AU é A.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na figura, α é a medida do ângulo agudo AÔP e o triângulo OAT é retângulo, logo:

AT
tg(α) =
OA

onde OA=1 e AT é a ordenada de T, ou seja:

tg(α) = ordenada de T

Podemos, então, ampliar o conceito de tangente para um número real α, usando a ordenada de T, ponto
de intersecção de AU com OP, onde P é a imagem de α no cı́rculo trigonométrico. Antes de dar a
definição, observamos que existe o ponto T se, e somente se, P não coincide com B ou D. Como a B e a
π
D correspondem os números + kπ, k ∈ Z, podemos escrever:
2
π
Existe T, ponto de intersecção de AU com OP se, e somente se, P é a imagem de α �= + kπ, k ∈ Z, no
2
cı́rculo trigonométrico.

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
127

π π
Observe que a restrição α �= é natural porque, se α = , não existirá tg(α), pois sabemos que
2 2  π
(sen(α)) π π π sen 1
tg(α) = e, como cos = 0 e sen = 1, terı́amos tg =  π2  = , que não pode ser
(cos(α)) 2 2 2 cos 0
2
encontrado.

π
Geometricamente, podemos analisar esse fato observando que, à medida que α se aproxima de , tg(α)
π 2
assume valores cada vez maiores, sem que haja um valor para representar tg .
2

 
π
Definição 3: Função tangente (tg) é a função, de R−
+kπ, k ∈ Z em R, que a todo número α associa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2
a ordenada do ponto T, intersecção de AU com OP, onde P é a imagem de α no cı́rculo trigonométrico.
 
π
tg :R − + kπ, k ∈ Z →R
2
α → tg(α) = At

 e escrevemos:
Dizemos também que AT é a tangente de AÔP ou de AP

 ) = tg(AP
tg(AOP  ) = AT

O eixo AU passa a ser denominado eixo das tangentes.


128 UNIDADE IV

CASOS PARTICULARES

Na figura anterior, percebemos que, quando α assume os valores zero ou π, P coincide, respectivamente,
com A(1,0) ou C(-1,0), e T coincide com A(1,0). Logo:

tg(0) = tg(0o ) = 0 tg(π) = tg(180o ) = 0

SINAL

Vamos estudar o sinal de tg(α) quando P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico, pertence a cada um
dos quadrantes:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
P no 1◦ quadrante P no 2◦ quadrante

T acima de A ⇒ tg(α) > 0 T abaixo de A ⇒ tg(α) < 0

P no 3◦ quadrante P no 4◦ quadrante

T acima de A ⇒ tg(α) > 0 T abaixo de A ⇒ tg(α) < 0

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
129

ALGUNS VALORES NOTÁVEIS


π  π  π 
A tangente dos ângulos de 30◦ rad , 45◦ rad e 60◦ rad também é bastante utilizada. Por isso,
6 4 3
π π π
usando os valores das tangentes de (30◦ ), (45◦ ) e (60◦ ) e a simetria em relação ao eixo das abscissas,
6 4 3
vamos obter mais alguns valores da função tangente:


π 3
tg = tg(30◦ ) =
6 3

5π 3
tg = tg(150◦ ) = −
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

6 3

7π 3
tg = tg(210◦ ) =
6 3

11π 3
tg = tg(330◦ ) = −
6 3

π
tg = tg(45◦ ) = 1
4

tg = tg(135◦ ) = −1
4

tg = tg(225◦ ) = 1
4

tg = tg(315◦ ) = −1
4

π √
tg = tg(60◦ ) = 3
3
2π √
tg = tg(120◦ ) = − 3
3
4π √
tg = tg(240◦ ) = 3
3
5π √
tg = tg(300◦ ) = − 3
3


130 UNIDADE IV

TANGENTE DE UM NÚMERO NEGATIVO

Qualquer que seja o número real α > 0, as imagens P e P’ no cı́rculo trigonométrico, respectivamente de
α e de -α são simétricas entre si em relação ao eixo das abscissas. Para α no domı́nio da função tangente,
as intersecções OP e OP’ com AU, respectivamente, T e T’ são simétricas entre si em relação a A. Assim,

tg(−α) = −tg(α), para todo α no domı́nio da tangente

Logo, a função tangente é ı́mpar.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TANGENTE DE ARCOS CÔNGRUOS

Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α + k2π, k ∈ Z, tem a mesma origem A e a
mesma extremidade P. Logo,

tg(α) = tg(α + k2π), k ∈ Z, α no domı́nio da tangente.

PERIODICIDADE, DOMÍNIO E IMAGEM DA FUNÇÃO TANGENTE

Há repetição dos valores de tg(α) de π em π, 2π em 2π, de 3π em 3π, etc:

tg(α) = tg(α + π) = · · · = tg(α + kπ), k ∈ Z

Portanto, Tangente é função periódica de perı́odo π.


O domı́nio da função tangente é

π
D = R − {x|x �= + kπ, k ∈ Z}
2

e a imagem é R.

GRÁFICO DA FUNÇÃO TANGENTE


 
π 3π
Vamos analisar o comportamento da função f (x) = tgx, para x ∈ , :
2 2

2π 3π 5π 7π 5π 4π
x 3 4 6 π 6 4 3
√ √
3

3

f (x) − 3 −1 − 3 0 3 1 3

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
131

 
π 3π
Percebemos, então, que a função f (x) = tg(x), para x ∈
, , é crescente e a intersecção com o eixo
2 2
x acontece quando x = π. Assim, fazendo a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da
função:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

π
Exemplo 3: Determine o domı́nio da função f (x) = tg e, em seguida, esboce o seu gráfico.
2
π
Já sabemos que o domı́nio da função f (x) = tg(x) é dado por: D = R − {x| x �= + kπ, k ∈ Z}. Para
2
π
determinar o domı́nio de f (x) = tg , vamos fazer:
2

π π
�= + kπ, k ∈ Z ⇒ x �= π + 2kπ, k ∈ Z
2 2

π
Logo, escrevemos o domı́nio de f (x) = tg como:
2

D = R − {x|x �= π + 2kπ, k ∈ Z}

Agora, vamos construir uma tabela:

x
x 2 tg x2

0 0 0

π π 3
3 = 60o 6 = 30o tg30o = 3
π π
2 = 90o 4 = 45o tg45o = 1
π
π = 180o 90o tg90o =� ∃




132 UNIDADE IV

Veja o gráfico:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNÇÃO COTANGENTE

Vamos considerar o eixo BG com as seguintes caracte-


rı́sticas:

• BG é paralelo ao eixo x.

• A unidade de medida e o sentido de BG são os


mesmos do eixo x.

• A origem de BG é B.

Na figura, α é a medida do ângulo agudo BGO e o triângulo OBG é retângulo, logo:

BG
cotg(α) =
OB

onde OB=1 e BG é a abscissa de G, ou seja:

cotg(α) = abscissa de G

Podemos, então, ampliar o conceito de cotangente para um número real α, usando a abscissa de G, ponto
de intersecção de BG com OP, onde P é a imagem de α no cı́rculo trigonométrico.
Antes de dar a definição, observamos que existe o ponto G se, e somente se, P não coincide com A ou C.
Como a A e a C correspondem os números kπ, k ∈ Z, podemos escrever:

Existe G, ponto de intersecção de BG com OP se, e somente se, P é a imagem de α �= kπ, k ∈ Z, no


cı́rculo trigonométrico.

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
133

Observe que a restrição α �= π é natural porque, se α = π, não existirá cotgα, pois sabemos que cotgα =
(cosα) (cosπ) (−1)
e, como senπ = 0 e cosπ = −1, terı́amos cotgπ = = , que não pode ser encontrado.
(senα) (senπ) 0
Geometricamente, podemos analisar esse fato observando que, à medida que α se aproxima de π, cotgα
assume valores cada vez maiores, sem que haja um valor para representar cotgπ.

Definição 3: Função cotangente (cotg) é a função, de R−{kπ, k ∈ Z} em R, que a todo número α associa
a abscissa do ponto G, intersecção de BG com OP, onde P é a imagem de α no cı́rculo trigonométrico.

cotg :R − {kπ, k ∈ Z} → R
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

α → cotgα = BG

O eixo BG passa a ser denominado eixo das cotangentes.

CASOS PARTICULARES

π 3π
Na figura anterior, percebemos que, quando α assume os valores ou , P coincide, respectivamente,
2 2
com B(0,1) ou D(0,-1), e G coincide com B(0,1). Logo:
π 3π
cotg = cotg90o = 0 cotg = cotg270o = 0
2 2








134 UNIDADE IV

SINAL

Vamos estudar o sinal de cotgα quando P, imagem de α no cı́rculo trigonométrico, pertence a cada um
dos quadrantes:

P no 1◦ quadrante P no 2◦ quadrante

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
G a direita de B ⇒ cotg(α) > 0 G a esquerda de B ⇒ cotg(α) < 0

P no 3◦ quadrante P no 4◦ quadrante

G a direita de B ⇒ cotg(α) > 0 G a esquerda de B ⇒ cotg(α) < 0

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
135

TANGENTE DE ARCOS CÔNGRUOS

Qualquer que seja o número real α, os arcos de medidas α e α + k2π, k ∈ Z, tem a mesma origem A e a
mesma extremidade P. Logo,

tg(α) = tg(α + k2π), k ∈ Z, alpha no domı́nio da tangente

PROPRIEDADES DA FUNÇÃO TANGENTE

A função cotangente é ı́mpar. Logo,


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

cotg(−α) = −cotg(α), para todo α no domı́nio da cotangente.

Há repetição dos valores de cotgα de π em π, 2π em 2π, de 3π em 3π, etc:

cotg(α) = cotg(α + π) = · · · = cotg(α + kπ), k ∈ Z

Portanto, Cotangente é função periódica de perı́odo π.

O domı́nio da função cotangente é

D = R − {x|x �= kπ, k ∈ Z}

e a imagem é R.

GRÁFICO DA FUNÇÃO COTANGENTE

Vamos analisar o comportamento da função f (x) = cotgx, para x ∈]0, π[:

π π π π 2π 3π 5π
x 6 4 3 2 3 4 6
√ √
3

3

f (x) 3 1 3 0 − 3 −1 − 3

Percebemos, então, que a função f (x) = cotgx, para x ∈]0, π[, é decrescente e a intersecção com o eixo
π
x acontece quando x = 2. Assim, fazendo a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da
função:


136 UNIDADE IV

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNÇÃO SECANTE E FUNÇÃO COSSECANTE

Ao contrário das funções trigonométricas vistas anteriormente, essas duas últimas possuem um eixo móvel.
Isto quer dizer que, para cada ponto P da circunferência, devemos traçar a reta tangente e ela no ponto
P. Se considerarmos que essa reta corta o eixo dos cossenos em um ponto Q e o eixo dos senos em um
ponto R, denominamos sec(α) a medida OQ e cossec(α) a medida OR.

PROPRIEDADES DA FUNÇÃO SECANTE

A função f (x) = sec(x) está definida para todo valor de x ∈ R, desde que cos x �= 0. Logo, seu domı́nio
pode ser escrito:
π
D = R − {x|x � = + kπ, k ∈ Z}
2
Sua imagem é dada pelo conjunto Im = R − (−1, 1).

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
137

O sinal da função f (x) = secx tem o mesmo comportamento do sinal da função f (x) = cosx, ou seja, é
positiva no 1◦ e no 4◦ quadrantes e negativa no 2◦ e 3◦ . A função f (x) = secx é par, pois sec(−x) = secx
e é periódica de perı́odo 2π.

GRÁFICO DA FUNÇÃO SECANTE

Vamos analisar o comportamento da função f (x) = sec(x):

1o Q 2o Q 3o Q 4o Q

x f (x) x f (x) x f (x) x f (x)


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

π 3π
0 1 2 �∃ π -1 2 �∃
√ √
2 3
π
6 3

3 -2 7π
6 -233 5π
3 2
π
√ 3π
√ 5π
√ 7π

4 2 4 - 2 4 - 2 4 2
√ √
π
3 2 5π
6 -233 4π
3 -2 11π
6
2 3
3

Assim, fazendo a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da função:

PROPRIEDADES DA FUNÇÃO COSSECANTE

A função f (x) = cossec(x) está definida para todo valor de x ∈ R, desde que senx �= 0. Logo, seu domı́nio
pode ser escrito:
D = R − {x|x �= kπ, k ∈ Z}

Sua imagem é dada pelo conjunto Im = R − (−1, 1).


O sinal da função f (x) = cossec(x) tem o mesmo comportamento do sinal da função f (x) = senx, ou
seja, é positiva no 1◦ e no 2◦ quadrantes e negativa no 3◦ e 4◦ . A função f (x) = cossec(x) é ı́mpar, pois
cossec(−x) = −cossec(x) e é periódica de perı́odo 2π.


138 UNIDADE IV

GRÁFICO DA FUNÇÃO COSSECANTE

Vamos analisar o comportamento da função f (x) = cossec(x):

1o Q 2o Q 3o Q 4o Q

x f (x) x f (x) x f (x) x f (x)


π 3π
0 �∃ 2 1 π �∃ 2 -1
√ √
2 3
π
6 2 2π
3 3

6 -2 5π
3 -233
√ √ √ √

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
π 3π 5π 7π
4 2 4 2 4 - 2 4 - 2
√ √
2 3
π
3 3

6 2 4π
3 -233 11π
6 -2

Assim, fazendo a extensão para qualquer valor de x, obtemos o gráfico da função:

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS

As funções trigonométricas vistas anteriormente são periódicas, o que implica em funções não injetoras.
Porém, ao restringir o domı́nio dessas funções, conseguimos estudá-las nos intervalos em que elas são
injetoras e determinamos, assim, a inversa da função restrita.

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
139

FUNÇÃO ARCO-SENO

Vamos restringir o domı́nio de f (x) = sen(x) ao intervalo


 π π
− , , para que a função restrita seja injetora. Consegui-
2 2
mos definir a inversa da função seno como:

y = sen−1 x

isto é,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

x = sen(y)
 π π
para valores de y em − , e valores de x em [-
2 2
1,1].

 π π
Portanto, o único ângulo y no intervalo − , tal que sen(y) = x é o arco-seno de x, denotado por
2 2
sen−1 x ou arc sen(x).

FUNÇÃO ARCO-COSSENO

Vamos restringir o domı́nio de f (x) = cos(x) ao intervalo


[0, π], para que a função restrita seja injetora. Conseguimos
definir a inversa da função cosseno como:

y = cos−1 x

isto é,
x = cos(y)

para valores de y em [0, π] e valores de x em [-


1,1].

Portanto, o único ângulo y no intervalo [0, π] tal que cos(y) = x é o arco-cosseno de x, denotado por
cos−1 (x) ou arc cos(x).


140 UNIDADE IV

FUNÇÃO ARCO-TANGENTE
 π π
Restringindo o domı́nio de f (x) = tg(x) ao intervalo − , , para que a função restrita seja injetora,
2 2
conseguimos definir a inversa da função tangente como:

y = tg −1 (x)

isto é,
x = tg(y)
 π π

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para valores de y em − , e valores de x em [-1,1].
2 2

Portanto, o único ângulo y no intervalo (− π2 , π2 ) tal que tgy = x é o arco-tangente de x, denotado por
tg −1 x ou arc tgx.

FUNÇÃO ARCO-COTANGENTE

Restringindo o domı́nio de f (x) = cotgx ao intervalo (0, π), para que a função restrita seja injetora.
Conseguimos definir a inversa da função cotangente como:

y = cotg −1 (x)

isto é,
x = cotg(y)

para valores de y em (0, π) e para qualquer valor real x.

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
141

Portanto, o único ângulo y no intervalo (0, π) tal que cotg(y) = x é o arco-cotangente de x, denotado por
cotg −1 (x) ou arc cotg(x).

FUNÇÃO ARCO-SECANTE
 π  π 
Restringindo o domı́nio de f (x) = sec(x) ao intervalo 0, ∪ , π , para que a função restrita seja
2 2
injetora, definimos a inversa da função secante como:

y = sec−1 x
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

isto é,
x = sec(y)

para valores de y em (0, π) para valores de y em [0, π2 ) ∪ ( π2 , π) e valores de x em R-(-1,1).

 π  π 
Portanto, o único ângulo y no intervalo 0, ∪ , π tal que sec(y) = x é o arco-secante de x, denotado
2 2
por sec−1 (x) ou arc sec(x).

FUNÇÃO ARCO-COSSECANTE
 π  π 
Agora, restringindo o domı́nio de f (x) = cossec(x) ao intervalo 0, ∪ , π , para que a função restrita
2 2
seja injetora, definimos a inversa da função cossecante como:

y = cossec−1 (x)

isto é,
x = cossec(y)
 π  π 
para valores de y em (0, π) para valores de y em 0, ∪ , π e valores de x em R-(-1,1).
2 2

 π  π 
Portanto, o único ângulo y no intervalo 0, ∪ , π tal que cossec(y) = x é o arco-cossecante de x,
2 2
denotado por cossec−1 (x) ou arc cossec(x).


142 UNIDADE IV

π
Exemplo 4: Esboce o gráfico da função f (x) = + sen−1 (x), no domı́nio [-1,1].
2
Podemos utilizar uma tabela:

π
x sen−1 (x) 2 + sen−1 (x)
π
0 0 2
1 π 2π
2 6 = 30o 3 = 120o

2 π 5π
2 4 = 45o 4 = 225o

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

3 π 4π
2 3 = 60o 3 = 240o
π 3π
1 2 = 90o 2 = 270o

Veja o gráfico:

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o estudo das funções trigonométricas, esperamos que você tenha compreendido as caracterı́sticas
algébricas e gráficas dessas funções. É com esta compreensão que você terá propriedade de criticidade
sobre o tema para ensinar e aprimorar seus conhecimentos matemáticos.

A opção por uma abordagem essencialmente matemática, desta unidade, foi por considerar que esta
linguagem precisa fazer parte da vivência de um estudante de matemática. Neste ponto, fazemos um

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
143

convite para que você busque por aplicações das funções trigonométricas de modo a melhor compreender
a teoria matemática apresentada e compor um conjunto de possibilidades para quando vir a lecionar este
assunto aos seus futuros estudantes.

Para concluir esta etapa de estudo fazemos outros dois importantes convites: o primeiro, a realização das
dez atividades de autoestudos e o segundo a exploração dos recursos pedagógicos acerca de trigonometria
apresentados na unidade V. O primeiro convite é para você apreender os conceitos de funções trigonomé-
tricas para um bom desempenho na disciplina do curso e, o segundo, para conferir bons recursos pedagógicos
a fim de mostrar de forma dinâmica e contextualizada o comportamento das funções trigonométricas aos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

seus futuros alunos.


ATIVIDADE DE AUTOESTUDO

1) Analisando o gráfico a seguir, é possı́vel observar que o gráfico representa uma função trigonométrica
f (x) cujo domı́nio é R , a Im = [−1, 1] e o perı́odo π , podemos concluir que a função que o gráfico
representa é:

a) ( ) y = 1 + cos x.

b) ( ) y = 1 − sen x.

c) ( ) y = sen(−2x).

d) ( ) y = cos(−2x).

e) ( ) y = −cos x.

2) Esboce um perı́odo das funções em seguida represente graficamente:

a) f (x) = y = sen(7x − 2) c) f (x) = y = cos(5x + 1)

b) f (x) = y = sen(−2x + 3) d) f (x) = y = 5 + 3cos(4x − 7)

3) Determine o perı́odo da função, em seguida seu domı́nio e sua imagem:

a) f (x) = sen(3x − 7) c) f (x) = 3cos(−2x + 5)

b) f (x) = sen(−2x + 7) d) f (x) = −6 + 5cos(3x − 4)


144 - 145

4) Resolva a equação trigonométrica tg 2 x = 1 , utilizando o intervalo 0 ≤ x ≤ 2π.

5) Dada uma f : R → R que, ∀ x ∈ , tenhamos f (x) = sen x. Esta func̃¸ao será chamada de função
seno se:

I) Para x = 0, temos y = f (x) = sen0, ou seja, y = 0.


π π
II) Para x = , temos y = f (x) = sen , ou seja, y = 1.
2 2
π
III) Para x = π, temos y = f (x) = sen , ou seja,y = 0.
2
π π
IV) Para x = temos y = f (x) = sen , ou seja, y = 0.
2 2
V) Para x = 2π , temos y = f (x) = senπ 2 , ou seja, y = 0.

Conforme as afirmativas acima, é correto afirmar:

a) ( ) Somente a alternativa V está correta.

b) ( ) Somente a alternativa II está incorreta.

c) ( ) Somente as alternativas I e II estão corretas.

d) ( ) Somente as alternativas III e IV estão corretas.

e) ( ) Todas estão incorretas.

6) Dado o intervalo [0, 2π] , esboce o gráfico das funções:

a) y = 2senx. c) y = sen2x

senx
b) y = d) y = 2cosx
2

7) Se sen α �= 0, demonstre a identidade cotg α = tg(90◦ − α).


8) Um grupo de alunos analisando, uma função trigonométrica inversa, concluiu que:

I) Uma função f , de domı́nio D possui inversa somente se f for bijetora, por esse motivo nem
todas as funções trigonométricas possuem inversas em seus domı́nios de definição, mas podemos
tomar subconjuntos desses domı́nios para gerar novas funções que possuam inversas.

II) A função f (x) = cos(x) não é bijetora em seu domı́nio de definição que é o conjunto dos
números reais, pois para um valor de y correspondem infinitos valores de x. Por exemplo, se
cos(x) = 1, podemos tomar x = 0, x = 2π, x = 4π, x = −2π etc, isto é x = 2kπ, onde k é
um número inteiro, isto quer dizer que não podemos definir a inversa de f (x) = cos(x) em seu
domı́nio. Devemos, então, restringir o domı́nio para um subconjunto dos números reais onde a
função é bijetora.

III) Como as funções trigonométricas são periódicas, existem muitos intervalos onde elas são
bijetoras. É usual escolher como domı́nio, intervalos onde o zero é o ponto médio ou o extremo
esquerdo e no qual a função percorra todo seu conjunto imagem.

Conforme as afirmativas acima, é correto afirmar:

a) ( ) A alternativa II está incorreta.

b) ( ) As alternativas I e II estão incorretas.

c) ( ) A alternativa I e II estão corretas e a alternativa III está incorreta.

d) ( ) Todas alternativas estão incorretas.

e) ( ) Todas as alternativas estão corretas.

9) Esboçar, no intervalo [0, 2π] , o gráfico de y = |cosx|

10) Esboçar, no intervalo [−1, 1], o gráfico de y = cossec(x − 5).


146 - 147
Professora Me. Emília Melo Vieira
Professora Esp. Fernanda Campanha Rejani

RECURSOS DIDÁTICOS PARA

V
UNIDADE
O ENSINO DE FUNÇÕES

Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer recursos pedagógicos acerca do ensino de funções.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Propostas didáticas
■■ Softwares
■■ Objetos de Aprendizagem
■■ Jogos
■■ Plataforma online
149

INTRODUÇÃO

Os assuntos apresentados nas unidades anteriores podem emergir dificuldades entre os estudantes com
os quais em breve você irá se deparar. Diante disso, elencamos para estas últimas páginas um rol de
contribuições para sua formação de professor que certamente podem de fazer diferença no processo de
ensino e de aprendizagem de seus estudantes.

Deixamos aqui sugestões de softwares, propostas didáticas, jogos, objetos de aprendizagem entre outros,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

que possibilitam enriquecer cada aula que será preparada e promover de maneira significativa o aprendi-
zado em matemática.

Guarde com carinho este livro, para consultas posteriores. Apostamos que se você levar o que propormos
aqui, para suas aulas, terá muito sucesso.


150 UNIDADE V

PROPOSTAS DIDÁTICAS
Nesta seção apresentaremos propostas didáticas que pela temática da disciplina limitam-se às sugestões
acerca do ensino de funções. As 10 sugestões elencadas estão disponı́veis no Portal do Professor mantido
pelo Ministério da Educação (MEC) que, entre outros objetivos, tem o intuito de reunir boas práticas
educacionais de professores do nosso vasto Brasil.

1) NOME DA PROPOSTA: Compreendendo e explorando a função composta no software.


OBJETIVO: composição de funções utilizando o software Geogebra que permite ao aluno estudar

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o comportamento do gráfico de algumas funções e compreender o conceito de função composta.
MENEZES, Leonardo Donizette de Deus. Compreendendo e explorando a função composta no
software. Sugestões de Aulas. (Portal do Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=53892>.Acesso


em 03 de julho de 2014.

2) NOME DA PROPOSTA: Associando fenômenos do cotidiano às funções de 1o e 2o graus, como


também às funções periódicas.
OBJETIVO: Proposta sobre contextualização e utilização de funções que permite ao aluno analisar
dados a partir do gráfico de uma função de 1◦ grau, associar o lançamento vertical à função de 2◦
grau e relacionar os dias de inı́cio e término do horário de verão com uma função periódica. A
motivação inicial é uma pesquisa sobre dados olı́mpicos. Sugere-se a utilização do vı́deo com o
final da prova masculina dos 100 metros rasos das Olimpı́adas de 2012 e o objeto de aprendizagem
Funções Periódicas.
MIRANDA, Mylene Ribeiro Moura. [et al] Associando fenômenos do cotidiano às funções de 1o e
2o graus, como também às funções periódicas. Sugestões de Aulas. (Portal do Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=45425>.Acesso


em 03 de julho de 2014.

3) NOME DA PROPOSTA: Funções no Mundo Real


OBJETIVO: Proposta sobre a relação de duas grandezas variáveis que permite abordar situações
cotidianas com diferentes aplicações de funções. Sugestões de vı́deos e recursos: Anatomia de uma
Função Quadrática, Lançamento de Projétil.
BRANCO, Eguimara Selma. Funções no Mundo Real. Sugestões de Aulas. (Portal do Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24797>.


Acesso em 03 de julho de 2014.

RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES


151

4) NOME DA PROPOSTA: A matemática no esporte: aprendendo funções quadráticas


OBJETIVO: Proposta sobre construção do gráfico de uma função quadrática, tendo o futebol
como motivação inicial, que permite ao aluno comparar esse gráfico a uma parábola e identificar
as raı́zes da função. Sugestão de pesquisa e WebQuest e utilização de um recurso no excel para o
desenvolvimento do gráfico.
BRANCO, Eguimara Selma. A matemática no esporte: aprendendo funções quadráticas. Sugestões
de Aulas. (Portal do Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25077>.Acesso


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

em 03 de julho de 2014.

5) NOME DA PROPOSTA: Funções Quadráticas


OBJETIVO: Proposta sobre noções básicas sobre a função quadrática que permite ao aluno
construir o gráfico dessa função e compreender suas aplicações. Sugere a utilização de um objeto de
aprendizagem que simula o lançamento de projéteis (Movimento de projétil) e a utilização do excel
para a construção do gráfico da função.
GASPAROTO, Lutécia. Funções Quadráticas. Sugestões de Aulas. (Portal do Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1390>. Acesso


em 03 de julho de 2014.

6) NOME DA PROPOSTA: Funções definidas por várias sentenças


OBJETIVO: Proposta sobre a introdução de funções definidas por várias sentenças que permite ao
aluno aprender suas aplicações e produzir gráficos dessas funções. Sugere a utilização de um objeto
de aprendizagem que simula uma corrida de Stock Car e de uma planilha eletrônica (BrOffice Calc).
GASPAROTO, Lutécia. Funções definidas por várias sentenças. Sugestões de Aulas. (Portal do
Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1393>. Acesso


em 03 de julho de 2014.

7) NOME DA PROPOSTA: Construindo o Conceito do Módulo e da Função


OBJETIVO: Proposta sobre o conceito de módulo e função modular que permite ao aluno
relacionar o conceito de distância ao módulo de um número, além de identificar a lei de formação
da função por meio da definição de módulo, construir gráficos e determinar o domı́nio e a imagem
da função. Sugere a utilização do Geogebra.
SOUSA, Raquel Cupolillo Simões de. Construindo o Conceito do Módulo e da Função. Sugestões
de Aulas. (Portal do Professor).


152 UNIDADE V

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27310>. Acesso


em 03 de julho de 2014.

8) NOME DA PROPOSTA: Matemática Financeira: aproximações com funções exponenciais


OBJETIVO: Proposta com objetivo de aproximar os conceitos de matemática financeira e funções
exponenciais, permitindo que o aluno modele e resolva situações-problema utilizando calculadora
e planilha eletrônicas. A motivação inicial é feita com uma proposta de negociações de vendas (a
vista e a prazo) entre os alunos e sugere a utilização de um recurso de aprendizagem para tratar do
conceito de função exponencial.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BRANCO, Eguimara Selma. Matemática Financeira: aproximações com funções exponenciais.
Sugestões de Aulas. (Portal do Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19575>. Acesso


em 03 de julho de 2014.

9) NOME DA PROPOSTA: Funções Exponenciais e Logarı́tmicas


OBJETIVO: Proposta sobre Aula que propõe a resolução de situações-problema envolvendo
funções exponenciais e logarı́tmicas que permite ao aluno analisar e comparar as duas funções.
Sugere a utilização do recurso Variação de Função Exponencial e de objeto de aprendizagem.
BRANCO, Eguimara Selma. Funções Exponenciais e Logarı́tmicas. Sugestões de Aulas. (Portal do
Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26607>.


Acesso em 03 de julho de 2014.

10 NOME DA PROPOSTA: Funções trigonométricas: conhecendo, analisando e modelando.


OBJETIVO: Proposta sobre Aula sobre funções trigonométricas que permite ao aluno conhecer
sua importância e utilização por meio da modelagem de alguns fenômenos. A motivação inicial
é feita com um vı́deo que mostra funções periódicas num contexto musical e os gráficos feitos no
software Geogebra.
MIRANDA, Mylene Ribeiro Moura. [et al]. Funções trigonométricas: conhecendo, analisando e
modelando. Sugestões de Aulas. (Portal do Professor).

Disponı́vel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=45743>. Acesso


em 03 de julho de 2014.

RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES


153

SOFTWARES

Os computadores fazem parte do cotidiano de nossas


vidas. No espaço escolar eles se fazem presentes na sala
informatizada, ambiente que deve ser potencializado ao
máximo para melhorar o entendimento dos estudantes
sobre os conceitos matemáticos abordados em sala de
aula. Se sua ação como professor não for essa, a presença
dos computadores nas escolas não terão nenhum efeito de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

aprendizagem. Como sugestão para diversificar a prática


pedagógica deixamos a seguir sugestões de softwares a
serem explorados por você.

1) NOME: Geogebra
LICENÇA: Gratuito
IDIOMA: Português
FUNCIONALIDADE: Programa que faz gráficos de várias funções e objetos matemáticos e
processa online. Possui uma biblioteca de applets prontos em Geogebratube.

Disponı́vel em: <http://www.geogebra.org/cms/pt BR/>. Acesso em: 10/07/2014


Disponı́vel em: <http://www.geogebratube.org/>. Acesso em: 10/07/2014.

2) NOME: Graphmatica
LICENÇA: Gratuito
IDIOMA: Inglês
FUNCIONALIDADE: Faz gráficos de funções elementares e pode trabalhar em vários sistemas
de coordenadas.

Disponı́vel em: <http://www.graphmatica.com/>. Acesso em: 10/07/2014.

3) NOME: WinPlot
LICENÇA: Gratuito
IDIOMA: Inglês e Português
FUNCIONALIDADE: Faz construção de gráficos de funções em duas ou três dimensões.

Disponı́vel em: <http://math.exeter.edu/rparris/winplot.html>. Acesso em: 10/07/2014.


154 UNIDADE V

4) NOME: Derive 6
LICENÇA: Pago
IDIOMA: Inglês
FUNCIONALIDADE: Resolve equações, calcula raı́zes, derivadas e integrais de funções e faz
gráficos em duas e três dimensões.

Disponı́vel em: <http://www.chartwellyorke.com/derive.html> Acesso em: 09/07/2014.

5) NOME: Maple
LICENÇA: Pago

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IDIOMA: Inglês
FUNCIONALIDADE: Calcula limites, derivadas e integrais de funções e faz gráficos em 2D e
3D.

Disponı́vel em: <http://www.maplesoft.com/products/maple/history/pastversions maple95.aspx>.


Acesso em: 10/07/2014.

6) NOME: Mathematica
LICENÇA: Pago
IDIOMA: Inglês
FUNCIONALIDADE: Além de fazer gráficos de funções, calcula limites, derivadas e integrais.
O site permite fazer um teste gratuito e disponibiliza a possibilidade de utilizá-lo on-line.

Disponı́vel em: <http://www.wolfram.com/mathematica/>. Acesso em: 10/07/2014.

7) NOME: MS-Excel
LICENÇA: Pago
IDIOMA: Português
FUNCIONALIDADE: É uma planilha eletrônica que faz construção de gráficos utilizando
tabelas.

Disponı́vel em: <http://office.microsoft.com/pt-br/excel/>. Acesso em: 10/07/2014.

RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES


155

OBJETOS DE APRENDIZAGEM

A concepção de objeto de aprendizagem que apresentamos neste livro é a de um recurso tecnológico


interativo. No aspecto educacional concordamos com Audino e Nascimento (2010, p.87) ao
afirmarem que objetos de aprendizagem “devem reunir várias caracterı́sticas, como durabilidade,
facilidade para atualização, flexibilidade, interoperabilidade, modularidade, portabilidade, entre
outras”. Um objeto de aprendizagem auxilia o processo de ensino e de aprendizagem promovendo
a criatividade, pois a interação possibilita verificação de teorias de forma dinâmica. Tratando-se de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

funções, interesse do nosso estudo, os objetos de aprendizagem permitem visualizar minuciosamente


a construção da curva do gráfico.

A principal caracterı́stica dos objetos de aprendizagem é a possibilidade de serem reutilizados por


meio de repositórios, que armazenam os objetos logicamente, permitindo serem localizados a partir
da busca por temas, por nı́vel de dificuldade, por autor ou por relação com outros objetos. O
repositório mais completo que temos atualmente é o mantido pelo Ministério da Educação intitulado
Banco Internacional de Objetos de Aprendizagem que somente na área de matemática reúne mais
de 20.000 objetos. Achou muito? É uma mostra de como você pode enriquecer suas aulas!

Veja uma mostra de objetos de aprendizagem sobre funções disponı́veis no repositório supracitado
e na sequência um rol de 13 objetos de aprendizagem de outros repositórios:

1)
1)SOBRE
SOBRE FUNÇÕES:
FUNÇÕES:

Disponı́vel em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/public-set-viewer?setID=231>. Acesso


em: 10/07/2014.

2) SOBRE EQUAÇÕES E FUNÇÕES QUADRÁTICAS:


2) SOBRE EQUAÇÕES E FUNÇÕES QUADRÁTICAS:
Disponı́vel em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/public-set-viewer?setID=178>. Acesso
em: 10/07/2014.

3) SOBRE FUNÇÕES DO 2º GRAU:


3) SOBRE FUNÇÕES DO 2◦ GRAU:

Disponı́vel em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/public-set-viewer?setID=112>. Acesso


em: 10/07/2014.

4)
4)SOBRE
SOBRE FUNÇÕES EXPONENCIAIS
FUNÇÕES EXPONENCIAIS E APLICAÇÕES:
E APLICAÇÕES:

Disponı́vel em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/public-set-viewer?setID=298>. Acesso


em: 10/07/2014.


156 UNIDADE V

Outros repositórios:

1) NOME: Par Ordenado

DESENVOLVEDOR: Unijui - Rived

OBJETIVO: reconhecimento do plano cartesiano.

Disponı́vel em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/medio/

conj func/encomendas/plano cartesiano/assistir plano cartesiano.htm>. Acesso em: 11/07/2014.

2) NOME: Grande Prêmio Funcional


DESENVOLVEDOR: Proativa - Rived

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OBJETIVO: verificar o comportamento dos coeficientes das funções matemáticas por meio da relação
de velocidade.
Disponı́vel em: <http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/gpFuncional/>. Acesso em: 11/07/2014.

3) NOME: Decifrando Mapas e Tabelas


DESENVOLVEDOR: Unijui - Rived
OBJETIVO: preenchimento de tabelas com análises de distâncias e velocidades.
Disponı́vel em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/medio/mapas/index.html>
Acesso em: 11/07/2014.

4) NOME: A parte do Leão


DESENVOLVEDOR: Unicamp
OBJETIVO: introduzir o conceito de função afim, por partes e modular.
Disponı́vel em: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1153>. Acesso em: 11/07/2014.

5) NOME: Cálculo das Raı́zes de uma função do 2◦ grau

DESENVOLVEDOR: Unijui - Rived


OBJETIVO: dados os coeficientes de uma função quadrática, este objeto de aprendizagem calcula

determina as raı́zes dessa função.

Disponı́vel em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/medio/conj func/

encomendas/escreve no frame/index.htm>. Acesso em: 11/07/2014.

6) NOME: Arte e Matemática


DESENVOLVEDOR: Unicamp
OBJETIVO: introduzir o conceito de funções polinomiais utilizando fractais.
Disponı́vel em: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1051>. Acesso em: 11/07/2014.�

RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES


157

7) NOME: Gráficos de Várias Funções


DESENVOLVEDOR: Unijui - Rived
OBJETIVO: constroi
´ gráficos de várias funções a partir da sua fórmula.

Disponı́vel em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/medio/conj func/


encomendas/programas/netgraf1/index.html>. Acesso em: 11/07/2014.

8) NOME: As desventuras de Mãe de Joana

DESENVOLVEDOR: Unicamp
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

DESENVOLVEDOR: interpretações situações variadas utilizando conceito de funções crescente e

decrescente.
Disponı́vel em: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1088>. Acesso em: 11/07/2014

9) NOME: Operações com Funções


DESENVOLVEDOR: Casa das Ciências
OBJETIVO: efetua operações com funções.
Disponı́vel em: <http://www.casadasciencias.org/index.php? option=com docman &task=doc
details&gid=35485373&Itemid=23>. Acesso em: 11/07/2014

10) NOME: Comportamento do Gráfico de Funções Elementares


DESENVOLVEDOR: Unijui - Rived
OBJETIVO: verificar o comportamento das funções do 1◦ e 2◦ graus, trigonométricas, exponenciais
e logarı́tmicas.�

Disponı́vel em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/medio/funcoes g/


index.html>. Acesso em: 11/07/2014

11) NOME: Breve relato do fim


DESENVOLVEDOR: Unicamp
OBJETIVO: introduzir conceito de função exponencial

Disponı́vel em: <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1057>. Acesso em: 11/07/2014.

12) NOME: Funções Exponenciais


DESENVOLVEDOR: Unijui - Rived
OBJETIVO: relacionar juros compostos e funções exponenciais.


158 UNIDADE V

Disponı́vel em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/medio/exponencial/


index.html>. Acesso em: 11/07/2014.

13) NOME: Funções Trigonométricas


DESENVOLVEDOR: Unijui - Rived
OBJETIVO: relacionar as funções trigonométricas e as frequências do rádio.

Disponı́vel em: <http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/medio/radio/index.html>.


Acesso em: 11/07/2014.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
JOGOS

Segundo os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)(1998) um dos objetivos dos jogos no ensino
de matemática é apresentar, de forma interessante e atrativa, a resolução de problemas relativos ao
conteúdo tratado. Por meio desse recurso os alunos se interessam, aprendem e constroem conceitos
através de experiências e manuseio de materiais. Com os conceitos uma vez formados, os alunos
não precisarão mais manipular os materiais para identificar soluções.

Os jogos podem, ainda, ser utilizados para introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno
para um aprofundamento do conteúdo em questão. Eles devem ser escolhidos e preparados com
cuidado para levar o aluno a adquirir conceitos matemáticos de forma correta. Segundo Groenwald
(2001), os jogos devem ser utilizados não como instrumentos recreativos, mas como facilitadores,
colaborando para trabalhar bloqueios que os alunos apresentam em relação a determinados assuntos.

Segundo Tahan (2009, p.28) “para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam,
de certa forma, dirigidos pelos educadores”, dessa forma a função do professor não é ensinar a
jogar, deve-se acompanhar a maneira como os alunos jogam, interferindo para colocar questões
interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para a partir disso, auxiliá-los a construir
regras e estratégias. Enfim, a utilização de jogos no ensino da matemática só é válida quando este
está relacionado com o conteúdo em questão. Ao aluno deve ser dado o direito de aprender. Não
um “aprender” mecânico, repetitivo, de fazer sem saber o que faz e por que faz. Muito menos um
“aprender” que se esvazia em brincadeiras, mas um aprender significativo do qual o aluno participe
raciocinando, compreendendo e aplicando o conhecimento.

Para o ensino de funções, elencamos quatro jogos que você pode vir a usar na sua carreira. Contudo,
há muito mais em livros e páginas eletrônicas.

1) NOME: Pife de funções


OBJETIVOS: Relacionar
RECURSOS o PARA
DIDÁTICOS nomeOda função
ENSINO com o traçado do gráfico e sua lei de formação.
DE FUNÇÕES
MATERIAL: 36 cartas sendo três coringas, 11 cartas com o traçado do gráfico das funções (carta-
está relacionado com o conteúdo em questão. Ao aluno deve ser dado o direito de aprender. Não
um “aprender” mecânico, repetitivo, de fazer sem saber o que faz e por que faz. Muito menos um
159
“aprender” que se esvazia em brincadeiras, mas um aprender significativo do qual o aluno participe
raciocinando, compreendendo e aplicando o conhecimento.

Para o ensino de funções, elencamos quatro jogos que você pode vir a usar na sua carreira. Contudo,
há muito mais em livros e páginas eletrônicas.

1) NOME: Pife de funções


OBJETIVOS: Relacionar o nome da função com o traçado do gráfico e sua lei de formação.
MATERIAL: 36 cartas sendo três coringas, 11 cartas com o traçado do gráfico das funções (carta-
gráfico), 11 cartas com leis de formação de formação (carta-lei) e 11 cartas com o nome das funções
(carta-nome).
REGRAS: distribuir 9 cartas para cada jogador (2). Esse jogo deverá ter como objetivo formar
3 trios, ou seja, juntar a carta-gráfico, a carta-lei e a carta-nome em um trio. O coringa substitui
qualquer carta com exceção da carta-gráfico. Em cada trio poderá ter somente um coringa. O
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

jogador pega uma carta do “monte”e verifica se esta serve para seu jogo. Em caso afirmativo, troca
por uma carta que está em sua mão; caso contrário, joga-a fora e o próximo jogador faz sua jogada.
O ganhador do jogo é aquele que primeiro formar os 3 trios.

EXEMPLO DE CARTAS:

Função do 1o Função Crescente f (x) = ax + b Função


f (x) = ax + b
grau ou Afim a>0 Identidade

a = 0 , b = 0


 Função f (x) = ax Que sorte a sua!!
 Exponencial a>1 Sou o coringa e
 crescente posso ajudá-lo a
 ganhar o jogo.


FONTE: das autoras


2) NOME: Baralho das funções

OBJETIVOS: Reconhecer numa função do 2◦ grau os seus coeficientes; Calcular as raı́zes de uma

função do 2◦ grau; Determinar as coordenadas do vértice de uma função; Interpretar a concavidade

da parábola resultante da função proposta; Determinar a imagem de uma função do 2◦ grau.

PRÉ-REQUISITOS: Função do 2◦ grau - Gráfico

MATERIAIS: As fichas podem ser confeccionadas em cartolina ou papel cartaz, 1 ficha com uma

função do 2◦ grau para casa jogador, 5 fichas correspondentes a cada uma das funções.
REGRAS: 4 a 5 jogadores. Cada jogador pega uma das fichas com funções. As fichas correspon-
dentes a cada função são embaralhadas e entregues 5 para cada um dos jogadores. Os jogadores
ficarão com as cartas na mão e colocarão na mesa aquelas corresponderem a sua função. As que
160 UNIDADE V

por uma carta que está em sua mão; caso contrário, joga-a fora e o próximo jogador faz sua jogada.
O ganhador do jogo é aquele que primeiro formar os 3 trios.

EXEMPLO DE CARTAS:

Função do 1o Função Crescente f (x) = ax + b Função


f (x) = ax + b
grau ou Afim a>0 Identidade

a = 0 , b = 0

Função f (x) = ax Que sorte a sua!!

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exponencial a>1 Sou o coringa e
crescente posso ajudá-lo a
ganhar o jogo.

FONTE: das autoras

2) NOME: Baralho das funções


OBJETIVOS: Reconhecer numa função do 2◦ grau os seus coeficientes; Calcular as raı́zes de uma
função do 2◦ grau; Determinar as coordenadas do vértice de uma função; Interpretar a concavidade
da parábola resultante da função proposta; Determinar a imagem de uma função do 2◦ grau.
PRÉ-REQUISITOS: Função do 2◦ grau - Gráfico
MATERIAIS: As fichas podem ser confeccionadas em cartolina ou papel cartaz, 1 ficha com uma
função do 2◦ grau para casa jogador, 5 fichas correspondentes a cada uma das funções.
REGRAS: 4 a 5 jogadores. Cada jogador pega uma das fichas com funções. As fichas correspon-
dentes a cada função são embaralhadas e entregues 5 para cada um dos jogadores. Os jogadores
ficarão com as cartas na mão e colocarão na mesa aquelas corresponderem a sua função. As que
não servirem, os jogadores trocarão “no escuro”(viradas para baixo) com o colega da esquerda
(sentido horário), um de cada vez. Vencerá aquele que terminar todas as suas cartas, encaixando-as
corretamente.
FONTE: LARA, Isabel Cristina M. Jogando com a matemática do 6o ao 9o ano. São Paulo:
Editora Rêspel, 2003.

RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES


161

3) NOME: Logaritmonencial
OBJETIVO: revisar conteúdos referentes a logaritmos e exponenciais, resolvendo os cálculos
mentalmente.
MATERIAL: 24 quadrados divididos em 4 partes iguais, cada parte contendo operações ou
resultados de logaritmos e exponenciais.
REGRAS: 2 a 4 jogadores. Distribuir as peças igualmente entre os participantes. Sortear o primeiro
a jogar, que deve colocar a peça na mesa e anotar numa tabela de pontos o maior resultado contido
nesta peça. O próximo deve colocar uma peça encostada naquela que está sobre a mesa, fazendo
corresponder cálculo e resultado e marcando na tabela o resultado do cálculo que completou. Caso
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

o jogador não tenha uma peça para colocar, passa a vez e perde o número de pontos que o próximo
jogador fará, desde que ainda tenha cartas. No final do jogo, não tendo mais como colocar peças, o
jogador perde o número de pontos do maior resultado possı́vel de cada uma destas peças. Ganha o
jogo quem tem o maior número de pontos.

FONTE: Marli Teresinha QUARTIERI, Márcia REHFELDT e Ieda Maria GIONGO. Jogos para o
Ensino Médio. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, VIII, 2004, Recife. Anais...Recife,
ENEM, 2014.

4) NOME: Memória das Funções


OBJETIVO: relacionar o gráfico com a fórmula matemática, revisando algumas ideias básicas
sobre funções.
MATERIAL: 46 cartões, sendo que 23 contêm gráficos de funções e 23 as fórmulas correspondentes
destas funções.
REGRAS: 2 a 6 jogadores. Colocar sobre a mesa as cartas separadas em dois grupos (um de
fórmulas e outro de gráficos) e viradas para baixo. Sortear o primeiro jogador, o qual inicia o
jogo virando uma carta de cada grupo e verificando a formação de par, ou seja, se a carta que
contém fórmula corresponde a carta que contém o gráfico. Caso as cartas não formarem par, o
jogador desvira-as e o próximo age da mesma maneira. O vencedor é quem conseguir formar o
maior número de pares.

FONTE: Marli Teresinha QUARTIERI, Márcia REHFELDT e Ieda Maria GIONGO. Jogos para o
Ensino Médio. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, VIII, 2004, Recife. Anais...Recife,
ENEM, 2014.


162 UNIDADE V

PLATAFORMAS ONLINE

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CALCULADORA BÁSICA ON-LINE: Permite fazer desde contas simples do cotidiano até
expressões matemáticas utilizando qualquer função disponı́vel. Possui os modos convencional e
assistido, além de várias opções para álgebra, cálculo, equações e outros.
Disponı́vel em: <http://www.calculadoraonline.com.br/basica>. Acesso em: 14/07/2014.

CALCULADORA GRÁFICA ON-LINE: Permite construir gráficos cartesianos interativos de


funções e sua relação de pares ordenados. Aceita funções de uma variável, podendo especificar seu
domı́nio, além de permitir operadores aritméticos e parênteses na construção de várias funções. Os
pares ordenados aparecem logo abaixo do gráfico, que é interativo. Possui opções como álgebra,
cálculo, equações etc.
Disponı́vel em: < http://www.calculadoraonline.com.br/grafica>

WOLFRAM ALPHA: serviço on-line que responde às perguntas diretamente mediante o proces-
samento da resposta extraı́da de uma base de dados estruturados. É um mecanismo computacional,
em funcionamento desde 15 de maio que 2009. As respostas fornecidas são precisas e definidas pela
capacidade de tal mecanismo em compreender as perguntas que, até o momento, só podem ser feitas
em inglês. Também, é possı́vel consultar as referências utilizadas para a obtenção dos resultados.
Aproveite este recurso para graficar as funções apresentadas neste livro.
Disponı́vel em: <http://www.wolframalpha.com/examples/MathematicalFunctions.html>. Acesso
em: 14/07/2014.

RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES


163

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo de funções amplamente apresentado neste livro ao ser ensinado por você para seus
estudantes deve ser ensinado atrelado à ideia de relação entre variáveis e, sempre que possı́vel,
relacionado a diferentes contextos e/ou a diferentes áreas do conhecimento. Neste sentido, ao
organizar suas aulas, é importante que considere três questões fundamentais para dirigir seu trabalho:
1) o que se pretende que os alunos aprendam? 2) por que se deseja que eles aprendam os tópicos
escolhidos? 3) como essa aprendizagem pode ser facilitada?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Ao inserir os recursos tecnológicos sugeridos nesta unidade as três perguntas devem ser refeitas, pois
os recursos não podem ser algo mais sem objetivo de aprendizagem. No inı́cio da carreira é um
grande desafio, depois ele fica um pouco menor, mas é sempre um maravilhoso desafio!


ATIVIDADE DE AUTOESTUDO

1. Elabore uma sugestão de aulas sobre funções em que um dos recursos apresentados nesta unidade
possa ser utilizado. Seja criativo!
164 - 165
164 - 165

CONCLUSÃO

Nestas últimas páginas temos a sensação que poderíamos ter escrito muito mais,
sugerido muito mais. Contudo, o livro precisa de fim e, temos que considerar o
tempo na matriz curricular da disciplina, a questão que perfaz 100 horas aula.
Assim, relembrar tópicos estudados no seu Ensino Médio que, posteriormente, você
ministrar aulas sobre aos seus alunos e, além disso, o estudo de funções embasará a
disciplina de Cálculo Diferencial e Integral, cujo fundamento consiste na análise de
funções sob outra perspectiva.
Acreditamos que o disposto está a contento da carga horária e da preocupação
em propor um material que atendesse a duas vertentes: revisar conteúdo e formar
professor. O exercício de escrever um material ora de ensino ora de formação foi um
desafio, pois, por vezes nos `perdemos’ no direcionamento a ser dado. Retomamos
especialmente nos pontos que julgamos essenciais para um(uma) professor(a) de
matemática.
Deixamos como reflexão algumas palavras dos Parâmetros Curriculares Nacionais
do Ensino Médio, (PCNEM, 1999, p. 42) acerca do ensino de funções para você
considerar ao ensinar o assunto aos seus estudantes:
o conceito de função desempenha [...] papel importante para descrever
e estudar através da leitura, interpretação e construção de gráficos, o
comportamento de certos fenômenos tanto do cotidiano, como de outras
áreas do conhecimento, como a Física, Geografia ou Economia. Cabe,
portanto, ao ensino de Matemática garantir que o aluno adquira certa
flexibilidade para lidar com o conceito de função em situações diversas
e, nesse sentido, atravás de uma variedade de situações problema de
Matemática e de outras áreas, o aluno pode ser incentivado a buscar a
solução, ajustando seus conhecimentos sobre funções para construir um
modelo para interpretação e investigação em Matematica.

Ousamos em reconhecer que a notas aqui dispostas compõe um material denso


e de qualidade, cabe a você assiduidade, compromisso e comprometido para
internalizar o conhecimento e obter sucesso no papel de estudante e de professor.
Sucesso!
GABARITO DAS ATIVIDADES DE AUTOESTUDO

GABARITO DAS ATIVIDADES DE AUTOESTUDO

UNIDADE I

1) Letra D

2) a) f (1) = −2
b) f (0)√= 1
5 ± 17
c)
4
d) 4a + 2h − 5

c) D(f ) = R
d) D(f ) = {x ∈ R | x ≥ 2}

4) Letra B

5) V-V-V-V-F-F

6) a) Não possui paridade


b) Possui paridade ímpar
c) Possui paridade par

7) a) Reflexiva logo (-2,1)


b) Reflete e translada logo(-2,-1)�

8) Determine as compostas f og, gof , f of e gog:


a)
b)
√ √
f og = f (g(x)) = x2 +2 f og = 1 − 4( 3 2 − x)
gof = x + 2 √
gof = 3 1 + 4x

4
f of = x f of = −3 + 16x
gog = x4 + 4x2+6  √
gog = 3 2 − 3 2 − x
GABARITO DAS ATIVIDADES DE AUTOESTUDO

UNIDADE II

1) Representação gráfica.

2) a) 8
b) Representação gráfica.

3) y = -10x + 24

4) y = 7x + 13

5) a) y = 0, 50x + 5
b) R$ 1300,00
c) Representação gráfica.

6) a) x = 7
b) y = 38

7) f (2x + 6) = 10 → x = 2 Assim: F (10) = −4x + 9 = −4.2 + 9 = 1

8) a) A função é y = 0, 80x + 20, onde y é o valor pago por x minutos.


b) No plano A : C(x) = 35 + 0, 5x → C(25) = 47, 5; No plano B : C(x) = 20 + 0, 8x → C(25) =
40; No plano C : C(x) = 1, 2x → C(25) = 30. Logo, o plano C é mais vantajoso para usar até 25

minutos por mês.


c) Comparando os planos A e B: 35 + 0, 5x = 20 + 0, 8x → x = 50. Comparando os planos A
e C: 35 + 0, 5x = 1, 2x → X = 50.Logo, o plano A é mais vantajoso a partir de 50 minutos.

9) a) P (t) = 0, 15t + 0, 35 → P (t) = 0, 65


b) P (t) = 0, 15t + 0, 35 → T = 31 terá 5 quilos em 31 meses.

10) a) y = 0, 50x + 300


b) R$ 1050,00

11) Letra b.
 
1 13
12) a) V = − , −
4 4
b) (0, −3)
c) Representação gráfica.

13)

14) a) D(f ) = R e Im(f ) = R+


b) D(f ) = R e Im(f ) = R+
c) D(f ) = R e Im(f ) = [5, +∞)
d) D(f ) = R − {−6} e Im(f ) = R+�
GABARITO DAS ATIVIDADES DE AUTOESTUDO

UNIDADE III

1) a) Falso
b) Verdadeiro
c) Falso
d) Falso
e) Verdadeiro
f) Verdadeiro

2) Alternativas:
a) -8 b)1 c) 500 d) 1
3 1 1
e) 0 f) g) h)
4 5 8
1
i) 81 j) ou 0, 125 k) 15 l) 1
8
9 64
m) 0 n) 2 o) p)
4 125

3) Gráficos

4) a) x = 2
5
b) x = 4

c) x = −4
11
d)
4
e) x = −5
f) Não existe solução.

5) Letra C

6) a) S = {x ∈ R | x < 4}
b)S = {x ∈ R | }
c)S = {x ∈ R | x < 1 ou x > 2}
d)S = {x ∈ R | x < −2 ou x > −1}

7) Letra D.

8) M2= 4x2 - 1,90848x + 0,2276

9) Domf : Como log é a inversa da exponencial, seu domı́nio equivale a imagem. Assim Domf =
R_∗
Imf : Como para todo y em R existe x ∈ R−∗ tal que y = log(7x) ou seja, 10(7x) = y, portanto,

Imf = R.

10) 38, 75u2


GABARITO DAS ATIVIDADES DE AUTOESTUDO

11) Letra A

12) Letra D

UNIDADE IV

1) Letra C

2) a) O perı́odo desta função é
7
b) O perı́odo desta função é π. Representar graficamente.

c) O perı́odo desta função é . Representar o gráfico.
π 5
d) O perı́odo da função é . Representar graficamente.
2

3) a) Perı́odo = , D(f ) = R; Im(f ) = [−1, 1]
3
b) Perı́odo π; D(f ) = R; Im(f ) = [−1, 1]
c) Perı́odo π ; D(f ) = R; Im(f ) = [−3, 3]�

d) Perı́odo ; D(f ) = R;Im(f ) = [−11, −1]
3
π 3π 5π 7π
4) , , ,
4 4 4 4
5) Letra C

6) Gráfico

7) Demonstração

8) Letra E

9) Gráfico

10) Gráfico.�
REFERÊNCIAS

AUDINO, D.F, NASCIMENTO, R.S. Objetos de Aprendizagem: diálogos entre conceitos


e uma nova proposição aplicada a educação. Revista Contemporânea de Educa-
ção. v.05, n.10, jul/dez. 2010. Disponvel em: <http://www.educacao.ufrj.br/artigos/
n10/objetos de aprendizagem.pdf> Acesso em: 14 de julho de 2014.
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.
Braslia: MEC/SEF,1998.
DEMANA, Franklin D. Pré Cálculo. 2 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
GIOVANNI, Jose Ruy; BONJORNO, Jose Roberto. Matemática: uma nova abordagem.
São Paulo: FTD, 2000. Volume unico.
GLEASON, Andrew M.; CONNALLY, Eric; HALLET, Deborah Hugues. Funções para
modelar variações: uma preparação para o cálculo. Rio de Janeiro: LCT, 2009.
GROENWALD, Claudia Lisete Oliveira; TIMM, Ursula Tatiana. Utilizando Curiosida-
des e Jogos Matemáticos em Sala de Aula. Disponvel em: <http://paginas.terra.
com.br/educacao/calculu/Artigos/Professores/utilizandojogos.htm>. Acesso em:
06 de junho de 2014.
TAHAN, Malba. O homem que calculava. Rio de Janeiro: Record, 2009.
ZAHN, Maurício. Teoria Elementar das Funções. Rio de Janeiro: Ciência Moderna,
2009.

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