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Ferris
Eu esperei por bastante tempo por esse livro. No dia do lançamento, corri e peguei uma
cópia para kindle do “The 4 hour Chef “(obrigado Eduardo!), pois Tim Ferris é garantia
de conteúdo de qualidade.
Ou da Wikipedia:
Se você quer saber mais sobre o Ferris, recomendo que você leia sobre lifestyle design
(Tim Ferris e como viver melhor a vida) e sobre os novos ricos (Sobre ser um novo
rico). Agora, vamos ao livro!
“O Chef em 4 Horas: o caminho simples para cozinhar como um profissional, aprender
qualquer coisa e viver a vida boa.”
O livro é todo otimizado para ser lido em capa dura, já que tem muitas imagens, tabelas,
gráficos etc (versão para kindle não é mt boa). Embora pretenda ensinar o leitor a
cozinhar, ele vai além: é um guia para você aprender qualquer coisa. Segundo Ferris,
o tópico ‘cozinhar’ foi apenas uma habilidade que ele não tinha e selecionou para
mostrar aos leitores o método: como desconstruir qualquer tópico e aprendê-lo de forma
otimizada, chegando a nível mundial em pouquíssimo tempo (top 5%).
Esqueça a média
Pronto, começamos com uma mudança de mindset. Você pode chegar no topo 5%
mundial em qualquer habilidade em 6 meses ou menos; não precisa esperar 10000 horas
(como Gladwell sugere). Para entender como você pode chegar lá, é preciso estudar os
extremos; não os melhores do mundo em si, mas as pessoas que ganharam maior
destaque na área em menor tempo: elas serão úteis no seu processo de aprendizado. O
perfil mediano, aquele que segue o método tradicional, bem, você nem precisa pensar
nele.
“O top 1% geralmente obtém sucesso apesar de como eles treinam, não por causa disso.
Genética superior ou tempo completamente livre para praticar compensa bastante
coisa.”
A ideia de que você não deve ouvir conselho de qualquer pessoa só porque ela é bem
sucedida é bastante contraditória, mas faz sentido (esse é o estilo do Ferris, afinal de
contas). Ao encontrar um grupo de pessoas com performances excepcionais, você busca
por padrões, coisas que elas parecem fazer em comum. Como disse Warren Buffet:
“Se você encontrar qualquer concentração extraordinária de sucesso, você vai querer ver
se pode identificar concentração de características incomuns que podem ser fatores
causais.” (Warren Buffet on Business, Richard Connors)
Além disso, fuja do top 0.01% (os melhores dos melhores), pois um especialista não
consegue externalizar o que já é uma segunda natureza para ele, então não será muito
útil para você no começo do processo de aprendizado (quando você quer mais resultado
em menos tempo).
Ele apenas não desistiu porque encontrou uma tabela mágica (o material perfeito): um
quadro com todos os kanjis, caracteres japoneses, necessários para se considerar
alfabetizado. Daí, a língua japonesa passou de um grande monstro, sem forma e
aparentemente infinito, a uma tabela de caracteres e significado. Encontrar o material
certo fez com que ele aprendesse japonês em tempo tempo, indo melhor em testes do
que amigos que estudavam há anos.
O Método DiSSS
O princípio básico do método do Ferris para aprender qualquer coisa é o DiSSS. Há
outros princípios auxiliares, o CaFE (acrônimos), mas o DiSSS é a alma do negócio.
Princípios secundários.
Durante o livro, o Ferris dá exemplo de como aplicar cada um dos 7 princípios acima.
Fala como ele desconstruiu o Tango para aprendê-lo em pouco tempo; como conseguiu
treinar para fazer levantamento de peso (300 kg), como faz para aprender qualquer
linguagem, etc.
Por exemplo, aprender a cozinhar não vai usar as mesmas técnicas de memória que
estudar física quântica: enquanto uma atividade é mais procedimental, com feedback
constante (você vai acompanhando o desenvolvimento do seu trabalho), física quântica
é mais teórico, requer um base diferenciada de matemática, etc.
Então, o leitor Saulo comentou no nosso videocast sobre aprendizado como seria
possível aplicar tudo isso para aprender a jogar futebol. Eu achei uma pergunta
surpreendentemente boa e resolvi compartilhar com vocês aqui.
Se você tivesse começado cedo, hoje já seria um Ronaldinho da vida.
Pergunta-chave: Que tipo de futebol você quer saber jogar e como vai saber que
aprendeu?
Pode ser futebol de campo, de areia, futsal, futebol society; escolha um. Dentro do
futebol escolhido, selecione uma posição na qual você quer jogar. Afinal de contas,
posições diferentes requerem habilidades diferentes; e como estamos sendo minuncisos
aqui, isso fará toda diferença.
A seguir, defina como você vai saber que conseguiu o que queria: imagine um futuro
em que você sabe jogar futebol; o que você faz de diferente?
Saber onde quer chegar é importante para definir sua meta. Digamos que você escolheu
futebol society (aquelas quadras pequenas com grama artificial), sua meta pode ser
‘jogar uma partida no clube mais perto no time dos jogadores experientes sem estragar
tudo’. Ou ‘participar de um campeonato de society e me destacar’. Pegue um objetivo
específico e que contenha aquilo que você quer alcançar.
“Antes de lidar com um problema, você precisa defini-lo bem.”
Uma vez que você tenha quebrado “ser zagueiro em futebol society” em várias
habilidades como “correr bem, cercar bem o atacante, sair jogando tranquilamente com
a bola, etc etc”, é a hora de escolher.
Seu desafio não é tão assustador assim.
Essa é a ideia da geral de Pareto: os 20% mais importantes iram trazer 80% dos
resultados. É nelas que você vai focar (notou o quanto a gente vem
focando/especificando desde o começo?). Mais interessante aqui: na hora de escolher,
leve em consideração coisas nas quais você já é bom para acelerar o processo.
Digamos que você já jogue futebol americano como quarterback (aquele cara que lança
as bolas). Então, você já é acostumado com pressão e tem normalmente uma boa visão
de jogo. Isso pode te ajudar a masterizar a saída de bola, no caso das habilidades de um
zagueiro. O importante aqui é usar o que você tem para te auxiliar.
Quando você tiver selecionado, é hora de dar ordem. Eu não fiz o trabalho de campo em
si (não fui ver jogos nem nada parecido), estou escrevendo esse texto como exemplo de
abordagem. Mas, é seguro assumir que para um zagueiro de society, a prioridade seria:
marcação, roubada de bola e saída de jogo.
Em qual ordem você deve aprender essas habilidades? Bem, para roubar a bola, você
precisa saber marcar, então é meio claro que você deva aprender primeiro a marcar. E
‘sair jogando com a bola’ é algo mais complexo, então definimos nossa sequência:
marcar, roubar a bola e sair jogando.
O princípio de Pareto implica: 20% dos esforços vão trazer 80% dos resultados.
Se for preciso, contrate alguém, busque ajuda especializada. Facilita na hora de fazer
um treino focado. Desenvolva um plano de ataque e se prepare para guerra.
Você não vai dominar o mundo, é só um plano de aprendizado
Isso aqui vai depender da sua disponibilidade e da importância de seu objetivo. Se você
quer ser um zagueiro profissional de futebol society (nem sei se isso existe), você
precisa de uma frequência maior do que alguém que quer aprender a jogar para se
divertir com os amigos. O importante é selecionar uma frequência que você vá manter.
Para se manter no plano, você aposta, simples assim. Poucas coisas motivam mais o ser
humano do que a perda de dinheiro. Nesse caso, eu apostaria algo como 60~70% do
meu salário? Essa deve ser uma quantia boa para te deixar com medo de perder, mas
que te deixe capaz de pagar caso isso aconteça. De preferência, faça isso de modo
público: “se eu não conseguir a-meta-que-você-definiu-no-passo-1, vou pegar a grana e
dar para o atual namorado da minha ex”, ou uma caridade que você desgosta “se você é
cristão, a grana vai para o fundo de ateístas”, e vice versa.
O importante é que o dinheiro vá para algo que bata de frente com seus princípios
fundamentais. Isso vai te deixar completamente energizado.
Melhor apostar em si mesmo do que no acaso.
6. Se divirta no processo
Qual o sentido de começar um autodesafio desses se você não está se divertindo? Eu
acredito que não há solução perfeita para o caso da motivação, mas quando você
escolhe uma meta porque está fazendo algo divertido no processo de alcançá-la, não
importa se você a alcance ou não, já que você terá ótimos momentos. E, contra-
intuitivamente, é exatamente aí que suas chances de sucesso aumentam.
—-
Pronto, esse é um passo a passo que usaria para aprender futebol. Como vimos,
podemos ser muito mais específicos que imaginamos e isso ajuda bastante na hora de
dominar algum tópico. O aprendizado permeia toda nossa vida, então é essencial que
você tenha um jeito sistemático de abordar as coisas.
Como Parar de Planejar e Começar a
Fazer? Conselhos a um Jovem Inquieto
Está cansado de planejar e quer começar a fazer? Eu também já estive assim. Tinha
tanta coisa legal que eu queria fazer, mas nunca conseguia tirar as ideias do papel. Para
começar, eu não sabia o que fazer com minha vida. Estava perdido entre as várias
opções possíveis. Depois, tinha muita dificuldade em parar de planejar e começar a
ação.
Aos poucos, comecei a agir (os princípios que descrevo abaixo) meio que sem perceber,
absorvendo conhecimento de mentores e bons livros. Quando eu acordei certo dia, notei
que tinha colocado muita coisa legal no mundo e estava no caminho para criar mais.
Desde que eu comecei nessa jornada de desenvolvimento pessoal há alguns anos,
sempre tive vontade de fazer coisas. Não sabia exatamente o quê, mas sabia que queria
fazer; todos aqueles com vidas interessantes estavam investindo energia em algo em que
acreditavam. Na realidade, antes mesmo de criar o Estrategistas, eu já nutria esse
desejo, se bem que executava de uma forma perdida e dispersa (três blogs e um projeto
morreram no caminho).
Nos últimos tempos, tenho estado constantemente insatisfeito com as coisas que faço.
Ou melhor, com as que não faço. Por mais que eu me esforce, algo sempre fica de lado.
Você tenta olhar para os lados, praticar gratidão e celebrar as coisas legais que tem na
vida, mas essa inquietude parece ser humana. Principalmente para alguém ambicioso o
suficiente para querer fundar uma dinastia, financiar projetos espaciais e acabar com a
morte humana.
Esse sentimento estava no fundo da minha mente nos últimos meses, até que há alguns
dias um leitor fez um comentário que me deixou pensativo. O post foi escrito na metade
do ano passado e nele eu discuto uma das minhas resoluções para 2013: fale menos,
faça mais.
2012 foi um ano bom, introspectivo, de crescimento e expansão de visão de mundo, mas
não tive muita coisa concreta para apresentar. Eu terminei o ano, olhei para o que criei e
não vi muita coisa animadora; por isso, resolvi que em 2013 eu iria sair do abstrato e
começar a fazer coisas. Coisas legais, ligadas aos meus objetivos de vida, mas coisas
concretas, de modo que eu tivesse algo do que me orgulhar no final do ano.
E não é que eu esqueci dessa resolução? Em um outro momento, eu posso discutir como
vivo a vida sem resoluções e objetivos de modo geral, mas eu esqueci que tinha me
proposto a fazer mais e falar menos. Eu simplesmente absorvi essa ideia na minha visão
de mundo.
Olhando para trás agora? Fiz mais do que imaginava possível em 2013.
Eu sinceramente não tinha parado para listar tudo isso até agora. Eu nem lembrava mais
de uma época em que eu não fazia coisas, que ficava preso no planejamento. Essa é uma
de nossas vantagens como ser humano; adaptamos muito rápido. Se eu não tivesse
ferramentas para acompanhar meu progresso, como tenho esse site e meu diário (que só
comecei no último outubro, na realidade), não teria notado tanta coisa legal
acontecendo.
Quando veio a pergunta “como parar de planejar e começar a fazer”, então, eu não
pensei no que responder. Mas essas memórias vieram, caiu a ficha e agora tem uns
pontos que gostaria de compartilhar. Claro, desde o início do Estrategistas, nunca me
posicionei como guru. Nossa ideia é compartilhar o que tem funcionado para nós (e é
recomendado por nossos mentores) na esperança de que cresçamos juntos, como uma
comunidade. “Conselho”, nesse contexto, é algo que escrevo para mim mesmo, mas de
que você pode tirar muito valor prático. Nas palavras de Sêneca:
“Não, eu não sou tão sem vergonha para sair tratando as pessoas quando eu mesmo
estou doente. Estou falando com você como se eu estivesse deitado na mesma cama de
hospital, sobre uma doença da qual nós dois estamos sofrendo, passando adiante alguns
remédios. Então me ouça como se eu estivesse falando para mim mesmo. Eu estou
permitindo que você acesse meu lado interior, te chamando para a conversa enquanto eu
aconselho a mim mesmo.”
Não acredito que esteja em um lugar onde possa respirar tranquilo. Todo meu
esforço dos dois últimos anos me colocou onde estou hoje; agora é trabalhar para
expandir e estabelecer um caminho para o futuro. Tem muita coisa a ser ajustada, desde
fontes de renda e estrutura legal, até mesmo relacionamentos pessoais e estilo de vida
(as pessoas param de te entender, é um preço que você tem que pagar).
De todo modo, eu vi os pontos abaixo funcionar para muita gente, assim como eu, então
espero que você tire valor deles também.
Contudo, não é ler por ler. Não adiantar colocar uma cópia do Senhor dos Anéis debaixo
do braço ou ler os romances de Stephen King e achar que seu dever com a leitura
acabou. Não. Enquanto que esses livros possuem espaço na leitura recreativa, não é esse
o tipo que vai inevitavelmente trazer um diferencial competitivo para você no longo
prazo.
Você tem que absorver conteúdo de verdade, ler sobre várias áreas do conhecimento
humano (psicologia e racionalidade principalmente) e “estudar história para saber o que
é possível”, como diz Sebastian Marshall. É quando você caminha por várias áreas
diferentes e começa a fazer conexões únicas que seu diferencial começa a surgir.
Informação é importante? Claro. As ideias que surgem das informações que você
absorve? Mais importante ainda.
Se você quer recomendações de leitura, eu sou o cara que você procura. Mas só com
volume e experiência para você filtrar o joio do trigo; é sua obrigação começar.
Quando você tem muitas ideias, de áreas diferentes do conhecimento humano, você
coloca elas para fazerem sexo, daí nascem novas ideias. Na segunda ou terceira geração,
contanto que você continue selecionando apenas aquelas que se aplicam à realidade
(fala, Darwin!), você vai surgir com algo sobre o qual valha a pena falar.
E é aí que você começa a trazer algo de diferente para o mundo. Se sua nova ideia for
aplicável para resolver o problema de alguém, você está a um passo de ter seu próprio
negócio. É só questão de ler os livros certos (para saber como) e se cercar de pessoas
que te ajudem no processo. O que nos traz para o ponto 2.
Foi desse modo, por exemplo, que aprendi muita coisa com Sebastian Marshall, meu
principal mentor. Respeitar o tempo alheio em reuniões, ser pontual (nada de mimimi),
não se prender a cada centavo em contratos e favorecer a velocidade para fazer o projeto
correr foram algumas lições, só falando de empreendedorismo.
Entre aquelas que parecem estar fazendo muita coisa (mas no final do dia, não têm nada
para mostrar), você precisa garimpar as pessoas com ética e boa índole que valham a
pena, que estejam fazendo algo parecido com o que você quer e que sejam sólidas (# 7).
É um esforço grande, vou te contar, mas vale a pena. Tenho bem próximo de mim 4 ou
5 dessas pessoas (ironicamente, nenhuma fisicamente próxima) e o impacto positivo que
causam em mim é impressionante.
Para encontrá-las, comece procurando projetos que você admira. Seja o TEDx da sua
cidade, ou alguma ONG que te agrade, uma organização filantrópica famosa, uma
empresa júnior de destaque… todos esses são lugares para garimpar. Nada garantido,
mas novamente, o universo não é obrigado a te dar coisas. Vá atrás.
A diferença entre ser bom em uma área (generalista) e ter mero interesse naquilo
(hobbies) é que o generalista entrega. Como disse Steve Jobs, “real artists ship”. O
generalista não trava na primeira dificuldade relacionada à atividade; ele continua
empurrando até aprender o suficiente para mostrar um trabalho pronto naquela nova
área.
Gosta de violão? Aprenda a tocar até fazer um show em algum lugar (casamento de
primo, festa de sobrinho, evento filantrópico). Quer tentar dança de salão? Aprenda e
passe um tempo num grupo se apresentando em palcos. Interessado em Esperanto?
Aprenda o suficiente para iniciar um podcast naquela língua.
Quando você chega num nível em que consegue entregar naquela área, isso deixa de ser
um hobbie e passa a ser mais uma habilidade em seu arsenal. Você passa de alguém
com vários hobbies inacabados, que “não consegue parar em alguma coisa”, a alguém
com domínio em um amplo espectro do conhecimento.
Tem interesse vasto? Comece, estude, produza algo diferenciado, coloque no mundo lá
fora e parta para a próxima.
Ao ter conteúdo por ler muito (#1), estar cercado de gente nível A (#2) e ter adquirido
habilidades o suficiente em um nível funcional (#3), está na hora de você se colocar no
mundo. Ofereça o que você sabe fazer em causas que você acredita.
Programa e quer fazer algo legal? Se envolva com projetos open source (hello,
mozilla!). Gosta de empreendedorismo e não sabe o que fazer? Vá para um Startup
Weekend e participe. No final, se ofereça para ajudar a organizar o próximo. Está
inquieto e quer conhecer melhor gente fazendo coisa de impacto em sua cidade? Entre
em contato com a turma do TEDx local e vá ajudar. Se não tiver, entre em contato com
pessoas de outros estados para pegar experiência e submeta a licença para organizar um
você mesmo.
Ao oferecer seu trabalho dessa maneira, três coisas legais acontecem: você vai estar
fazendo algo em que acredita, estará cercado de pessoas que podem te ajudar a dar o
próximo passo e poderá colocar em sua experiência “trabalho com projeto x”. Esse
último ponto é o diferencial na hora de fazer networking, já que as pessoas espertas te
medem pelo o que você faz, não o que você (pensa que) é. Você consegue atrair muito
mais atenção positiva se, ao ser perguntado o que tem feito de legal, você puder
responder “ah, ajudei isso e aquilo a sair do papel”.
Todos esses são exemplos próximos da minha vida, tenho certeza que você consegue
desenvolver mais. Lembre-se: o mundo não está negando gente foda. Se você for bom
(bom de verdade e não apenas iludido), ou ao menos conseguir aprender rápido e for
sólido (#7), sempre haverá espaço para você. Até mesmo comigo; se você acha que se
qualifica, manda email para paulo@estrategistas.com e conte o que você já fez. Está
sempre faltando gente incrível no mercado.
A heurística “não gastar dinheiro” é útil em vários níveis. Primeiro, quanto menos
dívidas você tiver, mais livre você é, no sentido de que depende menos de trabalhar para
pagar coisas; seu tempo é mais seu. Segundo, quando a gente está começando, há uma
tendência muito grande em pensar que só nos falta dinheiro; “se pudesse investir alguns
milhares de reais nisso, o lance sairia do chão”.
Não. Você tem que fazer acontecer no bootstrapping – tem que criar na raça. Claro, ter
dinheiro para investir acelera o negócio, mas só para quem sabe o que está fazendo.
Você está começando, claramente não sabe. Nos primeiros anos, vai errar muito e
perder dinheiro; e isso é uma coisa boa, é o preço da experiência. Sem falar que a falta
de dinheiro é uma restrição que vai te obrigar a ser criativo e selecionar projetos de
retornos reais.
Terceiro, além das dívidas, não gastar dinheiro faz você reanalisar o que realmente é
necessário e o que é apenas o consumismo supérfluo. Você vai ver que precisa de
MUITO menos coisas do que imagina.
Ao passo que qualquer vida deve parecer curta para as pessoas que a medem em termos
de prazeres, que através de suas naturezas vazias são incapazes de completude.Sêneca
Por isso que eu digo que esse tipo de felicidade não é para mim. O que eu realmente
quero é criar coisas, causar impacto e, de preferência, nunca morrer. E conheço muita
gente assim. Significado ao invés de felicidade. Impacto ao invés de felicidade.
E isso não é tão alienígena quanto você imagina, é só o padrão da sociedade ocidental.
Se você voltasse 5 séculos no tempo e perguntasse a um samurai se a coisas mais
importante da vida dele seria felicidade pessoal ele iria rir na sua cara. Honra,
cumprimento do dever e lealdade seriam infinitamente mais importantes para ele, razões
para sacrificar a própria vida.
Você olha para a pessoa e pergunta: eu queria essa pessoa do meu lado, cobrindo
minhas costas no meio de um tiroteio?
Ok, não haverá necessidade de participar de guerras durante sua vida, mas você com
certeza precisa de alguém para cobrir suas costas. A pessoa tem que ser íntegra, ética,
comprometida, séria, responsável, de iniciativa, mostrar um senso de autonomia, ter
conhecimento e saber trabalhar em conjunto. Em sumo: ser sólida em todas as frentes.
Nunca conheci uma pessoa sólida sem aperto de mão firme. Também nunca
entendi o porquê de ter um aperto de mão molenga.
Consistência. Pessoas sólidas são consistentemente pontuais, o que telegrafa um
respeito enorme pelo seu tempo. Não é que não se atrasem, mas isso é
extremamente raro.
Elas têm iniciativa. Todas as pessoas sólidas que conheço estão muito ocupadas
com seus próprios projetos. Para trabalharmos juntos? É preciso que seja algo
mais excitante/interessante do que estão fazendo agora, o que é difícil.
Elas assumem responsabilidade.
Pessoas sólidas fazem o que se comprometeram. Ponto.
Pessoas sólidas estão cercadas de outras pessoas sólidas.
Aí você pergunta, em tom acusador: e você é sólido, senhor perfeição? Não 100% do
tempo. Mas isso é uma prática: hoje estou melhor do que ontem e amanhã estarei
melhor do que hoje; sempre crescendo. Comece com o óbvio e evolua a partir dali.
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Todos esses foram pontos que ajudaram a me trazer onde estou. Não são o “caminho”,
mas algumas linhas óbvias de pensamento que, quando praticadas de verdade,
inevitavelmente trarão resultados para sua vida.
“As Primeiras 20 Horas”, por Josh
Kaufman (livro sobre meta-aprendizado)
Alguns pontos:
Apesar de eu avisar um pouco em cima da hora (mandei email para a lista Estratégias
para Vitória com 4 dias de antecedência),dois leitores apareceram para assistir ao vivo
(uma dúzia avisou que não poderia).
Para recompensá-los (foi no cara ou coroa), vou enviar gratuitamente o livro “A Arte de
Fazer Acontecer” para Rafael e Weber receberá desconto de 50% sobre o preço de
lançamento de nosso livro, Aprendizado Acelerado. Aguardem meu email em breve,
caras.
Novo desafio: aprender a tocar cavaco com 20 horas de prática
Se você assistir ao vídeo, notará que ao final falo do meu desafio presente: aprender a
tocar cavaquinho. Josh Kaufman, em seu livro, aprendeu o básico de uma série de
atividades em 20 horas ou menos (o livro é basicamente isso, um conjunto de estudo de
casos). Uma das atividades foi o ukelele, o irmão havaiano do cavaco.
Como eu sempre quis aprender a toca de todo jeito, no começo do ano comprei o cavaco
e fiquei esperando o lançamento do livro para tentar repetir o método usado pelo Josh
(eu sei, devia ter esperado para comprar agora. vacilo meu). Essa vai ser a próxima
atividade para a qual vou me dedicar, assim que passar a correria do lançamento de
nosso livro.
Aliás, sobre o livro? A data do pré-lançamento (apenas para o pessoal de nossa lista de
email) é dia 14 de julho. Mais informações na sua caixa de entrada em breve, fique de
olho ;-)
Link Youtube
Notas da Conversa
Tim Ferris chega e traz mudança de pensamento e estruturação do que viria a ser
meta-aprendizado
Cria um passo a passo claro e útil
Josh vem e remarca o caminho das pedras
Comentário importante sobre a mentalidade e a regra de 10000 traz pressão para
o aprendizado
“A quantidade de tempo que levará para adquirir uma nova habilidade é largamente
uma questão de quanto tempo concentrado você está disposto a investir em prática
deliberada e experimentação esperta e o quão bom você precisa se tornar para agir no
nível que deseja.”
Aquisição de habilidades x aprendizado