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I - CONCEITOS BÁSICOS
Quando o trabalhador está exposto junto a uma ou várias fonte de calor, ocorrem as
seguintes trocas térmicas entre o ambiente e o organismo.
C
E
M FONTE
R
- Condução/Convecção - C.
- Radiação - R
- Evaporação - E
- Metabolismo - M
1.1 CONDUÇÃO
É o processo de transferência de calor que ocorre quando 2 corpos sólidos ou flúido que
não está em movimento, a diferentes temperaturas, são colocados em contato. O calor do corpo de
maior temperatura se transfere para o de menor até que haja um equilíbrio térmico, isto é, quando
a temperatura dos corpos se igualarem.
1.2 CONVECÇÃO
1.4 EVAPORAÇÃO
Entre os inúmeros fatores que influenciam nas trocas térmicas, cincos principais devem
ser considerados na quantificação da sobrecarga térmica:
- temperatura do ar
- umidade relativa do ar
- velocidade do ar
- calor radiante
- tipo de atividade
2.1. - TEMPERATURA DO AR
Este parâmetro influi na troca térmica entre o organismo e o ambiente pelo mecanismo de
evaporação. Deste modo, a perda de calor no organismo por evaporação dependerá de umidade
relativa do ar, isto é, da quantidade de água presente numa determinada quantidade de ar.
Sabe-se que o organismo humano perde em média 600 kcal/h pela evaporação do suor,
isto se a umidade relativa for 0%. Quanto maior a umidade relativa(maior saturação de água no
ar), menor será a perda de calor por evaporação.
2.3. - VELOCIDADE DO AR
Quanto mais intensa for a atividade física exercida pelo indivíduo, tanto maior será o calor
produzido pelo metabolismo, constituindo, portanto, parte do calor total ganho pelo organismo.
M ± C ± R - E = S
Onde:
- Vasodilatação periférica:
Com o aumento do calor ambiental, o organismo humano promove a vasodilatação
periférica, no sentido de permitir maior troca de calor entre o organismo e o ambiente.
Há aumento do intercâmbio de calor por mudança do suor do estado líquido para vapor.
V - CONSEQUÊNCIAS DA HIPERTERMIA:
- Exaustão do calor: Com a dilatação dos vasos sanquíneos em resposta ao calor, há uma
insuficiência do suprimento de sangue do córtex cerebral, resultando numa baixa pressão arterial.
IV - INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Figura 1
O termômetro de mercúrio deve ser montado na posição vertical revestido com uma
camisa de algodão branca que deverá envolver totalmente o bulbo de mercúrio. Na montagem,
verificar que a distância entre a extremidade do bulbo (revestido pela camisa) e a lâmina d'água
destilada contida no erlenmeyer deve ser de 25 mm ou de 2,5 cm. No momento da utilização do
sistema, umedecer o pano totalmente com água destilada e encher o erlenmeyer até a extremidade
com água destilada - Vide figura 2.
Figura 2
c) Termômetro de bulbo seco(tbs): graduação de 0 até 60°C, com subdivisão de 0,1°C,
com bulbo do mercúrio.
- Importante:
d) Psicrômetro
Com esses dois dados pode se calcular a umidade relativa através da carta psicrométrica
abaixo:
e) Anemômetro
Existem diversos índices que correlacionam as variáveis que influem nas trocas térmicas
entre o indivíduo e o meio e, desta forma, permitem quantificar a severidade de exposição ao
calor. Entre estes índices os mais conhecidos são:
ÍNDICE CONSIDERAM
Temperatura Efetiva: Temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do ar.
Temperatura efetiva corrigida: Temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do ar e
calor radiante.
Índice de sobrecarga térmica: (Heat Stress index). Temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do ar,
Índice termômetro de globo e úmido. calor radiante e tipo de atividade.
Índice de bulbo úmido termômetro de globo.
Verifica-se pela pela tabela acima, que os índices Temperatura Efetiva e Temperatura
Efetiva Corrigida não consideram todos os fatores tidos como fundamentais para a correta
avaliação da sobrecarga térmica e, portanto, são os menos recomendados para um adequado
estudo da exposição ao calor. Estes índices são conhecidos como índices de conforto térmico.
A Portaria 491 considerava insalubre os locais onde a temperatura era superior a 28,0°C.
Atualmente esse índice é usado para determinação do conforto térmico conforme NR-17, Portaria
3214/78.
Não pode ser medida diretamente devendo ser computadas leituras das temperaturas de
bulbo úmido e temperatura de bulbo seco(Psicrômetro).
Com base nestes dados, entra-se no ábaco abaixo e determina-se a temperatura efetiva:
Exemplo:
A temperatura efetiva corrigida torna-se medida um pouco mais precisa, pois considera o
calor radiante. Utiliza-se temperatura de bulbo seco(Tbs), temperatura de bulbo úmido(Tbn),
temperatura de globo(Tg) e a velocidade do ar.
Exemplo:
- Tbs = 90 °F
- Tbu = 72 °F
- V = 200 pés/min.
- Tg = 107 °F
Tbs = 90 °F
Tbu = 72 °F ⇒ Obtém-se UR = 40%
UR = 40%
Tg = 107 °F ⇒ Tbu corrigida = 84 0 F
Tg = 107 °F
Tbu corrigida = 84 0 F ⇒ TEC = 89°F
Este índice, além das condições ambientais, considera o tipo de atividade exercida pelo
indivíduo. É expresso pela seguinte relação percentual.
Ereq
IST = x 100
Emax
Onde:
Ereq = quantidade de calor que o organismo necessita dissipar por evaporação, que é a
soma dos fatores M, C e R.
Emax = quantidade máxima que o organismo pode dissipar por evaporação, quando o
corpo estiver completamente molhado e à temperatura de 35 °C.
Quando IST > 100 significa que o balanço térmico não é mantido e a sudorese é exigida
em excesso, não podendo o trabalhador ficar exposto ao calor durante 8 horas diárias de trabalho
sem efeitos adversos à saúde.
Neste caso, é necessário estabelecer os períodos de trabalho e descanso, que podem ser
calculados a partir das equações:
250
Tempo máximo de trabalho( horas) =
E Reg . − E Max.
250
Texto mínimo de descanso ( horas) = , onde:
E Max. − E Req .( descanso)
Deste modo, para se calcular RReq( descanso) são necessárias, portanto, avaliações dos fatores
ambientais, no local de descanso dos trabalhadores, que deverá sempre que possível, ser afastado
das fontes de calor radiante e possuir temperatura mais amena. Logicamente, quanto mais
favorável forem as condições ambientais no local de descanso, menor será o tempo de descanso
requerido.
Se IST < 100, significa que o ambiente de trabalho não prejudica a saúde do trabalhador.
Etapas:
2) Prolonga-se esta linha, entrando no 2° gráfico, até intercessão com a linha horizontal e
obtém-se a carga térmica total(R + C + M).
4) Entra-se agora com o valor de Tbs e Tbu no 4° gráfico e na intercessão dos pontos
traça-se a linha horizontal, obtendo-se a diferença de pressão de vapor entre a pele completamente
molhada à 95 °F e o ar ambiente, em mmHg.
5) Prolonga-se esta linha até a intercessão com a linha de velocidade do ar. A partir daí
traça-se linha vertical e obtém-se evaporação máxima da pele úmida a 95 °F.
- Calcular o IST:
É obtida com o termômetro de globo úmido (botsball). Este método foi recentemente
desenvolvido nos EUA e apresenta a grande vantagem de utilizar o aparelho que através de uma
única leitura fornece o índice de sobrecarga térmica.
Consiste de uma esfera oca de 6 cm de diâmetro, pintada de preto fosco, recoberta de uma
camada dupla de tecido negro continuamente umedecido com água destilada proveniente de tubo
reservatório de alumínio ligado a esfera. Pelo interior do tubo passa a haste do termômetro
mostrador, cuja extremidade fica no centro da esfera. As leituras são efetuadas diretamente na
escala do mostrador cinco minutos após a estabilização.
- Interpretação do Índice
Deve ser comparado com os limites máximos a que pode estar exposto um trabalhador em
função com diferentes regimes de trabalho e tipos de atividade.
Consiste em um índice de sobrecarga térmica definido por uma equação matemática que
correlacionam alguns parâmetros medidos no ambiente de trabalho.
A equação para o cálculo do índice varia em função da presença ou não de carga solar no
ambiente de trabalho no momento da medição, conforme apresentado a seguir.
Onde:
- Aparelhos de medição
- Termômetro de globo.
- Tripé.
- Garras de fixação.
Uma grande vantagem deste método é que exclui o uso de anemômetros e elimina o
problema de obter velocidades médias do ar.
- Posicionamento do Equipamento.
Quando houver uma fonte principal de calor os termômetros deverão estar contidos num
mesmo plano vertical e colocado próximos uns dos outros sem, no entanto, tocarem entre si.
A altura de montagem dos equipamentos deve coincidir com a região mais atingida do
corpo. Quando esta não for definida o conjunto deve ser montado a altura do tórax do trabalhador
exposto.
7.6. - MEDIÇÕES
Limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos
de descanso em outro local( de descanso).
Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente
mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.
Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela
seguinte fórmula:
Mt x Tt + Md x Td
M=
60
Sendo:
IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora determinado pela seguinte
fórmula:
IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td
IBUTG =
60
Sendo:
QUADRO 3
TRABALHO MODERADO:
Exemplo:
Solução:
c) Segundo o quadro n° 1, anexo 3, NR-15, para atividade Pesada e IBUTG = 31,0 C, não
é permitido o trabalho sem adoção de medidas de controle. Sendo assim, a atividade é
considerada insalubre de grau médio.
No quadro 02 são fixados limites de tolerância para descanso num local termicamente
mais ameno onde o empregado deverá permanecer em repouso ou exercendo atividades leves.
Para a verificação da insalubridade deve-se determinar para os locais de trabalho e descanso os
seguintes parâmetros: IBUTG, tempos de exposição, a estimativa do metabolismo, conforme o
quadro 3 e as médias ponderadas determinadas pelo anexo 3. Em seguida, deve-se comparar o
metabolismo média ponderada (M) com o máximo IBUTG(média Ponderada).
Exemplo:
Local de Trabalho
- Atividade: Carregamento de forno, Taxa de metabolismo de 440 Kcal/h, conforme o
quadro 3.
- IBUTG T = 31,0 °C
-Tempo de Trabalho (TT) = 20 minutos
- Local de Descanso
- Atividade: sentado fazendo anotações.
- IBUTGd = 23,0 C
- Tempo de Descanso(TD = 40 minutos)
Solução
440 x 20 + 150 x 40
M= = 246, 6 Kcal / h ≅ 250 Kcal / h
60
c) Segundo o quadro 2 para M = 250 Kcal/h o máximo IBUTG permitido é de 28,5 °C.
Como o local apresentou IBUTG = 25,6 °C, o limite de tolerância não foi ultrapassado, não sendo
caracterizada insalubridade.
Outro aspecto importante è que as medições de calor devem ser feitas no período mais
desfavorável do ciclo de trabalho e no tempo de 60 (sessenta) minutos (alternância
trabalho/descanso).
O calor, como todo agente ambiental, deve ser controlado primeiramente na fonte ou na
trajetória, constituindo medidas aplicáveis ao ambiente. Não sendo possível este tipo de controle
por razões de ordem técnica ou econômica, devem ser adotadas medidas aplicáveis ao
trabalhador.
IX - MEDIDAS DE CONTROLE
O calor como todo agente ambiental deve ser controlado primeiramente na fonte ou em
sua trajetória através de medidas relativas ao ambiente e medidas relativas ao homem
Assim, as medidas devem visar de preferência o fator que mais contribui para a sobrecarga
térmica conforme a equação do equilíbrio homeotérmico.
M±C±R=E
a) Metabolismo
Muitas vezes é difícil influir sobre o calor produzido pelo metabolismo. A mecanização
(automatização) da operação a fim de minimizar o esforço físico do trabalhador acarreta a
diminuição da sobrecarga térmica.
b) Convecção
Deve ser salientada a importância da localização adequada dos mesmos, a fim de se evitar
que circule ar das zonas mais quentes para zonas adjacentes mais frias.
c) Radiação
d) Evaporação
Devem ser criadas condições que favoreçam a evaporação do suor e também auxiliem na
manutenção do equilíbrio térmico, aumentando E máxima(máxima capacidade evaporativa da
pele).
Nos casos de fontes localizadas de vapor d' água, recomenda-se ventilação local exaustora.
2) Aumento na movimentação do ar
O quadro seguinte relaciona algumas medidas que podem ser adotadas com os
correspondentes fatores alterados.
Em determinados casos por razões de ordens técnicas, as únicas medidas aplicáveis são as
relativas ao pessoal, que podem ser bastante eficazes.
Existe uma série de medidas que podem ser aplicadas diretamente no trabalhador, com o
objetivo de minimizar a sobrecarga térmica. Entre elas destacam-se:
a) Aclimatização:
Esta medida consiste em adotar período de descanso, visando reduzir a sobrecarga térmica
a níveis compatíveis com o organismo humano.
c) Exames médicos:
Recomenda-se a realização de exames médicos pré-admissionais com a finalidade de
detectar possíveis problemas de saúde que possam ser agravados com a exposição ao calor, tais
como: problemas cardio-circulatórios, deficiências glandulares(principalmente glândulas
sudoríparas), problemas de pele, hipertensão, etc. Tais exames permitem selecionar um grupo
adequado de profissionais que reúnam condições para executar tarefas sob o calor intenso.
Exames periódicos devem também ser realizados com a finalidade de promover um contínuo
acompanhamento dos trabalhadores expostos ao calor, a fim de identificar estados patológicos em
estágios iniciais.
As vestimentas dos trabalhadores devem ser confeccionadas de tecido leve e de cor clara.
Para situações de exposições críticas existem diversos tipos de vestimentas para o corpo inteiro,
sendo que algumas possuem sistema de ventilação acoplado.
e) Educação e treinamento: