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CAPÍTULO 1: Processo histórico da educação no Brasil

De acordo com Aranha a partir de 1530 (2006, p140) teve inicio a colonização
no país, pelos portugueses, com o sistema de capitanias hereditárias e a monocultura
da cana de açúcar, considerando isso a educação não era meta prioritária já que para
exercício das funções agrícolas não precisava de uma formação em especial.
Nessa mesma época a metrópole envia para a colônia brasileira religiosos para
realizarem trabalhos pedagógicos e missionários com intenção de converter o povo e
como missão da contra reforma evitar que os colonos desviassem da fé católica. Nesse
contexto a educação tinha papel de agente colonizador, pois as missões facilitavam a
dominação da metrópole sob a colônia.
Segundo Ghiraldelli Junior (2006, p.24) a educação brasileira tem um longo
percurso histórico, mas seu início propriamente dito foi com o fim do regime de
capitanias. Quando em 1549 o primeiro governador –geral Tomé de Souza trás
consigo jesuítas encabeçados por Manoel da Nóbrega e 15 dias após a chegada deles
já se da inicio a primeira escola “ler e escreve” na recente cidade fundada, salvador,
esse foi o inicio do processo de criação de escolas elementares, secundarias
espalhadas pelo Brasil, segundo Aranha( 2006 p.240)
Segundo o mesmo autor, os primeiros professores do Brasil foram Padre Manoel
da Nóbrega e outros dois jesuítas, a função destes professores era a instrução e a
catequese dos indígenas. Porém de acordo com Aranha era uma função muito difícil
pois jesuítas e índios tinham cultura, língua diferentes. Mais tarde outros grupos de
jesuítas chegaram ao Brasil e se integraram aos projetos educativos e desenvolveram
as escolas de ordenação, e graças a elas alguma instrução chegou até os filhos dos
colonos brancos e alguns mestiços.
Durante esse período vários colégios foram fundados, tendo como intuito a
formação religiosa. Fundaram o colégio de São Vicente, onde a partir desse depois de
transferido para Piratininga e transformado no colégio Santo Inácio surgiu em 1554 a
cidade de São Paulo de Piratininga (2006, p140).
Segundo Aranha (2006, P....) a partir do século XVII foram iniciados os esforços
para institucionalizar a escola, com a legislação que contemplou a obrigatoriedade aos
programas, níveis e métodos, embora ainda a educação fosse muito dominada por
alguns grupos religiosos, como os Jesuítas que ofereciam um ensino mais tradicional e
conservador tendo por base a escolástica medieval e a ciência aristotélica.
Os colégios Jesuítas tiveram grande influência sobre a sociedade e a elite
brasileira, mas eles direcionavam seus ensinamentos aos brancos e também aos não
muito pobres e basicamente instruídos, o ensino das primeiras letras ficavam a cargo
das famílias, que optavam por pagar um preceptor ou colocar o ensino de seus filhos
aos cuidados de um parente mais letrado, segundo Ghiraldelli Junior (2006, p.24).
O ensino no Brasil no século XVII não apresentou grandes diferenças, o ensino
jesuítico manteve a escola conservadora, a educação interessava apenas a poucos
elementos da classe dirigente, era literária abstrata e dogmática. Com o tempo a
educação atendia a um novo segmento: o da pequena burguesia que aspirava á
ascensão social, de acordo com ARANHA (2006, P. ...) .
De acordo com Ghiraldelli Junior (2006, p.24), a companhia de Jesus foi expulsa
de Portugal e do Brasil em 1759 quando o Marquês de Pombal empreendeu uma série
de reformas no sentido de adaptar o país e suas colônias às transformações
econômicas, políticas e culturais que ocorriam na Europa.
Segundo Aranha ( 2006 p 191) com a reforma pombalina houve um retrocesso
no processo educacional, aniquilamento das escolas “ler e escrever”, destruição de
livros e manuscritos e não foi possível organização escolar de imediato com suas
inovações em 1772 houve a implantação do ensino público oficial, a coroa nomeia
professores e estabelece planos de estudo e inspeção; o curso de humanidade, típico
do ensino jesuítico, é modificado para sistema de aulas régias e disciplinas isoladas
como era na metrópole ; criou-se um imposto para pagamento de professores (subsídio
literário), a fim de gerar recursos que nem sempre foram aplicados na educação.
As vantagens oferecidas por essa reforma do ensino decorriam da intenção de
oferecer aulas de línguas modernas, como o francês, além do desenho, aritmética,
geometria, ciências naturais contra o dogmatismo da tradição jesuíta.
Segundo Aranha (2006, P. ...) com o iluminismo no século XVIII, a
educação deixava de ser atrelada a religião, como nas escolas confessionais e menos
ainda aos interesses de uma classe. A escola deveria ser leiga (não religiosa) e livre
(independente de privilégio de classes). A educação passaria a ser do encargo do
estado, que deveria ser obrigatória e gratuita, enfatizaria as línguas vernáculas em
detrimento ao latim, e orientaria práticas voltadas às ciências, técnicas e ofícios e não
mais priorizaria os estudos exclusivamente humanísticos.
No século XIX ainda não havia exigência da conclusão do curso primário para o
acesso para outros níveis. A elite educava seus filhos em casa com os preceptores.
Outras vezes, os pais se reuniam para contratar professores que dessem aula em
conjunto para seus filhos em algum lugar escolhido. Ou seja, sem nenhum vinculo com
o estado já que o “sistema nacional de educação” presente na constituição de 1824 não
foi contemplado.
De acordo com Piletti (1996,p. 43), a constituição outorgada em 1824 limitou
estabelecer que “a instrução primaria é gratuita a todos os cidadãos”. Uma lei em 1827
determinou que deveria ser criadas escolas de primeiras letras em todas cidades, vilas,
lugarejos, e escolas de meninas nas cidades mais populosas, tópicos que nunca
chegaram a ser cumpridos.
Para a classe desfavorecida, restava a oferta de poucas escolas cuja atividade
se resumia em aprender a ler, escrever e contar. Apenas 10% da população em idade
escolar se matriculavam nas escolas primárias. Aranha (2006, p.223).
Em 1825, D. Pedro I autorizou o funcionamento do Seminário de Educandas de
São Paulo, que era diferente dos antigos asilos para meninas órfãs ou desamparadas.
A princípio esses abrigos serviam para abrigar as filhas de militares em serviço, bem
como as órfãs daqueles que haviam morrido nas lutas da independência. Os abrigos
também faziam a guarda das meninas que precisavam ser afastadas temporariamente
das famílias. Aí aprendiam a ler, escrever, contar, bordar, cozinhar, e eram protegidas
dos vícios e da depravação dos costumes, segundo Aranha (p.229).
As famílias que tinham dinheiro investiam na educação de seus filhos homens,
porém as mulheres eram educadas em casa, elas eram consideradas de natureza
inferior de inteligência para os estudos. O objetivo maior era prepará-las para o
casamento.de acordo com Aranha ( p. 230)
No final do século XIX, há mostras da atuação do estado , construção de prédios
monumentais para estabelecimentos, sobretudo os Grupos escolares, isso atesta o
interesse pelo estado na educação pública, criação de museus, bibliotecas, difusão de
livros e artigos sobre pedagogia.
De acordo com Aranha, (2006, p 294) a queda da monarquia em 1889, instaurou
a primeira republica que durou até 1930.
O projeto político republicano visava a implantar a educação escolarizada
oferecendo ensino para todos.

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