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CASO PRÁTICO (AVALIAÇÃO) – ACÇÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE CONDENAÇÃO À PRÁTICA DE

ACTO DEVIDO
Contencioso Administrativo e Tributário
Ano Lectivo 2012/2013

Considere os seguintes factos:

10 de Janeiro: A., funcionária da Direcção-Geral do Consumidor, requer a sua integração nos


quadros.

20 de Março: Na ausência de qualquer resposta, A. propõe uma acção administrativa especial


em que pede a declação de nulidade do acto de indeferimento tácito por violação do dever de
decidir e o reconhecimento do seu direito a à integração.

10 de Abril: A. é notificada da decisão do Ministro da Economia de indeferimento expresso da


sua pretensão.

Responda, fundamentada e sucintamente, às seguintes questões:


1. O meio processual utilizado é adequado? Estariam reunidos, à data da propositura da
acção, os pressupostos para uma acção administrativa especial de condenação à
prática do acto devido?
Não; o meio processual adequado seria a acção administrativa especial, com um pedido de
condenação à prática de acto devido (e não o mero reconhecimendo do direito), podendo ser
cumulado o pedido impugnatório. Considerando que a pretensão material do autor é a
integração nos quadros, ou seja, a prática de um acto de conteúdo positivo, a condenação da
entidade administrativa na prática do acto seria a tutela jurisdicional adequada, seguindo o
princípio de que o autor tem de escolher a forma de acção que lhe proporciona a tutela jurídica
mais intensa (aflorado nos artigos 51.º/1 e 66.º/2).

Não, uma vez que, salvo regra especial, o prazo legal de decisão é de 90 dias e este ainda não
tinha decorrido a 20 de Março (67.º/1a), e 9.º e 109.º/2 CPA).

2. Assumindo que sim, teria A. de propor uma nova acção para que fosse apreciado por
um Tribunal o acto de indeferimento expresso de 10 de Abril?
Não; poderia o autor, no âmbito da mesma acção, alegar novos fundamentos e oferecer
diferentes meios de prova em favor da sua pretensão (70.º/1), o que implica uma apreciação
incidental do acto, que é a única que importaria fazer, uma vez que o objecto da acção é a
pretensão de reintegração e não o acto negativo (66.º/2).

3. Qual o prazo para propositura desta acção?


(deve identificar apenas o prazo, modo de contagem e eventuais causas de suspensão)
Sendo invocada uma situação de inércia, o prazo para a acção é de um ano (69.º/1) a contar do
termo do prazo legalmente estabelecido para a emissão do acto omitido. É contínuo, não
ocorrendo causas de suspensão por o prazo ser superior a 6 meses - 144.º do CPC (seja por
aplicação analógica da remissão do artigo 58.º/3, seja pela remissão do artigo 1.º).

4. Poderia o Tribunal limitar-se a anular o acto e a condenar a entidade administrativa a


reapreciar o caso?
Não, o Tribunal tem sempre de se pronunciar sobre a prentensão material do interessado
(71.º/1), e, em caso de procedência, a condenação na prática do acto devido deve identificar o
conteúdo acto (quando admissível) ou as vinculações a observar pela Administração (71.º/2).

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