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TERAPÊUTICA PARA UMA NOVA


HUMANIDADE

“ PROJETO OFICINAS DA
ALMA”

JS Godinho

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TERAPÊUTICA PARA UMA NOVA


HUMANIDADE

Projeto
“OFICINAS DA ALMA”

JS Godinho

www.associacaovidaconsciente.com.br

www.holuseditora.com.br

www.jsgodinho.com.br

jsgodinhotvp@hotmail.com

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TERAPÊUTICA PARA UMA NOVA


HUMANIDADE

MÓDULO I

PROJETO
“OFICINAS DA ALMA”

JS GODINHO

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INTRODUÇÃO

O “Projeto Oficinas da Alma” é uma proposta


terapêutica fraternista simplificada, que propõe um
novo modelo de tratamento específico para os
distúrbios do “ego”, como no caso das pessoas que
apresentam sintomatologia complicada e alternante,
com dificuldades comportamentais, emocionais, e
sintomas físicos diversos, sem diagnóstico preciso.
Trata, também, as limitações, as necessidades, as
propensões a auto ilusão e também os vícios de
caráter.
O tratamento pode ser realizado em qualquer
lugar e executado por duas ou mais pessoas, desde
que, dentre eles, se encontre um sensitivo e um
esclarecedor. Os demais, ficarão no apoio energético.
O sensitivo ou médium sintonizará, incorporará
e manifestará individualmente cada elemento
componente do bloco de “personalidades múltiplas
associadas” produtoras da dinâmica psíquica do
atendido.
O esclarecedor ou terapeuta as esclarecerá e
as tratará, orientando os novos comportamentos e as
novas atitudes a serem adotadas pelas
personalidades tratadas e pela pessoa atendida.
Oficinas da Alma é uma técnica anímica
inspirada na proposta terapêutica criada por Dr. José
Lacerda de Azevedo, mas com estrutura e
fundamentação diferenciada. O nosso objeto de
tratamento e investigação são as personalidades
psíquicas associadas, que compõem o bloco de “ego”

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das pessoas, e nele se manifestam, influenciando


suas vidas.

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ADVERTÊNCIAS

“Te advirto, quem quer que sejas, oh tu!


Que desejas sondar os mistérios da natureza.
Como esperas encontrar outras excelências se
ignoras as excelências de tua própria casa?
Em ti está oculto o tesouro dos tesouros.
Oh homem! Conhece-te a ti mesmo… e
conhecerás o Universo e os deuses.” (Inscrição
encontrada no frontispício do Templo de Delfos, Grécia).

Esta advertência nos informa sobre os


potenciais latentes em nosso psiquismo que
aguardam a nossa decisão para seu despertar e sua
utilização proveitosa.

“Não há magia mais aterradora ou feitiço


mais poderoso do que aquele forjado contra si
mesmo na mente que o concebeu.” (“Alforria” de Pai João
de Aruanda, psicografia de Robson Pinheiro).

“A mente é a orientadora do universo


celular, em que bilhões de corpúsculos e energias
multiformes se consagram a seu serviço. Dela
emanam as correntes da vontade, determinando
vasta rede de estímulos, reagindo ante as
exigências da paisagem externa, ou atendendo às
sugestões das zonas interiores.
(...) “É importante lembrar que uma
influência espiritual ou anímica necessita, para se
instalar, da permissão da pessoa, através da

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identificação vibratória dos pensamentos,


emoções ou hábitos.” (Mecanismos da Mediunidade, André Luiz,
capítulo XXIV).

Estas advertências nos alertam sobre o perigo


da má utilização desses potenciais.

“Se é fácil, às vezes, o esclarecimento do


espírito ou da personalidade infeliz e sofredora, a
doutrinação do encarnado é a mais difícil de
todas, visto requisitar os valores do seu
sentimento e da sua boa-vontade...” (“O CONSOLADOR”,
Emmanuel, questão 394).

Esta última, esclarece-nos sobre nossas


atitudes diante das dificuldades.

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“EU PESSOAL” OU “CONSCIÊNCIA DE


VIGÍLIA”.

O “ego”, centro da consciência individual, é a


área onde as personalidades psíquicas se
manifestam. Nesse campo, podem ser observados
dois grupos de personalidades: as “personalidades
múltiplas dissociadas” que se afastaram do bloco de
“ego” e que agem em prejuízo deste e sabem disso
(auto-obsessoras), e as “personalidades múltiplas
associadas” que produzem a dinâmica psíquica da
pessoa, mas não se dão conta disso, e pensam ter
vida própria, independente.
Essas personalidades podem se manifestar ou
se comportar de formas variadas no palco da
consciência, revelando características próprias.
Quando ocorre a influência direta de uma
personalidade do “ego”, por alternância, é comum
que a pessoa sofra lapsos de memória (amnésia),
mudanças de humor súbitas ou lentas, alterando seu
comportamento, seu olhar, seu tom de voz, seu
cheiro, seus gestos, gostos e preferências.
Dessa forma, pode-se definir a “Personalidade
Psíquica” como sendo, também, uma espécie de
“pessoa” não física, que tem uma história particular,
uma aparência e uma idade própria, diferente da
aparência e da idade da pessoa da qual faz parte e
através da qual se manifesta. Essas personalidades
têm um comportamento específico, com vocabulário
e memórias próprias, polaridade sexual distinta,
emoções e sentimentos exclusivos.

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O MODELO DE TRATAMENTO

O nosso modelo de tratamento psicoterápico é


baseado num conjunto de procedimentos que devem
ser aplicados cuidadosamente pela equipe e
observados criteriosamente pelo paciente. Para isso,
o terapeuta deve informar ao paciente que o
tratamento é para as desarmonias e distúrbios
relacionados com seu psiquismo, visando buscar
uma maior compreensão sobre as coisas que lhe
acontecem. Deve explicar que isso é o resultado das
suas atitudes, do seu jeito de ser e de sua forma de
agir no passado ou no presente. Por isso, ele próprio
deve observar com atenção cada personalidade que
se manifestar durante o tratamento, pois elas
mostrarão os papeis que ele representou em outras
existências e que se refletem até hoje na sua vida, na
forma de problemas de consciência, na sua maneira
de ser, na sua saúde, nos seus conflitos e nas suas
dificuldades.
Cabe também ao terapeuta a tarefa de
sintonizar e tratar cada personalidade dissociada que
se apresentar com base nas informações colhidas na
avaliação, que não devem ser conhecidas pelo
incorporador, e, também, nas informações que forem
intuídas, deduzidas e percebidas durante o
psicotranse. Se acaso a existência de alguma
personalidade psíquica foi percebida ou deduzida na
avaliação, mas não se apresentou espontaneamente
para sintonia, a mesma deve ser rastreada, captada e
entrevistada. E como as demais, tratada, esclarecida

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e encaminhada para complementação de tratamento


no campo mental ou astral, ou para acompanhar a
vida da pessoa no seu dia a dia e auxiliá-la sem
interferências no seu livre arbítrio.

O tratamento.

O tratamento psicoterápico para os distúrbios


das personalidades psíquicas é composto dos
seguintes itens:

1) Receber e entrevistar o paciente:

a) Preencher a sua ficha, observando sua


postura, seu comportamento, seu modo de ser, de
olhar e de falar, anotando os seus dados e as sua
queixas;

b) Fazer alguns questionamentos, visando


identificar alguns de seus hábitos, comportamentos
ou vícios negativos bem como algumas informações
sobre o ambiente familiar.

Obs: A equipe de tratamento deve manter um


registro do paciente e de suas dificuldades, incluindo
nome completo, endereço, telefone e número de sua
identidade, para controle sobre o andamento e os
resultados do tratamento. O modelo da ficha será
fornecido durante o curso.

2) Orientar ao paciente sobre a natureza do


tratamento oferecido e esclarecimentos sobre a
responsabilidade que lhe compete para o bom êxito
do tratamento. O projeto “Oficinas da Alma” propõem

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uma bateria de três sessões de uma hora de


tratamento de “ego” e de três sessões (palestras) de
orientação e passes após cada uma das três sessões
de tratamento do “ego”.

Obs: os temas das palestras devem ser de


cunho ético, visando a conscientização da pessoa
para os compromissos espirituais que todos temos e
também para estimulá-la a prática da fraternidade e
da cooperação.

3) Sessão inicial de tratamento deverá


obedecer a seguinte orientação:

a) Abertura do Evangelho Segundo o


Espiritismo, ao acaso, pelo paciente;

b) Leitura e interpretação do texto, visando


decifrar as orientações do tema; acesso ao campo
mental do paciente com sintonia e tratamento de
cada personalidade.

4) O orientador deverá utilizar no tratamento


das personalidades, dependendo de cada caso e da
necessidade de cada uma, as seguintes ferramentas:

a) A investigação fraterna sobre as


dificuldades e as queixas da personalidade
comunicante incluindo informações sobre sua idade,
grau de consciência sobre seu estado, hábitos e
queixas;

b) Esclarecimento sobre seu estado e seus


equívocos através de informação, esclarecimento,
regressão e progressão;

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c) Tratamento através da cromoterapia,


reconfiguração, conscientização sobre a necessidade
de cooperar com a parte encarnada e
encaminhamento para conclusão de tratamento no
campo astral ou mental.

Nota: Acrescentamos aqui algumas


orientações que julgamos importantes sobre a
aplicação do tratamento, visando facilitar o trabalho
dos iniciantes.

a) A acolhida fraterna e o estímulo devem ser


empregados quando os elementos se apresentarem
sofredores, infelizes, desamparados, desorientados,
conflitados, infantilizados, deficientes e senis.

b) A palavra e atitude enérgica deve ser


empregada quando os elementos se apresentarem
agressivos, ameaçadores, teimosos, litigiosos e
coléricos.

c) O esclarecimento quando os elementos


forem confusos, equivocados, antagônicos,
ignorantes e orgulhosos, e estiverem apegados a
situações de passado, sem que tenham percebido
que já perderam o corpo físico.

d) A orientação é para os elementos neutros,


acomodados, ociosos, dominantes, dominados,
viciosos e devassos.

e) A despolarização dos estímulos, recurso


raramente empregado, é para neutralizar idéias fixas,
dominantes.

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f) A regressão deve ser empregada quando


precisarmos retirar o elemento de determinada idéia
e momento, para que reveja eventos vividos
anteriormente.

g) A progressão visa fazer com que o


elemento em tratamento avance a partir do ponto
onde estiver focado ou regredido.

h) A cromoterapia é aplicada para dissolver


aparelhos ou sedimentos de energias negativas
fixadas em determinados chacras, eliminar focos de
dor ou de desconforto no corpo do manifestante ou
restaurar células, tecidos ou órgãos.

i) A hipnose, quando precisamos nos contrapor


a eventual e vigorosa ação mental antagônica de
personalidades detentoras de iniciação em magia,
que tentam nos subjugar através desse processo,
tentando impedir o trabalho terapêutico.

j) A doutrinação, quando for necessário incutir


uma nova idéia ou filosofia visando modificar idéias
negativas cristalizadas.

k) A reconfiguração, quando o elemento


estiver deformado, mutilado ou degradado.

l) O tracionamento do cordão prateado,


visando fazer com que o elemento incorporado
perceba sua situação e também quando houver
necessidade de se identificar se o comunicante é
espírito ou elemento psíquico.

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Por fim, a conscientização sobre a importância


da cooperação com os propósitos positivos da
consciência física e o encaminhamento para
complementação de tratamento em alguma
instituição no astral, quando a equipe sentir que nada
mais pode fazer para a melhora da personalidade.

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MÓDULO I I

PROJETO
“OFICINAS DA ALMA”

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O “EGO”.

“Nos alicerces do inconsciente profundo,


encontram-se os extratos das memórias
pretéritas, ditando comportamentos atuais, que
somente uma análise regressiva consegue
detectar, eliminando os conteúdos perturbadores,
que respondem por várias alienações mentais.”
(O Homem Integral. Joanna de Angelis. Psicografia de Divaldo
Franco).

O “Ego” pode ser entendido como sendo o


conjunto de expressões psicológicas manifestadas
pela pessoa física de forma consciente ou
inconsciente. Pode, também, ser definido como uma
espécie de “condomínio” ou de “elenco de atores”
onde se agregam diversas personalidades psíquicas
diferentes, históricas ou atuais, que se revezam nas
atuações, ocupando o “microfone” do cérebro e
fazendo a pessoa sentir o turbilhão de pensamentos
diferenciados. Essas personalidades manifestam-se e
comportam-se de formas variadas no palco da
consciência, revelando características próprias.
Quando ocorre a influência predominante de
uma personalidade do “ego”, por alternância, de certa
forma, explica o porquê das mudanças de humor
súbitas ou lentas que ocorrem com as pessoas,
alterando seu comportamento, seu olhar, seu tom de
voz, seu cheiro, seus gostos e suas preferências.
Dessa forma, podemos definir a
“Personalidade Psíquica” como sendo uma espécie
de “pessoa” não física, que tem uma história
particular, uma motivação, uma aparência e uma
idade própria, diferente da aparência e da idade da
pessoa da qual faz parte e através da qual se
manifesta. Além disso, essas personalidades têm um
comportamento específico, um vocabulário e

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memórias próprias, polaridade sexual distinta,


emoções e sentimentos exclusivos.

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A PROPOSTA.

Nosso modelo terapêutico propõem o


tratamento do “ego” com seu contexto de
personalidades associadas, a busca de entendimento
sobre o seu funcionamento, suas propriedades, sua
morfologia, o comportamento de cada elemento que
o compõem, visando a harmonia da pessoa.
É uma modalidade de tratamento indicada
para os distúrbios psicossomáticos em geral e
também para os distúrbios da personalidade. No
entanto, alguns instrumentos componentes de seu
ferramental como a cromoterapia, o esclarecimento, a
doutrinação e a regressão, podem servir também
para tratamento de distúrbios relacionados com os
corpos sutis, com a mediunidade e com as
obsessões de natureza espiritual.
Neste modelo de tratamento não se pretende a
comunicação com espíritos, nem a utilização da
mediunidade, embora isso possa ocorrer. Se for
constatado sinais de mediunidade ou de obsessão na
pessoa atendida, ela será orientada a procurar
tratamento adequado em local de sua preferência.
Havendo a comunicação de um espírito necessitado,
ele será atendido fraternalmente, como determina a
caridade evangélica e encaminhado para as
instituições socorristas do astral. Após seu
encaminhamento, o tratamento das personalidades
psíquicas do atendido prosseguirá normalmente.
Nossa proposta terapêutica, ao utilizar-se de
estudos e achados das ciências da saúde e dos
recursos de sensitivos para tratar os distúrbios das
personalidades psíquicas, não contraria a filosofia
espírita, ao contrário, aproveita as informações e
orientações dela emanadas. Apóia-se no espírito da
fraternidade ao pregar a cooperação e o auxilio aos
que sofrem. Não se utiliza indevidamente da

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mediunidade por não propor a comunicação ou o


tratamento de espíritos, nem desobsessão espiritual.
Não distorce nem contraria a proposta do Dr. Lacerda
porque propõem um método de tratamento diferente,
com fundamentação completamente distinta da teoria
setenária orientalista na qual ele baseou sua técnica.
O Projeto Oficinas da Alma não se constitui
em doutrina, filosofia, religião ou seita. É apenas uma
técnica terapêutica baseada nos postulados da
psicologia, psiquiatria e Doutrina Espírita. Não propõe
qualquer alteração nem acrescenta nada aos
fundamentos filosóficos, éticos e morais de qualquer
ramo da ciência, doutrina ou religião.
Aos que se propuserem a aceitá-la e dela se
utilizar, recomendamos o estudo da Doutrina dos
Espíritos, da mediunidade, das obsessões e do
psiquismo humano, mais especificamente, sobre as
personalidades múltiplas, para que compreendam do
que trata a técnica e possam utilizá-la com
conhecimento de causa, auxiliar com sabedoria e
proveito, movidos pelo espírito de fraternidade.

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AS PERSONALIDES PSIQUICAS.

As personalidades psíquicas que se


comunicam e que se apresentam para tratamento,
descrevem a si mesmas como “pessoas” que ainda
vivem vidas normais, têm histórias particulares,
aparências e idades próprias, diferentes da aparência
e da idade da pessoa de onde procedem ou em cujo
campo mental se manifestam. Possuem
comportamentos específicos com inteligência,
vocabulário, memórias, hábitos, apegos, emoções e
sentimentos exclusivos. Descrevem sua constituição
familiar, relacionam seus bens, seus afetos e
desafetos.
Revelam propriedades completamente
distintas dos atributos dos corpos sutis, que são
instrumentos permanentes de manifestação do
espírito e são complementares entre si, ao contrário
das personalidades que são independentes entre si e
também independentes da pessoa que as hospeda.
Os corpos sutis têm atributos específicos,
permanentes e automáticos. Em conjunto criam as
possibilidades de manifestação do espírito em cada
personalidade no campo da consciência e do “ego”.
Formam o perispírito e funcionam como
decodificadores ou codificadores dos impulsos que
lhe brotam do âmago e das informações provindas
das experiências vividas por cada personalidade.
As personalidades dão vida aos corpos físicos.
São criadas em cada existência, juntamente com a
formação de cada corpo, mas permanecem depois da
extinção destes, por tempo desconhecido. Podem
manifestar-se por incorporação nos novos corpos
físicos de seu agregado ou nos corpos físicos de
outras pessoas. Podem também, interferir no
comportamento das novas personalidades que estão
em formação nesses corpos, nas novas existências,

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influenciar a sua constituição e a modelação e


também influenciar o comportamento das pessoas
circundantes.

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FUNDAMENTOS SOBRE AS
PERSONALIDADES PSIQUICAS.

Os estudos, as observações e as
experimentações da psicologia e da psiquiatria sobre
o fenômeno das personalidades múltiplas (distúrbios
dissociativos de identidade) corroboram as
revelações contidas na Doutrina Espírita sobre os
fenômenos do psiquismo e também sobre a realidade
da reencarnação. Diante disso, a conclusão óbvia é
que as personalidades alternantes são sobreviventes
das existências pretéritas.
Além disso, descobertas científicas recentes
sobre a memória humana e sobre o senso de
identidade de cada indivíduo, revelam que a
multiplicidade dos “eus” não é uma aberração, mas
sim o estado natural do ser humano. Porém, é
necessário que haja equilíbrio entre os “eus” para que
a pessoa tenha saúde e qualidade de vida. Dessa
forma, fica evidente que só o conhecimento de si
mesmo e das propriedades do psiquismo, de suas
funções e mecanismos, poderá nos proporcionar a
tão sonhada felicidade, saúde, harmonia, poder e
bem estar.
A existência dos múltiplos “eus” (personalidade
psíquicas) remonta de muitas culturas, sem serem
relacionados a distúrbios mentais. Assim, para o
paradigma reencarnacionista, a denominação DMP
(distúrbio das múltiplas personalidades), como estava
no DSM–III é muito mais adequada. A visão não
reencarnacionista não admite o conceito de
personalidades múltiplas, dado que, dentro do
paradigma materialista, a pessoa vive uma só vez e,
sendo assim, nasce com uma só personalidade.
Então, o DDI (distúrbio dissociativo da identidade), é
interpretado como distúrbio mental, e tornou-se

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diagnóstico oficial da Associação Psiquiátrica


Americana em 1980 (DSM-IV).
Porém, os estudos dos diferentes personagens
que residem em cada um de nós, mostram que,
frequentemente, esses elementos lutam por espaço,
por domínio e por poder, e tentam impor suas idéias,
conceitos e hábitos à consciência da pessoa.
Rita Carter, no livro “Multiplicidade”, aborda
pesquisas que atestam que o ser humano é uma
família de “eus” e procura mostrar que cada ação de
uma pessoa e suas manifestações emocionais,
resultam de personagens diferentes, de modo que,
segundo ela, somos feitos por muitos outros
personagens, maiores e menores, cada qual
querendo agir com independência dentro da
“comunidade” psíquica da pessoa.
Em alguns casos, há um completo bloqueio de
memória entre essas personalidades. Em outros, há
conhecimento e até interação entre umas e outras.
Por isso, surgem as rivalidades, as fraternidades, e
até dominadores entre elas, formando as linhas de
desarmonia comandada por uma ou mais
personalidades principais, fenômeno quase
imperceptível ao observador externo que desconheça
essa realidade.

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OS FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS E
ESPIRITUALISTAS SOBRE AS PERSONALIDADES
PSIQUICAS.

“O funcionamento da psique baseia-se no


princípio da oposição entre os elementos
contrários. A tarefa do homem no caminho de
individuação é unir os opostos.” (“O Espírito na Arte e na
Ciência”, “Tipos Psicológicos” e “Aion, Estudos sobre o simbolismo do si mesmo
– Vozes, C.G Jung)

Jung

Jung entendia que “os vários grupos de


conteúdos psíquicos ao desvincular-se da
consciência, passam para o inconsciente, onde
continuam, numa existência relativamente autônoma,
a influir sobre a conduta". E que “a psiquê, tal como
se manifesta, é menos um continente do que um
arquipélago, onde cada ilha representa uma
possibilidade autônoma de organização da
experiência psíquica”.
Afirmava ele que: "Tudo isso se explica pelo
fato de a chamada unidade da consciência ser mera
ilusão. (…) Somos atrapalhados por esses pequenos
demônios, os nossos complexos. Eles são grupos
autônomos de associações, com tendência de
movimento próprio, de viverem sua vida
independentemente de nossa intenção. Continuo
afirmando que o nosso inconsciente pessoal e o
inconsciente coletivo, constituem um indefinido,
porque desconhecido, número de complexos ou de
personalidades fragmentárias.”
É interessante sua descrição sobre esse
conjunto de fenômenos:

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“Senhoras e senhores, isto nos conduz a


alguma coisa realmente importante. O complexo, por
ser dotado de tensão ou energia própria, tem a
tendência de formar, também por conta própria, uma
pequena personalidade. Apresenta uma espécie de
corpo e uma determinada quantidade de fisiologia
própria, podendo perturbar o coração, o estômago, a
pele. Comporta-se enfim, como uma personalidade
parcial.” (...) “A personificação de complexos não é
em si mesma, condição necessariamente patológica.”
(Jung, Carl Gustav, Fundamentos de
Psicologia Analítica. Editora Vozes, 4º ed. páginas
67/68).

A Natureza da Psique.

“(253) - Voltemo-nos primeiramente para o


problema colocado pela tendência da psique a
cindir-se. Embora seja na psicopatologia que mais
claramente se observa esta peculiaridade, contudo,
fundamentalmente trata-se de um fenômeno
normal que se pode reconhecer com a maior
facilidade nas projeções da psique primitiva. A
tendência a dissociar-se significa que certas
partes da psique se desligam a tal ponto da
consciência, que parecem não somente estranhas
entre si, mas conduzem também a uma vida
própria e autônoma. Não é preciso que se trate de
personalidades múltiplas históricas ou de
alterações esquizofrênicas da personalidade, mas de
simples complexos inteiramente dentro do espectro
normal.
Os complexos são fragmentos psíquicos
cuja divisão se deve a influências traumáticas ou
a tendências incompatíveis. Como no-lo mostra a
experiência das associações, eles interferem na
intenção da vontade e perturbam o desempenho

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da consciência; produzem perturbações na


memória e bloqueios no processo das
associações; aparecem e desaparecem, de acordo
com as próprias leis; obsediam temporariamente a
consciência ou influenciam a fala e ação de
maneira inconsciente. Em resumo, comportam-se
como organismos independentes, fato
particularmente manifesto em estados anormais. Nas
vozes dos doentes mentais assumem inclusive
um caráter pessoal de ego, parecido com o dos
espíritos que se revelam através da escrita
automática e de técnicas semelhantes. Uma
intensificação do fenômeno dos complexos conduz a
estados mórbidos que nada mais são do que
dissociações mais ou menos amplas, ou de múltiplas
espécies, dotadas de vida.
(254) - Os novos conteúdos ainda não
assimilados à consciência e que se constelaram
na inconsciência comportam-se como complexos.
Pode tratar-se de conteúdos baseados em
percepções subliminares de conteúdos de natureza
criativa. Como os complexos, eles conduzem
também a uma existência própria, enquanto não
se tornam conscientes e não se incorporam à
vida da personalidade. Na esfera dos fenômenos
artísticos e religiosos estes conteúdos aparecem
ocasionalmente também sob forma personalizada,
notadamente como figuras ditas arquetípicas. A
pesquisa mitológica denomina-os de "motivos"; para
Lévy-Bruhl trata-se de “representações coletivas”,
(representations collectives) e Hubert e Mauss,
chamam-nos “categoria de fantasias” (catégories de
Ia phantaisie).
Coloquei todos os arquétipos sob o conceito
de inconsciente coletivo. São fatores hereditários
universais cuja presença pode ser constatada onde
quer que se encontrem monumentos literários

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correspondentes. Como fatores que influenciam o


comportamento humano, os arquétipos
desempenham um papel em nada desprezível. É
principalmente mediante o processo de
identificação que os arquétipos atuam
alternadamente na personalidade total. Esta
atuação se explica pelo fato de que os arquétipos
provavelmente representam situações tipificadas da
vida. As provas deste fato se encontram
abundantemente no material recolhido pela
experiência. A psicologia do Zaratustra de Nietzsche
constitui um bom exemplo neste sentido. A diferença
entre estes fatores e os produtos da dissociação
provocada pela esquizofrenia está em que os
primeiros são entidades dotadas de
características pessoais e carregadas de sentido,
ao passo que os últimos nada mais são do que
meros fragmentos com alguns vestígios de
sentido, verdadeiros produtos de desagregação, mas
uns e outros possuem em alto grau a capacidade
de influenciar, controlar e mesmo reprimir a
personalidade do eu, a tal ponto que surge uma
transformação temporária ou duradoura da
personalidade.” (A Natureza da Psique”, parágrafos
253 e 254, Jung, Editora Vozes)

Roberto Assagioli

O psiquiatra e psicólogo italiano Roberto


Assagioli (1888-1974), ao criar a Psicossíntese, por
volta de 1910, reconheceu os vários aspectos do
nosso psiquismo, em níveis sempre crescente de
organização, oferecendo, através de sua técnica e
postulados, um entendimento mais completo sobre
nós mesmos, sobre nossas capacidades e sobre
nossas relações, proporcionando-nos recursos de

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ajuda para lidarmos com estes elementos de maneira


eficiente e segura. São suas estas palavras:
"A personalidade do indivíduo é como uma
orquestra. Cada parte dela, chamada de sub-
personalidade, é um músico, e o EU é o maestro.
Não se pode eliminar um músico, mas fazer com que
todos atuem em harmonia. O maestro determina
quem vai tocar e a que horas. O compositor é o lado
transpessoal do indivíduo, o que cria. O importante é
a ligação harmoniosa entre todos para a boa
execução da sinfonia.” (O Ato da Vontade. Roberto
Assagioli. Editora Cultrix: São Paulo, 1985)

Alexandre Aksakof.

"Hoje, graças às experiências hipnóticas, a


noção da personalidade sofre uma completa
revolução. Não é mais uma unidade consciente,
simples e permanente, como o afirmava a antiga
escola, porém uma "coordenação psicológica", um
conjunto coerente, um consenso, uma associação
dos fenômenos da consciência, enfim, um agregado
de elementos psíquicos; por conseguinte, uma parte
desses elementos pode, em certas condições, se
dissociar, se destacar do núcleo central, a tal ponto
que esses elementos tomem “pro tempore” o caráter
de uma personalidade independente.” (Animismo e
Espiritismo. Alexandre Aksakof. FEB).

Joana de Angelis (Divaldo Franco).

Da mesma forma, Joana de Angelis, através


da psicografia de Divaldo Franco, no livro “O
Despertar do Espírito”, páginas 31 a 42, fez várias
referências ao fenômeno e a importantes cientistas e
pesquisadores do assunto. Afirma ela:

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“na imensa área do ego, surgem as


fragmentações das subpersonalidades, que são
comportamentos diferentes a se expressar conforme
as circunstâncias, apresentando-se com freqüência
incomum”.
”As personalidades secundárias assomam
com freqüência, conforme os estados emocionais,
dando origem a transtornos de comportamento e
mesmo a alucinações psicológicas de natureza
psicótica e esquizóide. Certamente, muitos
fenômenos ocorrem nessa área, decorrentes das
frustrações e conflitos, favorecendo o surgimento de
personificações parasitárias que, não raro, tentam
assumir o comando da consciência, estabelecendo
controle sobre a personalidade, e que são muito bem
estudadas pela Psicologia Espírita, no capítulo
referente ao Animismo e suas múltiplas formas de
transes.”
“O trabalho de integração das
subpersonalidades é de magna importância para
o estabelecimento do comportamento saudável”
“A própria personalidade, não poucas vezes,
apresentando-se fragilizada, fragmenta-se e dá
surgimento a vários “eus” que ora se sobrepõe ao
ego, ora se caracterizam com identidade dominante.”
(O Despertar do Espírito. Joanna de Angelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco. ,Editora Leal)

André Luiz

“Freqüentemente, pessoas encarnadas,


exprimem a si mesmas, a emergirem das
subconsciências nos trajes mentais em que se
externavam noutras épocas,...”
Parece-nos evidente que na instância
denominada “subconsciente” estão gravadas e
adormecidas as memórias que ainda não foram

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devidamente elaboradas. O despertar das


personalidades, “nos trajes mentais em que se
externavam noutras épocas...”, ocorre quando a
memória é ativada por um motivo deflagrador
qualquer. (Mecanismos da Mediunidade. André Luiz.
Psicografia de Francisco Cãndido Xavier. FEB.
Capítulo sobre “Obsessão e Animismo”, página 165)

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TERAPÊUTICA PARA UMA NOVA


HUMANIDADE

MÓDULO IV

PROJETO
“OFICINAS DA ALMA”

JS GODINHO

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OS DOIS “EUS”

“Sentia a minha personalidade como que


dividida em muitas partes, que, todavia,
permaneciam ligadas por um laço indissolúvel.
Quando o organismo corpóreo deixou de
funcionar, pôde o espírito despojar-se dele
inteiramente. Pareceu-me então que as partes
destacadas da minha personalidade se reuniam
numa só". (“A Crise da Morte", de Ernesto Bozzano, 9ª Edição- FEB).

Joanna de Angelis

“A psicossíntese refere-se à existência de um


“eu pessoal” e de um “Eu superior”, em constante luta
pelo domínio da personalidade. O “eu pessoal” é,
muitas vezes, confundido com a personalidade,
sendo, ele mesmo, o ponto de “auto-consciência
pura”, conforme o define Roberto Assagioli.
Corresponde ao ego, ao centro da consciência
individual, diferindo expressivamente dos conteúdos
da própria consciência, tais as sensações, os
pensamentos, as emoções e sentimentos. O “Eu
superior” corresponde ao Espírito, ao Self, também
podendo ser denominado como “Superconsciente”.
“Em realidade, não são dois eus
independentes, separados, mas uma só realidade
em dois aspectos distintos de apresentação,
conforme já houvera identificado o psicólogo
americano William James, ao cuidar da análise
das subpersonalidades”.
Na sua imensa complexidade, a
individualidade que se expressa através desse Eu
superior, enfrenta as experiências das
personalidades presentes no eu individual.”

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“Nessa aparente dicotomia dois “eus”, a


ocorrência se dá, porque um não toma
conhecimento do outro de forma consciente,
podendo mesmo negar-se ao outro. O Eu, porém,
é único, indivisível, manifestando-se, isto sim, em
expressões diferentes de consciência e de auto-
realização.
Para o trabalho saudável para a integração
dessas vertentes do Eu são necessários o transito
por alguns estágios terapêuticos, quais o
conhecimento de si mesmo, da própria
personalidade; administração dos vários elementos
que constituem esta personalidade; a busca de um
centro unificador, para que se dê a realização do
verdadeiro Eu mediante a reconstrução da
personalidade em volta do recém formado fulcro
psicológico.”
(Joanna de Angelis em “O Despertar do
Espírito”, psicografia de Divaldo Pereira
Franco,2.000,Editora Leal)

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OS DISTÚRBIOS
.
As dissociações das “Personalidades
Psíquicas” vêm sendo estudadas pela ciência há
séculos, como também os distúrbios que causam.
Mas somente é considerada a existência de um
distúrbio, quando o grau de dissociação é acentuado
e muito desarmônico. No “Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais da Associação
Americana de Psiquiatria” (DSM), e no “Código
Internacional de Doenças” os sintomas causados
pelas personalidades psíquicas são conhecidos como
“Dissociação de Personalidades, “Distúrbio das
Personalidades Múltiplas”, “Transtorno ou Distúrbio
Dissociativo de Identidade”.

A Esquizofrenia.

Segundo Eugen Bleuler (1857-1939), a


esquizofrenia e o distúrbio da personalidade
alternante (múltipla), envolvem fragmentação, mas de
tipos diferentes. Na dissociação a organização de
personalidades diferentes se alterna, ou seja, uma
sucede a outra. Na esquizofrenia elas existem lado a
lado em forma de fragmentos. O esquizofrênico tem
atitudes, emoções e comportamentos irreconciliáveis
simultaneamente, assim como distorções de lógica e
do senso de realidade. O múltiplo, não tem
problemas de lógica nem de senso de realidade, mas
divisões em sucessivos fragmentos.
Jung, falando sobre a esquizofrenia afirmou:
“na condição esquizofrênica eles (os múltiplos) se
emancipam em relação ao controle consciente, a
ponto de tornarem-se visíveis e audíveis. Aparecem
em visões, falam através de vozes.”

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“Distúrbio da Personalidade Congênita”

É um distúrbio deflagrado ou composto por


influências anímicas e espirituais. Em Obreiros da
Vida Eterna, no capítulo II, André Luiz trata do
assunto. Diz ele que as personalidades múltiplas ou
congênitas, após o seu despertar, geram as
enfermidades anímicas. Dr. Lacerda denominava
esses distúrbios de “síndrome das correntes mentais
parasitas autoinduzidas” ou, a reaparição de
caracteres ancestrais na forma de maus
pensamentos, memórias de culpa, de raiva ou ódio e
medos que circulam pelo campo psíquico produzindo
enfermidade. Enquadra-se na Terceira lei das
Personalidades Múltiplas e Subpersonalidades.
São auto-induzidas porque dependem de um motivo
deflagrador, um algo que provoque o despertar da
lembrança ou produza uma reação emocional,
mesmo que não seja percebido pela consciência de
vigília da pessoa.

A Terceira Lei das Personalidades


Múltiplas.

Esta Lei deve ser a última deste ciclo de


conhecimento, é extremamente complexa e ampla.
Traz grandes revelações. E vai transcorrer muito
tempo até que ela seja totalmente compreendida e
aproveitada em toda a sua potencialidade.
Enunciado: O espírito enquanto na carne,
manifestando uma nova personalidade, pode arrojar
de si mesmo não só personalidades antigas
reativadas, como também subpersonalidades
desdobradas da atual personalidade física. Estes
elementos, “personalidades múltiplas” e
“subpersonalidades”, têm um grau elevado de livre-
arbítrio, capacidade de ação e interação com o meio

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físico, anímico e espiritual onde atuem, com


possibilidade de interagir com os habitantes de
qualquer um desses meios, podendo causar-lhes
dificuldades ou auxiliar, conforme a intenção que
tenham ou a natureza da força mental que as arrojou.
Da mesma forma, em sentido inverso, personalidades
múltiplas ou subpersonalidades desequilibradas,
próprias ou de terceiros, podem estabelecer sintonias
ou simbioses e permanecer conectadas mutuamente,
gerando desarmonias e perturbações de diversas
ordens.
Utilidade: O conhecimento dessa Lei faculta-
nos a possibilidade da descoberta, o despertar e o
desenvolvimento de inúmeras potencialidades ainda
adormecidas no homem atual, a identificação e o
tratamento terapêutico de, praticamente, todas as
desarmonias e distúrbios relacionados com a
reencarnação, formação dos corpos, comportamento
humano, e doenças de origem anímica.

As manifestações e o processo de
incorporação.

Embora sejam muito tênues as fronteiras entre


as manifestações extracerebrais de natureza
fisiopsicológica e os de natureza espiritual, as
diferenças podem ser percebidas no comportamento
através da observação das manifestações de
diferentes personalidades nos mesmos indivíduos. As
manifestações de um espírito, de uma
personalidade múltipla dissociada, de uma
personalidade múltipla associada ou de uma
subpersonalidade, são diferentes. Cada um desses
elementos pode ser observado, verificado,
questionado e identificado, por apresentarem
características, propriedades e preocupações
diferentes.

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A importância da identificação desses


elementos reside no fato de que cada um necessita
de tratamento e orientação específica. E mais, é
necessário esse estudo e pesquisa por causa das
dificuldades que existem no tratamento, quando se
desconhece o elemento que está causando o
distúrbio. Além do mais, devido ao processo de juízo
que ocorre no Planeta no atual momento evolutivo,
está havendo uma intensificação da dissociação de
consciência. Assim sendo, a maioria das
manifestações que ocorrem nas mesas mediúnicas,
nos atendimentos desobsessivos, são de
personalidades dissociadas.
Um espírito, quando incorpora, traz um maior
contexto de informações. A vibração é mais leve que
a vibração das personalidades. Geralmente emite
queixas do tipo “você me prejudicou!” ou “você me
deve!”, “vou acabar com você!”; ou manifesta apegos
sobre a pessoa afetada do tipo “não deixo você!” ou
“você me pertence!”, “você está invadindo minha
casa!”, “sai daqui!”, “você não foi convidado!”.
Uma personalidade múltipla dissociada
(histórica) traz um bom contexto de informações, pelo
menos de boa parte de uma existência passada. A
vibração é mais pesada do que a de um espírito e as
queixas residem no inconformismo com a condução
que a pessoa está dando à existência, ou sobre as
pessoas que foram colocadas ao seu redor, ou,
ainda, com a configuração do corpo ou com a
aparência que possui. Seus apegos são com
situações agradáveis ou desagradáveis de passado.
Uma personalidade múltipla (histórica)
associada ao ego tem o mesmo conteúdo da
anterior, porém, sua condição é completamente
diferente, por fazer parte das manifestações
cotidianas do ego, e não ter consciência dessa
associação. São personalidades que permanecem

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encarceradas nos cenários mentais onde habitaram e


tiveram suas existências, revivendo constantemente
as cenas pretéritas com tal vivacidade que, para elas,
tudo continua como antes. Não se deram conta ou
preferiram ignorar a desencarnação sofrida, e
pensam ou imaginam estar vivendo ainda no mesmo
corpo que lhes animou a pretérita existência. Por
isso, influenciam diretamente a vida da pessoa e
alternam com outras a possibilidade de ocupar o
comando do corpo, sempre que possível,
manifestando suas angústias, dores, dificuldades,
apegos e inquietações.
Uma subpersonalidade apresenta vibração
densa, pesada, e normalmente reclama de alguma
dificuldade da vida atual, algum evento mal resolvido,
ou não resolvido. Um desejo não satisfeito, uma
frustração ou uma falta de atitude.
Então, cada uma deve ser observada,
estudada e identificada, só assim poderá ser tratada
devidamente.

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CONCLUSÃO.

Em qualquer caso devemos envidar nossos


melhores esforços no sentido de auxiliar as criaturas
sofredoras, até porque, essa atitude fraterna está
expressa no Evangelho de Jesus. Porém, devemos
ter em mente que a cura não depende de nosso
esforço e colaboração. Assim sendo, é importante
esclarecer isso aos atendidos, e conscientizá-los de
que a cura real vem de dentro deles, da sua
transformação moral, da sua mudança de atitude
diante da vida. Do perdão incondicional a si mesmo e
aos outros e da prática do bem coletivo. Sem isso,
não haverá cura definitiva.

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ALGUMAS BIBLIOGRAFIAS RECOMENDADAS PARA


QUEM DESEJAR MELHOR FUNDAMENTAÇÃO:

AKSAKOF, Alexandre. Animismo e Espiritismo. FEB.


ASSAGIOLI, Roberto. O ato da Vontade. Editora Cultrix.
BOZZANO, Ernesto. A Crise da Morte. 9ª Ed., FEB.
CARTER, Rita. Multiplicidade – a nova ciência da
personalidade. Rocco Editora.
FRANCO, Divaldo. Transtornos psiquiátricos e
obsessivos. Manoel Philomeno de Miranda. Editora Leal.
FRANCO, Divaldo. O Despertar do Espírito. Joanna de
Angelis. Editora Leal.
FRANCO, Divaldo. O Homem Integral. Joanna de
Angelis. Editora Leal.
HACKING, Ian. Múltipla Personalidade e as Ciências da
Memória. Editora José Olimpio.
JUNG, C.G., A Natureza da Psique. Fundamentos de
Psicologia Analítica. O Espírito na Arte e na Ciência. Tipos
Psicológicos. Aion, Estudos sobre o simbolismo do si mesmo.
Editora Vozes.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. O Livro dos
Médiuns. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Céu e o
Inferno. A Gênese. FEB.
XAVIER, Francisco Cândido. Mecanismos da
Mediunidade. André Luiz. FEB.
XAVIER, Francisco Cândido. Entre o Céu e a Terra.
André Luiz. FEB.
XAVIER, Francisco Cândido. Libertação. André Luiz. FEB.
XAVIER, Francisco Cândido. Nos Domínios da
Mediunidade. André Luiz. FEB.
XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Emmanuel.
FEB.
TEIXEIRA, Raul. Correnteza de Luz.
DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais), 4ª Edição, revisado.
CID-10 (Manual de classificação das doenças mentais
elaborada pela Organização Mundial de Saúde)

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“Multiple: an exploration in possession and multiple


personality”. Crabtree, A.: New York, NY. Praeger Publishers,
1985.
“Shattered selves: multiple personality in a postmodern
world”. Glass, J.M.: Ithaca, NY: Cornell University Press, 1993.
“Multiple identity enactments and multiple personality
disorder: a sociocognitive perspective”. Spanos, N.J.:
Psychological Bulletin, 116(1), 143-165, 1994.
“Multiple personality, allied disorders, & hypnosis”.
Bliss, E.L.: New York, NY: Oxford University Press, 1986.
“Multiple personality disorder from the inside out”.
Cohen, B. M. & Giller, S.:. Baltimore, MD: The Sidran Press,
1991.
“Definition of MPD”. R. B. Allison, M. McKenzie:
http://www.dissociation.com

www.oficinasdaalma.com.br

www.holuseditora.com.br

jsgodinhotvp@hotmail.com

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