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Física III

1 Introdução

A indução eletromagnética é um fenômeno físico presente em diversas aplicações no


mundo real. Observa-se tal fenômeno, por exemplo, numa usina geradora de energia elétrica,
que produz energia elétrica mediante a conversão de outras formas de energia: energia potencial
gravitacional em uma usina hidroelétrica, energia química em uma usina termoelétrica que
queima carvão ou óleo e energia nuclear em uma usina nuclear.
Segundo (SEARS, ZEMANSKY, et al., 2012, p. 280)
Quando o fluxo magnético varia através de um circuito, ocorre a
indução de uma fem e de uma corrente no circuito. Em uma usina
geradora de energia elétrica, o movimento de um ímã em relação a uma
bobina produz um fluxo magnético que varia através das bobinas e,
portanto, surge uma fem.

Percebe-se também, a aplicação da indutância, no funcionamento das guitarras elétricas,


que tiveram grande impacto no rock e ainda são bastante utilizadas na música popular.
(HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2009)
No contexto de indução eletromagnética, surge um princípio central denominado lei de
Faraday, que relaciona a fem ao fluxo magnético variável em qualquer tipo de espira, incluindo
um circuito fechado. Além disso, destaca-se também a lei de Lenz, que ajuda a predizer o
sentido de uma corrente induzida e de uma fem induzida.
Ainda, de acordo com o contexto de indução, um campo magnético que varia em função
do tempo pode atuar como uma fonte de campo elétrico. Também é possível um campo elétrico
que varia em função do tempo atuar como uma fonte de campo magnético. Tais conceitos
derivam das equações de Maxwell, que descrevem o comportamento de um campo magnético
e de um campo elétrico para qualquer situação.

1
2 Experimento de Indução

Imagine uma bobina conectada a um galvanômetro. Se tivermos um ímã e ele estiver


em repouso, o galvanômetro não acusará nenhuma corrente. Pois nada está variando e não existe
nenhuma fonte de fem conectada ao circuito.
Porém, quando o ímã se move para cima ou para baixo, o galvanômetro acusa uma
corrente no circuito, mas somente quando o ímã se move. Mantendo o ímã em repouso, porém
movendo a bobina, detectamos novamente a corrente durante o movimento. Essa corrente é
chamada de corrente induzida, e a fem correspondente que seria necessária para produzir essa
corrente denomina-se fem induzida.
Se conectamos uma bobina a um galvanômetro e, a seguir, colocamos a bobina entre os
pólos de um eletroímã, cujo campo magnético pode variar, podemos perceber que:

 ⃗ = 0, o galvanômetro não
Quando não existe corrente no eletroímã, de modo que 𝐵
indica nenhuma corrente.
 Quando ligamos o eletroímã, surge momentaneamente uma corrente induzida
indicada no galvanômetro, à medida que 𝐵⃗ aumenta.
 Quando 𝐵 ⃗ se mantém fixo em um dado nível, a corrente cai para zero, por mais
⃗ .
elevado que seja o valor de 𝐵
 Quando retiramos subitamente a bobina de dentro do campo magnético, surge uma
corrente induzida no mesmo sentido da corrente indicada durante a diminuição da
área.
Caso se repita as experiências acima com outra bobina, de outro material, com a mesma
forma, porém com outra resistência, verifica-se que a corrente em cada caso será inversamente
proporcional à resistência total do circuito. Isso mostra que a fem induzida não depende do
material da bobina, mas apenas de sua forma e da variação do fluxo magnético
A figura a seguir mostra o cálculo do fluxo de um campo magnético uniforme através de
uma área plana.
Figura 1 - Fluxo de um campo magnético uniforme

2.1 Lei de Faraday

A lei de Indução de Faraday pode ser definida como:


A fem induzida em uma espira fechada é dada pela taxa de variação do fluxo magnético,
com o sinal negativo, através da área delimitada pela espira. Ou seja:
𝒅𝜱𝑩
𝜺= − , onde:
𝒅𝒕

⃗ . 𝑑𝐴 = ∫ 𝐵
𝛷𝐵 = ∫ 𝐵 ⃗ . 𝑑𝐴𝑐𝑜𝑠𝜙 , quando 𝐵
⃗ não é uniforme e,

⃗ . 𝐴 = 𝐵𝐴𝑐𝑜𝑠𝜙 , para 𝐵
𝛷𝐵 = 𝐵 ⃗ uniforme.

Para uma bobina com N espiras, a fem induzida total é:


𝑑𝛷𝐵
𝜀 = −𝑁
𝑑𝑡
Além disso, podemos determinar o sentido de uma fem induzida ou uma corrente
induzida aplicando a equação acima e algumas regras simples, conforme mostrado na figura
abaixo:
Figura 2 – Sentido da fem induzida
Exemplo: Uma bobina com 500 espiras circulares com raio igual a 4,0 cm é colocada
entre os pólos de um grande eletroímã, onde o campo magnético é uniforme e forma um ângulo
de 60° com o plano da bobina. O campo magnético diminui com uma taxa igual a 0,200 T/s.
Qual é o módulo e o sentido da fem induzida?
𝑑𝛷𝐵 𝑑𝐵
= 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝜙), onde:
𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝜙 = 30°, pois é o angulo entre 𝐴 e⃗⃗⃗𝐵,


𝑑𝐵
= −0.2𝑇/𝑠 ,
𝑑𝑡

A = 𝜋(0.04𝑚)2 = 0,00503 m2. Assim:


𝑑𝛷𝐵 𝑑𝐵
= 𝑑𝑡 𝐴𝑐𝑜𝑠(30°) = (−0.2𝑇/𝑠)( 0,00503 m2)(0.866) = -8.71 x 10-4 T = -8.71 x 10-4
𝑑𝑡
Wb/s. Com isso, a fem induzida na bobina de N = 500 espiras é:
𝑑𝛷𝐵
𝜀 = −𝑁 = -(500)( -8.71 x 10-4 Wb/s) = 0.435V
𝑑𝑡

Assim, a fem é positiva e possui sentido horário.

Figura 3 – Exemplo 1
2.2 Lei de Lenz

Um método alternativo para determinar o sentido da fem ou da corrente induzida é a lei


de Lenz, a qual consiste em:
O sentido de qualquer efeito de indução magnética é tal que ele se opõe à causa que
produz esse efeito.
A ‘causa’ pode ser um fluxo que varia através de um circuito em repouso produzido pela
variação de um campo magnético, um fluxo magnético variável gerado pelo movimento relativo
de condutores que compõem o circuito ou qualquer outra combinação que produza variação de
fluxo. Vale ressaltar que a lei de Lenz está relacionada diretamente à conservação da energia.
A abaixo mostra a resposta a uma variação de fluxo magnético segundo a lei de Lenz:

Figura 4 – Sentido das correntes induzidas quando o ímã se desloca ao longo de uma espira
condutora.
Cabe ressaltar que a lei de Lenz fornece apenas o sentido da corrente induzida; o módulo
da corrente induzida depende da resistência do circuito. No caso da figura acima, caso a espira
seja feita com um bom condutor, surge uma corrente induzida toda vez que ocorre um
movimento relativo entre o ímã e a espira. Quando o movimento relativo termina, a corrente
induzida diminui rapidamente até zero, em virtude da resistência da espira.
⃗ através da espira.
Exemplo: Na figura abaixo, existe um campo magnético uniforme 𝐵
O módulo do campo está aumentando, e a fem induzida produz uma corrente induzida. Use a
lei de Lenz para determinar o sentido da corrente induzida.

Figura 5 – Corrente Induzida


De acordo com a lei de Lenz, a corrente induzida deve produzir um campo magnético
⃗𝐵𝑖𝑛𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 no interior da espira, orientado de cima para baixo, opondo-se à variação do fluxo.
Usando a regra da mão direita para o sentido do campo magnético gerado por uma espira
⃗ 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 terá o sentido desejado se a corrente induzida tiver o sentido indicado na
circular, 𝐵
figura do exemplo.

A corrente induzida produzida pela variação de 𝐵⃗ possui sentido horário, se observado


de cima para baixo. O campo magnético adicional 𝐵⃗ 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 criado por ela é orientado de cima
para baixo, opondo-se à variação do campo 𝐵⃗ de baixo para cima.

2.3 Força eletromotriz produzida pelo movimento

Na figura abaixo, percebemos uma haste deslizante. O campo magnético 𝐵 ⃗ é uniforme e


está dirigido para dentro da página e deslocamos a haste para a direita com uma velocidade
constante 𝑣. Uma partícula com carga q no interior da haste sofre a ação de uma força magnética
dada por 𝐹 = 𝑞𝑉 ⃗ x⃗⃗⃗𝐵 cujo módulo é F = |q|vB.

As cargas se acumulam nas extremidades da haste até que a força elétrica orientada de
cima para baixo (de módulo igual a qE) seja exatamente igual à força magnética orientada de
baixo para cima (de módulo igual a qvB). Então, qE = qvB e as cargas permanecem em
equilíbrio
O módulo da diferença de potencial Vab = Va – Vb é igual ao módulo do campo elétrico
E multiplicado pelo comprimento L da haste. Então, E = vB, logo:
𝑉𝑎𝑏 = 𝐸𝐿 = 𝑉𝑏𝑙

Figura 6 – Haste isolante em movimento


Supondo agora que a haste esteja deslizando sobre um condutor em forma de U, formando
um circuito completo, conforme a figura abaixo, a haste deslizante torna-se uma fonte de força
eletromotriz.
Figura 7 - Haste conectada a um condutor estacionário

Essa força eletromotriz produzida pelo movimento será designada por 𝜀 e chamada de
força eletromotriz do movimento. Assim:
𝜺 = 𝒗𝑩𝑳
Para um condutor que possui qualquer forma e que se desloca em qualquer campo
magnético, uniforme ou não, podemos generalizar a equação acima como:
⃗⃗ ). 𝒅𝒍
⃗ 𝒙𝑩
𝜺 = ∮ (𝒗
A equação acima é válida para qualquer espira condutora fechada.

2.4 Campos elétricos induzidos

Uma vez que um condutor se move em um campo magnético, podemos entender a fem
induzida com base nas forças magnéticas que atuam sobre o condutor. Mas, também existe uma
fem quando ocorre um fluxo magnético variável através de um condutor em repouso.
Na figura abaixo, temos um solenóide longo e fino com seção reta de área A com n espiras
por unidade de comprimento que é circundado em seu centro por uma espira condutora circular.
O galvanômetro G mede a corrente na espira.

Figura 8 – Solenoide

Desprezando o pequeno campo magnético fora do solenóide e tomando o vetor área 𝐴 no


⃗ , o fluxo magnético 𝛷𝐵 através da espira é dado por:
mesmo sentido de 𝐵
𝛷𝐵 = 𝐵𝐴 = 𝜇0 𝑛𝐼𝐴
Quando a corrente 𝐼 do solenóide varia com o tempo, o fluxo magnético 𝛷𝐵 também varia
e, de acordo com a lei de Faraday, a fem induzida na espira é dada por:
𝑑𝛷𝐵 𝑑𝑙
𝜀= − = −𝜇0 𝑛𝐼𝐴
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Quando uma carga q completa uma volta em torno da espira, o trabalho total realizado
pelo campo elétrico é igual ao produto da carga q pela fem 𝜀. Com isso, concluímos que o campo
⃗ ao longo de um percurso fechado não é igual a
elétrico não é conservativo. Pois a integral de linha de 𝐸
zero. Além disso, essa integral de linha fornece a fem 𝜀 induzida.

∮ 𝐸⃗ . 𝑑𝑙 = 𝜀
A fem 𝜀 é dada pela taxa de variação do fluxo magnético, com o sinal negativo, através de uma
espira. Logo, para esse caso podemos escrever a lei de Faraday na seguinte forma:
𝒅𝜱𝑩
∮ ⃗𝑬. 𝒅𝒍 = −
𝒅𝒕

2.5 Correntes de deslocamento e equações de Maxwell

A fim de estudar a origem da relação entre campos elétricos variantes e campos


magnéticos, retomamos a lei de Ampère:
⃗ . 𝑑𝑙 = 𝜇0 𝐼𝑖𝑛𝑡
∮𝐵
Tomando como referência a equação acima e analisando a figura abaixo, temos que:

Figura 9 – Capacitor de placas paralelas em carga


𝜖𝐴
𝑞 = 𝐶𝑣 = (𝐸𝑑) = 𝜖𝐸𝐴 = 𝜖𝛷𝐸 ,
𝑑

Onde 𝛷𝐸 = 𝐸𝐴 é o fluxo elétrico que atravessa a superfície.


Tomando a derivada da equação anterior e levando em consideração que enquanto o
𝑑𝑞
capacitor recebe carga, a taxa de variação de q é a corrente de condução, 𝑖𝐶 = . Temos:
𝑑𝑡
𝑑𝑞 𝑑𝛷𝐸
𝑖𝐶 = = 𝜖
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Disso, podemos supor uma corrente de deslocamento 𝑖𝑑 na região entre as placas:
𝒅𝜱𝑬
𝒊𝒅 = 𝝐
𝒅𝒕
Incluindo essa corrente fictícia, junto à corrente de condução real 𝑖𝐶 , na lei de Ampère,
temos uma generalização dessa lei:
⃗ . 𝑑𝑙 = 𝜇0 (𝑖𝐶 + 𝑖𝑑 )𝑖𝑛𝑡
∮𝐵
A seguir, inicia-se a explicação das equações conhecidas como equações de Maxwell, são
quatro no total.
A primeira é simplesmente a lei de Gauss para o campo elétrico a qual afirma que a
integral de superfície de E⊥ sobre qualquer superfície fechada é igual a 1/𝜖0 vezes a carga total
𝑄𝑖𝑛𝑡 existente no interior da superfície fechada considerada:
𝑸𝒊𝒏𝒕
∮ ⃗𝑬. 𝒅𝑨
⃗ =
𝝐𝟎

A segunda é a relação análoga para o campo magnético, a qual afirma que a integral de
superfície de B⊥ sobre qualquer superfície fechada é igual a zero:
⃗⃗ . 𝒅𝑨
∮𝑩 ⃗ =𝟎

A terceira equação é a lei de Ampère que inclui a corrente de deslocamento. Ela afirma
que existem duas fontes de campos magnéticos, a corrente de condução 𝑖𝐶 e a corrente de
𝑑𝛷𝐸
deslocamento 𝜖0 , em que 𝛷𝐸 é o fluxo elétrico, que age como fonte de campo magnético:
𝑑𝑡

𝒅𝜱𝑬
∮ ⃗𝑩
⃗ . 𝒅𝒍 = 𝝁𝟎 (𝒊𝑪 + 𝝐𝟎 )
𝒅𝒕 𝒊𝒏𝒕
A quarta e última equação é a lei de Faraday. Ela afirma que um fluxo magnético variável
ou um campo magnético variável induz um campo elétrico:
𝒅𝜱𝑩
⃗ . 𝒅𝒍 = −
∮𝑬
𝒅𝒕

2.6 Supercondutividade

Uma propriedade notável de um supercondutor é o súbito desaparecimento completo da


resistência, quando ele é resfriado abaixo de uma temperatura chamada de temperatura crítica,
designada por 𝑇𝑐 . Os supercondutores também possuem extraordinárias propriedades
magnéticas.
Se colocamos uma esfera homogênea de um material supercondutor em um campo
magnético externo 𝐵⃗ 0, para uma temperatura 𝑇 maior que 𝑇𝑐 . Ou seja, o material está em sua
fase condutora normal, e não na fase supercondutora.
Agora, diminuímos a temperatura até que ocorra a transição para a fase supercondutora.
Com isso, concluímos que durante a transição para a fase supercondutora na presença de 𝐵 ⃗ 0,
todo fluxo magnético é expelido do volume da esfera supercondutora, e o fluxo magnético𝛷𝐵
através da bobina é igual a zero. Essa expulsão do fluxo magnético denomina-se efeito
Meissner.
Os supercondutores também podem ser empregados na transmissão de energia elétrica
para distâncias muito longas e na fabricação de dispositivos de conversão de energia, tais como
geradores, motores e transformadores.
3 Bibliografia

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ:
LTC, v. 4, 2009.
SEARS, F. W. et al. Física III - Eletromagnétismo. 12. ed. São Paulo,SP: Pearson Addison Wesley,
2012.

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