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Sistemas Partidários em Novas Democracias: O Seus trabalhos favoritos: 0

Caso do Brasil
 
Trabalho enviado por: Vagner Joaquim da Silva
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Data: 27/11/2006

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SISTEMAS PARTIDÁRIOS EM NOVAS DEMOCRACIAS: O CASO DO BRASIL

Capítulo 2 – uma revisão da teoria dos sistemas partidários na terceira onda de

democratização

Neste capítulo Scott Mainwaring trata da institucionalização dos sistemas partidários,

das suas dimensões, compara níveis de institucionalização, trata da volatilidade
eleitoral, do enraizamento dos partidos políticos na sociedade. No desenvolvimento
da tese encontrada neste capítulo, o autor aborda também questões relevantes como Tag Cloud
a legitimidade dos partidos políticos e das eleições no Brasil, passa pela organização
partidária, destaca a questão das clivagens sociais na análise dos partidos políticos e
do sistema partidário e do papel exercido pelo Estado e pelas elites políticas na
grande estados
formação de sistemas partidários. pouco nacional
Cientistas políticos precisam incorporar às suas análises comparativas as variações na democracias
institucionalização dos sistemas partidários. A conhecida abordagem das clivagens
sociais interpreta melhor alguns sistemas do que outros, e seu poder de explicação organizações
varia com o contexto temporal, a rma Scott Mainwaring na sua avaliação do caso
brasileiro. maioria clivagens
Nas últimas décadas a abordagem das clivagens sociais perdeu certo relevo como pelos político
instrumento de análise dos sistemas partidários europeus e, nesse sentido, parece
haver uma convergência entre as teorias baseadas nas velhas democracias e a
realidade das novas, o que é fundamental na análise do caso brasileiro e de outras Trabalho em Destaque
democracias de terceira onda.
Título: A Proteção Social

Muitos casos de terceira onda sugerem a necessidade de prestar mais atenção à 1 INTRODUÇÃO O nascedouro foi em 1883, na
Alemanha com o Chanceler Bismarck. Foi um marco
capacidade do Estado de das elites políticas para reformarem de cima para baixo os tanto da Seguridade Social como da Previdência
sistemas partidários. Social (primeiro sistema escrito de previdência social
– seguro social). A forma de contribuição ou custeio
para…
A noção de institucionalização é crucial par a análise dos sistemas partidários nas
7667 visualizações
novas democracias.

Nas regiões em que a democracia não se consolidou, o grande problema de

 
classi car sistemas partidários é o de deixar passar importantes diferenças no nível
de institucionalização dos sistemas e, por isso mesmo, no funcionamento da política
democrática.

Para Mainwaring, para comparar e classi car sistemas que não fazem parte das
democracias consolidadas é preciso levar em consideração, além das duas
dimensões citadas por Sartori, o nível de institucionalização.
Há três limites além dos quais é questionável aplicar o conceito de sistema partidário:
em primeiro lugar nos casos de extrema volatilidade; em segundo lugar nos casos de
extremo personalismo, quando os partidos têm pouco controle sobre quem vai para
o poder e muitos políticos não pertencem a partidos algum, é igualmente duvidoso
falar de um sistema; em terceiro lugar um sistema deve se constituir de pelo menos
dois partidos, portanto falar de um sistema unipartidário é uma associação de
palavras contraditórias.

A de nição sobre sistemas do autor se baseia em Sartori. Defende que um sistema

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partidário institucionalizado é aquele em que os agentes desenvolvem expectativas e
comportamentos com base na premissa de que as regras e os atores fundamentais
da competição partidária continuarão prevalecendo em um futuro previsível. Abertas
Embora a baixa institucionalização seja comumente associada a vários problemas da
política democrática, isso não quer dizer que um grau altíssimo de institucionalização
seja sempre positivo. A relação entre institucionalização de partidos e a quantidade de
democracia não é absolutamente linear.
67 Opções de Graduação
Existem quatro dimensões de institucionalização dos sistemas partidários. A primeira
consiste em que os sistemas mais institucionalizados são consideravelmente Presencial e a Distância
estáveis.

A segunda consiste em que nos sistemas mais institucionalizados os partidos têm

fortes raízes na sociedade.

A terceira dimensão de um sistema institucionalizado consiste em que os atores

políticos conferem legitimidade aos partidos.
uninga.br
A transferência pací ca da liderança de um grupo para outro é um claro indício de
institucionalização.

Observam-se nítidas diferenças entre os casos de maior ou menor institucionalização.

A volatilidade é muito mais alta na maioria dos países latino-americanos e pós-
soviéticos do que nas democracias consolidadas. Os sistemas partidários variam dos
mais estáveis (EUA, Suíça, Finlândia, Suécia) até os extremamente voláteis (Bolívia,
Brasil, Equador, Peru, Polônia, Rússia).

Nos sistemas bem institucionalizados, os partidos desenvolvem raízes fortes e Quais das profissões mais
estáveis na sociedade. Nesses sistemas políticos a maioria dos eleitores apóia um promissoras do futuro você
mesmo partido ao longo do tempo e em diferentes tipos de eleições. prefere?
Nanotecnologia
A prática generalizada do voto partidário desvinculado é um sinal de que os partidos
Tecnologia Biônica
têm raízes fracas na sociedade, mas isso é um indicador mais expressivo nos sistemas
Robótica
presidencialistas.
Inteligência Artificial
A capacidade de sobrevivência no tempo é uma indicação de que os partidos Segurança Cibernética
provavelmente conquistaram lealdades duradouras em algumas categorias sociais.
Nos sistemas institucionalizados o personalismo é exceção e a possibilidade de Vote
candidatos sem partido se elegerem é muito pequena.

Como os partidos geralmente estão entre as instituições de menor credibilidade

mesmo nas democracias estabelecidas há muito tempo, é importante evitar
expectativas irreais ao discutir sua legitimidade, mesmo em países como Portugal,
Espanha, Grécia, Itália onde a legitimidade dos partidos é alta.

As organizações partidárias são historicamente sólidas nos países que possuem

sistemas partidários mais institucionalizados, com exceção parcial aos EUA.

Na maioria das democracias de terceira onda, os partidos são pobres de recurso e

pouco
  pro ssionalizados.

Em alguns sistemas partidários uídos (pouco institucionalizados como nos países de

democracia de terceira onda), os políticos não são éis aos seus partidos, trocar de
partido é uma prática usual.

O grau de institucionalização dos sistemas partidários varia muito e

independentemente do número de partidos. Nos sistemas de baixa
institucionalização, a transferência de votos de um partido para outro é geralmente
alta.

As diferenças entre sistemas mais institucionalizados e menos institucionalizados são

tão importantes que podem ser usadas como ponto de partida para a análise,
classi cação e comparação entre sistemas partidários.

A variação no nível de institucionalização dos sistemas partidários é fundamental no

estudo dos sistemas partidários de democracias de terceira onda, mas foi

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negligenciado pela literatura a respeito, porque na literatura teórica prevaleceram as
analises sobre os sistemas partidários da Europa Ocidental e dos EUA.

A perspectiva de clivagens sociais recebeu duras críticas desde que Lipset e Rokkan
formularam seus argumentos, apesar de ainda ter eminentes defensores.

Até que ponto as clivagens sociais estruturam o sistema partidário varia caso a caso e
no tempo. Estudos nos levam a crer que a abordagem das clivagens sociais é menos
fecunda para o estudo das democracias tardias do que para a maior parte dos casos
europeus até a década de 70.

Os sistemas partidários de muitas democracias de terceira onda não são estruturados

por clivagens sociais fortes. As clivagens sociais raciais determinam de modo
signi cativo os partidos brasileiros não obstante a existência de muitos grupos
étnicos diferentes e a despeito de profundas desigualdades.

A classe social foi, em certos momentos, um fator determinante do comportamento

eleitoral no Brasil depois de 1945. No entanto, entender os partidos brasileiros como
expressões de classe, minimiza a complexidade das relações entre classe e partido.
Os sistemas partidários brasileiros não se organizam primordialmente numa base de
classe. Ademais poucos entre os grandes partidos brasileiros se propõem a lutar pelo
projeto de uma classe especí ca.

Um modelo que concebe os partidos como expressões de classe minimiza a

importância das instituições políticas.

As clivagens religiosas têm grande in uência em muitos sistemas partidários, mas

não no Brasil, no entanto, uma nova dimensão religiosa começou a exercer in uência
na política partidária brasileira no m da década de 80: a preferência da maioria dos
protestantes – especialmente os pentecostalistas – por candidatos conservadores.

Para Scott Mainwaring não é possível compreender os partidos brasileiros somente

pelo prisma das clivagens sociais.

Os sistemas partidários de democracias de terceira onda são particularmente sujeitos

á ação modeladora das elites. São menos institucionalizados e por isso mesmo mais
susceptíveis à ação destrutiva dos líderes políticos. Também são mais susceptíveis do
que os das democracias antigas à ação reformadora de elites de fora do Estado.

O caso brasileiro ilustra o argumento geral de que os Estados e as elites políticas

construíram os sistemas partidários de cima para baixo. Esse fato foi decisivo no
Brasil. Primeiro os líderes políticos exerceram um importante papel na...

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