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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANGATUBA/SP.

Processo nº 1000402-96.2017.8.26.0025
Ação de Cobrança
Contestante: ANDERSON LEANDRO DOS SANTOS SOUZA
Contestada: TERESA ALVES DOS SANTOS AVILA

ANDERSON LEANDRO DOS SANTOS SOUZA, brasileiro,


unido estavelmente, agricultor, portador do RG nº 41.180.207-0 e CPF sob o nº
360.432.838-16, residente e domiciliado no Sitio Canaã, Bairro Capão Alto, Aracaçu,
município de Buri/SP, por seus advogados legalmente habilitado, conforme instrumento de
outorga de poderes anexo, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência
apresentar:

CONTESTAÇÃO e FORMULAR PEDIDO CONTRAPOSTO

nos autos da Ação de Cobrança, processo em epígrafe, proposta


por TERESA ALVES DOS SANTOS AVILA, já devidamente qualificada, apresentando
para tanto as motivações de fato e direito a seguir articulados:
DOS FATOS

Alega a autora que alugou ao requerido Anderson, uma gleba de


terras de aproximadamente 06 (seis) alqueires, denominado Chácara Alto da Serra,
contendo uma casa de moradia, um galpão para ordenha e trato de gado, com aluguel
mensal no valor de R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais), pelo prazo de dois anos, iniciando
no dia 20 de setembro de 2016 e término em 20 de setembro de 2018, com vencimento para
todo dia 20 de cada mês.

Alega ainda que em 22 de dezembro de 2016 o requerido


abandonou o imóvel, vindo a firmar um outro contrato de locação, deixando no local uma
extensa plantação de milho, que serviria para silo, sendo tal plantação colhida em 26 de
fevereiro de 2017, deixando débitos à requerente.

Diante disso, requer a autora o pagamento das verbas/crédito,


referente a aluguéis, luz água e multa contratual, que totalizam R$ 6.381,71 (seis mil,
trezentos e oitenta e um reais e setenta e um centavos).

PRELIMINARMENTE

ILEGITIMIDADE DA PARTE ATIVA DA AUTORA.

Primeiramente, cabe ressaltar que, para cabimento e interposição


de qualquer demanda, mister se faz o preenchimento das condições da ação, sob pena de
indeferimento da exordial e consequente extinção do feito.

No caso presente, patente está a ausência da denominada


legitimidade ativa, uma vez que o Requerido jamais efetuou qualquer negócio jurídico com
a Autora, ainda que existe contrato assinado pelas partes, quem de fato alugou para o
requerido o imóvel foi o filho da Autora, Gerson Aparecido dos Santos (procurador nesta
ação) e não como representante da autora e sim como verdadeiro proprietário do imóvel.
Tal fato é verdadeiro que existia um acordo verbal entre o requerido
e Gerson, tendo em vista que, conforme própria narrativa da exordial, a locação do imóvel
correspondia a uma gleba de terras de aproximadamente 06 (seis) alqueires, pois, além
dessa extensão, existe na propriedade mais alqueires com benfeitorias (casa), sendo estas
outras de uso exclusivo de Gerson. Assim, não há divisão no consumo de energia e água
na parte locada para o requerido, o que gerava o acordo verbal entre o requerido e Gerson
para divisão destas despesas, conforme recibo (anexo) de pagamento de aluguel datado de
13 de dezembro de 2016, contendo o desconto no aluguel referente ao consumo de água e
luz de Gerson, com assinatura do mesmo.

Importante ressaltar também que, para ingresso do requerido no


imóvel, existia uma condição de instalação de uma caixa d’agua na parte locada ao
requerido, sendo devidamente cumprida por Gerson, conforme nota fiscal (anexo) do
referido produto, tendo como comprador “Gerson Aparecido dos Santos”, com endereço
para entrega na propriedade alugada.

Desta forma, não há dúvida de que quem de fato realizou o negócio


jurídico com o requerido foi Gerson, filho da Autora, sendo aquele o verdadeiro
proprietário.
Ante ao exposto, requer a Vossa Excelência o acolhimento da
presente preliminar.

DA DENUNCIAÇÃO DE GERSON APARECIDO DOS


SANTOS À LIDE
Conforme demonstrado em preliminar, não há legitimidade ativa
da Autora, o qual impõe-se a denunciação à lide do senhor GERSON APARECIDO DOS
SANTOS, responsável pelo negócio efetuado com o requerido.

DO MÉRITO

Inicialmente resta ao requerido impugnar integralmente o que fora


exposto na inicial, tendo em vista que os autores se socorreram deste Juizado como forma
de compelir o demandante a pagar uma dívida inexistente, que na realidade, quem deu
causa a rescisão do contrato foi Gerson, senão vejamos:

Conforme o próprio contrato de locação juntada em fls. 5 a 7, mais


especificamente em sua clausula 13º, o imóvel objeto da locação, destinava-se
exclusivamente para moradia e USO AGRÍCOLA E PECUÁRIA, não podendo sua
destinação, ser mudada sem o consentimento expresso da Locadora.

Assim, cumpre mencionar que o imóvel foi locado com a promessa


de que era apto documentalmente e burocraticamente em ali ser explorado serviços
agrícolas e pecuários, o que na realidade nunca foi.

Tal situação acarretou ao requerido na ocasião na impossibilidade


de nunca participar da cooperativa CAPAL, situada na Rodovia Francisco Alves Negrão –
KM 254.4 – Bairro das Pedrinhas, município de Taquarivai/SP CEP: 18.425-000, tendo
em vista que a documentação necessária exigida para ingresso na cooperativa no que
desrespeito ao imóvel locado não existia.

Desta forma, flagrante a rescisão do contrato por parte da Autora,


por impossibilitar o exercício pecuário ou agrícola no imóvel locado, tendo em vista que
este não estava apto em receber tais destinação, fazendo com que o requerido saísse do
imóvel e viesse a realizar novo contrato (anexo) de arrendamento de propriedade rural para
exploração agrícola em 01 de janeiro de 2017, local este que forneceu a documentação
necessária para o requerido ingressar na cooperativa.

Outrossim, mesmo que não exista no contrato expressamente de


que o imóvel estava apto em explorar serviços agrícolas, subentende-se que, conforme
clausula 13º, sendo sua destinação única e exclusivamente para uso agrícola e pecuária, o
imóvel deveria conter todas as condições para o exercício de tal finalidade.

Cumpre mencionar ainda que, o requerido permaneceu no imóvel


até dezembro de 2016, o qual foi devidamente pago, conforme recibo mencionado acima,
não existindo desta forma a possibilidade de alugueis atrasados conforme planilha de
cálculo, cobrando os meses de dezembro de 2016, janeiro e fevereiro de 2017, tendo em
vista que em janeiro de 2017 o requerido já estava arrendando outro imóvel.
Desta forma, não há que se falar em alugueis atrasados, nem
mesmo em despesas de água e luz referente a janeiro e fevereiro de 2017.

Quanto a multa contratual da cláusula 7º, está é inexistente, tendo


em vista que, conforme acima relatado, quem deu causa a rescisão do contrato foi na
realidade a autora através de seu filho Gerson que não forneceu em todo tempo de locação
os documentos necessários para que Anderson pudesse participar da cooperativa CAPAL.

DO PEDIDO CONTRAPOSTO (art. 31 da lei 9099/95):

Considerando que o requerido não deu causa a rescisão do contrato


e que na realidade é de responsabilidade de Gerson, a multa contratual indicada na cláusula
7º inverte-se para a autora, tendo em vista o imóvel locado não era apto em receber
atividades agrícolas ou pecuária, conforme já exposto acima.

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Por outro lado, é certo que a Reclamante deduz pretensão,


amparada em documentos e fatos que sabe ser falsos, utilizando-se do processo para obter
objetivo ilegal.

Desse modo, deve ser condenada por litigância de má-fé, na forma


dos arts. 80 e 81, ambos do Código de Processo Civil.

Face ao exposto, requer-se a condenação da requerida no


pagamento de multa, em quantia equivalente a 1% do valor da causa, e no pagamento de
indenização à Reclamada, no valor correspondente a 10% sobre o valor atribuído à causa.

DOS PEDIDOS:

Em face do exposto, requer

O reconhecimento da ilegitimidade ativa da autora;


A denunciação à lide do senhor GERSON APARECIDO DOS
SANTOS, para que seja intimado no endereço Rua Irmaos Abdelnur, nº 426, cidade de
Angatuba-SP;

Seja oficiado a cooperativa CAPAL, para especificamente


informar se houve exigências ao cooperado Anderson para ingressar na cooperativa, nos
períodos entre setembro a dezembro de 2016;

a V. Exa. a IMPROCEDÊNCIA do pedido inicial formulado pela


parte AUTORA, e, a título de PEDIDO CONTRAPOSTO, seja autora e o denunciado à
lide Gerson, condenados a pagarem a multa contratual da clausula 7º, que estipula o valor
de 03 (três) alugueres, totalizando R$ 2.640,00 (dois mil e seiscentos e quarenta reais);

Seja a parte autora condenada em multa e nas penas da litigância


de má-fé, nos temos dos arts. 80 e 81 do CPC;

Requer a conversão do rito do juizado especial para o comum,


diante da complexidade dos fatos;

Requer que todas as intimações e publicações sejam remetidas aos


patronos Marcos Antunes Junior, OAB/SP 358.298 e Felipe Oliveira Santos, OAB/SP
371.844, ambos com escritório na Rua Padre Anchieta, n° 71, centro, município de
Buri/SP, sob pena de nulidade.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


permitidas, notadamente as já requeridas, depoimento pessoal de todas as partes, oitiva de
testemunhas que seguem anexo, juntada de novos documentos e tudo mais que se fizer
necessário.

Termos em que,
P. deferimento.

Buri/SP, 15 de dezembro de 2017.


MARCOS ANTUNES JUNIOR MICAEL ANTUNES RODRIGUES

OAB/SP 358.298 OAB/SP 372.273

FELIPE OLIVEIRA SANTOS

OAB/SP 371.844

ROL DE TESTEMUNHAS:

01 – ANDERSON ROBERTO RODRIGUES


Rodovia Raposa Tavares – KM 203- Bairro Figueira – Angatuba/SP;

02 – LUAN ESTEVAM SEBASTIÃO


Sitio são José – Bairro Boa Vista – Angatuba/SP.

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