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RECURSO ADMINISTRATIVO
I. DOS FATOS
Sabidamente, as vias de duplo sentido, divididas com faixa simples contínua amarela
indicam proibição de ultrapassagem, conforme dispõe o art. 186, II do CTB.
Como se pode observar, no auto de Infração anexo, não consta nenhuma informação
no Campo de Observações. Como se vê, o Agente autuador limitou-se a determinar o
suposto local do cometimento relacionado a conduta desviante, sem descrever o que
verificou dos fatos narrados e ainda, não especificou qual seria a sinalização existente
para o local tratado, em total afronta às obrigatoriedade a serem observadas no
referido Manual.
Além disso, dispõe ainda o referido Manual sobre as demarcações viárias que devem
ser observadas para a validade da Sinalização do local. São elas:
Entretanto, o que se nota no local é a ausência de sinalização TOTAL de demarcação
viária obrigatória, conforme indicam as guias acima suscitadas. Conforme exigências
legais, a rigor, estas demarcações são obrigatórias e indispensáveis para a validade
do ato, no que tange a marcação inserida no trecho do asfalto. O que se nota é que a
demarcação da linha contínua do local, é inexistente e além disso, nota-se ainda a
péssima conservação da via, concomitante a degradação do local ao longo do tempo,
aliado ao irrelevante investimento na recuperação viária, tornando a demarcação do
trecho especificado impreciso, dúbio, confuso ou principalmente inexistente. Tal
situação pode ser claramente percebida conforme fotografias anexas que seguem o
presente expediente. Essa condição deve ser observada nos termos do art. 80, caput e
§ 1º, e art. 90, que assim dispõem:
A presente demanda, se encontra na forma mais sucinta possível, pois o autor além de
ser bom motorista, deve antes ser bom cidadão, e por agir a luz da boa-fé apenas
almeja que a verdade seja garantida. Portanto, as fotos em anexo, revelam a real
situação da via pública, comprovando ser ali local sem sinalização e em péssimas
condições de circulação.
O agente de trânsito deverá sempre ter respaldo legal em suas atitudes e buscar o
interesse público, sob pena de desvio de finalidade.
Infelizmente foi este o momento em que o Agente de trânsito teria flagrado o autor
transitando em faixa ou sentido indevido e infelizmente não observando este fato,
ignorando por absoluto o nexo causal da autuação ao motivo da força maior.
O parágrafo único do artigo 393 do Código Civil dispõe que: o caso fortuito ou de
força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou
impedir. O caput do referido artigo dispõe que inexecução das obrigações, quando se
der em virtude da ocorrência de caso fortuito ou força maior, desobriga o autor de
responder pelos prejuízos resultantes, caso não tenha ele expressamente se
responsabilizado por eles.
O que mais poderia o motorista fazer? Estancar o veículo à entrada da área da rodovia,
interrompendo o fluxo atrás de si? Permitir a colisão de veículos? Arremeçar o próprio
veículo ao que se observa das péssimas condições viárias? Obviamente que não. A
irresponsabilidade tem seu preço. E imagine a os nobres julgadores, tal como
motoristas que provavelmente são, sofrendo as consequências da ineficiência da
prestação estatal. Nesse caso, nada mais prudente do que a decisão tomada,
considerando a força maior e a faculdade do órgão dentro da mais esperável
razoabilidade desconsiderar a tipificação conforme obriga o próprio CTB.
Ninguém pode ser punido, seja a que título for, sofrendo conseqüências danosas nos
assentos de seu prontuário, enodoando-se o seu histórico perante as autoridades do
Trânsito, com base em uma imputação cujo fundamento excetua-se nos termos do
próprio Código de Trânsito.
3) o benefício do efeito suspensivo no caso do recurso não ter sido julgado em até 30
dias da data de seu protocolo na conformidade do artigo 285 § 3º do CTB;
4) caso o recurso não seja julgado dentro do prazo de sessenta dias, o cancelamento da
penalidade aplicada, não gerando nenhum efeito e seus registros devidamente
arquivados, de acordo com o § 4º do art. 285 do CTB;
Respeitosamente,
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