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Laboratório de sobre ela.

O país que tem como


prioridade a educação do seu povo
redação favorece o crescimento existencial do
Leia os textos abaixo sobre o assunto próprio homem e a formação de uma
educação e logo após escolha um verdadeira cidadania.
dos temas relacionados para fazer Célia Regina Cavícchia Vasconcelos
uma dissertação sobre o assunto
Texto II – Por que somo ignorantes
Texto I -Educação e cidadania Não existem menino de rua – o
“Conhecer é poder”, disse o que existe de fato são meninos fora da
filósofo Hobbes. E, de fato, só o homem escola. E é justamente a partir daí que
dotado de conhecimento e de se deve entender não apenas o
consciência é que desenvolve as massacre do Rio, o marco na história da
seguintes capacidades: não aceita um violência no Brasil, mas um de nossos
mundo pronto para uso e consumo e principais gargalos ao desenvolvimento:
está sempre em defesa de um eficiente educação.
processo educacional. Por que não se investiu em
O indivíduo que conhece, que educação básica? Há várias
questiona, não aceita um mundo de explicações. E nenhuma delas é
“segunda mão”. Não aceita o mundo já dinheiro – já que sobravam recursos
pensado e definido por outros. Não para usina nucleares, pontes, estradas,
aceita fórmulas prontas e explicações etc. Uma delas, porém, é medo.
dadas por certas ideologias sociais Educação significa cidadania. E
dominantes. Se o brasileiro dominasse cidadania, reivindicação. Melhor,
mais o conhecimento, por exemplo, não portanto, deixar o populacho na
aceitaria as disparidades sociais, a ignorância.
proliferação dos miseráveis, o aumento A ignorância não é privilégio da
da violência e da corrupção, a “esquerda” ou da “direita”. Quantos
aglomeração de crianças nas ruas, a líderes sindicais acompanham os
falência do sistema de saúde e, debates e as decisões sobre ensino,
principalmente do ensino público. freqüentando as comissões no
Assim, não aceitar é pensar a própria Congresso ou o Ministério da Educação?
realidade. E poder pensar é sentir-se Detalhe: os filhos de trabalhadores
mais cidadão. estudam (quando o fazem) em escola
Uma sociedade que desenvolve a pública. Melhora-la é, portanto,
capacidade de pensar e de escolher o melhorar o nível de vida. Na sua
próprio mundo é porque tem como alienação, preferem lutar basicamente
prioridade a educação dos seus por aumento salarial, algo logo comido
cidadãos. Poder escolher é um exercício pela inflação.
que se faz diariamente nos bancos das Peguem-se os dirigentes da toda-
escolas. Exercício em que a principal poderosa Fiesp. Eles são capazes de
regra é lutar contra a ignorância dizer qual a taxa de inflação há dois
daqueles que nos querem manter anos. Mas se perguntarmos sobre qual a
passivos e acuados na nossa própria percentagem de crianças que deixam a
angústia existencial. escola antes de concluir o primeiro
Só o investimento na educação é grau, vão se sentir tão à vontade como
que tira as pessoas da ignorância e se dissertassem sobre a vida sexual dos
fornece-lhes o conhecimento e o direito macacos no Punjab, na Índia.
de escolher a própria realidade e atuar Só alguns empresários sabem a
verdadeira relação entre ensino básico e
o desenvolvimento econômico. E que vazada de luz perde a aparência bovina.
trabalhador sem escola significa menos Pensa, questiona, reivindica.
lucro. Mas daí à ação vai uma Daí a preferência pela
longuíssima distância. Alguém manutenção do modelo das trevas. Ora
consegue imaginar um presidente da por descaso, ora para obter mão de
Fiesp pressionando o secretário da obra barata, ora para manter invisíveis
Educação ou ministro sobre como usar os desvios do regime, ora para pôr
melhor as verbas? Ou fazendo antolhos no eleitorado.
propostas concretas sobre como poderia Professor, Fernando Henrique
haver um entrosamento entre os disse outro dia que 1996 será o ano da
setores público e privado para melhorar educação. Bom, muito bom, ótimo.
o ensino? Nunca é tarde para começar. Mas é
Vai demorar algum tempo, mas bom que se diga: vai demorar até que
dirigentes empresariais e sindicais vão tenhamos níveis aceitáveis de
acabar se convencendo. Até porque educação.
não tem jeito: fora da escola não há Mencione-se, por eloqüente, o
solução. Há assassinatos. exemplo do Japão. Os japoneses
Gilberto Dimenstein – Folha lançaram as bases de seu
de São Paulo desenvolvimento há 136 anos (1860),
com a revolução educacional Meiji.
Texto III – Vai demorar Eliminaram-se, já naquela ocasião, os
Todos sabemos que a parte mais maiores focos de analfabetismo.
importante de um prédio não são as Nosso atraso impõe uma
paredes. Tampouco é a cobertura. dificuldade adicional. Para recuperar o
A essência de uma obra é a terreno, precisamos reforçar o alicerce
fundação, um maciço de alvenaria que sem pôr a casa abaixo. É como calçar
se enterra no solo. Se ela é mal feita, sapatos sem desgrudar do chão a
todo o resto será inconfiável. planta dos pés.
A construção de um país sólido Se Fernando Henrique cumprir a
também depende de um bom alicerce. palavra, talvez comecemos a notar
Assim como no prédio, a base de uma alguma diferença dentro de 20, talvez,
nação não está à vista de todos. 30 anos. E o Brasil de nossos
Encontra-se enterrada na cabeça de tataranetos pode ter uma edificação
seus habitantes. Refiro-me à educação. segura. Se o presidente ficar na
Precisa ser consistente, sólida. Do retórica...
contrário, a grande nação não passará Josias de Souza – Folha de São Paulo
de uma utopia. Ou voltando à nossa Propostas:
metáfora, não será um prédio de
paredes rachadas e sob risco de a) Para ser cidadão é necessário ter
desmoronamento. educação.
No Brasil, desde os jesuítas da era
colonial, a educação jamais foi uma b) A necessidade do investimento no
prioridade real. Nossa história, aliás, é processo educacional no Brasil.
marcada por uma espécie de culto à
ignorância. c) A educação é o prefácio da vida
O acesso às letras costuma (Guizot).
iluminar mentes. E uma sociedade
d) Educação e cidadania

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