Вы находитесь на странице: 1из 25

Tratamento de Água

SANEAMENTO AMBIENTAL

Tratamento de Águas – Introdução


Prof. Oscar Cordeiro Netto
Abastecimento de Água
Do ponto de vista tecnológico, água de qualquer qualidade pode ser,
teoricamente, transformada em água potável, porém, os custos
envolvidos e a confiabilidade na operação e na manutenção podem
inviabilizar totalmente o uso de determinado curso d’água como
fonte de abastecimento

Existe uma relação intrínseca entre o meio ambiente e as tecnologias


de tratamento, isto é, em função da qualidade da água de
determinado manancial e suas relações com o ambiente, há
tecnologias específicas para que o tratamento seja eficiente.
Alternativas
tecnológicas

Meio Tecnologias
ambiente de
tratamento
Abastecimento de Água
Objetivo
Fornecer água sanitariamente segura e em quantidade suficiente para as
atividades de uma comunidade

Importância Sanitária
Melhoria da saúde e das condições de vida da comunidade, uma vez que
o abastecimento de água contribui para a prevenção e controle de
doenças, para promoção de hábitos de higiene, para melhoria da limpeza
pública, para a prática de esportes, além da segurança e conforto da
população

Importância Econômica
Aumento da vida média e da produtividade da população (menor número
de horas perdidas por doenças, mais disposição para o trabalho),
diminuição dos custos com medicina corretiva em função das doenças
ligadas à água, além da água ser fator de desenvolvimento pois é
essencial para o comercio e a indústria.
Tratamento de Água
Objetivo
Modificar a qualidade da água de um manancial (água bruta ou in natura) de modo
a tornar a água atrativa e segura para o consumo humano e com qualidade
compatível com o Padrão de Potabilidade preconizado na Portaria MS 2.914/2011
(antiga 518/2004).
Portanto, os principais objetivos do tratamento são de ordem sanitária (remoção e
inativação de organismos patogênicos e substâncias químicas que representam
riscos à saúde) e de ordem estética e organoléptica (remoção de turbidez, cor,
gosto e odor, dureza, etc).
O tratamento é realizado numa Estação
de Tratamento de Água (ETA), que é parte
integrante do sistema de abastecimento
Uma ETA consiste em uma seqüência
lógica de processos e operações unitárias
capazes de conjuntamente remover ou
eliminar impurezas, produzindo água segura
e potável, com a máxima eficiência, mínimo
risco e menor custo.
Tratamento de Água

Diferentemente do tratamento de águas residuárias de característica


predominantemente biológica, as tecnologias de tratamento de água para
abastecimento, na sua quase totalidade, abarcam conjunto de processos e
operações físicos e químicos.

Definição da tecnologia de tratamento pauta-se nas seguintes premissas:

i. Características da água bruta;


ii. Custos de implantação, manutenção e operação;
iii. Manuseio e confiabilidade dos equipamentos;
iv. Flexibilidade operacional;
v. Localização geográfica e características da comunidade;
vi. Disposição final do lodo gerado.
Tratamento de Água

CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA BRUTA:


Na avaliação das características físicas, químicas e biológicas da água bruta
para fins de determinação de tecnologia de tratamento, o fator mais
importante é a influência das alterações dessas características decorrentes de
fatores naturais e, principalmente, da ocupação da bacia hidrográfica

CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO:


Implantação: obras civis; custos do terreno, do meio filtrante e dos
equipamentos.
Operação e manutenção: energia elétrica; pessoal; manutenção e reparo de
equipamentos e produtos químicos.

MANUSEIO E CONFIABILIDADE DOS EQUIPAMENTOS:

Automação: monitoramento das características físicas e químicas das águas


brutas e tratadas (sem interferência nas etapas do tratamento); Além do
monitoramento existe a interferência nas etapas de potabilização (dosagem
de produtos químicos, encerramento de carreira de filtração).
Tratamento de Água

FLEXIBILIDADE OPERACIONAL:
Relacionada com a variabilidade nas características da água bruta em
especial devido aos períodos de seca (baixa turbidez e elevada cor) e de
chuva (elevada turbidez e baixa cor).
Mudanças bruscas nas características: aporte de sólidos – suspensos ou
dissolvidos – ou florescimento de algas.

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE:

Comunidades de menor porte localizadas distantes dos centros mais


desenvolvidos – disponibilidade de pessoal técnico qualificado.

DISPOSIÇÃO DO LODO GERADO:

Unidades de maior porte considera-se:


 Acondicionamento do lodo gerado;
 Reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros.
Abastecimento de Água

Meio ambiente
Tecnologias de
tratamento

Riscos Aprop.

Comunidade

Alternativas tecnológicas
Projeto de ETAs

SELEÇÃO DA TECNOLOGIA
- Quais são os processos necessários para remover as impurezas?
- Como melhor agrupar esses processos?
- Qual é a sustentabilidade da tecnologia selecionada?

SELAÇÃO DAS UNIDADES


- Qual é o tipo de unidade e/ou equipamento mais adequado para
realizar um determinado processo?

DIMENSINAMENTO
- Dimensionamento básico das unidades (dimensões dos tanques,
especificação dos equipamentos, seleção de produtos químicos,
seleção de meios filtrantes, etc)
- Dimensionamento ou projeto hidráulico detalhado (canais de
interligação, comportas, vertedores, tubulações, registros, etc)
- Projeto arquitetônico, vias de acesso e movimentação de produtos
químicos, projeto estrutural, fundações, tratamento e disposição de
rejeitos, instalações elétricas, automação e controle, oficinas e
instalações auxiliares, etc)
- Manual de operações
Processos de tratamento mais comuns
(1) Processos de clarificação
Visam a remoção de partículas que geralmente encontram-se em estado
coloidal ou em suspensão
(a) Coagulação-floculação
Processo físico-químico para promover a precipitação e agregação de
impurezas levando a formação de aglomerados de maior tamanho capazes
de serem separados da água por processos físicos
(b) Sedimentação
Separação física gravitacional, influenciada pela densidade e tamanho das
partículas
(c) Flotação
Separação gravitacional auxiliada pela injeção de bolhas de gás, levando as
partículas a flutuarem
(d) Filtração
Separação física onde as partículas são retidas nos vazios de um meio poroso
(2) Processos de desinfecção
Visam a destruição de microrganismos patogênicos
(a) Cloração
(b) Ozonização
(c) Radiação UV, entre outros
Processos de tratamento mais comuns
(3) Processos específicos (exemplos)
Visam a remoção de impurezas que não são eficientemente removidas nos
processos de clarificação
(a) Aeração
Remoção de ferro, compostos orgânicos voláteis geralmente responsáveis por
gosto e odor, remoção de gás carbônico
(b) Troca iônica
Remoção de íons tais como cálcio e magnésio (dureza), fluoretos, metais
pesados, íons radioativos, etc
(c) Adsorção
Remoção de compostos orgânicos tais como pesticidas, orgânicos
responsáveis por gosto e odor, toxinas, etc
(d) Filtração em membranas
Remoção de íons (dessalinização), orgânicos, microrganismos, etc. Osmose
reversa, ultrafiltração, nanofiltração, diálise, etc
Processos de tratamento mais comuns
Seleção da Tecnologia
A seleção da tecnologia de tratamento (seqüência de processos)
depende basicamente da qualidade da água e dos riscos químicos e
microbiológicos do manancial de água bruta.
Considerando os objetivos do tratamento, as tecnologias de tratamento geralmente
contemplam a combinação processos de clarificação, desinfecção, fluoretação,
processos específicos e estabilização da água

Parâmetros de qualidade usados para definição da tecnologia de tratamento são:


- Turbidez
- Sólidos em suspensão
- Cor verdadeira
- Coliformes

Características específicas, tais como íons metálicos, pesticidas, toxinas, entre


outros, indicarão a necessidade de se agregar processos específicos às
tecnologias mais comuns de tratamento.
A presença de algas e cianobactérias na água bruta também deve ser
considerada.
Seleção da Tecnologia

Tecnologias sem coagulação química


- Filtração lenta
- Filtração em múltiplas etapas

Tecnologias mais
Comumente Tecnologias com coagulação química
adotadas - Filtração direta ascendente
- Filtração direta descendente
- Dupla filtração
- Tratamento convencional ou de
ciclo completo
Tecnologias sem coagulação química
1 - Filtração lenta
Desinfetante
Fluor
Alcalinizante
ou Acidificante

Água Filtração Desinfecção Água


Correção pH
Bruta Lenta Fluoretação Tratada

2 - Filtração lenta precedida de pré-filtração dinâmica


Desinfetante
Fluor
Alcalinizante
ou Acidificante

Água Pre-filtração Filtração Desinfecção Água


Lenta Correção pH
Bruta Dinâmica Fluoretação Tratada

3 - Filtração em múltiplas etapas - FIME


Desinfetante
Fluor
Alcalinizante
ou Acidificante

Água Pre-filtração Pre-filtração em Filtração Desinfecção Água


Pedregulho e Correção pH
Bruta Dinâmica Areia Grossa Lenta Fluoretação Tratada
Tecnologias sem coagulação química
Tecnologias de tratamento
Características da
água bruta Filtração Pré-filtração FIME
lenta Dinâmica
+ Filtração lenta
Turbidez (uT) 95% ≤ 10 95% ≤ 25 95% ≤ 100
100% ≤ 25 100% ≤ 50 100% ≤ 200
Cor verdadeira (uC) 95% ≤ 5 95% ≤ 10 95% ≤ 10
100% ≤ 10 100% ≤ 25 100% ≤ 25
Sólidos em 95% ≤ 10 95% ≤ 25 95% ≤ 100
Suspensão (mg/L) 100% ≤ 25 100% ≤ 50 100% ≤ 200
Coliformes totais
(NMP/100 mL) 1000 5000 20000

E. coli (NMP/100 ml) 500 1000 5000


Tecnologias com coagulação química
1 - Filtração direta descendente, com ou sem pré-floculação
Coagulante Desinfetante
(Sem pré-floculação )
Fluor
Alacalinizante Auxiliar de Alcalinizante
ou Acidificante Floculação ou Acidificante
Auxiliar de coagulação

Água Filtração Desinfecção Água


Bruta Coagulação Floculação Rápida Correção pH Tratada
Descendente Fluoretação

2 - Filtração direta ascendente


Coagulante Desinfetante
Fluor
Alacalinizante Alcalinizante
ou Acidificante ou Acidificante
Auxiliar de coagulação

Água Filtração Desinfecção Água


Bruta Coagulação Rápida Correção pH
Tratada
Ascendente Fluoretação
Tecnologias com coagulação química

3 - Dupla Filtração
Coagulante Desinfetante
Fluor
Alacalinizante Alcalinizante
ou Acidificante ou Acidificante
Auxiliar de coagulação

Água Filtração Filtração Desinfecção Água


Bruta Coagulação Rápida Rápida Correção pH
Tratada
Ascendente Descendente Fluoretação

4 - Ciclo completo ou convencional


Coagulante Desinfetante
Auxiliar de
Floculação Fluor
Alacalinizante Alcalinizante
ou Acidificante ou Acidificante
Auxiliar de coagulação

Água Sedimentação Filtração Desinfecção Água


Bruta Coagulação Floculação ou Flotação Rápida Correção pH
Descendente Fluoretação Tratada

Processos que geram resíduos


Tecnologias com coagulação química
Tecnologias de tratamento
Características
da água bruta Filtração Filtração Dupla Dupla
Ciclo
Direta Direta Filtração Filtração
Completo
Descendente Ascendente Pedreg.+Areia AreiaG+Areia
Turbidez 90% ≤ 10 90% ≤ 100 90% ≤ 50
(uT) 95% ≤ 25 95% ≤ 150 95% ≤ 100 90% ≤ 1500
100% ≤ 100 100% ≤ 200 100% ≤ 150
Cor verdadeira 90% ≤ 20 90% ≤ 50 90% ≤ 50
(uC) 95% ≤ 25 95% ≤ 75 95% ≤ 75 90% ≤ 150
100% ≤ 50 100% ≤ 100 100% ≤ 100
Sólidos em 95% ≤ 25 95% ≤ 150 95% ≤ 100
Suspensão (mg/L) 100% ≤ 100 100% ≤ 200 100% ≤ 150
Coli totais(NMP/100 mL) 1000 (1) 5000(1) 5000(1) MGM ≤ 3000
E. Coli (NMP/100 mL) 500 (1) 1000(1) 1000(1) MGM ≤ 600
Dens. Algas (UPA/mL) 500 1000 1000
FAP 80-180 FAAG 120-240
Taxa Filtração (m/d) 200 – 600 160-240 120 - 600
FRD 180-600* FRD 200-600*
(1)Limites mais elevados podem ser adotados com uso da pré-desinfecção
* Valores mais elevados na faixa podem ser adotados em caso de uso de filtro de dupla camada
FAP-Filtro ascendente de pedregulho, FAAG-Filtro ascendente de areia grossa; FRD – Filtro descendente
Seleção da Tecnologia - NBR 12216
Seleção da Tecnologia - NBR 12216 – Item 5.3
Seleção da Tecnologia – Estudos de Tratabilidade

Objetivo
Definição da opção tecnológica de tratamento adequada para produzir água de
consumo humano segura e atendendo ao padrão de potabilidade, além de fornecer
informações sobre os produtos químicos apropriados, suas dosagens e seqüências de
aplicação e parâmetros de projeto otimizados para as diferentes unidades de
tratamento, com economia significativa nos custos de implantação e operação da ETA

Podem ser realizados em escala de bancada e em escala piloto

Estudos em escala de bancada - período de tempo menor (2 a 3 semanas nos


períodos críticos de variação de qualidade - por exemplo: estação seca e chuvosa) e
com custos baixos.
Estudos em escala-piloto - tempo mais longo, geralmente 1 ano ou mais, e
apresentam custos mais significativos.
Em função da capacidade da ETA (vazão a ser tratada), o custo dos estudos de
tratabilidade será muito menor do que a economia nos custos de implantação
associada à otimização dos parâmetros de projeto.
Estudos de Tratabilidade
Escala piloto

1,00
tub. de esgoto
Ø100mm 0,80 0,30

0,30
tubulação
soldável
Ø110mm 0,50
registro
Ø2"
Camada 1 2,00

entrada Camada 2 vai para 2,85


tub. de ar os FRDs
rosc. 1,50
Camada 3
Ø2" Ponto de coleta
do efluente do
Camada 4 descarte FAP Ø32mm
Ø100mm
Camada 5

Escala de laboratório vem da caixa de distribuição


DMR
reg. entrada
Ø2"
regis. DF
Ø2"
0,55
0,85
Seleção da Tecnologia – Outros Aspectos

- Qualidade desejada
- Confiabilidade do processo e dos equipamentos
- Necessidades operacionais e capacitação de pessoal
- Disponibilidade de produtos químicos e peças
- Flexibilidade operacional
- Área disponível
- Necessidade de disposição de resíduos
- Custo (implantação e operação)
- Legislação específica
Seleção da Tecnologia – Exemplo

Вам также может понравиться