Analise de EMC em Transmissor de Energia Transcutâneo - Federal SP

Compatibilidade Eletromagnética e
Simulação em Sistema de Transmissão

de Energia Transcutânea
RAFAEL NUNES DA SILVA

RAFAEL RIBEIRO ZAGARI
Sistema TET - Definição
O TET (Transmissor de Energia

Transcutâneo) é um sistema eletrônico
utilizado em dispositivos implantáveis para
realizar a alimentação destes sem a
necessidade de fios percutâneos ao usuário.
Em nosso caso o dispositivo implantado é

um DAV (dispositivo de assistência
ventricular).
Figura 1: Ilustração do sistema TET completo,
Fonte: www.cfcp.com.br
Sistema TET - Justificativa
● Minimizar potenciais riscos de infecções associadas

às injúrias cutâneas causadas pela alimentação
através de cabos.
● Necessidade de uma fonte de alimentação

duradoura e que não precisasse de nova cirurgia
para sua reposição.
Sistema TET – Diagrama de blocos
Figura 2: Diagrama em blocos do sistema TET completo

Sistema TET - Componentes
Fonte DC
Fonte de alimentação externa ao corpo, normalmente utiliza-se um banco de

baterias ( no caso do atual TET são 17 células NiCd (Níquel Cádmio) em série
resultando 20V de saída.
Figura 3: Foto da bateria NiCd, fabricante Sanyo

Emissor
Circuito conversor chaveado para transformar a tensão/corrente constante da

fonte em uma tensão/corrente variável (DC ou AC), segundo alguma técnica
de modulação (PWM, PM, etc), podendo ou não, conter um sub-circuito de
comunicação;
Figura 4: Exemplo de circuito de chaveamento controlado por PWM

Receptor
Circuito retificador e regulador de tensão/corrente, responsável pela

transformação da tensão/corrente variável para regime DC constante para
carregamento da bateria interna e alimentação do dispositivo implantado,
podendo ou não, conter um sub-circuito de comunicação;
Figura 5: Diagrama de blocos do circuito receptor proposto,

Fonte http://www.feiradeciencias.com.br/sala03/03_10.asp
Bateria
Este bloco compreende o conjunto de baterias, no caso do atual TET são 17

células NI-MH (Niquel metal hidreto) em série resultando 20V de saída,
e circuito administrador de carga/descarga das mesmas elas devem assumir
temporariamente a alimentação do dispositivo implantado no caso de
desativação do circuito externo.
Figura 6: Foto de diferentes bancos de baterias NI-MH

D.A.V
Deve-se entender este bloco como a bomba de sangue, seu circuito de controle de
atitude e eventual circuito de comunicação de estado\configuração.
Figura 7: Ilustração do sistema TET, fonte: Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul
Acoplador
Componente responsável pela efetiva transferência de energia de um lado

para o outro da pele, sendo ele determinado pelo fenômeno físico envolvido.
Foram propostas diferentes formas de transmissão de energia, envolvendo
fenômenos físicos diversos, tais quais:
Piezoelétrico;
Térmico;
Eletromagnético: indutivo, capacitivo, RF.
Figura 8: Exemplificação de acoplamento

magnético, Fonte: www.millar.com/tets
Acoplador
Figura 9: Geometria de um transmissor de

energia sem fio. Figura 10:Geometria de sistema TET. Fonte: Daniela W.
Fonte: CEDRAT SA. Ferreira
Sistema TET - Simulações
O trabalho tem como objetivo realizar simulações de

comportamento eletromagnético e térmico de
geometrias propostas a partir do projeto temático
Passos para simulações com método de elementos finitos:
● Definição de geometria;
● Criar uma malha de elementos para a geometria;
● Caracterizar as propriedades físicas dos volumes e parametrizar
os valores desejados;
● Definir qual a aplicação o sistema está enquadrado criar um
cenário de solução para a simulação;
● Realizar o pós-processamento, coletando e analisando os
resultados obtidos.
Na geometria todos os
volumes do sistema
devem ser criados de
forma fiel os objetos
físicos.
Figura 11: Geometria de um Sistema TET proposto.

Malha de elementos finitos: Possui grande influência no resultado final,

a quantidade de nós e elementos que forem criados na malha estão
diretamente associados na acuracidade entre solução e o
comportamento físico do sistema.
Figura 12: Malha de elementos finitos do sistema TET.

Foto 13: Malha de elementos finitos dos ferrites.

Caracterizar os volumes com as propriedades físicas reais. É

necessário que os valores estejam os mais próximos possível do
mundo real.
Propriedades da pele seca:
● Permeabilidade magnética relativa: 1;
● Resistividade: 2215,92 ∙m;
● Permissividade relativa: 1119,2;
● Condutividade térmica: 0,42 W/m∙ºC;
● Capacidade volumétrica de calor: 3391000 J/m³∙ºC;
● Densidade de massa: 1109 km/m³.
Propriedades do cobre nas bobinas:
● Resistividade: 1,72∙10^-8 ∙m;
● Fator de preenchimento usados nas simulações: 0,1 e 0,9;
● Densidade de massa: 8960 kg/m³.
A aplicação que será especificada no software é responsável por aplicar

as formulações corretas à simulação do sistema, por isso é necessário
que o sistema físico seja bem conhecido e tenha suas diretrizes
estabelecidas.
Ao criar um cenário de solução, são estabelecidos os parâmetros que o

sistema irá obedecer e seus valores.
Figura 14: Valores de densidade de energia na pele obtidos da simulação.

Figura 15: Valores de Fluxo magnético na pele obtidos da simulação.

Figura 15: Setas dos vetores de fluxo magnético na pele obtidos da simulação.
Figura 16: Setas dos vetores de fluxo magnético na pele obtidos da simulação com
fator de preenchimento 0,1.
Figura 17: Setas dos vetores de fluxo magnético na pele obtidos da simulação com
Figura 18: Valores de fluxo magnético no corte do dompinio obtidos da simulação com
Figura 19:Valores de fluxo magnético no corte do domínio obtidos da simulação com

Figura 20: Geometria de um transmissor de energia sem fio. Fonte: CEDRAT SA.
Figura 21: Valores de fluxo magnético obtidos da simulação com cenário de

movimento.
Figura 22: Valores de fluxo magnético obtidos da simulação com cenário de

movimento.
Figura 23: Valores de fluxo magnético obtidos da simulação no cenário de movimento,

a 150 mm da posição inicial.
Figura 24: Vetores de fluxo magnético obtidos da simulação com cenário de

movimento.
Figura 25: Curva demonstrando a diminuição do fluxo no secundário conforme o

desalinhamento do primário.
Figura 26: Curva demonstrando a diminuição do fluxo no secundário conforme o

desalinhamento do primário.
Introdução
Análise de Compatibilidade Eletromagnética (CEM)

em sistemas de Transmissão de Energia
Transcutâneo (TET)
Compatibilidade Eletromagnética
Um sistema é eletromagneticamente compatível

quando:
● Tolera um grau específico de interferência;
● Não gera mais que a quantia especificada de

interferência;
● É auto compatível.
CEM – Interferência Conduzida
Corrente Modo Diferencial Corrente Modo Comum
Figura 27: Circuito elétrico apresentando correntes de modo comum e diferencial.

Fonte: http://www.murata.com/~/media/webrenewal/products/emc/emifil/knowhow/26to30.ashx
CEM – Interferência Irradiada
Figura 28: Diagrama apresentando equipamentos e suas faixas de frequência de operação

Fonte: http://hermes.physics.auth.gr/en/emrinfo_basic
Projeto de Pesquisa - Objetivo
O trabalho tem como objetivo de identificar o melhor método

de realizar o estudo de CEM em sistemas de transmissão de
energia transcutâneos (TET), e realizar as devidas
alterações no projeto para se adequar às normas vigentes.
Figura 29: Ilustração do sistema TET com fontes de Interferência Eletromagnética

Projeto de Pesquisa
Tem-se três diferentes métodos para prevenir interferências

eletromagnéticas, sendo elas:
I. Diminuindo a emissão a partir da fonte;

II. Fazendo com que o ambiente seja menos eficiente na transmissão de
interferência;
III. Diminuindo a susceptibilidade do receptor a interferências
eletromagnéticas.
Figura 30: Sistema gerador, ambiente e vítima de interferência

Projeto de Pesquisa
Dentre os estágios para ações de adequação, a mitigação de

problemas no início do projeto deve ser realizada.
Figura 31: Gráfico de comparação entre diferentes estágios para adequações de CEM.
Fonte: https://www.embarcados.com.br/emc-compatibilidade-eletromagnetica/
Projeto de Pesquisa - Normas
Principais normas referentes a CEM em equipamentos

eletromédicos:
IEC61000
IEC60601
CISPR11
CISPR22
EU55011
EU55022
ICNIRP
Figura 32: Esquema de organização dos comitês relacionados ao IEC.
Fonte: https://interferencetechnology.com/the-iec-advisory-committee-on-emc-acec/
Projeto de Pesquisa - Metodologia
A proposta de trabalho seguirá os passos seguintes.
● Medição das emissões conduzidas (interferência no próprio sistema);
● Medição da emissão irradiada (interferência em sistemas adjacentes);
● Verificação dos níveis de imunidade ao ambiente

eletromagnético.Utilizar a mesma metodologia apresentada nos artigos
e normas, ou seja, submeter o dispositivo sob teste ao campo
eletromagnético com valores e distância controlados.
Projeto de Pesquisa - Proposta
Medições de emissão conduzida (utilização do analisador de espectros

RSA306 (Tektronix)
Figura 33: Diagrama da montagem para o teste de emissão conduzida.

Fonte: application note RSA306
Emissão Conduzida(RSA306, Tektronix)
Figura 34: Tela do programa de teste de emissão conduzida. Fonte: application note RSA306
Medições de emissão Irradiada (utilização do analisador de espectros

RSA306 (Tektronix).
Figura 35: Diagrama da montagem para o teste de emissão

irradiada. Fonte: application note RSA306
Figura 36: Foto de câmara anecóica em Portugal (Laboratório LEC)

Fonte: http://pontosdevista.pt/tag/ensaios-de-compatibilidade-eletromagnetica/
Emissão Irradiada (RSA306, Tektronix)
Figura 37: Tela do programa de teste de emissão irradiada, Fonte: application note RSA306
Projeto de Pesquisa - Adequação do Protótipo
Alguns possíveis métodos para resolução de problemas de

CEM:
Modificar roteamento do sinal;

Adicionar filtro local;
Alterar frequência de operação;
Redução do nível de sinal;
Inserção de Shield;
Diminuição do número de interconexões.
● Roteamento do Sinal
Figura 38: Ilustração de uma PCI apresentando possíveis problemas de CEM

Fonte: Global Wireless Education Consortium
Filtro Local
● Choke ● Ferrite Circular
Figura 39: Desenho da utilização de um Choke e foto de um indutor utilizando ferrite circular
Fonte: http://www.murata.com/~/media/webrenewal/products/emc/emifil/knowhow/26to30.ashx
Projeto de Pesquisa - Discussão
● Melhor setup para análise de CEM;
● Utilização de um phantom (manequim para testes);
● Método de análise através de simulação;
● Possíveis ajustes em caso de reprovação quanto à

ensaios de CEM.

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Compatibilidade Eletromagnética e

Simulação em Sistema de Transmissão

RAFAEL NUNES DA SILVA

O TET (Transmissor de Energia

Em nosso caso o dispositivo implantado é

● Minimizar potenciais riscos de infecções associadas

● Necessidade de uma fonte de alimentação

Figura 2: Diagrama em blocos do sistema TET completo

Fonte de alimentação externa ao corpo, normalmente utiliza-se um banco de

Figura 3: Foto da bateria NiCd, fabricante Sanyo

Circuito conversor chaveado para transformar a tensão/corrente constante da

Figura 4: Exemplo de circuito de chaveamento controlado por PWM

Circuito retificador e regulador de tensão/corrente, responsável pela

Figura 5: Diagrama de blocos do circuito receptor proposto,

Este bloco compreende o conjunto de baterias, no caso do atual TET são 17

Figura 6: Foto de diferentes bancos de baterias NI-MH

Componente responsável pela efetiva transferência de energia de um lado

Figura 8: Exemplificação de acoplamento

Figura 9: Geometria de um transmissor de

O trabalho tem como objetivo realizar simulações de

Passos para simulações com método de elementos finitos:

Figura 11: Geometria de um Sistema TET proposto.

Malha de elementos finitos: Possui grande influência no resultado final,

Figura 12: Malha de elementos finitos do sistema TET.

Foto 13: Malha de elementos finitos dos ferrites.

Caracterizar os volumes com as propriedades físicas reais. É

A aplicação que será especificada no software é responsável por aplicar

Ao criar um cenário de solução, são estabelecidos os parâmetros que o

Figura 14: Valores de densidade de energia na pele obtidos da simulação.

Figura 15: Valores de Fluxo magnético na pele obtidos da simulação.

Figura 19:Valores de fluxo magnético no corte do domínio obtidos da simulação com

Figura 21: Valores de fluxo magnético obtidos da simulação com cenário de

Figura 22: Valores de fluxo magnético obtidos da simulação com cenário de

Figura 23: Valores de fluxo magnético obtidos da simulação no cenário de movimento,

Figura 24: Vetores de fluxo magnético obtidos da simulação com cenário de

Figura 25: Curva demonstrando a diminuição do fluxo no secundário conforme o

Figura 26: Curva demonstrando a diminuição do fluxo no secundário conforme o

Análise de Compatibilidade Eletromagnética (CEM)

Um sistema é eletromagneticamente compatível

● Tolera um grau específico de interferência;

● Não gera mais que a quantia especificada de

Corrente Modo Diferencial Corrente Modo Comum

Figura 27: Circuito elétrico apresentando correntes de modo comum e diferencial.

Figura 28: Diagrama apresentando equipamentos e suas faixas de frequência de operação

O trabalho tem como objetivo de identificar o melhor método

Figura 29: Ilustração do sistema TET com fontes de Interferência Eletromagnética

Tem-se três diferentes métodos para prevenir interferências

I. Diminuindo a emissão a partir da fonte;

Figura 30: Sistema gerador, ambiente e vítima de interferência

Dentre os estágios para ações de adequação, a mitigação de

Principais normas referentes a CEM em equipamentos

A proposta de trabalho seguirá os passos seguintes.

● Medição das emissões conduzidas (interferência no próprio sistema);

● Medição da emissão irradiada (interferência em sistemas adjacentes);

● Verificação dos níveis de imunidade ao ambiente

Medições de emissão conduzida (utilização do analisador de espectros

Figura 33: Diagrama da montagem para o teste de emissão conduzida.

Emissão Conduzida(RSA306, Tektronix)

Medições de emissão Irradiada (utilização do analisador de espectros

Figura 35: Diagrama da montagem para o teste de emissão

Figura 36: Foto de câmara anecóica em Portugal (Laboratório LEC)

Emissão Irradiada (RSA306, Tektronix)

Alguns possíveis métodos para resolução de problemas de