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FACULDADE CAMAQÜENSE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRATIVAS

FACCCA - CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS


Direito III - PROFESSORA FERNANDA PADILHA NUNES

O ESTADO E O PODER DE TRIBUTAR

O poder de tributar é exercido pelo Estado por delegação do povo.


A Constituição cria juridicamente o Estado, determina-lhe a estrutura básica,
institui poderes, fixa competências, discrimina e estatui os direitos e as garantias das
pessoas.
O exercício da tributação é fundamental aos interesses do Estado, para auferir as
receitas necessárias à realização de seus fins. Tamanho poder há de ser disciplinado e
contido em prol da segurança dos cidadãos. Assim, a sua disciplinação e contenção
são essenciais à comunidade de contribuintes.
Nos Estados politicamente organizados em repúblicas federativas, a Constituição
não apenas institui o poder de tributar como também deve reparti-lo entre as pessoas
políticas que convivem na federação.
A autonomia do Estado-Membro é assim inerente à forma federal de Estado e se
expressa, exatamente em que:
a) a ordem jurídica interna, que somente vale nos limites territoriais de cada
Estado, nasce e decorre da vontade do povo membro da comunidade estadual;
b) os limites e a extensão dessa autonomia materializam-se nas competências
reservadas, que não sejam expressamente vedadas na Constituição Federal ou não
contrariem os princípios nela dispostos.
O artigo 25 da CF/88 deixa claro tal afirmação. Portanto, é da essência do Estado
Federal a distribuição de competência entre os entes estatais que o compõem. A
matéria sobre a qual a união legisla de forma privativa está elencada no artigo 22.
Dentro daquele rol não se incluem as Finanças Públicas e Tributárias.
No campo do Direito Tributário, tanto a União como os Estados-Membros e os
seus Municípios estão adstritos às regras de constituição de suas leis
complementares.Assim cada qual é autônomo para instituir e regrar os seus tributos.
A Constituição brasileira no Título VI dedica o Capítulo I ao Sistema Tributário
Nacional.
Artigo 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
I- impostos;
II- taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição;
III- contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Da leitura do artigo 145 da CF/88 verifica-se que várias são as pessoas políticas
exercentes do poder de tributar e, pois, titulares de competências impositivas: a
União, os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios. Entre eles será
repartido o poder de tributar. Todos recebem diretamente da Constituição, expressão
da vontade geral, as suas respectivas parcelas de competência e, exercendo-as,
obtêm as receitas necessárias à consecução dos fins institucionais em função dos
quais existem.
O tributo é categoria genérica que se reparte em espécies: impostos, taxas e
contribuições de melhoria.
Em princípio a Constituição não cria tributos, simplesmente atribui competências
às pessoas políticas para instituí-los através de lei (princípio da legalidade da
tributação).
No caso das taxas e das contribuições de melhoria a competência outorgada pela
Constituição às pessoas políticas é comum. Basta que qualquer pessoa política vá
realizar um regular ato do poder de polícia que lhe é próprio ou vá prestar um serviço
público ao contribuinte, se específico e divisível, para que o seu legislador,
incorporando tais fatos na lei tributária institua uma taxa. Basta que qualquer pessoa
política vá realizar uma obra pública que beneficie o contribuinte, dentro do âmbito de
sua respectiva competência político-administrativa, para que o seu legislador institua
uma contribuição de melhoria.
O artigo 145 da CF/88 não declina os fatos genéricos que vão estar na base
fática dos impostos . No caso dos impostos a competência para instituí-los é dada de
forma privativa sobre fatos específicos determinados.
Os impostos são enumerados pelo nome e discriminados na Constituição um a
um.São nominados e atribuídos privativamente, portanto, a cada uma das pessoas
políticas enquanto as taxas e as contribuições de melhoria são indiscriminadas, são
inominadas e são atribuídas em comum às pessoas políticas. Os impostos têm nome e
são numerus clausus, em princípio. As taxas e as contribuições de melhoria são em
número aberto, numerus apertus, e são inumeráveis.
O constituinte de 1988 adotou a teoria jurídica dos tributos vinculados e não-
vinculados a uma atuação estatal. Os fatos geradores dos tributos são vinculados ou
não vinculados. O vínculo dá-se em relação a uma atuação estatal. Os tributos
vinculados a uma atuação estatal são as taxas e as contribuições; os não-vinculados
são os impostos. Com relação aos impostos as suas hipóteses de incidência são fatos
necessariamente estranhos às atuações do Estado. São situações do contribuinte que
servem de suporte para a incidência dos impostos, por exemplo, ter renda (imposto
de renda).
Com os impostos, que são tributos não-vinculados a uma atuação estatal, fez-se
necessário que o constituinte indicasse o seu fato gerador, os nominasse e os
atribuísse de modo privativo a cada uma das pessoas políticas, de maneira a evitar
que uma invadisse, por inexistência de limites, área de competência reservada às
outras.

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