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2011
A. DOCUMENTO DE AVALIAÇÃO
1 Introdução ........................................................................................................ 1
2 Enquadramento social e territorial do plano…………………………….………. 2
2.1 Caracterização do proprietário e da gestão……………………………….……... 2
2.1.1 Identificação do proprietário ou responsável pela gestão………………….……. 2
2.1.2 Identificação do gestor ou responsável pela gestão ……………………….....…. 2
2.1.3 Identificação do redactor do PGF…………………………………………….…. 3
2.2 Caracterização geográfica da exploração florestal………………………….…... 3
2.2.1 Identificação da exploração florestal e dos prédios que a constituem…….….…. 3
2.2.2 Inserção administrativa……………………………………………………….…. 4
2.2.3 Localização da exploração……………………………...……………….………. 4
3 Caracterização biofísica da propriedade ……...………………………..…….…. 4
3.1 Relevo e altimetria …………………………………………………….………... 4
3.2 Clima ……………………………………………………………………….…… 5
3.3 Solo………………………………………………………………………………. 6
3.4 Fauna, flora e habitats ………………................................................................... 7
3.5 Pragas, doenças e infestantes …………………………………………………… 9
3.6 Incêndios florestais, inundações e outros riscos naturais ………………………. 10
4 Regimes legais específicos ……………………………………………………… 11
4.1 Restrições de utilidade pública …………………………………………………. 11
4.2 Instrumentos de planeamento florestal …………………………………………. 11
4.3 Instrumentos de gestão territorial ………………………………….……………. 12
4.4 Outros ónus relevantes para a gestão florestal …………………………………. 12
5 Caracterização de recursos ……………………………………………………… 13
5.1 Infraestruturas florestais ………………………………………………………… 13
5.1.1 Rede Viária Florestal (RVF)………………………………………………... 13
5.1.2 Armazéns e outros edifícios associados à gestão ………………………………. 14
5.1.3 Infraestruturas DFCI ……………………………………………………………. 14
5.1.4 Infraestruturas de apoio à gestão cinegética ……………………………………. 15
5.1.5 Infraestruturas de apoio à silvopastorícia ………………………………………. 15
5.1.6 Infraestruturas de apoio ao recreio e turismo …………………………………… 15
5.2 Caracterização socioeconómica da propriedade………………………………… 15
5.2.1 Função de produção……………………………………………………………... 16
5.2.2 Função de protecção……………………………………………………………... 16
5.2.3 Função de conservação…………………………………………………………... 17
5.2.4 Função de silvopastorícia, caça e pesca…………………………………………. 17
5.2.5 Função de enquadramento paisagístico e recreio………………………………... 17
5.2.6 Evolução histórica da gestão……………………………………….……………. 17
B. MODELO DE EXPLORAÇÃO ……….………...…………………………... 18
6.1 Caracterização e objectivos da exploração………………………………………. 18
6.1.1 Caracterização dos recursos ………………………………….…………………. 19
6.1.1.1 Caracterização geral …………………………………………………….………. 19
6.1.1.2 Compartimentação da propriedade………………………………………………. 20
6.1.1.3 Definição e delimitação das parcelas……………………………………………. 20
6.1.1.4 Componente florestal……………………………………………………………. 21
6.1.1.4.1 Caracterização das espécies florestais, habitats e povoamentos………………… 21
6.1.1.4.2 Caracterização dos povoamentos………………………………………………... 23
6.1.1.5 Componente silvopastoril ………………………………………………………. 26
6.1.1.6 Componente cinegética, aquícola e apícola ………………….…………………. 27
6.1.1.7 Componente de recursos geológicos e energéticos ……………………………... 28
6.1.2 Definição dos objectivos da exploração ………………………………………… 28
6.1.3 Síntese …………………………………………………………………………... 31
6.2 Adequação ao PROF ……………………………………………………………. 31
6.3 Programas operacionais …………………………………………………………. 32
6.3.1 Programa de gestão da biodiversidade ……………………….…………………. 32
6.3.2 Programa de gestão da produção lenhosa ………………………………………. 32
6.3.3 Programa de gestão do aproveitamento dos recursos não lenhosos e outros 32
serviços associados
6.3.4 Programa de infraestruturas …………………………………………….………. 34
6.3.5 Programa das operações silvícolas mínimas ……………………………………. 35
6.3.6 Gestão florestal preconizada ……………………………………………………. 36
7 Referências bibliográficas ………………………………………………………. 39
C. ESTRUTURAÇÃO E FORMATO DAS PEÇAS GRÁFICAS A APRESENTAR
Anexos 42
Anexo I Carta de localização e identificação da exploração florestal e dos prédios
1. Introdução
Tal como determinado na Lei de Bases da Política Florestal - Lei nº. 33/96, de 17 de Agosto -,
compete a todos os cidadãos a responsabilidade de conservar e proteger a floresta, encontrando-se
estabelecidos os princípios orientadores relativos ao reconhecimento da floresta como recurso
natural renovável, a necessidade de a gestão e o uso da floresta se desenvolverem de acordo com as
políticas de âmbito nacional, articuladas com as respectivas políticas sectoriais. Surge assim a
necessidade de estabelecer normas específicas de intervenção sobre a ocupação e a utilização dos
espaços florestais, promovendo a sustentabilidade dos bens e serviços neles auferidos, ou seja, surge
a necessidade de adopção e aplicação de Planos de Gestão Florestal (PGF).
Este PGF contém uma descrição dos aspectos essenciais relativos à situação actual e um plano de
acções para um período de vinte anos. As acções previstas neste plano deverão ser alvo de revisão
cinco anos após a data da sua elaboração. Pretende-se um plano tecnicamente correcto, adaptado às
necessidades e interesses locais
A elaboração deste plano teve por base a utilização de software de informação geográfica (Arcgis
9.1) e a utilização de cartografia de base georeferenciada.
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PGF - UNIDADE DE BALDIO DE ALCARVA
O plano de gestão florestal vertido neste documento destina-se às áreas comunitárias submetidas ao
regime florestal e geridas pela Autoridade Floresta Nacional (AFN), através dos seus serviços
descentralizados, Direcção Regional de Florestas do Centro (DRFC) / Unidade de Gestão Florestal
da Beira Interior Norte (UGFBIN), no concelho de Meda. A área objecto deste PGF é composta
pelos espaços florestais e áreas comunitárias da freguesia de Ranhados, que se incluem no
Perímetro Florestal de Penedono (baldio de Alcarva). Estas áreas são geridas num sistema de co-
gestão pelos representantes das comunidades locais de Alcarva e UGFBIN, cuja sede se localiza no
Bairro Sra. Dos Remédios, 6300 - 535 Guarda, telefone 271208400, fax 271208409, e-mail:
antonio.borges@afn.min-agricultura.pt.( doGestor)
A propriedade objecto deste PGF é constituída pelos terrenos baldios do concelho de Meda. Trata-
se de uma área contígua, afecta unicamente à freguesia de Ranhados, lugar de Alcarva. Os baldios,
tal como definido na Lei dos Baldios - Lei nº. 68/93, de 4 de Setembro -, são terrenos possuídos e
geridos por comunidades locais, ou seja, pelo universo dos compartes, moradores que, seguindo os
usos e costumes, têm direito ao uso e fruição do baldio.
Foi publicada no Diário do Governo, II série, Número 197, de 24 de Agosto de 1959, a submissão a
regime florestal parcial dos terrenos baldios do Perímetro Florestal de Penedono, situados na
freguesia de Ranhados do concelho de Meda. Esta área baldia, também em termos de publicação,
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PGF - UNIDADE DE BALDIO DE ALCARVA
Quanto à modalidade de gestão, e de acordo com a acta número dois, da Assembleia de Compartes
da freguesia de Ranhados, de 5 de Novembro de 2006, os terrenos baldios são administrados em
regime de associação entre os compartes e o Estado, tendo os compartes deliberado ser
representados pela freguesia de Ranhados, vigorando uma forma de administração conjunta entre o
Estado e os compartes, sendo estes representados pela freguesia de Ranhados, de acordo com o
artigo 22º da Lei 68/93, de 4 de Setembro.
O redactor do PGF foi Maria da Graça Alves Ribeiro Borges, técnica superior, a desenvolver a sua
actividade profissional na Unidade de Gestão Florestal da Beira Interior Norte, que possui como
habilitações académicas mestrado em gestão e conservação da natureza e, como formação de base,
licenciatura em engenharia florestal.
Este PGF é constituído pela unidade de baldio de Alcarva, com a denominação do prédio – fonte de
Ana Clara, inscrita na matriz predial rústica sob o número 1915, com a área de 81,296 ha, embora a
área efectiva seja de 101,88 ha.
A unidade de baldio de Alcarva localiza-se na sua quase totalidade no distrito da Guarda, concelho
de Meda, freguesia de Ranhados, no lugar de Alcarva, existindo uma pequena área, de 13,7
hectares, no extremo norte, pertencente já à freguesia de Souto, do concelho de Penedono, distrito
de Viseu, a qual, em termos de distribuição regional dos Serviços da AFN e gestão, pertence à
Unidade de Gestão Florestal da Beira Douro, Direcção Regional de Florestas do Norte.
De acordo com a decisão da Assembleia de Compartes a área pertence à freguesia de Souto não será
incluída no presente PGF.
De acordo com o extracto das folhas da carta militar nº s 149 e 150, que se anexa, a unidade de
baldio de Alcarva localiza-se entre as seguintes coordenadas geográficas rectangulares militares,
Datum Lisboa: N41º00`51`` e W07º21`47`` (extremo norte) e N40º59`51`` e W07º22`04`` (extremo
sul) e N41º00`20`` e W07º21`30`` (extremo este) e N41º00`20`` e W07º21`15`` (extremo o este).
Em termos de acessibilidades, a unidade de baldio de Alcarva é servida pela Estrada Nacional 331,
à qual entronca a cerca de 2 km da área de estudo na Estrada Municipal 509, que divide o baldio
nos sentidos SW – NE, onde por sua vez entroncam os caminhos públicos que atravessam o baldio,
conforme carta de localização e de infraestruturas.
A rede viária existente, desde que mantida em bom estado de conservação, permite um bom acesso
a estas áreas.
A unidade de baldio localiza-se numa zona planáltica sobranceira a um vale. Na área confinante
existem povoamentos de castanheiro para fruto (pomares) que confinam com prados permanentes.
Em termos altitudinais, as cotas variam entre os 945 metros (marco geodésico - Fonte de D. Clara)
e os 860 metros. A exposição dominante é a oeste.
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O baldio está integrado na região hidrográfica do Douro, sendo o rio Douro a principal linha
hidrográfica e divisória das regiões de Trás-os-Montes e Beiras.
Nesta unidade de baldio não existe nenhuma linha de água permanente, iniciando-se a bacia de
drenagem de duas pequenas linhas de água temporárias, afluentes do rio Bom, o qual é afluente do
rio Torto, que, por sua vez, é afluente do rio Douro.
3.2. Clima
A caracterização climatológica foi efectuada com base nos registos históricos publicados pelo
Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) – correspondendo às Normais
Climatológicas da 3ª Região (Trás-os-Montes e Alto Douro e Beira Interior), calculadas para a série
de 30 anos (1951-1980) – e pela cartografia digital do Atlas do Ambiente, do Instituto do Ambiente.
Temperatura
A temperatura média mensal da estação meteorológica da Guarda varia entre 3,8 ºC, obtida no mês
de Janeiro, e 18,8 ºC, obtida no mês de Julho, correspondendo a um valor médio anual de 10,4 ºC.
Durante o Inverno, em dias não chuvosos, registam-se valores negativos no Baldio. Também
ocorrem geadas tardias durante a Primavera, o que compromete a selecção e produtividade de
muitas espécies florestais. Em termos de valores médios, os meses de Inverno (Dezembro, Janeiro e
Fevereiro) são aqueles em que se verifica menor amplitude térmica, com valores compreendidos
entre os 3,8 ºC e os 4,1 ºC na estação meteorológica da Guarda.
Fazendo uma análise simplista dos dados, constata-se que a região tem Invernos longos e rigorosos
e uma época estival constituída por 4 meses (Junho, Julho, Agosto e Setembro).
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Precipitação
Em termos de precipitação, e de acordo com o Atlas do Ambiente, esta varia entre 600 e 700 mm,
que se distribui entre 75 e 100 dias. A distribuição da precipitação durante o ano é bastante
irregular, verificando-se uma diferença forte entre um semestre húmido (Outubro a Março) e um
semestre seco (Abril a Setembro). A relação entre a precipitação do semestre húmido e a
precipitação anual é de cerca de 75%.
Humidade
A humidade do ar exerce uma grande influência nas plantas, quer directamente, afectando o seu
desenvolvimento, quer indirectamente, na medida em que condiciona o aparecimento de pragas e
doenças.
Os valores médios anuais da humidade relativa (Quadro 2), na estação meteorológica da Guarda,
são os seguintes:
É de salientar que os valores mais baixos de humidade se observam no mesmo período em que a
precipitação é menor e a temperatura é mais alta, o que favorece uma maior susceptibilidade à
ocorrência de incêndios e propagação dos mesmos.
Ventos
Para a estação meteorológica da Guarda, as direcções predominantes dos ventos é a de Sul (S) e
Noroeste (NW). O rumo sul é claramente dominante nos meses de Janeiro a Novembro, e o rumo
de Noroeste é dominante nos meses de Julho e Agosto. No que se refere à velocidade média do
vento, as maiores velocidades são atingidas quando o vento sopra dos quadrantes indicados.
Relativamente à sua variação ao longo do ano, pode-se verificar que os ventos sopram com maior
intensidade no Outono e no Inverno.
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3.3 Solo
No que se refere aos solos, a carta pedológica do Atlas do Ambiente, classifica a área em estudo em
duas unidades de solos distintas, cambissolos húmicos e litossolos êutricos, associados a rochas
eruptivas plutónicas – granitos e rochas afins – e a luvissolos, respectivamente.
Os litossolos êutricos são solos incipientes. Apresentam uma profundidade muito reduzida,
nenhuma diferenciação do perfil, sem a presença de horizontes orgânicos.
A capacidade de uso do solo é florestal classe F, nos locais onde não dominam os afloramentos
rochosos, com pH dominantemente ácido.
O Quadro 3 permite visualizar a representatividade percentual dos dois tipos de solos existentes na
área.
Litossolos êutricos 5%
Em termos de fauna na área do baldio, foi possível visualizar numerosas latrinas de coelho-bravo
(Oryctolagus cuniculus), algumas fezes de raposa (Vulpes vulpes) e algumas pegadas de javalis (Sus
scrofa). Com inclusão da lebre (Lepus granatensis), estes são os mamíferos de maior importância
no local.
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Para além do coelho-bravo, raposa, javali e lebre, são frequentes, nos respectivos períodos, outras
espécies cinegéticas, tais como a perdiz–vermelha (Alectoris rufa), o gaio (Garrulus glandarius), o
melro (Turdus merula), a pega-rabuda (Pica pica) a gralha-preta (Corvos Corone), a codorniz
(Coturnix coturnix), a rola-comum (Streptopelia turtur), o pombo-torcaz (Columba palumbus), o
pombo-bravo (Colimba oenas), os tordos (Turdus spp.), a galinhola (Scolopax rusticola) e o
estorninho-malhado (Sturnus vulgaris).
Na unidade de baldio não existem áreas sujeitas a qualquer classificação de ordem ambiental.
Na etapa de Matorral Denso, havendo regressão da etapa anterior, os bioindicadores são Sytusus
scoparius, Cytisus multiflorus, Genista hystrix e Pteridium aquilinum.
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De acordo com Rivas Martinéz, (1987), citado no PROFBIN, dentro das séries de vegetação que
englobam a área em estudo, o valor biológico e ecológico das espécies mais utilizadas é o indicado
no quadro 4.
Valor Biológico
A área em estudo, após o incêndio de 1995, ficou completamente destruída em termos de vegetação.
Podemos afirmar que, presentemente, se atingiu a etapa de matorral denso nos melhores locais,
encontrando-se na etapa de matorral degradado nas piores condições edáficas.
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melhor enquadramento dos riscos das pragas e doenças consultámos a seguinte bibliografia:
Identificação e monitorização de pragas e doenças em povoamentos florestais – DGRF /AFN e
Pragas e doenças em pinhal e eucaliptal – ISA 2008.
Quanto às espécies consideradas infestantes no nosso país, as mesmas não existem na área afecta a
este PGF.
Tal como já referido anteriormente, a área afecta a este PGF encontra-se em área de Perímetro
Florestal, sendo também zona crítica, de acordo com o Portaria 1056/2004 de 19 de Agosto.
No que diz respeito aos incêndios florestais, o último ocorreu em 1995 e, segundo informações dos
habitantes locais, há mais de 25 anos que tinha havido outra ocorrência no local, apenas em parte da
área. Pela consulta das bases de dados da AFN, referente ao número de ocorrências e áreas ardidas
na freguesia de Ranhados, a área do incêndio foi de 137,9 ha. Do historial das áreas ardidas no
concelho, cerca de 90% encontravam-se ocupadas por matos e 10% por povoamentos.
Quanto ao risco de incêndio e perigosidade da área baldia, calculada com a metodologia definida
para os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), a área baldia, de
acordo com as cartas números 5 e 6 deste PGF, apresenta, no referente ao risco de incêndio, em
55% da área, risco médio, em 40 %, risco alto e em menos de 5%, muito alto. Relativamente à
perigosidade, 45% da área apresenta valores de muito alto, 25% alto, 12.5% médio e 17.5% baixo.
Tal como referido na caracterização climática, também se verificam nevões que condicionam a
acessibilidade ao local nos períodos mais críticos.
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No que concerne à área de REN, existe uma pequena área de 1,58 ha, conforme cartografia anexa
(Carta de condicionantes), que se localiza no extremo Este do baldio.
Os Planos Regionais de Ordenamento Florestal são instrumentos de política sectorial que incidem
sobre os espaços florestais e visam enquadrar e estabelecer normas específicas de uso, ocupação,
utilização e ordenamento florestal, de forma a promover e garantir a produção de bens e serviços e
o desenvolvimento sustentado destes espaços.
De acordo com o PROFBIN, o presente PGF encontra-se abrangido pela sub-região homogénea da
Raia Norte.
Na sub-região homogénea da Raia Norte, os espaços florestais adquirem uma enorme importância
para a silvopastorícia, caça e pesca nas águas interiores, mas também um bom potencial para a
produção lenhosa. A hierarquização das funções desta sub-região apresenta a seguinte sequência:
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A fim de prosseguir as funções referidas anteriormente, e de acordo com as pretensões deste PGF,
as intervenções nos espaços florestais visam a perfeita articulação com a função de suporte à
pastorícia, à caça e à conservação das espécies cinegéticas, não descurando a exploração do material
lenhoso, tendo em conta a sua produção.
Com o contributo do PMDFCI que integra a área de estudo, pretende-se direccionar a informação
de modo a obtermos um aumento da resiliência do território aos incêndios florestais, a redução da
incidência dos incêndios e a recuperação e reabilitação dos ecossistemas e das comunidades, sendo
o seu contributo reflectido na delimitação e intensidade das operações de gestão a desenvolver para
a área deste PGF.
De acordo com o PDM do concelho de Meda esta área é focada como submetida a regime florestal,
não existindo por parte deste instrumento de gestão outro condicionalismo.
Toda a área deste PGF se encontra ordenada em termos cinegéticos. Porém, não existe qualquer tipo
de contratação entre a entidade gestora da zona de caça e os detentores dos direitos sobre os prédios
rústicos, uma vez que este formalismo não é obrigatório para a criação das zonas de caça
municipais.
No concelho da Meda, a área é abrangida pela Zona de Caça Municipal de Ranhados – Proc. nº.
3679 AFN - 2ª. Região Cinegética.
No que respeita à gestão deste recurso, todas as acções necessárias aos objectivos definidos deverão
ter em conta o estatuído na legislação vigente: Lei nº 173/99, de 21 de Setembro (Lei de Bases
Gerais da Caça), Decreto-Lei nº. 202/04, de 8 de Agosto, com nova redacção conferida pelo
Decreto-Lei nº. 201/05, de 24 de Novembro, bem como outra legislação complementar.
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As acções de fomento cinegético propostas no Plano de Gestão cinegética da zona de caça existente
na área, indica um conjunto de medidas de intervenção, sem qualquer afectação directa a algum
local em particular. Aponta, no entanto, um conjunto de propostas de intervenção de gestão deste
recurso, tais como:
- realização de sementeiras nas áreas mais desprovidas de alimento;
- colocação de comedouros, em locais em que escasseie o alimento e sejam visíveis espécies
cinegéticas;
- colocação de bebedouros, nomeadamente em locais em que a disponibilidade hídrica seja pouco
abundante ou inexistente;
- colocação de repelentes odoríferos e outras medidas para afugentar os javalis das culturas
agrícolas, evitando prejuízos;
- manutenção da sinalização das zonas de caça em bom estado de conservação.
Tal como já focado anteriormente, também existe uma pedreira no local, a qual é explorada tendo
em vista a recuperação do espaço.
Também está prevista a instalação de um parque eólico, o qual será instalado de acordo com o
parecer técnico emitido por estes serviços.
5. Caracterização de recursos
A existência de estradas e caminhos florestais, bem como a sua manutenção e limpeza, permitem
uma maior acessibilidade aos locais, com aumento da capacidade de resposta em locais de incêndio.
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Como referido no baldio, existem 5 574 m de caminhos, o que corresponde a 48.5 m/ha,
encontrando-se acima da densidade considerada normal para garantir uma boa acessibilidade a todo
o baldio, pois, de acordo com LOURO et al. (2000), a densidade de rede viária poderá variar entre
os 25 m/ha, em áreas planas, e os 40 m/ha, em áreas com declive elevado.
À data de elaboração deste plano, toda a rede viária se encontrava transitável, bem como a rede
divisional, pelo que consideramos necessário projectar as acções de manutenção destas
infraestruturas, que, sendo continuamente acompanhadas, facilmente terão a garantia da sua
conservação.
A rede divisional é formada por um conjunto de faixas, aceiros e arrifes, com funções de
compartimentação dos povoamentos florestais, tendo subjacente a necessidade de aumentar a
acessibilidade às áreas florestais (MACEDO & SARDINHA, 1987; LOURENÇO, et al., 2001;
SILVA & LIMA, 2002).
Na área em estudo existem 445 m de rede divisional, aceiros limpos, acrescidos da área proposta em
rede primária, bem como da faixa de gestão de combustíveis junto a um núcleo populacional,
confinante com o baldio.
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Na área afecta a este PGF, as actividades enquadráveis no espaço florestal são o suporte à pastorícia
e à caça e o aproveitamento da madeira, tendo presentes as limitações produtivas da estação.
O baldio insere-se numa localidade onde praticamente só existe o sector primário de actividade, o
qual se encontra em decadência.
No que concerne à pastorícia, esta actividade tem sofrido uma evolução negativa nos últimos anos.
Verifica-se que o número de explorações tem diminuído.
Na área em estudo foi possível estabelecer duas funções gerais dominantes conforme a carta de
zonamento funcional (carta nº. 4.2), que se repartem do seguinte modo: protecção – 7,79 ha – e
silvopastorícia e caça – 86,09 ha.
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O Zonamento Funcional apresentado teve por base as orientações do PROF, onde se insere o baldio
sob gestão da UGFBIN, e todas as restrições afectas ao local, não descurando o interesse dos
compartes.
Existem outros recursos no baldio, como uma pedreira, que deve ser gerida racionalmente e gerando
alguns postos de trabalho, pois a falta de emprego é um dos principais factores de desertificação da
região. Também a previsível instalação do parque eólico constituirá mais uma fonte de rendimento
para a comunidade local (compartes).
Um outro recurso muitíssimo importante é a água, sendo que no baldio existem duas captações de
água que servem para o abastecimento público da localidade de Alcarva.
As técnicas de silvicultura a aplicar nas áreas de protecção serão efectuadas no sentido de favorecer
a regeneração das espécies autóctones, mediante intervenções adequadas, praticando-se uma
silvicultura extensiva, com a abolição dos cortes rasos, tendo em vista o alcance do seu equilíbrio.
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Apesar das áreas baldias não serem habitualmente pastoreadas, dada a existência de grandes áreas
de pousio, mas férteis, a introdução de gado, de modo regrado, seria vantajosa para o seu
enriquecimento. Para potenciar esta utilização, pretende-se, através das faixas de gestão de
combustível (rede primária e secundária a instalar), introduzir a pastorícia como forma de as
manter, evitando o desenvolvimento do extracto arbustivo, através do controlo do herbáceo.
Em termos cinegéticos, a área do baldio é actualmente um excelente local de abrigo, quer pelos
pequenos núcleos de pinheiro-bravo que formam povoamentos mais fechados, importantes no
refúgio e abrigo, quer pelo material resultante da exploração de minerais na década de 40, que
funcionam como autênticos marouços.
Como já referido no ponto 3.4, abundam os vestígios da presença de coelho-bravo no local. Poderá
ser uma mera coincidência o facto da abundância desta espécie, mas a exploração mineira
abandonada poderá ser a causa da existência destas populações. Será que a concentração “anormal”
de alguns minerais evita o surgimento das epidemias de que o coelho-bravo tem sido alvo?
Pretende-se apoiar outras aplicações locais, como o parque eólico e a pedreira, já referidos, tendo
presente a respectiva recuperação dos espaços.
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B. MODELO DE EXPLORAÇÃO
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6. Modelo de exploração
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Pela análise do quadro 6, verifica-se que na área em estudo predominam as áreas de mato com
pinheiro-bravo disperso, seguindo-se a área florestal e os incultos.
Através da carta de ocupação do solo anexa (carta 5), pode-se também verificar que a área é muito
pobre em termos de diversidade de ocupação do espaço florestal, visto apenas apresentar a
monocultura do pinheiro-bravo, com 23,52 ha.
As áreas caracterizadas como matos e pinheiro-bravo disperso são predominantes, com 60,84%.
Nestas áreas, as árvores apresentam crescimentos muito lentos, tendo tido uma taxa de insucesso
superior a 70%, na sua generalidade, havendo áreas completamente desprovidas de árvores.
O talhão é delimitado tendo por base elementos facilmente identificáveis no terreno, nomeadamente
linhas de cumeada, linhas de água, estradas, caminhos e aceiros. No que se refere à sua dimensão,
consideram-se em média superfícies entre 20 a 30 ha. No entanto, em áreas homogéneas não
produtivas, ou quando de todo não existem barreiras físicas que possam servir para a definição dos
limites dentro do valor médio, estas áreas poderão ser inferiores ou superiores, desde que em termos
de gestão a área esteja devidamente ajustada.
A área em estudo foi dividida em 3 talhões, com limites fáceis de identificar no terreno, conforme
carta 4.1 (Carta de compartimentação da propriedade), em anexo.
A estrutura em termos de talhão e parcela teve por base o trabalho de inventário, que consistiu na
marcação aleatória, em Arc Map, Versão 9.2, de 35 pontos de amostragem. Cada ponto ficou
identificado no terreno e define o centro da parcela de 200 m2. Em cada parcela foram retiradas as
alturas das 5 árvores com maior Diâmetro à Altura do Peito (DAP) da parcela. Para determinar a
altura dominante por espécies, mediu-se a altura das árvores de cada classe de diâmetro de 5 em 5
árvores (1ª, 6ª, 11ª…) e mediu-se o DAP de todos os exemplares com mais de 1,3 m de altura.
Sempre que houve necessidade de se desviar o centro das parcelas, quando coincidentes com
infraestruturas, este foi desviado 20 m, no sentido sul/norte (Anexo – Ficha de campo – Trabalho de
inventário florestal).
É de salientar que toda área apresenta primeira instância aptidão silvopastoril e cinegética, existindo
pequenos núcleos de arvoredo, devidamente demarcados, cuja função dominante é a de protecção.
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Todas as árvores do baldio são da mesma espécie e têm a mesma classe de idade: todas resultaram,
como já referido, da plantação concluída em 2000/2001.
Sementeira Pode ser o método mais recomendado no caso de solos pobres e/ou
com afloramentos rochosos. A realizar no período de repouso
vegetativo.
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Nos locais não mecanizados, o insucesso é significativo, uma vez que a grande parte das poucas
plantas sobreviventes apresenta crescimentos muito lentos, não apresentando características
produtivas. Porém, a sua função é importante na recuperação do solo degradado.
Não se observam pragas e doenças, verificando-se a existência, nas áreas mais degradadas, de
árvores não vigorosas que vão resistindo às condições do meio.
Pela análise do Quadro 8 e da carta de ocupação do solo, verifica-se que as parcelas de arvoredo se
distribuem em 3 grupos de acordo com a sua densidade e vigor:
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A apascentação dos gados tem diminuído, fruto da conjugação de vários factores, entre os quais o êxodo
rural e os surtos de leucose e brucelose. Actualmente, existem apenas 13% do número de ovinos
existentes em 1999.
Tal como já referido, pretende-se que passe a haver uma maior ligação entre o baldio e os compartes,
sendo nossa pretensão o estabelecimento das faixas de gestão de combustível da DFCI e futura
manutenção através do apascentamento dos rebanhos dos compartes, pelo que já se procedeu à
inventariação do número de explorações e cabeças, bem como a uma primeira abordagem junto dos
produtores, os quais acharam interessante a modalidade de gestão para aquelas faixas.
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A área é bastante pobre também no referente à diversidade de plantas forrageiras, para além das
giestas. Em termos de vegetação herbácea verifica-se apenas a presença de algumas gramíneas, tais
como o balanquinho (Arrhenatherum alatius ) e a agrostis (Agrostis castilhano), junto às bermas de
alguns troços de caminho, predominando a vegetação de porte subarbustivo, com preponderância da
giesta branca (Cytisus multiflorus) em mais de 75%, existindo também alguma giesta negral
(Cytisus striatus), concorrente com o pinheiro-bravo nas melhores bolsas de solo.
O baldio está abrangido por uma zona de caça municipal, pelo que, como já foi dito, é fundamental
valorizar todos os recursos desta área, não descurando a componente da caça. Decorrente do
ordenamento cinegético da quase totalidade do território nacional, a exploração cinegética passou a
assumir contornos diferentes, mediante a limitação do número de caçadores por determinada área e
do número de peças abatidas por cada caçador em cada dia de caça. Para além disso, os caçadores
passarem a ser rotulados como conservadores, porque há cada vez mais a necessidade de efectuar
uma exploração cinegética sustentável, para que no futuro haja também caça disponível. Ao
preservarem as espécies cinegéticas, os caçadores contribuem para a disponibilização de presas para
outras espécies da cadeia trófica. Para além desta preservação, cada vez mais são realizadas acções
de ordenamento tendentes a aumentar a disponibilidade de espécies cinegéticas, por exemplo
sementeiras, colocação de comedouros e bebedouros, repovoamentos. O aumento de caça traduz-se
no aumento de presas disponíveis, quer para os predadores alados, como as águias, os milhafres,
etc., quer para os predadores terrestres.
Atendendo ao historial desta área baldia, não estão actualmente reunidas as condições para que as
diferentes tipos de cogumelos se possam estabelecer, pois o povoamento de pinheiro-bravo é ainda
muito jovem, não permitindo o estabelecimento natural dos processos de micorrização. No entanto,
considera-se fundamental o desenvolvimento da vertente micológica, pois os fungos, globalmente,
desempenham um importante papel no ecossistema, ao nível da degradação da matéria orgânica –
são os denominados fungos saprófitas ou decompositores -, e pelo contributo ao nível da
micorrização. No caso dos fungos decompositores, estes transformam a matéria orgânica morta em
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matéria mineral, a qual passa a estar disponível para ser absorvida pelas plantas ou por animais. No
caso da micorrização, estabelece-se uma relação de reciprocidade entre os fungos, denominados por
esse motivo de organismos simbiontes, os quais têm essencialmente como função o fornecimento às
plantas de água, vitaminas, hormonas e outras substâncias vivas, recebendo em troca a sua nutrição.
Estas associações mutualistas assumem um carácter ainda mais importante quando se trata de solos
pobres, em que a decomposição da matéria orgânica vai promover a reciclagem dos nutrientes do
solo, como é o caso da maioria das áreas baldias submetidas a regime florestal.
A importância económica dos cogumelos é tanta que muitas famílias rurais optam por fazer férias
durante o período do Outono para aumentar o rendimento do agregado familiar. Em muitas famílias
tornou-se já um rendimento anual praticamente certo.
É de salientar que a exploração destes recursos é compatível com a exploração florestal, uma vez
que ocuparão áreas improdutivas do ponto de vista da silvicultura.
As secções e séries que as funções e objectivos de gestão originam, bem como as respectivas áreas
que ocupam, podem ser observadas no quadro 10
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6.1.3 Síntese
Embora na área afecta a este PGF não existam parcelas cuja principal função seja a produção, e
apesar de a idade dos povoamentos ser inferior a 10 anos, procedeu-se à inventariação do material
lenhoso, conforme quadro 8.
No PROFBIN estão definidas para a sub-região homogénea Raia Norte os seguintes objectivos e
metas até ao ano de 2025:
As acções previstas neste PGF estão em consonância com os objectivos e metas estabelecidos no
PROF, na medida em que os espaços florestais arborizados são de pinheiro-bravo, utilizado com o
intuito de promover a recuperação dos solos degradados. De igual modo pretende-se a substituição
gradual por folhosas autóctones, nomeadamente o carvalho negral, a principal espécie na
colonização daquele espaço.
Também se pretende estabelecer a pastorícia, a caça e, futuramente, os cogumelos, como uma mais-
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Componente cinegética
Como referido anteriormente, a área em estudo encontra-se ordenada em termos cinegéticos, pelo
que, no que concerne à gestão deste recurso, todas as acções necessárias aos objectivos definidos
deverão ter em conta o estabelecido na legislação vigente: Lei nº 173/99, de 21 de Setembro (Lei de
Bases Gerais da Caça), Decreto-Lei nº. 202/04, de 8 de Agosto, com nova redacção conferida pelo
Decreto-Lei nº. 201/05, de 24 de Novembro, bem como outra legislação complementar.
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Componente silvopastoril
Como já referido, não se verifica actualmente o pastoreio na área do baldio. No entanto, pretende-se
a introdução de gado ovino e caprino, como forma de manutenção das faixas de gestão de
combustível a instalar no âmbito das acções a desenvolver para cumprimento dos PMDFCI.
Nesta área baldia, também se pretende, após as intervenções nos espaços arborizados,
nomeadamente um ano após a limpeza de matos e povoamentos, introduzir a pastorícia não
intensiva, a fim de se aumentar a dispersão de sementes, com o consequente aumento da
diversidade florística. O pastoreio será também vantajoso no controlo do desenvolvimento da
vegetação herbácea/arbustiva.
Entenda-se que as acções a desenvolver são mais vantajosas para a gestão dos baldios do que para
os detentores dos animais, na medida em que, dado o êxodo rural, existem verdadeiros prados, mais
apetecíveis para os animais e que exigem menores deslocações.
A rede viária é um dos elementos básicos da estratégia de defesa da floresta contra incêndios. Sendo
fundamental para a eficácia da rede primária, permite a circulação de patrulhas de vigilância móvel
terrestre, em complemento à rede de vigilância fixa.
As acções a desenvolver na rede viária e divisional, nomeadamente ao nível dos caminhos e aceiros,
resumem-se essencialmente à remoção da vegetação espontânea existente na plataforma, valetas e
bermas, ao desvio das águas pluviais, bem como à regularização de alguns troços que vão sofrendo
erosão.
Se existir um acompanhamento regular do estado de conservação das infraestruturas, as
manutenções serão, em condições normais, rápidas e pouco onerosas.
Também as faixas de gestão de combustíveis, contíguas à rede viária, com especial ênfase para a
implantação da rede primária de defesa da floresta contra incêndios, visam contribuir para o auxílio
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dos vários agentes que se debatem com a tarefa de prevenir e combater os incêndios, valorizando e
protegendo o património contra os riscos naturais e humanos.
Também era nossa pretensão a criação de um ponto de água no baldio, a construir na óptica da
defesa da floresta contra incêndios. Porém, dadas as captações de água existentes para
abastecimento público, e a existência de uma boca-de-incêndio, praticamente confinante com o
baldio, entendeu-se após consulta às diferentes entidades envolvidas na gestão e defesa do
património municipal, que a infraestrutura era dispensável, face à necessidade de outros
investimentos fundamentais para o local.
As desramações consistem em retirar os andares inferiores das copas das árvores. São realizadas no
terço inferior da árvore, permitindo criar uma descontinuidade vertical. O principal objectivo desta
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operação é produzir madeira de qualidade superior, não descurando a finalidade de reduzir o risco e
o perigo de incêndio.
período de gestão de cerca de 20 anos, coincidente com o período de vigência do PROF BIN. O
programa das acções é indicado por parcela dentro de cada talhão. O plano de intervenções
contempla a realização das diferentes acções a desenvolver, tais como: condução dos povoamentos,
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7 Referências bibliográficas
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SILVA, J. S. (2001): Silvicultura para a prevenção de incêndios, ESACB,
congresso ibérico de fogos florestais, Castelo Branco. Pp. 55 – 63.
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Decreto-Lei nº. 93/90 de 19 de Março
Decreto-Lei nº. 140/99 de 24 de Abril
Decreto-Lei nº. 204/99 de 9 de Junho
Decreto-Lei nº. 205/99 de 9 de Junho
Decreto-Lei nº. 124/2006 de 28 de Junho
Decreto-Lei nº. 17/2009 de 14 de Janeiro
Decreto Regulamentar nº. 12/2006 de 24 de Julho
Decreto n.º 40522/56. 3 de Fevereiro.
Decreto n.º 39/76. 19 de Janeiro
Decreto-Lei n.º 294/81. 16 de Outubro
Decreto-Lei n.º 68/93. 04 de Setembro
Decreto-Lei n,º 89/97. 30 de Julho
Decreto-Lei n,º 166/2008 de 22 de Agosto
Portaria 1056/2004 de 19 de Agosto
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ANEXOS
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