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Uma Visão Abrangente Da Ufologia - Parte 1.

domingo, agosto 19, 2012

Luiz Gonzaga de Alvarenga

Uma Visão Abrangente da Ufologia

PARTE 1

ÍNDICE
Prefácio
Preliminares
Capítulo I – O Fenômeno UFO
Capítulo II – A Pesquisa Ufológica
Capítulo III – O Acobertamento Ufológico
Capítulo IV – Possíveis Explicações
Capítulo V – A Vida Terrestre e Extraterrestre
APÊNDICES
Apêndice I – Tentativa de Respostas
Apêndice II – O Sistema de Sigilo usado pelo Governo dos EUA
Apêndice III – Mentiras e Mortes no Programa Espacial Soviético
Apêndice IV – A Vigilância dos Objetos Espaciais
Apêndice V – O Continente Antártico
Apêndice VI – A Antártida Nazista
Apêndice VII – Antártida, Continente Misterioso
Apêndice VIII – Aviões Secretos Alemães e Russos
Apêndice IX – Tábua de Chuvas de Meteoro Periódicas
Apêndice X – Fotos de Objetos Aéreos Não Identificados
Apêndice XI – Sugestões para a Pesquisa Ufológica
BIBLIOGRAFIA

PRELIMINARES

“O que nos é dado é apenas o suficiente para convencer os convencíveis,


deixando céticos os céticos.”
William James

O fenômeno UFO pode ser abordado sob cinco diferentes aspectos (que
constituem os Capítulos do texto):

I – Em primeiro lugar aborda-se o fenômeno em si, oqual abrange os


avistamentos de objetos
voadores de diversos formatos, de luzes no céu, as aterrissagens, os
presumidos contatos, as abduções e
toda uma coleção verdadeiramente bizarra de eventosestranhos e
misteriosos.
III – O segundo aspecto aborda o fenômeno com relação ao seu estudo,
que estruturalmente abrange
os diversos grupos formados para tal, e historicamente abrange o
levantamento, na literatura mundial, de
todos os fatos e fenômenos vinculados ao tema, que ocorreram no
passado ou que continuam a ocorrer.
IV – O terceiro aspecto aborda o fenômeno com relação ao
acobertamento, despistamento, fraudes
(principalmente as originadas de agências de inteligência), repressão,
censura, intimidação e
possivelmente até mesmo a eliminação física de pesquisadores
incômodos que se aproximaram demais da
verdade.
V – O quarto aspecto aborda a fenomenologia UFO sobo aspecto de seu
objeto, sua razão de ser
como disciplina de estudos e a sua metodologia geral. Aborda-o também
com relação às teorias
explicativas, que podem ter origem científica (acadêmica ou não) ou
para-científica (que pode incluir
disciplinas que obedecem ao método científico, comoa parapsicologia, p.
ex., ou então as ciências de
origem anagógica ou mística).
VI – O quinto e último aspecto estuda tanto a possibilidade de vida
extraterrestre quanto a
possibilidade de que a Terra tenha sido visitada emqualquer época, por
seres alienígenas.

CAPÍTULO I

O FENÔMENO UFO

“Todas as coisas são possíveis.”


Theodore Flournoy

“Recuso-me a acreditar na realidade objetiva de


um só desses fenômenos ou a atribuir uma fé integral
ao relato deste ou daquele narrador determinado,
mas a multiplicidade dos fatos relatados e a concordância
de algumas dessas histórias levaram-me à convicção de
que os fenômenos chamados sobrenaturais podem,
considerados em seu conjunto, ter uma existência real.”
Immanuel Kant
1.1 – São Vistos, Logo, Existem?
Entre os variados modos de constatação da existência de UFOs, os mais
simples, embora não
conclusivos, são os chamados avistamentos, seja de objetos com
aparência física, seja de objetos que não
obedecem às leis físicas conhecidas (objetos que voam sem obodecer às
leis da física; objetos que se
materializam ou desmaterializam; objetos de forma edensidade variável,
etc), seja de luzes misteriosas
vistas nos céus.
Avistar luzes ou objetos celestes desconhecidos é algo mais comum do
que se pensa; os
avistamentos relatados, no entanto, são apenas uma fração do total.
Muitas pessoas, por vários motivos,
não desejam ser envolvidas em um assunto que consideram, no mínimo,
perturbador. Desse modo, o
temor ao ridículo impõe o silêncio, de uma forma inexorável.
Nem todos os avistamentos relatados são investigados; os que o são,
podem ser divididos, de uma
forma simples, em duas partes:
1) avistamentos explicáveis;
2) avistamentos inexplicáveis.
Enquadram-se no primeiro caso todos os avistamentospara os quais
existam explicações, sejam
elas corriqueiras ou de ordem científica.
Entre os avistamentos facilmente explicáveis estão:planetas brilhantes;
reflexos de faróis ou
holofotes; balões; sondas atmosféricas; nuvens lenticulares; aviões
experimentais; meteoros e meteoritos,
etc.
2
Este principio é chamado por Flournoy de Principio de Hamlet.
10
Os meteoritos, por exemplo, por estarem em uma órbita que cruza a
órbita da Terra, são vistos
periodicamente ao longo do ano e a sua queda súbitaatravés da
atmosfera pode confundir um observador
inexperiente (devem ser consultadas as tábuas de chuvas de meteoros,
para verificar esta possiblidade).
Principais órbitas de meteoros que cruzam a órbita da Terra (NASA)

Geminídeas: podem ser vistas entre 13 e 14 de dezembro; compreendem


cerca de 120 meteoros por hora.
Taurídeas do norte: vinculadas ao cometa 2P/Encke. Atingem o seu
máximo em 2 de dezembro.
Cetídeas (Tau Cetídeas): podem ser vistas entre 18 de junho e 4 de julho.
Perseidas: podem ser vistas entre 17 de julho e 24de agosto.
Perseidas de setembro: são vistas entre 5 de setembro e 10 de outubro.
Arietidas: são vistas entre 22 de maio e 2 de julho.
Leônidas de fevereiro: são vistas entre 1º. e 28 defevereiro.
Delta Leônidas: são vistas entre 15 de fevereiro e 10 de março.
Chi Oriônidas: são vistas entre 25 de novembro e 31de dezembro.
Tau Aquarídeas: são vistas entre 19 de junho e 5 dejulho.
Eta Aquarídeas: são vistas entre 19 de abril e 28 de maio.
No segundo caso enquadram-se os avistamentos para os quais nenhuma
explicação, de qualquer
ordem, é possível.

As chuvas de meteoros que atingem a Terra não se resumem a estas.


Uma lista completa delas pode ser encontrada no Apêndice IX.

1.2 – A Fenomenologia da Percepção


Como todo fenômeno de percepção, os avistamentos envolvem os
denominados erros de
percepção, ou erros sensoriais, que podem surgir por ilusão ou
alucinação, bem como por aberração
visual. No primeiro caso, o engano é psicológico, enquanto que no
segundo caso é físico.
O erro de percepção psíquica decorre: de anomalia intrínseca do
estímulo a nível neural; de afecção
orgânica patológica; de perturbação tóxica ou infecciosa; ou então, de
verdadeira desagregação mental,
típica dos estados psicóticos. Em pessoas sãs e normais, o tipo de ilusão
mais comum é denominado
pareidolia, que é o fenômeno pelo qual o indivíduo enxerga formas
familiares (rosto, figura, etc) em
fundos amorfos, tais como folhagens, nuvens, etc.
O erro de percepção física decorre de perturbações atmosféricas (efeitos
de plasma, bolas de fogo,
etc), miragens, luzes artificiais ou os seus reflexos (holofotes, faróis,
etc), aviões ou helicópteros. aviões
de modelo pouco conhecido, balões de todo tipo (inclusive
meteorológicos), foguetes, satélites, pássaros,
meteoros, objetos astronômicos, etc.
O pesquisador francês Jacques Vallée apresentou o seguinte esquema
interpretativo, a respeito de
avistamentos:
O pesquisador norte-americano J. Allen Hynek, por sua vez, estabeleceu
alguns parâmetros de
referência para análise dos avistamentos; estes parâmetros são também
denominados padrões de contato.
Os padrões são os seguintes:
• Contato imediato de primeiro grau, quando um UFO é observado em
vôo,
• Contato imediato de segundo grau, quando sinais inequívocos de
aterrissagem são
encontrados, ou quando o UFO deixa sinais de sua passagem por um
determinado lugar;
• Contato imediato de terceiro grau, quando os tripulantes do UFO são
observados, sem que haja
comunicação mútua ou unilateral;
• Contato imediato de quarto grau, quando o observador ingressa no
UFO, voluntariamente ou
então de modo forçado. Neste último caso, caracteriza-se o seqüestro,
também denominado
abdução.
12
Os avistamentos, hoje em dia, atingem a cifra de dezenas de milhares de
casos relatados. A
casuística ufológica, por longos anos, fez um trabalho de catalogação e
classificação de avistamentos.
Com base neste trabalho, pode-se dizer algo sobre otipo físico dos
tripulantes e sobre os tipos de naves
avistadas, bem como de seu desempenho. O mesmo com relação às
influências que exercem, bem como
sua sistemática de aparecimento (as ortotenias).
1.3 – Características Gerais dos Avistamentos
Aimé Michel, um pesquisador francês de UFOs descobriu (embora tenha
posteriormente
repudiado sua tese) que os avistamentos obedecem a um esquema
semelhante ao de um levantamento
sistemático de uma região (p. ex., aerofotogramétrico para posterior
mapeamento). Os avistamentos de
UFOs feitos em um único dia, quando plotados em um mapa, formam
pontos que, interligados entre si,
formam linhas retas que se entrecruzam (ele as chamou de ortotenias, ou
linhas ortotênicas). Além disso,
no centro de cruzamento das linhas, sempre é vista uma nave-mãe (nave
em forma de charuto). A cada
dia, as linhas retas se modificam, deslocando-se progressivamente, mas
sempre com uma nave-mãe
presente em sua confluência.
4
Ao estudar minuciosamente estes deslocamentos, Michel descobriu que
estas linhas se juntavam formando como que um corredor, ao qual ele
denominou “linha” BAVIC
(Bayonne/Vichy - cidades francesas). Investigações posteriores
realizadas por outros pesquisadores, a
nível mundial, descobriram que este corredor (linhaBAVIC) passa por
todo o globo terrestre.
Os avistamentos, naturalmente, exigem a presença de testemunhas, ou
observadores. Há
basicamente dois tipos de observadores:
1) Observador qualificado (pilotos civis ou militares, operadores de
radar, navegadores da aviação
civil, peritos em aeronáutica, policiais treinados,ex-militares, etc). De
um modo geral, pode-se dizer que
o observador qualificado identifica mais fácil e rapidamente os objetos
ou fenômenos familiares e
conhecidos, e pode qualificar com mais segurança osobjetos e
fenômenos insólitos, quando não os
reconhece. O seu relato, evidentemente, tem um maior grau de
credibilidade, mesmo sem a corroboração
de outras testemunhas.
2) Observador não-qualificado (civis em geral). O observador não-
qualificado tem maior
tendência a relatar avistamentos que podem ser perfeitamente
explicáveis, e isto devido ao seu
desconhecimento ou não-familiaridade com diversos objetos celestes ou
fenômenos naturais. “Observador
não-qualificado” não implica em perda de credibilidade; apenas significa
que, caso não haja qualquer
corroboração por outra testemunha, o seu testemunhotem menor valor.
4
Um piloto da empresa aérea NAC, da Nova Zelândia, Bruce Cathie,
escreveu um livro chamado Harmonic 33. Neste livro,
Cathie refere que descobriu (de modo paralelo e independente de Aimé)
que os avistamentos formavam umagrade mundial que
se cruzava, e menciona a possibilidade de que isto faria parte de uma
grande esquadrinhamento do planeta Terra. Cathie é autor
de outros livros sobre assuntos de UFOs.
13
As observações, a este respeito, podem ser assim classificadas:
• possível erro ou engano de observação (principalmente quando se
referem a observações de
luzes ou objetos difusos, à noite ou a grandes distâncias);
• provável observação de objetos ou fenômenos naturais, que podem ser
perfeitamente
explicados;
• provável observação de UFO (quando a observação recebe
corroboração ampla ou válida, e as
explicações mais comuns podem ser descartadas).
A este respeito é importante saber que, nestecampo de pesquisa,
nenhuma certeza é possível.
Classificar ou identificar pela não identificação (ou seja, dizer que um
determinado objeto é um objeto
voador não identificado) é um dos vários paradoxos da pesquisa
ufológica. Avistamentos feitos por
observadores qualificados, principalmente quando recebem
corroboração, devem ser classificados no mais
alto nível de credibilidade.
Alguns investigadores com alto grau de cepticismo
5
tendem a “explicar” certos avistamentos
dizendo que o observador confundiu o planeta Vênus (explicação mais
usual) com um UFO, chegando
mesmo a caluniar observadores altamente qualificados, evidentemente
muito bem treinados a reconhecer
quaisquer objetos voadores artificiais de tecnologia conhecida ou
quaisquer corpos astronômicos.
Qualquer piloto civil ou militar incapaz de reconhecer balões
meteorológicos ou que não seja capaz de
identificar o planeta Vênus de imediato, seria inapelavelmente rejeitado
ou demitido, por incompetência.
1.4 – Efeitos Físicos e Psíquicos
Os UFOs podem provocar efeitos físicos de vários tipos, unicamente em
virtude de seu sobrevôo
sobre uma localidade qualquer. Podem ocorrer fortesvibrações
mecânicas, acendimento de luzes néon, ou
então a pura e simples interrupção de energia elétrica. Em veículos, a
ignição e o funcionamento elétrico
são prejudicados, com faróis se apagando e bateriasse descarregando.
Em aviões, os instrumentos
elétricos e de orientação (bússola, radiocompasso, horizonte artificial)
são afetados, embora os motores
nem sempre o sejam. De um modo geral, o magnetismo parece estar
estreitamente vinculado ao
funcionamento dos UFOs.
Além dos efeitos físicos mencionados, outros tambémocorrem. Em
certos casos nos quais UFOs
são vistos em terra, as testemunhas afirmam que, assim que percebidas,
são paralisadas por um forte raio
de luz, umas mantendo a consciência, outras desacordando. A paralisia
somente cessa após a partida do
UFO. Sons estranhos costumam ser ouvidos, podendo ser sibilantes, em
forma de bip ou mesmo
parecidos com o ruído de um enxame de abelhas. Odores estranhos (gás
sulfídrico, cheiro de enxofre,
cheiro de lixo decomposto, etc) são percebidos em alguns casos. Quando
há animais presentes ao evento,
estes geralmente entram em pânico, ficando aterrorizados. É possível
que sons de alta freqüência (ultra-5
As relações entre cepticismo e credulidade são abordadas de um ponto
de vista extremamente equilibrado por um “céptico
profissional”, Carl Sagan. Qualquer um teria muito a ganhar neste
sentido se lesse o arrazoado deste cientista a respeito do
assunto, que ele faz em sua obra O Mundo Assombrado pelos
Demônios(SAGAN, 1996, pp. 287-299).
14
sons) ou mesmo de ultra-baixa freqüência (infra-sons) sejam ouvidos
pelos animais, ajudando a provocar
o seu comportamento anômalo.
6
Os efeitos mais estranhos provocados pelos UFOs sãoos efeitos
psíquicos, ou mesmo
paranormais. Muitas das pessoas que tiveram contatocom os UFOs
passam a perceber que os aparelhos
elétricos apresentam funcionamento errático, em suapresença, ligando
ou desligando sem intervenção
humana. Em circunstâncias igualmente misteriosas e inexplicáveis, foi
relatada a presença à noite, nos
quartos de dormir, de seres de baixa estatura, notados quando as
testemunhas acordam subitamente, sendo
que desaparecem sem deixar traços, e sem que as portas apresentem-se
destrancadas. Em outros casos, há
relatos de sonhos recorrentes com vôos, exames médicos, luzes intensas,
e até mesmo pássaros peculiares
(cujo exemplo mais comum é a coruja).
Vários casos estudados de abdução permitiram a descoberta do
denominado “tempo perdido”,
fenômeno psicológico no qual a testemunha, após um avistamento, perde
a noção do tempo, ou percebe
que lhe falta um período de tempo durante o qual ele não sabe o que fez
ou onde esteve. Tal ocorrência
vem sempre acompanhada de efeitos posteriores, de ordem fisiológica e
psicológica. Traumas e fobias
têm se desenvolvido em vários casos de contatados, originando os
sonhos recorrentes citados, prostração
nervosa, depressão, além de um terror inexplicável.Quando isto
acontece, há a suspeita de que a pessoa
tenha sido abduzida (levada contra a sua vontade) para dentro dos UFOs
ou outros locais.
1.5 – Tipologia Geral
O tipo físico dos tripulantes dos UFOs não é homogêneo. Vários tipos
foram percebidos, desde
seres de 1,10 m a 1,50 m de altura, até seres com cerca de 3,00 m.
7
Seres com compleição idêntica à
humana são narrados em certos casos, principalmentenos contatos do
tipo salvacionista e/ou profético
(contatos nos quais o observador ou contatado é informado que foi
“escolhido” para ajudar a salvar a
humanidade, ou quando profecias a respeito de catástrofes lhe são
passadas para que as divulgue).
Os seres aparentemente mais comuns são os de baixa estatura. Estes
possuem características
morfológicas e comportamentais peculiares. Apresentam anatomia
hipertrofiada, semelhante à dos insetos
(exoesqueleto).
6
Veja-se o artigo de Gordon Creighton no Volume 2.
7
Uma tipologia completa – e verdadeira – das entidades alienígenas ainda
é um assunto em aberto.
Suposta tipologia alienígena – Tipo Gray
Não existe um padrão de vestimenta. Geralmente, costumam ser bem
justas, podendo ou não
constituir um uniforme, que também pode ou não levar algum tipo de
insígnia. Em vários casos,
constatou-se que o alienígena vestia algo que o deixava parecido aos
famosos bonecos Michelin.
8

Traje “Michelin”
O crânio se mostra desenvolvido, sem pelos, de tamanho
desproporcional, indicando elevada
inteligência. Os olhos são grandes e oblíquos, com olhar intenso e
penetrante; não apresentam pupila. As
fossas nasais e a boca são apenas esboçados. A peleaponta uma
aparência reptílica, apresentando-se
áspera e rugosa. O comportamento apresenta características grupais, ao
modo das formigas e abelhas;
8
Marca francesa de pneus.
16
parecem mover-se em conjunto, com movimentos mecânicos, como se
fossem telecomandados. Nos
EUA, são chamados de “greys” (cinzentos).

Suposta face de alienígena


Tipo Gray
Avaliando-se o estágio evolutivo de tal espécie, pressupõe-se que
estejam alguns milhares de anos
à frente dos seres humanos.
A este respeito, seria interessante tentar prever como se desenvolveria
evolutivamente o ser
humano, em um prazo suficientemente longo (dezenas a centenas de
milhares de anos).
9
Como se sabe, a
evolução dos fatores somáticos e dos fatores psíquicos é influenciada
pela genética e pelo meio-ambiente.
Os fatores somáticos são a anatomia, a morfologia ea fisiologia; os
fatores psíquicos são a
afetividade e a inteligência. A capacidade do cérebro do homem pré-
histórico era de 814 centímetros
cúbicos, em média, e a do homem atual é de 1350 centímetro cúbicos.
Em alguns milhares de anos, a
capacidade cerebral poderá atingir até 1725 centímetros cúbicos ou
mais. É evidente que o volume
cerebral está em crescimento, mas não é só isto; oscentros cerebrais
estão evoluindo pela densificação e
interligação neural crescente.
Em contrapartida, as regiões sensoriais estão regredindo (principalmente
olfato, paladar e
audição). A única função sensorial que aparentemente está evoluindo é a
visão: não em acuidade visual,
mas na ampliação do espectro de freqüências que atualmente são
invisíveis (infravermelho e abaixo;
ultravioleta e acima). Com o córtex cerebral em expansão, o crânio se
tornará mais e mais redondo, com
possíveis olhos bem desenvolvidos, e como se disse,provavelmente um
maior alcance perceptivo em
freqüência.
Em função das mudanças alimentares provocadas a partir do momento
em que o homem iniciou o
cultivo de cereais, frutas e verduras, deixando de ser exclusivamente
carnívoro, a face tem se modificado,
diminuindo as mandíbulas e os músculos de mastigação, e provocando a
redução dos rostos prognatos. A
testa, antes retraída e com supercílios proeminentes (arcada superciliar),
tem se adiantado e se tornado
mais lisa.
A longo prazo, a tendência dos pelos e dos cabelos é a de desaparecer. O
queixo deverá se reduzir,
inclusive pelo desaparecimento progressivo dos dentes, a começar pelos
últimos molares. O seio facial
deverá se modificar, com as aberturas dos sinus deslocando-se para
baixo. Com isto, o crânio deverá se
tornar redondo, com base curta, dando-lhe formato triangular.
9
Baseado em um artigo de Roy Chapman Andrews, zoologista, escrito em
1945 para o Sunday Sun de Baltimore, condensado
pela revista Seleções do Reader’s Digest, edição deagosto de 1945.
17
A coluna vertebral deverá encurtar, de início pela perda de uma vértebra
lombar ou pela sua fusão
com o sacro. Em função do crescente sedentarismo, da transição
crescente ao vegetarianismo e de outras
modificações alimentares, os músculos e os ossos deverão diminuir, o
que implicará em uma diminuição
da estatura.
A evolução psíquica já é difícil de ser avaliada; oque se pode prever é
uma radical mudança nos
costumes e na cultura, à medida que a consciência se ampliar, pelo
aumento da inteligência e pela
estabilização emocional. As doenças nervosas de origem afetiva
(neuroses) tenderão a desaparecer, o que
por si só acabará com as doenças de origem psicossomática, mas de
manifestação física. Possivelmente
também não existirão mais as doenças degenerativas;o envelhecimento
deverá ficar sob controle, quando
o DNA humano for totalmente decodificado e compreendido.
A encefalização crescente e o progressivo aumento do córtex cerebral
deverão ativar funções
neurológicas hoje desconhecidas, mas que se podem prever (aumento da
capacidade intelectual, a
telepatia, a visão de dimensões desconhecidas, poderes hipnóticos, etc.).
O conhecimento e a informação, ao invés de linearese serializados,
repartidos em disciplinas
estanques e extremamente especializadas, provavelmente se tornarão
mais homogêneos, unificados e
absolutamente intuitivos (tal conhecimento seria semelhante ao
conhecimento universal demonstrado pelo
vidente norte-americano Edgar Cayce, quando ficava em transe
sonambúlico e tinha, assim, acesso às
mentes de qualquer pessoa viva, onde buscava o conhecimento de que
precisava).
10
A percepção e a
compreensão da realidade e do universo poderão ter premissas que hoje
são absolutamente inconcebíveis.
1.6 – Tipologia dos Objetos Voadores Não-Identificados
O grande número de UFOs avistados permiteclassificá-los em vários
tipos, dos quais os principais
são: discoidal (de várias espécies); esférico; em forma de hélice; em
forma de charuto; em forma de
triângulo. A nave em forma de charuto geralmente é descrita como nave-
mãe, em virtude de suas
dimensões gigantescas e do fato de ser vista expelindo ou recolhendo
outras naves menores. Os UFOs do
tipo disco, que são os mais vistos, quando observados mais de perto,
apresentam superfície metálica
refletiva, com diâmetro entre 10 e 30 metros. Apresentam cúpula e, em
alguns casos, vigias, que podem
ser, por sua vez, redondas ou quadradas.
10
Robert Monroe (MONROE, 1985), um pesquisador psíquico, chama de
rotinaa um pacote de pensamento/atividade
mental/memória total, que envolve conhecimento, informação,
experiência e história, tudo passível de ser assimilado de uma só
vez. Ele diz que é um tipo de comunicação não-verbal, que seria
utilizada, em planos além da realidadefísica (fora do tempo e
do espaço), entre entidades que os habitariam. Taisplanos e entidades
poderiam ser acessados através de uma técnica especial
que Monroe criou em seu instituto (Instituto Monroe).

Tipologia geral dos UFOs


Em deslocamento, principalmente noturno, mostram luzes vivas e
vibrantes, que se acendem em
sucessão.
Objeto extremamente brilhante avistado em Las Vegas
19
Os objetos deslocam-se sem ruído e sem propulsão visível, a altíssimas
velocidades, modificando
sua trajetória sem que sua aceleração se altere, e isto em ângulos
incomuns. As leis físicas conhecidas
sobre deslocamentos dos corpos não podem explicar estes fenômenos; a
aceleração ou empuxo
gravitacional (que ascende instantaneamente a vários G - sendo G a
aceleração da gravidade terrestre)
desmantelaria a estrutura de qualquer avião conhecido, bem como
esmagaria qualquer tripulante que
ousasse realizar tais manobras. Também não se observa qualquer atrito
com a atmosfera. Alguns são
vistos mergulhando sem ruído em águas dos oceanos, onde parecem se
deslocar sem problema.
11
Há vários casos conhecidos nos quais os UFOs, mesmovisíveis, não são
radarizados (captados
pelo radar); igualmente há casos em que, apesar de invisíveis, aparecem
nas telas do radar. Podem,
eventualmente, ser detectados pelos seus efeitos magnéticos, com o uso
de aparelhos apropriados. É
forçoso concluir que apresentam massa, como se podeconstatar pelos
vestígios físicos (afundamento do
solo) deixados nos lugares de aterrissagem, ou até mesmo por vestígios
de radioatividade (radiação gama)
encontrados eventualmente nestes locais.
A aproximação de seres humanos pode ser acusada comindiferença ou
de modo hostil, causando
lesões temporárias ou permanentes nas pessoas que tentaram se
aproximar. Mas há, também, relatos de
pessoas que tiveram suas doenças ou lesões orgânicas curadas, após
contatos com os UFOs.
1.7 – É Possível Comprovar os Avistamentos?
Os UFOs são vistos nos lugares mais inesperados, tanto em locais ermos
quanto habitados. Podem
apresentar comportamento furtivo ou declaradamente ostensivo. São
vistos sobrevoando centros de
pesquisa de segurança máxima, hidrelétricas, prédios, etc, mas também
podem sobrevoar qualquer veículo
(principalmente em estradas solitárias) sem qualquer intenção visível.
Podem ser vistos se materializando
ou desmaterializando. Objetos únicos são vistos desdobrando-se em
outros do mesmo tamanho, ou vários
são vistos unindo-se em um só, sem que o tamanho total aumente, numa
flagrante violação das leis
geométricas.
12
Formas difusas, amorfas, bem como luzes de todo tipo sempre foram
vistos nos céus. Durante a
Segunda Guerra Mundial, pequenos globos de luz eramvistos
acompanhando as formações de aviões,
mesmo durante os combates, a grande velocidades. Cada lado pensava
que eram armas secretas do lado
adversário; foram denominados foo-fighters pelos aliados, e kraut-bolids
pelos alemães.
11
Neste caso, são chamados de OSNI (Objeto SubmarinoNão
Identificado). Ou em Inglês, USO (Unidentified Submerged
Objects).
12
Uma tipologia completa de tamanhos de UFOs pode ser vista em
THOMPSON, 2002, pp. 94-96.
A foto anterior, tirada na Segunda Guerra Mundial durante um ataque
naval contra submarinos
inimigos, mostra duas esferas estranhas (à direita,em cima), fora do
contexto do cenário.
13
Os objetos,
aparentemente, não foram percebidos pelas participantes da batalha.
Além disso, uma ampliação
localizada da foto mostra, no extremo superior direito, a parte lateral de
um objeto aéreo que não se
parece em nada com um avião da época (vale então perguntar: será que
ele era invisível a olho nu?)

Destaque ampliado

Detalhe ampliado de uma das esferas (inferior)


Mas provas de avistamento do tipo filmagem ou fotografia, infelizmente,
nada comprovam.
14
A
possibilidade de trucagem provoca sempre suspeitas a respeito de fotos
de UFOs, e paradoxalmente,
13
Note-se que estão sendo usadas apenas cargas de profundidade,
comumente usadas contra submarinos. Se estivesse
acontecendo um ataque aéreo, o qual justificasse que as esferas fossem
explosões de cargas anti-aéreas, os tripulantes não
estariam expostos, como estão na foto.
14
Na verdade, o que se tem notado há tempos é a impossibilidade de
provar seja o que for, em relação aos UFOs e às entidades
relacionadas. O pesquisador Gary Kinder, experientejornalista e
advogado norte-americano, apesar de ter se empenhado em
22
quanto mais nítida a foto maior a possibilidade de que tenha sido
forjada. Os casos comprovados de
fraude são extremamente numerosos, o que provoca suspeitas naturais
sobre todas as fotos e filmagens
apresentadas como sendo de UFOs autênticos.
Técnicas sofisticadas de análise fotográfica computadorizada
(processamento de imagens), mesmo
com um alto grau de tecnologia envolvida, jamais podem rejeitar ou
aprovar com toda a certeza fotos de
UFOs, exceto aquelas grosseiramente forjadas. Sempre resta uma
margem de dúvida, e é este aspecto que
torna a prova fotográfica inconclusiva.
Entretanto, existem centenas de fotografias tiradascom equipamento
profissional, por entidades
oficiais.
15
Conforme relata Thompson,
16
de acordo com o Dr. Elmer Green, que trabalhou no Centro
Experimental da Marinha em China Lake, Califórnia, entre 1947 e 1957,
durante os testes com mísseis
teleguiados e bombas, que eram filmados e fotografados, muitos UFOs
foram fotografados ao passarem
ao alcance das câmeras. O fotógrafo-chefe deste Centro, Jack Clemente,
em certa época presenciou junto
com Green a passagem de um UFO, do qual este ultimou estimou sua
aceleração entre 100 e 200 m/s
2
.
Clemente fez um relatório, que se anexou às fotos tiradas.
Posteriormente, quando ele solicitou um cópia,
foi-lhe dito que nada havia nos arquivos, tendo sido tudo enviado para
Washington.

Visão artística de um UFO


Com relação às fotos, um aspecto importante deve ser levantado. Quem
quer que algum dia
folheou algum livro ou revista especializada cujo conteúdo trouxesse
fotos abrangentes sobre a história da
fotografia, terá notado que, por mais bizarro, improvável ou inesperado
que tivesse sido um incidente
qualquer da vida cotidiana, sempre houve algum fotógrafo por perto que
o fotografou. Na verdade, cenas
dramáticas, humorísticas, de tensão social, guerras, etc, sempre
encontram alguém com uma câmara na
mão para registrá-las.
Com relação à Ufologia, por outro lado, apesar das milhares de
aparições registradas em todos os
lugares do mundo, e apesar da quantidade enorme de máquinas
fotográficas e filmadoras existente, é
difícil encontrar fotos ou filmagens amadoras ou profissionais de
qualidade (exceto, talvez, as militares,
às quais não se tem acesso), com nitidez, com enfoque correto ou
mesmo sem algum problema no filme.
profundidade em tentar provar o Caso Méier (em seu livro, Anos Luz),
confessou por fim sua impotência ante esta possililidade.
Como diz o pesquisador Richard Thompson, “Os próprios seres
ufológicos parecem planejar seus contatos com as pessoas de
modo a deixarem pouquíssimas provas tangíveis de sua existência real.
Embora estes contatos envolvam fenômenos
considerados muito estranhos, segundo a perspectivahumana moderna,
os ufonautas fazem pouquíssimos esforços para reduzir
esta estranheza”. (THOMPSON, 2002, p.250).
15
Além, é claro, daquelas tiradas por aviões militares.
16
THOMPSON, 2002, pp. 46-47.
23
1.8 – Estranhos Procedimentos dos Aliens
Até certo ponto, a regressão hipnótica tem conseguido furar o bloqueio
amnésico, revelando os
verdadeiros aspectos da abdução (ou que assim se presume). A sessão
hipnótica, quando conduzida por
especialistas, permite reconstituir o ocorrido, mesmo nos episódios mais
traumáticos. Como esta
reconstituição é uma revivência, o paciente volta aviver o acontecido
com toda a sua carga emocional de
sentimentos de terror, confusão, pânico, medo do desconhecido e total
insegurança. Assim, se não for
realizada com precaução, pode simplesmente agregar novos traumas aos
anteriores, e levar o paciente a
estados psicóticos irreversíveis.
A descrição que o hipnotizado faz coincide no gerale nos detalhes com
outras descrições, de
outros abduzidos, e revela o modus operandidos tripulantes dos UFOs. A
abdução parece ter sempre por
finalidade a realização de exames médicos, no abduzido, dentro do UFO.
Este exame é realizado por uma
equipe de alienígenas de baixa estatura, usando aparelhos científicos
avançadíssimos. Em mulheres
grávidas, exames ginecológicos são comuns.
O caso mais famoso e conhecido é o de Betty Hill, seqüestrada
juntamente com o seu marido,
Barney Hill, em 1961.
Talvez as características mais marcantes deste caso, que foi bastante
estudado, sejam, primeiro, o
relato, por Betty Hill, de um exame que lhe foi feito, semelhante à
laparoscopia. Este é um procedimento
médico no qual se introduz uma fina agulha no abdome da mulher, com
o fim de coletar óvulos. O
problema é que este tipo de exame só bem recentemente tornou-se uma
prática médica comum, e era
desconhecido naquela época (1961). Segundo, o mapa estelar que ela viu
no interior da nave e que
reproduzido, mostrava o Sistema Solar como ele seria visto a partir da
constelação Ceta Reticuli I, situada
a36 anos-luz da Terra.
Há também o relato de procedimentos inexplicados, nos quais sondas
são introduzidas pelas fossas
nasais. Além disso, implantes intracranianos tem sido encontrados em
vários abduzidos, implantes esses
cuja finalidade é desconhecida.
Talvez o fato mais insólito e terrificante que esteja acontecendo com
relação aos UFOs seja o caso
dos fetos desaparecidos. O pesquisador norte-americano Budd Hopkins
descobriu que várias mulheres,
em todo o mundo (embora sua pesquisa seja mais centrada nos EUA),
vem sofrendo um processo
recorrente de abdução (vários seqüestros seguidos, em anos sucessivos).
Algumas delas desenvolveram
um processo normal de gravidez (muito embora muitasdelas
apresentassem o hímen intacto), como pôde
ser constatado por exames ultrassonográficos ou mesmo por
acompanhamento pré-natal (o que refuta a
possibilidade de gravidez psicológica, ou pseudociese). Entretanto, em
um determinado ponto da
gravidez, tanto a mãe quanto o médico que acompanhava a gravidez
eram surpreendidos com o misterioso
e inexplicável desaparecimento do feto, sem que tivesse havido aborto.
Nas regressões hipnóticas
realizadas nestas mulheres, os pesquisadores encontraram evidências
que levam à conclusão que os fetos
24
foram retirados pelos alienígenas, aparentemente com o propósito de
aperfeiçoamento racial e genético,
provavelmente de uma raça híbrida entre a humana e a alienígena.
17
Um dos pontos mais controversos na ufologia é o problema dos
denominados contatados,
18
que
são aqueles que, pretensamente, tiveram contato físico (encontrando-se
ou até entrando dentro dos
veículos) ou mental (telepático) com os tripulantesdos UFOs. Este é um
problema complexo, pois
envolve necessariamente disciplinas paralelas, taiscomo a psicologia, a
psiquiatria, a parapsicologia,
entre outras.
Os pretensos contatos com entidades extraterrestres, entretanto, não são
exclusivos da casuística
ufológica.
Já no princípio do século XX o Dr. Theodor (ou Theodore) Flournoy,
professor de Psicologia na
Universidade de Genebra, estudou o caso da médium Hélène Smith, que
dizia receber comunicações
telepáticas do planeta Marte e chegou até a elaborar toda uma gramática
da língua marciana.
Flournoy, após um minucioso estudo das regras destagramática e da sua
sintaxe, bem como dos
textos “marcianos” apresentados pela médium, demonstrou de modo
irrefutável que o fenômeno era uma
fraude, e que a língua “marciana” era uma paródia do idioma francês.
19
Ele chamou a este fenômeno de
manifestação de pseudolínguas de típicas manifestações anímicas.
20
Na época atual, aquilo que se denomina channeling, nos EUA, vem
proliferando de modo
crescente (é o mesmo fenômeno da mediunidade ou da psicografia, só
que mais dirigido a contatos
“alienígenas”).
21
Existem revistas especializadas que publicam textospretensamente
recebidos de entidades
alienígenas, de entidades espaciais, de guias espirituais, ou até mesmo de
representantes da “Federação
Galáctica” e de membros da “Hierarquia Divina”
22
(ou até de golfinhos que se estendem em
considerações sobre política e economia!). Mas basta folheá-las para se
perceber que não passam de um
amontoado de sandices e de informações sem sentido,que abusam do
bom-senso e da lógica.
17
Vallée duvida que isto realmente esteja ocorrendo,tal como Hopkins
supõe. Baseado em suas extensas pesquisas históricas,
ele diz que estas ocorrências já eram relatadas na antiguidade e Idade
Média, e eram resultantes do contato com entidades
mitológicas que sempre estiveram presentes na história do planeta.
18
A partir do primeiro “contatado”, George Adamski, a ufologia foi
invadida por uma quantidade imensa de indivíduos que
alegavam ter feito contatos, ter feito viagens interplanetárias, terem sido
“escolhidos” como embaixadores dos extraterrestres e
outras bizarrices. Este, contudo, é um assunto altamente controverso e
mal resolvido (e muito manipulado), que é mencionado
aqui apenas incidentalmente.
19
Ele escreveu um livro notável sobre o tema das comunicações psíquicas:
Des Indes a la Planete Mars(Da Índia ao Planeta
Marte), Paris, 1900 (o qual pode ser baixado em: http://www.sacred-
texts.com/ufo/ipm/index.htm). O conhecido parapsicólogo
Oscar Gonzáles-Quevedo chama a este fenômeno (estudado por
Flournoy) de xenoglossia(QUEVEDO, 1981, pp. 113-139).
20
Em alguns casos, pesquisadores sem suficiente conhecimento de
Linguística ou Criptanálise podem ser enganados quando
lhes são apresentadas supostas comunicações com entidades alienígenas,
escritas em caracteres desconhecidos. O fraudador,
ingenuamente, acha que é suficiente apresentar um “abecedário”
alienígena, absolutamente isomorfo ao abecedário latino.
21
C. G. Jung toma este tipo de fenômeno como “um registro de fatos
psicológicos ou como uma série contínua de
comunicações do inconsciente”.
22
Parece que na disputa para ver quem canalizava entidades mais elevadas,
alguém simplesmente anunciou que “canalizava
Deus”!
25
Afirmar isto não é o mesmo que afirmar que tal fenômeno não seja
possível. Basta citar, entre
outros, Edgar Cayce, Helena Blavatski, Pietro Ubaldi, Jane Roberts e
Alice Bailey, cujas obras,
alegadamente inspiradas, possuem uma profundidade filosófica que não
pode ser negada por ninguém que
os estude com um mínimo de imparcialidade.
Algumas canalizações possuem um conteúdo no mínimo intrigante,
como esta informação sobre a
tecnologia dos gases inertes: “Segundo ‘Hilarion’
23
, os átomos dos gases inertes – como o hélio, o néon e
o argônio – mascaram certos pontos primordiais que ligam a realidade
tridimensional com as realidades
de dimensões superiores. Quando esses elementos sãosubmetidos a
certos campos magnéticos e pressões
podem se deslocar dos pontos interdimensionais que usualmente
ocupam, provocando um influxo de
energia de dimensão superior, que pode ser usado, primordialmente, para
a cura.”
Não é o caso da maioria esmagadora dos textos “canalizados”
atualmente, que em sua imensa
maioria elegeram a estupidez como motivação e a banalidade como
conteúdo.
A moderna parapsicologia (com os subsídios fornecidos pela psiquiatria
e a psicanálise) tem
demonstrado o poder da mente subconsciente para elaborar (muitas
vezes a nível inconsciente, ou seja,
independente da vontade do agente) verdadeiras maravilhas, mas que
não passam de fraudes.
24
Além
disso, sabe-se o quanto a personalidade é afetada por distúrbios
psíquicos, sendo atualmente bem
conhecidos os fenômenos de dissociação da personalidade
(esquizofrenia) e de múltiplas personalidades,
como casos extremos, e os casos mais simples de personalidade
psicopática (que não constitui,
necessariamente, uma doença mental), relativamente bem disseminado.
É conhecida, também, a extrema susceptibilidade da personalidade às
experiências de ordem
psíquica (como, p. ex., experiências mediúnicas comtábuas “ouija”,
tentativas de comunicação com
espíritos por variados meios, etc), com conseqüências danosas,
principalmente nos indivíduos nos quais
as funções afetivas (emocionais) são instáveis; neste caso, a
personalidade pode sofrer desvios anormais,
redundando em conduta anormal e reações neuróticas (ou em casos
extremos, psicóticas).
Voltando aos contatados, é possível que em muitos casos (embora não
todos, evidentemente)
exista uma instabilidade psíquica derivada de uma personalidade mal-
formada, caracterizada por um
complexo de inferioridade, que busca inconscientemente aceitação
social e/ou que tenha uma extrema
necessidade de auto-valorização.
25
Tal seria o caso, p.ex., daqueles que alegam contatos com comandantes
galácticos, entidades supremas ou quaisquer outras de elevada
hierarquia, de importância proporcional ao
complexo de inferioridade do contatado. É de espantar que entidades tão
elevadas quase sempre tragam
tão somente comunicações simplórias e superficiais,bem como previsões
que acabam não se realizando!
23
A entidade “Hilarion” começou a ser supostamente canalizada a partir de
1977, por um executivo bem sucedido de Toronto,
Canadá, Maurice B. Cook, que tem formação científica superior. Veja-
se: KLIMO, 1990.
24
Veja-se, a respeito: AMADOU, 1966; TOCQUET, 1963; QUEVEDO,
1968, 1981.
25
A Associação de Psiquiatria Americana publica um manual, denominado
Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders (Manual de Diagnóstico e Estatística de Perturbações
Mentais), mundialmente reconhecido e aceito, no qual são
arroladas todas as perturbações psíquicas que podemafetar uma pessoa.
26
1.9 – O Aspecto Bizarro no Fenômeno UFO
Há alguns anos, ocorreram nos EUA alguns acontecimentos que foram
relacionados aos UFOs. No
início dos anos 1970 começaram a aparecer nas fazendas de gado
americanas carcaças de animais
(cavalos, ovelhas, vacas, etc) dessangrados e com várias partes do corpo,
inclusive órgãos internos,
retirados com extraordinária precisão cirúrgica, com cortes realizados
aparentemente através de raio laser.
Luzes misteriosas, provenientes de naves aéreas nãoidentificadas, e até o
aparecimento de estranhos
helicópteros negros foram relatados, como tendo sido vistos nas regiões
citadas.

Animais mutilados misteriosamente


Várias causas foram apontadas, incluindo-se doençasraras, cultos
demoníacos, predadores
naturais, manifestações ufológicas,
26
e também, como causa possível, a utilização de gado, cavalos,
ovelhas, entre outros animais, para a pesquisa de guerra biológica e
bacteriológica, realizada em segredo e
contra a proibição pelo Congresso norte-americano (em 1969) deste tipo
de pesquisa.
27
Outro fenômeno recente, que costuma se creditado aos UFOs, é o
fenômeno dos círculos
misteriosos, ou círculos ingleses(crop-circles), assim chamados porque a
sua maior área de incidência
26
Conforme o relato de um contatado, uma entidade alienígena teria
informado que faziam isto para “medir” o grau de
poluição do planeta. Entretanto, os relatos sobre este tipo de mutilação
são bem antigos, e é pouco provável que este “grau de
poluição” fosse elevado, por exemplo, ao final do século XIX.
27
De acordo com alguns pesquisadores, após esta proibição legal, algumas
agências de inteligência e pesquisa militar,
envolvidas ao paroxismo com a Guerra Fria e um temor paranóico aos
soviéticos, começaram a pesquisar em segredo (e para
isto capturando ilegalmente os animais) alguns agentes patogênicos
extremamente mortais, os vírus botulínicos. Este tipo de
vírus desenvolve uma toxina que ataca o sistema nervoso, matando em
poucos minutos; os animais capturados, de sistema
nervoso similar ao humano, estariam então servindo de cobaias.
27
(mas não a única) são os campos de cereais (trigo, aveia, etc) na
Inglaterra. Em 1980 surgiram três
estranhas marcas circulares nos campos de plantaçãode aveia em
Wiltshire, cada uma com cerca de vinte
metros de diâmetro. Os círculos tinham formato em redemoinho, com as
plantas atingidas inclinadas
igualmente no mesmo sentido (horário).
No decorrer da década de 1980 começaram a surgir figuras com padrões
cada vez mais
sofisticados e complexos, pelo mesmo processo de achatamento das
plantas. Em todos os casos, nenhum
objeto ou veículo foi visto nas imediações, que pudesse ser apontado
como causador das figuras. Em
1991, houve uma tentativa de ridicularizar o fenômeno, quando dois
sexagenários se confessaram
culpados de fraudarem os fenômenos. Entretanto, como sua ocorrência
distribui-se por diversos países,
atingindo a milhares de casos, pela extrema complexidade de
determinadas figuras, pela área total
manipulada, bem como pelas dificuldades operacionais, é totalmente
improvável que seja tudo uma farsa,
ainda mais partindo de pessoas idosas, como quiseram fazer crer.

Figura misteriosa em campo de trigo na Inglaterra


As atuais figuras sugerem uma forma de comunicação através de uso de
símbolos, que poderiam
ser matemáticos, químicos ou mesmo cosmológicos. Emúltima
instância, podem até mesmo ser símbolos
mágicos ou alquímicos; de qualquer maneira, não foram ainda
decifrados.
Já se notou, em alguns casos, uma estranha similaridade entre a forma de
alguns desenhos e os
desenhos técnicos de sistemas magnéticos e elétricos atribuídos a Nikola
Tesla.
Similaridade entre os desenhos técnicos (acima) e os crop-circles
(abaixo)

Vista em perspectiva de um crop-circle

1.10 – Influências Psíquicas e Parapsicológicas


Como já se disse, de um modo geral os observadores de UFOs são
influenciados em sua psique de
uma maneira ainda não compreendida. Fenômenos parapsicológicos de
várias espécies parecem ser
deflagrados, tendo o observador como alvo ou veículo.
Conforme diz George Wingfield,
Um estudo da moderna ufologia logo revela a existência de um forte
elemento
psíquico envolvido nas experiências de contatos imediatos com os
OVNIs. Esses
fatos costumam ocorrer com certas pessoas (e talvezcom outras que se
encontram
com elas no momento); e em geral essas mesmas pessoas também
passam por
outras experiências de caráter psíquico. (WINGFIELD, George. Além
dos
Paradigmas Atuais. In: Noyes, 1992).
28
Efeitos do tipo poltergeist, estudados pela parapsicologia, se tornam
comuns; alguns observadores
ou contatados passam inclusive a adotar um comportamento anômalo,
29
do tipo místico e até mesmo
profético, alegando, em alguns casos, que foram “escolhidos” para uma
importante missão pelos
alienígenas.
Muito pode ser falado acerca do comportamento anômalo de animais
expostos a materiais
emanados de UFOs, ou expostos a pessoas que tiveramcontato direto
com eles.
Tem-se constatado que o sobrevôo de UFOs provoca o pânico nos
animais, que evitam inclusive
os locais de aterrissagem. O pesquisador francês Gordon W. Creighton, a
pedido de Allen Hynek, fez um
estudo amplo sobre este tipo de comportamento. Creighton comenta que
(...) no decurso da compilação deste catálogo, fiquei muito
impressionado pelo
terror total, absoluto, chocante, manifestado por inúmeros animais em
presença de
UFOs. Se o ‘fenômeno UFO’ fosse devido a qualquer fator de ambiente
aqui
presente há muito, sobre a Terra, na atmosfera terrestre, ter-se-ia podido
pensar que
os animais teriam, decerto, no decurso dos tempos, desenvolvido uma
espécie de
costume, ou de tolerância, perante tal fator ambiente. Algumas pessoas
supõem que
o que os perturba tanto é principalmente alguma emissão VHF de
altíssima
freqüência. Que um fator VHF esteja aí muitas vezesimplicado posso
acreditar,
mas parece-me que esteja longe de representar todo o conjunto de mal-
estar e de
terror manifestado pelos animais.
Este terror é talvez algo de mais fundamental, elementar, emanado talvez
dum
conhecimento instintivodos nossos animais, referindo-se o ‘fenômeno
UFO –ou
um dos seus elementos – a uma força ou a um agente que é
absolutamente
28
Wingfield também ressalta o forte vínculo existente entre os crop-
circlese o fenômeno dos OVNIs.
29
Em outra passagem do artigo de Wingfield, ele menciona um caso de
contato entre pessoas que estavam dentro de um crop-circlecom um tipo
de entidade inteligente, que surgia apenas como uma luz indefinida que
pairava sobre elas.
30
estranho e hostil às criaturas do nosso mundo: uma força ou um agente
cuja vinda
só pode significar para elas desmembramento, destruição e aniquilação.
Esse medo irreprimível, manifestado pelos animais, pode pois, construir
a nossa
prova segundo a qual o ‘fenômeno UFO’ não é ambiental, mas
verdadeiramente
‘algo proveniente do exterior’, quer dizer, qualquer coisa ‘do exterior do
nosso
planeta’, isto é, do exterior do nosso quadro particular espaço-tempo: em
todo caso,
alguma coisa que é fundamentalmente, e implacavelmente, hostil,
repelente,
nefasto, do ponto de vista de toda a vida saída do nosso planeta. É algo
que é
inteiramente novo na experiência do homem e do animal.
30
(Citado em
DURRANT, 1980, pp. 90-91).
1.10.1 – MIBs e Poltergeists
Um fato menos conhecido é o de que alguns pesquisadores de UFOs
passaram a sofrer todo tipo
de assédio por entidades estranhas, do tipo poltergeist, e se viram
envolvidos em um estranho mundo de
fatos e coincidências misteriosas e inexplicáveis.
Os casos mais conhecidos são os dos pesquisadores norte-americanos
John A. Keel e Morris
Ketchum Jessup (deste último falar-se-á mais adiante). Conforme relata
em sua obra The Mothman
Prophecy, Keel sofreu um assédio monumental tanto de agentes oficiais
(seu telefone era continuamente
grampeado), quanto de entidades estranhas, como umachamada Indrid
Cold, que lhe passou, por telefone,
informações e previsões que se cumpriram.
31
Talvez o fato mais insólito, com relação a este ângulo da ufologia, seja o
dos “homens de negro”
(MIB – Men in Black). Casos foram relatados em que testemunhas e
pesquisadores são procurados por
pessoas estranhas, de aparência oficial, vestidos de negro e que surgem
em misteriosos carros cadillacs
também negros, estranhamente reluzentes de tão novos, e que sempre
estão com placas “frias” (sem
registro). Em outros casos aparecem pessoas estranhas, de
comportamento anômalo, revelando total
desconhecimento de aspectos simples do modo de vida, da cultura e
costumes onde estão. Fazem ameaças
veladas às testemunhas que, entretanto, parecem nãocumprir.
O diretor da International Flying Saucer Bureau, Albert Bender,
anunciou (1953) em uma edição
da revista Space Review que no próximo número seria explicada a
verdade acerca dos discos voadores. O
número seguinte apenas apresentou uma desculpa, fato que somente
seria explicado por Bender em um
livro que ele escreveu em 1962. Segundo ele, teria sido visitado, na
ocasião, por três homens de vestidos
de negro, que o assustaram de tal maneira que ele decidiu fechar o
Bureau que dirigia e abandonar o
estudo dos UFOs.
32
30
Todos os itálicos são de G. Creighton.
31
Mas não como Keel esperava; ele interpretou erradoalgumas
informações que recebeu (nenhuma era realmente completa).
32
Nos arquivos de Albert Einstein encontra-se uma carta que ele escreveu
a Bender. Infelizmente, esta carta não está acessível.
Conferir em: http://www.alberteinstein.info/db/ViewDetails.do?
DocumentID=30454.
31
Bender afirma que recebeu a visita de três figuras,que se materializaram
dentro de seu quarto. Ele
conta que,
33
“As figuras clarearam. Todos os três vestiam roupasnegras e se pareciam
com
sacerdotes, mas usavam chapéus no estilo ‘Homburg’.As suas faces não
eram
discerníveis porque os chapéus as disfarçavam e sombreavam. (...) Os
olhos dos
três, brilhantes como luzes, estavam focados em mim”.
Os visitantes fizeram-no saber [por telepatia] que ele estava no caminho
certo
quanto ao segredo que pretendia veicular, mas não queriam que ele o
fizesse.

Albert Bender
Chapéu Homburg

Em setembro de 1976 um médico hipnólogo, o Dr. Herbert Hopkins, que


trabalhava como
consultor em um suposto caso de teleportação acontecido no Estado do
Maine, EUA, recebeu um
telefonema de alguém que se identificou como vice-presidente da
Organização de Pesquisa de UFOs de
New Jersey e solicitava uma entrevista. Hopkins concordou e desligou.
Mal atingiu a parede dos fundos
para acender as luzes quando percebeu que alguém chegava ao pórtico
de entrada. Conforme ele declarou

posteriormente, não havia nenhum carro na estrada, e de todo modo, não


teria decorrido tempo suficiente
entre o desligamento do telefone e a chegada do estranho à sua porta.
34
O homem que surgiu vestia terno preto, camisa branca, sapatos e
gravata, tudo de cor negra. Usava
também luvas e um chapéu. Ao tirar este, mostrou uma careca luzidia.
Foi quando Hopkins reparou na
maquiagem extremamente carregado do indivíduo, e que ele usava
batom nos lábios.
Durante a conversa o MIB o mandou apagar todas as gra

vações que ele fizera com os pacientes.


Após fazer desaparecer uma moeda, como uma sutil ameaça ao que
poderia ocorrer em caso de
desobediência, o homem começou a ficar com voz alterada. Levantou-se
da poltrona com dificuldade,
33
O relato de Bender, é claro, é extremamente estranho, e muitos
pesquisadores o rejeitaram. Mas sua estranheza diminui, à
medida que se toma conhecimento dos relatos de outros contatados pelos
MIB.
34

“Gray Barker e James E. Moseley recopilaram a partir de então mais de


seiscentos casos de visitas semelhantes, nas quais os
MIB (Men in Black) obrigaram ao silêncio testemunhas de aparições dos
OVNIs. Ignacio Darnaunde afirma que recentemente
esses enigmáticos indivíduos trocaram seus macabrostrajes negros por
uniformes militares e aparecem providos de credenciais
federais, sendo depois desmentida sua existência pelo governo.”
(KAISER 1971, p. 9). Em certa época eles eram chamados de

silencers; seriam agentes que tentavam silenciar, através deameaças, as


testemunhas.
32
dizendo bem davagar “Minha energia está se acabando. Preciso ir agora.
Adeus.” Ele desapareceu assim
que saiu pela porta.
Também o filho e a nora do Dr. Hopkins tiveram uma experiência
estranha com um “casal” de
MIBs, que mantiveram um comportamento no mínimo peculiar, ante
eles e outras testemunhas, em um
restaurante.
Conforme relata a pesquisadora inglesa Lyn Picknett, u

ma garota adolescente teve uma


experiência bizarra com um MIB. Alguém tocou a campainha de sua
casa enquanto ela estava só, e ao
atender, viu o que parecia ser um adolescente, de aparência exuberante e
sorriso radioso. Sua voz,
entretanto, parecia a de um robô, e movia-se aos solavancos, como se
sofresse alguma doença. Usava

chapéu, que ao tirar mostrou uma careca luzidia. A garota também


percebeu que ele usava uma
maquiagem carregada. Em certo instante, ele falou: “Posso VER um
copo de água?”
A garota foi à cozinha buscar o copo de água, e ao voltar encontrou o
rapaz em frente à lareira,
mirando extasiado um relógio sobre a mesma. Nervosa, ela disse que o
relógio pertencia ao pai dela, que
o ganhara de presente. Ainda sorrindo, o rapaz falou: “É o tempo do seu
pai? Ele está aqui e agora?”. Em
seguida, pegou o copo e apenas olhou para a água. Enquan

to isso, dava tapinhas no relógio, repetindo:


“Seu pai. Seu pai. Seu tempo, seu tempo.”
35
Em seguida, dirigiu-se para a porta fechada, que agarota
correu para abrir. Assim que o rapaz atravessou o pórtico, ela fechou a
porta e debruçou-se para olharpela
janela. Para seu espanto, o rapaz tinha desaparecido.
1.10.2 – O Triângulo das Bermudas

Os UFOs parecem estar vinculados também aos estranhos


acontecimentos ocorridos no
denominado Triângulo das Bermudas, área próxima ao estado norte-
americano da Flórida, onde sempre
ocorreram estranhos desaparecimentos de barcos e aviões, sem causa
conhecida.
Um dos mais estranhos desaparecimentos dentro destaárea ocorreu com
uma esquadrilha da
Marinha norte-americana. Era um grupo de cinco aviões

Avenger TBM-3 da Marinha, que partiram em


uma missão de treinamento que foi designada como Voo 19.
Eles decolaram de Forte Lauderdale, Flórida, em 5 de dezembro de 1945
em direção às Bahamas,
e voaram em formação rumo ao sudoeste, em direção às Bahamas.
Após uma hora e meia, notando que estavam atrasados, a Estação
Aeronaval tentou um contato
pelo rádio. Após algum tempo sem resposta, o Tenente Charles Taylor,
encarregado do voo, respondeu:
– Chamando a Torre... é uma emergência. Parece que estamos fora do
rumo. Não
conseguimos ver terra. Repito: não conseguimos ver terra.
O controlador na torre perguntou:
– Qual é a sua posição, Voo 19?
– Não estamos certos... parece que estamos perdidos.
35
John Keel, em seu livro The Mothman Prophecy, relata vários casos que
fazem transparecer uma preocupação constante que
as entidades alienígenas têm com o tempo terrestre,que parece não ser o
mesmo delas.
33
– Voe direto para oeste. Em poucos minutos, vocêavistará o continente.
– Não sabemos em que direção está o oeste – respondeu Taylor. – Tudo
está
estranho... mesmo o oceano.
Após algum tempo, a Marinha enviou um hidroavião Martin Mariner
para um missão de busca e
resgate, sob o comando do Tenente Robert F. Cox, que

era o mais antigo instrutor de voo em Forte


Lauderdale. Após a decolagem, Cox falou por rádio:
– Voo 19, eu voarei para o sul para encontrar vocêse guiá-los de volta.
Qual é a sua
altitude?
A réplica de Taylor foi pouco nítida, com exceção de suas últimas quatro
palavras,
que foram claras:
– Não venha atrás de mim.
36
O hidroavião, por sua vez, deixou de se comunicar com a Torre menos
de dez minutos depois.
Seus restos jamais foram encontrados, bem como todos os aviões do Voo
19.
Allan Landsburg, um jornalista especializado em film

es documentários para a TV sobre todo tipo


de mistério, afirma ter encontrado um pesquisador, Art Ford,
37
que tinha algo bastante consistente para
dizer.
Landsburg diz que Ford continuou procurando mais fatos sobre o
assunto, entre 1945 e 1973.
Indagado por Landsburg, respondeu:
– Ano após ano os pais dos rapazes desaparecidos co
ntinuaram fazendo perguntas –
disse-me ele. – Por que não havia destroços? Por que não havia corpos?
Mas a
Marinha não falava, mantendo sob sigilo as atas de seu inquérito em
Miami Beach.
Conforme Art Ford, alguns radioamadores licenciadosouviram algumas
das transmissões. Em
uma delas, Taylor teria dito: “Eles parecem ser do espaço exterior... não
venha atrás de mim.”
Landsburg fez uma pergunta que pareceu abrir pistasabsolutamente
estranhas sobre o fato.
– Você conseguiu alguma pista de qualquer distúrbiop

erceptível durante aquela


tarde em 1945?
Ele fez um sinal afirmativo com a cabeça.
36
LANDSBURG, 1974, pp. 89-90.
37
Art Ford, ou Arthur Ford (não é, contudo, o conhecido médium, que
morreu em 1971), de acordo com Landsburg, teria

trabalhado para a revista Penthouse e escrevera o livro The Bermuda


Triangle, Best-Kept Secret of Our Time(O Triângulo das
Bermudas, o Segredo Mais Bem Guardado de Nossa Época). Uma
referência sobre ele e Landsburg apareceu no jornal Rome
News-Tribune, de 18 de junho de 1976, pág. 7 (pesquisa no Google
News). Não existem referências sobre o seu livro na
Internet.
34

– Procurei por ela e encontrei dois comunicados – não especificamente


sobre esse
dia, mas sobre um período de semanas ou meses em fins de 1945.
Mantive-me na expectativa.
Ele continuou, depois de esgravatar algumas anotações.
– Dois observatórios extensamente separados detectaram fenômenos
estranhos no
céu. No observatório de Mount Wilson, Joel Stebbinsdescobriu que o
céu noturno
estava despencando intensa radiação infravermelha. Nunca ninguém
notara nada
semelhante antes, ou desde então, ao que eu saiba.
E lá nos Países Baixos, no observatório de Lieden, há

resgistros de que a porção de


onda de rádio do espectro trouxe sinais extraordinariamente fortes de
partes do céu.
O pessoal de Lieden comunicou, textualmente: “Uma janela
inteiramente nova foi
aberta nos céus!”. Isso faz-me pensar se os visitantes entraram por
aquela janela e
levaram os nossos aviões consigo.”
38
*
Em algumas transcrições, consta que Taylor disse que o oceano “tinha
águas brancas”. Este
fenômeno, que foi testemunhado por Cristóvão Colombo e foi
confirmado por astronautas, costuma

ocorrer junto à ilha Andros, nas Bahamas. Nã

o se conhece sua causa.

Fenômeno das águas brancas


Conforme afirma Charles Berlitz,
Seja ou não o Triângulo das Bermudas uma área na qual forças
misteriosas estão
presentes, constituindo um perigo para as embarcações, aviões e
pessoas, é certo o
fato de ser uma área de aberração magnética, e istoestá indicado em
mapas aéreos
e marítimos, incluindo os do Almirantado Britânico.
39
A região das Bahamas é recortada por abismos subterrâneos, sendo que
uma das mais conhecidas
é essa uma profunda depressão marinha, denominada Língua do Oceano.

Língua do oceano
Uma outra enorme depressão submarina (que alcança cerca de 3.900 m
de profundidade, em seu
ponto mais profundo) pode ser encontrada a leste daFlórida e ao norte da
Ilha Grande Bahama.
40
39
BERLITZ, 1978, p. 22.
40
É possível que as características gravimétricas e magnéticas fiquem
alteradas, nestas regiões.
29º 22’ 06,81” N - 77º 28’ 15” O. Altitude: 396,43 km.

A mesma depressão vista em relevo

O pesquisador norte-americano Ivan T. Sanderson descobriu que existem


doze regiões, em todo o
mundo, cujas características são semelhantes à do Triângulo das
Bermudas. Elas se distribuem
simetricamente a 36º norte e 36º sul, com 72º de distância entre cada
uma delas (cinco regiões em cada
paralelo; outras duas regiões são os pólos).

Ivan Sanderson

Além do Triângulo das Bermudas, outras regiões estariam no


Afeganistão e Golfo Pérsico;
Austrália e Nova Zelândia; Pacífico Norte; Ilha da Páscoa; Patagônia e
Argentina; Mediterrâneo e Ilhas
Canárias, Mar do Diabo (próximo ao Japão); Ártico eAntártico. Sabe-se
que nestas regiões existem
anomalias geomagnéticas (algumas delas possivelmente descobertas
durante o Ano Geofísico
Internacional – 1957/1958) que parecem influenciar o espaço e o tempo.

Regiões misteriosas do Mundo


Cada uma destas regiões. por sua vez, está no centro de uma rede, sendo
que o conjunto forma
uma grade planetária, ou um sistema de grade planetária.

Grade planetária

Todas estas regiões sofrem influências maiores ou menores provocadas


pelo campo magnético da
Terra. O campo magnético terrestre, por si só, é umfoco de estranheza.
As concepções científicas
tradicionais acreditam que este campo é semelhante ao de um imã.
Alguns pesquisadores, entretanto, já
não admitem esta explicação simplista, e afirmam que este campo é
duplo, conforme se vê na figura a
seguir.
41
41
O astrônomo britânico Edmund Halley foi o autor daprimeira carta de
declinação magnética do Atlântico (publicada em
1702). Para explicar a variação secular da declinação, ele postulou que
deveria haver dois polos nortemagnéticos e dois pólos
sul. Dois deles estariam na superfície, e os outrosdois, cerca de 800 km
abaixo da superfície. No século XIX outra teoria dos
quatro pólos foi proposta por Christopher Hansteen.O matemático
alemão Gauss, que desenvolveu um método matemático
para descrever o campo magnético, afirmou que o conceito de um eixo
magnético unindo os dois pólos nãotinha base factual.

Concepções sobre o campo magnético terrestre


Já se sabe há muito tempo que o campo magnético terrestre é oscilante,
ou seja, de tempos em
tempos ocorre uma inversão de pólos. A diminuição progressiva do
campo, que tem sido notada há
décadas, sugere uma nova inversão em data próxima.
Alguns autores alarmistas sugerem a possibilidade de que o movimento
da Terra se inverta, se o
campo magnético se inverter. Entretanto, isto é umaimpossibidade física.
Um corpo com seis sextilhões
de toneladas, como é a Terra, possui uma inércia emseu movimento
giratório que garante que ele
continue girando no mesmo sentido, em qualquer condição.
Mas há outra possibilidade.
Poucas pessoas realmente se dão conta de que estão inexoravelmente
encerradas em uma
interpretação física da natureza que as faz colocarcomo absolutamente
natural a relação “para cima-para
baixo”. Mais do que uma simples conveniência ou formalidade, aceita-se
como algo perfeitamente natural
que “para cima” quer dizer o Norte, seja a nível local, planetário,
galático ou universal. Na verdade,basta
consultar os mapas, os globos terrestres e outras representações de
“espaço”, para se chegar a esta
conclusão.
Por exemplo, quem acharia “normal” o globo terrestre mostrado como
na figura a seguir?

Para qualquer pessoa, esta representação parece “errada”, pois estaria


violando alguma coisa que
se aceita implicitamente.
Mas, o que ocorreria aos sentidos humanos se houvesse uma inversão
magnética em que o Sul
passasse a ser o Norte, e vice-versa? Se, assim como os pombos e outros
animais que se guiam pelo
magnetismo terrestre o homem também fosse influenciado de alguma
forma, o “Norte” não seria apenas
um ponto imaginário, ou uma concordância tácita entre as pessoas.
Neste caso, e por mais incrível que possa parecer,se a orientação
magnética interna do homem
mudasse, a ele pareceria que o planeta tivesse começado a girar em
sentido contrário ao anterior, e que o
Sol agora nascesse e se pusesse em pontos opostos aos “naturais” ou
tradicionais.
De todo modo, hoje se sabe com certeza que o pólo norte magnético está
se movendo na direção
Norte-Noroeste a uma velocidade entre 10 e 40 km por ano, o que é bem
mais rápido do que o normal.
Acredita-se que em poucas décadas irá chegar à Sibéria.
41

Deslocamento do Pólo Norte


Há outros fenômenos relacionados ao campo magnético. Por exemplo, a
chamada Anomalia
Magnética do Atlântico Sul– AMAS (ou: SAA – South Atlantic
Anomaly).
42
Esta é uma região onde o
Cinturão Van Allen interior tem a máxima aproximação com a superfície
terrestre. Este fenômeno afeta
satélites e espaçonaves cujas órbitas estejam a algumas centenas de
quilômetros de altitude e com
inclinações orbitais entre 35° e 60°.
43
42
Esta anomalia é causada por um "mergulho" no campomagnético
terrestre na região, provocada pelo fatode que o centro do
campo magnético terrestre está deslocado em relaçãoao centro
geográfico. Ela atinge a região sul do Brasil.
43
Parece que existem fortes emissões eletromagnéticas, principalmente na
faixa do infravermelho, sobre tais regiões, que
ocorrem em determinadas épocas do ano. Os satélitesartificiais (de
órbita polar) que as atravessam costumam sofrer fortes
interferências que chegam inclusive a distorcer as fotos tiradas destas
áreas. Isto foi descoberto na década de 1970 pelo físico
Wayne Meshejian, físico da Universidade de Longwood, Virginia, EUA,
ao acompanhar o desempenho dos satélites da ANOA
– Administração Nacional de Oceanografia e Atmosfera. Uma referência
à descoberta de Meshejian foi feita pelo St.
Petersburg Times, em 12 de fevereiro de 1975, pág. 3A (pesquisa Google
News).
42

Campo magnético da Terra – NASA


O campo magnético (ou magnetosfera) também sofre variações devidas
à influência do Sol. Tais
influências podem ter por origem as manchas solares, tempestades
magnéticas, ou mesmo os ventos
solares, que chegam a distorcer o campo ao ser, este, empurrrado.
Vento solar
1.11 – Mundos Que se Comunicam?
A partir do momento em que a nova tecnologia do rádio e das
telecomunicações começou a surgir,
surgiram também fatos e ocorrências estranhas, comoa mostrar uma
faceta desconhecida da realidade.
Já em sua época, Edison e Tesla relataram estranhossinais de rádio por
eles observados. Para
Tesla, estes sinais seriam provenientes do planeta Marte.
43
Em 1963, os russos declararam ter recebidos sinais inteligentes
44
de rádio, na faixa entre dez e 50
cm)
45
, provindos das constelações CTA-21 (na Constelaçãode Áries)
46
e CTA-102 (na Constelação de
Pégaso).
Em 1966 foram feitas medidas usando a antena do radiotelescópio do
Instituto de Física da
Academia de Ciências da URSS, na faixa de 86 MHz. Os sinais
recebidos da CTA 21 foram comparados
com os recebidos da Rádio Galáxia 3C 79 (vide gráfico a seguir).
Em 1964, o astrônomo soviético Nikolai S. Kardashevsugeriu que estas
ondas de rádio seriam
enviadas por uma supercivilização bem mais adiantada do que a nossa
civilização.
Conforme relata Allan Landsburg
47
, referindo-se a uma entrevista feita com Duncan Lunan,
membro da Sociedade Interplanetária Britânica:
44
Sinais cuja conformação sugere um conteúdo logicamente construído,
cuja decodificação poderia permitir entender tais
mensagens cósmicas.
45
Os astrônomos consideram que a faixa ideal para comunicações
interestelares de rádio seja a faixa de 21 cm.
46
Ver: www.ias.ac.in/jarch/jaa/3/189-192.pdf.
47
LANDSBURG, 1974, pp. 26-27.
44
– Em 1927, foram registrados pela primeira vez certos ecos de rádio
longamente
retardados. O que acontecia era que os sinais estavam sendo enviados
numa base
experimental para testar ecos naturais dentro da atmosfera da Terra e
ecos passando
em volta do mundo e efeitos dessa espécie. Oslo [Dinamarca]
comunicou alguns
ecos muito peculiares em certas épocas do ano, os quais vinham
aparentemente da
distância da Lua.
Perguntei-lhe se compreendiam os ecos como sinais.
– Não, os encarregados da experiência na época mostraram-se certos de
que
estavam lidando com alguma espécie de reflexo natural ou ondas de
rádio do
espaço exterior. Eles iniciaram uma série de experiências e
posteriormente
incrementaram a separação das pulsações. Quando estavam então
enviando
pulsações com vinte segundos de distância, algo muito estranho
aconteceu. Os ecos
pararam por um par de semanas e então voltaram comoantes com um
atraso de
trinta e três segundos. Depois de dez minutos, porém, começaram a
variar e eu
obtive o registro de uma seqüência semelhante que fora registrada.
Fui colhido na rede de Lunan.
– O que você está dizendo é que os sinais tinham umsignificado
especial.
– A interpretação que eu proponho – respondeu ele –repousa na
presunção de que
os ecos vêm de uma sonda espacial.
Ele explicou a origem da sonda espacial baseado numa complexa
interpretação
matemática do padrão de sinais voltando para a Terra. Seguiu-a até a
Constelação
do Boieiro, mostrando como os bleeps de sinal traduzem as coordenadas
para o
mapa estelar. Apontou para uma das estrelas em seu mapa e continuou:
– O que aconteceu é que a estrela exauriu as reservas de hidrogênio em
seu centro,
como acontece a todas as estrelas por fim. Ela se encontra agora numa
fase em que
seu centro está-se contraindo, sua atmosfera externa está-se expandindo,
estando
ela emitindo muito mais calor durante este período,uma questão mais de
milhões
de anos do que de milhares de milhões. Qualquer vida inteligente em tal
sistema
planetário se acharia, por isso, na situação de terque partir,
primeiramente, para os
planetas exteriores do sistema e, a longo prazo, deixar totalmente o
sistema e
escapar para algum planeta de outra estrela. Por isso as sondas espaciais
são
enviadas a fim de localizarem planetas habitáveis.
45
CAPÍTULO II
A PESQUISA UFOLÓGICA
“O peso das provas tem de ser
proporcional à estranheza dos fatos.”
48
Theodore Flournoy
“Ausência de evidência não
é evidência de ausência.”
Carl Sagan
2.1 – Primeiras Organizações para Investigação dos UFOs
Na tentativa de elucidar o mistério ufológico foramcriados grupos de
pesquisa tanto em âmbito
oficial quanto em âmbito civil. A primeira investigação oficial começou
na Suécia, em 28 de dezembro de
1933, com o 4º. Esquadrão de Vôo. A investigação terminou em 30 de
abril de 1934, com uma declaração
do Major-General Lars Reuterswaerd, de que havia umtráfego aéreo
ilegal sobre áreas militares secretas,
de objetos voadores que não se sabia o que eram.
49
O primeiro organismo oficial criado com o objetivo de tentar resolver o
mistério dos UFOs foi o
projeto Massey, inglês, dirigido pelo Tenente-General Hugh R. S.
Massey, e criado em 1943. O segundo
foi o Escritório Especial nº 13 (Sonder-Büro 13), órgão da criado pelo
Oberkommando des Luftwaffe. Este
organismo oficial, que recebeu o nome em código de Operação Uranus,
surgiu em 1944 sob o comando
do professor Georg Kamper. Ele reunia e estudava osrelatórios de
observação enviados ao Estado Maior
alemão.
Objetos voadores estranhos foram vistos em várias regiões da Europa
ocupadas pelo exército
alemão. Em 1944, um objeto chegou a ser filmado no Centro de Ensaios
de Kummrsdorf enquanto se
fazia o lançamento de um foguete experimental. Só se reparou no objeto
quando da projeção posterior do
filme; o objeto acompanhava o foguete, circulando àsua volta.
Em 1947, por decreto assinado pelo Secretário de Estado da Defesa dos
EUA, James D. Forrestal,
provocado por um relatório confidencial do General Nathan Twining,
surgiu o projeto SIGN (Sinal), com
sede na Base Aérea de Whright Patterson em Dayton, Ohio, que tornou-
se mais conhecido pelo nome de
projeto SAUCER (Pires).
50
48
Este principio é chamado por Flournoy de Principio de La Place.
49
Possivelmente aviões secretos russos (como se verámais adiante).
50
Coincidentemente, a CIA foi criada em 1947, em substituição ao OSS,
órgão atuante durante a Segunda Guerra Mundial.
46
O Tenente-General Nathan F. Twining era chefe do AMC – Air
Command Material(Comando do
Material Aéreo), e os constantes relatórios de pilotos sobre objetos
voadores desconhecidos o levaram a
solicitar uma investigação completa acerca do fenômeno.
Quando o comandante da Força Aérea do Exército (depois transformada
em Força Aérea dos
Estados Unidos) pediu um relatório, o General Twining respondeu
através de uma carta registrada:
51
1. Conforme solicitado pelo AC/AS-2, é apresentada abaixo a opinião
abalizada
deste Comando, em relação aos chamados “discos voadores”... Chegou –
se a
essa opinião em uma conferência entre o pessoal do Instituto de
Tecnologia
Aérea, Inteligência T-2, Chefe da Divisão Aérea e aDivisão T-3 dos
Laboratórios de Engenharia para Aviões, Usinas de Força e Hélices.
2. É-se de opinião:
a) O fenômeno referido é algo real, e não uma coisa ilusória ou fictícia.
b) Existem objetos com a forma aproximada de um disco,de tamanho tal
a
parecerem tão grandes como aviões feitos pelo homem.
c) Existe a possibilidade de alguns desses fatos seremcausados por
fenômenos
naturais, como por exemplo, memteoros.
d) As características de voo anunciadas tais como subida muito rápida,
grande
facilidade para manobrar, principalmente no mesmo plano, e ações que
podem
ser consideradas de fuga quando avistados ou em contato com aviões
amistosos
e radar, levam a crer na possibilidade de que alguns desses objetos sejam
controlados tanto manual como automaticamente, e por controle remoto.
e) A descrição comum dos objetos é a seguinte:
1) Superfície metálica ou refletora da luz.
2) Ausência de esteira, com exceção de alguns casos, em que o objeto
estava
funcionando sob condições de alto desempenho.
3) Forma circular ou elíptica, plana embaixo e com umasaliência no alto.
4) Existem vários comunicados de voos perfeitos em formação de três a
nove
objetos.
5) Normalmente, não existe som ligado ao funcionamentodo aprelho,
com
exceção de três casos, em que foi ouvido um zumbidorazoável.
6) Velocidades de cruzeiro são em geral acima de 300 nós...
3. Recomenda-se que: a) Que o Quartel-General do Exército e da Força
Aérea
publiquem uma ordem, atribuindo prioridade, classificação de segurança
e
nome em código para um estudo minucioso deste assunto...
4. Aguardando uma ordem específica, AMC continuará investigando
dentro de
seus recursos atuais...
(a) N. F. Twining
Tenente General, USA
Comandante
51
KEYHOE, 1973, pp. 13-14.
47
Essa conclusão oficial (expressa em relatório reservado enviado ao
General Vandenberg), como se
viu, era a de que os UFOs seriam naves espaciais extraterrestres (este
relatório, no entanto, foi rejeitado,
tendo sido substituído por outro que negava a existência do objeto em
estudo). De todo modo, foi este
relatório que deu origem ao Projeto Sign.
Em 11 de fevereiro de 1949 o projeto SIGN foi substituído pelo projeto
GRUDGE (Rancor),
52
com o que mudou também a política da Força Aérea Norte-Americana
(USAF), que passou a negar
sistematicamente a existência de UFOs, como também a ridicularizar
todas as testemunhas envolvidas em
avistamentos.
53
O projeto GRUDGE possuía uma subcomissão, o projeto TWINKLE
(Cintilação), que
tinha a finalidade de estudar as bolas de fogo verdes que começaram a
aparecer após as primeiras
explosões atômicas em Alamogordo (as bolas de fogo começaram a
aparecer em 1946, tendo atingido um
auge de avistamentos em 1948).
54

Explosão atômica na atmosfera


52
O Projeto GRUDGE surgiu depois que o Ministério daDefesa recebeu
um relatório emitido após uma conferência realizada
pelos Dr. Joseph Kaplan, físico atmosférico, o Dr. Edward Teller e o Dr.
Lincoln La Paz, em Los Alamos, Novo México, no
início de fevereiro de 1949.
53
O capitão E. J. Ruppelt, que viria a ser um dos chefes do projeto Livro
Azul (instituído em 1952), teria descoberto nos
arquivos do projeto SIGN um relatório secreto que pormenorizava os
riscos que a revelação pública dos UFOs poderia
acarretar. Baseados no pânico e agitação ocorridos com a transmissão
radiofônica da obra “A Guerra dosMundos”, realizada
através do rádio (em 1938) por Orson Welles, os autores do relatório
optavam pelo sigilo.
54
De acordo com o pesquisador Renato Vesco, citado por Durrant, essas
bolas de fogo verde eram produzidas por descargas de
canhões eletromagnéticos, em experiências secretas militares realizadas
na região de Alamogordo (essasexperiências poderiam
estar baseadas nas descobertas de T. Henry Moray e Nikola Tesla,
célebres inventores do início do século XX, que fizeram
extensas pesquisas sobre eletricidade).

rateras resultantes de explosões atômicas – Deserto de Nevada


Em 27 de outubro de 1951 o projeto GRUDGE, que tinha sido extinto
recentemente (27 de
dezembro de 1949), ressurgiu através do projeto BEAR (Pessimista
55
), o qual recebeu extensa
colaboração científica e militar,
56
apesar de que os relatórios finais não foram publicados (era também
conhecido como FANG – ou Garra). Em março de 1952, a Força Aérea,
por determinação do General
Charles P. Cabell, Diretor de Inteligência, instituiu o projeto BLUE-
BOOK (Livro-Azul), criado com
grande publicidade, e que oficialmente deveria ser o órgão definitivo
para o estudo dos UFOs. Tinha
inicialmente, à frente da comissão de investigações, o Major E. J.
Ruppelt.
O astrônomo J. Allen Hynek, que tinha sido contratado como consultor
científico pela Força Aérea
Americana para os Projetos Sign, Rancor e Livro Azul e que chegou a
ter um bom conhecimento do
funcionamento interno desse último, comenta em seu livro UFOLOGIA
– Uma Pesquisa Científica, que o
ambiente interno do Livro Azul era estagnado e aborrecido, e que
utilizava pessoal (de baixa patente)
desmotivado e cientificamente incapacitado, que utilizava métodos
grosseiros de investigação e de
55
“Bear” significa urso, mas é também um termo de gíria que refletia a
péssima visão que a Força Aérea tinha do assunto UFO.
56
Ruppelt formou um grupo de conselheiros científicos externos ao
projeto; obteve a cooperação do ADC (Air Defence
Command) e conseguiu constituir uma rede de observadores chamada
GOC (Ground Observers Corps).
49
pesquisa de campo.
57
Hynek chega a se perguntar, “... se nada mais havia com relação ao
fenômeno OVNI
além de identificações erradas, fraudes, etc. [comoa Força Aérea
afirmava], por que razão o programa
OVNI era mantido? Por que adotar um comportamento de relações
públicas confuso e desorientador
perante a opinião pública e que, por diversas vezes, conduzia a insultar a
inteligência de pessoas
competentes? Algumas das classificações feitas peloLivro Azul com
relação a relatórios sinceros eram,
com tanta frequência, ingênuas e irrelevantes ao ponto de terem que ser
modificadas posteriormente. Seria
tudo aquilo uma cortina de fumaça, um trabalho de cobertura para o qual
o Livro Azul era a frente, sendo
o verdadeiro trabalho e a informação realizados poroutra repartição?”
58
2.2 – Quem Está Por Trás?
O verdadeiro estudo era realizado na Base da Força Aérea de Wright-
Patterson, em conjunto com
a CIA (posteriormente, houve um envolvimento do National Security
Council– Conselho de Segurança
Nacional). Uma das conclusões básicas foi a de que o assunto tinha que
ser tratado em sigilo absoluto.
59
Uma reunião científica de alto nível, coordenada pelo físico H. P.
Robertson, do Instituto
Tecnológico da Califórnia, foi realizada em 12 de janeiro de 1953 no
Pentágono. Participaram dessa
reunião: o físico nuclear do Brookhaven Laboratories, Samuel A.
Goudsmit; o especialista em radar John
Hopkins; o físico do Laboratório Lawrence, Luiz W. Alvarez (Prêmio
Nobel de Física de 1968); o diretor
do Escritório de Operações de Pesquisa, Thorston-Page; o diretor do
Brookhaven Laboratories, professor
Lloyd Berkner, geofísico. Além desses, participaramo General-
Brigadeiro Garland, diretor do ATIC; os
agentes da CIA, H. Marshal Chadwell, Philip G. Strong e Ralph L.
Clark; e o Dr. Joseph Allen Hynek,
astrônomo.
60
Esta reunião, cujo objetivo era analisar tudo o quedissesse respeito aos
UFOs, inclusive se
constituíam uma ameaça ao país, foi denominada Painel Robertson, ou
Comitê Robertson. Em seu
relatório final, por orientação da CIA, concluíu por unanimidade pela
inexistência de UFOs,
61
explicando-57
Ruppelt, um dos que comandaram o Projeto, dizia que os casos eram
“tratados com uma confusão organizada”. Também o
Dr. James E. McDonald comentou para um revista que “Nunca vi tanta
superficialidade e incompetência emum domínio de tão
enorme importância científica.”
58
HYNEK, p. 190.
59
O diretor da CIA no governo Reagan, William Casey,teria mencionado
em briefingcom o Presidente Reagan (1981), que a
CIA possuia desde a década de 1950 um grupo secretoespecial (chamado
Grupo 6), encarregado do assunto UFO.
60
Apesar do alto gabarito dos participantes, com exceção de Hynek,
nenhum tinha conhecimento específicosobre o fenômeno
UFO. Além de leigos, mantinham uma indiferença ao fenômeno, quando
não uma rejeição hostil.
61
Hynek afirma que as conclusões emanadas do Painel Robertson
lançaram uma cortina de descrédito científico sobre o
assunto UFO, afastando de vez os cientistas desse tema considerado
desagradável [mesmo em 1997, um estudo feito por nove
cientistas da França, Alemanha e Estados Unidos, nochamado Painel
Rockefeller, patrocinado pelo milionário Laurance S.
Rockefeller, concluiu que não havia evidências conclusivas que
provassem que os UFOs eram extraterrestres. Contudo, essa
hipótese não foi completamente descartada. Como sempre, a conclusão
do Painel foi criticada pelo decano dos cépticos, Philip
J. Klass]. No Canadá, um um equivalente do Painel Robertson, o Projeto
Second Story, convocado em 1952 pela Defense
Research Board, chegou à mesma conclusão: a de que os UFOs não
mereciam um estudo sério. Entretanto, um estudo realizado
em 1999 na França, pelo Instituto Avançado de Estudos da Defesa
Nacional – IHEDN, produziu o chamado Relatório
50
os como sendo fenômenos naturais. Recomendava uma política de
acobertamento oficial, bem como um
monitoramento dos vários grupos civis de estudos deUFOs, que
começavam a propagar-se por todo
lado.
62
Antes desse comitê, entretanto, a mando da Força Aérea, o Instituto
Batelle Memorial estava
fazendo um estudo secreto dos relatos acerca de UFOs, feitos até 1952.
No início da década de 1960 houve uma tentativa de expor os fatos
conhecidos, estudados por
entidades privadas, a uma subcomissão da Câmara sobre Problemas
Espaciais e Ciências da Vida; esta
tentativa não teve êxito.
Em 1960/61 foi realizado um estudo a que se deu o nome de Relatório
Brookings, a respeito do
impacto sobre a sociedade se o segredo sobre UFOs ealienígenas fosse
revelado. O Relatório concluía
que o segredo devia ser mantido a todo custo.
Em 1965 um grupo ad hoc
63
de cientistas, denominado Comissão O`Brien, buscou rever em sigilo
o problema dos UFOs, e em abril de 1966, finalmente, conseguiu-se que
o Congresso realizasse
audiências abertas sobre o problema, na Comissão deSegurança da
Câmara. Como o Congresso começou
a pressionar a Força Aérea, o ministro da Aeronáutica, Harold D. Brown,
após vários convites infrutíferos
a que algumas universidades estudassem o problema, conseguiu que o
Dr. Edward Uhler Condon, da
Universidade do Colorado, formasse uma comissão para este estudo. O
que resultou disto será visto no
capítulo seguinte.
Em 1998 foi formado o chamado Painel Sturrock, criado pelo físico
Peter Sturrock, da
Universidade Stanford. O relatório final concluía que a comunidade
científica poderia aprender muito se
pudesse sobrepujar o medo do ridículo, associado aotema.
Nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro de 2008 a ONU tornou-se palco de
uma discussão secreta sobre
o fenômeno UFO. Isto foi dado a público pelo especialista francês em
aviação, Gilles Lorant, adido ao
CNRS – Centro Científico Nacional para Pesquisa, membro da estrutura
administrativa do Ministério de
Pesquisa da França e também, membro do Instituto Avançado de
Estudos da Defesa Nacional – IHEDN.
2.3 – Órgão Oficiais e Órgãos Privados
Em nível oficial, foram criados vários órgãos para a pesquisa de UFOs.
Em 1954 foi criado um departamento dentro do Ministério da Defesa
francês para estudar os
UFOs (fato confirmado em 1974 pelo Ministro da Defesa francês,
Robert Galley). Em 1977 foi criado um
outro órgão oficial ligado ao governo francês, o GEPAN (ou GEIPAN)
sob o comando de Yves Sillard,
COMETA. Este Relatório, que juntava análises de analistas militares,
cientistas e engenheiros, chegou à conclusão de que a
Hipótese Extraterrestre podia explicar muitos casosinexplicáveis de
avistamento. Ver: http://en.wikipedia.org/wiki/Ufology.
62
O professor Dr. James E. McDonald, especialista emFísica Atmosférica
e grande pesquisador e divulgador da
fenomenologia UFO, conseguiu copiar grande parte deste relatório, que
se encontrava arquivado no ATIC.Quando tentou
posteriormente novo acesso ao documento, descobriu que este tinha sido
novamente classificado (tornadosecreto), e se
encontrava inacessível.
63
Que se designa especialmente para executar uma determinada tarefa.
51
que anteriomente era responsável pela agência espacial francesa, CNES.
O GEPAN depois virou SEPRA,
comandado por Jean-Jacques Velasco.
Igualmente, um departamento para o estudo dos UFOs foi criado em
1960 dentro do Ministério da
Defesa Britânico – MoD (confirmado por Nick Pope, um alto oficial
desse Ministério). O departamento
teve as suas atividades encerradas em 1º. de dezembro de 2009, sob a
alegação de que esta pesquisa
“carecia de valor”, além de que não existia uma ameaça real ao Reino
Unido por parte destes objetos
voadores.
64
A par da pesquisa oficial, formaram-se grupos privados de investigação
do fenômeno.
65
Em 1951
surgiu a CSI – Civilian Saucers Investigations (Investigações Civis sobre
os Discos), criada pelo
especialista em física atmosférica Edward Sullivan.Em janeiro de 1952,
surgiu a APRO - Aerial
Phenomena Research Organization(Organização de Pesquisa sobre os
Fenômenos Aéreos), fundada por
Jim e Coral Lorenzen. Em 1956, Donald Keyhoe, à frente de um grupo
de especialistas civis e militares de
alto nível, criou a NICAP - National Investigation Commitee on Aerial
Phenomena(Comissão Nacional
de Investigação sobre os Fenômenos Aéreos).
Donald Keyhoe

Em 31 de maio de 1969 foi criada a MUFON - Mutual UFO Network,


Inc. (Rede Mútua UFO), no
estado do Texas, EUA.
64
O governo inglês começou a liberar arquivos sobre UFOs em 2008.
Quanto ao governo brasileiro, vem liberando desde
2009, através do Centro de Documentação e Históricoda Aeronáutica –
CENDOC, os documentos ufológicos da chamada
Operação Prato, bem como documentos do SIOANI – Sistema de
Investigação de Objetos Não Identificados (atualmente,
CIOANI – Centro de Investigações de Objetos Aéreos Não
Identificados), relativos às décadas de 1970/1980. Os documentos
liberados pelo CENDOC, entretanto, não fazer parte de qualquer
catálogo oficial desta instituição. Ver:
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?
id=69&page=mostra_catalogo. Sobre a pesquisa confidencial que a FAB
realizava
sobre UFOs, ver: http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/fab.htm.
65
A principal diferença entre os grupos privados e os oficiais é a ênfase
destes no sigilo, enquanto que os primeiros sempre
propugnaram a divulgação pública de todos os fatos.
52
Outras organizações foram também criadas ao longo dos anos,
66
como a GSW – Ground Saucer
Watch(que especializou-se na análise computadorizada defotos de
UFOs); CIES Ouranos – Comissão
Intercacional de Investigações Científicas Ouranos,na França; GEPS –
Groupment d`Etudes de
Phénomènes Spatiaux, fundada
67
em 8 de novembro de 1962 em Paris, França, pelo General de Aviação
Lionel M. Chassin;
68
CUFOS – Center for UFO Studies; MSFA – Modern Space Flight
Association
(Japão);
69
BUFORA – British UFO Research Assoication), na Inglaterra; CUN –
Centro Único
Nazionale, na Itália; CEI – Centro de Estudos Interplanetários
(Barcelona) e CEONI (Valência), na
Espanha; CODOVNI, na Argentina; DIOVNI, no Chile; Deutsche
UFO/IFO Studiengesellschaft
(Alemanha).
No Brasil, entre dezenas de prestigiosas organizações, destacaram-se:
APEX – Associação de
Pesquisas Ufológicas; CBPCOANI – Comissão Brasileira de Pesquisa
Confidencial dos Objetos Aéreos
Não-Identificados; SBEDV – Sociedade Brasileira Para o Estudo dos
Discos Voadores; CPDV - Centro
de Pesquisas de Discos Voadores.
70
2.4 – A Atuação das Organizações de Pesquisa de UFOs
A época por assim dizer heróica da pesquisa de UFOsfoi durante a
década de 1950. Foi a época
dos pioneiros movidos por um idealismo ingênuo, decididos a quebrar o
sigilo ostensivo da Força Aérea
dos EUA. O que sucedeu a alguns destes pesquisadores, será visto no
capítulo a seguir.
De início, os grupos de estudos e pesquisas dedicaram-se
exclusivamente a uma catalogação e
classificação intensiva dos avistamentos. A metodologia estatística
tornou-se ferramenta padrão para
tentar encontrar ordem em meio ao caos e uma consistência em meio à
enorme massa de dados brutos (as
ortotenias foram descobertas pela aplicação da estatística à análise dos
dados). O método de pesquisas, até
hoje, baseia-se essencialmente na casuística.
Também o método histórico foi extensamente usado, buscando-se na
literatura mundial todos os
casos de possíveis avistamentos e observações de objetos aéreos ao
longo da história conhecida. Foram
compilados milhares de relatos.
Sendo impossível fazer uma descrição de todos eles,serão relatados
apenas alguns.
66
Aqui são citadas apenas as mais antigas e mais conhecidas.
67
O GEPA possuía uma revista trimestral de divulgação, denominada
Phénomènes Spatiaux. Suas finalidades, detalhadas por
R. Fouéré em artigo intitulado “O sentido de nossa ação”, mencionam
que “... o problema dos discos voadores ultrapassa
largamente o da ciência e da técnica, que ele possater perturbadores
prolongamentos filosóficos, parapsicológicos, religiosos
ou históricos, que ele possa pôr em questão toda a nossa cultura, disso
não discordamos.” (Phenómènes Spatiaux no. 19, março
de 1969, pp. 2-5. Citado em DURRANT, 1977, p. 134).
68
A este respeito, veja-se: http://www.nationalarchives.gov.uk/ufos/. Ver
também:
http://www.independent.co.uk/news/uk/politics/secret-mod-files-reveal-
ufos-went-to-the-top-1773100.html). E também:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ufology.
69
O International Flying Saucer Bureau, entidade criada por Albert
Bender, e o Civilian Saucer Investigationencerraram suas
investigações em 1953. A maioria das demais entidades foi extinta ao
longo do tempo, sendo que uma dasmaiores, que ainda
permanece, é a MUFON.
70
O CBPDV - Centro Brasileiro de Pesquisa de Disco Voadores, entidade
ainda atuante, foi criada após a extinção do CPDV.
53
2.5 – Registros Históricos – Antiguidade (Excertos)
É possível que um dos mais antigos e famosos casos conhecidos seja
aquele relatado no Livro de
Ezequiel, no Antigo Testamento. A sua visão, ou observação, quando
vazada em termos modernos,
permite deduzir que o profeta foi visitado por uma nave aérea (muito
embora sem as características dos
UFOs). Também o Mahabharata, epopéia indiana, faz adescrição de
variados objetos aéreos,
denominados Vimanas.
No Egito antigo, mais precisamente durante o Médio Império, registrou-
se nos anais, pelos
escribas do Faraó, o surgimento de círculos de fogono céu, inclusive
com a queda de peixes e pássaros
durante o fenômeno.
Anais Reais de Tutmés III cerca de 1504 a 1450 antes de Cristo: “No
ano 22 do 3º.
mês do inverno, sexta hora do dia ... os escribas da Casa da Vida
verificaram que
eram círculos de fogo que vinham do céu (embora) não tivessem cabeça,
o hálito de
sua bocas (tinha) odor fétido. Seus corpos, uma vara (cerca de 45 m) de
comprimento e uma vara de largura. Não tinha voz ... Ora, passados uns
dias sobre
estes acontecimentos, eis que se tornaram mais numerosos que qualquer
outra
coisa. Brilhavam no céu mais que o Sol ... Poderosaera posição dos
círculos de
fogo. O exército do rei estava atento e Sua Majestade se achava no meio
dele. Era
depois da ceia. Em seguida eles (os círculos de fogo) subiram mais alto e
dirigiram-se para o Sul.” [Papiro Tulli].
Ano 213 a.C.: “Em Auriminium, uma luz brilhante iluminou a noite
como se fosse
dia; em várias regiões da Itália, três luzes apareceram à noite. (Dion
Cassius,
História Romana, Livro I).
Aparecimento de luzes e objetos estranhos nos céus da Roma antiga são
relatados pelos escritores
Plínio, Tito Lívio, Dion Cassius, entre outros, em ocorrências historiadas
em um extenso período.
Séc. I a.C.: “... quando 2 sóis foram vistos ou quando três luas
apareceram e quando
chamas de fogo surgiram no céu; ou em outras ocasiões quando um sol
foi visto de
noite, quando ruídos foram ouvidos no céu; quando opróprio céu
pareceu abrir-se e
estranhos globos de fogo foram divisados...” (Cícero, De Divinatione,
v.1, cap. 42).
Ano 65: “No Consulado de Gnaeus Octavius e Gaius Suetonius, centelha
foi vista
cair duma estrela aumentando de tamanho, aproximando-se da Terra, até
que se
tornou tão grande como aparência da Lua e difundia espécie de nuvem
luminosa.
Após retornou ao céu, mudando-se para espécie de tocha. Isto foi
observado pelo
proconsul Silenus e por sua comitiva.” (Plínio, 118, liv. 2, cap. 35).
54
Ano 193: “3 estrelas foram vistas girando em torno do Sol, quando o
imperador
Juliano, em nossa presença oferecia sacrifícios diante da Casa do
Senado. Eram tão
visíveis que os soldados as observaram e declararamque algum fato
espantoso
sucederia ao imperador. (Dio Cassius, 119, liv, 24,p. 151).
A descrição usual era a de objetos com a forma de escudos (chamados
“escudos ardentes”)
passando nos céus do Império.
Durante toda a Idade Média os cronistas relataram igualmente o
surgimento de luzes, objetos
estranhos, bolas de fogo e outros sinais nos céus, os quais, quase sempre,
eram tomados como
manifestações demoníacas.
71
Ano 776: Os “Annales Laurissenses” relataram que osfranceses, dentro
do castelo
de Sigibut, estavam sitiados pelos saxões. Foram salvos da situação
desesperadora
quando surgiram sobre a Igreja da fortaleza ‘2 gigantes escudos de luz
vermelha’.
Os saxões fugiram aterrorizados.
2.6 – O Mistério de Tunguska
No dia 30 de junho de 1908, às sete horas da manhã, uma espécie de
bólido foi visto deslocando-se a grande velocidade sobre a taiga da
Sibéria, e “emitindo uma luz ainda mais intensa que a do Sol.”
Quase que em seguida, uma enorme explosão foi ouvida a mais de
oitenta quilômetros de distância.
Entretanto, os seus efeitos foram sentidos a mais de duzentos
quilômetros de distância, quando
testemunhas perceberam ventos extraordinários e umaespécie de chama
jorrando no céu. A quase 500
quilômetros de distância, uma coluna de fogo foi vista no horizonte.
A Gazette Astronomique de Antuérpia, Holanda, escreveu que no dia 30
de junho o céu adquiriu
um tom róseo, que escureceu progressivamente. À noite, por volta de
nove horas, todo o horizonte norte
estava com uma cor laranja carregada, Este tom foi se avermelhando, à
medida que a noite avançava.
Apenas em 1921 Leonid Kulik, membro do Instituto Meteorológico da
Rússia, pode chegar até a
região do choque. Ele colocou em dúvida que uma coluna de fogo
pudesse ser vista na distância
71 Romae, in foro Olitorio, infans semestris triumphum exclamavit; in
foro Boario bos in tertiam contignationem sua sponte
ascendit, atque inde habitatorum tumultu territus, sese dejicit. Navium
species in coelo visa; Spei templum in foro Olitorio
fulmine ictum; Lanuvii hasta se commovit; corvus inaedem Junonis
devolavit, atque in ipso pulvinario consedit; in agro
Amiternino multis locis hominum specis procul candida veste visae; in
Piceno lapidibus pluit; in Sardinia, in muro circumeunti
vigilias equiti, scipio, quem manu tenebat, et in Sicilia aliquot militibus
spicula arserunt, litora crebris fulserunt ignibus; milites
fulminibus citi; solis circulus minui visus est; Praeneste ardentes
lampades de coelo ceciderunt; Arpis parma in coelo; luna cum
sole certare, et interdum etiam duae lunae visae; Caerete aquae sanguine
mixtae fluerunt; fons Herculis sparsis hinc inde
maculis cruentis manavit; Antii metentibus cruentaein corbem spicae
ceciderunt. p38 Faleriis coelum findi visum; sortes sua
sponte attenuatae; Mavors telum suum quassavit; signum Martis in
Appia via ad simulacra luporum sudavit; Capuae coelum
ardere visum, navium species in coelo visae; Spei templum de coelo
tactum, terra horrendo motuconcussa est, caprae lanatae
quibusdam factae, galina in marem, gallus vero in gallinam versus.
Eodem anno Hannibal Hetruriam invasit, Romani ad
Thrasimenum lacum cruente proelio victi sunt. (Prodigiorum Libellus,
Juli Obsequentis. Cap. XXXI. Cn. Servilio Gemino.
C. Quintio Flaminio II, coss.).
55
assinalada pelas testemunhas, porque (para ele) a coluna devia ter se
elevado a mais de oitenta
quilômetros de altura.
Em 1945, o professor Zolotov esteve no local, e verificou que o solo
possuía uma “fertilidade
anormal”. Entretanto, ele excluiu a possibilidade de uma explosão
atômica. Um astrônomo russo,
Astapovitch, declarou que “... no preciso momento que o bólido era
seguido [observado], um som
estranho de origem desconhecida, talvez elétrica, se fez ouvir; a sua
realidade foi confirmada no casode
nomerosos bólidos durante os últimos anos”.
72
2.7 – Avistamentos na Idade Moderna
A partir do Renascimento e do Iluminismo, com a crescente difusão do
conhecimento científico
(principalmente a partir da invenção da luneta e dos primeiros
telescópios), a observação de objetos
aéreos, realizada por astrônomos, teve relatos constantes, principalmente
através da nascente imprensada
época (séc. XVII em diante).
Observações ocasionais, que jamais chegaram a influenciar a opinião
pública, tiveram lugar em
fins do séc. XIX e início do séc. XX. Objetos em forma de balão (tipo
charuto), deslocando-se lentamente,
foram avistados nos EUA, em meados de 1897, principalmente nos
estados do Texas e da Califórnia.
De acordo com Edward Ruppelt
73
, “as aparições começaram na Baía de São Francisco,na tarde de
22 de novembro de 1896, quando centenas de pessoas que voltavam do
trabalho para casa viram um
enorme objeto escuro, em forma de charuto, com asas curtas, voando
para noroeste sobre a cidade de
Oakland.”

Monte Washington – 1870

Itália

72
Um meteoro flamejante, ao atravessar a atmosfera auma determinada
velocidade, provoca sons sibilantes ou crepitantes que
poderão ser ouvidos a vários quilômetros de distância, na denominada
“audição eletrofônica” (ou também“som brontofônico”
– brontophonic sound), um som que se produz nas imediações da cabeça
doouvinte devido à conversão de ondas
eletromagnéticas de freqüência desconhecida em ondas audíveis, no
interior do cérebro. (Veja-se: Strange Sounds from the Sky.
In: www.rand.org/pubs/papers/2009/P2894.pdf; Electromagnetic
Disturbances During the Hypervelocity Entry of Large
Bodies Into the Earth’s Atmosphere, In:
pdf.aiaa.org/downloads/1963/1963_456.pdf?CFID=3118869).
Igualmente, se um UFO
se comportar como um meteoro, ele irá provocar os mesmos tipos de
efeitos eletromagnéticos.
73
Citado por Olavo Fontes, médico e pesquisador de UFOs.
56
Também na Europa, especificamente na Inglaterra, foram vistos
dirigíveis. No dia 4 de março de
1909, em Lamburne, Berkshire, um dirigível foi visto pelo sr. Maberly.
O dirigível era provido de um
projetor. No dia 23 de março, em Peterborugh, Northamptonshire, um
policial viu um “objeto oblongo,
escuro, que tapava as estrelas”. Ele possuía uma luz lateral, e emitia um
ruído de motor.
Outros avistamentos foram feitos nos dias 25 de março, e nos dias 2, 7,
8, 9 e 12 de maio. No dia
15, o aparelho foi visto seguindo uma rota que incluiu as seguintes
cidades: Newport; Yarmouth
(Norfolk); Northampton; Lowestoff (Suffolk); Momouth.
No dia 17 de maio foi avistado na Irlanda, primeiroem Belfast e depois
em Brecon. Depois, foi
visto novamente na Inglaterra, nos dias 19 e 22 de maio, nas cidades de
Cardiff, Pontypool, Norwich,
Maesteg e Aberyswyth. No dia 24 de maio foi visto pela última vez, em
Swansea.
No dia 16 de junho de 1909 um bólido de forma alongada e com
extremidades truncadas foi visto
sobrevoando a cidade de Tonquim, na Nova Zelândia, no sentido Oeste-
Leste, emitindo uma forte luz.
Outras cidades da Nova Zelândia também testemunharam, por sua vez, o
fenômeno.
Em 18 de dezembro de 1909 um enorme aparelho iluminado, com o
formato de charuto, foi visto
por marinheiros entre Boston e Presque-Isle. No dia22 de dezembro de
1909 uma “nave aérea” foi vista
sobre Worcester e depois sobre Boston, Willimanti eLynn, nos EUA.
O objeto em forma de charuto foi visto também em 1910, em
Chattanooga, Tennessee, e depois
em Huntsville, Alabama.
Em 4 de maio de 1910 um objeto aéreo foi visto nos céus ucranianos.
Em 1913, uma bola de fogo
que lembrava a explosão sobre Tunguska foi vista noVale de Struma,
Bulgária. Em 1914 foi vista outra
bola de fogo, desta vez na Romênia. Também em 1914 um objeto
avermelhado foi visto por uma família
em Bujoreanca, pequena aldeia da Romênia.
Objetos não identificados foram vistos na Romênia em 1926, 1927, 1928
e 1931 (dos que foram
relatados).

Nova Iorque – 20 de março de 1950

57
Na década de 1930 observaram-se aeronaves desconhecidas em rota
regular nos céus da
Escandinávia, voando em locais ermos em pleno mau tempo (na época,
os biplanos – de duas asas – não
ofereciam absolutamente nenhuma segurança para tal tipo de vôo).
É provável, no entanto, que fossem aviões russos. A Rússia, que criara o
Instituto de Aviação de
Moscou (atualmente, Universidade Aeroespacial de Moscou) em 1930,
tinha enveredado na tentativa de
construir enormes fortalezas voadoras. Uma das maisfamosas foi o
modelo Kalinin K-7,
74
de dez
motores. Enquanto os aviões da época costumavam usar duas asas (asas
duplas), os russos começaram a
testar aviões de uma só asa.

Avião K-7 (Rússia – 1930’s) – Visão artística

Visão lateral do K-7 (visão artística)

74
Projetado por Konstantin A. Kalinin, ele tinha 53 metros de envergadura
de asa e cerca de 452 m
2
de superfície. Testado em
um túnel de vento em 1928, foi construído um protótipo em 1929.
Apenas em 1947 os EUA construiram algoequivalente. O
milionário americano Howard Hughes construiu um gigantesco hidro-
avião, o H-4 Hércules, que tinha oitomotores e era feito
de madeira. Emntretanto, fez apenas um voo, duranteo qual mal saiu da
superfície da água.
58

Mapa da região do Báltico

Em 1933 o jornal New York Times noticiou um voo desconhecido


durante uma forte tempestade
de neve sobre os céus da cidade de New York (principalmente
Manhattan). O avião, embora fosse ouvido
em razão do barulho ensurdecedor que fazia, não eraabsolutamente
visível. Posteriormente, não se soube
de nenhum avião que se tivesse perdido durante a tempestade, nem
houve mais sinais do mesmo. Em
1934 registrou-se uma ocorrência semelhante nos céus de Londres.
Em 1946 foram vistos vários objetos voadores misteriosos sobre a
Finlândia, que tinham a forma
semelhante à da bomba V-2 alemã. Ainda neste ano foram observados
mais de dois mil objetos sobre as
regiões norte e central da Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca. A 12
de outubro deste ano, o governo
sueco disse que 200 objetos tinham sido captados por radar, objetos estes
que não eram fenômenos
celestes, alucinações ou aviões conhecidos.
De acordo com o engenheiro alemão Ulbricht Rittner (ver item 2.6.1), a
Rússia teria, logo após a
guerra com a Alemanha, instalado 16 bases para foguetes (que seriam
capazes de transportar duas
toneladas de explosivos até um alcance estimado de 5.000 quilômetros),
e também teria feito experiências
com os modelos V-8 e V-9. Desse modo, o mais provável é que os
objetos voadores vistos sobre a
Escandinávia fossem experiências militares russas de lançamento de
foguetes.
Conforme noticiado pelo Zaarbrucker Zeitung, de 28 de junho de 1952,
seis aviões a jato
noruegueses voando sobre os estreitos de Hinlopen teriam descoberto
um enorme disco de metal azulado,
caído sobre a neve. Um grupo de oficiais da Força Aérea Norueguesa
aterrissou com aviões providos de
esquis perto ao objeto e iniciou uma investigação. O aparelho tinha cerca
de 40 metros de diâmetro, era
feito de um metal aparentemente desconhecido e parecia ser teledirigido.
Na parte central tinha uma
cúpula transparente. Sua propulsão era feita por jatos dispostos ao redor
do disco.
Ao ser aberto, os investigadores puderam ver no equipamento de bordo
símbolos em russo. O
objeto foi transportado para Narvik de navio. O governo norueguês,
entretanto, negou tal ocorrência.

Visão artística do K-7 junto com um suposto disco-voador russo


Visão artística do K-7 junto com um suposto disco-voador russo

Posteriormente, a imprensa norueguesa noticiou que não havia provas


que pudessem apontar a
origem russa do objeto.
64
2.7.1 – A Avançada Ciência Nazista
Mesmo na Alemanha, as pesquisas secretas sobre armas (aviões e
foguetes)
77
conduziram a um
avanço tecnológico que superava em muito a tecnologia dos Aliados.
Além das famosas bombas V, os
alemães desenvolveram mísseis teleguiados por rádiocontrole ou por
televisionamento.
78
Mísseis alemães da Segunda Guerra Mundial
Havia também projetos alemães para um avião do tipoAsa Voadora,
79
cujo raio de ação deveria
permitir-lhe atingir Nova York, carregando em seu bojo uma bomba
atômica.
80
Mas parece que a ciência
nazista avançou muito mais, conforme se verá agora.
Um ex-oficial do exército alemão, Ulbricht von Rittner, que teria
trabalhado nas pesquisas dos
foguetes nas bases de lançamentos de Swinemünde e Peenemunde
81
, afirma que além da V-1 e da V-2,
77
Realizadas na década de 1930.
78
Em uma antecipação do que se veria na Guerra do Iraque (primeira),
com os mísseis guiados por mira laser.
79
Projetos alemães avançadíssimos de aviões secretospodem ser visto no
Apêndice VIII.
80
A Asa Voadora Americana, projetada e construída por Jack Northrop,
voou pela primeira vez em 1946. Em1949, sob a
denominação YB-49, atravessou os Estados Unidos como presidente
Truman a bordo. Era, entretanto, bastante instável, o que
a tecnologia da época não podia corrigir. Apenas a atual Asa Voadora B-
2, com tecnologia Stealth e comdezenas de
computadores a bordo continuamente corrigindo o seuvoo, conseguiu
firmar-se como um bombardeiro confiável.
81
Onde mais de três mil técnicos e cientistas alemães faziam pesquisas
sobre foguetes. A maioria dessescientistas, incluindo o
chefe da equipe, Manfred von Ardenne, foram capturados pelo Exército
Vermelho e levados para a Rússia,aonde viriam a
65
existiam projetos para a construção do V-7 (que teria a forma
arredondada dos discos voadores) e dos
foguetes V-8 e V-9, de alcance intercontinental (Ver: SIMÕES, 1959, pp.
237-250).
Um engenheiro aeronáutico alemão e ex-coronel, Richard Miethe,
declarou à revista France-Soir
(7 de junho de 1952) que ele teria ajudado a construir um disco-voador
(o V-7) em 1944. Miethe afirmou
ainda que ele teria comandado um grupo de técnicos do 10º Exército
alemão, a partir de abril de 1943, em
Essen, Stettin e Dortmund, onde as pesquisas foram realizadas. Os
motores dessa nave teriam sido
encontrados pelos russos em Breslau, ao fim da guerra, e dos seis
engenhos que ainda funcionavam, três
foram levados por eles. De acordo com Miethe, um aparelho teria sido
testado no Báltico, em 17 de abril
de 1944. Um outro aparelho, montado em Peenemunde, teria sido
construído sob a supervisão do
engenheiro alemão Heinrich Fleischner. Ele afirma que a Wehrmacht
teria destruído a maior parte dos
aparelhos, inclusive a documentação principal de pesquisa. Afirma-se
que outros cientistas, tais como
Klaus Habermohl, Hermann Klaas e Viktor Schauberger, teriam
trabalhado em antigravidade, por esta
época.
A cidade de Essen, uma das bases para a construção do V-7 citadas, foi
palco de um estranho fato
ocorrido em 1939, pouco antes da invasão da Polônia. De acordo com
Stringfield,
82
Tivemos informações a respeito de um acontecimento altamente
estranho que teve
lugar na cidade de Essen. Os fatos referentes a este caso nos foram
narrados por
uma fonte fidedigna, o filho de um antigo membro doDepartamento do
Interior dos
Estados Unidos que se achava na Alemanha, durante overão de 1939,
com uma
missão de espionagem. Durante a hora do rushtudo aquilo que era
elétrico ou
mecânico parou de funcionar – automóveis, ônibus, bondes,
motocicletas e
relógios. Seu pai, que lá se encontrava, recordava-se que, durante o auge
da crise,
que durou dez minutos, não havia um só carro que tivesse podido tocar a
buzina!
(...) Os jornais alemães não divulgaram o incidente, mas um comunicado
descrevendo os efeitos da arma suspeita foi enviadoa fontes em
Washington.
83
(STRINGFIELD, 1980, p. 90).
De acordo com o escritor Nigel Pennick,
participar dos projetos de pesquisa espacial militar desse país. O
Exército Vermelho, tendo capturado também as fábricas de
peças de foguetes localizadas em Treptow, Strelitz,Anklan, etc.,
desmontou-as e transportou-as todas para a União Soviética.
82
Stringfield menciona em outra parte o ocorrido na Base norte-americana
de Nha Trang, Vietnã, por volta de 1966. Segundo
testemunho do Sargento Wayne Dalrympe, tudo que funcionava na Base
deixou de funcionar, quando um UFO pairou sobre
ela. Em suas palavras, “(...) O que realmente impressionou a todos é o
fato do OVNI ter parado, ou talvez não estivesse parado,
mas de qualquer maneira o gerador deixou de funcionar e tudo ficou na
mais completa escuridão. E na Base Aérea, que se acha
a ¼ de milha daqui, todos os geradores pararam e dois aviões que já
estavam na pista prontos para decolar ficaram com os
motores afogados... Durante 4 minutos nenhum carro,caminhão, avião
ou fosse lá o que fosse funcionou.Temos 8 escavadeiras
imensas que estão abrindo estradas nas montanhas e elas deixaram de
funcionar e os faróis também se apagaram.”
(STRINGFIELD, 1980, p. 219).
83
Achava-se, na época, que fossem testes de uma armasecreta de Hitler.
(Nota de LGA).
66
(...) vários “transmissores” misteriosos foram postos em alguns “pontos-
chaves” do
Reich. Em 1938, o Brocken, famoso monte nas montanhas Harz, foi
testemunha de
um trabalho febril. (...)
Esse transmissor era muito estranho, uma torre rodeada de postes com
protuberâncias na ponta. Um sistema similar estava sendo construído ao
mesmo
tempo no pico de Feldberg, perto de Frankfurt. Quando a operação
começou, havia
relatórios de estranhos fenômenos nas vizinhanças da torre de Brocken.
Automóveis que por lá passavam perdiam subitamente a ignição. Uma
sentinela da
Luftwaffe logo alcançava os automóveis avariados e dizia aos atônitos
motoristas
que não adiantava tentar religar os motores. Após alguns instantes, a
sentinela dizia
ao motorista que o engenho poderia funcionar de novo, e o carro
“pegava”.
Anos mais tarde, após a guerra, esse fenômeno foi várias vezes relatado
em
associação com OVNIs, e suas aparições. Quaisquer que fossem suas
funções, os
“transmissores” emanavam um campo de energia suficientemente forte
para que os
circuitos elétricos dos carros próximos fossem afetados. (PENNICK,
1981, p. 189).

Supostos projetos alemães de disco-voadores


67
De acordo com o autor Henry Durrant,
8
O perito alemão em aeronáutica Rudolf Lusar escreveu um livro
extremamente
interessante sobre as armas secretas alemãs da Segunda Guerra Mundial
(Les armes
sècretes allemandes de la Seconde Guerre Mondiale). Nessa obra ele
declara com
segurança que “... os cientistas e pesquisadores alemães foram os
primeiros a dar os
primeiros passos em direção a estes discos voadores...” E prossegue: os
peritos e
colaboradores desse trabalho confirmam que os primeiros projetos,
chamados
discos voadores, foram iniciados em 1941.” Lusar escreve que os planos
de tais
discos foram desenhados por dois técnicos alemães, Schriever,
Habermohl e um
italiano denominado Bellonzo. Um outro técnico alemão, Miethe, foi
depois
associado ao projeto. Segundo Lusar, “Habermohl e Schriever
decidiram-se por um
anel de larga superfície que giraria em torno de umhabitáculo fixo em
forma de
cúpula.” Schriever e Habermohl, que trabalhavam em Praga, decolaram
com o
primeiro disco a 14 de fevereiro de 1945.
85
Em três minutos subiram a uma altitude
de 12.000 milhas e atingiram uma velocidade de 2.000 km/h em voo
horizontal!
Lusar termina afirmando que ... essa experiência, que custou milhões,
estava quase
terminada no fim da guerra. Os modelos de “discos” foram destruídos
antes que os
russos chegassem, mas as instalações não puderam ser completamente
destruídas.
Em um documento datado de 18 de agosto de 1952, a CIA informava
que discos voadores eram
construídos na Alemanha desde o ano de 1941. Entretanto, é possível
que já em 1934 a Alemanha tenha
construído um protótipo, o RFZ1, ao qual se seguiria o RFZ2, construído
em 1941. Posteriormente,
deveriam ser construídos os modelos VRIL e o HAUNEBU, aos quais se
seguiriam outros modelos ainda
mais avançados, o RFZ5, o RFZ7 T, bem como os modelos HAUNEBU
II (este teria 26 m de diâmetro e
atingiria uma velocidade de 6.000 km/h), o HAUNEBU III e o
ANDROMEDA (este seria uma espécie de
Charuto Voador, capaz de transportar diversos discos voadores em seu
interior). O fim da guerra impediu
que fossem construídos.

Detalhes do HAUNEBU III


Fotos de supostos discos nazistas

Documento da CIA
Detalhes do HAUNEBU II

Detalhes do ANDROMEDA

Projeto alemão de Asa Voadora


2.7.2 – As Pesquisas Americanas
É possível que um inventor norte-americano, Jonathan Edward
Caldwell, estivesse já em 1935
fazendo experiências com objetos voadores circulares. Em 1928 ele
criara uma companhia chamada
Gravity Aeroplane Companyna cidade de Reno, Nevada. Esta
companhia tentou fabricar um tipo de
avião chamado cyclogyro.

Cyclogyro

Em 1949 foram encontrados os restos de dois tipos de aparelhos no


formato de asa voadora
circular (discos-rotores) em uma usina abandonada em Glen Burnie,
Maryland. Caldwell os teria
destruído por não ter conseguido auxilio financeiro, apesar de os
protótipos terem funcionado
satisfatoriamente.
86
86
Um francês, Henry Coanda, anunciou em 1966 que através do chamado
efeito Coanda, seria possível conseguir fabricar
aviões do tipo disco voador (que ele chamava aeródino lenticular). O
Efeito Coanda é usado em aplicações especializadas
para aumentar a quantidade de sustentação fornecidapelos flapes. Em
vez de alterar apenas o formato da asa, o ar comprimido
pode ser forçado através de grandes aberturas na parte superior da asa
(ou flapes) para produzir sustentação extra. (Veja-se o
Capítulo IV).
73
Em 1947 foi concedida a patente US 2.912.244, para a invenção de um
objeto voador discóide
feita pelo inventor norte-americano Otis T. Carr. Ainvenção, como
sempre, não atraiu maiores atenções
do Establishmentcientífico.

Nave discóide de Otis Carr

Uma tentativa oficial canadense/americana de construir um disco voador


deu-se com o Avro
Canada VZ 9V Avrocar,
87
um engenho experimental equipado com uma turbina agás, que deveria
atingir
grandes altitudes e voar a pelo menos 550 km/h. As provas em campo,
contudo, foram decepcionantes,
porque ele mal se mantinha a algumas dezenas de centímetros do solo, e
fazia apenas 65 km/h.
87
Os ilustradores Mark McCandlish e Brad Sorenson, que trabalharam
para a indústria aeroespacial
nos EUA (General Dynamics, Lockheed, Northrop, McDonald-Douglas,
Boeing, Rockwell International,
Honeywell e Allied Signet Corporation), foram testemunhas (década
1960/1970) da presença de veículos
alienígenas perfeitamente operacionais em bases da Força Aérea (Base
Westover da Força Aérea e Base
Norton da Força Aérea), quem funcionavam com antigravidade.
McCandlish apresentou um desenho de uma nave discoidal de “fluxo-
linear” (que estaria de posse
do governo norte-americano), a qual funcionaria segundo os princípios
de gravidade descobertos pelo
físico Townsend Brown (ver pp. 192-193).
8

Desenho de nave feito por Mark McCandlish

Quaisquer que tenham sido os disco voadores construídos (alemães,


russos, ou mesmo norte-americanos), de todo modo sua tecnologia seria
uma tecnologia terrestre, e assim, seriam objetos voadores
sujeitos à inércia gravitacional e à resistência doar, e por isso incapazes
de reproduzir os voos de UFOs.
Nas décadas de 1930/1940/1950 não se conhecia nada mais avançado do
que as válvulas termoiônicas (na
eletrônica), pesadas e volumosas; motores a hélice (de início) com
combustíveis pouco eficientes; e uma
metalurgia que deixava a desejar.
Pensar que os UFOs que começaram a ser vistos em massa a partir de
1947 fossem de tecnologia
terrestre, é super-estimar em demasia essa tecnologia. Além disso, se os
discos voadores construídos pelos
nazistas tivessem se tornado operacionais, o resultado da guerra poderia
ter sido outro.

2.8 – Os Casos Clássicos de Avistamentos


2.8.1– O Caso Dahl
Antes que ocorresse o avistamento feito por KennethArnold, o que deu
início à era dos UFOs
(veja-se adiante), ocorreu um estranho, bizarro e misterioso incidente
que, por si só, viria a ser um resumo
de tudo o que viria a se produzir no futuro. O relato aqui transcrito foi
feito pelo Comandante Auriphebo
B. Simões.
90
Três dias antes de Arnold ter avistado os seus célebres nove discos,
Harold A.
Dahl, comandante de um pequenino barco guarda-costas, em companhia
de seu
filho de quinze anos e dois outros membros da tripulação, viu uma
formação de
seis estranhos objetos voadores, em forma de anel. Esses objetos
pairavam sobre o
mar agitado, a 600 metros de altura, sob um céu carregado. A aventura
ocorreu nas
proximidades de Tacoma, Estado de Washington, não muito distante de
onde
Arnold viu os seus discos.
A princípio, Dahl julgou que eram balões, até que os objetos começaram
a mover-se ao redor de um outro, que aparentava ter sofridoum
desarranjo. Este último
aparelho, subitamente, baixou, sendo seguido pouco depois pelos demais
que se
mantiveram em nível ligeiramente mais elevado; sempre a acompanhar
as
evoluções do disco que parecia ter sofrido um desarranjo. Sem exceção,
todos os
aparelhos se moviam silenciosamente. Mediam trinta metros de diâmetro
e a parte
oca no centro, que lhes emprestava a aparência de anéis, aparentava ter
apenas sete
metros. Refletiam a luz solar, como se feitos de metal polido e possuíam
grandes
janelas laterais, igualmente espaçadas entre si.
Dahl acreditou que a máquina desarranjadapudesse, repentinamente, cair
ao mar,
e, por medida de segurança, desviou o seu barco para a praia próxima.
Ao mesmo
tempo tirou quatro fotografias dos discos.
Cinco minutos mais tarde, um dos discos destacou-seda formação e
estacionou
junto daquele que demonstrava necessitar de auxílio. Em seguida, ouviu-
se um
ruído surdo ao mesmo tempo em que o disco que funcionava mal
começou a alijar
uma espécie de metal derretido sobre o mar e sobre a praia. Temendo
que o barco
fosse atingido, Dahl, seu filho e os dois tripulantes manobraram
rapidamente para
abrigar-se entre os rochedos; entretanto, esse intento não foi conseguido
antes que o
filho de Dahl fosse atingido no braço e um cão morto pelo metal em
fusão.
Eventualmente, todos os discos dispararam em direção ao mar e
desapareceram.
90
O caso é conhecido como Incidente da Ilha Maury. A transcrição aqui
feita, de várias páginas, o foi por dois motivos: pela
riqueza de informações sobre o início da era UFO; por estar em uma
obra atualmente esgotada e de difícil acesso aos
pesquisadores.
77
Dahl colheu alguns pedaços do metal, já então frio,e regressou a
Tacoma, onde
vivia.
De volta ao lar, Dahl levou seu filho a um hospital, para os necessários
curativos.
Em seguida, foi relatar a aventura ao seu superior,Fred L. Christman, a
quem
entregou as chapas fotográficas e os pedaços de metal que havia colhido
na praia e
no barco.
Mais tarde, Christman se dirigiu à ilha Maury para localizar as vinte
toneladas de
metal alijadas pelo disco, segundo as estimativas de Dahl. Entrementes,
os filmes
fotográficos foram revelados mostrando os estranhosaparelhos, porém as
chapas
pareciam ter sido expostas a alguma espécie de radiação e não eram
nítidas.
Dahl e Christman propuseram vender a história a umarevista de
Chicago; seu
editor, para constatar a veracidade do que ambos ospatrulheiros
relatavam,
contratou um peritono assunto para uma investigação no local. Esse
peritofoi,
nem mais nem menos, Kenneth Arnold, o descobridor dos discos
voadores.
91
No dia seguinte à sua estranha aventura na Ilha Maury, um desconhecido
procurou
Dahl em sua residência e convidou-o a acompanhá-lo até o hotel, onde
falariam
sobre negócios. Dahl concordou. No saguão do hotel,o desconhecido
pôs-se a
contar a Dahl, tudo o que este havia presenciado navéspera. Terminou
por dizer
que o patrulheiro havia assistido acidentalmente, um fenômeno que por
todos os
motivos deveria ser mantido em segredo. Antes de retirar-se, para nunca
mais ser
visto, o desconhecido frisou que, para o bem de Dahl e de sua família,
seria melhor
não divulgar o que havia presenciado.
Entretanto, Kenneth Arnold chegou a Tacoma e foi entrevistar
Christman, chefe de
Dahl. Foi quando Arnold teve conhecimento de um terceiro episódio da
fantástica
história. Christman contou-lhe que, dois dias após a aventura de Dahl,
havia
tomado uma lancha e fora à Ilha Maury, onde encontrara, realmente,
toneladas de
metal derretido, solidificado sobre a areia. Enquanto colhia alguma
quantidade
desse material, um aparelho diferente do que Dahl havia descrito, havia
saído de
dentro de uma nuvem e pusera-se a circular sobre o local. Este aparelho,
de forma
tubular, parecia ter janelas de observação e brilhava so sol, como se
fosse de metal
polido. Satisfeita a sua curiosidade, Christman havia regressado a sua
casa, sem
novos incidentes.
Arnold percebeu que era sabedor de um assunto, do qual não tinha
perfeita
capacidade de julgamento. Lembrando-se de um seu conhecido, oficial
do Serviço
de Inteligência, da Base Aérea de Hamilton, telefonou-lhe relatando o
que sabia.
Esse oficial tomou as providências necessárias, e, em 31 de julho, aquela
Base
Aérea enviou a Tacoma o Tenente Brown e o Capitão Dawson,
92
a bordo de um
avião militar, para que fossem feitas as investigações. Os dois oficiais,
depois de
91
Naturalmente, a sua recente notoriedade advinda da“descoberta” dos
discos voadores pareciam torná-loa pessoa certa para
esta incumbência (nota de LGA).
92
Ruppelt chama-o de Capitão Davidson (nota de Simões).
78
ouvirem o que Arnold tinha a contar, disseram-lhe ter ordens rigorosas
para
regressarem imediatamente, depois de obterem as amostras do material
colhido na
Ilha Maury. Esse material seria transferido para a Base Aérea de
Hamilton.
Ruppelt nos conta que esses oficiais perceberam logo que se tratava de
uma história
sem fundamento. Por esse motivo, desculparam-se junto a Arnold, a
quem não
queriam embaraçar, em retribuição ao zelo e honestidade por ele
manifestados. Os
oficiais declinaram do convite para irem até a IlhaMaury e aprestaram-se
para
partir. Em consequência, Arnold ajudou-os a embalaro material que
constituía a
prova e acompanhou-os até a porta do hotel, onde ambos os oficiais
tomaram um
carro que os levaria até o aeroporto local.
Aqui, voltamos ao reino da fantasmagoria.
Um indivíduo não identificado, possivelmente o mesmo que fora
anteriormente
visitar Dahl e que o ameaçara – telefonou à redaçãodo The Tacoma
Timese
revelou todos os detalhes da conferência mantida por Dahl, Christman,
Arnold e os
dois oficiais. A conferência tinha sido realizada aportas fechadas, numa
dependência do hotel e, no entanto, o informante conhecia todos os seus
detalhes.
Foram dadas buscas cuidadosas no hotel, a fim de verificar de que
maneira poderia
a entrevista ter transpirado. Tudo inútil.
Teria algum ente invisível estado presente à conferência?
Na manhã seguinte, chegaram a Tacoma as primeiras notícias de uma
tragédia que
envolvia a todos que tinham tomado parte no caso daIlha Maury. O
avião pilotado
pelo Tenente Brown e o Capitão Dawson, havia sofrido um acidente
após a
decolagem. Brown e Dawson estavam mortos. Havia a bordo dois outros
passageiros, que se salvaram, saltando de paraquedas. Nas investigações
posteriormente realizadas, estes declararam que, subitamente, havia se
manifestado
um incêndio no motor esquerdo do B-25 e que os doisoficiais os tinham
obrigado a
saltar.
Há aqui uma estranha circunstância: o fogo manifestara-se após a
decolagem e o
avião espatifou-se contra o solo, somente onze minutos depois que os
dois
passageiros civis saltaram em paraquedas. Durante esses onze minutos,
Brown e
Dawson poderiam ter feito o mesmo, ou comunicado àsbases mais
próximas que se
achavam em perigo.
Por que não saltaram?
Por que não comunicaram que estavam em perigo, quando é certo que,
nos Estados
Unidos, os aviões ficam em contato permanente com os postos de
controle?
Ocorre uma hipótese: Brown e Dawson cederam seus únicosparaquedas
para os
dois civis e, logo que viram o fogo no motor, desligaram todos os
circuitos
elétricos, não podendo, por conseguinte, efetuar qualquer comunicação
via rádio.
E eis que, novamente, o homem misteriosos intervém!
79
Doze horas antes da Força Aérea Americana ter liberado a notícia do
acidente,
alguéminformou à imprensa o nome dos pilotos mortos, a espécie de
carga que o
avião transportava e para onde ela se destinava.
Inquirido, Arnold negou categoricamente que tivessesido o autor da
revelação à
imprensa ou a qualquer outra pessoa. Uma comissão investigadora foi
enviada ao
local do desastre, porém a mais rigorosa busca não logrou encontrar o
mais leve
traço do metal proveniente da Ilha Maury e que se achava a bordo do
avião
sinistrado.
Pela última vez, em conexão com o caso da Ilha Maury, o homem
misterioso
aparece em cena, praticando desta vez, a mais impressionante de suas
intervenções.
No primeiro dia de agosto, pelo telefone, uma pessoa não identificada,
informou às
autoridades de Tacoma que o avião de transporte da Marinha, o C-46
desaparecido
no Estado de Washington – o mesmo que Arnold estavatentanto localizar
quando
avistou os discos, na semana anterior – seria encontrado destroçado, na
encosta
sudoeste do Monte Rainier. Acrescentou o informante: “O avião foi
abatido, porque
nele havia pessoas com informações que nósnão queremos que sejam
divulgadas.”
– Nós?
O C-46 foi efetivamente localizado no lugar apontado. Oito homens
subiram à
geleira e descobriram os destroços do aparelho, mas, segundo Wilkins,
os corpos
dos 32 fuzileiros navais, que se encontravam a bordo, nunca foram
encontrados.
(SIMÕES, 1959, pp. 30-34).
Notícia da queda do avião B-25

Primeira Página do Magazine Maury Island Mistery,


da Key Comics.

2.8.2 – O Caso Kenneth Arnold


Foi em junho de 1947 que a opinião pública, por assim dizer, teve
consciência da existência dos
UFOs, e uma nova era teve início.
93
Em 14 de junho desse ano, Kenneth Arnold, presidente de uma
empresa de extintores de incêndio em Boise, Idaho, pilotando um
pequeno avião de sua propriedade, ao
viajar de Chehalis, Washington DC, para Yakima, Washington, soube
que um avião tinha caído nas
imediações do Monte Rainier. Como estava próximo à sua rota, desviou-
se para participar das buscas.
94
Ao aproximar-se das cercanias deste Monte, avistou uma formação de
objetos voadores que ele não
conseguiu identificar, e que voavam a alta velocidade, maior do que a
dos mais rápidos aviões da época.
Arnold notou que os objetos voadores não possuíam cauda, como os
aviões normais, e que tinham a
aparência de um pires (saucer) invertido. Ao chegar ao seu destino, ele
comentouo fato com alguns
colegas pilotos; o episódio chegou ao conhecimento dos jornalistas, que
lhe deram ampla cobertura,
tornando bastante conhecida a expressão flying saucer (pires voador; em
português, transformou-se na
expressão disco voador).

Primeiro número da revista FATE, com artigo de


Kenneth Arnold, “A Verdade sobre os Discos-Voadores”
Revista popular sobre UFOs

Quando Arnold divulgou suas observações aos jornalistas, ele teve


sucesso não por ter dito
(inicialmente) que tinha visto naves alienígenas, mas por ter afirmado ter
visto estranhas naves aéreas, que
foram tomadas por todos como sendo aeronaves misteriosas e
avançadas, e certamente, americanas. Na
época, faziam grande sucesso entre o público as tentativas da Força
Aérea de ultrapassar a barreira dosom
(ou seja, voar mais rápido do que a velocidade do som – Mach 1). Esta
barreira só veio a ser rompida
cerca de quatro meses após o avistamento de Arnold.
A primeira pessoa a romper a barreira do som foi o piloto Major
(posteriormente General-Brigadeiro) Charles Elwood “Chuck” Yeager.
Pilotando um avião Bell-X1 experimental, Yeager alcançou
a velocidade Mach 1 a uma altitude de 15 km (45.000pés), em 14 de
outubro de 1947.
Avião Bell X-1

Pesquisadores ufológicos posteriores descobriram que os objetos vistos


por Arnold (e conforme
ele próprio já tinha reiterado) não tinham o formato discóide, mas sim
um formato de meia-lua.

Kenneth Arnold mostrando um dos


objetos que ele afirma ter visto

2.8.3 – O Extraordinário Caso Mantell


O primeiro fato impactante com objetos voadores nãoidentificados
ocorrido após o evento Arnold
ocorreu em 1948, a sete de janeiro.
Neste dia, um objeto prateado em forma de disco foiavistado sobre
Louisville, Kentucky,
emitindo uma luminosidade avermelhada. A base aéreade Fort Knox foi
avisada pela polícia. Quando os
radares acusaram o objeto, o comandante da Base Godman, situada ao
lado de Forte Knox, Coronel Guy
F. Hix, enviou alguns jatos P-51 de reconhecimento.
96
Os jatos eram pilotados pelos Tenentes Hendricks,
Clements e Hammonds, bem como pelo Capitão-Aviador Thomas F.
Mantell, de 25 anos, um veterano da
Segunda Guerra Mundial e piloto altamente qualificado.

Durante a perseguição ao objeto, foi mantida a seguinte comunicação


com a Torre de Controle de
Godman:
97
15:02 h – Visão boa – ainda não vejo nada – altitude de voo: 9.500
metros –
continuo subindo.
15:09 h – Altitude de voo 10.400 metros – ainda nada.
15:11 h – Agora – aqui está o objeto – em forma de disco – enorme,
grande – difícil
de calcular – talvez 70 metros de tamanho – parte superior com anel e
cúpula –
parece rotar com incrível velocidade em torno de umeixo vertical,
central –
altitude de voo: 10.500 metros.
15:12 h – Comunicado do piloto do flanco direito: vejo a coisa – estou
fotografando-a
98
– Mantell está em seu encalço. O objeto se encontra a uns 150
metros do meu aparelho.
99
Procuro me aproximar dele, intercalou o piloto no
flanco esquerdo.
15:14 h – Mantell: mais 900 metros – estou dobrandoa minha velocidade
– devo
alcançar o objeto a todo custo. Tem aparência metálica, brilha
100
- está mergulhado
numa luz amarela, clara – muda de cor, torna-se vermelho, laranja.
15:15 h – Cheguei a uma distância de somente 350 metros
101
– o objeto acelera –
procura escapar – sobe a um ângulo de quase 45 graus.
102
15:16 h – Comunicado do piloto à direita: Mantell quase conseguiu
pegá-lo – pode
ser questão de uns poucos metros – o disco está acelerando – não posso
mais
acompanhá-lo – Mantell desapareceu na camada de nuvens.
Depois de perderem Mantell de vista, Hammond e Clements desistiram
da caça e
pediram autorização para aterrissar; a essa hora, Hendricks já havia
voltado à base.
15:18 h – Mantell: o objeto é enorme – sua velocidade é incrível –
agora...
Apenas às 16 horas o grupo de buscas e salvamento conseguiu localizar
os destroços do avião de
Mantell, que se espalharam por uma área de quase umquilômetro e meio
de perímetro.

A explicação oficial da Força Aérea foi a de que Mantell, em


perseguição ao planeta Vênus, subiu
demais e desmaiou por falta de oxigênio.
103
Mas o planeta Vênus não poderia ser visto através do céu
carregado de nuvens, tal como se apresentava naquele momento.
104
Além disso, os pilotos de caça dessa
época poucas vezes voavam acima de 5.000 metros de altitude, devido à
possibilidade de anorexia.
Atingir 7.000 metros de altitude (como supostamenteMantell teria
afirmado) não seria feito jamais, por
um piloto experiente.
2.8.4 – O Caso Gorman
Em 1º. de outubro de 1948, em Dakota do Norte, o Tenente G. F.
Gorman pilotava um F-51 em
voo de treino, e ao retornar ao campo de Fargo, recebendo autorização
de pouso, percebeu uma luz bem
próxima ao seu avião. Pediu confirmação à Torre de Controle sobre
algum avião perto do seu, e a Torre
informou acerca de um pequeno Piper que já taxiava,aproximando-se da
pista. Gorman partiu atrás da luz
para investigar, e chegou a persegui-la por algum tempo.
Ao chegar mais perto, percebeu que nada havia de material por trás da
luz, pois podia ver através
dela. Era de um branco intenso, com um halo externo, e tinha cerca de
30 cm de diâmetro. A sua
perseguição infrutívera à luz foi testemunhada por várias pessoas no
campo. Posteriormente, Gorman
afirmou que havia “um controle inteligente por trásda luz.”
2.8.5 – O Avistamento na Igreja de São Pedro e São Paulo
Entre as centenas ou milhares de observações ou avistamentos realizados
a cada ano, alguns casos
adquiriram notoriedade devido ao tipo peculiar de sua ocorrência.
Um incidente teve bastante repercussão em 1949. Umafesta religiosa
seria realizada a 19 de
agosto nos terrenos da Igreja de São Pedro e São Paulo, em Norwood,
Ohio, próxima a Cincinnati. O
vigário responsável tinha adquirido um holofote do exército, com uma
potência de iluminação de 8
milhões de velas, para usá-lo durante a festa, e que seria manuseado pelo
Sargento Donald R. Berger. Na
primeira noite, após ligar o holofote e começar a varrer o céu com o
mesmo, o Sargento surpreendeu-se ao
perceber um objeto circular de grandes dimensões, que estava imóvel a
uma grande altitude. Vários
pequenos objetos foram vistos entrando e saindo voando do objeto maior
(Berger posteriormente
minimizou este avistamento, dizendo que poderia seruma nuvem).
Por incrível que pareça, de acordo com os registrosda época, o objeto foi
visto durante quase sete
meses consecutivos, tendo sido fotografado e filmado, além de ter sido
visto por milhares de testemunhas,
inclusive o (à época) diretor do Observatório de Cincinnati, Dr. Paul
Herget. O holofote foi apreendido
pelo exército na noite de 23 de outubro de 1949, tendo sido intimidado o
padre e o Sargento (este foi
103
Leonard Stringfield, um pesquisador geralmente beminformado, afirma,
com base em uma testemunha que conversara com
o comandante de Mantell, que este continuou a perseguição por ser o
único que possuía uma máscara de oxigênio.
(STRINGFIELD, 1980, p. 159).
104
Quando a explicação “Vênus” caiu por terra, a Força Aérea (através do
capitão Edward Ruppelt) disse que Mantell
perseguia um balão meteorológico lançado pelo projeto Skyhook(que na
época era um projeto secreto).
86
obrigado a obedecer às ordens de um General, que veio em um jipe
militar). O objeto, entretanto,
continuou visível até o dia 10 de março de 1950, quando desapareceu e
nunca mais foi visto.
O Sargento Leo Davidson, da polícia de Norwood, tirou fotos do objeto
em 23 de outubro de
1949. Uma filmagem do evento que foi feita (cerca de 25 pés de filme)
foi vista pela última vez, na
WCPO TV Canal 9, em 1952. O filme, ao que parece, desapareceu após
ter sido enviado para a Time-Life.

Fotos do avistamento em Norwood


Fotos do avistamento em Norwood

Imagem ampliada do objeto

2.8.6 – O Incidente na Base Inglesa de Bentwaters


Conforme relata o escritor Yves Naud,
Na noite de 14 para 14 de agosto de 1956, entre 21:30 e 3:30 horas da
manhã, o
condado de Suffolk, no centro leste da Inglaterra, é teatro de múltiplas
aparições de
O.V.N.I. As primeiras observações provêm da base aérea de Bentwaters,
situada a
dez quilômetros a leste de Ipswich, da base de Lakenheath, situada a
trinta e dois
quilômetros a nordeste de Cambridge, e da base de Sculthorne. É o
operador de
radar de Bentwaters quem avista em primeiro lugar um ponto luminoso
deslocando-se a grande velocidade (cerca de 6.400 quilômetros por
hora). Alguns
instantes mais tarde, detecta a 13 quilômetros de Bentwaters, uma
formação de 12 a
15 objetos que se dirigem a velocidades variáveis para o nordeste. A
formação é
precedida por três aparelhos dispostos em triângulo.
Ao fim de 25 minutos, os aparelhos desaparecem do visor do radar. Mas,
nesse
mesmo instante, outra formação aparece no visor. Osmisteriosos
aparelhos
dirigem-se para oeste emitindo um “barulho surdo”.
Pouco tempo depois, é a base de Lakenheath, e depois a de Sculthorne
que
observam os mesmos fenômenos.
106
2.8.7 – O Caso Papua-Nova Guiné
Em 1959 um avistamento original ocorreu, envolvendodezenas de
testemunhas. O chefe da
missão religiosa anglicana na ilha de Nova Guiné (Papua), reverendo
William Bruce Gill, juntamente com
outros colaboradores, amigos e autoridades da ilha,presenciaram o
fenômeno. De início, uma luz surgiu
no céu; ao se agruparem os observadores, diversos objetos em forma de
disco foram vistos entrando e
saindo das nuvens. Uma nave-mãe também foi observada. Os objetos
foram vistos por um período de
mais de quatro horas seguidas, terminando por voltadas 23 horas,
quando teve início uma chuva
torrencial.
No dia seguinte, aproximadamente no mesmo horário do dia anterior
(entre 18 e 19 horas), um
objeto apareceu bem mais próximo, permitindo a visão inclusive de seus
tripulantes, visíveis em uma
espécie de convés. Os membros da missão acenaram com as mãos, e
tiveram a surpresa de ver os
tripulantes do UFO respondendo aos acenos. Sinais de luz em pisca-
pisca, com um farolete, foram
respondidos com o balançar do UFO, de um lado para o outro.
106
NAUD, 1977, pp. 255-256. Outros incidentes viriam a ocorrer em 1980
na floresta de Rendlesham, próxima às Bases
Bentwaters e Woodbridge. Nesta época, foram encontrados (na floresta)
sinais de radioatividade, bem como foram detetadas
anomalias com equipamentos militares. Houve também avistamentos de
UFOs.
88
2.8.8 – O Caso Rybinck
No dia 21 de junho de 1961 um objeto em forma de disco, com cerca de
100 metros de diâmetro,
foi visto sobre a base secreta russa de mísseis em Rybinck, cerca de 150
km ao norte de Moscou. Ele
parecia estar à cerca de 6.000 metros de altura sobre a base. Alguns
discos menores se destacaram e
começaram a sobrevoar a base. O comandante, neste momento, ordenou
que se lançassem mísseis contra
os objetos; os mísseis, contudo, explodiram antes de atingir qualquer um
deles. Um novo lançamento de
mísseis também resultou infrutífero. Antes que se tentasse um terceiro
ataque, toda a energia elétricada
base foi cortada, inclusive os grupos geradores de emergência. Após dez
minutos, a nave maior subiu e
desapareceu, tendo voltado, então, a energia elétrica.
2.8.9 – As Ondas de UFOs
Em 1973 ocorreu uma “onda” ufológica
107
, principalmente nos EUA. Em praticamente todos os
estados norte-americanos foram avistados UFOs, tanto em vôo quanto
aterrissados, bem como foram
vistos muitos de seus tripulantes. Outras ocorrências estranhas e
misteriosas também foram extensamente
relatadas, tendo sido vistos seres peludos, aparentemente imateriais
(quando atingidos por disparos de
armas de fogo, desapareciam em uma névoa ou clarão,sem deixar
vestígios de sangue), bem como
aconteceram diversas manifestações de ordem parapsicológica,
espalhando o medo e a insegurança por
várias localidades. A polícia recebeu muitas queixas, mas nada resultou
de suas investigações.
2.8.10 – O Caso Valentich
Na noite de 21 de outubro de 1978, na Austrália, ocorreu um caso que
envolveu um piloto,
Frederick Valentich e um objeto desconhecido. O inusitado deste
episódio foi que Valentich praticamente
reportou quase toda a ocorrência pelo rádio, do seuencontro com este
objeto.
Durante cerca de sete minutos (iniciando às 19:06 h), em sua
comunicação com Melbourne,
Valentich reportou e descreveu tudo o que acontecia. Pouco antes das
19:13 h só ruídos metálicos foram
ouvidos, após o que as comunicações por rádio subitamente cessaram.
Valentich e o seu avião
desapareceram, e jamais foram novamente encontrados.
Em sua comunicação, Valentich chegou a dizer coisasdo tipo “Aquilo
não é uma aeronave; aquilo
está...”. “Quando passa, parece enorme, bem comprido.” “...a coisa está
orbitando sobre mim também;
tem luzes verdes e um tipo de superfície metálica, porque brilha por
fora.” “Está acima e não é nenhuma
aeronave!”
A transcrição da fita somente se tornou conhecida porque as autoridades
da aeronáutica,
pressionadas pela família do piloto, o fizeram, relutantemente.
107
Verifica-se uma onda quando a quantidade de avistamentos relatados
aumenta extraordinariamente, em relação à média.
89
2.8.11 – Incidentes da Era Espacial
No início da década de 1960 as primeiras comunicações por rádio entre
as naves tripuladas
americanas e soviéticas foram acompanhadas por alguns radioamadores
em terra. Os irmãos Achilles e
Gian Battista Judica Cordiglia (ou Judica-Cordiglia) conseguiram formar
uma rede através do mundo,
rede esta que ficou conhecido como grupo Zeus.
108
Com muita criatividade e esforço, eles tinham
conseguido descobrir as freqüências de comunicação utilizadas. No dia
24 de fevereiro de 1961 quatro
membros do grupo conseguiram gravar uma transmissãoproveniente de
uma nave soviética, que tinha
sido lançada em segredo. Nesta transmissão, uma vozde homem e uma
outra de mulher demonstravam
medo e apreensão, e em seguida o terror, antes de silenciarem
definitivamente. Os soviéticos jamais
contaram o que aconteceu com eles.
109
No dia 13 de maio de 1963 o Major Gordon Cooper setornou o primeiro
astronauta a avistar um
UFO.
110
No mês seguinte, os cosmonautas russos Valeri Bikovski e Valentina
Tereschkova foram
seguidos, de acordo com os seus relatos, por “um corpo ovóide”.
Em 25 de outubro de 1963 um piloto militar americano que voava entre
a cidade de Saint-Louis e
a Base Aérea de Mitchell testemunhou um fenômeno bizarro. Às 18:45
h, ele avistou dois objetos, um
maior e um outro menor. Ao desviar em direção a eles, o piloto percebeu
que ambos pareciam mudar suas
formas, diminuindo de tamanho. Os objetos tomaram um rumo oposto
ao do piloto. Quando se preparava
para retormar o seu curso, o piloto percebeu que osobjetos se juntaram
em uma massa compacta, e logo
em seguida, o objeto “separou-se em uma dezena de pontos luminosos
que se esfumaram.”
Em outubro de 1964 e março de 1965, as naves soviéticas Voskhod
viram cápsulas cilíndricas
lisas e sem marcas de aberturas, que as acompanhavam. Um dos
cilindros foi visto, igualmente, pelo
astronauta americano James A. McDivitt, na Gemini IV, em seu voo de
66 voltas em órbita terrestre
(McDivitt também participou do voo da Apolo IX).
Em 21 de julho de 1969 o primeiro homem a descer na Lua, Neil
Armstrong, teria algo a dizer
sobre isso. Sua declaração foi espontânea, em canalaberto, e foi captada
por radioamadores em todo o
mundo. Isto foi o que ele falou: “– O que você estávendo, Apolo?" “–
Esses ‘bebês’ são enormes, senhor!
Enormes! Oh, meu Deus! Você não acreditaria nisso! Estou lhe dizendo,
tem outras espaçonaves lá fora,
elas estão alinhadas na borda de uma cratera! Elas estão na Lua, nos
esperando!"
De acordo com o ex-cientista da NASA, Maurice Chatelain, as
transmissões da Apolo XI foram
interrompidas por várias vezes para esconder as notícias do público. O
porta-voz da NASA, John
McLeaish, negou que a Agência tivesse feito isso; admitiu, no entanto,
que havia uma demora na
transmissão, causada por “processo eletrônicos”. Deacordo com
Chatelain, os astronautas deviam usar
um código secreto para informar o Controle da Missão quando
avistassem algo fora do comum.
111
108
Veja-se em: http://www.svengrahn.pp.se/trackind/trackin1.htm.
109
Veja-se o Apêndice III.
110
Já vistos, por outro lado, pelos pilotos dos aviões experimentais que já
voavam na alta atmosfera.
111
Um piloto espanhol, José Antonio Silva, declarou em uma conferência
realizada em Victoria, Espanha: "quando eu estava
acompanhando em solo espanhol uma das alunissagens americanas,
pude ouvir a transmissão de um dos astronautas falando da
90
2.8.12 – O Caso Salyut-6
Talvez um dos mais dramáticos e insólitos fatos envolvendo naves
terrestres e UFOS tenha
ocorrido com a nave soviética Salyut-6.
No dia 18 de junho de 1981, o Gosplan (Ministério do Planejamento)
convocou uma conferência
da qual participariam ufólogos, cosmonautas e autoridades soviéticas,
civis e militares. Entre o público,
astrofísicos, professores e membros do Centro Espacial. Todos
receberam passes especiais e foram
revistados por agentes da segurança armados. Gravadores, cadernos de
anitações e máquinas fotográficas
tiveram que ser deixados no vestíbulo.
A reunião foi dirigida pelo chefe do programa espacial soviético,
General Georgi Timofeevict
Beregovoy. Ele fez uma breve apresentação antes quetodos passassem a
ver um filme documentário feito
pelos cosmonautas da Salyut-6. O filme mostrava o que tinha ocorrido
enquanto a Salyut-6 estava em
órbita.
Entre os meses de março e maio de 1981, foi dito naconferência, a nave
soviética Salyut-6, que
estava em órbita terrestre tendo a bordo os cosmonautas Vladimir
Kovalyonok e Viktor Savinikh, teve um
encontro inesperado no espaço. No dia 14 de maio apareceu de repente
uma nave esférica, que se postou
em órbita próxima à nave russa. Os dois cosmonautasdisseram que a
Salyut-6 fez contato (com
interrupções) com esta nave durante quatro dias. O objeto foi visto a
menos de 100 metros de distância;
tinha a forma de uma esfera e apenas a metade do tamanho da Salyut-6
(que tinha cerca de 16 metros de
comprimento). Os cosmonautas não perceberam nenhum tipo visível de
propulsão. Tinha pelo menos 24
janelas, em três níveis.
No segundo dia, tiveram a surpresa de ver aparecer três cabeças de
aparência humana atrás de três
portinholas. Os seres usavam capacetes leves, tipo capuzes, com os
rostos parcialmente cobertos.
Numa ocasião em que o objeto chegou a apenas 30 metros da estação
soviética, os cosmonautas
puderam observar seus movimentos, que ainda que parecessem
humanos, eram muito rígidos, mecânicos
e artificiais. Puderam também observar que os três seres tinham
sobrancelhas compridas, grossas e narizes
retos. Mas disseram que o que mais os impressionou foram os olhos, que
eram enormes, azuis, duas vezes
maiores que os dos humanos. O olhar, fixo, não demonstrava nenhuma
sinal de emoção. Nenhum
músculo se mexia nos seus rostos.
Mais tarde, no mesmo dia, e durante o dia seguinte,como os seres se
mostravam amistosos,
Kovalyonok pediu autorização à Terra para estabelecer um contato mais
imediato. Recebeu permissão
para tentar trocar mensagens visuais. Houve várias tentativas de
comunicação por parte dos soviéticos,
sendo que a principal foi quando Kovalyonok enviou com uma lanterna
uma seqüência binária de um
valor numérico, para o qual houve um sinal luminososeqüencial em
resposta, o qual foi decifrado como
sendo o logaritmo da base usada por Kovalyonok.
O momento crucial do contato foi quando os seres saíram da nave para o
espaço, aparentemente
convidando os terráqueos para fazer o mesmo. Houve,contudo, uma
terminante proibição da base
chegada de alguns seres ou objetos parecidos com osrelatados pela
Apolo XI. O diretor do Centro de Controle me mandou sair
da sala e não comentar nada com ninguém.”
91
soviética em terra de realizar qualquer espécie de contato físico com os
alienígenas. Após quatro dias, a
nave desapareceu.
112

Cosmonautas Kovalyonokov e Savinikh


2.9 – Os UFOs são Hostis?
A resposta a esta pergunta exige uma outra: o que se define por
“hostilidade”? Sim, porque
existem variados modos de ser hostil, e muitos comportamentos hostis
podem ser explicados como reação
a um estado de beligerância ou afrontamento. No caso dos OVNIs, pode-
se dizer que existe hostilidade
gratuita, mas também reaçãos a ataques prévios. Conforme diz o
pesquisador Leonard Stringfield,
O grau de intensidade e a agressividade freqüentemente demonstrada
pelos OVNIs
indicam uma força de choque militar, mas, estranhamente, não deixa
sinais de uma
destruição extensa, normalmente associada com um ataque inteiramente
hostil.
Aqui e ali, alguém fica ferido ou sente-se mal e até mesmo os objetos
inanimados
são danificados com uma aparente falta de objetivo.Este comportamento
“beligerante” – bizarro e inconsistente como é – encontra-se a um passo
da
hostilidade aberta. Devido às forças aparentemente maciças encontradas
pelos
intrusos, quer nos parecer que os OVNIs poderiam destruir a nossa
civilização da
forma que o desejassem, se esta fosse a sua intenção. Talvez seja isto
que estejam
querendo nos dizer. Ou, quem sabe, talvez exista alguma outra resposta
mais
profunda ... ou sinistra. (STRINGFIELD, 1980, p. 173).
112
Os soviéticos, ainda que de público parecessem nãoaceitar o fenômeno
UFO, faziam, entretanto, um estudo secreto desses
objetos. Em 1967 foi criada uma Comissão para o seuestudo, chefiada
pelo General das Forças Aéreas Anatolij Stoljakov, e
tendo como colaborador o professor Fedor Y. Zigel, do Instituto
Aeronáutico de Moscou, secundados por um grupo de 18
cientistas. Um órgão secreto denominado Molniyafoi também criado,
sob a égide da Organização Espacial do Serviço de
Segurança.
92
Os casos selecionados e que serão mostrados a seguir (retirados do
excelente livro de Leonard
Stringfield), apesar de serem uma minúscula amostrada casuística,
servem de exemplo ao que foi dito.
Conforme relata Stringfield,
Às três e meia da tarde, já no final do verão, um avião de transporte
militar, com
treze homens a bordo, deixou a Base Aérea dos Fuzileiros em San
Diego, para
realizar um voo de rotina até Honolulu. Após três horas, o aparelho
entrou em pane.
A base recebeu mensagens de Mayday
113
através do rádio, depois nada mais foi
ouvido, até que o aparelho retornou e fez um pouso de emergência. Os
primeiros
homens que entraram no avião ficaram chocados com oque viram: todos
os treze
membros da tripulação estavam mortos, exceto o co-piloto, que tinha
conseguido,
milagrosamente, trazer o transporte de volta. Três minutos depois, estava
morto!
O exame dos corpos revelou ferimentos extensos e profundos, que
indicava que o
aparelho fora atingido por algo que possuía um poder destrutivo fora do
comum.
Outra descoberta foi que as armas que o piloto e o co-piloto carregavam
consigo,
Colts 45, tinham sido disparadas até acabar a munição; os cartuchos
foram
encontrados no chão da cabine de comando. Finalmente, e
possivelmente
relacionado com o fenômeno OVNI, sentiu-se dentro do avião o cheiro
característico de ovo podre. Mais tarde, veio-se a saber que o pessoal
que
manipulou as partes do avião apareceu com uma infecção cutânea
misteriosa.
Gardner
114
foi informado que, por medida de segurança, o casofoi imediatamente
abafado e proibido o acesso de fotógrafos. Os soldados não tiveram
permissão para
remover os corpos e o trabalho de identificação e diagnóstico ficou
limitado, tão
somente, ao trabalho de três oficiais médicos. (STRINGFIELD, 1980,
pp. 161-162).
Stringfield ressalta que talvez o caso não faça parte da ufologia;
contudo, tendo em vista
evidências mais recentes do surgimento de entidadeshostis,
115
não é nada improvável.
Outro caso citado por Stringfield é o de um jato F-94
116
que saiu em perseguição a um OVNI
detectado pelo radar, e que em seguida se chocou com uma montanha,
ao cair em um mergulho mortal. O
informante de Stringfield afirma que a equipe de resgate cavou quarenta
pés para retirarem os destroços, e
que o caso foi encerrado às pressas. A Base ficou em prontidão, devido
ao ocorrido.
113
Chamada internacional de pedido de socorro.
114
O informante de Stringfield.
115
Consulte-se: Identidades Alienígenas, de Richard L. Thompson (ver
Bibliografia).
116
O caso ocorreu no verão de 1953, na Base Aérea de Ernest Harmon,
próxima a Stevensville, Newfoundland.
93
Em outro incidente ocorrido em na década de 1970 (presumidamente),
três jatos sumiram, como
que tragados pelo OVNI que perseguiam. Este relato foi passado a
Stringfield pelo Major Keyhoe. Foi,
entretanto, apenas mais um entre centenas de outroscasos.
117
Em 7 de agosto de 1970 o Dr. Hynek (conforme ele relatou a Stringfield)
recebeu uma carta de um
médico das Nações Unidas trabalhando na Etiópia. Nacarta, este
informava a respeito de uma bola
vermelha e brilhante que passou várias vezes sobre a aldeia de Saladane,
destruindo casas, arrancando
árvores, derretendo o asfalto e arrasando uma pontede pedra. Foram
destruídos cinquenta prédios, sendo
que oito pessoas ficaram feridas; uma garotinha morreu.
O último caso aqui citado poderia ter saído das páginas do roteiro de um
filme de ficção científica
classe B.
Ele ocorreu no outono de 1974, nas águas costeiras de Binn, na Coréia
[do Sul], onde estava
acampada uma força de Artilharia Anti-Aérea, dotadade mísseis Hawk,
prontos para o disparo. Cerca de
dez horas da manhã o radar detectou um objeto, o qual logo entrou no
alcance visual, tendo sido visto
pelos homens de serviço. Era um disco metálico ovalado, reluzente, com
um diâmetro estimado em cerca
de cem jardas, com luzes laterais piscantes.
Sua aproximação da área de Binn foi tomada como hostil, o que levou o
Capitão da Bateria D a
dar a ordem de disparo de um míssil. Em seguida os estupefatos
soldados viram que ele foi atingido por
um raio de intensa luminosidade branca, sendo destruído. Também a
plataforma de lançamento foi
atingida, com o que ela derreteu como se fosse de chumbo! Em seguida,
o aparelho não identificado
deixou a área, desaparecendo em segundos. (STRINGFIELD, 1980, pp.
157-158).
Todos os mais sérios pesquisadores de campo da ufologia mencionam a
grande quantidade de
ocorrências que eles mantêm em sigilo, por temerem o pânico do
público caso sejam publicados. E, no
entanto, não se pode dizer que exista uma hostilidade beligerante
deliberada por parte dos UFOs. Como
sempre, o seu comportamento oscila erraticamente entre uma olímpica
indiferença e um interesse
manifesto.
CAPÍTULO III
O ACOBERTAMENTO UFOLÓGICO
“Se o conhecimento pode criar problemas, não é através
da ignorância que podemos solucioná-los.”
Isaac Asimov
“A verdade está lá fora”.
Agente Fox Mulder do FBI, da série de TV Arquivos X
3.1 – A Reação Oficial
Assim como o Painel Robertson (realizado em 1953) negou oficialmente
a existência dos UFOs,
outra comissão de estudos, sob a égide da Universidade do Colorado
(sob a coordenação do General
Edward Giller e do Dr. Thomas Ratchford, da Força Aérea), teve a
incumbência (1968) de negar
oficialmente, após um pretenso estudo isento, imparcial e científico do
fenômeno, a existência do mesmo.
Tal foi o denominado Relatório Condon, elaborado pela Comissão
Condon, criada sob os auspícios da
Universidade do Colorado.
Os participantes iniciais dessa Comissão foram:
Prof. Edward U. Condon, professor de Física e diretor do Escritório
Nacional de Padrões;
Dr. Robert Low, PhD;
Dr. Franklin Roach, astrofísico;
Dr. Stuart W. Cook, psicólogo social, PhD.
Prof. David E. Saunders, psicólogo, PhD, especialista em medida da
personalidade;
Dr. Michel Wertheimer, psicólogo especialista em Gestalt;
Dr. William Blumen, astro-geofísico;
Dr. Joseph H. Rush, meteorologista;
Dois estudantes de psicologia da Universidade do Colorado;
Um estudante de Letras da Universidade do Colorado.
Antes mesmo de instalada a comissão, foi emitido ummemorando
inicial, secreto, escrito por
Robert Low (que instalou a Comissão em conjunto como Dr. Condon)
118
, que demonstrava claramente
uma intenção desmistificadora. Entre outras coisas,o memorando dizia:
118
Em setembro de 1967 realizou-se um Congresso Internacional de
Astronáutica em Praga, Tchecolosváquia.O autor e
pesquisador ufológico francês Aimé Michel, que deleparticipou, conta
sobre a participação de Robert Low, recém-comissionado para a
Comissão Condon. Segundo Michel, os participantes do Congresso
perceberam, com assombro, a total
inexperiência, ignorância e amadorismo de Low a respeito do assunto
UFO. Ele então comenta: “Se o amável Bob Low é o
personagem mais competente da Comissão Condon, que se pode esperar
da equipe?” (DURRANT, 1977, p. 181).
96
O nosso estudo seria conduzido quase exclusivamentepor céticos que
poderiam
verossimilmente estabelecer um corpo de provas que demonstrasse
manifestamente
que não existe qualquer realidade nas observações.
A astúcia consistiria em apresentar o relatório de tal forma que pareceria
ser, aos
olhos do público, um estudo absolutamente objetivo,e que aos olhos dos
cientistas
ofereceria a imagem de um grupo de céticos fazendo o possível para
serem
objetivos, mas não conseguindo achar prova palpávelde um só disco
voador.”
119
Apesar de secreto, o memorando veio a público devido à reação de
protesto ao mesmo por parte de
alguns membros da Comissão (e que foram demitidos por este motivo,
tendo sido substituídos por outras
pessoas), ao perceberem a real intenção do estudo. O próprio Dr.
Condon afastou, logo no início, a idéia
de que seria realizada uma investigação objetiva e séria sobre os UFOs.
No dia 8 de outubro de 1966, em
declaração ao jornal Times, Condon afirmava: “É altamente improvável
que elesexistam.”
120
Tornou-se bastante claro que a Força Aérea buscava a todo custo lançar
o assunto em descrédito,
para manter o sigilo. É curioso constatar, entretanto, que o Relatório
publicado em três volumes e 1.485
páginas (que se limitou a estudar apenas 91 casos, entre os milhares
disponíveis, nas categorias:
avistamentos por astronautas; captação por radar e meios ópticos; casos
antigos; casos novos; provas
fotográficas), o qual tinha um prefácio ridicularizador e negativo, escrito
por Condon, apresentava alguns
casos inexplicados, que apontavam a possibilidade da existência do
fenômeno.
121
Parece, neste caso, que
Condon não chegou nem mesmo a ler o Relatório que subscreveu e ao
qual deu o seu nome.
O Relatório em seguida foi revisto por um grupo de onze membros da
Academia Nacional de
Ciências, que concordou com suas conclusões, emitindo o parecer de
que os UFOs não mereciam um
maior estudo científico.
Em novembro de 1970 uma subcomissão de estudo de UFOs,
patrocinada pelo Instituto
Americano de Aeronáutica e Astronáutica, fez outra revisão do Relatório
Condon, concluindo que houve
uma intervenção desviadora de Condon, em sua introdução e que o
assunto merecia mais estudos. Como
resultado direto do Relatório, o Projeto Blue Book (Livro Azul), da
Força Aérea, que chegou a investigar
12.618 avistamentos, foi desativado definitivamente, em dezembro de
1969.
119
NAUD, 1977, p.p. 280-281.
120
O Relatório Condon sofreu forte crítica de todo lado, mas
principalmente do jornalista W. T. Powers, que escreveu: “De
fato, Condon não se preocupava de modo algum com a opinião dos seus
colegas do mundo científico, para quem as
investigações dos O.V.N.I. poderia ser de algum valor; a sua ação visava
(...) os excessos dos ignorantes incondicionais, as
questões ingênuas dos mal-informados.” (NAUD, 1977,p. 301).
121
O escritor W. Strieber afirmou que, quando leu o prefácio de Condon no
Relatório, desinteressou-se naépoca pelo tema dos
UFOs. Por outro lado, o Dr. Claude Poher, um dos diretores do Comitê
Espacial Francês, em declaração aJacques Vallée,
afirmou que teve o seu interesse pelo tema despertado, “porque não se
limitou a ler o prefácio”.
97
O Dr. Allen Hynek afirmou que “Existe um Colégio Invisível, grupo
anônimo de físicos,
astrônomos e outros sábios, que crêem que os UFOs devem constituir
objeto de um estudo aprofundado e
não devem mais ser abandonados à incompetência e à histeria. Com
créditos, eu [Hynek] poderia, desde
já, colocar no trabalho cinqüenta sábios de reputação mundial.”
(Entrevista à revista Newsweek, 1967).
122
Outro cientista, o Dr. Robert M. L. Barker Jr., consultor de aeronáutica,
que fez um criterioso
estudo de um filme de UFOs para a Força Aérea, mas teve rejeitada sua
análise, também pediu “que se
fizesse uma investigação científica dos UFOs, com uma força móvel de
cientistas altamente qualificadosa
fim de assegurar a melhor informação, (…) que se estudasse as
características de uma civilização
adiantada e para se estar preparado para o impacto psicológico com a
nossa cultura, em caso de um
‘contato’ ”.
123
Com o fim do projeto SIGN, o fenômeno UFO foi reclassificado ao mais
alto nível de sigilo do
governo norte-americano (acima de Top-Secret), o que levou mesmo à
exclusão de políticos importantes e
militares de altíssima patente.
3.2 – As Primeira Negativas Oficiais
No dia 25 de fevereiro de 1942, em plena guerra, oscéus de Los Angeles
foram invadidos por uma
frota de 15 objetos voadores não identificados, os quais, iluminados
pelos holofotes da defesa aérea,
foram intensamente bombardeado por canhões anti-áereos, sem
resultado algum. O bombardeio foi
filmado e passado nos jornais de cinema da época, eapareceu com
destaque nos jornais impressos.
Um relatório do Chefe do Estado Maior, General G. C. Marshall, para o
presidente Franklin D.
Roosevelt (relatório este que permaneceu secreto até 1972) dizia que
foram feitos 1430 disparos contraos
objetos, entre 3:12 e 4:15 da madrugada.
122
Citado em DURRANT, 1977, p. 174).
123
Na verdade, havia um forte receio da superioridadetecnológica e das
intenções dos alienígenas, tantoda parte de militares
de alta patente (General Dwight Eisenhower, GeneralJames M. Gavin,
General Douglas McArthur, General George C.
Marshal, etc.) quanto de cientistas de alto nível (Dr. Otto Struwe, Dr.
Thomas Gold, Dr. Carl Sagan, Dr. Albert Hibbs, etc.).

Los Angeles (1942)


UFO iluminado pelos holofotes em Los Angeles – 1942

Manchete de jornal – 1942

No dia 24 de abril de 1949, um UFO foi avistado sobre White Sands, um


campo de provas para
foguetes, situado no Novo México.
100
O comandante naval R. B. McLaughlin liderava uma equipe de
cientistas que estudava o
comportamento de balões atmosféricos, e nesse dia, seria lançado um
balão de mais de 30 metros de
diâmetro. Antes desse balão, tinha sido lançado um outro, menor, que
era seguido no teodolito.
Alguém, em um determinado momento, chamou a atençãopara um outro
objeto, prateado e de
forma elíptica, que voava à esquerda desse balão. Oteodolito foi
desviado para ele, tendo sido este objeto
acompanhado até desaparecer de vista. A observação acurada pelo
teodolito permitiu avaliar sua altitude
em 80 km, quando foi avistado, e sua velocidade, quando desapareceu
de vista, em 43.000 km/h.
Em seu relatório, McLaughlin afirmou acreditar que era uma nave
proveniente de outro mundo, e
que era comandada por inteligências vivas. O relatório foi liberado para
publicação, mas logo depois, o
comandante McLaughlin foi transferido de White Sands para o navio
destróier Bristol.
Em 19 de julho de 1952, às 23:30 h, dois radares doAeroporto Nacional
de Washington detetetam
oito objetos não identificados. A Base Aérea de Andrews, tendo sido
notificada, respondeu que também
os seus radares os tinham pego, sendo que um destesobjetos teria
alcançado uma velocidade de 10.000
km/h. Como a Base Andres, próxima a Washington, estava em obras, os
aviões interceptadores tiveram
que vir da Base de Newcastle. Quando eles chegaram,por volta de três
horas da manhã, os objetos tinham
desaparecido. Após voltarem à base, foram novamentesolicitados por um
novo alerta, e esta situação
caótica se manteve por quase toda a noite. No dia 26 de julho, os radares
de Washington mostraram
novamente os objtos aéreos. Chamados os aviões de interceptação, estes
nada encontraram assim que
chegaram à área. Assim como na vez anterior, estes UFOs brincaram de
gato e rato com os aviões,
desaparecendo assim que eles surgiam. Isto aconteceu até quase raiar a
manhã.
Nos dias seguintes, todas as detecções por radar
125
e os avistamentos feitos por militares e civis
foram oficialmente negadas pelo Pentágono.

UFOs sobre Washington, 1952

Em 1954, em 5 de maio, foram vistos dois enormes objetos manobrando


a grande altura sobre
Washington, seguidos pelo radar do Aeroporto Nacional. Após outros
avistamentos, no dia 12 de junho
uma nave gigantesca surgiu a cerca de 79.000 pés entre Washington e
Baltimore. Os caças a jato enviados
tentaram inutilmente alcançar esta altitude, antes que ele subisse
rapidamente, e se perdesse de vista.
Dois dias depois a mesma nave voltou, ficando sempre fora do alcance
dos jatos.
No mês de outubro deste mesmo ano a NASA comunicouque estava
recebendo estranhos sinais
de um objeto desconhecido, que voava em órbita. Também em 1955, em
25 de agosto, um satélite
misterioso foi visto durante vários dias. Ele chegou a ser fotografado
pela Grumman Aircraft Corporation.
No dia 18 de maio outro objeto misterioso foi descoberto. Ele foi
avistado pelo Observatório
Smithsoniano, sendo o caso comunicado à imprensa.
3.3 – A Campanha de Desmentidos e de Descrédito
A Força Aérea, além de desmentir categoricamente a existência do
fenômeno, passou
sistematicamente a desacreditar as testemunhas, independente de sua
posição ou patente. As represálias
para quem tentasse violar o sigilo se tornaram tão efetivas, que muitos
poucos se arriscaram a falar
alguma coisa.
Em setembro de 1951 foi baixada uma resolução conjunta das três
armas, denominada JANAP
146 (B) - Joint Army Navy Air Publication(Publicação Conjunta do
Exército, Marinha e Força-Aérea),
que estabelecia uma multa de dez mil dólares e prisão por até dez anos
(extensiva ao pessoal civil) a quem
divulgasse ou publicasse qualquer informação sobre UFOs.
Uma lei ainda mais severa foi promulgada em 16 de julho de 1969, antes
da descida da Apolo na
Lua.
126
Tal lei está contida no Título 14, Seção 1211 do Código de
Regulamentos Federais. Ela diz que o
contato de cidadãos dos EUA com seres extraterrestres é estritamente
ilegal, um ato criminoso que torna,
quem incorre nele, capaz de ser preso por um ano e de pagar multa de
cinco mil dólares. A NASA tem o
poder legal, por esta lei, de colocar em quarentena, por tempo
indeterminado, quem se “expôs” ao
contato, sem que esta quarentena possa ser quebradapor qualquer
decisão judicial!
126
Quando a NASA foi criada em 29 de julho de 1958, aLei que a criou
(Space Act) dizia o seguinte: “A NASA está obrigada
a disponibilizar, para os órgãos diretamente envolvidos com a defesa
nacional, as descobertas que tenham valor ou importância
militar (...).” A lei dizia também que as informações confidenciais
obtidas pelo Administrador deviam ser mantidas em segredo,
para proteger a segurança nacional. Mais recentemente, noticiou-se que
o Dr. Michael Malin, diretor daempresa que forneceu
os equipamentos do Mars Observer, teria o direito de analisar todas as
fotos tiradas em Marte durante seis meses, antes de
liberá-las para o público! Por que todo este excesso de precaução?
102
3.4 – Cale-se, ou…!
Além de calar as testemunhas, é possível que medidas mais drásticas
tenham sido tomadas contra
os recalcitrantes. Tal dedução se faz em virtude doelevado número de
mortes inexplicáveis, repentinase
misteriosas que passaram a acometer muitos dos pesquisadores mais
empenhados em romper o sigilo.
127
Talvez o primeiro a morrer em condições misteriosastenha sido o
escritor e conferencista Morris
K. Jessup. Foi ele o primeiro cientista qualificado(tinha formação
acadêmica em astrofísica) a pesquisar
com seriedade o fenômeno UFO. Ele escreveu um livroque tornou-se um
clássico ufológico, The Case
for the UFOS. Jessup envolveu-se em uma história estranha, a respeito
de uma suposta experiência de
invisibilidade realizada pela Marinha em 1943 (experiência esta que
ficou conhecida como Projeto
Filadélfia, muito embora não se soubesse o seu nome oficial),e atraiu a
atenção sobre a sua pessoa.
Jessup interessava-se também pelos fenômenos ocorridos no Triângulo
das Bermudas, e conhecia
pessoalmente o pesquisador Mason Valentine, com quem se
correspondia.
Este Projeto Filadélfia (ou Project Rainbow) referia-se a uma
experiência levada a cabo pela
Marinha Norte-Americana, com o propósito de conseguir invisibilidade
para os navios alemães, na
Segunda Guerra Mundial. Ela teria sido feita com umnavio da marinha
mercante, o Eldridge.
128
A
experiência parece ter causado efeitos colaterais de deslocamento
dimensional na tripulação, e Jessup
vinha fazendo pesquisas para descobrir a verdade sobre esta experiência.
129
No dia 20 de abril de 1959 o corpo de Jessup foi encontrado no interior
de um veículo, no qual a
descarga de gases (escapamento) de monóxido de carbono tinha sido
canalizada para dentro do mesmo,
por meio de uma mangueira. Tudo indicava que ele tinha se suicidado, e
a investigação policial concluiu
por esta hipótese. Entretanto, neste mesmo dia ele marcara um jantar
com Valentine, durante o qual
pretendia mostrar provas importantes acerca da experiência mencionada.
É sabido que Jessup estava
bastante deprimido por esta época, mas seria absurdo supor que ele se
suicidaria após marcar um jantar
importante com alguém.
127
“Chama a atenção, ademais, a lista de investigadores falecidos, cujas
mortes, como observam Aimé Michel e Antonio
Ribera, apesar de serem explicáveis, não deixam de surpreender por se
darem em porcentagem relativamente elevada entre os
estudiosos que contribuíram com eficácia provada aodesvendamento do
enigma dos OVNIs”. (KAISER, 1971,p. 176).
Também Durrant afirma que: “Já se observou, e as estatísticas o
mostram, que os participantes em evidência do assunto ‘discos
voadores’ morrem frequentemente de perturbações cardíacas,
especialmente nos Estados Unidos.” (DURRANT, 1977, p. 158).
128
Em um polêmico livro publicado em 1997, The Day After Roswell, o
Coronel Phillip Corso afirma que a experiência não se
deu com o Eldridge, mas com um antigo iate transformado em caça-
minas (ou navio de treinamento), denominado USS
Martha’s Vineyard (IX-97). Ver:
http://ibiblio.org/hyperwar/USN/ships/IX/IX-97_MarthasVineyard.html.
OIX-97 entrou em
serviço na Marinha Mercante em 30 de março de 1943.Ver:
http://ibiblio.org/hyperwar/USN/ships/dafs/IX/ix97.html. Corso
afirma que a informação sobre o Eldridge foi dada para confundir os
pesquisadores. Cabe perguntar: quem está disseminando
desinformação? Corso, apesar de ter supostamente revelado altos
segredos da ufologia, jamais sofreu nenhuma censura oficial
(ver item 3.3.5). Poderia ser ele, o disseminador de contra-informação?
129
Jessup teve a infelicidade de se envolver com um personagem obscuro,
mas evolvente, Carlos Miguel Allende (ou Carl
Meredith Allen ou Carl Allende), cuja personalidadedistorcida ainda não
parece ter sido destrinçada pelos pesquisadores
sérios. Veja-se a respeito: BERLITZ, 1978; BERLITZ & MOORE,
1979. Ver também:
http://www.softwareartist.com/philexp.html.

Navio Eldridge

Pouco depois de Jessup, faleceu (em 27 de dezembro de 1962) o


engenheiro canadense Wilbur (ou
Wilbert) Smith, criador doProjeto Magnet, de pesquisas de UFOs.
130
Outra morte também em circunstância suspeita foi a do jornalista Frank
Edwards, que morreu à
época do Relatório Condon, de um súbito ataque cardíaco. Seria uma
morte talvez natural, não estivesse
ele planejando realizar um programa de televisão (juntamente com
Donald Keyhoe) durante o qual ele
pretendia denunciar o Relatório Condon e divulgar tudo o que sabia a
respeito dos UFOs.
Antes disso, Edwards já havia sofrido uma punição. Ele tinha um
programa radiofônico na cadeia
Mutual, patrocinada pela central sindical AFL, e em um programa ele
divulgou um comunicado oriundo
(por sua solicitação) do porta-voz do ATIC em Wright Patterson, o
Tenente-Coronel John O’Mara, no
qual este afirmava que o ATIC recebia cerca de 700 relatos de
avistamentos por semana. Esta afirmação
contrariava o porta-voz do Livro Azul, segundo o qual a Força Aérea
tinha recebido apenas 84 relatos de
observações, de janeiro até o fim de abril de 1952.No dia seguinte, 11 de
agosto, Edwards foi
demitido.
131
James Edwards McDonald era um cientista de altíssimo gabarito,
professor no Instituto de Física
Atmosférica da Universidade do Arizona, que dedicoutodos os seus
esforços no sentido de fazer a Força
Aérea divulgar o que sabia a respeito, tendo inclusive procurado o
Secretário Geral da ONU, U Thant,
130
O Projeto Magnet foi criado em 12 de novembro de 1953 pelo governo
canadense, e era situado em Shirley’s Bay, cerca de
16 km a oeste de Otawa. Em uma conferência realizada em Otawa em
31 de março de 1958, Smith fez a seguinte declaração a
respeito dos UFOs: “Talvez, se fosse empreendido umoutro enfoque da
questão – um enfoque filosófico –pudéssemos
encontrar a resposta em toda a sua grandeza.”
131
Há uma outra versão para este fato, dada pelo pesquisador Leonard
Stringfield. Segundo ele, a Força Aérea declarara que
desde janeiro (de 1954), apenas 87 avistamentos tinham sido
comunicados; em junho, o Tenente-Coronel O’Mara informou a
ele, Stringfield, sobre a média de 700 relatos por semana. Ao tomar
conhecimentos desses dados (através de Stringfield),
Edwards transmitiu a notícia em rede nacional de rádio.
(STRINGFIELD, 1980, p. 105).
104
para solicitar que esta organização assumisse a investigação dos UFOs.
Ele descobriu as maquinações da
CIA para ocultar o fenômeno UFO, ao investigar milhares de
documentos liberados pela Lei de Liberdade
de Informação.
Ele tinha sido convidado a participar do Relatório Condon, mas recusou
quando percebeu a fraude
que se ia perpetrar, tendo-a denunciado em seguida.
James E. McDonald

No dia 13 de janeiro de 1971 o seu corpo foi encontrado com uma bala
na cabeça, no deserto do
Arizona, próximo à ponte sobre o Canyon del Oro. A versão oficial, mais
uma vez, foi a de que ele teria
se suicidado.
James V. Forrestal foi o primeiro Secretário de Defesa dos EUA, no
governo Truman, após a
unificação das três armas, em 1947, tendo adquiridonotoriedade pela
forma como dirigiu esta Pasta.
Devido ao seu nível de Security Clearance, ele tinha acesso a todos os
fatos conhecidos acerca do
mistério que envolvia os discos voadores e os alienígenas. As
circunstâncias bizarras do fenômeno
pareceram afetá-lo; de acordo com o pesquisador John A. Keel, Forrestal
uma vez perdeu o controle e saiu
correndo pelos corredores do Pentágono, gritando “Estamos sendo
invadidos e não podemos detê-los!”
132
Aparentemente, ele era favorável à quebra do sigiloimposto pela Força
Aérea (o projeto SIGN,
que apresentou a versão de que os UFOs eram naves espaciais, surgiu
graças à sua intervenção). Suicidou-se também, ao saltar de uma janela
do hospital ondeestava internado desde maio de 1949.
133
O seu diário,
que ele mantinha há vários anos, desapareceu misteriosamente.
132
The Mothman Prophecies, cap. 16.
133
Seu suicídio foi atribuído a “severa depressão” causada por fadiga de
guerra. As principais dúvidas arespeito das
circunstâncias sobre sua morte foram expressas no livro The Death of
James Forrestal, de Cornell Simpson (1966).

James Vincent Forrestal

Em 1961, a instâncias de Donald Keyhoe, um comunicado confidencial


da NICAP enviado ao
congresso convenceu o líder da maioria, McCormack, a exigir uma
investigação pelo Comitê de
Astronáutica e Ciência, chefiado pelo congressista Overton Brooks.
Este, que de início era contra a
investigação, mudou de opinião e logo marcou uma conferência para o
dia 24 de agosto. Antes disso,
entretanto, ficou gravemente doente e faleceu em seguida, com o que a
investigação foi frustrada. O
almirante Hillenkoetter, ex-chefe da CIA e também favorável ao fim do
sigilo, e que planejava forçar a
que o Congresso continuasse a investigação, mudou repentinamente de
opinião e pediu sua demissão da
NICAP, da qual era membro fundador.
O General Ailleret, chefe do Estado Maior francês, morreu em
Madagascar, em 1968, em um
estranho acidente de aviação, apenas quatro dias depois de anunciar
publicamente que iria criar uma
comissão oficial de estudos sobre UFOs.
No Brasil, um dos mais promissores estudiosos da fenomenologia UFO,
o Dr. Olavo T. Fontes, de
renome internacional, vinculado à APRO, tinha contatos com a
comunidade científica de todo o mundo
com interesse nos UFOs. Segundo consta, ele participou de conferências
secretas destinadas a estabelecer
uma cooperação internacional sobre o assunto, condição prévia, ao que
parecia, para que a pesquisa sobre
UFOs deixasse de ser assunto exclusivamente militar. O sigilo,
entretanto, deveria continuar, em vistadas
extraordinárias implicações sócio-culturais que adviriam do
reconhecimento oficial de sua existência.
134
Sua tentativa, infelizmente, esbarrou na indiscrição de alguns
pesquisadores, que tornaram pública a
proposta.
135
Logo em seguida, o Dr. Fontes foi acometido de câncer pulmonar, vindo
a falecer quase que
134
“Acha-se a Comissão Brasileira (CBCOANI) estreitamente vinculada a
uma como que ‘Sociedade Sigilosa Mundial’, cujos
membros pertencem às elites científicas de vários países altamente
desenvolvidos, fazendo parte muitosdeles dos quadros de
Universidades de alto gabarito, localizados no hemisfério setentrional.
Alguns desses membros são mesmo diretores de grandes
Observatórios Astronômicos afamados, ou de importantes centros de
pesquisas tecnológicas e laboratórios industriais de
celebridade mundial.” (PEREIRA, s/d, p. 474).
135
“Na ocasião, o nosso colega Dr. Fontes, entrosado com os desejos de
Hynek, estava desejoso de passar a pesquisa ufológica
das mãos militares para as de civis, e assim pediu nossa cooperação,
acenando com a possibilidade de fundos, aguardando a
nossa decisão. Desconhecíamos, na época, que ... o Dr. Fontes havia
estado em conferências secretas, destinadas a estabelecer
uma cooperação entre os membros da comunidade científica mundial
interessada no fenômeno dos UFOs. Umavez que na
ocasião ninguém nos avisou do caráter sigiloso do oferecimento a nós
feito, e ainda receosos das implicações de Hynek e
serviços secretos a ele ligados, já que tínhamos gravada em nossa
memória as agressões de que a SBEDV foi alvo pelo grupo
106
de imediato (1968). A APRO, em vista da publicidadedada ao caso,
negou qualquer envolvimento na
história.

Olavo Fontes

Colman von Keviczky

Um antigo Major Comandante do exército real húngaro, Colman von


Keviczky, engenheiro
militar, especialista em fotografia e aerofotogrametria, tendo emigrado
para os EUA em 1951, teve uma
intensa atuação junto a órgãos oficiais no sentido de chamar a atenção
para o fenômeno UFO.
Entre outras coisas, ele levou ao conhecimento do Secretário-Geral das
Nações Unidas (em
fevereiro de 1966) todos os documentos oficiais e regulamentos que
demonstravam existir um sistema de
alerta mundial, estabelecido em cooperação com a União Soviética,
relativamente aos UFOs. Entre os
documentos estavam o AFR-200-2, de 26/08/1953; o JANAP 146/B, de
12/12/1953; o PRNC 3820-1, de
23/07/1954; o OPNAV 94-P-3, de julho de 1959, e o AFR 80-17, de
19/09/1966. Tal atitude o indispôs
com as Agências secretas norte-americanas, que passaram a vigiá-lo. Em
breve ele foi licenciado do cargo
que ocupava junto ao governo norte-americano, e todas as solicitações
que fez para trabalhar em outros
órgãos do governo (para o que ele parecia ser alguém extremamente bem
preparado) foram recusadas,
quando se verificava a sua Security Clearence. Sempre que era aceito em
algum lugar, agentes de
segurança logo provocavam a sua demissão.
Na Inglaterra, também o diretor da revista Flying Saucer Review,
Waveney Girvan, veio a falecer
de câncer. O investigador britânico de UFOs, Richard Turner, presidente
de um grupo de investigação de
UFOs da Universidade de Cambridge, morreu com a idade de 21 anos,
após uma rápida doença. O chefe
do Projeto Magnet, o canadense W. Smith, também morreu
aparentemente de câncer.
Ultimamente, parece que o modo de lidar com os pesquisadores tem se
tornado mais sutil e
sofisticado: de um lado, alguns são cooptados pelosorganismos oficiais,
passando a disseminar contra-informação no meio ufológico; de outro
lado, outrossão envolvidos pelas malhas da lei, por cometimento
ufológico confidencial ao qual pertencia o Dr. Fontes, a fim de
resguardar a nossa segurança, comunicamos a amigos nossos
em caráter ‘confidencial’ a proposta a nós apresentada. Mas, feita a
publicidade contra a nossa vontade, esta chegou a
traumatizar-nos também, porquanto, penalizados, logo em seguida
soubemos da grave moléstia afetando nosso colega Dr.
Fontes, da qual sucumbiria pouco depois. Pelas razões aqui veiculadas
hoje em dia, embora tardiamente,mais uma vez
lamentamos e arrependemo-nos desta nossa comunicação e, por outro
lado, hoje entendemos porque a APRO,na ocasião, tenha
negado a nossa versão do oferecimento a nós, pelo Dr. Fontes, o
representante brasileiro da APRO”. (PEREIRA & BUHLER,
1985, p. 157).
107
de delitos vários, o que, parece, desacredita-os automaticamente (tal
parece ser o caso – entre outros– dos
pesquisadores norte-americanos Wendelle Stevens, acusado de pedofilia,
e Bob Lazar, acusado de
proxenetismo).
136
É amplamente sabido dentro da comunidade de pesquisadores
ufológicos, que o governo norte-americano patrocinou no passado e
continua a patrocinar dois tipos de desmoralizadores do fenômeno
UFO: contatados e detratores oficiais.
Do primeiro tipo, o mais célebre foi George Adamski, que tornou-se
famoso no mundo inteiro ao
propalar seus pretensos contatos com extraterrestres (Adamski, que
enquanto vivo foi recebido pela
realeza européia e outras autoridades, ao morrer foi, curiosamente,
enterrado com honras militares no
cemitério nacional americano de Arlington).
Do segundo tipo, basta citar os mais proeminentes: Dr. Donald Menzel,
um famoso astrônomo de
Harvard (o qual explicava os UFOs como miragens, reflexos ou ilusões
de óptica, e que consta que teria
sido um dos primeiros participante do grupo MAJI); e um especialista
em aeronáutica, Philip Klass, que
ocupou-se ativamente, nas décadas 1980/1990, em lançar a confusão no
meio da comunidade ufológica.
O cientista francês Jacques Vallee, pesquisador do fenômeno UFO,
chama-os de Os Explicadores.
Eles se apresentam como céticos e costumam agir de duas formas: ou
apresentando explicações
estapafúrdias para o fenômeno, ou tentando desacreditar a testemunha.
Costumam fazer com
pesquisadores e testemunhas
137
do fenômeno UFO o que, em Inglês, é chamado assassinato de caráter
(assassination of character).
Por exemplo, em artigo publicado na revista FATE deoutubro de 1980, o
autor Robert A.
Goerman refere-se ao pesquisador Morris K. Jessup da seguinte
maneira: “Em 1955 um vendedor de
peças de carro de Washington, D.C., chamado Morris K. Jessup, que já
havia trabalhado com astronomia
136
Em alguns casos, os próprios pesquisadores mais credenciados atraem
(por alguma razão desconhecida) odescrédito para si
próprios. Isso parece estar acontecendo com o cientista Dr. Richard
Boylan, de Diamond Springs, Califórnia, EUA. O Dr.
Boylan vem se apresentando ultimamente como o Representante na
Terra do Conselho de Comando das Nações Estelares,
bem como o contato (na Terra) de extraterrestres dosuposto planeta
Altimar. [Ele parece estar sofrendo os mesmos sintomas
que vitimaram o físico pesquisador de ufologia, Dr.Paul Bennewitz, nos
anos 1980, cuja obsessão com ocaso Dulce acabaram
levando-o a um esgotamento nervoso – infelizmente, com a contribuição
nefasta do pesquisador William Moore neste sentido.
Ver: The Destruction of Paul Bennewitz. In:
http://www.bibliotecapleyades.net/sociopolitica/esp_sociopol_aviary09a.
htm. Ver
também: http://www.ufoencounters.co.uk/the-bennewitz-story.html.].
137
“... Por ora, encontramo-nos na situação de alguémque tente reconstituir
fatos, fundamentando-se sobre os métodos
habituais da crítica história, isto é: o estudo dos testemunhos.
Testemunhos cujo grau de credibilidade pode ser livremente
avaliado segundo critérios de verossimilhança, de coerência, e
principalmente de correspondências entre vários testemunhos
considerados como dignos de fé, e pouco suscetíveisde se influenciarem
mutuamente (...) Não ignoramosque a época presente
é particularmente hostil a esse tipo de método, sendo que, em princípio,
qualquer testemunho torna-se suspeito, em
consequência de um grande número de abusos; não se crê mais na
palavra dada, ainda que esta seja cercada de todas as
garantias requeridas de honestidade e de sinceridade. Entretanto, a
história dos povos, tal como a estudamos em nossos bancos
escolares, tem sua fonte no exame de relatos antigos, com os quais
nossos semelhantes nem sempre se contentam muito. Não se
sabe, aliás, em que consistiria uma prova científica do caráter de Ciro o
Grande, rei dos Persas, ou do desenrolar exato da
batalha de Waterloo; só podemos conhecê-los atravésdos relatos que nos
foram transmitidos por testemunhas.” (DURRANT,
1977, p. 9).
108
na Universidade de Michigan, escreveu um livro intitulado The Case for
the UFO e partiu em um tour
para promovê-lo.” Acontece que Jessup, apesar de não pertencer ao
primeiro time da astronomia mundial,
nem por isso possuía menos renome, porque foi catedrático nas
Universidades de Michigan e Drake, onde
lecionava astronomia e matemática. Ele foi o responsável pela instalação
e funcionamento de um potente
telescópio refrator na África do Sul, além de ser oresponsável pela
descoberta de inúmeras estrelas, as
quais vieram a ser catalogadas pela Sociedade Real de Astronomia, de
Londres. Isto não é referido por
Goerman, que em seu artigo oculta as credenciais deJessup e o faz
aparecer como um mero diletante.
O astrônomo Donald H. Menzell, famoso “explicador” da década de
1950/60, em relação ao caso
Papua – Reverendo Gill, foi mais longe. Difamou primeiramente o relato
doRev. Gill, dizendo que ele
era míope em alto grau e confundira o planeta Vênuscom algum objeto
celeste. Em seguida adotou uma
posição extremamente depreciativa e até ofensiva com relação aos
nativos auxiliares da Missão onde
servia o Reverendo, que também viram o objeto com os seus ocupantes,
afirmando (indiretamente) que
eles seriam analfabetos, incultos, servis (“duvido que soubessem o que
estava assinando [o Relatório
escrito pelo Reverendo] ou porque”)
138
e que eram “condicionados para milagres e coisas assim.”
139
A imprensa, por sua vez, apresenta um caráter ambíguo com relação ao
problema UFO. Por um
lado, busca entrevistar aqueles possíveis envolvidos com pesquisas,
contatos ou que tenham
conhecimento íntimo do assunto; por outro, lança o descrédito sobre o
tema, seja apresentando-o
superficialmente, seja apresentando-o sob um prismade ridicularização e
cepticismo.
Segundo conta o jornalista Henry Durrant, em 16 de novembro de 1954
houve uma Sessão na
Academia de Medicina de Paris, ocasião em que o Dr.Georges Heuyer,
professor de psiquiatria infantil
na Faculdade de Medicina e perito em tribunais, leuo seguinte
comunicado:
[...] era provado que a grande quantidade de observações relatadas pelos
jornais nos
três últimos meses explicava-se, integralmente por uma psicose
coletiva...
... A psicose coletiva dos Discos Voadores, prossegue o Professor
Heuyer, tomou
uma forma que parece atualmente benigna, mas que pode ser perigosa
para a saúde
mental da coletividade: é tempo de se pôr fim a talsituação. A imprensa,
principalmente, é responsável pela difusão impensada das idéias
absurdas e
nocivas, acrescentou ele. Na verdade o mito dos Discos Voadores é
menos perigoso
que a descrição detalhada e realista, por textos e desenhos, da técnica
dos crimes e
das violações. Mas poderíamos pedir aos dirigentes responsáveis pela
informação
que se policiem, concluiu o sábio psiquiatra, e quenão forneçam aos
iluminados,
aos charlatãos e aos perversos os meios de explorarem a tolice e a
ansiedade de tão
grande número de leitores.
A exposição do Professor Heuyer foi calorosamente aplaudida pela
Academia de
Medicina, que a aprovou unanimemente. E no dia seguinte, a imprensa
138
Os acontecimentos foram presenciados por 38 pessoas, das quais 25
assinaram o Relatório. Dessas, trêseram assistentes
clínicos, e cinco, professores da escola local.
139
Citado por HYNEK, s/d, p. 258.
109
(responsável, segundo a irrefutável demonstração dosábio psiquiatra,
pela difusão
das idéias absurdas, dos falsos conceitos e dos mitos malévolos) lhe
trouxe a
mesma adesão unânime e entusiasta.
140
As formas de coação utilizadas contra as pessoas não levam em
consideração sua posição civil ou
militar. Elas, independente de sua autoridade ou poder, são obrigadas a
recuar. Por exemplo, o ex-chefe
do Projeto Blue Book, Edward Ruppelt, que após passar para a reserva
escreveu um livro defendendo a
existência de UFOs, foi posteriormente coagido a desmentir-se em três
capítulos acrescentados à sua obra.
Nestes capítulos, ele repudiou todas as suas conclusões emitidas nas
edições anteriores. Ruppelt,
convenientemente, morreu de ataque cardíaco não muito tempo depois.
O escritor francês Jacques Bergier, dublê de cientista e pesquisador e
uma das pessoas mais bem
informadas do mundo sobre tecnologia antiga e moderna, bem como
sobre assuntos insólitos, talvez
porque soubesse do perigo de envolver-se com o assunto, não se atreveu
a aceitar a realidade dos discos
voadores, dos quais ele dizia abertamente não acreditar em sua
existência. Autor, junto com Louis
Pauwels, do famoso livro Despertar dos Mágicos, verdadeira bíblia da
new age, Bergier, estranhamente,
afastou-se de todo e qualquer envolvimento com UFOs
Jacques Bergier

Jimmy Guieu, famoso autor francês de livros sobre UFOs, abandonou o


tema sem dar explicações.
O pesquisador espanhol Eduardo Buelta fez o mesmo, também de modo
inexplicável.
Em abril de 1952, o Secretário da Marinha, Dan Kimball, entrou em rota
de colisão com a Força
Aérea, após um avistamento pessoal de um UFO (que foi visto
igualmente pelo almirante Arthur
Radford), quando ambos voavam para as ilhas Hawaí.
Tendo ele ordenado uma investigação do fenômeno, através do chefe do
ONR (Office of Naval
Research – Escritório de Pesquisas Navais), Calvin Bolster, foi em
seguida proibido dessa investigação.
140
Posteriormente, esta posição de Heuyer mostrou serinsustentável, pois
não conseguia explicar, por exemplo, as evidências
físicas bem como os relatos provindos de testemunhas sérias e de alto
nível educacional.
141
O envolvimento com esse assunto também traz riscospara a carreira
acadêmica dos cientistas, o que osfaz cercarem-se de
prudência e discrição. O célebre psicólogo Carl Gustav Jung não
escapou às críticas quando escreveu umlivro sobre o assunto
(Discos Voadores: Um Mito Moderno). Quanto ao igualmente célebre
Dr. Carl Sagan, o máximo que fez foi declarar que “...o
homem precisa preparar seu espírito para o fato de que muito
provavelmente a Terra foi visitada por seres inteligentes vindos
do espaço, e que é até possível que eles tenham construido bases no lado
oculto da Lua...” (Sobre esteassunto, Sagan escreveu
um interessante livro em parceria com um cientista russo, I. S.
Shklovski, Inteligent Life in the Universe).
110
Kimball recusou-se e ordenou o seu prosseguimento. Posteriormente, no
entanto, foi obrigado a submeter-se à CIA e encerrar o assunto. Também
o senador Richard Russel, que avistou UFOs na Europa, embora
líder do Congresso, ao tentar divulgar o seu avistamento, foi silenciado,
igualmente, pela CIA.
O astronauta Michael Collins, durante a missão da Gemini X, relatou ter
avistado um objeto
espacial desconhecido, deslocando-se em uma órbita polar. Ele foi
suspenso temporariamente das
missões. Posteriormente, Collins, que tinha ficado em órbita lunar
durante o vôo da Apolo XI, assim que
regressou à Terra mencionou ter visto um objeto de enormes proporções
pousado perto do local da
alunissagem. Ele foi punido e suspenso de suas funções pela NASA, por
violação de normas de
segurança. Logo depois, foi internado em uma clínica para doentes
nervosos, onde ficou por quase dois
anos.
Em 27 de janeiro de 1967 a Cápsula Apollo VI se incendiou durante
testes em terra, tendo a bordo
os astronautas Charles Virgil Grissom, Edward H. White e Roger
Chafee, que morreram carbonizados. De
acordo com o inquérito da NASA, o incêndio teria sido facilitado pela
atmosfera de oxigênio puro no
interior da Cápsula.
A edição da revista STAR Magazine de 16 de fevereiro de 1999 veio
com uma denúncia explosiva
do filho de “Gus” Grissom, Scott Grissom, o qual acusou a NASA de ter
planejado e executado a morte
de seu pai. Ele afirma que o incêndio foi resultadode sabotagem, tendo
sido provocado por um interruptor
(controlado de fora) que não deveria estar dentro da Cápsula. Sua
afirmação foi corroborada pelo
engenheiro Clark Mac Donald, da McDonnell-Douglas (responsável
pelo projeto), que afirmou (após ler a
declaração de Scott) que o seu relatório sobre o acidente teria sido
destruído pela NASA.
Para Scott Grissom, o seu pai teria sido assassinado porque tinha uma
visão muito crítica de todo o
Projeto Apollo, bem como de certos aspectos do relacionamento entre a
NASA e a indústria aeroespacial.
O acidente com a Apollo VI interrompeu temporariamente o programa
espacial, tendo inclusive
provocado Audiências no Congresso dos EUA. Durante as Audiências,
um inspetor de lançamentos da
NASA, Thomas Baron, teria feito duras críticas à Agência Espacial,
afirmando que os astronautas teriam
tentado sair da Cápsula, mas não teriam tido ajuda.Pouco após o seu
depoimento, ele morreu (juntamente
com a sua esposa) quando o seu carro foi esmagado ao ser atingido por
um trem. As mortes de ambos
foram declaradas como suicídio.
Novas evidências e novos documentos trazidos à luz pela Lei de
Liberdade de Informação (EUA)
indicam que o presidente Kennedy teria sido assassinado por querer
divulgar o segredo sobre os UFOs
142
e iniciar um programa de cooperação com a União Soviética.
Em 12 de novembro de 1963 o presidente John F. Kennedy já tinha feito
contatos e acordos com o
Primeiro-Ministro Nikita Khrushchev, da União Soviética, no sentido de
compartilharem missões
espaciais e arquivos classificados sobre UFOs. Kennedy mandou um
memorando secreto para o diretor da
CIA (John McCone), neste sentido. Este memorando chegou (em 12 de
novembro) ao conhecimento de
142
De acordo com um antigo encarregado de bordo do Air Force One, Bill
Holden, o presidente Kennedy afirmara (ainda
dentro do avião presidencial), quando da viagem à Alemanha Ocidental
em 1963, que “gostaria de dizer averdade ao povo,
mas estava de mãos atadas”. Kennedy tinha amplo conhecimento da
verdade sobre os UFOs, que adquirira enquanto ainda era
senador por Massachusetts.
111
James Jesus Angleton, chefe da Contra-Inteligência e portador do mais
alto nível de sigilo no que se
referia a assuntos UFO. Ele estava em contato permanente com o grupo
MJ-12 (MJ-12 Special Studies
Project- Projeto Especial de Estudos MJ-12). Em resposta,Angleton
enviou um série de diretivas
(ordens) secretas para o MJ-12; uma delas ordenava o assassinato de
Kennedy. Esta diretiva não poderia
ser cumprida sem o conhecimento e cumplicidade do diretor da CIA,
McCone.

John F. Kennedy, Allen Dulles e John A. McCone (1962)


John Kennedy e Robert Kennedy: momentos antes de suas trágicas
mortes
Memorando secreto de Kennedy para a CIA

Como se pode ver no documento liberado, Kennedy pretendia realizar


uma exploração da Lua em
conjunto com os soviéticos, tendo instruido a NASA neste sentido. Neste
documento, Kennedy,
aparentemente, chama os aliens de Unknowns(Desconhecidos),
mencionando que eles são um fatora ser
levado em conta.
Para evitar que qualquer fato viesse a público, foram assassinados
também a atriz Marilyn
Monroe, amante de Robert Kennedy e sua provável confidente, e este
próprio, morto em 1968 enquanto
candidato à presidência, e potencialmente um perigopara os
conspiradores.
144
Todas estas mortes, é claro,
enviavam um recado claro aos sobreviventes da família Kennedy.
145
O presidente Carter, quando candidato, prometeu quetornaria públicos
todos os documentos
oficiais relativos a UFOs se fosse eleito, mas não conseguiu cumprir a
sua promessa. O seu consultor
científico, Dr. Frank Press, entrou em contato com a NASA, solicitando
que esta agência realizasse um
simpósio para estudar o assunto. Apesar da autoridade presidencial
invocada, a NASA esquivou-se de
atender à solicitação. Esta agência espacial uniu-se à CIA, à Força Aérea
e à Agência de Segurança
Nacional, e logo tornou-se evidente que este assunto estava acima da
autoridade do próprio presidente dos
EUA.
O presidente Clinton também manifestou curiosidade acerca do que
seriam os UFOs, e pediu a um
amigo seu, Webb Hubbel, funcionário do Departamentode Justiça dos
EUA, que investigasse o assunto.
Do mesmo modo como ocorreu com o Dr. Frank Press, também Hubbel
encontrou somente portas
fechadas, indicando que o assunto era classificado.Na verdade, acima de
Top Secret.
O Primeiro-Ministro da Ilha de Granada,
146
Sir Eric Matthew Gairy, foi um dos poucos
governantes oficiais a se preocupar com o fenômeno UFO. Em 14 de
julho de 1978 ele promoveu um
encontro sobre UFOs na ONU, do qual participaram o astronauta
Gordon Cooper, Jacques Vallée, Claude
Poher, Allen Hynek, o próprio Gairy, o Secretário Geral da ONU Kurt
Waldheim e David Saunders (que
denunciara a fraude do Relatório Condon).
144
O assassino de Robert Kennedy, Sirhan Sirhan, foi “programado” para
este ato, através do ultra-secreto projeto MK-Ultra
(de controle mental) conduzido pela CIA.
145
O senador Ted Kennedy teve frustrada a sua potencial candidatura a
presidente, ao ser envolvido em umestranho acidente
de carro com a sua secretária Mary Jo Kopechne, quemorreu quando o
carro em que ambos estavam caiu deuma ponte sobre o
lago Chappaquiddick. O filho de Robert Kennedy, David Kennedy,
morreu em 1984 aos 28 anos, vítima de overdose; seu
irmão, Michael Kennedy, morreu aos 37 anos enquantoesquiava em
Aspen, Colorado; o filho de John Kennedy, John Kennedy
Jr., morreu em 1999, vítima de um acidente de aviação. Destino trágico
ou conspiração?
146
Granada (ilha situada no Mar do Caribe) conseguiu a sua independência
política em 1974, quando se tornou membro da
Commonwealth, tendo um Governador-Geral indicado pelo monarca
britânico (a rainha) e um Primeiro-Ministro representativo
do Partido majoritário. Gairy foi o primeiro a ser eleito para este cargo.
Ver: http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2335.htm.
114

Encontro na ONU sobre UFOs

Posteriormente, em 1979, ele encontrou-se com o Presidente Jimmy


Carter (reunião da qual teria
participado Zbigniew Brzezinski, Conselheiro de Carter), com os quais
teria discutido a questão dos
UFOs. Neste mesmo dia ele descobriu que tinha sido deposto por um
golpe de Estado realizado por uma
facção marxista (a NJM – New Jewel Movement) liderada por Maurice
Bishop, em Granada.
Em 12 de março de 1979 ele voltaria a se encontrar com Kurt Waldheim,
com quem discutiu o
tema da Reunião Oficial da ONU, de 18 de dezembro de 1978, em que
teria sido votada uma resolução
(33/426) que convidava os estados-membros a envidaresforços para uma
investigação conjunta sobre a
vida extraterrestre.
147
Sir Eric Gairy

Impedido de voltar a Granada, Gairy permaneceu nos Estados Unidos,


onde morou em Nova
Iorque e San Diego, de onde fazia transmissões (da rádio WLIB) contra
Cuba e contra os golpistas.
Enquanto isto, ele era vigiado de perto pelas agências de vigilância
norte-americanas.
147
Os EUA foi o único país que se tentou bloquear esta resolução.
115
Em resposta às transmissões de Gairy, Bishop fez suas próprias, nas
quais o acusava de praticar o
Vudu e de organizar orgias durante as quais drogas eram consumidas.
Além disso, Bishop dizia que a
crença de Gairy em UFOs demonstrava que ele um desequilibrado
mental.
Bishop veio a ser executado em 1983 por seus próprios seguidores. Em
seguida, a pedido do
Governador-Geral e da Organização dos Estados Caribenhos do Leste, a
ilha foi invadida e tomada por
uma força conjunta caribenha-americana. Gairy, entretanto, não foi
reconduzido ao poder.
148
Voltando a Granada em 1984, ele veio a sofrer um derrame (aneurisma
cerebral) que o deixou
cego e mentalmente incapacitado. Ele morreu em 23 de agosto de 1997,
tendo recebido honras de
estadista em seu funeral.
Curiosamente, após a invasão de Granada, o Presidente Ronald Wilson
Reagan (que a ordenara)
fez várias declarações sobre uma possível ameaça extraterrestre. Ele
chegou mesmo a discutir o assunto
com o Secretário Geral Soviético Gorbachev em Genebra, na Suiça.
149

Reagan e Gorbachev

Jim Keith era um escritor conspiracionista, cujos livros The Octopus,


Mind Control, World
Control, Black Helicopters over America
150
, OKbomb!, Saucers of the Illuminati, Casebook on
Alternative 3, Secret and Suppressede Casebook on the Men In
Blacktiveram bastante repercussão entre
o chamado “publico alternativo” dos EUA. Keith colaborou no livro
escrito por Kenn Thomas
(conspiracionista e especialista em Parapolítica), The Octopus: The
Secret Government And Death Of
Danny Casolaro.
Ele morreu em sete de setembro de 1999, devido a uma inflamação
originada de uma simples e
corriqueira operação no joelho.
151
148
Gairy teria afirmado que, quando voltasse ao Poder, iria dar provas
cabais da existência de UFOs e dealienígenas. Ver:
http://www.ufodigest.com/news/0308/gairy.html.
149
Ver:
http://www.theforbiddenknowledge.com/hardtruth/ronald_reagan_ufo.ht
m.
150
Escrito em parceria com o escritor Ron Bonds.
151
Para alguns amigos, Keith confidenciou que temia não sair com vida
desta operação.
116
A bactéria Clostridium (tipo A) que o matou também provocou a morte
(em abril de 2001) do
pesquisador de mistérios e fenômenos inexplicáveis,Ronald (Ron) W.
Bonds.
Bonds, editor da Illuminet Press(uma editora especializada em temas
alternativos e
conspiracionistas), foi o claro inspirador da famosa série de TV,
Arquivos-X. Ele morreu após ter comido
um prato típico
152
em um famoso restaurante mexicano (El Azteca) em Atlanta. De um
modo estranho e
inexplicável, ele foi o único, entre os fregueses do restaurante, que se
contaminou com a bactéria.

Jim Keith
Ron Bonds

O geólogo especialista em rochas, Philip (Phil) Schneider, supostamente


envolvido com a
construção de bases militares subterrâneas por todoo território norte-
americano,
153
fez uma palestra em
maio de 1995, durante a qual denunciou a manipulação, feita pelo
governo, de todo o assunto UFO. Ele
deu amplas informações sobre a Base Dulce (sem, contudo, apresentar
evidências conclusivas do que
afirmava).

Phil Schneider
Schneider foi encontrado morto em seu apartamento em 7 de janeiro
de1996.
152
O pedido foi o No. 7 Combo: um beef burrito(tortilla de farinha
recheada com carne), uma enchilada(panqueca de milho),
porções de arroz e de feijão mexicano. Ver:
http://www.rense.com/general26/thestrangedeath.htm. Ver também:
http://www.rense.com/general10/dies.htm.
153
Em 1979 a empresa Morrison-Knudsen Inc. teria sidocontratada para
realizar a ampliação de túneis soba Base Dulce, no
Novo México. Sendo especialista em rochas, Schneider determinava o
tipo de explosivo necessário para aperfuração. Ele era
filho de um oficial da marinha alemã, que fora trazido para os EUA
através da operação Paper-Clip. Umarefutação das
alegações de Schneider pode ser encontrada em:
http://www.abovetopsecret.com/forum/thread264009/pg1 (aliás, o
assunto
“Dulce” parece ser fonte de intensa campanha de desinformação no
meio ufológico!).
117
3.3.1 – O Acobertamento em Roswell
De acordo com uma história bastante persistente, que tem resistido às
críticas e investigações
bastantes minuciosas, em julho de 1947 aconteceu uma queda de um
UFO em Roswell, Novo México. A
Base Aérea de mesmo nome, que à época possuía o único esquadrão
aéreo atômico do mundo (o 509º
Grupo de Bombardeio da VIII Força Aérea), teria recolhido o objeto, e
emitido uma nota à imprensa que
fez sensação. Nesta nota, elaborada pelo oficial deinformação, Primeiro-
Tenente Walter C. Haut,
informava-se que a Força Aérea conseguira apoderar-se de um disco
voador. A nota foi publicada com
estardalhaço pelo jornal local, e repetidamente transmitida pelas estações
de rádio.
154
A nota emitida à imprensa
155
tinha o seguinte conteúdo:
Os muitos rumores envolvendo o disco voador tornaram-se realidade
ontem,
quando o escritório de informações do 509º. Grupo de Bombardeio da
Oitava Força
Aérea, no campo de aviação do Exército em Roswell, foi muito feliz em
ganhar a
posse de um disco através da cooperação de um dos fazendeiros locais e
do
departamento de polícia do Condado de Chaves.
O objeto voador aterrissou numa fazenda perto de Roswell na semana
passada. Sem
facilidades telefônicas, o fazendeiro guardou o disco até conseguir fazer
contato
com a delegacia de polícia, que, por seu turno, notificou o Major Jesse
A. Marcel,
do escritório de informações do 509º. Grupo de Bombardeio.
Providências foram imediatamente tomadas e o disco foi recolhido da
casa do fazendeiro. Foi
inspecionado no campo de aviação do Exército em Roswell e
posteriormente encaminhado para bases
hierarquicamente superiores pelo Major Marcel.
156
154
Em 1936 teria caído um disco voador na Floresta Negra, Alemanha; em
1937 um outro disco teria caído na região chamada
Gdynia (atual Polônia). Entre os cientistas alemãesenvolvidos no resgate
estariam Werner K. Heisenberg e Max Von Laue.
155
O jornal Daily Recorde as rádios KGFL e KSWS, todos de Roswell.
156
STRIEBER, 1987, p. 217.
118
Logo em seguida, no entanto, houve um desmentido feito pelo General
Roger Maxwell Ramey,
comandante da VIII Força Aérea. Ele recebeu ordens expressas para
abafar o caso, vindas do General
Clement McMullem, do Pentágono. Em uma entrevista àimprensa, o
General Ramey comunicou que o
objeto capturado era, na realidade, apenas um balãometeorológico.
157
O Major Jesse Marcel, responsável
pelo comunicado oficial, teve que apresentar à imprensa os fragmentos
do balão, dizendo que o mesmo
era um tipo de sonda atmosférica.
158
*
Tudo começou quando um objeto brilhante passou sobre Roswell às
21:50 h de 2 de julho de
1947. O avistamento foi noticiado pelo Daily Recordde Roswell no dia 8
de julho de 1947.
Na noite do avistamento, ocorreu um forte temporal,com trovões e raios,
e uma explosão foi
ouvida sobre um rancho pertencente a W. W. ‘Mac’ Brazel. Ele
descobriu destroços espalhados por toda a
sua propriedade, mas, por não possuir telefone, só relatou o fato às
autoridades quando foi à cidade,
alguns dias depois.
O Major Jesse Marcel, oficial de informações do Estado-Maior da Força
Aérea na Base de
Roswell, foi designado para investigar o caso. Ele e um oficial da
Unidade de Contra-Espionagem, ‘Cav’
157
A insistência do público em saber a respeito do caso Roswell fez a Força
Aérea voltar a falar sobre ele em setembro de
1994, quando retornaram à “teoria do balão”, anunciando que o modelo
seria secreto, na época. A Força Aérea usou esta
explicação com base em um avistamento desses balõesfeito em 24 de
abril de 1949 por um físico atmosférico chamado Charles
B. Moore (fato que teria sido divulgado pela revista TRUE em 1950 e
pela revista LIFE em 1952). Em 24 de junho de 1997 foi
divulgado um relatório denominado Roswell: case closed (Roswell: caso
encerrado). Só que desta vez anunciaram que, além do
balão, havia bonecos de uma experiência militar comparaquedas
secretos, chamada Projeto Mogul,
158
Em 1979 Marcel fez uma declaração pública à imprensa, negando
categoricamente que o que foi recuperado em Roswell era
um balão meteorológico. Ele admitiu abertamente queo objeto era uma
nave alienígena. Tal declaração, contudo, não
encontrou ressonância na mídia.
119
Cavitt, chegaram a recolher uma grande quantidade dos restos do objeto.
Ao voltarem a Roswell, foi
divulgada a declaração oficial pelo Tenente Walter Haut, oficial de
informação da base. Marcel foi
encaregado de levar o material recolhido à Base Aérea de Wright Field
(posteriormente, Wright
Patterson), em uma fortaleza-voadora B-29. Entretanto, o material foi
recolhido em Fort Worth, onde
tinha feito uma parada. Lá, o material passou às mãos do General
Ramey, que o mandou por outras vias
para Wright Field. A partir daí, o sigilo começou adescer sobre o fato
ocorrido.
Logo a cidade e o rancho (que foi isolado) foram invadidos por soldados
do exército e agentes do
governo. O rancheiro que encontrou o objeto e comunicou à polícia a
sua descoberta, ao invés de ser
felicitado por isto, foi detido e mantido incomunicável por vários dias,
por agentes federais. Só foi solto
depois que aceitou dar um depoimento público “aceitável” sobre todo o
acontecido, no qual ele negava a
origem extraterrestre do objeto.
159
Alguns fatos comprovados relacionados ao fato:
• Um encontro, solicitado pelo senador Carl Hatch, doNovo México,
com o Presidente
Truman, em 9 de julho. O encontro ocorreu entre 10:30 e 11:00 h da
manhã. Não se
revelou o que foi conversado entre eles.
• Um telefonema (que ficou registrado) entre o General Vandemberg, do
Pentágono, ao
Presidente Truman, às 11:45 h desta mesma manhã.
• A invasão da cidade por contingentes militares e agentes do governo,
os quais ameaçaram
ostensivamente várias testemunhas.
• O fornecimento documentado de caixões de tamanho infantil, feito à
Base Aérea, pelo
coveiro Glenn Dennis (que tinha contrato com a Força Aérea).
• Um bloqueio militar feito na estrada para o rancho de Brazel,
comprovado pelo repórter da
rádio KSWS, que foi impedido de continuar quando iafazer uma
reportagem sobre o
assunto.
• Uma declaração feita (anos depois) pela ex-esposa do Coronel
Blanchard, de que este sabia
que o material recolhido não era nenhum balão.
• Uma declaração do Brigadeiro T. J. Dubose (também feita anos
depois), ex-assistente de
Ramey, de que este seguia ordens superiores no sentido de abafar o caso
e inventar algo
que enganasse a imprensa.
• A declaração (feita anos depois) do oficial meteorológico de Fort
Worth, Irwing Newton,
de que Ramey ordenou-lhe identificar os restos comosendo de um balão
sonda
159
Brazel, que segundo o seu vizinho Floyd Proctor estava muito “loquaz”
e não parava de falar sobre a estranheza do material
que recolhera, tornou-se depois “mudo” e inacessível, quando se tratava
deste assunto.
120
meteorológico.
160
Para Newton, a sonda (um modelo Rawin) não tinha nenhuma
peculiaridade que impedisse a sua identificação.
161
• Um telegrama secreto urgente do FBI passado entre Dallas e
Cincinanati, com cópia para
Washington, acerca do suposto resgate de um disco voador em Roswell.
• Telefonemas feitos pelo Secretário da Comissão Federal de
Comunicação e pelo Senador
Chaves, do Novo México, proibindo a rádio KGFL de continuar
transmitindo o relato do
acidente, sob pena de perder a licença da emissora.
Conforme relata Poer Trench,
No mês de junho de 1947, o conhecido ator de rádio e teatro britânico,
Hughie
Green, estava dirigindo seu carro através da América, indo de Hollyhood
para
Filadélfia. Ele ligara o rádio do carro para espantar o sono, quando de
repente um
comentarista interrompeu o programa, para anunciar que um disco
voador havia
caído no estado de Novo México e que o Exército estava se dirigindo ao
local para
investigar.
O programa continuou sendo interrompido várias vezes, à medida que se
tornavam
conhecidos maiores detalhes. Ele mudou de estação tentando ouvir mais
notícias
dadas por outras estações.
Após chegar a Filadélfia, ele leu todos os jornais,porém nenhum
mencionava o
fato. Inquiriu também a estação de rádio local, e nada obteve. (...) Esse
incidente foi
abafado. Poucos ouviram falar a respeito, e se passaram três anos, antes
que o
assunto fosse novamente ventilado.
162
Estes fatos, e mais dezenas de testemunhos e relatos recolhidos por
vários investigadores ao longo
dos anos levaram à conclusão de que aconteceu alguma coisa diferente
em Roswell em 1947, algo que o
governo fez questão absoluta de ocultar do público.
160
Os balões de pesquisa geralmente subiam até 30.000metros, quando
então ficavam completamente inflados e chegavam a
atingir 30 metros de diâmetro. Entretanto, invariavelmente, todo o seu
trajeto costumava ser acompanhado por um teodolito, e
sua queda eventual não constituía nenhum evento extraordinário.
161
Não é preciso dizer que nenhum militar competente confundiria os
restos de um balão meteorológico comuma suposta nave
extra-terrestre, e se fosse o caso, o exército americano, para evitar o
ridículo, não submeteria um oficial a uma conferência
aberta de imprensa (a não ser, é claro, que houvesse a intenção de
sacrificar o Major Jesse Marcel para colocar igualmente, e de
forma magistral, todo o assunto sob o prisma do ridículo).
162
POER TRENCH, 1966, p. 153.

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