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1.

BENS PÚBLICOS

1. BENS PUBLICOS

Os bens públicos pertencem as pessoas de direito público, União, Estados e Municípios,


segundo o Código Civil1 esses bens são de três espécies: bens de uso comum, bens de uso especial
e bens dominicais. Segundo a doutrina, sob o aspecto jurídico, as duas primeiras espécies são bens
de domínio público do estado. Os bens de domínio público do estado em sentido restrito são
aqueles bens afetados a um fim público e abrangem os bens de uso comum do povo e os de uso
especial essa categoria de bens públicos está submetida ao regime jurídico de direito público e,
em razão de sua destinação, estão fora do comercio jurídico de direito privado, enquanto estiverem
afetado a um fim público não podem ser objeto de qualquer relação jurídica de direito privado. 2

Em contraposição a essa categoria de bens público ,a existem os bens de domínio privado


do estado, que são bens não afetados a um fim público, submetidos a um regime jurídico
parcialmente público e parcialmente privado.3 Essa categoria de bens corresponde a espécie de
bens dominicais. Esses bens, também denominados de bens patrimoniais disponíveis, podem ser
alienados. Segundo definição do art. 99, inciso III do Código Civil os bens dominicais “
constituem patrimônio da pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real , de cada uma delas”. São espécies de bens dominicais, por exemplo, os terrenos de marinhas
e as terras devolutas

1
Cf. art. 99 do Código Civil de 2002

2
Cf. DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito Administrativo. 21 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008

3
Cf. DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito Administrativo. 21 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008
A importância em compreender conceito de bens públicos e suas espécies é relevante para
essa pesquisa, na medida em que há certos bens públicos imóveis que podem ser objeto de fruição
exclusiva por particulares, podendo, ocorrer, inclusive, a alienação do bem para o particular, com
a transferência da propriedade plena do bem para o domínio privado Essa pesquisa pretende saber
se existe essa categoria de bens públicos na Ilha de Tinharé, à quem pertencem – se ao município
de Cairu, ao Estado da Bahia ou à União – e quais são os institutos que permitem a fruição
exclusiva por particulares desses bens.

Segundo o conceito de Marçal Justen Filho: “bens públicos são os bens jurídicos atribuídos
à titularidade do Estado, submetidos a regime jurídico de direito público, necessários ao
desemprenho das funções públicas ou merecedores de proteção especial”.4

Do conceito exposto se depreende que todos os bens atribuídos ao Estado são enquadrados
como bens públicos, são os bens público em sentido amplo, do qual são espécies os bens de uso
comum do povo, os bens especiais e os bens dominicais. Contudo, não há um regime jurídico de
direito público único para todos eles, para cada espécie de bem público haverá um regime jurídico
de direito público específico. Essa pluralidade de regime de bens públicos varia em função das
características desses bens e da finalidade a que eles se destinam satisfazer. Não obstante a
existência de regimes públicos variáveis para cada espécie de bem público, há caraterísticas gerais
a todos eles, dentre elas a inexistência de vínculo de propriedade típico do direito privado.

4
JUSTEN FILHO, Marçal: Curso de direito administrativo. 10 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
p. 1111
Segundo Marçal Justen Filho: “o vínculo entre o Estado Brasileiro e determinados bens
não se identifica com uma relação de propriedade típica do direito privado. Existem diversas
características fundamentais de cunho publicístico que dão identidade à relação entre o Estado e
os bens de sua titularidade”.5 Isto é: o Estado não possui a titularidade dos bens para a satisfação
dos seus próprios interesses, como ocorre com o direito de propriedade do direito civil, a
destinação dos bens público deve sempre estar norteada para a promoção dos direitos fundamentais
da população, não se aplica o instituto da propriedade privada adotado pelo art. 1.228 do Código
Civil Brasileiro aos bens públicos.6

O regime jurídico de bens públicos norteado pelo direitos fundamentais determina que eles
sejam instrumentalizados em favor da sociedade para a concreção desses direitos. Os bens públicos
devem ser usados de modo direito à realização do interesse público e da dignidade humana.
Entretanto, nada impede que bens públicos sejam utilizados também de modo indireto para a
realização desses interesses, incumbindo ao Estado promover, por exemplo, a cessão de uso de
seus terrenos dominicais ociosos. Nesse sentido, Marçal Justem Filho assevera que: “A função
social dos bens públicos é incompatível com a sua ociosidade e implica a sua natureza instrumental
para e realização dos fins impostos ao Estado [...] o patrimônio público é a base material de
promoção dos direitos fundamentais do cidadão”.7

5
JUSTEN FILHO, Marçal: Curso de direito administrativo. 10 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
p. 1117

6
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
p. 1118

7
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
p. 1114 a 1115
Conforme será exposto em tópico específico, certos bens públicos podem ser alienados
pelo ente público à particulares, que adquirem a propriedade plena do bem, nos moldes do instituto
de direito privado. Isto é: O particular que o adquire o bem público – que por definição perde o
status de bem público – pode usar, gozar, dispor do bem e reavê-lo do poder de quem quer que
injustamente o possua ou detenha, como preconiza o art. 1.228 do Código Civil Brasileiro; bem
como poderá servir-se do bem como direito real de garantia.

A classificação das espécies de bens público tem por base o art. 99 do Código Civil, que
elenca três espécies de bens públicos: os bens públicos de uso comum do povo, os bens públicos
de uso especial e bens públicos dominicais ou patrimoniais. Essa classificação sofre críticas da
doutrina que a considera ultrapassada e insuficiente, na medida em que: (i) trata apenas de bens
imóveis – ignorando a existência de bens público móveis e de direitos –; (ii) é calcada na
concepção altamente individualista no que tange aos bens de uso comum que ignora a existência
da uma categoria especial de bens públicos – denominados por Marçal Justen Filho de bens
públicos comuns protegidos – que é de titularidade do povo, mas não de uso comum. Trata-se, por
exemplo, de recursos naturais cuja utilização pelo povo pode ser obstada.8

Não obstante as críticas da doutrina no sentido da necessidade de ampliar o exame do


regime dos bens públicos de modo a abranger também essas outras situações, a classificação
tradicional é suficiente para a pesquisa na medida em que ela tem por objeto apenas os bens
imóveis dominicais e pretende delinear os limites e possibilidades da aquisição de bens públicos
imóveis por particulares.

2. BENS PÚBLICOS DOMINICAIS

8
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
p. 1121
3. FRUIÇÃO EXCLUSIVA DOS BENS PÚBLICOS IMÓVEIS POR
PARTICULARES

2.1 institutos gerais

2.2 institutos especiais

5. DISCUSSÃO TEORÍCA
Segundo Tercio Sampaio Ferraz Jr. o direito é uma ciência voltada para o saber prático,
sua finalidade não se reduz apenas à especulação teórica, e sim a decidibilidade dos conflitos
jurídicos. Veja que conflito jurídico não é a mesma coisa que conflito social, e sim é uma porção
do conflito social selecionado pela ciência do direito. Para decidir os conflitos jurídicos a ciência
do direito opera através de três modelos, o modelo analítico (teoria da norma jurídica), o modelo
hermenêutico (teoria da interpretação jurídica) e o modelo empírico (teoria da decisão jurídica).
Esses modelos operam de forma conjunta, cada um deles influenciando uns aos outros, e são
aplicáveis de forma sequenciada: primeiro o modelo analítico, depois o modelo hermenêutico e
por fim o modelo empírico. A aplicação desses três modelos torna o conflitos jurídicos passíveis
de decisão de rigor cientifico.

O modelo analítico busca delimitar as possibilidade de decisão para um conflito, no modelo


analítico a relação entre um conflito hipotético e as decisões é uma relação de adequação. A
finalidade desse modelo é enumerar qual são as decisões possíveis para um problema hipotético.

O modelo hermenêutico procura a decisão mais adequada do ponto de vista do sentido da


norma e o objeto disciplinado normado. Esse modelo tem a finalidade de selecionar qual será a
norma mais ajustada para regulamentar a relação entre uma norma e o conflito a ser decidido
através do uso de técnicas dogmáticas de interpretação. Esse modelo tem o escopo de controlar o
ato de interpretação da autoridade.

O modelo empírico tem a tarefa de tornar a decisão jurídica que foi tomada resistente de
possíveis refutações de modo a visar conferir correção a decisão jurídica tomada. Trata-se de uma
teoria da argumentação jurídica.

Em síntese, segundo Tercio Sampaio Ferraz Jr. O direito é um saber prático a um só tempo
normativo e argumentativo. Esse referencial irá orientar toda a pesquisa que se pretende realizar.

A pergunta problema que se pretende resolver na pesquisa, a saber: como identificar a


titularidade das terras da ilha de Tinharé? Se da União, do Município de Cairu e eventualmente do
Estado da Bahia. A forma como tem sido distribuída a titularidade dessas terras está condizente
com a interpretação da norma mais adequada? Os particulares podem adquirir a propriedade de
terras nessa ilha? se sim, como devem proceder? existe alguma peculiaridade? Tal pergunta
problema, ao que tudo indica, é um conflito jurídico, portanto passível de decisão.

O que se sabe sobre a pergunta problema que se pretende resolver é que as ilhas costeiras
como é o caso da ilha de Tinharé possuem terras da União, como por exemplo as terras de marinha
que são aquelas inscritas nos 33 (trinta e três) metros praia a dentro contados da linha da preamar
media. Sabe-se que essas terras não podem ter a propriedade adquirida por particulares, sendo

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