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LARISSA BARBOSA DE SOUSA E SILVA

PROPOSIÇÕES PARA A MELHORIADO CONFORTO


TÉRMO-LUMÍNICO E A REDUÇÃO DE EMISSÕES
DE𝑪𝑶𝟐 EM UM EDIFÍCIO PÚBLICO DE GOIÂNIA- GO

Monografia parcial apresentada na disciplina Trabalho


de Conclusão de Curso I do Curso de Graduação em
Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade
Federal de Goiás.
Orientadora: Profa. Dra. Karla Emmanuela Ribeiro Hora
Coorientador: Prof. Msc.Lucas Rosse Caldas - UFRJ

GOIÂNIA
2017
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Atividade física e respectivo metabolismo, conforme ISSO 7730.........18

Figura 2- Resistência térmica de algumas vestimentas........................................18

Figura 3 - Fluxograma fases do projeto................................................................25

Figura 4 - Lista softwares disponíveis...................................................................26

Figura 5 - Etapas da metodologia.........................................................................32

Figura 6 – Localização do edifício da AMMA .......................................................33


Figura 7 - Representação dos Blocos 1 e 2 do edifício da AMMA........................34

Figura 8 – Termo-higr-anemômetro (Modelo THAR- 185)....................................36

Figura 9 –Localização da Estação Meteorológica de Observação de Superfície


Convencional de Goiânia-GO................................................................................37

Figura 10 –Esquema da fase inicial da simulação.................................................40

L. B. S. SILVA
LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Impactos parâmetros fundamentais da qualidade do ambiente interior......14

Quadro 2- Principais certificados aceitos no Brasil.........................................................29

Quadro 3 - Tipologia da construção do edifício da AMMA..............................................35

Quadro 4 - Sistema de conforto e energia do edifício da AMMA....................................35

Quadro 5 - Dados de entrada para simulação computacional........................................40

L. B. S. SILVA
LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

AMMA - Agência Municipal do Meio Ambiente

ANTAC - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment

Cnumad - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e


Desenvolvimento

ENTAC - Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído

GBS -Green Building Studio

GEE -Gases de EfeitoEstufa

GO -Goiás

HQE -Haute Qualité Environmentale

INDC s - Intended Nationally Determined Contribution

InfoHAB -Centro de Referência e Informação em Habitação

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

INMETRO - Instituto Tecnológico de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

LACIS - Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade

LEED -Leadership in Environmental Design

NBR - Norma Brasileira Regulamentadora

OMS - Organização Mundial da Saúde

ONU - Organização das Nações Unidas

L. B. S. SILVA
PMCMV - Projeto Minha Casa Minha Vida

PNMC - Política Nacional sobre Mudança Climática

PROCEL -Programa Nacional de Conservação de Energia

RTQ-C - Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência


Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos

RTQ-R - Regulamento Técnico da Qualidade para Nível de Eficiência Energética


de Edificações Residenciais

SED - Síndrome do Edifício Doente

UFG - Universidade Federal de Goiás

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

UNB - Universidade de Brasília

UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

USP - Universidade de São Paulo

L. B. S. SILVA
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................8
1.1. CONTEXTO E TEMA .................................................................................................................8
1.2. JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................................9
1.3. PROBLEMA ...............................................................................................................................10
2- OBJETIVOS .......................................................................................................................................11
2.1. OBJETIVO GERAL...................................................................................................................11
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................11
3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..............................................................................................................12
3.1. QUALIDADE DE VIDA NO LOCAL TRABALHO ASSOCIADO AO CONFORTO
AMBIENTAL ..........................................................................................................................................12
3.2. CONFORTO AMBIENTAL...........................................................................................................13
3.2.1. Conforto Lumínico ...............................................................................................................14
3.2.2. Conforto Térmico .................................................................................................................15
3.3. CONSUMO ENERGÉTICO E EMISSÕE DE 𝑪𝑶𝟐 ...................................................................18
3.4. SUSTENTABILIDADE E CONFORTO AMBIENTAL NAS CONSTRUÇÕES ....................20
3.4.1. Estudos de casos de construções que visam o conforto ambiental .....................22
3.5. NORMAS REGULAMENTADORAS E SELOS DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL .........26
4- METODOLOGA ....................................................................................................................................31
4.1. ANÁLISE DOS DOCUMENTOS EXISTENTES .......................................................................31
4.2. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ........................................................................................32
4.2.1. Aspectos gerais ....................................................................................................................32
4.2.2. Aspectos gerais e diagnóstico do edifício ....................................................................33
4.3. PESQUISA DE CAMPO ...............................................................................................................35
4.3.1. Eleição dos pontos para levantamento de dados e instrumentação utilizada ....35
4.3.2. Avaliação da percepção climática dos usuários do edifício da AMMA .................36
4.3.2.1. Elaboração e aprovação do questionário ........................................................................36
4.3.2.2. Aplicação dos questionários ..............................................................................................36
4.3.3. Análise dos dados obtidos através dos questionários .............................................37
4.4. PROCESSAMENTO DOS DADOS ............................................................................................38
5- CRONOGRAMA ...................................................................................................................................41

L. B. S. SILVA
6- RESULTADOS ESPERADOS ...........................................................................................................41
REFERÊNCIA BIBLOGRÁFICAS .........................................................................................................42

L. B. S. SILVA
1- INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTO E TEMA

No ano de 2015, 50,8% da energia elétrica consumida no país esteve ligada aos
setores residencial, público e comercial (BEN, 2016), mostrando que os edifícios são
responsáveis por uma parcela significativa do consumo de energia elétrica nacional.
Neste sentido, a avaliação do desempenho energético dos edifícios é essencial quando
se pensa em uma forma de tornar o setor da construção civil mais sustentável em
termos de eficiência energética.

Segundo Mendonça et al. (2000) nas primeiras décadas dos anos 2000 o Brasil possuía
cerca de 90% de sua energia elétrica oriunda da produção com base hidráulica. No
entanto, sabe-se que esse cenário se encontra em transição. O Brasil tende, a um
longo prazo, a aumentar a sua produção energética por geração térmica,
principalmente por gás natural, aumentando as emissões de 𝐶𝑂2 devido ao uso de
combustíveis fosseis. Por outro lado, como é apresentado no Intended Nationally
Determined Contribution1(INDCs) ou Pretendida Contribuição Nacionalmente
DeterminadadoBrasil(EPE, 2016), o país se comprometeu a aumentar a participação de
outras fontes renováveis, entre elas a biomassa, a eólica e a solar. Portanto, há ainda
certa incerteza de como será a matriz elétrica brasileira no decorrer dos próximos anos.
Mas de qualquer forma a geração de energia elétrica está diretamente relacionada com
a emissão de dióxido de carbono (𝐶𝑂2), portanto, para mitigar as emissões de 𝐶𝑂2os
autores apontam uma produção de energia a partir de fontes renováveis e mais limpas.

Sabe-se, contudo, que o consumo racional da energia é um ponto fundamental para a


redução de emissões de 𝐶𝑂2 ligadas à energia elétrica. Assim, a eficiência energética
em edificações está relacionada com o ambiente construído e as condições que ele
oferece aos usuários.

1Pode ser definida como a ambição para redução de emissões domésticas de gases de efeito estufa
(GEE), apresentada em dezembro de 2015, durante a COP21 (21ª Conferência das Partes) da
ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Cada país participante apresentou sua
iNDC (EPE, 2016).

L. B. S. SILVA
No ano de 2001, ocorreu no Brasil um período de racionamento energético. Após a
crise desse ano fora criada a primeira lei que aborda eficiência energética no país. A Lei
nº 10.295 dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia.
Essa Lei foi regulamentada pelo Decreto nº4.059.

Essa lei estabeleceu que “deveriam ser criados parâmetros referenciais para a
eficiência energética em edificações, com ‘indicadores técnicos e regulamentação
específica’ para estabelecer a obrigatoriedade dos níveis de eficiência no país [Brasil]”
(NICOLETTI, 2009, p.3). Logo, para atender às exigências em 2009 fora lançado no
mercado brasileiro pelo Programa Nacional de Conservação de Energia (PROCEL) no
âmbito do Instituto Tecnológico de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).

A discussão em torno da eficiência energética nas edificações voltou os olhares


políticos e técnicos, não só para a criação de leis em diversos países, como também a
criação de selos de certificações que passam a reconhecer as características
ambientais nas construções. As certificações mais difundidas no Brasil são: a Building
Research Establishment Environmental Assessment (BREEAM); o Selo Azul; a Haute
Qualité Environmentale(HQE), que posteriormente foi convertida para a AQUA-HQE e a
Leadership in Environmental Design (LEED).

1.2. JUSTIFICATIVA

Padrões arquitetônicos de várias tipologias, incluindo os edifícios de escritórios


projetados nos grandes centros urbanos, tiveram grandes mudanças nas últimas
décadas (BESSA, 2010).

Uma vez que muitas construções, principalmente edifícios comerciais e públicos,


seguem linhas internacionais na envoltória, como por exemplo, o uso de fachadas
envidraçadas, e sistemas de condicionamento de ar condicionado projetados para
ambientes com diferentes condições climáticas do que a do Brasil. Sabe-se que o
projeto de um edifício, quando adequado às condições climáticas locais, contribui para
um melhor desempenho energético. Isso acontece uma vez que o projeto considere
alguns parâmetros específicos, entre eles a volumetria, a orientação solar, escolha de

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materiais e sistemas construtivos mais adequados, a ventilação cruzada, o
aproveitamento da luz natural, entre outros e, assim, o edifício passa a consumir menor
percentual de energia com artifícios mecânicos que proporcionariam maior conforto
térmico aos usuários.

Os edifícios públicos são responsáveis pelo consumo de 8% da produção nacional de


energia elétrica (EPE, 2012). Nesses edifícios, fatores específicos como, maior
densidade ocupacional, presença de máquinas (computadores, impressoras etc.) e
vestimentas muitas vezes mais formais como camisas de manga longa, tendem a
aumentar o desconforto térmico dos usuários. Segundo o Procel (2017), cerca de 70%
do consumo de energia elétrica em prédios públicos estão voltados para sistemas de
iluminação e climatização. No município de Goiânia-GO, em 2014, 5,5% do consumo de
energia elétrica total do município, esteve ligado ao consumo de energia elétrica em
edifícios públicos (IMB, 2017).

O presente propõe um retrofit em um edifício, visando à melhoria das condições de


conforto térmico e lumínico com a redução das emissões de 𝐶𝑂2 e, ao mesmo tempo, a
amenização do stress térmico sobre os usuários de um edifício. Espera-se que os
resultados desta pesquisa contribuam para o desenvolvimento científico e tecnológico
que agregam o setor da construção civil. Espera-se contribuir, também, para uma
gestão pública mais consciente e eficiente.

1.3. PROBLEMA

Ao tentar estabelecer uma relação entre conforto ambiental e redução de emissões de


𝐶𝑂2 nota-se uma característica cíclicanesta relação. Devido ao aumento do consumo
energético em um edifício, também desencadeia o aumento das emissões de 𝐶𝑂2 ,em
uma escala maior, acredita-se que ocorre uma aceleração do efeito estufa, contribuindo
para as mudanças climáticas. Essas mudanças tendem a proporcionar um maior
desconforto térmico em algumas regiões do planeta. Na tentativa de atingir, novamente,
condições salubres para que os usuários do edifício desenvolvam suas atividades com

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maior sensação de bem-estar, utilizam-se mecanismos artificiais, o que desencadeia o
aumento do consumo energético nos edifícios.

Um exemplo são os edifícios públicos, tais como o edifício em que se encontra a sede
da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) de Goiânia-GO. Esses edifícios são,
em grande parte, construções antigas, e/ou edifícios projetados para fins distintos da
utilização atual, enquadrando-se assim na relação cíclica que envolve o conforto
ambiental e a redução de emissões de 𝐶𝑂2 . Diante disto, o presente trabalho tem como
problema a seguinte questão: Quais são as ações necessárias para propiciar melhoria
no conforto termo-lumínico num edifício público municipal que, ao mesmo tempo,
contribua para reduzir emissões de 𝐶𝑂2 do edifício?

2- OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL

Propor ações para melhoria do conforto termo-lumínico, visando reduzir as emissões de


𝐶𝑂2 em um edifício público da cidade de Goiânia-GO.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Pretende-se como objetivos específicos:

• Mensurar as condições de conforto termo-lumínico de um edifício público;

• Relacionar as condições de conforto termo-lumínico com emissões de 𝐶𝑂2 ;

• Verificar se as condições de conforto termo-lumínico geram stress, afetando


assim, a saúde dos usuários de edifício.

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3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. QUALIDADE DE VIDA NO LOCAL TRABALHO ASSOCIADO AO CONFORTO


AMBIENTAL

O local de trabalho, seja ele qual for, deve ser sadio e confortável, para as pessoas que
nele permanecem. O ambiente deve apresentar-se seguro e satisfatório para o trabalho
que ali será desenvolvido (FLESCH et. al, 2003).

O Comitê Técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu, em 1982, a


Síndrome do Edifício Doente (SED) como o conjunto de sintomas, tais como: dor de
cabeça; fadiga; letargia; prurido e ardor nos olhos; irritação de nariz e garganta;
anormalidades na pele e falta de concentração em trabalhadores de escritórios
(SANTOS et al 1992).

A adequação do ambiente construído ao clima local é de extrema importância para o bom


desempenho da edificação, pois essa consome menos energia com artifícios mecânicos
para proporcionar conforto aos seus usuários. Este requisito também se mostra
fundamental para oferecer condições salubres para que o ser humano desenvolva suas
atividades com maior satisfação e sensação de bem-estar (FERNANDES et. al 2010, p. 2)

Maia (2002) apresenta que o conforto ambiental é essencial para a sensação de bem-
estar, humor e bom desenvolvimento das atividades dos usuários do edifício. Algumas
situações de desconforto causadas por situações que envolvem temperaturas
extremas; falta de ventilação adequada; umidade em excesso combinada a altas
temperaturas podem ser bastante prejudiciais à saúde.

Um sintoma bastante recorrente em relação ao conforto ambiental é o stress térmico.


Xavier et al (2008, p. 68) define esse termo como o “estado psicofisiológico a que está
submetida uma pessoa, quando exposta a situações ambientais extremas de frio ou
calor.”

A sonolência, a alteração de batimentos cardíacos e o aumento de sudação podem ser


efeitos físicos desse desconforto. No campo psicológico o usuário pode apresentar

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apatia e desinteresse pelo trabalho, afetando assim, a saúde do trabalhador e a
qualidade do trabalho (MAIA,2002).

3.2. CONFORTO AMBIENTAL

O termo “conforto ambiental” ou “conforto do ambiente construído” está diretamente


ligado à ideia de prevenção do desconforto e, ao nível da transcendência, à leveza e
encanto. De forma que combine a comodidade e expressividade (SCHIMID, 2005).

Schmid (2005) defende que considerar o conforto oferecido pelo ambiente, ao escolher
uma edificação, por mais que soe algo natural, na prática não é uma verdade absoluta.
Essa preocupação passou a ser notada no movimento Modernista. Fora no período pós
Segunda Guerra, que o homem com o intuito de demonstrar a sua “vitória” sobre a
natureza e demonstrar o seu “controle” com a construção de ambientes climatizados
(RHEINGANTZ, 2001).

Embora o conforto ambiental tenha se estruturado enquanto disciplina somente após a


Segunda Guerra Mundial, seus princípios surgiram na Pré-História, quando o homem
descobriu que, nas estações frias, era conveniente habitar em cavernas com a abertura
orientada na direção dos raios solares. Enquanto a disponibilidade de energia era
restrita, otimizou o seu uso maximizando a aplicação dos recursos disponíveis e
produziu uma arquitetura em perfeita harmonia com o clima e com os valores culturais
(RHEINGANTZ,2001).

O conforto está associado às condições do ambiente e a maneira que o edifício


trabalha com essas condições. Alguns fatores como a temperatura, luz, ruído,
qualidade do ar e o layout podem gerar riscos à saúde física e mental dos usuários do
edifício. Para que isso não ocorra é necessária uma sintonia entre esses fatores e a
atividade humana realizada no local (MAIA, 2002).

O Quadro 1 apresenta os impactos relacionados aos parâmetros da qualidade de um


ambiente interno.

Quadro 1- Impactos dos parâmetros fundamentais da qualidade do ambiente interior (Adaptado)


Parâmetros Impactos Positivos Impactos Negativos
Conforto Sensação de prazer, Perda de concentração, dificuldade da realização de

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Acústico estímulo sensorial, maior tarefas que exijam raciocínio. Confusão mental, stress,
satisfação, aumento do dores de cabeça, fadiga. Susceptibilidade de efeitos
desempenho na execução cardiovasculares resultantes da evolução da hipertensão.
das tarefas, maior Pode acelerar ou intensificar desordens mentais latentes
concentração. como ansiedade, agressividade, entre outras.
Dificuldade de foco decorrente da quantidade insuficiente
ou excedente de luz, fadiga visual decorrente de níveis de
Sensação de prazer,
brilho ou contraste excessivo entre os materiais, dores de
estímulo sensorial, maior
Conforto cabeça, existência de reflexos indesejáveis que interferem
satisfação, aumento do
Lumínico na visão, causam desconforto e cansaço e podem causar
desempenho na execução
dores musculares e esqueléticas no pescoço e nas costas,
das tarefas.
devido a posturas inadequadas adotadas na tentativa de
melhorar a acuidade visual. Pode induzir a sonolência.
Sensação de prazer,
estímulo sensorial, maior
Conforto Desconforto e insatisfação. Absentismo. Redução do ritmo
satisfação, aumento do
Térmico de trabalho.
desempenho na execução
das tarefas.
Fonte: SILVA, 2009.

Dentre algumas normas regulamentadoras voltadas ao conforto ambiental, pode-se


citar a NBR-15575/2013. Essa norma foca nas exigências dos usuários para o edifício
habitacional e seus sistemas, quanto ao seu comportamento em uso e não prescrições
de como os sistemas são construídos (ABNT, 2013).

A NBR-15575/2013 estabelece requisitos e critérios de desempenho, que se aplicam às


edificações habitacionais. Ela aborda como requisitos gerais, entre outros quesitos: a
estanqueidade; o desempenho térmico; desempenho acústico; desempenho lumínico;
saúde, higiene e qualidade do ar; conforto tátil e antropodinâmico; e adequação
ambiental; Estrutura; Pisos internos; Fachadas e paredes internas; Coberturas e
sistemas hidrossanitários em edificações.

A ABNT (2013) aponta, em seu item 18, que “os empreendimentos e sua infraestrutura
devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a minimizar as alterações no
ambiente”.

3.2.1. Conforto Lumínico

Pizarro (2005) define conforto lumínico, ou conforto visual como a existência de um


conjunto de condições, em um determinado ambiente, em que o homem pode
desenvolver as suas atividades visuais com o máximo de precisão e o mínimo esforço e
prejuízo à vista.

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Pondera-se ainda, que o conforto lumínico abrange não só as variáveis concernentes ao
conforto visual de um usuário em dado ambiente, como o consumo de energia elétrica
referente à iluminação artificial e o aproveitamento da iluminação natural, de modo que
se espera obter conforto visual com iluminamento adequado e uso apropriado das fontes
natural e artificial de iluminação, implicando diretamente em maior eficiência energética
da edificação e satisfação dos usuários. (FERVENÇA et al 2012)

Fernandes et al (2001) mostram que a avaliação e a análise da qualidade lumínica de


um ambiente é medida através de parâmetros construtivos. Para essa determinação é
necessário a avaliação dos seguintes aspectos:

“[…] níveis de iluminação recomendados para a tarefa visual; níveis de iluminação


observados; uniformidade e níveis de contraste; distâncias entre o usuário e o objeto,
que afetam a visibilidade; existência de ofuscamentos; uso das cores nas superfícies;
elementos externos e internos de proteção da insolação direta, tais como brises e
cortinas; iluminação artificial suplementar.”(FERNANDES et.al 2001, p 3).

Para garantir o conforto visual é necessário considerar a iluminação natural e


complementá-la com sistemas artificiais atendendo parâmetros estabelecidos por
normas técnicas, uma vez que o conforto lumínico depende basicamente da
quantidade, da distribuição e da qualidade da luz neste espaço.

3.2.2. Conforto Térmico

A norma ANSI/ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air


Conditioning Engineers-1981) define conforto térmico como “a condição na qual um
indivíduo exprime satisfação com relação ao ambiente que o circunda”. Essa norma
coloca ainda que “o ambiente deve apresentar condições térmicas tais que pelo menos
80% dos ocupantes expressem satisfação com o ambiente térmico”.

O desejado conforto térmico, ou a sensação de bem-estar com a temperatura do


ambiente, muitas vezes choca com valores culturais da indumentária.

O calor está presente, de maneira mais perceptível, nos raios solares, em um cobertor
ou em uma xícara de café. Mas também é notável a presença do “calor interno” durante
alguma atividade corporal. Isso se dá em decorrência das vibrações das moléculas de

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um determinado objeto. Quanto maior a vibração, mais elevada será a temperatura.
Logo, se tem que o calor pode ser sensível2 ou latente3 (SCHIMID, 2005).

A importância prática do calor latente para o conforto térmico é enorme, pois assim como
o suor sobre a pele ao evaporar vai aliviando a sensação de calor, a roupa úmida, no
corpo, vai secando e aumentando a sensação de frio (além disso, a roupa úmida é um
pior isolante térmico que a roupa seca). (SCHIMID, 2005).

Roaf et al (2009 p.130) listam três motivos para importância do conforto térmico em
projetos de edifícios:

• O conforto é essencial para que o usuário fique satisfeito.


• A temperatura que as pessoas buscam atingir em suas habitações é um
fator que tem uma grande influência na quantidade de energia que será
utilizada.
• Se um edifício não for confortável, seus usuários farão o possível para
atingir um grau satisfatório de conforto. Essas adequações, normalmente,
envolvem o uso de energia.

Para atingir um estado de conforto térmico existem inúmeras ações adaptativas de


maneira à regular a taxa de geração de calor interno; regular a taxa de perdas térmicas
corporais; regular o ambiente térmico; seleção de outro ambiente térmico e a
modificação das condições corporais fisiológicas (ROAF et al, 2009).

Segundo Pizarro (2005), o equilíbrio térmico do organismo é atingido por meio de


mecanismos de condução4, convecção5, radiação6, evaporação7 e a respiração.

2O calor sensível é entendido como aquele que é transferido entre duas porções de matéria com diferença de
temperatura. O calor sensível pode ser transmitido por condução, convecção ou radiação.
3O calor latente é entendido como a porção de energia necessária para mudar o estado físico de uma matéria.
4A condução é a perda térmica direta ou ganho térmico das superfícies em contato com o corpo, o que depende da

temperatura da superfície. Na maioria dos casos, isso pouco contribui para a perda térmica. (ROAF et al 2009)
5A convecção é a perda térmica para o ar ou ganho de calor do ar. Isso depende da temperatura e da velocidade do

ar junto à superfície do corpo (pele ou roupas). (ROAF et al 2009)


6A radiação corresponde à perda térmica direta para o entorno ou ganho de calor do entorno (a temperatura

radiante). (ROAF et al 2009)


7A evaporação é a perda térmica para que ocorra a evaporação da umidade da pele. Depende da quantidade de

água no ar (umidade) e da velocidade do ar junto ao corpo. (ROAF et al 2009)

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A adaptação pode ser considerada como um conjunto de processos de aprendizagem
em que o homem se torna adaptado ao ambiente de costume e, caso ocorra alguma
alteração da temperatura, o indivíduo sentirá certo desconforto térmico e reagira de
alguma forma para tentar reverter esta situação.

Desde o início do século XX, vários estudos foram realizados para determinar zonas de
conforto térmico que apontassem para uma situação ideal para o homem desenvolver
suas atividades, sem a necessidade do organismo recorrer aos seus mecanismos termo
reguladores (PIZARRO, 2005).

O conforto térmico varia em função do metabolismo8; da resistência térmica oferecida


pela vestimenta9; dos parâmetros ambientais (temperatura do ar, temperatura radiante
média, velocidade do ar e umidade relativa do ar) e por variáveis como sexo, idade,
raça, hábitos alimentares, peso, altura etc. (ROMERO, 2001). Além de questões do
edifício, como tipo de vedações, cobertura, materiais utilizados, sombreamento etc.

A prática de atividades físicas, por exemplo, aumenta o calor gerado pelo metabolismo.
A Norma ISO 7730 (2005) estabelece valores de metabolismo para algumas atividades
físicas, como mostra a Figura1. A ISO 7730 (2005) também estabelece a taxa
metabólica em função do isolamento térmico da vestimenta, através do Índice de Clo,
como ilustra a Figura 2.

8Definido conforme taxas estabelecidas pela ISO 7730 de 1994.


9
Definido conforme taxas estabelecidas pela ISSO 7730 de 1994.

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Figura 1 Atividades físicas e respectivo metabolismo, Figura 2 Resistência térmica de algumas vestimentas
conforme ISO 7730

FONTE: LAMBERTS etal, 2014 FONTE: LAMBERTS et al, 2014

Os valores atribuídos para vestimenta e atividades físicas são tabelados e


disponibilizados pela ISO 7730(2005) e ASHRAE Fundamentals cap.8 – 2005 e ISO
8996/2004 (XAVIER et. al, 2008).

3.3. CONSUMO ENERGÉTICO E EMISSÕE DE 𝑪𝑶𝟐

Foi através do Relatório de Brundtland, “Nosso Futuro Comum”-1987, onde o conceito


de “Desenvolvimento Sustentável” fora internacionalmente apresentado, que as
questões ambientais passaram a ser tratadas de maneira mais relevantes, uma vez que
o relatório aborda a importância de se atentar para a necessidade de organização do
modo de desenvolvimento das sociedades, a fim de preservar os recursos naturais
(GANHÃO, 2011).

No Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987) a Comissão de Brundtland definiu


desenvolvimento sustentável como um processo harmônico entre a exploração dos
recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento
tecnológico e a mudança institucional; e essa harmonia reforça o potencial atual e
futuro, para fazer as pretensões e necessidades humanas.

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Portanto, para encontrar certo equilíbrio no consumo de recursos naturais no cenário
atual, sem prejudicar as gerações futuras, um dos pontos citados pelo Relatório é o
consumo de energia. “Dar condições satisfatórias de conforto ambiental ao usuário é
um caminho para que ele não procure esse conforto utilizando meios ativos,
ocasionando, portanto, o consumo de energia” (BRASILEIRO et al., 2016, p.569). Sabe-
se, entretanto, que edificações públicas/comerciais dificilmente ficariam isentas de
condicionamento artificial de ar devido alguns fatores característicos como a densidade
ocupacional e a presença de máquinas. Com isso, as estratégias para proporcionar
condições satisfatórias de conforto ambiental ao usuário servem para a redução do
consumo de energia.

Para Caldas (2016) a recente crise energética enfrentada pelo Brasil nos últimos anos,
desde 200110, chama a atenção para a necessidade de desenvolvimento de tecnologias
mais eficientes e o maior incentivo à utilização de fontes energéticas alternativas e
menos poluidoras. Esse autor ainda destaca que isso se dá também pelo fato de que o
elevado consumo de energia e a grande quantidade de emissões de 𝐶𝑂2 têmchamado
atenção de pesquisadores e governos mais preocupados com a questão das mudanças
climáticas e os impactos gerados pelo setor da construção civil.

Bessa (2010) aponta que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) estão
relacionadas ao consumo de combustíveis fósseis utilizados para a produção de
energia. Assim, os edifícios estão diretamente ligados à emissão desses gases, uma
vez que é esse um dos elementos urbanos que mais consomem energia ao longo do
seu ciclo de vida. Para complementar, Romero (2011) apresenta estatísticas que
apontam que, no Brasil, 44,7% de toda a energia elétrica produzida é gasta em edifícios
seja em uso, seja em manutenção. De acordo com BEN (2016), em 2015, 50,8% da
energia elétrica consumida no Brasil esteve ligada aos setores residencial, público e
comercial.

10“Em 2001 o Brasil apresentou déficit entre geração e consumo de energia elétrica tendo culminado no maior
racionamento de energia elétrica da história do país [...]”. (BARDELIN, 2004, p. 15)

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Segundo Caldas (2016) as emissões de 𝐶𝑂2 podem ocorrer durante todo o ciclo de vida
de um edifício, desde a fabricação, transporte dos materiais e componentes de
construção, até a operação e sua demolição. A etapa de operação é apontada como a
mais impactante em termos de consumo de energia e emissões de 𝐶𝑂2 no ciclo de vida
de um edifício.

Roaf et al. (2009) apresentam um panorama em que as edificações com elevado


consumo de energia estão com os seus dias contados, pois muitos países já não mais
dispõem energias necessárias para fazê-los funcionar. Entretanto, na segunda década
dos anos 2000, a preocupação se volta para a redução das emissões de 𝐶𝑂2 ·,uma vez
que novas fontes de energia foram e serão descobertas com os avanços tecnológicos.
Portanto, os edifícios de elevado consumo de energia- que resultarão em maior
emissões de 𝐶𝑂2 - estão com os dias contados.

3.4. SUSTENTABILIDADE E CONFORTO AMBIENTAL NAS CONSTRUÇÕES

O crescimento populacional equivale, no campo da construção civil, à maior demanda


de edificações e, com isso, maior consumo energético. O termo “arquitetura
sustentável” surgiu em meados dos anos 90, visando reconhecer a área da construção
como uma das principais fontes da degradação ambiental e uma possível fonte de
renovação ambiental (LAMBERTS, 2014). Entretanto, apenas na Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Cnumad), no ano de 1992
que ficara documentado como meta a ser atingida, o termo “Construção Sustentável”
(PINHEIRO, 2003).

Para Azuma (2007) cabe a um projeto sustentável envolver pontos chave, tais como a
redução de gases causadores do aquecimento global com base na redução do
consumo energético e a criação de espaços com condições de conforto, que atenda às
necessidades sociais dos usuários do edifício.

A construção sustentável refere-se à aplicação da sustentabilidade às atividades


construtivas, sendo definida como a criação e responsabilidade de gestão do ambiente
construído, baseado nos princípios ecológicos e no uso eficiente de recursos.
(PINHEIRO, 2003 p.2)

L. B. S. SILVA
Pinheiro (2006) defende que a definição proposta por Charles Kibert (1994) é a mais
aceita, uma vez que definiu a construção sustentável por: “criação e gestão responsável
de um ambiente construído saudável, tendo em consideração os princípios ecológicos
(para evitar danos ambientais) e a utilização eficiente de recursos”. Kibert estabeleceu,
também, princípios básicos da construção sustentável, com base no elo entre a
construção e os recursos (materiais, solo, energia e água). Sendo eles:

• Reduzir o consumo dos recursos;


• Reutilizar os recursos sempre que possível;
• Reciclar materiais em fim de vida do edifício e usar recursos
recicláveis;
• Proteger os sistemas naturais e sua função em toda atividade;
• Eliminar os materiais tóxicos e os subprodutos em todas as fases
do ciclo de vida.

No entanto, segundo Pinheiro (2006), ambientes a serem construídos, que visam à


sustentabilidade, podem se distanciar devido às questões e princípios que cabem a
cada localidade. Essa diferença pode ser observada em escalas global, nacional,
regional e local, como cidades, espaço dos edifícios e até mesmo do material.

Para casos de construções já existentes, o projeto pode ser adaptado e reabilitado, de


maneira que a edificação satisfaça a suas novas necessidades.

Barrientos (2004) aborda em seus estudos o termo “retrofit” considerando o conceito


estabelecido na década de 90 em que retro com origem, no latim refere-se a
movimentar-se para trás e fit, do inglês, adaptação ou ajuste. A definição de retrofit é
utilizada para qualquer tipo de reforma. Entretanto, para profissionais e pesquisadores
envolvidos com eficiência energética em edificações, o termo está ligado a reformas em
sistemas que envolvem consumo de energia elétrica, visando assim, a sua conservação
aliada ao conforto do usuário (GHISI, 1997).

L. B. S. SILVA
Barrientos (2004) defende que um retrofit adequado contempla um avançado estudo
entorno dos elementos que constituem o processo, com grande destaque para a fase
da execução e também utilizando técnicas diferentes das convencionais.

Existem, tanto para uma construção, quanto para um retrofit, soluções passivas e
soluções ativas, conforme apresentado nos estudos de Ganhão (2011). Entre as
principais soluções passivas, pode-se ressaltar a definição de estratégias específicas
para cada orientação solar em que se encontrará o edifício; sombreamento; ventilação
natural; especificação das fachadas; coberturas e cores claras para o edifício e, ativas:
eletrodomésticos eficientes; energia solar fotovoltaica; energia eólica e energia de
biomassa.

3.4.1. Estudos de casos de construções que visam o conforto ambiental

Iniciativas considerando a implementação de projetos mais sustentáveis podem ser


encontradas em diversos países, como por exemplo, Bank of America Tower, One
Bryant Park, em Nova Iorque- Estados Unidos da América; CouncilHouse 2, em
Melbourne- Austrália; BMW Welt, em Munique- Alemanha; Complexo Comercial
Rochaverá, São Paulo- Brasil. Estudos foram desenvolvidos em busca do
aprimoramento dessa implementação em diversas universidades brasileiras e
internacionais, como por exemplo Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e
Sustentabilidade (LACIS) da Universidade de Brasília (UNB), Brasília-Brasil;
Universidade do Minho, em Braga- Portugal.No acervo do Centro de Referência e
Informação em Habitação (InfoHAB) podem ser encontradas várias publicações
relacionadas ao tema, como por exemplo, artigos apresentados no Encontro Nacional
de Tecnologia do Ambiente Construído11 (ENTAC).

Entre os trabalhos apresentados no ENTAC 2016, 113 artigos contemplam o Conforto


ambiental e Eficiência energética. 28, dos mais de cem artigos, mostram estudos de

11Evento promovido bienalmente pela Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC) que
“[…] visa disseminar e discutir a produção científica na área da Tecnologia do Ambiente Construído, bem como
debater políticas e problemas relacionados a este tema, com a participação da comunidade acadêmica e de
representantes de instituições e empresas públicas e privadas” (ENTAC, 2017).

L. B. S. SILVA
casos com alternativas para o conforto ambiental e eficiência energética. Os
aproveitamentos da luz natural e da ventilação natural correspondem a 53% das
soluções apresentadas. Ventilação cruzada, projeto/especificação de fachadas, posição
das janelas e proteção solar (brises) foram alternativas também citadas pelos autores
que apresentaram no ENTAC 2016.

Dentre os artigos do ENTAC 2016, alguns se destacaram por mostrarem visões


relacionadas à aplicação de medidas para tornar-se um ambiente construído com
melhores condições de conforto ao usuário, sem descartar a sustentabilidade.

Brasileiro et al (2016) analisa meios de otimizar a eficiência energética das habitações


produzidas pelo Projeto Minha Casa Minha Vida (PMCMV) no Rio de Janeiro, com base
no método prescritivo do Regulamento Técnico da Qualidade para Nível de Eficiência
Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R).

Os resultados obtidos por Brasileiro et al (2016) apontaram o aproveitamento da


ventilação natural, ventilação cruzada e sombreamento por meio de venezianas, como
principais estratégias para a melhoria do nível de eficiência energética no conjunto
habitacional estudado.

Gonçalves et al (2016) observaram, através de simulação computacional, o nível de


conforto térmico e a eficiência energética do edifício de escritórios Panoramic Center
em Pelotas-RS, com a aplicação de sistema de proteção solar. Os autores sugeriram
um retrofit aplicando sistema de brise-soleil, analisando a densidade de carga interna,
conforme a NBR 16401 (2008) e dados obtidos no estudo do software (EPLaunch-
Enegy Plus 8.3). Após estudos, constataram que, apesar de o edifício ter baixo grau de
eficiência energética, ao implementar brises teriam pontos positivos como a diminuição
do desconforto para o calor e, consequentemente, do consumo energético anual.
Apesar de a simulação também indicar o aumento do desconforto ao frio, a hipótese
levantada apresentou 80% das horas ocupadas em conforto térmico-percentual mínimo
aceitável.

L. B. S. SILVA
Também fora apresentado no ENTAC de 2016 um estudo realizado na Sala três (3),
localizada no edifício Bloco B da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da
Universidade Federal de Goiás (UFG). Chaves et al (2016) confrontaram dados obtidos
através de medições “in loco”, com a percepção dos usuários da sala em questão, para
avaliar o conforto térmico e a eficiência energética.

Os resultados da temperatura e umidade relativa do ar, nos ambientes, externo e


interno; juntamente aos questionários aplicados, ofereceram aos autores uma base
para apontar que a ventilação natural no edifício não é satisfatória para manter o
conforto térmico. A solução indicada para oferecer maior conforto aos usuários foi a
instalação de climatizadores, já que o uso desse mecanismo é considerado com
consumo energético inferior ao ar-condicionado. Esses climatizadores seriam ideais
para meses mais secos e quentes na cidade de Goiânia-GO (entre setembro e
novembro), já que o aparelho pode possibilitar o aumento da umidade, tornando assim,
o ambiente mais confortável termicamente (CHAVES et al, 2016).

3.4.1. Processos de análise de conforto ambiental utilizando simulação e conforto


computacional

Segundo Harbich(2016) o projeto de edificações pode ser dividido em seis fases:


condicionante do projeto; estudo preliminar; avaliação do desempenho térmico,
iluminação etc.; simulação; anteprojeto e projeto executivo, conforme o fluxograma
apresentado na Figura 3.

L. B. S. SILVA
Figura 3 Fluxograma fases do projeto

Fonte: HARBICH (2016)12

A simulação do projeto deve ser iniciada a partir dos estudos preliminares através de
modelagens e simulações do ambiente em que ocorrerá a implantação do projeto,
considerando, inclusive, aspectos bioclimáticos. Com essa modelagem no estudo
preliminar é possível obter uma avaliação do desempenho térmico, lumínico e, assim,
desenvolver o projeto baseado em uma simulação das condições do ambiente real e o
seu comportamento no ambiente. Com isso, tem-se maior noção da viabilidade do
projeto e possíveis modificações que irão contribuir para o melhor desempenho do
ambiente construído. Após os ajustes primários serem realizados, também são
indicados softwares mais avançados a fim de verificar quesitos como consumo
energético e emissão de 𝐶𝑂2 obtendo assim, o projeto executivo.

Segundo a autora as simulações podem ser realizadas com base em ensaios com
modelos físicos, como por exemplo, Relógio solar, Heliodon e Túnel de vento; ou por
simulações computacionais. Tratando-se de simulações computacionais, existem
diversas possibilidades de simulações: análise bioclimática; insolação; iluminação
natural; ventilação natural; carga térmica; análise de eficiência energética e análise de

12
HARBICH,L. V. A., Simulação do desempenho térmico aplicado ao projeto de edificações -
Apontamentos de aula. Aula ministrada na disciplina de conforto ambiental do curso de engenharia
ambiental e sanitária da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da UFG, em novembro de 2016.

L. B. S. SILVA
conforto térmico. Alguns dos softwares disponíveis estão listados no esquema
apresentado na Figura 4.

Figura 4 Lista softwares disponíveis (Adaptado)

Softwares
Analysis Design
Revit RayMan SOL-AR Ecotect Radiance Dialux Envi-met Energyplus
BIO Builder

Análise Conforto Análise Iluminação Iluminação Ventilação Eficiência Eficiência


Insolação Insolação
bioclimática Ambiental bioclimática natural natural natural energética energética

Eficiência Ventilação Carga


Insolação
energética natural térmica

Conforto
térmico

Fonte: HARBICH (2016)


Para a simulação de eficiência energética utilizando o Autodesk Revit (um dos
softwares utilizados no presente estudo) é necessário fazer uso de um plug-in: o Green
Building Studio (GBS) (HORA et al., 2017). Segundo Autodesk (2014), esse plug-in
permite simulações de desempenho de construção a fim de otimizar a eficiência
energética e avaliação das emissões de carbono durante a operação da edificação,
ainda na fase de início do projeto.No entanto, na pesquisa realizada por Hora et al.
(2017), os resultados da simulação utilizando o GBS não conseguiram se aproximar do
consumo real (mensurado a partir das faturas de energia elétrica) do edifício estudado.

3.5. NORMAS REGULAMENTADORAS E SELOS DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

Em decorrência do crescimento populacional no início do século XX e a constatação


apresentada na edição de 2014 do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU),
“World Urbanization Prospects”, de que mais de 50% da população mundial vivem em
cidades, torna-se cada vez mais intensa a preocupação decorrente aos impactos
ambientais associado ao modelo de crescimento em curso13-apresentado por Henri
Acserald et al. (2012). Para prevenir que o aumento de consumo de energia e a grande

13Modelo fundado na desigualdade da distribuição dos ganhos econômicos e, também nos danos ambientais e
sociais. (ACSELRAD et al, 2012)

L. B. S. SILVA
demanda de edificações impactem ainda mais o meio ambiente, vários países –
incluindo o Brasil, elaboraram normas regulamentadoras e selos de certificação
ambiental. (LAMBERTS et al2014)

O Brasil possui algumas normas relacionadas ao conforto ambiental, dentre elas:

• ABNT NBR-10152/1987: Níveis de ruído para conforto acústico: Fixa níveis de


ruído para conforto acústico em ambientes diversos;
• ABNT NBR-6401/ 1980: Referente a instalações centrais de ar-condicionado
para conforto, apresentando os Parâmetros Básicos de Projeto;
• ABNT NBR-5413/ 1992: Estabelece valores de iluminâncias médias mínimas em
serviço para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de
comércio, indústria, ensino, esportes e outras;
• ABNT NBR- 12179/1992: Tratamento acústico em recintos fechados: fixa os
critérios fundamentais para o tratamento acústico em recintos fechados;
• ABNT NBR ISSO/CIE 8995-1/ 2003: Iluminação de ambientes de trabalho:
especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho interno e requisitos
para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com
conforto e segurança durante todo o período de trabalho.
• ABNT NBR-15215/2004: Apresenta-se em quatro partes e trata sobre iluminação
natural;
• ABNT NBR-15220/2005: Apresenta-se em cinco partes e trata do Desempenho
Térmico de edificações;
• ABNT NBR-15575/2013: Apresenta-se em seis partes e trata sobre o
desempenho de edificações, envolvendo questões de desempenho térmico,
lumínico, acústico e ambiental;

Visando uma distribuição energética eficiente e a preservação do meio ambiente, a Lei


nº 10.295, de 17 de outubro de 2001, dispõe sobre a Política Nacional de Conservação
e Uso Racional de Energia Elétrica. Essa Lei estabelece os “níveis máximos de
consumo específico de energia, ou mínimos de eficiência energética de máquinas e

L. B. S. SILVA
aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no país [Brasil].”
(LAMBERTS et al, 2014 p. 22).

Também em relação à eficiência energética em edifícios, em 2009 foi lançado no


mercado brasileiro pelo Programa Nacional de Conservação de Energia
(PROCEL)/Instituto Tecnológico de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), o
Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C). Já em 2010, foi lançado o Regulamento
Técnico da Qualidade para Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais
(RTQ-R). O Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de
Edifícios avalia basicamente a envoltória, iluminação e condicionamento de ar em
edificações(ROMERO, 2011). Segundo Procel (2017)a etiquetagem de edificações é
obrigatória, desde 2014, para novas construções e reformas em edificações públicas
federais de administração direta, autárquica e funcional.

Conforme o Procel Edifica, estima-se um potencial de redução de consumo de


aproximadamente 30% com implementação de ações de eficiência energética em edifícios
existentes (incluindo intervenções arquitetônicas na envoltória, e nos sistemas de
iluminação e condicionamento de ar). Esse percentual de redução de consumo se eleva
para 50% em edificações novas (PNEF,2010, p. 70).

Em 2009 o Brasil firmou o compromisso voluntário, juntamente à Convenção-Quadro


das Nações Unidas14, sobre mudança do clima e redução de emissões de gases de
efeito estufa. A Política Nacional sobre Mudança Climática (PNMC) oficializa o
compromisso, e estabelece a redução desses gases entre 36,1% e 38,9% até 2020. A
PNMC fora instituída pela Lei nº 12.187 de 29 de dezembro de 2009 e regulamentada
pelo Decreto nº 7.390/2010, objetivando-se harmonizar o desenvolvimento sustentável
com o crescimento econômico e a erradicação da pobreza e redução das
desigualdades sociais.

O parágrafo único do Art. 11 da Lei nº 12.187 indica que o Poder Executivo, seguindo
as diretrizes estabelecidas no PNMC, estabelece Planos setoriais que estabelece metas
gradativas de redução de emissões antrópicas qualificáveis e verificáveis em diversos

14 “Tratado internacional que visa estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, resultantes
das ações humanas [...]” (ECO, 2014).

L. B. S. SILVA
setores como geração e distribuição de energia elétrica, serviços de saúde, indústrias e
agropecuária, considerando, entretanto, as especificidades de cada setor.

Além das normas regulamentadoras, a partir do surgimento dos conceitos de


construção sustentável, o mercado internacional deu início às implementações de
programas com fim de melhorar as características ambientais das construções,
surgindo assim as primeiras certificações (DALLACOSTA, 2012). No Brasil adota-se
algumas certificações, sendo as principais as certificações apontadas no Quadro 2.

Quadro 2 Principais certificados aceitos no Brasil (Adaptado)


CERTIFICADO PAÍS DE CRIAÇÃO LANÇAMENTO
BREEAM Reino Unido 1990
Selo Azul Brasil 2010
HQE França 1990
LEED Estados Unidos 1998
Processo Aqua Brasil 2008
Procel Edifica Brasil 1990
FONTE: DALLA COSTA, 2012.

A metodologia francesa Haute Qualité Environmentale(HQE) – no português: Alta


Qualidade Ambiental chegou ao Brasil e fora adaptada dando origem à certificação Alta
qualidade ambiental (Aqua). A metodologia visa a qualidade ambiental das edificações
unida à gestão da qualidade ambiental no desenvolvimento de seus projetos. Em seu
relatório a Associação 15 aponta que o responsável pelo projeto deve atender quatro
categorias: ecoconstrução, ecogestão (incluindo a gestão de energia, água e resíduos),
conforto (térmico, acústico e visual) e saúde (qualidade do ar e da água) (SALGADO et
al., 2012).

Em relação aos critérios avaliados os mesmos autores citam ainda, dentre outros, a
emissão de𝐶𝑂2 ; consumo energético; saúde e bem-estar; e poluição. Segundo
Grünberg (2014) o desempenho pode ser avaliado em bom, superior ou excelente.

15 Formada por comunidades, federações, associações ou indivíduos comprometidos com o desenvolvimento


sustentável de edifícios, infraestrutura e territórios. (ASSOCIATION HQE.)

L. B. S. SILVA
O método inglês Building Research Establishment Environmental Assessment
(BREEAM) define um padrão que enquadre melhores práticas do projeto de edificações
sustentáveis. Esse padrão é dado com atribuição de créditos, podendo avaliar a
proposta conforme o desempenho alcançado, em dez categorias. O BREEAM usa
como critério o consumo de energia; emissão de 𝐶𝑂2 ; saúde e bem-estar; materiais;
poluição e etc. (SALGADO et al., 2012).

O certificado mais aceito mundialmente é o Leadership in Environmental Design


(LEED). O LEED possui um conjunto de normas que abrangem concepção, execução e
ocupação do edifício. Com base em alguns parâmetros, o edifício é avaliado recebendo
assim uma pontuação. Quanto menor o impacto ambiental e maior a eficiência
energética, maior será a pontuação. A pontuação obtida indica o nível de
sustentabilidade em que o empreendimento receberá o certificado. O sistema possui
quatro níveis de sustentabilidade: Simple, Silver, Gold e Platinum (DEEKE, 2009). Os
itens de maior importância no sistema de avaliação LEED são eficiência energética e a
redução de emissão de 𝐶𝑂2 (GRÜNBERG, 2014).

Para atender a realidade da construção habitacional brasileira fora criado o sistema de


certificação Selo Casa Azul. Esse sistema foi desenvolvido por uma equipe
multidisciplinar em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo (USP). O Selo Casa Azul é aplicado em empreendimentos habitacionais
financiados pela Caixa Econômica Federal, com adesão voluntária. O sistema avalia
cinqüenta e três critérios baseados em seis categorias, sendo elas: a qualidade urbana;
projeto e conforto; eficiência energética; conservação de recursos materiais; gestão da
água e práticas sociais. (GÜNBERG et al, 2014).

L. B. S. SILVA
4- METODOLOGA

Esse capítulo apresenta a metodologia usada para o desenvolvimento da pesquisa, a


qual foi dividida em três etapas:definição da área de estudo, pesquisa de campo e
estudo de caso, conforme representado na Figura 5.

Figura 5Etapas dametodologia

Metodologia

Análise de
Pesquisa de campo
documentos

Avaliação de
Definição da área de Pontos para
percepção climática
estudo levantamento
dos usuários

Elaboração e
Embasamento teórico aprovação do
questionário

Aplicação do
questionário

Processamento dos
dados

Dados obtidos através de


questionários
Simulação computacional

Avaliação de
diferentes
estratégias

FONTE: Autora

4.1. ANÁLISE DOS DOCUMENTOS EXISTENTES

Para a realização da pesquisa, utilizou-se como apoio pesquisas realizadas por Hora et
al. (2016). O material disponibilizado pelos autores contém o levantamento de áreas do

L. B. S. SILVA
edifício objeto de estudo, documentos, modelos no software Autodesk Revit 2015,
simulação no plug-in Autodesk Green Building Studio e fotos obtidas no ano de 2016. O
presente trabalho fora desenvolvido no ano de 2017, logo os dados fornecidos em
pesquisas de Hora et al. (2016) foram fundamentais para o andamento do trabalho.

4.2. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

4.2.1. Aspectos gerais

O desenvolvimento desse trabalho foi delimitado um edifício para estudo de caso. O


edifício escolhido fora o a sede da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA)
localizado na Rua 75, esquina com Rua 66, Setor Central, Goiânia-GO (Figura 6). A
região central de Goiânia foi projetada na década de 30 quando da criação da capital,
apresentando assim, algumas construções com arquitetura preservada da época de
criação. (SECOM, 2010). O edifício da AMMA é composto por dois blocos pré-
existentes, sendo, portanto, apropriado para o estudo.

Figura 6 Localização edifício AMMA

FONTE: Google Earth, 2017

A AMMA é uma autarquia municipal pertencente à estrutura administrativa da Prefeitura


de Goiânia com função de formular, implementar e coordenar a execução de políticas

L. B. S. SILVA
de meio ambiente no cenário goiano. Para desenvolvimento das suas atividades a
Agência conta com aproximadamente 200 funcionários distribuídos nos turnos: matutino
e vespertino. O horário de funcionamento do órgão é de 07:00 horas às 17:00 horas, de
segunda à sexta-feira. O edifício possui, também, um auditório utilizado para palestras e
pequenos eventos abertos à comunidade. (HORA et al, 2016).

4.2.2. Aspectos gerais e diagnóstico do edifício

O edifício possui além do térreo, outros três pavimentos. A área do térreo é de 608,64
m², do 1º pavimento 618,20 m², do 2º pavimento 613,57 m² e do 3º pavimento 261,04
m², totalizando uma área de 2.101,45 m².

O edifício em que se localiza a da sede AMMA é composto por duas edificações pré-
existentes, conforme apresentado na Figura 7. O bloco 1 possui quatro pavimentos e
teve seu interior remodelado para o funcionamento de departamentos do órgão. O
bloco 2 possui três pavimentos e teve dois deles remodelados para funcionamento de
outros departamentos da AMMA.

Figura 7 Representação dos Blocos 1 e 2 do edifício da AMMA (Adaptado)

FONTE: HORA at al., 2016

Segundo Hora et al (2016), o edifício possui estrutura de concreto armado e alvenaria


em blocos cerâmicos, com tijolos de barro. Uma descrição mais detalhada da tipologia

L. B. S. SILVA
da construção é apresentada no Quadro 3 e o sistema de conforto e energia, no
Quadro 4.

Quadro 3- Tipologia da construçãodo edifício da AMMA (Adaptado)

Item Características

Maior parte em laje impermeabilizada sob telha ondulada de cimento amianto,


Cobertura
de 6mmapoiada em estrutura metálica sobre a laje.

Cobertura das entradas Marquise em policarbonato, com estrutura de sustentação metálica

Aberturas não apresentam uma unidade;


Fachadas Janelas metálicas em alumínio pintado ou portas-balcão que abrem para uma
varanda

Tetos e paredes Rebocados internamente e externamente

Pisos Cerâmica clara assentados sob argamassa

Divisões internas Divisórias leves, com ou sem partes envidraçadas

FONTE: HORA et al., 2016

Quadro 4- Sistema de conforto e energia do edifício da AMMA (Adaptado)

Item Características

-Janelas operáveis em todos os ambientes de alta permanência;


Ventilação natural -Quantidade de aberturas é insuficiente na recepção e no auditório
para ventilação adequada;

-Aparelhos de ar condicionado tipo Slipt e/ou de janela em todos


Ventilação mecânica ambientes de longa permanência
-Aparelho de ar condicionado do tipo Hi-wall no bloco 2
Unidades condensadoras
Localização em local não apropriado.
de aparelhos de ar condicionado
-Grande quantidade de janelas, mas ausência de projeto adequando a
orientação solar das fachadas principais
Iluminação natural -Ausência de elemento para proteção solar na fachada Oeste,
ocorrendo elevada incidência luminosa
-Vidros temperado na cor verde na fachada do Bloco 2
-Ausência de projeto correto;
-Lâmpadas tubulares de 20w e 40w;
Iluminação mecânica
-Luminárias com alerta reflexiva no Bloco 2;
-Presença de muitas lâmpadas desligadas ou queimadas

Equipamentos -Elevador com capacidade para 6 pessoas


FONTE: HORA et al, 2016

L. B. S. SILVA
4.3. PESQUISA DE CAMPO

Para o levantamento de maiores dados necessários para o desenvolvimento do estudo


serão realizadas coletas de dados em campo com base em questionário e uso de
equipamentos específicos conforme descrito abaixo.

4.3.1. Eleição dos pontos para levantamento de dados e instrumentação utilizada

Para amostragem serão identificados dois pontos em cada escritório, localizados: um


próximo à fachada e outro no extremo contrário à fachada. Vale ressaltar que os pontos
escolhidos levarão em consideração a influência da fachada em maior e menor grau.

As medições “in loco” serão realizadas durante o período dos meses de junho até
novembro. Dois dias- de uma mesma semana- em cada mês o pesquisador irá ao local
realizar as medições. Serão realizadas quatro medições diárias:8 horas, 10 horas, 13
horas e 16 horas, totalizando assim, 40 medições. Para a medição utilizou-se um termo-
higro-anemômetro (Modelo THAR-185) (Figura 8). O equipamento pertence à
Universidade Federal de Goiás e os registros fora padronizado pela universidade.

Figura 8- Termo-higro-anemômetro (Modelo THAR-185)

FONTE: http://loja.meditecbrasil.com.br/instrumentos_de_medicao.asp?id_cat=110&familia=Seguranca-do-Trabalho

Além das medições “in loco”, serão utilizados dados da Estação Meteorológica do
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizado no Setor Central de Goiânia,
conforme apresenta a Figura 9.

L. B. S. SILVA
Figura 9- Localização da Estação Meteorológica de Observação de Superfície Convencional de Goiânia-GO

FONTE: INMET (2017)

4.3.2. Avaliação da percepção climática dos usuários do edifício da AMMA

4.3.2.1. Elaboração e aprovação do questionário

O questionário fora elaborado a partir das indicações da ISO 7730/2005 para valores de
taxa metabólica e isolamento térmico das vestimentas, apresentando questões
relacionadas ao conforto térmico dos entrevistados; dados pessoais, tais como:
vestimenta, idade, peso, sexo e opiniões sobre o edifício em estudo. O modelo do
questionário utilizado encontra no Apêndice 1.

A entrevista realizada com questionários só pode ser realizada mediante análise e


aprovação do Comitê de Ética da UFG. Logo, o presente trabalho fora cadastrado no
Comitê de Ética da UFG e, posteriormente, aprovado para aplicação conforme
mencionado no projeto.

4.3.2.2. Aplicação dos questionários

Para avaliação da percepção de conforto termo-lumínico dos usuários serão aplicados


questionários. A pesquisadora distribuirá os questionários e instruirá os entrevistados

L. B. S. SILVA
para preenchê-los. O item seis (6) do questionário necessita análise em horários
distintos. Para evitar erros e padronizar os dados, a pesquisadora também indicará os
horários pré-determinados para o entrevistado preencher esse item.

A fim de abranger maiores possibilidades relacionadas ao tempo, os questionários


serão aplicados em 30 usuários, divididos em:

a) Hipótese I : Caso os entrevistados cumpram a carga horária de serviço em um


único turno ( matutino ou vespertino) :
• Grupo 1: 15 servidores da AMMA no período matutino;
• Grupo 2: 15 servidores da AMMA no período vespertino.
b) Hipótese II : Caso os entrevistados cumpram a carga horária de serviço durante
todo o período de funcionamento da AMMA ( 7 horas às 17 horas):
• Grupo 1’: 30 servidores da AMMA em período integral.

Para a hipótese I, cada grupo deverá responder os itens 6 e 7 do questionário em dois


horários dentro de seu turno de permanência no edifício. Assim o pesquisador obterá
ao final 60 respostas para o item 6,distribuídas em 4 “horários médios” (considerando
pequenas variações de horário de preenchimento entre os entrevistados).

Entretanto, caso a aplicação dos questionários ocorra conforme a hipótese II, os


entrevistados deverão responder os itens 6 e 7 obrigatoriamente uma vez no período
matutino e outra no vespertino. Dessa forma, os questionários resultarão em 60
respostas para o item 6, distribuídas em 2 “horários médios” ( considerando pequenas
variações de horário de preenchimento entre os entrevistados).

4.3.3. Análise dos dados obtidos através dos questionários

Os dados obtidos através dos 30 questionários aplicados serão tabulados utilizando a


ferramenta Microsoft Excel, apresentados em quadros distintos para cada um dos
“horários médios” em análise.

L. B. S. SILVA
4.4. PROCESSAMENTO DOS DADOS

Os dados obtidos em campo e os dados encontrados no estudo de Hora et al. (2016)


serão utilizados para a simulação computacional com o software DesignBuilder para
obtenção de análises de eficiência energética e emissões de 𝐶𝑂2 da edificação.

O software DesignBuilder foi escolhido por ter o EnergyPlus para simulação, ter uma
interface amigável, e, pelo fato desse software já ter sido empregado em outros estudos
pelo professor Lucas Rosse Caldas- responsável por coorientar este projeto. Ressalta-
se, também, que o EnergyPlus é recomendado pela NBR 15575-1 (ABNT, 2013) e pelo
Procel Edifica (CALDAS, 2016).

A fase inicial da simulação computacional será desenvolvida conforme apresenta o


esquema da Figura 10.

A primeira etapa da fase inicial da simulação computacional é de grande importância,


pois nela é criado o “Modelo Analítico”. O Modelo Analítico corresponde à sobreposição
dos dados das subdivisões16 do interior do edifício ao modelo arquitetônico inplícito do
Revit. Esse modelo serve de base para as análises subsequentes, qualquer gbXML
posteriormente gerado é baseado apenas no modelo analítico e não no modelo
arquitetônico Revit. ( AUTODESK, 2017). O gbXML é uma ferramenta para a
construção de modelos de projetos na plataforma BIM, que permite o intercâmbio de
informações entre softwares de análise energética e de emissões de CO 2(JUN et al.,
2015).

16
São identificados com base em elementos delimitadores, como paredes, pisos, telhados e tetos

L. B. S. SILVA
Figura 10- Esquema da fase inicial da simulação

FONTE: Autodesk (2017). Adaptado pela autora.

Para a simulação termoenergética utilizará dados de entrada tais como os


apresentados no Quadro 5.
Quadro5 - Dados de entrada para simulação computacional (Adaptado)

Dados Descrição Requisitos

Coordenadas geográficas;
localização em relação ao nível do
Dados de Goiânia e da localização do
Localização mar; exposição ao vento;
edifício da AMMA
orientação solar; dados
meteorológicos.

Categoria da edificação; região;


Dados de atividades e ocupação da densidade ocupacional; fator
Atividade e ocupação
AMMA metabólico; vestimentas; mínimo
de ar fresco; iluminância.
Agenda de ocupação do edifício da
Agenda Dias da semana e horários.
AMMA
Dados dos materiais e componentes Condutividade; calor específico;
Materiais e componentes
utilizados na simulação. densidade.
Levantamento dos equipamentos que Lâmpadas, computadores,
Equipamentos
contribuem para o consumo de energia impressoras, entre outros

L. B. S. SILVA
Ar condicionado, ventiladores, Tipo de equipamento; Potência;
HVAC17
climatizadores e etc. CoP; temperatura de set point
16 Heating, ventilation and air conditioning

FONTE: CALDAS (2016) e SANTOS et al.(2017)

L. B. S. SILVA
5- CRONOGRAMA

O projeto será executado de acordo com o Quadro 4 apresentado abaixo:

2017
Etapas mar Abr maio jun jul ago set out nov dez
Levantamento de documentos, livros e
relatórios
Identificação, leitura e sistematização de
referências

Elaboração do questionário

Pré- defesa – TCC1

Comitê de ética

Aplicação dos questionários

Simulação computacional

Análise dos dados

Elaboração e revisão do volume final

Defesa – TCC 2

6- RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se, utilizando a metodologia acima descrita, encontrar pontos frágeis, em


relação ao conforto termo-lumínico, no projeto do edifício da AMMA e propor soluções
viáveis dentro de um retrofitpara oferecer um ambiente mais confortável e maior bem-
estar para os usuários, além de otimizar a eficiência energética, diminuindo,
consequentemente, as emissões de 𝐶𝑂2 .

L. B. S. SILVA
REFERÊNCIA BIBLOGRÁFICAS

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jogo na questão ambiental?. Coletivo Brasileiro de Pesquisadores da Desigualdade
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L. B. S. SILVA
APENDICE 1

Questionário Conforto ambiental

Edifício: Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) Nº 00


Setor A
Data:__/__/____

1) Dados do usuário do edifício

Idade: ____ Altura:____ Peso:____

Sexo: Feminino ( ) Masculino ( )

2) Assinale as vestimentas que está utilizando: (Tabela conforme ISO 7730/2005)

Roupas de baixo Casacos e suéteres


Calcinha Suéter manga longa fino
Cueca Suéter manga longa grosso
Sutiã
Jaqueta leve
Camiseta de baixo
Jaqueta normal
Camiseta de baixo com manga longa
Camisas e Blusas Paletó
Camisa de manga curta Paletó de Verão, blazer
Camisa de manga longa tecido fino Artigos diversos
Camisa de manga longa normal Meias
Camisa de flanela ou moleton Meia soquete fina
Blusa leve fina, manga longa Meia soquete grossa
Blusa leve fina, manga curta
Meia de nylon longa fina
Camiseta
Calças Meia calça com pernas longas
Bermuda Meia calça com pernas curtas
Calça tecido fino Luvas
Calça jeans Calçados
Calça grossa, de lã ou flanela Sapato com sola fina
Vestidos e saias Sapato com sola grossa
Saia leve, de verão Botinas
Saia pesada, de inverno
Vestido de verão, mangas curtas
Vestido de inverno, mangas longas
Vestido completo, fechado
3) Atividade realizada: (Tabela baseada na ASHAE, 1977 e ISO 7730/2005)

Atividade
Sentado
Digitando
Trabalhos diversos de escritório
Escrevendo
Fazendo uma apresentação
Serviços de limpeza
Serviços de copa e cozinha
Manutenção leve
Manutenção pesada

4) Há treinamento ou conscientização sobre conservação de energia?


Sim ( ) Não ( )
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

5) Como você considera a manutenção do edifício?


Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssima ( )
6) Avaliação térmica
Horários: 1) __ hora(s) e __ minuto(s)
2) __ hora(s) e __ minuto(s) Horário da
Avaliação avaliação Opções
Horário da
Avaliação avaliação Opções 1 2
Mais baixa
Como você Assim mesmo
1 2 preferiria que a Mais alta
Algum Ar condicionado temperatura do ar Não sei dizer
equipamento Ventilador estivesse?
está em uso? Umidificador de ar

Como você Mais seco


Com muito calor Assim mesmo
preferiria que a
Com calor Mais úmido
umidade do ar
Com pouco calor Não sei dizer
Como você se estivesse?
Nem calor/nem frio
sente agora? Com pouco frio Em relação ao Mais fraco
Com frio vento, como você Assim mesmo
Com muito frio preferiria que Mais forte
estivesse? Não sei dizer

Como você se Extremamente desconfortável


encontra nesse Muito desconfortável Em relação à Mais branda
momento? Desconfortável radiação solar, Como está
Pouco desconfortável como você Mais intensa
Confortável preferiria que Não sei dizer
estivesse?

Bem mais aquecido


Mais aquecido
Como você Um pouco mais aquecido
preferia estar Assim mesmo
se sentindo Um pouco mais refrescado
agora? Mais refrescado
Bem mais refrescado
7) No momento em que foi preenchido o 2º horário do item 6 “Avaliação térmica”, suas
vestimentas permaneciam iguais ao 1º horário (conforme assinalado no item 1)?

Sim ( ) Não ( )

Em caso de alteração cite quais peças foram excluídas ou adicionadas às suas vestimentas.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

8) Nível de stress

As escalas de 10 a 0 serão representadas por palavras que definem seus extremos. Assinale o
número que mais se relaciona com o que você sentiu no último mês:

• Quão preocupado ou interessado acerca de sua saúde você tem estado?

Nada Muito preocupado

• Quão relaxado ou tenso você tem se sentido?

Bastante relaxado Bastante tenso

• Quanta energia, animação e vitalidade você tem tido?

Muita Nenhuma

• Quão deprimido ou alegre você tem estado?

Muito alegre Muito deprimido


TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário(a), de uma pesquisa.
Meu nome é...................................................................................................., sou o
pesquisador responsável e minha área de atuação é
...........................................................................................................

Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer


parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é
sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será
penalizado (a) de forma alguma.

Em caso de dúvida sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com a


pesquisadora responsável, Larissa Barbosa de Sousa e Silva nos telefones: (62)
98190-0106. Em casos de dúvidas sobre os seus direitos como participante nesta
pesquisa, você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal de Goiás, nos telefones: 3521-1075 ou 3521-1076.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

- Título: PROPOSIÇÕES PARA A MELHORIA DO CONFORTO TÉRMO-LUMÍNICO E


A REDUÇÃO DE EMISSÕES DE𝑪𝑶𝟐 EM UM EDIFÍCIO PÚBLICO DE GOIÂNIA- GO;
- A pesquisa tem como objetivo propor ações para a melhoria do conforto térmico e
lumínico, visando reduzir as emissões de𝐶𝑂2 no edifício da AMMA e reduzir o stress
térmico dos usuários do edifício;

- A pesquisa será realizada via preenchimento de um questionário;

- Os questionários devem ser preenchidos conforme o indicado pelo pesquisador;

- Os questionários serão entregues e, posteriormente, recolhidos no mesmo dia;

- Caso o entrevistado apresente dificuldades ou incapacidade de preencher o


questionário, o pesquisador ou uma terceira pessoa poderá auxiliá-lo; Entretanto as
respostas são exclusivamente pessoais do entrevistado;

- Não haverá nenhum tipo de pagamento ou gratificação financeira pela sua


participação;

L. B. S. SILVA
- Garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados
confidenciais envolvidos na pesquisa; e

- O entrevistado tem liberdade de se recusar a participar ou retirar seu consentimento,


em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu
cuidado.

Nome e Assinatura do pesquisador _______________________________________

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO DA


PESQUISA

Eu, _____________________________________, RG/ CPF/ n.º de prontuário/ n.º de


matrícula ______________________________, abaixo assinado, concordo em
participar do estudo _____________________________________________, como
sujeito. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador(a)
______________________________ sobre a pesquisa, os procedimentos nela
envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha
participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer
momento, sem que isto leve a qualquer penalidade (ou interrupção de meu
acompanhamento/ assistência/tratamento, se for o caso).

Local e data:________________________________________________

Nome e Assinatura do sujeito: ____________________________________

L. B. S. SILVA

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