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um aparelho provoca uma
explosão.
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Ainda, existem no meio industrial, equipamentos geradores os citar o interno de um tanque de armazenamento de
de temperatura, de chamas, descargas atmosféricas, ondas inflamáveis do tipo atmosférico, onde teremos permanente-
de RF e eletromagnéticas compreendidas entre 3x1011 Hz mente a presença da mistura explosiva.
até 3x1015 Hz, que também possuem energia suficiente para
iniciar uma explosão. Assim, o profissional que lida com • São conhecidas como de grau primário aquelas fontes
áreas classificadas deve sempre procurar a eliminação ou a que geram risco de forma periódica ou ocasional durante
redução do risco a níveis aceitáveis, o que pode ser feito da condições normais de operação e,
seguinte maneira: Utilizando ainda o exemplo do tanque de armazenamento
de inflamáveis, uma fonte de risco de grau primário será o
• Através de um trabalho de prevenção, evitando a forma- respiro, por termos a saída de vapores do produto toda vez
ção ou existência de atmosferas explosivas, modificando a que o nível for elevado.
concentração da substância explosiva ou do oxigênio.
• São conhecidas como de grau secundário aquelas que
• Através de uma instalação adequada aos riscos, instalando geram risco somente em condições anormais de operação e
equipamentos Ex certificados. quando isto acontece é por curtos períodos.
Na mesma situação anterior do tanque de armazenamento
• Através de um trabalho de proteção, limitando os efeitos de inflamáveis, poderemos ter fontes de risco de grau
da explosão a um nível aceitável. secundário representadas, por exemplo, por flanges, que
por alguma falha podem apresentar vazamentos, ou tam-
bém por perda do controle de nível, que provocará o der-
ÁREAS CLASSIFICADAS POR GASES, ramamento de líquido na bacia.
VAPORES, POEIRAS E FIBRAS Estas duas situações representam condições anormais, não
Existem diversos tipos de explosões: a explosão de uma cal- sendo, portanto freqüentes tampouco de longa duração.
deira, as explosões nucleares, as explosões dos motores de
combustão interna, as explosões por reações químicas acel- Deve-se entender como condições “normais de operação”
eradas, etc. Estas últimas normalmente são acidentais e as aquelas encontradas nos equipamentos operando dentro
explosões de gases, vapores, poeiras ou fibras combustíveis dos seus parâmetros de projeto.
a que nos referimos neste manual são conhecidas como
explosões químicas, sendo que estes fenômenos indesejáveis
poderão ocorrer em locais onde exista a presença desses
elementos.
DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS
É importante destacar que a explosão existirá não apenas (para gases e vapores)
pela presença destes, mas pela quantidade, pelo seu grau de
dispersão (mistura com o ar ou oxigênio) e pela sua concen- As Zonas para gases e vapores podem ser divididas em:
tração no ambiente. Assim sendo, a identificação de locais
potencialmente explosivos define as “áreas classificadas” Zona 0 Local onde a atmosfera explosiva está pre-
presentes nesses locais.
sente de modo permanente, por longos períodos ou ainda
frequentemente, sendo geradas normalmente por fonte de
PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE risco de grau contínuo.
ÁREAS E ZONEAMENTOS
O desenvolvimento de um trabalho de classificação de Zona 1 Local onde a atmosfera explosiva está presente
áreas em uma unidade industrial inicia-se com a análise da em forma ocasional e em condições normais de operação,
“probabilidade” da existência ou aparição de atmosferas sendo normalmente geradas por fontes de risco de grau
explosivas nos diferentes locais e processos da planta, que primário.
serão posteriormente definidas como Zonas 0, 1 ou 2.
Portanto, é necessário que existam produtos que pos- Zona 2 Local onde a atmosfera explosiva está presente
sam gerar essas atmosferas explosivas podendo ser gases
somente em condições anormais de operação e persiste
inflamáveis, líquidos inflamáveis ou ainda poeiras e fibras
somente por curtos períodos de tempo, sendo geradas nor-
combustíveis, que podem ser liberados para o ambiente
malmente por fontes de risco de grau secundário.
pelos equipamentos de processo que representam fontes
potenciais de áreas classificadas.
IMPORTANTE: As informações aqui apresentadas foram extraídas de literatura genérica, devendo ser confirmadas nas Fichas de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
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superaquecimento. Estes equipamentos devem ser fabrica-
1e2 Imerso em óleo Ex-o dos de maneira a impedir que a atmosfera explosiva entre
1e2 Imerso em areia Ex-q em contato com as partes que possam gerar riscos.
0 Segurança intrínseca Ex-ia Por isso, esses equipamentos, conhecidos como equipamen-
tos “Ex”, são construídos baseados em 3 soluções diferen-
2
1e2 Segurança intrínseca Ex-ib tes:
1e2 Segurança Aumentada Ex-e
Confinamento das fontes de ignição da atmosfera explo-
2 Não Acendível Ex-n
siva;
- Especial Ex-s Segregação das fontes de ignição da atmosfera explosiva;
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nesses locais. Por isto é necessário delimitar as diversas áreas A prova de explosão Ex-d Confinamento
classificadas existentes na planta, sendo assim, o desenho Pressurizado Ex-p Segregação
deve mostrar as diferentes Zonas (0, 1 ou 2) e suas exten-
Encapsulado Ex-m Segregação
sões, dadas em metros.
Para atender às exigências da NR-10, todas estas áreas de- Imerso em óleo Ex-o Segregação
vem também ser “sinalizadas” na planta. Imerso em areia
Segurança intrínseca
Ex-q
Ex-i
Segregação
Supressão 6
Segurança Aumentada Ex-e Supressão
Não Acendível
Especial
Ex-n
Ex-s
Supressão
Especial 7
TIPOS DE PROTEÇÃO
Os diferentes tipos de proteção aplicados a equipamentos
Não Acendível Ex-n (nA; nR; nC; nL;
elétricos que a normalização recomenda em função dos nZ)
zoneamentos, operam de acordo com os princípios detalha- Equipamentos projetados com dispositivos ou circuitos que
dos a seguir: em condições normais de operação não produzem arcos,
centelhas ou alta temperatura. Aplicáveis em Zona 2
A Prova de Explosão Ex-d
Invólucro capaz de suportar a pressão de explosão interna,
não permitindo que ela se propague para o ambiente ex-
terno, o que é obtido pelo resfriamento dos gases da com-
bustão na sua passagem através dos interstícios existentes
nos invólucros. Aplicável em Zonas 1 e 2
Equipamento Encapsulado em
Pressurização Ex-p Resina Ex-m (ma ou mb)
Equipamento projetado para operar com pressão positiva Equipamento projetado de maneira que as partes que podem
interna de forma a evitar a penetração da mistura explosiva causar centelhas ou alta temperatura se situam em um meio
no interior do invólucro. Aplicável em Zonas 1 e 2 isolante encapsulado com resina. Aplicável em Zonas 1 e 2
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Grupo de Gases Substância de que este equipamento, mesmo em condição de falha,
não atingirá em sua superfície um valor acima da marcação,
I Grisú de acordo com a seguinte tabela:
I Metano
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IIA Acetona NBR/IEC Tem- NEC Tem-
IIA Amônia peratura peratura
Classe de Máxima Classe de Máxima
IIA Benzeno Tempera- Tempera-
de Super- de Super-
IIA Butano tura tura
IIA
IIA
Ciclohexano
Gasolina T1
fície
450ºC T1
fície
450ºC 3
IIA Hexano T2 300ºC T2 300ºC
IIA
IIA
Propano
Tolueno
T2
T2
T2
300ºC
300ºC
300ºC
T2A
T2B
T2C
280ºC
260ºC
230ºC
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IIA Xileno
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IIB Etileno T2 300ºC T2D 215ºC
IIB Ciclopropano T3 200ºC T3 200ºC
IIB Sulfeto de Hidrogênio T3 200ºC T3A 180ºC
T3 200ºC T3B 165ºC
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IIC Higrogênio
IIC Acetileno T3 200ºC T3C 160ºC
T4 135ºC T4 135ºC
T4 135ºC T4A 120ºC
T5
T6
100ºC
85ºC
T5
T6
100ºC
85ºC 7
IIC
Especifica o Grupo para o qual o equipamento foi
construído, podendo ser:
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Organismo de Certificação Credenciados
T6
- Especifica a Classe de Temperatura de superfície do
equipamento, podendo ser:
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No caso de produtos fabricados no exterior o próprio fab-
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ricante estrangeiro, seu representante legal no Brasil, ou o
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importador deve se submeter aos procedimentos e requisi-
tos estabelecidos pelas normas em vigor, com exceção das
“situações especiais” previstas, que correspondem a: Quando a certificação é concedida por uma entidade da
Comunidade Econômica Européia, no lugar da sigla Br a
a) Equipamentos ou componentes elétricos que fazem parte marcação começa com a sigla EE , ficando neste caso
de máquinas, equipamentos ou instalações.
b) Lotes de até 25 unidades cobertas pelo mesmo certifi-
cado.
EE Ex d IIC T6.
todos os sistemas, que incluem as áreas: mecânica, elétrica, torno dessas plantas. Isto só é válido quando a unidade in-
eletrônica, eletrostática, etc. dustrial pertence aos segmentos químico, petroquímico, do
petróleo, farmacêutico, de tintas e vernizes, de resinas, etc.,
pelos riscos de explosão e incêndios, vazamentos e derrama-
A COMPULSORIEDADE DA mentos que elas oferecem.
CERTIFICAÇÃO Assim entendido, todas as entidades que cuidam do Meio
Ambiente exigem que essas empresas gerenciem estes ris-
A Portaria INMETRO N° 83/2006 obriga à utilização de eq- cos, o que determinou a necessidade de identificar os riscos
uipamentos e materiais elétricos certificados quando estes potenciais de explosão por meio de trabalhos de classifica-
forem instalados em áreas classificadas, seja pela presença ção de áreas, de inspeção de todos os sistemas eletro-ele-
de gases, vapores, poeiras ou fibras. Todos estes materiais trônicos existentes e da verificação da possível presença de
e equipamentos devem ser adequados para o Grupo e para elementos geradores de eletrostática.
a Classe de Temperatura, obedecendo à marcação definida
pela norma de certificação.
A INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA
A INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL SEGURADOR
BRASILEIRO Até fins da década de 90, não havia rigor no tratamento das
áreas classificadas, pois as normas eram de uso voluntário,
Todas as normas que regulamentam os assuntos “Ex” (de os materiais e equipamentos eletro-eletrônicos utilizados
áreas classificadas), são de uso obrigatório como resultado obedeciam a um processo de certificação que é entendido
da compulsoriedade da certificação definida pela Portaria como “não confiável”, e não existia um conhecimento apro-
INMETRO N° 83/06, portanto, são entendidas como “leis”, fundado dos assuntos “Ex” pelos profissionais de projetos e
ficando então sujeitas ao campo do direito (civil, criminal, de montagens.
ambiental e do trabalho), podendo levar aos profissionais Como conseqüência destes fatos, o sistema segurador en-
que lidam com estes assuntos a responder processos em tendia que não havia um efetivo “gerenciamento dos riscos
qualquer uma destas esferas, pela responsabilidade decor- de explosão” e determinava a taxa máxima, conhecida como
rente. taxa petroquímica para a cobertura do seguro.
Hoje, com normas de uso obrigatório e de reconhecimento
internacional, com o uso de equipamentos certificados
A INTERPRETAÇÃO DA NR-10 conforme um modelo reconhecido internacionalmente,
existindo também um profundo conhecimento dos assuntos
Todas as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trab- “Ex” pelos profissionais que lidam com “gerenciamento dos
alho são de observância obrigatória pelas empresas privadas riscos de explosão”, o sistema segurador passa adotar uma
ou públicas que tenham empregados regidos pela CLT. postura, aplicando taxas de cobertura condizentes com o
A NR-10 revisada, instituída pela Portaria do MTE N° 598 em mercado segurador e ressegurador internacional.
7.12.2004, que alterou a NR-10 aprovada pela Portaria N°
3214 de 1978, foi finalmente publicada no Diário Oficial da
União em 8/12/2004. SEGMENTOS INDUSTRIAIS SUJEITOS
Uma das grandes mudanças introduzidas nesta NR diz
respeito aos sistemas elétricos instalados nas áreas classifica-
A RISCOS DE EXPLOSÕES
das, já que pelo fato de estarem sujeitos a riscos de ex-
A Norma Regulamentadora (NR-10) obriga a todas as
plosão, os sistemas elétricos e eletrônicos, que são possíveis
empresas industriais/comerciais a regularizar seus sistemas
fontes de ignição, terminarão provocando os mesmos efei-
elétricos nas áreas entendidas como “classificadas”.
tos devastadores de uma explosão provocada, por exemplo,
As empresas onde estes riscos existem são:
por vasos de pressão, que são assuntos tratados por uma
outra NR, conhecida como N° 13. Isto está exigindo que:
todos os ambientes de processo sejam identificados quanto RISCO POR GASES E VAPORES
ao risco potencial de explosões; que os componentes dos
sistemas eletro-eletrônicos instalados nesses ambientes
sejam certificados; que esses sistemas eletro-eletrônicos se-
jam rotineiramente inspecionados para verificação das suas
integridades e que finalmente, todos os profissionais en-
volvidos com a segurança e operação dessas unidades sejam
treinados, obedecendo a um programa de capacitação ou
qualificação, conforme suas responsabilidades de trabalho.
EM RELAÇÃO À UTILIZAÇÃO DE
RISCO POR POEIRAS E FIBRAS
EQUIPAMENTOS
De acordo a NR-10, fica sendo obrigatória a utilização de
equipamentos eletro-eletrônicos “Ex” adequados aos riscos
evidenciados pelos diversos zoneamentos.
Estes equipamentos devem ser certificados conforme deter-
mina a Portaria INMETRO no 83/2006 e instalados de acordo
à norma pertinente, que corresponde a IEC 60079-14.
Todos os “certificados de conformidade” correspondentes a
cada um dos equipamentos instalados nas diferentes áreas
deverão formar parte também do prontuário exigido por
esta norma regulamentadora.
EM RELAÇÃO À REGULARIZAÇÃO
DOS SISTEMAS
Se considerarmos que grande parte das plantas industri-
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ais brasileiras em operação foram constituídas a partir da
década de 70, quando as normas que regulamentavam
No segmento industrial encontramos: Produtores e Distri-
estes assuntos não exigiam a posse dos “certificados de
buidores de Grãos, Armazéns e Silos de Grãos, Moinhos de
conformidade”, devemos entender que em um processo de
Cereais, Indústrias de Alimentos, Indústrias Farmacêuticas,
2
regularização para atender as atuais exigências NR-10, os
Indústrias de Processamento de Carvão e Madeiras, Cer-
materiais e equipamentos existentes daquela época poderão
vejarias, Indústrias de Negro de Fumo, Fábricas de Resinas
ser mantidos, desde que seja garantida a sua integridade
Sólidas, Indústrias Têxteis, Indústrias de Celulose e Papel,
pelo ponto de vista de segurança, que pode ser obtido por
entre outras.
meio de uma inspeção feita por profissionais qualificados e
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habilitados, conforme a norma que regulamenta a matéria,
AS EXIGÊNCIAS DA NR-10 PARA que corresponde à NBR/IEC 60079-17.
INDÚSTRIAS SUJEITAS A RISCOS DE À luz destas considerações, um processo de regularização de
EXPLOSÃO uma planta industrial existente, deve ser feito de acordo às
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vigor desde 1978. Grande parte dessas alterações atinge 2) Utilizar estes documentos de classificação de áreas para
às unidades industriais que lidam com riscos de explosões fazer uma inspeção de todos os componentes dos sistemas
pela presença de áreas classificadas com gases e vapores eletro-eletrônicos, levantando eventuais “não conformi-
inflamáveis ou por poeiras e fibras combustíveis. dades”, que deverão ser relatadas;
Apresentamos abaixo um breve resumo das novas exigên- 3) Providenciar a regularização das “não conformidades” e
cias em vigor:
1 - Obriga a “identificar” as áreas classificadas;
2 - Obriga a “tratar” das áreas classificadas com equipamen-
4) Emitir um documento de “regularização de sistema
elétrico em área classificada (Laudo), devidamente assinado
por profissionais habilitados e com os devidos recolhimen-
6
tos adequados; tos da ART.
7
3 -Obriga a “regularizar” os sistemas eletro-eletrônicos exis-
tentes nessas áreas classificadas e
4 - Obriga a “treinar” os profissionais que operam os siste-
mas eletro-eletrônicos nas áreas classificadas.