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Manual Básico Ex

MANUAL BÁSICO DE ATMOSFERAS A INTERPRETAÇÃO DA LEI PARA AS


EXPLOSIVAS “NORMAS Ex” E AS RESPONSABILI-
DADES CIVIL E CRIMINAL DOS
INFORMAÇÕES BÁSICAS PROFISSIONAIS “Ex”
A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA RELATIVA A SEGURANÇA E A “compulsoriedade da certificação” levou todas as nor-
ÁREAS CLASSIFICADAS mas “Ex”, a partir do momento da publicação da Portaria
A legislação brasileira relativa à segurança e, em particular a INMETRO n.° 176/00, revogada pela da Portaria INMETRO n.°
áreas classificadas, estabelece os requisitos legais e normati- 83/06 à condição de “obrigatórias”, ou seja, foram consid-
vos que devem ser atendidos para prevenir danos à saúde, à eradas “leis”, assim sendo, todas as normas passaram ao
integridade física das pessoas e danos ao meio ambiente. campo do direito.

A) Do direito do trabalho e previdenciário (em caso de aci-


Abaixo, seguem as principais leis e decretos: dente do trabalho)
B) Do Direito Civil (em caso de acidente sem vítimas)
C) Do Direito Penal (em caso de acidente com vítimas)
Código de Defesa do Consumidor D) Do Direito Ambiental (em caso de acidente ambiental).
Lei 8078 de 11.09.1990 - Código de Defesa do Consumidor
Seção I: da Proteção à saúde e segurança;
As Responsabilidades desde o ponto de vista do direito
Capítulo III: Direitos básicos do consumidor - I: Proteção da
vida, saúde e segurança contras usos e, VI: A efetiva preven-
Como as normas “Ex” passaram para o campo do direito, o
ção, reparação de danos patrimoniais, morais, individuais,
profissional “Ex” pode ser responsabilizado civil ou criminal-
coletivos e difusos.
mente por ação ou omissão.

Legislação Estadual sobre Segurança Quais são os fundamentos?


e Meio Ambiente O Direito Civil (em caso de acidente sem vítimas)
Lei N° 997de 31 de Maio de 1976: Dispõe sobre o Controle O Direito Criminal (em caso de acidente com vítimas)
da Poluição do Meio Ambiente. O Direito Ambiental (em caso de desastre ambiental)
Decreto Estadual N° 8468 de 8 de Setembro de 1976:
Aprova o Regulamento da Lei n° 997 de 31.05.1976.
Decreto N° 46076 de 31.08.2001: Institui o Regulamento
Quais são os artigos do Código
de Segurança contra incêndio das edificações e de áreas de Penal?
risco para fins da Lei N° 684 de 30.09.1975, e, estabelece Dos atos ilícitos art. 186 (ação ou omissão)
outras providências. Da obrigação de indenizar art. 1927 (reparação)
Crimes contra as pessoas art. 121 (homicídio culposo)
Lesões corporais art. 129
Legislação Federal sobre Segurança Dolo eventual art. 132
e Meio Ambiente
Lei 6514 de 22.12.1977: Altera o Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e
NORMAS “Ex”
Medicina do Trabalho.
Além das normas citadas acima, existem também, normas
Portaria 3214 de 08.06.1978: Aprova as NR’s - Normas
internacionais para poeiras e fibras combustíveis:
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
Lei N° 6938 / 81: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplica- Título Norma
ção, e dá outras providências.
Lei Federal N° 9605 de 12.02.1998: Dispõe sobre as sansões Requisitos Gerais IEC 61241-0
penais e administrativas derivadas de condutas lesivas ao Classificação de Áreas IEC 61241-10
meio ambiente, e dá outras providências.
Instalações Elétricas em
Decreto Federal N° 3179 / 99: Regulamenta a Lei N° 9605 / IEC 61241-14
Atmosferas Explosivas
98 (Crimes Ambientais) - Dispõe sobre a especificação das
sansões aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio Seleção, Instalação e Ma-
IEC 61241-1
ambiente, e dá outras providências. nutenção
Decreto Legislativo N° 246 de 2001: Aprova o texto da Tipo de proteção “pD” IEC 61241-2
Convenção N° 174 da OIT sobre Prevenção de Acidentes
Industriais Maiores, complementada pela Recomendação N° Tipo de proteção “iD” IEC 61241-11
181, adotadas em Genebra em 2 e 22 de Junho de 1993, Tipo de proteção “mD” IEC 61241-18
respectivamente.
Decreto N° 4085 de 15.01.2002 - Promulga a Convenção N°
174 da OIT e a Recomendação N° 181 sobre Prevenção de
Acidentes Industriais Maiores.
Norma Regulamentadora N° 10 da Portaria N° 598 de
07.12.2004 altera a redação anterior da NR10 - Instalações e
Serviços em Eletricidade.

1.6 Manual Básico Ex


Manual Básico Ex
As normas internacionais que regulamentam os assuntos
“Ex” para gases e vapores são: FONTES DE IGNIÇÃO
Nas áreas classificadas ou atmosferas explosivas é possível
encontrar diferentes fontes de ignição capazes de iniciar
Título Norma uma deflagração (ignição ou explosão).
Requisitos Gerais IEC 60079-0 Abaixo, seguem as principais fontes de ignição:
Classificação de Áreas IEC 60079-10
Instalações Elétricas em
IEC 60079-14
Atmosferas Explosivas
Inspeção e Manutenção
de instalação elétrica em IEC 60079-17
atmosferas explosivas
Reparo e Revisão de eq-
uipamentos elétricos em IEC 60079-19
atmosferas explosivas
Tipo de proteção: a prova
IEC 60079-1
de explosão “d”
Tipo de proteção: segurança
IEC 60079-7
aumentada “e”
Tipo de proteção: segurança
IEC 60079-11
intrínseca “i”
Tipo de proteção: pressur-
IEC 60079-2
izados “p”
Tipo de proteção: imersão
IEC 60079-6
em óleo “o”
Tipo de proteção: encapsu-
IEC 60079-18
lados “m”
Tipo de proteção: Imersão
IEC 60079-5
em areia “q”
Tipo de proteção: não
IEC 60079-15
acendível “n”

O QUE DEVE SER ENTENDIDO COMO


“ÁREA CLASSIFICADA”
1
Área Classificada, ou atmosfera explosiva é todo local sujeito
à probabilidade da existência ou formação de misturas
explosivas pela presença de gases, vapores, poeiras ou fibras
2
combustíveis misturadas com o ar (ou com O2).

Uma atmosfera é explosiva


quando a proporção de
3
gases, vapores, poeiras ou
fibras combustíveis é tal que
uma faísca (centelha) ou su-
perfície quente proveniente
4
de um circuito elétrico de

5
um aparelho provoca uma
explosão.

6
7

Manual Básico Ex 1.7


Manual Básico Ex

Ainda, existem no meio industrial, equipamentos geradores os citar o interno de um tanque de armazenamento de
de temperatura, de chamas, descargas atmosféricas, ondas inflamáveis do tipo atmosférico, onde teremos permanente-
de RF e eletromagnéticas compreendidas entre 3x1011 Hz mente a presença da mistura explosiva.
até 3x1015 Hz, que também possuem energia suficiente para
iniciar uma explosão. Assim, o profissional que lida com • São conhecidas como de grau primário aquelas fontes
áreas classificadas deve sempre procurar a eliminação ou a que geram risco de forma periódica ou ocasional durante
redução do risco a níveis aceitáveis, o que pode ser feito da condições normais de operação e,
seguinte maneira: Utilizando ainda o exemplo do tanque de armazenamento
de inflamáveis, uma fonte de risco de grau primário será o
• Através de um trabalho de prevenção, evitando a forma- respiro, por termos a saída de vapores do produto toda vez
ção ou existência de atmosferas explosivas, modificando a que o nível for elevado.
concentração da substância explosiva ou do oxigênio.
• São conhecidas como de grau secundário aquelas que
• Através de uma instalação adequada aos riscos, instalando geram risco somente em condições anormais de operação e
equipamentos Ex certificados. quando isto acontece é por curtos períodos.
Na mesma situação anterior do tanque de armazenamento
• Através de um trabalho de proteção, limitando os efeitos de inflamáveis, poderemos ter fontes de risco de grau
da explosão a um nível aceitável. secundário representadas, por exemplo, por flanges, que
por alguma falha podem apresentar vazamentos, ou tam-
bém por perda do controle de nível, que provocará o der-
ÁREAS CLASSIFICADAS POR GASES, ramamento de líquido na bacia.
VAPORES, POEIRAS E FIBRAS Estas duas situações representam condições anormais, não
Existem diversos tipos de explosões: a explosão de uma cal- sendo, portanto freqüentes tampouco de longa duração.
deira, as explosões nucleares, as explosões dos motores de
combustão interna, as explosões por reações químicas acel- Deve-se entender como condições “normais de operação”
eradas, etc. Estas últimas normalmente são acidentais e as aquelas encontradas nos equipamentos operando dentro
explosões de gases, vapores, poeiras ou fibras combustíveis dos seus parâmetros de projeto.
a que nos referimos neste manual são conhecidas como
explosões químicas, sendo que estes fenômenos indesejáveis
poderão ocorrer em locais onde exista a presença desses
elementos.
DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS
É importante destacar que a explosão existirá não apenas (para gases e vapores)
pela presença destes, mas pela quantidade, pelo seu grau de
dispersão (mistura com o ar ou oxigênio) e pela sua concen- As Zonas para gases e vapores podem ser divididas em:
tração no ambiente. Assim sendo, a identificação de locais
potencialmente explosivos define as “áreas classificadas” Zona 0 Local onde a atmosfera explosiva está pre-
presentes nesses locais.
sente de modo permanente, por longos períodos ou ainda
frequentemente, sendo geradas normalmente por fonte de
PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE risco de grau contínuo.
ÁREAS E ZONEAMENTOS
O desenvolvimento de um trabalho de classificação de Zona 1 Local onde a atmosfera explosiva está presente
áreas em uma unidade industrial inicia-se com a análise da em forma ocasional e em condições normais de operação,
“probabilidade” da existência ou aparição de atmosferas sendo normalmente geradas por fontes de risco de grau
explosivas nos diferentes locais e processos da planta, que primário.
serão posteriormente definidas como Zonas 0, 1 ou 2.
Portanto, é necessário que existam produtos que pos- Zona 2 Local onde a atmosfera explosiva está presente
sam gerar essas atmosferas explosivas podendo ser gases
somente em condições anormais de operação e persiste
inflamáveis, líquidos inflamáveis ou ainda poeiras e fibras
somente por curtos períodos de tempo, sendo geradas nor-
combustíveis, que podem ser liberados para o ambiente
malmente por fontes de risco de grau secundário.
pelos equipamentos de processo que representam fontes
potenciais de áreas classificadas.

Em geral, parte dos equipamentos do processo, tais como


tampas, tomadas de amostras, bocas de visita, drenos, res-
piros, flanges, etc., são considerados “fontes de risco” pela
possibilidade de vazamento de produtos para o ambiente
onde estão instalados.

Estas fontes de risco são classificadas em “graus”, depen-


dendo da duração e freqüência das atmosferas explosivas
geradas por elas.

• São conhecidas como de grau contínuo aquelas fontes


que geram risco de forma contínua ou durante longos
períodos.
Como exemplo de fonte de risco de grau contínuo, podem-

1.8 Manual Básico Ex


Manual Básico Ex
Tabela de equivalência dos zoneamentos NBR/IEC x NEC

NBR/IEC ZONA 0 ZONA 1 ZONA 2 1


2
CLASSE I CLASSE I
NEC
DIVISÃO 1 DIVISÃO 2

CARACTERÍSTICAS FISICO/QUÍMICAS DE GASES E VAPORES


MAIS COMUNS NA INDÚSTRIA 3
Ponto Limite de Inflamabili- Tempera-
Densidade Classe de
Substância Vapor
(AR = 1)
de
Fulgor
(ºC)
dade (% Volume)
Inferior Superior
tura de
Ignição
(ºC)
Tempera-
tura
Grupo
4
5
Aldeído Acético 1,52 -38 4,00 57,00 140,00 T4 IIA
Acetato de Butila 4,01 22 1,40 8,00 370,00 T2 IIA
Acetato de Etila 3,04 -4 2,10 11,50 460,00 T1 IIA
Acetato de Metila 2,56 -10 3,10 16,00 475,00 T1 IIA
Acetileno
Acetona
0,90
2,00
-
-19
1,50
2,15
98,00
13,00
305,00
535,00
T2
T1
IIC
IIA
6
Ácido Acético 2,07 40 5,40 16,00 485,00 T1 IIA
Acrilonitrila
Álcool Isopropílico
1,83
2,10
-5
11
3,00
2,00
17,00
12,00
480,00
400,00
T1
T2
IIB
IIA 7
Amônia 0,59 - 15,00 28,00 630,00 T1 IIA
Anilina 3,22 75 1,20 8,30 617,00 T1 IIA

Manual Básico Ex 1.9


Manual Básico Ex

Ponto Limite de Inflamabili- Tempera-


Densidade Classe de
de dade (% Volume) tura de
Substância Vapor Tempera- Grupo
Fulgor Ignição
(AR = 1) Inferior Superior tura
(ºC) (ºC)
Butano 2,05 -60 1,50 8,50 365,00 T2 IIA
Ciclohexano 2,90 -18 1,20 7,80 259,00 T3 IIA
Ciclopropano 1,45 - 2,40 10,40 495,00 T1 IIB
Dicloroetano 3,42 -10 5,60 16,00 440,00 T2 IIA
Dissulfeto de Carbono 2,64 <-20 1,00 60,00 100,00 T5 IIC
Eteno 0,97 - 2,70 34,00 425,00 T2 IIB
Fenol 3,24 75 - - 605,00 T1 IIA
Gasolina 3,40 -48 1,40 7,60 280,00 T3 IIA
Hidrogênio 0,07 - 4,00 75,60 560,00 T1 IIC
Metanol 1,11 11 6,70 36,00 455,00 T1 IIA
Nafta de Petróleo 2,50 <-17 1,10 5,90 288,00 T3 IIA
Naftaleno 4,42 77 0,90 8,90 528,00 T1 IIA
Óxido de Propileno 2,00 -37 2,10 21,50 430,00 T2 IIC
Querosene - 38 0,70 5,00 210,00 T3 IIA
Tolueno 3,18 6 1,20 7,00 535,00 T1 IIA
Xileno 3,65 30 1,00 6,70 464,00 T1 IIA

IMPORTANTE: As informações aqui apresentadas foram extraídas de literatura genérica, devendo ser confirmadas nas Fichas de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).

DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARÂMETROS DE EXPLOSIVIDADE DE


(para poeiras e fibras) ALGUNS PRODUTOS COMUNS
As Zonas para poeiras e fibras podem ser divididas em:
Tipo de
TMI (ºC)* CME (g/m3)**
Poeira
Zona 20 Local onde a atmosfera explosiva, em forma de
nuvem de poeira, está presente de forma permanente, por Açúcar 370 45
longos períodos ou ainda frequentemente (estas zonas, Enxofre 190 35
da mesma forma que os gases e vapores, são geradas por
fontes de risco de grau contínuo). Cacau Industrial 510 75
Carvão 610 55
Zona 21 Local onde a atmosfera explosiva, em forma Celulose 410 45
de nuvem de poeira, está presente de forma ocasional em Coke de Petróleo 670 1000
condições normais de operação (estas zonas, da mesma
forma que os gases e vapores, são geradas por fontes de Cortiça 460 35
risco de grau primário). Difenil 630 15
Epoxi, Resinas 490 15
Zona 22 Local onde a atmosfera explosiva, em forma de
Ferromanganêns 450 130
nuvem de poeira, existirá somente em condições anormais
de operação e se existir, será somente por curto período de Grãos Misturados 430 55
tempo (estas zonas, da mesma forma que os gases e va- Levedura 520 50
pores, são geradas por fontes de risco de grau secundário)
Poliacetato de
450 40
Vinila
Poliestireno 500 20
Poliuretano,
510 30
Espuma
Vitamina C 460 70
* TMI representa a Temperatura Mínima de Ignição do produto, normalmente expressa em ºC.
** CME representa a Concentração Mínima de Explosividade do produto, expressa em g/m3.

1.10 Manual Básico Ex


Manual Básico Ex
POEIRAS COMBUSTÍVEIS EXEMPLO DE UMA CLASSIFICAÇÃO
Embora os riscos de explosão se associem apenas com a pre-
DE ÁREAS
sença de produtos inflamáveis em forma de gases e vapores,
estes riscos também existem em ambientes industriais onde O desenho de classificação de áreas deve mostrar pon-
haja a presença de poeiras pela manipulação de sólidos a tualmente as fontes geradoras de risco de explosão, sua
granel, como é o caso de armazéns e silos, pelo processa- extensão e graus (Zonas 0, 1 e 2), conforme mostrado no
mento e fabricação de alimentos como farinhas diversas, ou desenho abaixo:
pela moagem e manipulação de carvão, resinas, produtos
farmacêuticos, etc.
Materiais combustíveis e convertidos em poeiras, sofrem
uma combustão tão rápida que geram uma onda de pressão
e uma fonte de chama (combustão) capaz de destruir todo
um parque industrial.

APLICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS


“Ex” EM FUNÇÃO DO ZONEAMENTO
A especificação dos diferentes tipos de proteção necessários
aos diversos equipamentos elétricos a serem instalados em
uma planta sob análise, somente pode ser feita, uma vez
definida a classificação de áreas.
Tendo sido demarcadas as diferentes áreas, conhecidas
como Zonas 0, 1 e 2, será possível escolher o tipo de equipa-
mento, utilizando a tabela a seguir:

Zonas Tipo de Proteção Sigla


Zonas Tipo de Proteção Sigla CONCEITOS DE PROTEÇÃO “Ex”
1e2 A prova de explosão Ex-d
Nos equipamentos elétricos instalados em áreas classificadas
1e2 Pressurizado Ex-p existem possíveis fontes de ignição devido à arcos e faíscas
1e2 Encapsulado Ex-m provocadas pela abertura e fechamento de contatos, ou por

1
superaquecimento. Estes equipamentos devem ser fabrica-
1e2 Imerso em óleo Ex-o dos de maneira a impedir que a atmosfera explosiva entre
1e2 Imerso em areia Ex-q em contato com as partes que possam gerar riscos.
0 Segurança intrínseca Ex-ia Por isso, esses equipamentos, conhecidos como equipamen-
tos “Ex”, são construídos baseados em 3 soluções diferen-

2
1e2 Segurança intrínseca Ex-ib tes:
1e2 Segurança Aumentada Ex-e
Confinamento das fontes de ignição da atmosfera explo-
2 Não Acendível Ex-n
siva;
- Especial Ex-s Segregação das fontes de ignição da atmosfera explosiva;

DEMARCAÇÃO DAS ÁREAS


Supressão dos níveis de energia, a valores abaixo da energia
necessária para inflamar a mistura presente no ambiente. 3
Assim, as soluções normalmente empregadas na fabricação
CLASSIFICADAS
4
de equipamentos “Ex” estão baseadas, conforme tabela
abaixo:
A demarcação é feita através dos desenhos de classificação
de áreas. Este documento serve principalmente para definir Tipo de Proteção Sigla Princípio
os tipos de equipamentos elétricos a serem instalados

5
nesses locais. Por isto é necessário delimitar as diversas áreas A prova de explosão Ex-d Confinamento
classificadas existentes na planta, sendo assim, o desenho Pressurizado Ex-p Segregação
deve mostrar as diferentes Zonas (0, 1 ou 2) e suas exten-
Encapsulado Ex-m Segregação
sões, dadas em metros.
Para atender às exigências da NR-10, todas estas áreas de- Imerso em óleo Ex-o Segregação
vem também ser “sinalizadas” na planta. Imerso em areia
Segurança intrínseca
Ex-q
Ex-i
Segregação
Supressão 6
Segurança Aumentada Ex-e Supressão
Não Acendível
Especial
Ex-n
Ex-s
Supressão
Especial 7

Manual Básico Ex 1.11


Manual Básico Ex

TIPOS DE PROTEÇÃO
Os diferentes tipos de proteção aplicados a equipamentos
Não Acendível Ex-n (nA; nR; nC; nL;
elétricos que a normalização recomenda em função dos nZ)
zoneamentos, operam de acordo com os princípios detalha- Equipamentos projetados com dispositivos ou circuitos que
dos a seguir: em condições normais de operação não produzem arcos,
centelhas ou alta temperatura. Aplicáveis em Zona 2
A Prova de Explosão Ex-d
Invólucro capaz de suportar a pressão de explosão interna,
não permitindo que ela se propague para o ambiente ex-
terno, o que é obtido pelo resfriamento dos gases da com-
bustão na sua passagem através dos interstícios existentes
nos invólucros. Aplicável em Zonas 1 e 2

Equipamento Imerso em Óleo Ex-o


Equipamento projetado de maneira que partes que podem
causar centelhas ou alta temperatura são instalados em um
meio isolante com óleo. Aplicável em Zonas 1 e 2

Segurança Aumentada Ex-e


Equipamento fabricado com medidas construtivas adicionais
para que em condições normais de operação, não sejam
produzidos arcos, centelhas ou alta temperatura. Ainda,
estes equipamentos possuem um grau de proteção (IP)
elevado. Aplicável em Zonas 1 e 2 Equipamento Imerso em Areia Ex-q
Equipamento projetado de maneira que as partes que po-
dem causar centelha ou alta temperatura são instalados em
um meio isolante com areia. Aplicável em Zonas 1 e 2

Segurança Intrínseca Ex-i (ia ou ib)


Equipamento projetado com dispositivos ou circuitos que
em condições normais ou anormais de operação não pos-
suem energia suficiente para inflamar uma atmosfera explo- Equipamento Hermético Ex-h
siva. Aplicável em Zona 0 (ia) e/ou Zonas 1 e 2 (ia ou ib) Equipamento projetado com invólucro com fechamento
hermético, por fusão do material. Aplicável em Zona 2

Equipamento Encapsulado em
Pressurização Ex-p Resina Ex-m (ma ou mb)
Equipamento projetado para operar com pressão positiva Equipamento projetado de maneira que as partes que podem
interna de forma a evitar a penetração da mistura explosiva causar centelhas ou alta temperatura se situam em um meio
no interior do invólucro. Aplicável em Zonas 1 e 2 isolante encapsulado com resina. Aplicável em Zonas 1 e 2

Equipamentos Especiais Ex-s


Os equipamentos identificados como Ex-s (especial) são
fabricados utilizando qualquer técnica diferente das acima
mencionadas. Os equipamentos deste tipo podem ser
utilizados em Zona 0, desde que certificados para essa
condição de risco.

1.12 Manual Básico Ex


Manual Básico Ex
ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS EM Tabela de equivalência para os
FUNÇÃO DO GRUPO grupos de gases NBR/IEC x NEC
Considerando que todos os produtos inflamáveis tem car-
acterísticas e graus de periculosidade diferentes, os equipa- NBR/IEC NEC Substância
mentos elétricos para áreas classificadas na sua fabricação
foram divididos em dois grandes Grupos: IIA D Acetona
IIA D Amônia
Grupo I São aqueles equipamentos projetados para op- IIA D Benzeno
erar em minas subterrâneas.
IIA D Butano
IIA D Ciclohexano
Grupo II São os equipamentos projetados para operar
em indústrias de superfície. Considerando as substâncias IIA D Gasolina
inflamáveis presentes neste tipo de indústria, o Grupo II foi IIA D Hexano
subdividido em três subgrupos:
IIA D Propano
IIA D Tolueno
IIA D Xileno
IIA IIB IIC IIB C Etileno
IIB C Ciclopropano
IIB C Sulfeto de Hidrogênio
IIC A Acetileno
AGRUPAMENTO DAS SUBSTÂNCIAS
IIC B Higrogênio
MAIS CONHECIDAS
O subgrupo IIA, também conhecidos como elementos da
família do Propano, exclui todos os derivados do petróleo.
CLASSE DE TEMPERATURA
O subgrupo IIB exclui todos os produtos conhecidos como
Os equipamentos elétricos presentes numa área classificada
elementos da família do Eteno. O subgrupo IIC inclui o
podem se converter em fontes de ignição também por
Hidrogênio e o Acetileno.
superaquecimento. Portanto, a classe de temperatura do
equipamento é uma informação fornecida pelo fabricante

1
Grupo de Gases Substância de que este equipamento, mesmo em condição de falha,
não atingirá em sua superfície um valor acima da marcação,
I Grisú de acordo com a seguinte tabela:
I Metano

2
IIA Acetona NBR/IEC Tem- NEC Tem-
IIA Amônia peratura peratura
Classe de Máxima Classe de Máxima
IIA Benzeno Tempera- Tempera-
de Super- de Super-
IIA Butano tura tura
IIA
IIA
Ciclohexano
Gasolina T1
fície
450ºC T1
fície
450ºC 3
IIA Hexano T2 300ºC T2 300ºC
IIA
IIA
Propano
Tolueno
T2
T2
T2
300ºC
300ºC
300ºC
T2A
T2B
T2C
280ºC
260ºC
230ºC
4
IIA Xileno

5
IIB Etileno T2 300ºC T2D 215ºC
IIB Ciclopropano T3 200ºC T3 200ºC
IIB Sulfeto de Hidrogênio T3 200ºC T3A 180ºC
T3 200ºC T3B 165ºC

6
IIC Higrogênio
IIC Acetileno T3 200ºC T3C 160ºC
T4 135ºC T4 135ºC
T4 135ºC T4A 120ºC
T5
T6
100ºC
85ºC
T5
T6
100ºC
85ºC 7

Manual Básico Ex 1.13


Manual Básico Ex

GRAU DE PROTEÇÃO APLICADO A Segundo Numeral (quanto à penetração líquidos)


EQUIPAMENTOS (IP) Grau de Proteção
Numeral Corpos que não devem
Grau de Proteção ou Índice de Proteção (IP) de um equipa- Descrição
penetrar
mento é uma informação fornecida pelo fabricante de que
o equipamento foi projetado para impedir a entrada de 0 Não protegido Sem proteção especial
sólidos e líquidos no seu interior. Gotas de água no sen-
Esta informação é constituída por dois dígitos sendo que Protegido contra
tido vertical, não devem
o primeiro dígito se refere às medidas que foram tomadas 1 queda vertical de
danificar o equipamento.
para impedir a entrada de sólidos e o segundo dígito às gotas de água
(Condensação)
medidas que foram tomadas para impedir a entrada de
líquidos no seu interior. Protegido con-
Esta é uma informação importante para equipamentos “Ex”, tra queda de Gotas de água não têm
especialmente quando se trata de equipamentos tipo Ex-d e 2 gotas de água efeitos prejudiciais com
Ex-e, estando estes dígitos detalhados na tabela a seguir: com inclinações inclinações inferiores a 15º
inferiores a 15º
Primeiro Numeral (quanto à penetração de Protegido contra Água aspergida a 60º não
3
objetos sólidos) água aspergida tem efeitos prejudiciais
Grau de Proteção Protegido contra Água projetada de qualquer
4 projeções de direção não tem efeitos
Numeral Corpos que não devem
Descrição água prejudiciais
penetrar
Água projetada por um
Protegido contra
0 Não protegido Sem proteção especial 5 bico, de qualquer direção,
jatos de água
Protegido contra não tem efeitos prejudiciais
a penetração de Grande superfície do corpo Água em forma de onda
Protegido contra
1 objetos sólidos humano, como por exem- 6 ou jatos potentes, não tem
onda do mar
com dimensional plo, a mão efeitos prejudiciais
superior a 50 mm Sob certas condições de
Protegido contra
Protegido contra 7 tempo e pressão, não há
Dedos ou objetos de imersão
a penetração de penetração de água
comprimento superior a 80
2 objetos sólidos Adequado à submersão
mm, cuja a maior dimen- Protegido contra
com dimensional 8 contínua sob condições
são seja superior a 12 mm submersão
superior a 12 mm específicas
Protegido contra
a penetração de Ferramentas, fios, cabos,
objetos sólidos entre outros, com diâmet-
Exemplo de aplicação do Grau de
3
com dimensional ro e comprimento superi- Proteção em equipamentos “Ex”
superior a 2,5 ores a 2,5 mm IP-66 - Significa que o equipamento em questão foi pro-
mm jetado para impedir a penetração de poeiras no interior do
Protegido contra invólucro, e também contra a entrada de água em forma de
a penetração de ondas ou jatos potentes.
Fios ou fitas com espessura
objetos sólidos
4 e comprimento superiores
com dimensional
a 1 mm Tabela de equivalência para grau de
superior a 1,0
mm proteção NBR/IEC x NEMA
Não é totalmente vedado
contra poeira, porém, as NBR/IEC NEMA
Protegido contra
5 quantidades que penetram
poeira IP10 1
não são suficientes para
danificar o equipamento IP11 2
Totalmente IP52 5, 12 e 12K
Não há penetração de
6 protegido contra
nenhum corpo IP54 3, 3S e 13
poeira
IP56 4 e 4X
IP67 6 e 6P
IP65 7e9

1.14 Manual Básico Ex


Manual Básico Ex
pamento.
No Brasil, a marcação obedece o seguinte modelo:
PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DE
PRODUTOS NO BRASIL
Br Ex d IIC T6
Conforme Portaria INMETRO No. 83/2006, todos os equipa-
mentos elétricos instalados em áreas classificadas devem ser
“certificados”. Esta certificação somente pode ser conce-
dida por entidades credenciadas pelo INMETRO.
Desta forma, todo equipamento elétrico instalado em área Br
classificada deve ser acompanhado do certificado correspon-
Significa que a certificação desse produto é brasileira.
dente e identificado com sua marcação em local de fácil
visualização.
Ex
A certificação aplicada a equipamentos para áreas classifi-
Significa que o equipamento possui algum tipo de
cadas, é o atestado de que o produto em questão atende
proteção para área classificada (atmosfera explosiva).
as normas e especificações técnicas que regulamentam a
matéria.
No caso dos equipamentos elétricos a Certificação de
Conformidade, é compulsória porque estes assuntos tem d
impacto nas áreas de segurança, saúde e meio ambiente. Especifica o tipo de proteção que esse equipamento
A certificação é feita segundo procedimentos definidos possui, podendo ser:
pelo Sistema Nacional de Certificação através de Órgãos de
Certificação Credenciados, supervisionados pelo INMETRO e
conforme o modelo de certificação N°. 5 da ISO.
Os Organismos de Certificação Credenciados “OCC” que
atendem os requisitos estabelecidos pelo Sistema Nacional
de Certificação são os seguintes:

IIC
Especifica o Grupo para o qual o equipamento foi
construído, podendo ser:

1
Organismo de Certificação Credenciados
T6
- Especifica a Classe de Temperatura de superfície do
equipamento, podendo ser:
2
No caso de produtos fabricados no exterior o próprio fab-
3
ricante estrangeiro, seu representante legal no Brasil, ou o

4
importador deve se submeter aos procedimentos e requisi-
tos estabelecidos pelas normas em vigor, com exceção das
“situações especiais” previstas, que correspondem a: Quando a certificação é concedida por uma entidade da
Comunidade Econômica Européia, no lugar da sigla Br a
a) Equipamentos ou componentes elétricos que fazem parte marcação começa com a sigla EE , ficando neste caso
de máquinas, equipamentos ou instalações.
b) Lotes de até 25 unidades cobertas pelo mesmo certifi-
cado.
EE Ex d IIC T6.

A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA APLICADA


5
c) Unidades marítimas importadas sujeitas a critérios válidos
A SISTEMAS ELETRO-ELETRÔNICOS
6
pelas Sociedades Classificadoras.
“Ex”
IDENTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
Todas as unidades industriais que nos seus processos produ-
“Ex” (MARCAÇÃO)
7
tivos armazenam, manipulam ou processam gases, vapores,
poeiras ou fibras, terminam gerando riscos de explosões. Por
A Portaria INMETRO No. 83/2006 obriga a certificação de força da legislação brasileira existente, todas estas empresas
todo e qualquer equipamento elétrico a ser instalado em estão obrigadas a regularizar os suas plantas para prevenir
área classificada, e essa certificação obriga também a uma estes riscos. Estes trabalhos de regularização devem envolver
marcação indelével que deve formar parte do corpo do equi-

Manual Básico Ex 1.15


Manual Básico Ex

todos os sistemas, que incluem as áreas: mecânica, elétrica, torno dessas plantas. Isto só é válido quando a unidade in-
eletrônica, eletrostática, etc. dustrial pertence aos segmentos químico, petroquímico, do
petróleo, farmacêutico, de tintas e vernizes, de resinas, etc.,
pelos riscos de explosão e incêndios, vazamentos e derrama-
A COMPULSORIEDADE DA mentos que elas oferecem.
CERTIFICAÇÃO Assim entendido, todas as entidades que cuidam do Meio
Ambiente exigem que essas empresas gerenciem estes ris-
A Portaria INMETRO N° 83/2006 obriga à utilização de eq- cos, o que determinou a necessidade de identificar os riscos
uipamentos e materiais elétricos certificados quando estes potenciais de explosão por meio de trabalhos de classifica-
forem instalados em áreas classificadas, seja pela presença ção de áreas, de inspeção de todos os sistemas eletro-ele-
de gases, vapores, poeiras ou fibras. Todos estes materiais trônicos existentes e da verificação da possível presença de
e equipamentos devem ser adequados para o Grupo e para elementos geradores de eletrostática.
a Classe de Temperatura, obedecendo à marcação definida
pela norma de certificação.
A INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA
A INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL SEGURADOR
BRASILEIRO Até fins da década de 90, não havia rigor no tratamento das
áreas classificadas, pois as normas eram de uso voluntário,
Todas as normas que regulamentam os assuntos “Ex” (de os materiais e equipamentos eletro-eletrônicos utilizados
áreas classificadas), são de uso obrigatório como resultado obedeciam a um processo de certificação que é entendido
da compulsoriedade da certificação definida pela Portaria como “não confiável”, e não existia um conhecimento apro-
INMETRO N° 83/06, portanto, são entendidas como “leis”, fundado dos assuntos “Ex” pelos profissionais de projetos e
ficando então sujeitas ao campo do direito (civil, criminal, de montagens.
ambiental e do trabalho), podendo levar aos profissionais Como conseqüência destes fatos, o sistema segurador en-
que lidam com estes assuntos a responder processos em tendia que não havia um efetivo “gerenciamento dos riscos
qualquer uma destas esferas, pela responsabilidade decor- de explosão” e determinava a taxa máxima, conhecida como
rente. taxa petroquímica para a cobertura do seguro.
Hoje, com normas de uso obrigatório e de reconhecimento
internacional, com o uso de equipamentos certificados
A INTERPRETAÇÃO DA NR-10 conforme um modelo reconhecido internacionalmente,
existindo também um profundo conhecimento dos assuntos
Todas as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trab- “Ex” pelos profissionais que lidam com “gerenciamento dos
alho são de observância obrigatória pelas empresas privadas riscos de explosão”, o sistema segurador passa adotar uma
ou públicas que tenham empregados regidos pela CLT. postura, aplicando taxas de cobertura condizentes com o
A NR-10 revisada, instituída pela Portaria do MTE N° 598 em mercado segurador e ressegurador internacional.
7.12.2004, que alterou a NR-10 aprovada pela Portaria N°
3214 de 1978, foi finalmente publicada no Diário Oficial da
União em 8/12/2004. SEGMENTOS INDUSTRIAIS SUJEITOS
Uma das grandes mudanças introduzidas nesta NR diz
respeito aos sistemas elétricos instalados nas áreas classifica-
A RISCOS DE EXPLOSÕES
das, já que pelo fato de estarem sujeitos a riscos de ex-
A Norma Regulamentadora (NR-10) obriga a todas as
plosão, os sistemas elétricos e eletrônicos, que são possíveis
empresas industriais/comerciais a regularizar seus sistemas
fontes de ignição, terminarão provocando os mesmos efei-
elétricos nas áreas entendidas como “classificadas”.
tos devastadores de uma explosão provocada, por exemplo,
As empresas onde estes riscos existem são:
por vasos de pressão, que são assuntos tratados por uma
outra NR, conhecida como N° 13. Isto está exigindo que:
todos os ambientes de processo sejam identificados quanto RISCO POR GASES E VAPORES
ao risco potencial de explosões; que os componentes dos
sistemas eletro-eletrônicos instalados nesses ambientes
sejam certificados; que esses sistemas eletro-eletrônicos se-
jam rotineiramente inspecionados para verificação das suas
integridades e que finalmente, todos os profissionais en-
volvidos com a segurança e operação dessas unidades sejam
treinados, obedecendo a um programa de capacitação ou
qualificação, conforme suas responsabilidades de trabalho.

A INTERPRETAÇÃO DAS ENTIDADES


AMBIENTAIS
Todas as entidades nacionais que cuidam do Meio Ambiente
(CETESB em SP; FEEMA em RJ; CRA no nordeste, etc.), até o
final da década de 90 tinham como responsabilidades cui-
dar do solo, das águas e do ar. Esta situação posteriormente
foi alterada, acrescentando a estas responsabilidades de “a
segurança das unidades industriais”, já que foi entendido No segmento industrial encontramos: Indústrias Químicas,
que a falta dela colocava em risco o Meio Ambiente em Indústrias Petroquímicas, Indústria do Petróleo (Plataformas,

1.16 Manual Básico Ex


Manual Básico Ex
Refinarias, Terminais e Bases de Distribuição), Fabricantes de
Gases Industriais, Distribuidores de Combustíveis, Usinas de
Açúcar e Álcool, Fábricas de Tintas e Vernizes, Fábricas de
EM RELAÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DE
Resinas, Indústrias Farmacêuticas, Indústrias de Fertilizantes, ÁREAS
Fabricantes de Defensivos Agrícolas, Fabricantes de Borra-
chas, Fabricantes de Essências e Fragrâncias, Fabricantes de Pela NR-10, passa a ser obrigatória identificação dos riscos
Adesivos e Colas, entre outras. de explosão existentes em uma planta, por meio de um tra-
balho de classificação de áreas, que deve ser feito de acordo
No segmento urbano encontramos: Postos de Gasolina, com a norma técnica que regulamenta a matéria e que cor-
Distribuidoras de GLP, Comércio de Alimentos (utilizando responde à NBR/IEC 60079-10.
GLP), Hospitais, Estações de Tratamento de Esgotos, Usinas Este documento, uma vez desenvolvido, deverá formar parte
de Reciclagem de Lixo Orgânico, Galerias de Concessionárias do prontuário exigido, devendo ser assinado por profission-
para Distribuição de Gás Natural, Telefonia e Energia Elé- ais habilitados e qualificados, com os devidos recolhimentos
trica, Condomínios Residenciais Verticais utilizando Grupos da ART.
Geradores movidos a Óleo Diesel, entre outros.

EM RELAÇÃO À UTILIZAÇÃO DE
RISCO POR POEIRAS E FIBRAS
EQUIPAMENTOS
De acordo a NR-10, fica sendo obrigatória a utilização de
equipamentos eletro-eletrônicos “Ex” adequados aos riscos
evidenciados pelos diversos zoneamentos.
Estes equipamentos devem ser certificados conforme deter-
mina a Portaria INMETRO no 83/2006 e instalados de acordo
à norma pertinente, que corresponde a IEC 60079-14.
Todos os “certificados de conformidade” correspondentes a
cada um dos equipamentos instalados nas diferentes áreas
deverão formar parte também do prontuário exigido por
esta norma regulamentadora.

EM RELAÇÃO À REGULARIZAÇÃO
DOS SISTEMAS
Se considerarmos que grande parte das plantas industri-

1
ais brasileiras em operação foram constituídas a partir da
década de 70, quando as normas que regulamentavam
No segmento industrial encontramos: Produtores e Distri-
estes assuntos não exigiam a posse dos “certificados de
buidores de Grãos, Armazéns e Silos de Grãos, Moinhos de
conformidade”, devemos entender que em um processo de
Cereais, Indústrias de Alimentos, Indústrias Farmacêuticas,

2
regularização para atender as atuais exigências NR-10, os
Indústrias de Processamento de Carvão e Madeiras, Cer-
materiais e equipamentos existentes daquela época poderão
vejarias, Indústrias de Negro de Fumo, Fábricas de Resinas
ser mantidos, desde que seja garantida a sua integridade
Sólidas, Indústrias Têxteis, Indústrias de Celulose e Papel,
pelo ponto de vista de segurança, que pode ser obtido por
entre outras.
meio de uma inspeção feita por profissionais qualificados e

3
habilitados, conforme a norma que regulamenta a matéria,
AS EXIGÊNCIAS DA NR-10 PARA que corresponde à NBR/IEC 60079-17.
INDÚSTRIAS SUJEITAS A RISCOS DE À luz destas considerações, um processo de regularização de
EXPLOSÃO uma planta industrial existente, deve ser feito de acordo às

A publicação NR-10 do Ministério do Trabalho, feita em


08/12/04 no Diário Oficial da União, alterou significati-
seguintes etapas:

1) Executar os trabalhos de classificação (ou de reclassifica-


4
vamente a redação anterior desta norma, que estava em ção) de áreas;

5
vigor desde 1978. Grande parte dessas alterações atinge 2) Utilizar estes documentos de classificação de áreas para
às unidades industriais que lidam com riscos de explosões fazer uma inspeção de todos os componentes dos sistemas
pela presença de áreas classificadas com gases e vapores eletro-eletrônicos, levantando eventuais “não conformi-
inflamáveis ou por poeiras e fibras combustíveis. dades”, que deverão ser relatadas;
Apresentamos abaixo um breve resumo das novas exigên- 3) Providenciar a regularização das “não conformidades” e
cias em vigor:
1 - Obriga a “identificar” as áreas classificadas;
2 - Obriga a “tratar” das áreas classificadas com equipamen-
4) Emitir um documento de “regularização de sistema
elétrico em área classificada (Laudo), devidamente assinado
por profissionais habilitados e com os devidos recolhimen-
6
tos adequados; tos da ART.

7
3 -Obriga a “regularizar” os sistemas eletro-eletrônicos exis-
tentes nessas áreas classificadas e
4 - Obriga a “treinar” os profissionais que operam os siste-
mas eletro-eletrônicos nas áreas classificadas.

Manual Básico Ex 1.17


Manual Básico Ex

EM RELAÇÃO AO TREINAMENTO DOS TIPOS DE INSPEÇÃO


PROFISSIONAIS As instalações elétricas em áreas classificadas devem, por-
tanto, ser inspecionadas rotineiramente, existindo então,
Ao considerar que as normas técnicas que regulamentam
três tipos de inspeção, conforme detalhado a seguir:
os assuntos “Ex” são obrigatórias, ou seja, são entendidas
como leis, passando, portanto ao campo do direto, os
Inspeção Visual que tem como objetivos identificar, sem o
profissionais que operam nesse tipo de ambiente podem,
uso de equipamentos de acesso ou ferramentas, defeitos
em caso de acidentes, ser responsabilizados civil ou criminal-
evidentes como, por exemplo, falta de parafusos, vidros
mente.
quebrados, ou seja, avarias visuais.

Inspeção Apurada abrange os aspectos cobertos pela


inspeção visual identificando também defeitos como, por
exemplo, parafusos sem o devido aperto, que são detec-
táveis somente como auxílio de equipamentos de acesso
como, por exemplo, escadas e ferramentas. Vale a pena
observar que essas inspeções não exigem que os invólucros
sejam abertos.

Inspeção Detalhada abrange os aspectos cobertos pela


inspeção apurada e, além disso, identifica defeitos (como
terminais sem o devido aperto), que só poderão ser detecta-
dos com a abertura do invólucro e uso, se necessário, de
ferramentas e equipamentos de ensaio.

Existem na Norma de inspeção listas de verificação que


detalham os aspectos que devem ser inspecionados, que
Nas indústrias de processo, embora a responsabilidade deva incluem detalhes do equipamento, da sua instalação e do
recair nos técnicos e no pessoal que gera os riscos, a segu- ambiente onde está instalado.
rança é uma questão que deve abranger toda a empresa. O Prontuário especificado pela NR-10 exige para áreas clas-
Assim, é necessário que todos os envolvidos nos trabalhos sificadas a existência de um Laudo de Inspeção/Vistoria dos
técnicos tenham formação, qualificação e experiência ad- sistemas eletro-eletrônicos existentes, assim como a posse
equada para estar permanentemente gerenciando pos- dos certificados de conformidade de cada um dos seus com-
síveis riscos, evitando acidentes derivados da sua ação (ou ponentes, mesmo se tratando de uma instalação existente,
omissão). com o objetivo de prover uma efetiva segurança aos trabal-
Esta é em definitivo a atual postura da NR-10: todos os hadores que operam nas áreas classificadas.
profissionais que lidam com riscos de explosão devem ser
permanentemente treinados, devendo ser “qualificados”
por meio de programas de treinamento correspondentes ao
nível de cada um. Formam parte dos quadros que devem ser
treinados, os seguintes profissionais:

• De Segurança, Saúde e Meio Ambiente;


• Operadores de Processos;
• Pessoal técnico e administrativo ligado a processos;
• Eletricistas;
• Instrumentistas;
• Técnicos e operadores de Laboratórios e
• Profissionais ligados à especificação e aquisição de equipa-
mentos.

Além destes quadros operacionais, é também necessário


incluir os quadros supervisores e gerenciais que por força de
suas funções adentram nas áreas classificadas.

O Manual Básico de Atmosferas Explosivas foi baseado no “PEQUENO MANUAL PRÁTICO


INSPEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS E DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS” com sua publicação
autorizada pelo Engenheiro Nelson M. Lopez - Project Explo - Soluções Integrais para
ELETRONICOS Prevenção de Explosões - e-mail: project.explo@terra.com.br

As instalações elétricas em áreas classificadas possuem


características especialmente projetadas para torná-las ad-
equadas para tais atmosferas, assim é essencial que durante
a vida útil dessas instalações a integridade dessas caracter-
ísticas especiais seja preservada. Para isto, existem inspeções
iniciais, inspeções periódicas e supervisão contínua que
deve ser executada por pessoal qualificado de acordo com a
Norma NBR/IEC 60079-17 e NR-10.

1.18 Manual Básico Ex

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