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ANO I – Nº 4

UMA PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE DE ESTUDANTES DO CURSO DE FILOSOFIA

EDITORIAL

A DECANDÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

Em pleno século XXI, o ensino superior, nas universidades principalmente as da rede


privadas, passam por uma profunda crise de estagnação e atrofiamento cientifico.
Convivem em seus corredores com a alienação e a disparidade além de a falta de
aprofundamento cientifico , parecendo que esta por sua vez possui um caráter
marcante, vivencia-se o espírito narrador e dissertador.
Uma mera narração de conteúdos ditados por professores tornando-se algo morto e
sem dimensão concreta, dissertadora, pois implicam em um único sujeito o narrador, e
seus objetos pacientes, os ouvintes ou educandos.A tônica do ensino superior causada
por professores propedeutas acaba se tornando sempre esta, narrar e sempre narrar,
perdendo o ensino superior toda a sua força transformadora.
Considerando que a matéria prima da universidade é o próprio homem, pressupõe-se
uma estrutura suficiente equipada , para permitir o ensino a pesquisa e a extensão.
Neste sentido atual, o modelo de universidade que vivemos, fundamentalmente
burocrática e centralizadora, tem contribuído muitíssimo para a queda de eficiência do
ensino.
O saber, esvaziado de seu conteúdo em nossos meios, torna-se uma mera abstração
acadêmica, a impossibilidade de se dispor daqueles conhecimentos necessários a
abordagem do conhecimento, torna impossível sua compreensão, é uma das causas da
falta de fundamentação e de aprofundamento de muitos acadêmicos.
Professores que estressados da tarefa de “ensinar”, limitam-se a conteúdos pré
determinados com muita superficialidade e falta de didática, tornando as aulas um
verdadeiro local para repousar a cabeça e dormir, pois como dizia o ditado “rir é o
melhor remédio” aqui existe o “dormir é o melhor remédio”.Sem esquecermos ainda
aqueles professores que para assinar sua estagnação aplicam em pleno processo de
formação acadêmica, “provinhas alternativas”, com o intuído não sei do que....
As universidades em geral tornam-se “ fabrica por atacado do saber”, e passam a
aplicar não o velho vestibular seletivo com nota de corte e tudo que tem direito, mas
sim uma simples redação infantil onde pode-se aprovar um numero muito maior que
no primeiro caso e a qualidade da lugar a quantidade, a universidade nos tempos
modernos acabam sendo uma empreitada lucrativa porem fraudadora, a partir do
momento em que ela não cumpre seu objetivo principal que é a formação Holística do
homem, se prostituindo ao acúmulos de capital pregado pela economia capitalista.

Por Alexandre Iamazaki, Seminarista Agostiniano


Dia da Consciência Negra leva multidão às ruas de Salvador
As comemorações do Dia da Consciência Negra em Salvador, cidade com maior população negra do
Brasil, arrastou uma multidão na quarta-feira pela Ladeira do Curuzu, no bairro da Liberdade, até o
Pelourinho, no Centro Histórico durante a segunda Caminhada da Liberdade.O evento foi promovido
pelo Fórum de Entidades Negras, que congrega 13 instituições ligadas ao Movimento Negro. O
objetivo deste ano é reivindicar novas ações nas áreas de educação e saúde que contribuam para
superar as desigualdades sociais.Com a mensagem "Reparação Já" estampada em camisetas, faixas
e bandeiras de cerca de 50 mil pessoas, segundo o Comando da Polícia Militar, a Caminhada da
Liberdade evidenciava o desejo dos negros de alcançar uma sociedade mais justa e igualitária para
todos os brasileiros.Na data de comemoração do Dia da Consciência Negra, que marca também os
307 anos de morte do líder negro Zumbi dos Palmares, eles saíram pelas ruas da Liberdade, onde a
maioria é afrodescendente, até o Pelourinho, andando mais de oito quilômetros.Vestidos a caráter,
com roupas estampadas destacando o vermelho, verde, amarelo e azul, as cores da África,
moradores locais, representantes de entidades do movimento negro e até da Igreja católica saíram
às ruas de Salvador, proporcionando um momento de reflexão e integração social.A beleza da
caminhada era vista por todos os lados, seja no som tribal dos mais de 700 tambores das alas dos
blocos afros Olodum, Ilê Aiyê e Malê Debalê, que seguiram o cortejo até o Pelourinho, ou nos
penteados afros exibidos de forma orgulhosa por muitos dos manifestantes."A cultura negra é rica e
grandiosa. Se as pessoas conhecessem a história da África e dos escravos, com certeza os
descendentes negros dos antigos escravos seriam mais valorizados", avalia o arquiteto e diretor do
Fórum, Zulu Araújo.O presidente do bloco afro Oludum, João Jorge Rodrigues, explicou que os
motivos para a manifestação estão nos indicativos sociais nos quais os negros estão inseridos
atualmente, tanto na Bahia quanto no restante do país.Segundo ele, apesar de representarem 80%
dos 2,5 milhões de habitantes de Salvador, a população negra da capital baiana está entre a maior
parte dos analfabetos e das pessoas que não têm acesso às condições básicas de sobrevivência,
como habitação, alimentação e educação."Em Salvador, a grande maioria dos afrodescendentes
estão alojados nas áreas de favelização, expostos à violência e à marginalidade", disse. "A abolição
dos negros ainda não aconteceu".A caminhada foi realizada com o objetivo de protestar contra a
exclusão, em clima de muita alegria e paz. O arcebispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, dom
Gílio Felício, que também participou do evento, ressaltou que o objetivo da manifestação é fazer
ecoar o sonho de liberdade de Zumbi."Estamos aqui para fazer com que haja no futuro uma maior
igualdade social para os negros do Brasil", afirmou.

CENTRO HISTÓRICO

Ao chegar no Pelourinho, em frente a Catedral Basílica, aconteceu um ato ecumênico coordenado


por dom Gílio, com elementos afros.A alegria da cultura africana deu o tom no ato. Na homilia, dom
Gílio exaltou a afirmação da negritude e conclamou os fiéis a superar os prejuízos causados pela
violência da escravidão.Ele lembrou a memória de Zumbi dos Palmares, o grande homenageado do
dia, e da importância do seu exemplo de resistência."A utopia dos quilombos nos ajuda a pensar,
ainda hoje, nas lutas de libertação que ainda precisamos empreender, sempre com esse espírito
quilombola que não admite a escravidão, mas abre o coração para a comunhão", declarou.Os
símbolos da negritude se mostram nas roupas africanas, nos turbantes e nas músicas acompanhadas
por atabaques e agogôs.Na hora das oferendas, os participantes levaram frutas, pipoca, pães,
dançando à maneira dos terreiros de candomblé, enquanto o cântico lembra que os alimentos "vêm
das senzalas de hoje".No final da celebração, um outro cântico inseriu a devoção a Nossa Senhora
no contexto negro, com os versos "Senhora Negra Yá Querida, Senhora Quilombola, Mãe de Deus
Aparecida".Depois do ecumenismo foi a vez da festa, com a chegada do bloco Afoxé Filhos de
Gandhi. Vestidos de branco e adornados de colares de contas azuis e brancas, mais de 100 adeptos
reverenciaram os blocos afros, formando um verdadeiro tapete humano branco.A eles se juntaram
os blocos afros, que subiram num trio elétrico para tocar só músicas que reverenciam a cultura
afro."É um marco das nossas lutas podermos estar aqui reverenciando a nossa cultura com total
liberdade", declarou Antônio Carlos Santos, o Vovô do bloco Ilê Ayiê.

Por Luiz Henrique Bezerra, Leigo


A reforma agrária da televisão

Muito dinheiro público rolou nos últimos sete anos para movimentar um notável esquema publicitário
do governo federal sobre as supostas realizações do programa de reforma agrária. Como resultado,
pelo menos até recentemente os brasileiros influenciados pela televisão poderiam acreditar estar em
curso no Brasil um processo revolucionário da estrutura de posse e uso da terra do país. Latifúndio
parecia ser coisa do século XVI. Concentração da propriedade da terra? ''Não passava de fraude
estatística'', justificava o ministro papagaio. Já o presidente FH teve a petulância de anunciar na
Espanha: ''Não temos mais sem-terra, o nosso problema é apenas cuidar para que os três milhões
de trabalhadores assentados se transformem rapidamente em eficientes agricultores
familiares.'' Toda essa ''revolução'' seria graças à generosidade do governo e às forças do
mercado, apoiados pelos sábios conselhos do Banco Mundial, que aplicara os mesmos métodos na
África do Sul, na Guatemala, na Colômbia...Enfim, pelos quatro cantos do mundo se ouviu que o
Brasil experimentava a maior reforma agrária já realizada na face da Terra. Até o Sumo Pontífice foi
visitado algumas vezes para abençoar os responsáveis por essa façanha pacífica, sem
precedentes. Infelizmente, tudo não passava de ficção, que por longos anos tripudiou sobre a
miséria e o abandono a que estão relegados milhões de famílias de trabalhadores rurais deste
país. Agora, há algumas semanas, finalmente a dura realidade veio à tona.

A grande imprensa brasileira resolveu conferir, e acabou confirmando as denúncias das organizações
de trabalhadores e dos próprios funcionários do Incra, mostrando que o tal programa de reforma
agrária não passa de uma fraude política do governo FH.Não vamos reproduzir os dados específicos
da fraude, pois a imprensa já o fez à exaustão. Apenas a título de comprovação cabal da realidade
social dantesca nas áreas rurais, discrepante no todo, do quadro até então pintado pelo governo,
gostaríamos de destacar alguns dados revelados também agora pelo Censo 2000, do IBGE. O censo
mostra que há no meio rural brasileiro 7.460.235 domicílios, dos quais 58,6% apresentam
rendimento mensal de zero até um salário-mínimo, isto é, sobrevivem com renda mensal menor que
US$ 100! E seguramente a maioria deles recebe renda da Previdência Social e não do trabalho
agrícola. Em relação ao analfabetismo, 32,6% dos 28 milhões de crianças da zona rural com idade
acima de 5 anos de idade são ainda analfabetos. Entre as crianças de 5 a 9 anos, a taxa de
analfabetismo é de 65%. Na população rural com 10 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo
é aproximadamente 27%. Entre 45 e 49 anos, é de 37%; entre 55 e 59 anos, 49%; e, na faixa de
65 a 69 anos, o índice de analfabetos é de 56%. No que se refere às condições de infra-estrutura
básica, o Censo 2000 revela que dos 7,4 milhões de domicílios das áreas rurais apenas 18% têm
água encanada; somente 9,5% dispõem de fossa séptica.

Na questão agrária, os dados revelam que entre o último Censo Agropecuário, de 1985, e o de
1996, desapareceram nada menos do que 920 mil estabelecimentos agrícolas com menos de cem
hectares. Já os dados do Incra são ainda mais reveladores do brutal processo de concentração da
propriedade da terra no Brasil. Entre 1992 e 1998, o cadastro registrou que os imóveis acima de dois
mil hectares eram 19.077 em 1992, passaram a ser 27.556, ou seja, aumentou o número de grandes
fazendeiros, e esses no mesmo período acumularam terras, passando o controle total de 121
milhões de hectares para 178 milhões de hectares.

Ou seja: em apenas sete anos, acumularam-se nada menos do que 57 milhões de novos hectares
nas mãos de apenas 27 mil fazendeiros. O que é muito mais concentrador do que os 11 milhões de
hectares distribuídos pelo Incra entre prováveis 350 mil famílias de sem-terra.A realidade do meio
rural revela que na última década continuou a ocorrer uma forte concentração da propriedade da
terra, e não distribuição, como deveria ser numa reforma agrária. E a pobreza e a desigualdade
social aumentaram ainda mais no campo. Já na televisão, tudo continua colorido...

Escito pelos companheiros de Luta, João Pedro Stedile que é


membro da direção nacional do MST e Gerson Teixeira é
presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária.
Especialmente para o nosso Fanzine
América Latina, Dependência e Globalização

Neste texto destacaremos o papel que a América Latina desempenhou como fonte de
acumulação originária para o desenvolvimento do capitalismo na Europa e como as
políticas neoliberais adotadas atualmente aprofundam ainda mais a sua situação de
dependência frente aos capitais internacionais.

A indústria açucareira, implantada na América Latina no período colonial, foi uma das
primeiras indústrias globalizadas. Ela sintetizava elementos produtivos e experiências de três
continentes diversos: a tecnologia e meios de produção advindos da Europa, a terra
americana e a mão de obra africana. As mercadorias produzidas na América Latina
destinavam-se aos mercados europeus. Embora não se tratasse de uma indústria
tipicamente capitalista, pois valia-se da mão de obra escrava, já nascia, contudo,
globalizada.O fato de as economias latino-americanas surgirem voltadas à exportação
impediu a constituição de um significativo mercado interno, de uma economia mercantil
manufatureira e do desenvolvimento pleno de relações capitalistas de produção. Quando se
rompeu a estrutura colonial, efetivou-se um capitalismo dependente, que se apoiava no
setor exportador já existente, o qual gravitava em torno dos centros externos
economicamente dominantes. Até aquele momento, a América Latina havia sido fonte de
excedentes que impulsionaram o desenvolvimento das economias centrais e possuía
estruturas econômico-sociais dependentes, dominadas pelas oligarquias nacionais. Após a
abolição da escravatura e das independências políticas, as economias latino-americanas são
integradas às economias metropolitanas sob a forma de um neocolonialismo. Em outras
palavras o desenvolvimento das nações avançadas é a contraface histórica da dependência
das nações subdesenvolvidas, tanto no período colonial quanto neocolonial. Mesmo com a
adoção de políticas desenvolvimentistas pelos países latino-americanos no século XX,
permaneceu, contudo, esta dependência frente aos países de capitalismo avançado, em
particular, dos Estados Unidos no período do pós-guerra. Tal modelo desenvolvimentista,
equivocadamente, compreendia de modo linear a evolução das sociedades capitalistas,
desconsiderando o binômio dependência-desenvolvimento. A crise deste modelo está
associada ao momento histórico de estagnação econômica verificado na América Latina na
década de 60, quando as propostas desenvolvimentistas eram plenamente implementadas.
Em sua contraposição surgem algumas teorias sobre a dependência, apontando estratégias
distintas para o crescimento econômico periférico (1). Algumas propunham revoluções
políticas que pusessem fim às estruturas seculares de dependência que continuam
beneficiando aos países de capitalismo avançado. Outras defendiam a coordenação, pelo
Estado, da solidariedade entre o capital nacional e internacional que, transformando a
dependência em interdependência, traria progresso ao país, uma vez que o capital
internacional - em razão da internacionalização do mercado interno - passaria a assumir
responsabilidades pelo sucesso econômico de investimentos realizados na periferia. Na
primeira perspectiva alimentou-se o sonho de revoluções armadas ou por vias eleitorais
como condição necessária à emancipação latino-americana. No segundo viés, criticando-se a
própria noção de dependência, alguns teóricos - como Fernando Henrique Cardoso -
argumentaram que "... a 'internacionalização do mercado' solidariza os interesses entre
classes que no momento anterior apareciam como adversas (a burguesia nacional e a
burguesia imperialista e mesmo setores das classes trabalhistas e os monopólios
internacionais, por exemplo).". Por este caminho poder-se-ia promover o desenvolvimento
acentuando-se a interdependência econômica através de uma abertura coordenada pelo
Estado, sem reservas, ao movimento da globalização.

Por Mefisto

FANZINE FILOSOFANDO É UMA PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE DE ESTUDANTES DO CURSODE FILOSOFIA


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