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Macroeconomia I Miguel Lebre de Freitas

CONTABILIDADE NACIONAL

1) Conceitos Básicos

O que é a CN?

A contabilidade nacional é uma técnica que tem por objectivo medir a atividade
económica de um país nas suas diversas vertentes. Funciona como um instrumento de
análise da situação económica, de quantificação dos objectivos de política económica e
de controlo do modo como as metas económicas vão sendo cumpridas.

Variáveis fluxo e variáveis stock

As variáveis fluxo medem-se ao longo de um período de tempo (ex: rendimento,


deficit) e distinguem-se das variáveis stock que se medem num determinado momento
do tempo (riqueza, dívida). A CN mede essencialmente fluxos.

Deflator

O deflator é um índice agregado de preços (do tipo índice de Paasche) que


permite obter a variação do nível de preços entre o ano base e o ano corrente.

Preços correntes e preços constantes

Os valores podem exprimir-se a preços correntes ou a preços constantes. A


valorização diz-se a preços correntes quando toma por referência os preços desse
mesmo ano. Quando a valorização é efectuada com base em preços de um outro ano,
diz-se a preços constantes desse outro ano. Uma série de valores a preços constantes
procura refletir variações nas quantidades (reais). Uma série de valores a preços
correntes (nominal) reflete variações de preços e de quantidades.

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2) Critérios de valorização do produto

2.1) agregados líquidos e brutos:

Ib = Il + Am

PB = PL + Am

Amortizações correspondem ao consumo de capital fixo, isto é, a depreciação


sofrida no decurso do período considerado pelos bens de equipamento cuja utilização se
reparte por vários períodos.

Atenção: Às vezes, usa-se o termo “líquido” para referir uma diferença, como por
exemplo: exportações líquidas (X-M); impostos diretos líquidos de subsídios; Salários
líquidos (de impostos).

2.2) delimitação da atividade económica:

Interno – produto gerado dentro de fronteiras geográficas.

Nacional – produto gerado pelos residentes do país.

Residente – é o individuo que habita no país há mais de um ano.

PN = PI + REX

REX = Rend. Recebidos Exterior - Rend. Pagos Exterior (corresponde ao saldo


da balança de rendimentos, componente da balança de pagamentos)

Ex:

i) o Sr. Carlos, que é residente em Portugal, e vai fazer vindimas em


França durante o mês de Setembro, contribui com o seu salário para o produto interno
francês e para o produto nacional português;

ii) o Sr. Klaus, que é residente na Alemanha, é titular de certificados de


aforro portugueses, contribui com os juros para o produto interno português, mas não
para o produto nacional português.

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2.3) Preços de mercado versus custo de factores:

PIBpm = PIBcf + (Ti – Z)

3) Ópticas de medição do produto

A medição do produto pode ser feita por 3 ópticas diferentes: óptica do produto, a
óptica do rendimento e a óptica da despesa.

3.1) Óptica do Valor Acrescentado

Σ VABcf = PIBcf

Valor acrescentado é a diferença entre o valor dos bens e serviços produzidos num
dado período (produção) e o valor dos bens e serviços correntes consumidos no mesmo
período (consumo intermédio) por uma unidade, ramo ou sector.

3.2) Óptica da despesa

DI = PIBpm = C + G + Ib + X – M (Quadro II.3.1 do B.Portugal)

em que,

Ib = FBCF + ΔE

FBCF = FBCFp + FBCFg

Conceitos:

Procura interna (Absorção): A= C + G + Ib

Procura externa: X

Consumo Público: G = Vencimentos maos consumos intermédios

FBCF – é o valor dos bens duradouros adquiridos para serem utilizados por um
período superior a um ano.

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ΔE – é a diferença entre as entradas e saídas de existências, no decurso de um


ano.

3.3) Óptica do rendimento

Rendimento Nacional (RN)

RI = PILcf = Wb +SSe +Jb +Rb +Lb

Em que Wb + SSe são as remunerações do trabalho e Jb +Rb +Lb representam as


remunerações do capital a que também se chama Excedente Bruto de Exploração
(EBE).

RN = PNLcf = RI+REX

O RN é uma medida de atividade económica. Traduz o nível de utilização da


capacidade produtiva do país. É calculado pela soma das remunerações pagas pelos
empregadores dos factores produtivos (e não das auferidas pelos detentores), por forma
a captar a produtividade. Por isso, usam-se as remunerações antes de impostos. Aos
salários brutos soma-se a segurança social paga pelas empresas, porque o que se
pretende é avaliar as despesas efectuadas com o pessoal.

Por vezes, nas estatísticas oficiais aparece o Excedente Bruto de Exploração


(EBE):

EBE= Jb + Rb + Lb +Am

Quando assim é, o quadro do RN toma a forma:

RN (bruto) = Wb + SSe + EBE + REX

Outro conceito relevante é o de Rendimento da Propriedade e da Empresa (REP):

REP = EBE +REX

RN (bruto) = Wb + SSe + REP

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4) Rendimento disponível

4.1) Do Sector privado

Rendimento disponível do sector privado obtém-se da seguinte forma:

RDp = RN – Td – SS + Jdp + Trgf + Trxf – REPg,

= Wb +SSe +Jb +Rb +Lb + REX – Td – SS + Jdp + Trgf + Trxf – REPg

= Wb - SSf +Jb +Rb +Lb+ REX – Td + Jdp + Trgf + Trxf – REPg

= Wl + Jl + Rl +Ll + REX + Jdp + Trgf + Trxf - REPg

em que REPg é o rendimento da empresa e da propriedade do governo, SS = SSe


+ SSf e Trxf são correntes e líquidas (saldo).

O rendimento disponível do sector privado tem os seguintes usos:

RDp = C + Sp

As transferências correspondem a um movimento monetário que não é


contrapartida de bem ou serviço (ex: as pensões de reforma). São rendimento, mas
como não remuneram factores fazem parte do rendimento nacional.

Os Jdp são uma fonte de rendimento mas não são considerados no cálculo do
rendimento nacional pois a dívida pública não é considerada produtiva. Por isso, os JdP
são tratados como transferência.

4.2) Dos Particulares

Rendimento disponível dos particulares:

RDf = RDp – Se = Wb +SSe+ REP – Td - SS+ Jdp + Trgf + Tr xf – REPg - Se

= Wl + Jl + Rl + Ll + Jdp + Trgf + Trxf + Jdp +REX –REPg-Se

= Wl + Jl + Rl +Div + Jdp + Trgf + Trxf + REX – REPg

Sf = RDf – C = Sp - Se

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Ll = Se + Div

Div = Ll - Se

Repare-se que o lucro bruto pode ser decomposto em

Lb = Ll + Tde = Se + Div + Tde.

Tde=Impostos directos sobre as empresas (IRC)

Se= Poupança das empresas (lucros retidos)

4.3) Do Sector Público

RDg= G+ Sg

Em que

Poupança do Sector Público = Receitas correntes – Despesas correntes

Sg = Td + Ti + SS + Trxg + REPg - G – Z – Jdp – Trgf

RDg = G+ Td + Ti + SS + Trxg + REPg - G – Z – Jdp – Trgf

= Td + Ti + SS + Trxg + REPg – Z – Jdp – Trgf

4.4) Da Nação

RDn = RDp + RDg

= Wb +SSe+ REP – Td - SS+ Jdp + Trgf + Tr xf – REPg +

+ Td + Ti + SS + Trxg + REPg – Z – Jdp – Trgf

= PNLcf + Ti – Z + Trxf + Trxg

= PNLpm + Trxf + Trxg

= PNLpm + Trx

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Outra forma de olhar para o rendimento disponível da nação é partir da óptica da


despesa:

PIBpm = C + G + Ib + X – M = A + X-M

A= C + G + Ib (procura interna)

O PIBpm mede a produção dentro das fronteiras geográficas e é igual à soma da


procura interna com a balança de bens e serviços

Se ao PIBpm acrescentarmos o REX, ficamos com uma medida da produção


nacional (critério da residência):

PNBpm= A + X-M + REX

Para chegarmos ao rendimento disponível (aquilo que temos disponível para


gastar), temos que acrescentar as transferências do exterior e retirar as amortizações,
que representam as perdas pela erosão do capital. Assim:

RDn =PNBpm+ Trx –Am=

= A + (X-M + REX + Trx )–Am

=A+BCC-Am

4.5) Do exterior

balança corrente e de capital =simétrico da poupança externa)

BCC= - Sx = X – M + REX + Trxg + Trxf

Balança de bens e serviços = X – M.

REX= Balança de rendimentos

Trxg + Trxf= Balança de transferências unilaterais

BBC = Balança corrente + balança de capital

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5) Identidade fundamental :

Considerando as poupanças de cada sector vem

Sg = Td + Ti + SS + Trxg - G– Z – Jdp - Trgf + REPg

Sp = Wb+SSe +Jb + Rb + Lb + Trgf + Trxf + Jdp + REX – REPg – C– Td -SS

Sx = M – X – REX - Trx

Somando as poupanças tem-se,

Sg + Sp + Sx = Ti – Z – G + PILcf +(Ti – Z + REX) – C + M – X – (Ti - Z + REX)

= PNLpm – G– C + M – X – REX

= PILpm – ( C + G + X – M + Ib - Ib)

= PILpm – (PIBpm – Ib)

= Am + Ib

Sg + Sp + Sx +Am=Ib

O somatório das poupanças é igual ao investimento bruto.

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