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Terra de ninguém 235
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HQRÂCIO DE A L M E I D A
MEMÓRIAS DE UM MUNICÍPIO
M I N I S T É R I O DA EDUCAÇÃO E CULTURA
SERVIÇO DE DOCVMENT4Ç30
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C3 f
Numa conferência produzida em 2944, no Teatro Mi-
nerva, Celso Mariz soltou o boato de que eu tinha em pre-
paro a história de Areia. Em verdade, não despertei para
o assunto senão Í2 anos depois, e'm 1956, quando dei início
ao presente trabalho. Por curiosa coincidência, o prognós-
tico veio a ter confirmação, mas quando foi veiculado ca-
recia em absoluto de fundamento.
Nos tempos de minha mocidade, em Areia, andei co-
lhendo notas esparsas para regalo e curiosidade do meu
espírito, sem a menor intenção de aproveitar esses elemen-
tos informativos em livro, ultimamente, quando me lancei
ao trabalho, era tarde de mais para refrescar a memória.
0$ velhos, que sabiam de muita coisa do passado, morre-
ram. Os moços, que tomaram o seu lugar, já agora na
casa dos setenta, ignoram, via de regra, quem foram seus
avós. De arquivo público nem é bom falar. O livro de
tombo da paróquia levou fim, da mesma forma como desa-
pareceu o histórico livro de atas da Câmara Municipal. Por
outro lado, nenhum registro houve sobre a infância de
Areia, na fase colonial, a não ser nas duas primeiras déca-
das do século XIX, isso mesmo em traços vtígos e informes.
Não foi sem esforço que procurei levar a cabo a tarefa
a que voluntariamente me impus. Mas sinto-me recompen-
sado porque em muitos capítulos pude dizer alguma coisa
nova, mostrando aspectos de vida não revelados até hoje.
Noutros, há o restabelecimento de quadros históricosf que
se apresentavam deformados por interpretações inverídi-
cas que, de tão repetidas, já haviam adquirido cunho de
autenticidade.
4—
H. DE A.
Á cidades que não têm história, cidades humil-
des, onde nada acontece digno de menção.
Nascem e vivem como indivíduos que apenas
aspiram um lugar ao sol. Outras há que ti-
veram fastígio e depois agonizam. A este
grupo pertence Areia, ao grupo das cida-
dês que se exauriram num passado de lutas e glórias, sem
mais força no presente para deixar tradição ao futuro.
Não se sabe ao certo quando teve começo a cidade de
Areia, Tudo indica, entretanto, que foi do fim do século 17
para principio do 18, podendo situar-se o fato ao redor do
ano 1700.
A própria capital da Paraíba, fundada a 5 de agosto
de 1585, quando foi firmada a paz entre portugueses e ta-
bajaras, teve uma infância retardada pela complexidade
de fatôres que lhe prejudicavam o crescimento. Com ses-
senta anos de existência era ainda uma aldeia mediocre, cuja
expansão para o interior ficava circunscrita aos limites da
várzea do Paraíba, dada a escassez do elemento humano,
insuficiente para a tarefa pesada das primeiras fundações
agrícolas. C)
A população que ocupava o litoral ia, pouco a pouco,
penetrando o interior, e não havia ainda ultrapassado a
serra da Cupaóba, nas nascentes do Camaratuha, quando
ocorreu a invasão holandesa, que retardou de muito a obra
C1} Já havia, na época, 18 engenhos de açúcar em toda a várzea
do Paraíba.
7
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J- '
86
que
Pouco a pouco, sua influência foi crescendo e não tardou
cm tornar-se tão grande que os presos da cadeia, quando
saiam a fazer faxina, suplicavam pelas ruas da cidade:
ssS^T""*
— 93 —
("0 Era 1824, tanto Ole como seu filho Daniol subscreviam a
histórica ata de 3 do abril, <em virtude da qual o Senado da Câmara
de Areia protestava contra o golpe de Podro I, dissolvendo a Cons-
tituinte Nacional a 12 do novembro de 1823.
— 193 —
J .-.-
253
J. *
— 254 —
L
— 277 —
L
— 281 —
E o coro bailando;
Vamos ao Rosário
Festejar Maria!
Fe'steja, festeja
Com muita alegria!
Festeja, festeja
Com muita alegria!
Vamos ao Rosário
Festejar Maria!
Penera, penera
Penera o milho!
Ê de ponta de pé
Fugi calcanhar!
Senhor farínheiro
Vou me deitar
ô bamba!
É muito angora
E muito angorei!
22 muito angora
Ô bambai
E muito angorei!
Quando for a hora
Mande-me acordar
ô bamba!
Senhora Rainha
Berço de sardinha
ô bamba!
E muito angoreU
Hoje está na sala
Amanhã na cozinha
ô bambai
E muito angoreil
Senhora Rainha
Berço de aguidar
ô bamba!
E muito angorei!
Hoje está na sala
Amanhã no quintal
ô bambai
22 muito angora, muito angora
E muito angorei
Ô bamba!
Muito angorei!