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o 219 — 22-9-1998
tuguesa e a República Federativa do Brasil sobre as Portugal é parte nesta Convenção, que foi aprovada,
Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, assi- para ratificação, pela Resolução da Assembleia da
nado em Brasília em 7 de Maio de 1991, aprovado pelo República n.o 20/94, publicada no Diário da República,
Decreto do Governo n.o 24/92, publicado no Diário da 1.a série-A, n.o 104, de 5 de Maio de 1994, tendo rati-
República, 1.a série-A, n.o 93, de 21 de Abril de 1992. ficado a Convenção pelo Decreto do Presidente da
Direcção-Geral das Relações Bilaterais, 2 de Setem- República n.o 22/94, de 5 de Maio, publicado no Diário
bro de 1998. — O Director-Geral, João Manuel Guerra da República, 1.a série-A, n.o 104, de 5 de Maio de 1994.
Salgueiro. O Secretário-Geral das Nações Unidas, agindo na sua
qualidade de depositário, comunicou que foi tomada
devida nota de que a data de sucessão é 17 de Novembro
Aviso n.o 165/98 de 1991, altura em que a antiga República Jugoslava
Por ordem superior se faz público que, segundo comu- da Macedónia assumiu a responsabilidade pelas suas
nicação do Secretário-Geral das Nações Unidas de 31 relações internacionais.
de Julho de 1998, o Governo Francês depositou, em
30 de Junho de 1998, o instrumento de aprovação à Direcção-Geral dos Assuntos Multilaterais, 2 de
Convenção sobre a Protecção e Utilização de Cursos Setembro de 1998. — O Director de Serviços das Orga-
de Água Transfronteiriços e Lagos Internacionais, con- nizações Políticas Internacionais, João José Gomes Cae-
cluída em Helsínquia em 17 de Março de 1992. tano da Silva.
A referida Convenção foi aprovada, para ratificação,
por Portugal nos termos do Decreto n.o 22/94, publicado
no Diário da República, 1.a série-A, n.o 171, de 26 de
Julho de 1994, tendo sido depositado o correspondente MINISTÉRIO DA ECONOMIA
instrumento em 12 de Dezembro de 1994, conforme
aviso n.o 46/95, publicado no Diário da República,
1.a série-A, n.o 34, de 9 de Fevereiro de 1995. A Con- Decreto-Lei n.o 295/98
venção entrou em vigor, relativamente a Portugal, em
6 de Outubro de 1996. de 22 de Setembro
2.4.4 — Os ascensores que utilizam rodas de aderên- c) No entanto, são admitidos os movimentos da
cia devem ser concebidos de forma que a estabilidade cabina ao nível do patamar com as portas aber-
dos cabos de tracção sobre a roda esteja garantida. tas, em zonas definidas, desde que a velocidade
2.5 — Máquina: de renivelamento seja controlada.
2.5.1 — Cada ascensor de pessoas deve possuir uma
máquina própria. Este requisito não se aplica aos ascen- 4 — Riscos para as pessoas no interior da cabina:
sores em que o contrapeso é substituído por uma 4.1 — As cabinas dos ascensores devem ser comple-
segunda cabina. tamente fechadas por paredes cheias, incluindo pavi-
2.5.2 — O instalador do ascensor deve assegurar-se mentos e tectos, com excepção dos orifícios de ven-
de que a máquina e os dispositivos associados de um tilação, e ser equipadas com portas cheias. As portas
ascensor não estejam acessíveis, excepto para a manu- das cabinas devem ser concebidas e instaladas de forma
tenção e casos de emergência. que a cabina não possa mover-se, a não ser para os
2.6 — Órgãos de comando: movimentos de reacerto referidos no terceiro parágrafo
2.6.1 — Os órgãos de comando dos ascensores des- do n.o 3.3, se as portas não estiverem fechadas e se
tinados a utilização por pessoas deficientes não acom- imobilize em caso de abertura das portas.
panhadas devem ser concebidos e dispostos de modo As portas das cabinas devem permanecer fechadas
adequado. e encravadas em caso de paragem entre dois pisos se
2.6.2 — As funções dos órgãos de comando devem existir risco de queda entre a cabina e a caixa do ascensor
ser claramente assinaladas. ou se o ascensor não tiver caixa.
2.6.3 — Os circuitos de chamada de uma bateria de 4.2 — O ascensor deve estar equipado com disposi-
ascensores podem ser comuns ou interconectados. tivos destinados a impedir a queda livre ou movimentos
2.6.4 — O equipamento eléctrico deve ser instalado ascendentes incontrolados da cabina em caso de falha
e ligado de forma que: de alimentação de energia ou de avaria de um com-
ponente.
a) Fique excluída qualquer confusão com circuitos O dispositivo que impede a queda livre da cabina
que não façam parte do ascensor; deve ser independente dos dispositivos de suspensão
b) A alimentação de energia possa ser comutada da cabina.
em carga; Esse dispositivo deve ser capaz de fazer parar a cabina
c) Os movimentos do ascensor dependam de dis- com a sua carga nominal e à velocidade máxima prevista
positivos eléctricos de segurança constituindo pelo instalador do ascensor. A paragem devido à acção
um circuito próprio; desse dispositivo não deve provocar uma desaceleração
d) Uma falha da instalação eléctrica não provoque perigosa para os ocupantes em todos os casos de carga.
uma situação perigosa. 4.3 — Entre o fundo do poço do ascensor e a estrutura
inferior da cabina devem ser instalados amortecedores.
Neste caso, o espaço livre referido no n.o 3.2 deve
3 — Riscos para as pessoas no exterior da cabina: ser medido com os amortecedores completamente
3.1 — Os ascensores devem ser concebidos e fabri- comprimidos.
cados de forma que seja impedido o acesso ao espaço Este requisito não se aplica aos ascensores cuja
percorrido pela cabina, excepto para a manutenção e cabina, devido à concepção do sistema de tracção, não
em casos de emergência. Antes de ser possível penetrar possa entrar no espaço livre previsto no n.o 3.2.
nesse espaço do ascensor deverá ser impossibilitada a 4.4 — Os ascensores devem ser concebidos e fabri-
utilização normal do ascensor. cados de forma a não poderem ser postos em movimento
3.2 — Os ascensores devem ser concebidos e fabri- se o dispositivo previsto no n.o 4.2 não se encontrar
cados de forma a impedir o risco de esmagamento em posição operacional.
quando a cabina se encontrar numa das suas posições 5 — Outros riscos:
extremas. 5.1 — Quando forem de funcionamento automático,
Este objectivo é atingido pela existência de um espaço as portas de patamar, as portas das cabinas ou ambas
livre ou de um refúgio para lá das posições extremas. devem ser equipadas com um dispositivo que evite o
No entanto, em casos excepcionais, nomeadamente risco de esmagamento durante a sua movimentação.
em edifícios existentes, quando a solução precedente 5.2 — As portas de patamar, sempre que devam con-
for impossível de realizar, poderão prever-se outros tribuir para a protecção do edifício contra incêndios,
meios adequados para evitar este risco, mediante auto- incluindo as que contêm partes envidraçadas, devem
rização prévia da fiscalização do Governo. oferecer uma resistência ao fogo adequada, caracteri-
3.3 — Os níveis de entrada e de saída da cabina devem zada pela sua integridade e pelas suas propriedades de
ser equipados com portas de patamar que apresentem isolamento (não propagação das chamas) e de trans-
uma resistência mecânica suficiente em função das con- missão de calor (radiação térmica).
dições de utilização previstas. 5.3 — Os eventuais contrapesos devem ser instalados
O dispositivo de encravamento deve, em funciona- de forma a evitar qualquer risco de colisão com a cabina
mento normal, impossibilitar: ou de queda sobre esta.
5.4 — Os ascensores devem ser equipados com meios
a) O movimento da cabina, comandado ou não, que permitam libertar e evacuar as pessoas retidas na
se não estiverem fechadas e encravadas todas cabina.
as portas de patamar; 5.5 — As cabinas devem ser equipadas com meios de
b) A abertura de uma porta de patamar, se a cabina comunicação bidireccionais que permitam obter uma
estiver ainda em movimento e fora da zona de ligação permanente com um serviço de intervenção
desencravamento do patamar de destino; rápida.
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5.6 — Os ascensores devem ser concebidos e fabri- disso, o nome e o endereço completos do seu
cados de forma que, caso seja ultrapassada na casa da mandatário estabelecido na Comunidade;
máquina a temperatura máxima prevista pelo instalador b) A descrição do componente de segurança, a
do ascensor, possam terminar os movimentos em curso designação do tipo ou da série e o número de
mas recusem novas ordens de comando. série, se existir;
5.7 — As cabinas devem ser concebidas e fabricadas c) A função de segurança do componente de segu-
de forma a assegurar uma ventilação suficiente aos pas- rança, no caso de não ser possível deduzi-la cla-
sageiros, mesmo em caso de paragem prolongada. ramente da descrição;
5.8 — Sempre que a cabina esteja a ser utilizada ou
tenha uma porta aberta, deve existir nela iluminação d) O ano de fabrico do componente de segurança;
suficiente, devendo igualmente prever-se uma ilumina- e) Todos os requisitos pertinentes preenchidos
ção de emergência. pelo componente de segurança;
5.9 — Os meios de comunicação previstos no n.o 5.5 f) Se for caso disso, a referência às normas har-
e a iluminação de emergência prevista no n.o 5.8 devem monizadas utilizadas;
ser concebidos e fabricados de forma a poderem fun- g) Se for caso disso, a designação, o endereço e
cionar mesmo na falta de uma fonte normal de abas- o número de identificação do organismo noti-
tecimento de energia. O tempo de funcionamento autó- ficado que efectuou o exame CE de tipo;
nomo dos mesmos deve ser suficiente para permitir a h) Se for caso disso, a referência do certificado
intervenção normal dos socorros. CE de tipo emitido pelo organismo notificado;
5.10 — O circuito de comando dos ascensores utili- i) Se for caso disso, a designação, o endereço e
záveis em caso de incêndio deve ser concebido e fabri- o número de identificação do organismo noti-
cado de modo que se possa impedir o acesso a deter- ficado que efectuou os controlos de produção;
minados níveis e a permitir o controlo prioritário do j) Se for caso disso, a designação, o endereço e
ascensor pelas equipas de socorro.
o número de identificação do organismo noti-
6 — Marcação:
6.1 — Para além das indicações mínimas requeridas ficado que controlou o sistema de garantia de
para qualquer máquina em conformidade com o n.o 1.7.3 qualidade utilizado pelo fabricante;
do anexo I da Directiva n.o 89/392/CEE, cada cabina l) A identificação da entidade que foi mandatada
deve possuir uma chapa bem visível que indique cla- para contratar o fabricante dos componentes
ramente a carga nominal, em quilogramas, e o número de segurança ou o mandatário deste último esta-
máximo de pessoas autorizado. belecido na Comunidade.
6.2 — Se o aparelho for concebido por forma que
as pessoas retidas na cabina possam libertar-se sem auxí-
lio do exterior, as instruções para o efeito devem ser 2 — Para os ascensores instalados a declaração CE
claras e visíveis no interior da cabina. de conformidade deve ser redigida à máquina ou em
7 — Instruções de utilização: letra de imprensa, em português, e incluir os seguintes
7.1 — Os componentes de segurança referidos no elementos:
anexo IV devem ser acompanhados de um manual de
instruções redigido em língua portuguesa, de forma que: a) O nome e o endereço completos do instalador
do ascensor;
a) A montagem;
b) A ligação; b) A descrição do ascensor, a designação do tipo
c) A afinação; ou da série, o número de série e o endereço
d) A manutenção; onde foi montado o ascensor;
c) O ano de instalação do ascensor;
se possam efectuar eficazmente e sem riscos. d) Todos os requisitos pertinentes preenchidos
7.2 — Cada ascensor deve ser acompanhado de docu- pelo ascensor;
mentação redigida em língua portuguesa, compreen- e) Se for caso disso, a referência às normas har-
dendo, no mínimo: monizadas utilizadas;
a) Um manual de instruções com os desenhos e f) Se for caso disso, a designação, o endereço e
esquemas necessários para a utilização corrente, o número de identificação do organismo noti-
assim como para a manutenção, a inspecção, ficado que efectuou o exame CE de tipo do
a reparação, as verificações periódicas e as modelo do ascensor;
manobras de socorro indicadas no n.o 5.4; g) Se for caso disso, a referência do certificado
b) Um livro de registo no qual as reparações e, CE de tipo;
eventualmente, as verificações periódicas pos- h) Se for caso disso, a designação, o endereço e
sam ser anotadas. o número de identificação do organismo noti-
ficado que efectuou a verificação do ascensor;
ANEXO II i) Se for caso disso, a designação, o endereço e
Conteúdo da declaração CE de conformidade
o número de identificação do organismo noti-
ficado que efectuou o controlo final do ascensor;
1 — Para os componentes de segurança a declaração j) Se for caso disso, a designação, o endereço e
CE de conformidade deve ser redigida à máquina ou o número de identificação do organismo noti-
em letra de imprensa, em português, e incluir os seguin- ficado que controlou o sistema de garantia de
tes elementos: qualidade utilizado pelo instalador;
a) O nome e o endereço completos do fabricante l) A identificação do signatário que foi mandatado
dos componentes de segurança ou, se for caso para contratar o instalador do ascensor.
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da documentação técnica e dos registos dos exames, Esses controlos e ensaios consistirão, nomeadamente,
cálculos ou ensaios efectuados. no seguinte:
Se se recusar a emitir um certificado de exame CE
a) Exame da documentação para verificar se o
de tipo ao fabricante, o organismo notificado funda-
ascensor está conforme com o ascensor modelo
mentará pormenorizadamente essa recusa. Deve estar
aprovado nos termos do n.o 2 do anexo V;
previsto um procedimento de recurso.
b) Funcionamento do ascensor sem carga e com
2.6 — O instalador do ascensor informará o orga- a carga máxima, para comprovar a boa mon-
nismo notificado de todas as modificações, ainda que tagem e o bom funcionamento dos dispositivos
não significativas, introduzidas ou que preveja introduzir de segurança (fins de curso, encravamentos,
no ascensor aprovado, incluindo novas extensões ou etc.);
variantes não previstas na documentação técnica inicial c) Funcionamento do ascensor com a carga máxima
(ver a primeira alínea do n.o 2.3). O organismo noti- e sem carga para comprovar o bom funciona-
ficado deve examinar essas modificações e informar o mento dos dispositivos de segurança em caso
requerente se o certificado de exame CE de tipo con- de falta de energia;
tinua válido ou, se o julgar necessário, emitir um adi- d) Ensaio estático com uma carga igual a 1,25 vezes
tamento ao certificado inicial de exame CE de tipo ou a carga nominal. A carga nominal é a referida
exigir que seja apresentado novo requerimento. no n.o 6 do anexo I.
2.7 — Cada organismo notificado comunicará aos
Estados membros as informações úteis relativas aos: Na sequência destes ensaios, o organismo notificado
deve certificar-se de que não ocorreram deformações
a) Certificados de exame CE de tipo que emitiu; ou deteriorações susceptíveis de comprometer a utili-
b) Certificados de exame CE de tipo que retirou. zação do ascensor.
5 — O organismo notificado deve receber documen-
Além disso, cada organismo notificado comunicará tação constituída pelos seguintes elementos:
aos outros organismos notificados todas as informações
a) Desenho de conjunto do ascensor;
úteis relativas aos certificados de exame CE de tipo
b) Desenhos e esquemas necessários para o con-
que tiver retirado.
trolo final, nomeadamente esquemas dos cir-
2.8 — Os certificados de exame CE de tipo, a docu- cuitos de comando;
mentação e a correspondência respeitantes aos proce- c) Um exemplar do manual de instruções referido
dimentos do exame CE de tipo serão redigidos em do n.o 7.2 do anexo I.
português.
2.9 — O instalador do ascensor deve conservar, com O organismo notificado não pode exigir desenhos de
a documentação técnica, uma cópia dos certificados de pormenor ou informações concretas que não sejam
exame CE de tipo e dos respectivos aditamentos, necessários para verificar a conformidade do ascensor
durante um prazo de 10 anos a contar da última data que vai ser colocado no mercado com o ascensor modelo
de fabrico do ascensor conforme com o ascensor modelo. descrito na declaração de exame CE de tipo.
6 — Se o ascensor satisfazer o disposto na directiva,
ANEXO VI o organismo notificado aporá ou mandará apor o seu
número de identificação ao lado da marcação CE, de
Controlo final acordo com o anexo III, e emitirá um certificado de
controlo final indicando os controlos e ensaios efec-
1 — O controlo final é o procedimento pelo qual tuados.
o instalador de um ascensor que satisfaz as obrigações O organismo notificado preencherá as páginas cor-
do número seguinte garante e declara que o ascensor respondentes do livro de registo referido do n.o 7.2 do
colocado no mercado satisfaz os requisitos da directiva. anexo I.
O instalador do ascensor apõe a marcação CE na cabina Se se recusar a emitir o certificado de controlo final,
de cada ascensor e emite uma declaração CE de o organismo notificado deverá fundamentar pormeno-
conformidade. rizadamente essa recusa e indicar os meios para obter
2 — O instalador do ascensor tomará todas as medi- a homologação. Quando o instalador do ascensor reque-
das necessárias para que o ascensor que vai ser colocado rer novamente o controlo final, deve fazê-lo ao mesmo
no mercado está conforme com o ascensor modelo organismo notificado.
descrito no certificado de exame CE de tipo e com os 7 — O certificado de controlo final, a documentação
requisitos essenciais de segurança e de saúde que lhe e a correspondência respeitantes aos processos de homo-
são aplicáveis. logação serão redigidos em português
3 — O instalador do ascensor deve conservar uma
cópia da declaração CE de conformidade e do certi- ANEXO VII
ficado de controlo final referido no n.o 6 durante um
prazo de 10 anos a contar da data de colocação do Critérios mínimos que devem ser tomados em consideração
pelos Estados membros para a notificação dos organismos
ascensor no mercado.
4 — O controlo final do ascensor que vai ser colocado 1 — O organismo, o seu director e o pessoal encar-
no mercado será efectuado ou mandado efectuar por regado de executar as operações de verificação não
um organismo notificado escolhido pelo instalador do podem ser nem o responsável pela concepção, nem o
ascensor. Serão efectuados o controlo e os ensaios ade- fabricante, nem o fornecedor, nem o fabricante dos com-
quados definidos na ou nas normas aplicáveis, ou os ponentes de segurança, nem o instalador dos ascensores
ensaios equivalentes, para verificar a conformidade do objecto de controlo, nem o mandatário de nenhuma
ascensor com os requisitos correspondentes da directiva. destas pessoas. Do mesmo modo, o organismo, o seu
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director e o pessoal responsável pela vigilância dos sis- deve ser acompanhada do número de identificação do
temas de garantia de qualidade não podem ser nem organismo notificado responsável pela vigilância refe-
o responsável pela concepção, nem o fabricante, nem rida no n.o 4.
o fornecedor, nem o fabricante dos componentes de 2 — O fabricante deve aplicar um sistema de garantia
segurança, nem o instalador dos ascensores objecto de de qualidade aprovado para o controlo final do com-
controlo, nem o mandatário de nenhuma destas partes. ponente de segurança e para os ensaios, tal como indi-
Nenhum deles pode intervir, nem directamente nem cado no n.o 3, e fica sujeito à vigilância referida no
como mandatário, na concepção, fabrico, comercializa- n.o 4.
ção ou manutenção dos componentes de segurança ou 3 — Sistema de garantia de qualidade:
na instalação dos ascensores. Isto não exclui a possi- 3.1 — O fabricante do componente de segurança deve
bilidade de uma troca de informações técnicas entre requerer a um organismo notificado da sua escolha a
o fabricante dos componentes de segurança ou o ins- avaliação do seu sistema de garantia de qualidade para
talador do ascensor e o organismo. os componentes de segurança em questão.
2 — O organismo e o pessoal encarregado do controlo O requerimento deve incluir:
devem executar as operações de controlo ou vigilância a) Todas as informações adequadas sobre os com-
com a maior integridade profissional e a maior com- ponentes de segurança em questão;
petência técnica, e devem estar livres de quaisquer pres- b) A documentação relativa ao sistema de garantia
sões e incentivos, nomeadamente de ordem financeira, de qualidade;
em especial provenientes de pessoas ou grupos de pes- c) A documentação técnica relativa aos componen-
soas interessadas nos resultados do controlo ou da vigi- tes de segurança aprovados e uma cópia dos
lância, que possam influenciar o seu julgamento ou os certificados de exame CE de tipo.
resultados do seu controlo.
3 — O organismo deve dispor de pessoal e possuir 3.2 — No âmbito do sistema de garantia de qualidade,
os meios necessários para cumprir de modo adequado cada componente de segurança deve ser analisado,
as tarefas técnicas e administrativas ligadas à execução sendo efectuados os ensaios adequados, definidos nas
dos controlos ou da vigilância; deve igualmente ter normas aplicáveis, ou os ensaios equivalentes, para veri-
acesso ao material necessário para as verificações ficar a sua conformidade com os requisitos correspon-
excepcionais. dentes da directiva.
4 — O pessoal encarregado dos controlos deve pos- Todos os elementos, requisitos e disposições adop-
suir: tados pelo fabricante dos componentes de segurança
a) Uma boa formação técnica e profissional; devem constar de uma documentação mantida de modo
b) Um conhecimento satisfatório das disposições sistemático e racional, sob a forma de medidas, pro-
relativas aos controlos efectuados e uma prática cedimentos e instruções escritas. Esta documentação
suficiente desses controlos; sobre o sistema de garantia de qualidade deve permitir
c) A aptidão requerida para redigir os certificados, uma interpretação uniforme dos programas, desenhos,
os registos e os relatórios que constituem mate- manuais e registos de qualidade.
rialização dos controlos efectuados. Essa documentação deve conter, em especial, uma
descrição adequada:
5 — Deve ser garantida a independência do pessoal a) Dos objectivos de qualidade;
encarregado do controlo. A remuneração de cada agente b) Do organigrama das responsabilidades dos qua-
não deve ser função do número de controlos que efec- dros e dos seus poderes em matéria da qualidade
tuar nem dos resultados desses controlos. dos componentes de segurança;
6 — O organismo deve subscrever um seguro de res- c) Dos controlos e ensaios efectuados depois do
ponsabilidade civil de valor a fixar anualmente. fabrico;
7 — O pessoal do organismo está sujeito a segredo d) Dos meios para verificação da eficácia do fun-
profissional no referente a todas as informações rela- cionamento do sistema de garantia de qua-
cionadas com o exercício das suas funções, excepto rela- lidade;
tivamente às autoridades administrativas competentes. e) Dos registos de qualidade, tais como os rela-
tórios de inspecção, os dados de ensaios e de
ANEXO VIII calibragem, os relatórios sobre a qualificação
Componentes de segurança — garantia de qualidade
do pessoal envolvido, etc.
dos produtos (módulo E)
3.3 — O organismo notificado avaliará o sistema de
1 — A garantia de qualidade dos produtos é o pro- garantia de qualidade para determinar se satisfaz os
cedimento pelo qual o fabricante do componente de requisitos referidos no n.o 3.2. Partirá do princípio de
segurança ou seu mandatário estabelecido na Comu- que são conformes com estes requisitos os sistemas de
nidade que satisfaz as obrigações do número seguinte garantia de qualidade que apliquem a norma harmo-
garante e declara que os componentes de segurança nizada correspondente, NP EN ISO 9003, completada,
estão conformes com o tipo descrito no certificado de se necessário, por forma a ter em conta a especificidade
exame CE de tipo e preenchem os requisitos da directiva dos componentes de segurança.
que lhes são aplicáveis e que o componente de segurança O grupo de auditores incluirá, pelo menos, um mem-
permitirá a qualquer ascensor em que seja correcta- bro que tenha experiência na avaliação da tecnologia
mente montado satisfazer o disposto na directiva. dos aparelhos de elevação. O processo de avaliação
O fabricante do componente de segurança, ou o seu incluirá uma visita às instalações do fabricante dos com-
mandatário estabelecido na Comunidade, aporá a mar- ponentes de segurança.
cação CE em cada componente de segurança e emitirá A decisão deverá ser notificada ao fabricante dos com-
uma declaração CE de conformidade. A marcação CE ponentes de segurança. Esta notificação incluirá as con-
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e) Dos controlos e ensaios que serão efectuados os dados de ensaios e de calibragem, os rela-
antes, durante e depois do fabrico e da frequên- tórios sobre a qualificação do pessoal envolvido,
cia com que serão efectuados; etc.
f) Dos registos de qualidade, tais como os rela-
tórios de inspecção, os dados de ensaios e de 4.3 — O organismo notificado efectuará controlos
calibragem, os relatórios sobre a qualificação periódicos para se certificar que o fabricante dos com-
do pessoal envolvido, etc.; ponentes de segurança mantém e aplica o sistema de
g) Dos meios que permitem verificar a concreti- garantia de qualidade e apresentará ao fabricante dos
zação da qualidade pretendida em matéria de componentes de segurança um relatório desses con-
concepção e de produto e a eficácia de fun- trolos.
cionamento do sistema de garantia de qua- 4.4 — Além disso, o organismo notificado pode efec-
lidade. tuar visitas inesperadas ao fabricante dos componentes
de segurança. Durante essas visitas, o organismo noti-
3.3 — O organismo notificado avaliará o sistema de ficado pode, se necessário, efectuar ou mandar efectuar
garantia de qualidade para determinar se satisfaz os ensaios para verificar o bom funcionamento do sistema
requisitos referidos no n.o 3.2. Partirá do princípio de de garantia de qualidade. O organismo notificado apre-
que estão conformes com estes requisitos os sistemas sentará ao fabricante dos componentes de segurança
de garantia de qualidade que apliquem a norma har- um relatório da visita e, se tiver sido feito um ensaio,
monizada correspondente NP EN ISO 9001, comple- um relatório do ensaio.
tada, se necessário, por forma a ter em conta a espe- 5 — O fabricante dos componentes de segurança, ou
cificidade dos componentes de segurança. o seu mandatário, manterá à disposição das autoridades
O grupo de auditores incluirá, pelo menos, um mem- nacionais, durante um prazo de 10 anos a contar da
bro que tenha adquirido experiência, na qualidade de última data de fabrico do componente de segurança:
assessor, no domínio da avaliação da tecnologia dos
ascensores. O processo de avaliação incluirá uma vista a) A documentação referida no segundo parágrafo,
às instalações do fabricante. segunda alínea, do n.o 3.1;
A decisão deverá ser notificada ao fabricante dos com- b) As adaptações referidas no segundo parágrafo
ponentes de segurança. Esta notificação incluirá as con- do n.o 3.4;
clusões do controlo e uma decisão de avaliação fun- c) As decisões e relatórios do organismo notificado
damentada. referidos no último parágrafo do n.o 3.4 e nos
3.4 — O fabricante dos componentes de segurança n.os 4.3 e 4.4.
comprometer-se-á a cumprir as obrigações decorrentes
do sistema de garantia de qualidade tal como foi apro- Quando nem o fabricante dos componentes de segu-
vado e a mantê-lo de forma que permaneça adequada rança nem o seu mandatário se encontrarem estabe-
e eficaz. lecidos na Comunidade, a obrigação de manter a docu-
O fabricante, ou o seu mandatário estabelecido na mentação técnica à disposição cabe à pessoa responsável
Comunidade, deve informar o organismo notificado que pela colocação dos componentes de segurança no mer-
aprovou o sistema de garantia de qualidade de qualquer cado comunitário.
projecto de adaptação do sistema de garantia de 6 — Cada organismo notificado comunicará aos
qualidade. outros organismos notificados as informações pertinen-
O organismo notificado avaliará as alterações pro- tes relativas às aprovações de sistemas de garantia de
postas e decidirá se o sistema de garantia de qualidade qualidade emitidas e retiradas.
alterado continua a corresponder aos requisitos refe- 7 — A documentação e a correspondência respeitan-
ridos no n.o 3.2 ou se é necessária nova avaliação. tes aos procedimentos de garantia de qualidade total
Este organismo notificará a sua decisão ao fabricante. serão redigidas em português.
A notificação incluirá as conclusões do controlo e uma
decisão de avaliação fundamentada. ANEXO X
4 — Vigilância sob a responsabilidade do organismo Ascensores — verificação por unidade (módulo G)
notificado:
4.1 — O objectivo da vigilância é assegurar que o 1 — A verificação por unidade é o procedimento pelo
fabricante dos componentes de segurança cumpra devi- qual o instalador de um ascensor garante e declara que
damente as obrigações decorrentes do sistema de garan- o ascensor colocado no mercado e que obteve o cer-
tia de qualidade aprovado. tificado de conformidade referido no n.o 4 está em con-
4.2 — O fabricante deve permitir que o organismo formidade com os requisitos da directiva. O instalador
notificado tenha acesso às instalações de concepção, do ascensor aporá a marcação CE na cabina do ascensor
fabrico, inspecção, ensaio e armazenagem para efectuar e emitirá uma declaração CE de conformidade.
a inspecção, facultando-lhe todas as informações neces- 2 — O requerimento de verificação por unidade é
sárias, em especial: apresentado pelo instalador do ascensor a um organismo
notificado da sua escolha.
a) A documentação sobre o sistema de garantia O requerimento deve incluir:
de qualidade;
b) Os registos de qualidade previstos na parte do a) O nome e o endereço do instalador do ascensor,
sistema de garantia de qualidade consagrada à bem como o local onde o ascensor está ins-
concepção, tais como os resultados de análises, talado;
de cálculos, de ensaios, etc.; b) Uma declaração escrita que indique que o
c) Os registos de qualidade previstos na parte do mesmo requerimento não foi dirigido a outro
sistema de garantia de qualidade consagrada ao organismo notificado;
fabrico, tais como os relatórios de inspecção, c) Documentação técnica.
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2 — O instalador de ascensores deve aplicar um sis- 3.3 — Controlo da concepção. — Quando a concep-
tema de garantia de qualidade aprovado para a con- ção não for inteiramente conforme com as normas har-
cepção, fabrico, montagem, instalação, controlo final do monizadas, o organismo notificado verificará se a con-
ascensor e ensaios, tal como indicado no n.o 3, e fica cepção está conforme com as disposições da directiva
sujeito à vigilância referida no n.o 4. e, nesse caso, emitirá um certificado CE de exame da
3 — Sistema de garantia de qualidade: concepção ao instalador, especificando os limites de vali-
3.1 — O instalador de ascensores deve requerer a um dade deste certificado e os dados necessários para iden-
organismo notificado da sua escolha a avaliação do seu tificar a concepção aprovada.
sistema de garantia de qualidade. 3.4 — Controlo do sistema de garantia de quali-
O requerimento deve incluir: dade. — O organismo notificado avaliará o sistema de
garantia de qualidade para determinar se satisfaz os
a) Todas as informações adequadas relativas aos requisitos referidos no n.o 3.2. Partirá do princípio de
ascensores, nomeadamente as que permitam que estão conformes com estes requisitos os sistemas
compreender a relação entre a concepção e o de garantia de qualidade que apliquem a norma har-
funcionamento do ascensor e avaliar a confor- monizada correspondente NP EN ISO 9001, comple-
midade com os requisitos da directiva; tada, se necessário, por forma a ter em conta a espe-
b) A documentação relativa ao sistema de garantia cificidade dos ascensores.
de qualidade. O grupo de auditores incluirá, pelo menos, um mem-
bro que tenha adquirido experiência, na qualidade de
3.2 — O sistema de garantia de qualidade deve asse- assessor, no domínio da avaliação da tecnologia dos
gurar a conformidade dos ascensores com os requisitos ascensores. O processo de avaliação incluirá uma visita
da directiva que lhes são aplicáveis. às instalações do instalador de ascensores e uma visita
Todos os elementos, requisitos e disposições adop- a um estaleiro.
tados pelo instalador de ascensores devem constar de A decisão deverá ser notificada ao instalador de
uma documentação mantida de modo sistemático e ascensor. Esta notificação incluirá as conclusões de con-
racional, sob a forma de medidas, procedimentos e ins- trolo e uma decisão de avaliação fundamentada.
truções escritas. Esta documentação sobre o sistema de 3.5 — O instalador de ascensores comprometer-se-á
garantia de qualidade deve permitir uma interpretação a cumprir as obrigações decorrentes do sistema de
uniforme dos programas, desenhos, manuais e registos garantia de qualidade tal como foi aprovado e a mantê-lo
de qualidade. de forma que permaneça adequado e eficaz.
Essa documentação deve conter, em especial, uma O instalador deve informar o organismo notificado
descrição adequada: que aprovou o sistema de garantia de qualidade de qual-
quer projecto de adaptação do sistema de garantia de
a) Dos objectivos de qualidade, do organigrama, qualidade.
das responsabilidades dos quadros e dos seus
O organismo notificado avaliará as alterações pro-
poderes em matéria de qualidade da concepção
postas e decidirá se o sistema de garantia de qualidade
e de qualidade dos ascensores;
alterado continua a corresponder aos requisitos refe-
b) Das especificações técnicas de concepção, in-
cluindo as normas que serão aplicadas e, sempre ridos no n.o 3.2 ou se é necessária nova avaliação.
que as normas não forem integralmente apli- Este organismo notificará a sua decisão ao instalador
cadas, dos meios a utilizar para garantir o cum- de ascensores. A notificação incluirá as conclusões do
primento dos requisitos da directiva aplicáveis controlo e uma decisão de avaliação fundamentada.
aos ascensores; 4 — Vigilância sob a responsabilidade do organismo
c) Das técnicas de controlo e de verificação da notificado:
concepção, dos procedimentos e acções siste- 4.1 — O objectivo da vigilância é assegurar que o ins-
máticos a utilizar ao ser dado aplicação à con- talador de ascensores cumpre devidamente as obriga-
cepção dos ascensores; ções decorrentes do sistema de garantia de qualidade
d) Dos controlos e dos ensaios que serão efectua- aprovado.
dos aquando da recepção dos fornecimentos de 4.2 — O instalador de ascensores deve permitir que
materiais, componentes e subconjuntos; o organismo notificado tenha acesso às instalações de
e) Das respectivas técnicas de montagem, de ins- concepção, fabrico, montagem, instalação, inspecção,
talação, de controlo da qualidade e dos pro- ensaio e armazenamento para efectuar a inspecção,
cedimentos e acções sistemáticos a utilizar; facultando-lhe todas as informações necessárias, em
f) Dos controlos e ensaios que serão efectuados especial:
antes (controlo das condições de instalação:
poço, localização da máquina, etc.), durante e a) A documentação sobre o sistema de garantia
depois da instalação (incluindo, no mínimo, os de qualidade;
ensaios previstos no n.o 4 do anexo VI); b) Os registos de qualidade previstos na parte do
g) Dos registos de qualidade, tais como os rela- sistema de garantia de qualidade consagrada à
tórios de inspecção, os dados de ensaios e de concepção, tais como resultados de análises, de
calibragem, os relatórios sobre a qualificação cálculos, de ensaios, etc.;
do pessoal envolvido, etc.; c) Os registos de qualidade previstos na parte do
h) Dos meios que permitem verificar a concreti- sistema de garantia de qualidade consagrada à
zação da qualidade pretendida em matéria de recepção de fornecimentos e à instalação, tais
concepção e de instalação, assim como a eficácia como relatórios, inspecção, dados de ensaios e
do funcionamento do sistema de garantia de dados de calibragem, relatórios sobre a quali-
qualidade. ficação do pessoal envolvido, etc.
N.o 219 — 22-9-1998 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4907
4.3 — O organismo notificado efectuará controlos 3.2 — O sistema de garantia de qualidade deve asse-
periódicos para se certificar que o instalador de ascen- gurar a conformidade dos ascensores com os requisitos
sores mantém e aplica o sistema de garantia de qualidade da directiva que lhes são aplicáveis.
e apresentará ao instalador um relatório desses con- Todos os elementos, requisitos e disposições adop-
trolos. tados pelo instalador de ascensores devem ser reunidos
4.4 — Além disso, o organismo notificado pode efec- de modo sistemático e ordenados numa documentação
tuar visitas inesperadas ao instalador de ascensores ou sob a forma de medidas, procedimentos e instruções
ao estaleiro de montagem de qualquer ascensor. escritas.
Durante essas visitas, o organismo notificado pode, se Esta documentação do sistema de garantia de qua-
necessário, efectuar ou mandar efectuar ensaios para lidade deve permitir uma interpretação uniforme dos
verificar o bom funcionamento do sistema de garantia programas, planos, manuais e registos de qualidade.
de qualidade. O organismo notificado apresentará ao Em especial, deve conter uma descrição adequada:
instalador de ascensores um relatório da visita e, se tiver
sido feito um ensaio, um relatório do ensaio. a) Dos objectivos de qualidade, do organigrama
5 — O instalador de ascensores manterá à disposição e das responsabilidades e poderes dos quadros
das autoridades nacionais, durante um prazo de 10 anos em relação à qualidade dos ascensores;
a contar da data de colocação do ascensor no mercado: b) Dos processos de fabrico, das técnicas de con-
trolo e garantia de qualidade, bem como das
a) A documentação referida no segundo parágrafo, técnicas e acções sistemáticas a aplicar;
segunda alínea, do n.o 3.1; c) Dos exames e ensaios que serão efectuados
b) As adaptações referidas no segundo parágrafo antes, durante e depois da instalação, incluindo,
do n.o 3.5; pelo menos, os ensaios indicados no n.o 4 do
c) As decisões e relatórios do organismo notificado anexo VI;
referidos no último parágrafo do n.o 3.5 e nos d) Dos registos de qualidade, tais como os rela-
n.os 4.3 e 4.4. tórios de inspecção, os dados de ensaio e cali-
bragem, os relatórios da qualificação do pessoal
Se o instalador não estiver estabelecido na Comu- envolvido, etc.;
nidade, esta obrigação cabe ao organismo notificado. e) Dos meios de vigilância que permitem controlar
6 — Cada organismo notificado comunicará aos a obtenção da qualidade exigida dos ascensores
outros organismos notificados as informações pertinen- e a eficácia de funcionamento do sistema de
tes relativas às aprovações de sistemas de garantia de garantia de qualidade.
qualidade emitidas e retiradas.
7 — A documentação e a correspondência respeitan- 3.3 — O organismo notificado deve avaliar o sistema
tes aos procedimentos de garantia de qualidade total de garantia de qualidade para determinar se satisfaz
serão redigidas em português. os requisitos referidos no n.o 3.2. Esse organismo deve
partir do princípio da conformidade com estes requisitos
ANEXO XIV dos sistemas de garantia de qualidade que aplicam a
norma harmonizada correspondente NP EN ISO 9002,
Garantia de qualidade de produção (módulo D)
completada, se necessário, de forma a ter em conta a
1 — A garantia de qualidade de produção é o pro- especificidade dos ascensores.
cedimento pelo qual um instalador de ascensores que O grupo de auditores deverá incluir, pelo menos, um
satisfaz as obrigações do número seguinte garante e membro que tenha experiência na avaliação da tecno-
declara que os ascensores preenchem os requisitos da logia dos ascensores. O processo de avaliação deve impli-
directiva que lhes são aplicáveis. car uma visita de inspecção às instalações do instalador.
O instalador de ascensores aporá a marcação CE a A decisão deve ser notificada ao instalador. A noti-
cada ascensor e emitirá uma declaração CE de con- ficação incluirá as conclusões do controlo e uma decisão
formidade. A marcação CE deve ser acompanhada do de avaliação fundamentada.
número de identificação do organismo notificado res- 3.4 — O instalador compromete-se a executar as obri-
ponsável pela vigilância referida no n.o 4. gações decorrentes do sistema de garantia de qualidade
2 — O instalador de ascensores deve aplicar um sis- tal como foi aprovado e a mantê-lo de forma que per-
tema aprovado de garantia de qualidade ao fabrico, à maneça adequado e eficaz.
instalação, ao controlo final do ascensor e aos ensaios, O instalador deve manter informado o organismo
conforme especificados no n.o 3, e fica sujeito à vigilância notificado que aprovou o sistema de garantia de qua-
a que se refere o n.o 4. lidade de qualquer projecto de adaptação do sistema
3 — Sistema de garantia de qualidade: de garantia de qualidade.
3.1. — O instalador deve apresentar a um organismo O organismo notificado deve avaliar as alterações pro-
notificado de sua escolha um requerimento para ava- postas e decidir se o sistema de garantia de qualidade
liação do seu sistema de garantia de qualidade. alterado continua a corresponder às exigências referidas
O requerimento deve incluir: no n.o 3.2 ou se é necessária uma nova avaliação.
Esse organismo deve notificar a sua decisão ao ins-
a) Todas as informações pertinentes relativamente talador. A notificação incluirá as conclusões do controlo
aos ascensores; e uma decisão de avaliação fundamentada.
b) A documentação relativa ao sistema de garantia 4 — Vigilância sob a responsabilidade do organismo
de qualidade; notificado:
c) Se necessário, a documentação técnica do tipo 4.1 — O objectivo da vigilância é assegurar que o ins-
aprovado e uma cópia do certificado de exame talador cumpra devidamente as obrigações decorrentes
CE de tipo. do sistema de garantia de qualidade aprovado.
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4.2 — O instalador deve permitir que o organismo 1.2 — Apor a marcação CE em cada um dos com-
notificado tenha acesso às instalações de fabrico, ins- ponentes de segurança e emitir uma declaração de con-
pecção, montagem, instalação, ensaio e armazenamento formidade, cujos elementos são indicados no anexo II,
para efectuar a inspecção, devendo facultar-lhe todas tendo em conta as exigências decorrentes do procedi-
as informações necessárias, em especial: mento utilizado, previsto, consoante o caso, nos ane-
xos VIII, IX ou XI.
a) A documentação do sistema de garantia de 1.3 — Conservar uma cópia da declaração de con-
qualidade; formidade durante um prazo de 10 anos a contar da
b) Os registos de qualidade, tais como os relatórios última data de fabrico do componente de segurança.
de inspecção, os dados de ensaio e de calibra- 2 — Antes da colocação no mercado de um ascensor
gem, os relatórios da qualificação do pessoal este deve ter sido objecto de um dos seguintes pro-
envolvido, etc. cedimentos:
2.1 — Se o ascensor tiver sido concebido em confor-
4.3 — O organismo notificado deve efectuar controlos midade com um ascensor submetido ao exame CE de
periódicos para se certificar de que o instalador mantém tipo referido no anexo V, na construção, na instalação
e aplica o sistema de garantia de qualidade e deve apre- e no ensaio deve ser utilizado em alternativa:
sentar ao instalador um relatório desses controlos.
4.4 — Além disso, o organismo notificado pode efec- a) O controlo final referido no anexo VI;
tuar visitas inesperadas ao instalador. Durante essas visi- b) O sistema de garantia de qualidade referido no
tas, o organismo notificado pode, se necessário, efectuar anexo XII;
ou mandar efectuar ensaios para verificar o bom fun- c) O sistema de garantia de qualidade referido no
cionamento do sistema de garantia de qualidade. O orga- anexo XIV.
nismo notificado deve apresentar ao instalador um rela-
tório da visita e, se tiver sido feito um ensaio, um rela- 2.2 — Se o ascensor tiver sido concebido em confor-
tório do ensaio. midade com um ascensor modelo submetido ao exame
5 — O instalador colocará à disposição das autori- CE de tipo referido no anexo V, na construção, na ins-
talação e no ensaio deve ser utilizado em alternativa:
dades nacionais, por um prazo de 10 anos a partir da
última data de fabrico do ascensor: a) O controlo final referido no anexo VI;
b) O sistema de garantia de qualidade referido no
a) A documentação referida no segundo parágrafo, anexo XII;
segunda alínea, do n.o 3.1; c) O sistema de garantia de qualidade referido no
b) As adaptações referidas no segundo parágrafo anexo XIV.
do n.o 3.4;
c) As decisões e relatórios do organismo notificado 2.3 — Se o ascensor tiver sido concebido em confor-
referidos no último parágrafo do n.o 3.4 e nos midade com um ascensor ao qual foi aplicado um sistema
n.os 4.3 e 4.4. de garantia de qualidade nos termos do anexo XIII, com-
pletado por um controlo da concepção se esta não tiver
6 — Cada organismo notificado deve comunicar aos integralmente conforme com as normas harmonizadas,
outros organismos notificados as informações pertinen- na construção, na instalação e no ensaio deve ser igual-
tes relativas às aprovações de sistemas de garantia de mente utilizado em alternativa:
qualidade emitidas e retiradas.
7 — A documentação e a correspondência respeitan- a) O controlo final referido no anexo VI;
tes aos procedimentos de garantia de qualidade de pro- b) O sistema de garantia de qualidade referido no
dução serão redigidas numa língua oficial do Estado anexo XII;
membro em que estiver estabelecido o organismo noti- c) O sistema de garantia de qualidade referido no
ficado, ou numa língua por este aceite. anexo XIV.
b) Conservar uma cópia da declaração de confor- b) Se uma ou mais das directivas a que se refere
midade durante um prazo de 10 anos a contar o número anterior deixarem ao fabricante,
da data da colocação no mercado do ascensor; durante um período transitório, a escolha do
c) Fornecer à Comissão, aos Estados membros e regime a aplicar, a marcação CE deve indicar
a outros organismos notificados, a solicitação apenas a conformidade com as disposições das
destes, cópia da declaração de conformidade e directivas que sejam aplicadas pelo instalador
dos registos dos ensaios associados ao controlo do ascensor ou pelo fabricante dos componentes
final. de segurança;
c) No caso da alínea anterior, as referências das
4 — Nas situações a seguir indicadas, deve ter-se em directivas, tal como publicadas no Jornal Oficial
conta o seguinte: das Comunidades Europeias, devem ser inscritas
a) Se os ascensores ou os componentes de segu- nos documentos, manuais ou instruções exigidos
rança forem objecto de outras directivas rela- por essas directivas e que acompanham o ascen-
tivas a outros aspectos que prevejam a oposição sor ou o componente de segurança.
de marcação CE, esta deve indicar que presume
igualmente que esses ascensores ou componen- 5 — As obrigações a que se referem os números ante-
tes de segurança estão conformes com as dis- riores aplicam-se a qualquer pessoa que construir um
posições dessas outras directivas; ascensor ou componente de segurança para uso próprio.