Вы находитесь на странице: 1из 4

ANATOMIA E MORFOLOGIA DO

“PEIXE MUSSUM”
(Synbranchus marmoratus)

INTRODUÇÃO

O peixe chamado de Synbranchus marmoratus é popularmente conhecido pelos


nomes de Mussun, Muçu, Falsa Enguia, Enguia do Pântano, Peixe-cobra, Enguia da
água doce; entre outros.

Os peixes da família Synbranchidae são animais que se destacam pela sua forma
característica que se parece com uma cobra. Embora seu corpo serpentiforme lembre
uma Enguia, não possui nenhuma relação direta com as Enguias verdadeiras.

Se compararmos com outras famílias de peixes ósseos (que podem ter centenas
de espécies), os Synbranchidae constituem um grupo pequeno, com apenas quatro
gêneros e pouco mais de vinte espécies, distribuídos na região tropical da Ásia, na
Oceania, oeste da África, América Central e América do Sul.

O gênero Synbranchus é o único dessa família que ocorre no Brasil, com três
espécies popularmente conhecidas como muçum, enguia-do-pântano ou cobra-d’água
(embora sejam peixes). A espécie Synbranchus marmoratus é o muçum mais comum e
mais conhecido. São ovíparos desovando em buracos abertos na lama e os ovos são em
número bem inferior a maioria dos peixes. Podem alcançar 1m de comprimento e 3cm
de diâmetro.

Synbranchus marmoratus também ocorre do México à Argentina, vivendo em


lagos, córregos, brejos, pântanos e rios, sendo visto ocasionalmente em água salobra.
Pode habitar o interior de cavernas, ou tocas nas margens dos rios para se abrigar. À
noite, o muçum pode migrar de um corpo d’água para outro próximo, rastejando pelo
chão.

Em Minas Gerais, o muçum é encontrado em diversas bacias hidrográficas,


como as dos rios São Francisco, Doce, Alto Paraná e Paraíba do Sul. A maioria dos
relatos demonstra que a presença do muçum está relacionada a lagoas marginais, poças
temporárias e pequenos córregos, habitats característicos dos rios mineiros. No
município de Viçosa, os registros existentes indicam que o muçum pode ser encontrado
vivendo principalmente em pequenos riachos.

Devido à sua ampla distribuição, Synbranchus marmoratus não é uma espécie


ameaçada de extinção. Além disso, seu hábito de se esconder em tocas faz com que ele
deixe de ser registrado em diversos estudos de inventário de fauna. Dessa forma, é
possível que o muçum seja uma espécie mais comum do que se imagina.

Peixe Mussum observado em aula

OBJETIVOS

A aula prática teve como objetivo conhecer melhor e estudar a anatomia e


fisiologia dos peixes, com especial atenção á anatomia interna do peixe mussum
(Synbranchus marmoratus).

MATERIAIS

 Peixe Mussum
 Placa de isopor
 Alfinetes
 Bisturi
 Lâmina
 Lupa
 Solução de éter ou formol
 Algodão
PROCEDIMENTOS, RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente aplicou-se sobre o corpo do peixe, principalmente sobre a cabeça,


éter embebido em algodão para adormecê-lo e então dissecá-lo. Utilizando o bisturi e
lâminas fez-se um corte mediano ventral no corpo do peixe e sobre a placa de isopor foi
abrindo-se os cortes e fixando ambas as partes com os alfinetes, para posteriormente
observar as estruturas internas do animal. Sendo as estruturas centrais (intestino,
fígado, coração

Descrição e biologia do animal observado:

É um peixe Teleósteo com osso endocôndrico ou osso esponjoso, ou seja, tecido


ossificado internamente por substituição da cartilagem. Sua boca é um pouco grande,
provida de dentes; olhos pequenos, mas muito funcionais; possuem corpo liso e sem
escamas, pardo composto de pequenas pintas negras, com a barriga (região ventral)
amarelada e o dorso amarronzado escuro. Esta espécie não apresenta bexiga natatória;
nadadeiras peitorais nem pélvicas, e a nadadeira dorsal e anal continuam com a caudal.

Sua pele libera grande quantidade de muco, uma substância gelatinosa,


tornando-o de difícil contenção, e assim se mantém umedecida, enquanto alterações na
fisiologia de órgãos como rins e um longovfígado garantem a sobrevivência sem
alimentação,como em épocas de hibernações (como em secas dos lagos), onde diminui
consideravelmente seu metabolismo, tornando-o capaz de sobreviver nestas condições
por meses. Destacando que seu coração, que possui duas cavidades, após ser extraído do
corpo do animal permaneceu por um longo tempo em batimentos.

O nome desta família de peixes também está relacionado a uma de suas


principais características, derivando do grego syn (unidos) + branchia (brânquias,
guelras) = “brânquias unidas. A água que entra pela boca dos peixes, passa pelas
brânquias (que capturam oxigênio para respiração) e sai pelas fendas branquiais, que ao
encher-se de ar dá ao animal um aspecto de inchaço na região. Mas no caso dos
Synbranchidae, há apenas uma fenda branquial composta por um orifício ventral (não
possuindo opérculo) e não duas aberturas laterais, uma em cada lado da cabeça, como
estamos acostumados a ver na maioria dos peixes.
Este peixe adapta-se a condições extremas. É muito resistente a falta de
oxigênio. Quando falta água num açude, e todos os peixes morrem por falta de
oxigênio, o mussum ainda sobrevive, geralmente numa minúscula poça de lama. Isso é
possível graças a uma câmara bucal altamente irrigada que permite a troca de gases.

Quase todos os peixes possuem um par de ovários, mas o mussum tem apenas
um único. Synbranchus marmoratus possui uma biologia reprodutiva estranha,
conhecida como protogia. Algumas fêmeas podem mudar de sexo, tornando-se machos!
Esses indivíduos são chamados de machos secundários, enquanto que os machos
primários são aqueles que já nasceram deste sexo. Durante o período de reprodução, as
tocas utilizadas pelos muçuns servem de ninhos. Cada ninho pode conter até cerca de 30
ovos e larvas em diferentes estágios de crescimento, indícios de que estes peixes
produzem múltiplas ninhadas ao longo da estação reprodutiva, ou que ovos de pais e
mães diferentes são postos num mesmo ninho.

CONCLUSÃO

A atividade prática foi considerada proveitosa, pois, considerando que foi possível
a visualização das estruturas internas do Mussum, nossos objetivos foram alcançados e
nossos conhecimentos aprofundados, contando que tínhamos apenas uma base teórica a
respeito de tais peixes, contribuindo assim para melhor aproveitamento de aprendizado
e manuseio de tais animais em laboratório.

Вам также может понравиться