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Disciplina: Novo Plano Nacional de Educação

Autores: D.ra Gabriela Schneider


Revisão de Conteúdos: Esp. Marcelo Alvino da Silva
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso
Ano: 2016
O novo Plano Nacional de
Educação

ANO
2016
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO

Caro(a) aluno(a),
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Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier,


nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão
Universitária.
A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas
também brasileiros conscientes de sua cidadania.
Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e
estudantes.

Bons estudos e conte sempre conosco!


Faculdade São Braz
Apresentação da disciplina
O objetivo desta disciplina é evidenciar as características do Plano
Nacional de Educação, o qual foi sancionado em 25 de junho de 2014 após 4
anos de intensa discussão, fruto de embates, disputas e contradições que são
próprias da arena política. Podemos dizer que o Plano Nacional de Educação
doravante denominado por PNE é novo em dois sentidos, primeiro pelo fato de
estar substituindo o Plano que vigorou de 2001 a 2011 – Lei n. 10.172, de 9 de
janeiro de 2001 e segundo porque em 2016 ele completou seu segundo ano.
Ainda que podemos considerar que um plano que tem duração de 10 anos com
dois anos não é tão novo assim.
Aula 1 - O novo Plano Nacional de Educação

O PNE aprovado em 25 de junho de 2014 (Lei 13.005), é um plano


decenal, ou seja, vai vigorar por dez anos no período compreendido entre 2014
a 2024, ele deve ser o orientar das políticas educacionais nesse período. Um
plano de educação pensado para um período mais longo de tempo tem como
um dos seus pontos positivos a ideia de imprimir uma determinada unidade às
ações políticas independentes da troca de governos, insere-se no que
denominados de política de Estado e não apenas uma política de governo.

Saiba Mais
No campo da política educacional se utiliza o termo política
de Estado para identificar uma ação que consegue
transcender as mudanças de partido ou mesmo de governo,
é uma política identifica com um plano mais amplo e que
garante uma unidade nas ações públicas independente de
quem está a frente da máquina pública. A política de governo
é aquela que não tem continuidade e que imprime uma
marca apenas para aquele governando (ou partido) que está
a frente do governo.

Um plano é um importante instrumento técnico de organização do


planejamento, mas também é um elemento político importante, ele direciona as
ações e indica por qual caminho se deve seguir.
Antes de falar especificamente do PNE (2001 a 2024) é interessante
retomar um pouco a história e mostrar de onde surge a ideia de plano nacional.
Em termos legais, ela aparece a primeira vez na Constituição Federal de 1934
que estabelecia como dever da União: “a) fixar o plano nacional de educação,
compreensivo do ensino de todos os graus e ramos, comuns e especializados;
e coordenar e fiscalizar a sua execução, em todo o território do País” (BRASIL,
1934, art. 150) e estabelecia que esse deveria ter como princípio:

a) ensino primário integral gratuito e de frequência obrigatória


extensivo aos adultos; b) tendência à gratuidade do ensino educativo
ulterior ao primário, a fim de o tornar mais acessível; c) liberdade de
ensino em todos os graus e ramos, observadas as prescrições da
legislação federal e da estadual; d) ensino, nos estabelecimentos
particulares, ministrado no idioma pátrio, salvo o de línguas
estrangeiras; e) limitação da matrícula à capacidade didática do
estabelecimento e seleção por meio de provas de inteligência e
aproveitamento, ou por processos objetivos apropriados à finalidade
do curso; f) reconhecimento dos estabelecimentos particulares de
ensino somente quando assegurarem. a seus professores a
estabilidade, enquanto bem servirem, e uma remuneração
condigna. (BRASIL, 1934, art. 150 parágrafo único).

A referência de um Plano Nacional de Educação nessa Constituição tem


como marco duas questões importantes e que estão imbricadas, a primeira
refere-se ao Manifesto dos Pioneiros de 1932 que buscava a construção de
uma educação que se articulasse em âmbito nacional e em segundo tem haver
com uma tentativa de organizar em termos nacionais a educação o que tem uma
forte relação com as necessidades da época e a herança pouco organizada da
educação brasileira até aquele período.

Vocabulario
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova ou
simplesmente Manifesto dos Pioneiros é um documento
redigido por Fernando de Azevedo e assinado por mais 25
importantes intelectuais brasileiros que buscavam uma
renovação no campo educacional. Dentre suas principais
bandeiras estavam a organização de uma educação
verdadeiramente nacional, a defesa por uma escola pública,
única e com caráter científico se afastando dos ideais da
escola tradicional. (VIDAL, 2013).

Um PNE foi elaborado nesse período, contudo, que diversos autores


como Silva e Silva (2006) mostram que o plano elaborado tinha um viés um
pouco distante dos ideias dos pioneiros sendo mais técnico e muito preocupado
com as regras e centralizador, condizente com a política que ia se instaurar a
partir de 1937 com o que denomina-se chamar de Estado Novo. Porém esse
documento acabou sendo letra morta, ou seja, sendo totalmente esquecido no
âmbito da nova organização do Estado Brasileiro.
De acordo com Martins (2014) durante a Constituição Federal de 37 e
posteriormente a de 46 a ideia de Plano Nacional não foi sequer mencionada
nas mais importantes leis nacionais, vindo a ressurgir somente em 1961 na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), tornando-o
incumbência do Conselho Federal de Educação (CFE) elaborá-lo.
De acordo com Moura (2013) o CFE começou a pensado já em 1962
sendo que um documento foi encaminhado para que pudesse ser
complementado pela Comissão de Planejamento da Educação (COPLED),
contudo aquele documento acabou sendo referendado como o Plano Nacional
de Educação, não se tornando lei mas, um documento de referência do
Ministério da Educação. Esse plano, apesar de ser a primeira
tentativa/experiência de um PNE recebeu diversas críticas que o indicam mais
como um conjunto de metas qualitativas e quantitativas do que com um plano
que pensa mais amplamente a educação. Além disso, sua preocupação era mais
centrada na questão da distribuição de recursos.
E o plano que já não era bem um plano tem no seu caminho uma ditadura
militar que traz em seu bojo um novo ideal de plano de educação, bem mais
atrelado aos interesses mais técnicos e desenvolvimentistas do que a
preocupação com a consolidação de uma educação nacional. De acordo com
Moura:
[...] que entre 1964 e 1985 seis Planos de educação foram produzidos.
O autor considera nesta conta os planos globais de desenvolvimento
dedicados à educação. Como características, possuíam objetivos que
apontavam para mesma direção. Eram fundados no aparato
tecnoestrutural do regime e baseavam-se na ideia de neutralidade
técnica e viés economicista do período. (MOURA, 2013, p. 9).

A ideia de um Plano Nacional diferente do relatado acima só ressurge com


o fim da ditadura militar e o início do processo de redemocratização da sociedade
brasileira, que culmina com a promulgação da Constituição Federal no ano de
1988 a qual faz referência a ideia de Plano Nacional de Educação, o que também
vai ser reforçado, anos depois, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 9394/96).
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SUGESTÃO DE LEITURA

Para saber mais sobre os Planos Nacionais na história da


Educação brasileira consulte os artigos:
- Aspectos históricos dos planos nacionais de educação do
Brasil: da década de 30 à de 80, de autoria de Ítalo Batista
da Silva e Ed Francklin da Silva. O artigo apresenta os
aspectos históricos dos Planos Nacionais de Educação do
Brasil, desde a década de 30 (criação do Ministério da
Educação) à de 80, através de levantamento bibliográfico.
Disponível no acesso:
http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/downlo
ad/84/88

- A construção da ideia de plano nacional de educação no


brasil: Antecedentes Históricos e Concepções, de autoria de
Eliel da Silva Moura. O artigo traz antecedentes e históricos
do PNE de acordo com o que hoje é estabelecido, tem como
objetivo garantir a continuidade das políticas educacionais ao
longo de determinado período.
Disponível no acesso:
http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_aprovados/gt0
5_trabalhos_pdfs/gt05_3246_texto.pdf

- Avaliações finais sobre o PNE 2001-2010 e preliminares do


PNE 2014-2024, de autoria de Donaldo Bello de Souza. O
artigo visa a discutir os resultados de algumas avaliações
acadêmicas sobre a implantação do Plano Nacional de
Educação (PNE) 2001-2010, assinalando aspectos de seu
processo de elaboração e aprovação e das análises a
respeito do plano sancionado, que apontam para avaliações
preliminares do PNE 2014-2024.
Disponível em:
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/19
42/1942.pdf

Apesar de a ideia da elaboração de um Plano Nacional de Educação estar


presente na Constituição Federal (BRASIL, 1988) esse só vai se tornar uma
realidade em 2001, ou seja, 13 anos depois. Ainda que nesse de 1993 a 2003,
o Brasil contasse com um Plano Decenal de Educação elaborado após a
Conferência Nacional de Educação para todos, esse plano decenal não saiu do
papel e se ele realmente tivesse importância outro não seria aprovado ainda no
seu período de vigência.
O Plano Nacional de Educação de 2001 foi aprovado com duração de 10
anos, tornando-se o primeiro PNE aprovado em lei, sancionado pelo nº 10.172,
no dia 10/01/2001, tal documento estava organizado a partir de um histórico dos
planos de educação, dos principais objetivos e prioridades do PNE, além de um
diagnóstico, diretrizes, metas e formas de acompanhamento e avaliação.
O Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência de 10 anos, é um
instrumento orientador de todo o sistema de educação do País, que estabelece
diretrizes, objetivos e metas para todos os níveis e modalidades de ensino. Com
abrangência local, os Estados, Distrito Federal e Municípios deverão elaborar
também, em consonância com as diretrizes do PNE, seu respectivo Plano de
Educação.
Tal plano apesar de representar um avanço na história, por ser o primeiro
plano aprovado em lei, sofreu diversas críticas, sendo a principal ligada ao fato
de que as metas relacionadas ao financiamento, ou seja, a forma como esse
plano seria colocado em prática foram vetadas pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso e não revogadas após a entrado do governo Luís Inácio Lula
da Silva.
Contudo, tal legislação foi uma importante conquista e apresentou alguns
aspectos positivos e como avalia Martins (2012) uma parte das metas foi
alcançada e pelo menos imprimiu caráter legal ao plano nacional.
Em 2011, a presidente Dilma encaminha ao Congresso Nacional uma
proposta do novo Plano Nacional de Educação que seguiu um longo caminho
até sua aprovação em junho de 2014. Foram tempos intensos de debate com
ampla participação da sociedade civil e entidades civis organizadas que
participaram, discutiram e lutaram pelos interesses de uma educação pública,
gratuita e de qualidade.

Saiba Mais
Para saber mais sobre o PNE acesse o site Observatório do
PNE, nele poderá ser analisada a sua linha do tempo, na
qual são detalhados os passos até a sua aprovação.

Link: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/linha-do-
tempo
O Plano Nacional de Educação previsto para vigorar de 2014 a 2024 tem
como princípios gerais superar o analfabetismo, universalizar o atendimento
escolar, superar as desigualdades; melhorar qualidade do ensino, valorizar os
profissionais da educação, promoção socioambiental, humanística, científica e
tecnológica e tecnológica do País, entre outros (BRASIL, 2014).
Uma das metas do PNE (2014) fala da valorização dos profissionais do
magistério das redes públicas de educação básica e que deve ser cumprida até
o final do sexto ano de vigência deste PNE, essa meta tem como objetivo
equiparar o rendimento médio desses ao dos demais profissionais com
escolaridade equivalente.

Vídeo
Assista o vídeo Plano Nacional de Educação (PNE): história e
conquistas da sociedade civil, no qual é evidenciada a
Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=6IL9Ctz6qBo

O PNE conta com 20 metas e 285 estratégias que versam sobre as etapas
e modalidades da educação, além da educação integral, da formação e
valorização dos profissionais da educação, formação em pós-graduação e
financiamento da educação. O PNE é um plano importante para a educação
brasileira, mas que apresenta contradições, fruto justamente dos diversos atores
que nele estiveram envolvidos e do fato de ser um instrumento técnico, mas
antes de tudo política e por isso mesmo permeado por disputas.

Vocabulario
Política: [...] é um complexo contraditório de condições
históricas que implicam um movimento de ida e volta entre
as forças sociais em disputa. Esse movimento, por sua vez,
encontra no próprio Estado uma arena de disputa de
interesse. Não há, assim, uma dominação absoluta das
forças dominantes sobre o conjunto da sociedade civil.
(CURY, 2002, p. 152).
Na meta referente ao ensino superior, objetiva-se elevar a qualidade
desse nível de educação por meio da ampliação da proporção de mestres e
doutores no corpo docente em efetivo exercício.
O Plano Nacional de 2014 é muito importante, por ser uma ferramenta
técnica e política. O mesmo também objetiva atingir um percentual mínimo de
10% do PIB destinado à Educação.
O Novo Plano Nacional de Educação está organizado em metas e
estratégias que são as ações que devem ser tomadas, indicando sempre o
tempo para a realização dessas, que são variáveis a depender da complexidade
e do esforço de tais metas e/ou estratégias. Abaixo apresenta-se um quadro
resumo com as principais metas e a quantidade de estratégias de cada meta:

QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DAS METAS E DA QUANTIDADE DE


ESTRATÉGIAS DO PNE (2014).

Meta Descrição Estratégias


Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola
para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e
1
ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a
Educação 17
atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das
Infantil
crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste
PNE.
Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para
2 toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir
Ensino que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos 13
Fundamental alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o
último ano de vigência deste PNE.
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a
população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar,
3
até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida 14
Ensino Médio
de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco
por cento).
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17
(dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o
4
acesso à educação básica e ao atendimento educacional
Educação 19
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino,
especial
com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados.
5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º
7
Alfabetização (terceiro) ano do ensino fundamental
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%
6
(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a
Educação 9
atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as)
integral
alunos(as) da educação básica
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a
7 atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as)
alunos(as) da educação básica
“Qualidade” 36
da educação

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18


(dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no
mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de
8
vigência deste Plano, para as populações do campo, da
Escolaridade 6
região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e
média
cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade
média entre negros e não negros declarados à Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15
9
(quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e
Superação
cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência
do 12
deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em
analfabetism
50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo
o
funcional.
10 Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das
Educação de matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos
11
jovens e fundamental e médio, na forma integrada à educação
adultos profissional.
Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de
11
nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo
Educação 14
menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no
profissional
segmento público.
Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para
12 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta
Matrícula do e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e
21
Ensino quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão
Superior para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
matrículas, no segmento público.
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a
13
proporção de mestres e doutores do corpo docente em
Docência
efetivo exercício no conjunto do sistema de educação 9
Ensino
superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do
Superior
total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-
14
graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual
Formação 19
de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco
stricto sensu
mil) doutores.
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1
15 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de
Formação formação dos profissionais da educação de que tratam os
dos incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de 7
profissionais dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e
da educação as professoras da educação básica possuam formação
específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura
na área de conhecimento em que atuam.
Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por
cento) dos professores da educação básica, até o último
16
ano de vigência deste PNE, e garantir a todos os(as)
Formação de 9
profissionais da educação básica formação continuada em
professores
sua área de atuação, considerando as necessidades,
demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
17 Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes
Valorização públicas de educação básica de forma a equiparar seu
dos rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com 4
profissionais escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de
do magistério vigência deste PNE.
Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de
18
planos de carreira para os(as) profissionais da educação
Valorização
básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e,
dos
para o plano de carreira dos(as) profissionais da educação 6
profissionais
básica pública, tomar como referência o piso salarial
da educação
nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do
básica
inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.
Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a
efetivação da gestão democrática da educação, associada
19
a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta
Gestão 8
pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas
democrática
públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para
tanto.
Meta 20: Ampliar o investimento público em educação
pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7%
20
(sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no
Financiament 12
5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o
o
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do
decênio.
Fonte: BRASIL (2014), organizado pela autora (2016).

Curiosidade
O IDEB é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB) - reúne num só indicador: fluxo escolar e médias de
desempenho nas avaliações.

Como se pode perceber o PNE é bastante abrangente e tem metas


bastante ousadas e algumas que são dividas históricas e que ainda não se
conseguiu alcançar, como a questão da universalização do ensino fundamental
e agora da pré-escola e do ensino médio. Além disso, o plano traz elementos
importantes, tais como a garantia do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi), dos
10% do Produto Interno Bruto para a educação.
Vídeo
Assista o vídeo Zeca Tonho, e entenda um pouco mais sobre o
Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e o Custo Aluno-
Qualidade (CAQ).
Link: https://www.youtube.com/watch?v=sggxAYtkN4I

Contudo, o plano reduz a ideia de qualidade as aferições feitas por


avaliações nacionais e/ou pelo IDEB, bem como tem uma perspectiva bem
reducionista da ideia de gestão democrática, implicando em aspectos mais
gerenciais do que pedagógicos. Enfim, são vários os aspectos positivos e
negativos existentes no plano, porém, ainda que muitos ressaltam os negativos,
é importante que se perceba seu papel político e indutor de políticas, bem como
um aliado na luta e controle social.
Um dos aspectos centrais do PNE insere-se justamente na falta no Brasil
de um Sistema Nacional de Educação, que seria uma educação articulada, com
equidade e padrões nacionais, que nas palavras de Cury (2008) nos ajudaria a
garantir a igualdade na diversidade.

Saiba Mais
Para saber um pouco mais sobre essa temática você pode ler
o texto: Instituir um Sistema Nacional de Educação: agenda
obrigatória para o país.
Link: http://pne.mec.gov.br/images/pdf/SNE_junho_2015.pdf
Amplie Seus Estudos
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Amplie seus estudos acessando os sites e os artigos indicados.


O site do PNE do MEC, do observatório da Educação e da
Campanha Nacional pelo Direto a Educação, os quais contém
importante informações e dados que podem ajudar a olhar os
desafios do PNE, além disso permitem acompanhar a realidade
nos diversos estados e municípios. Disponíveis nos links:

Link (PNE), clique nos links e divirta-se:


http://pne.mec.gov.br
Link (Observatório da Educação):
http://www.observatoriodopne.org.br
Link (Campanha Nacional pelo Direito a Educação):
http://www.campanhaeducacao.org.br

Leia também:
- Plano Nacional de Educação: construção e perspectivas,
organizado por Ana Valeska Amaral Gomes e Tatiana Feitosa
de Britto, o qual traz vários artigos relacionados ao PNE.
Disponível no acesso:
http://www.custoalunoqualidade.org.br/pdf/PDF2_Livro%20Pla
no%20Nacional%20de%20Educa%C3%A7%C3%A3o.pdf
- A valorização dos professores da educação básica e as
políticas de responsabilização: o que há de novo no PNE?, de
autoria de Evaldo Piolli. O artigo foca na área de educação,
evidenciando as mudanças nos sistemas educacionais no
sentido de exercer mais amplo controle sobre os resultados
escolares, associando-os à responsabilização dos professores
e da gestão escolar.
Disponível em:
http://submission.scielo.br/index.php/ccedes/article/view/15037
7
- Plano Nacional de Educação, Conferência Nacional de
Educação e a construção do Sistema Nacional de Educação:
dilemas e proposições, de autoria de Luiz Fernandes Dourado.
O artigo situa a importância da Conferência Nacional de
Educação (Conae) e da ação articulada da sociedade civil e
política na à construção de políticas nacionais.
Disponível em:
http://www.jpe.ufpr.br/n16_1.pdf
Converse Com Seus Colegas
O PNE coloca como uma de suas estratégias a
obrigatoriedade de elaboração Planos municipais e
estaduais, e seu município já possui plano? Você conhece?
Discuta com os colegas os aspectos positivos e negativos
dos planos de sua cidade e/ou estado.

Muitas metas do PNE têm como prazo o segundo ano deste, ou seja, final
de junho de 2016 e é preciso que avaliemos e cobremos do governo que aquilo
que foi colocado no plano seja efetivamente realizado. A luta não é fácil, mas é
necessária e de todos, um sonho possível e necessário, afinal:

Sonho que se sonha só


É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade
(SEIXAS, 1974, S/p.).

Vídeo
Assista os vídeos com Daniel Cara, os quais trazem importantes
análises do PNE.

Link1: https://www.youtube.com/watch?v=7AWefP_m3qc
Link2: https://www.youtube.com/watch?v=7Hle_hoUWjo
Resumo da Disciplina
Nesta aula discutiu-se a importância de um Plano Nacional de Educação,
bem como se analisou como essa ideia foi sendo pensada ao longo da história
da educação no Brasil, sendo que a primeira aprovação em lei ocorre somente
em 2001 com a aprovação da Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Tal plano
apesar de um importante marco educacional, teve diversos problemas em sua
implementação devido aos vetos presidenciais relativos, especialmente a
questão do financiamento da educação.

Analisou-se também o atual PNE aprovado em 2014 que conta com 20


metas e que deve ser um orientador das ações da União, Estados e Municípios
para os próximos 10 anos. Nesse plano evidenciou-se contradições que são
próprias do contexto de um Plano Nacional que é um instrumento técnico, mas
acima de tudo político.

Foram apresentadas as metas do PNE, buscando destacar os principais


desafios colocados a sua implementação, problematizando também seus limites
e contradições, com destaque para as questões de qualidade, de acesso e
financiamento da educação.
Referências
BRASIL. Constituição (1988) Constituição: República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

_____. Ministério da Educação. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Lei


de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: DF, dez. 1996.

_____. Ministério da Educação. Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Plano


Nacional de Educação. Brasília: DF, 9 jan. 2001. Disponível em
http://www.abrelivros.org.br. Acesso em: 09/03/08.

_____. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de


Educação e dá outras providências. Brasília, DF, 25 de junho de 2014.
Disponível em: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/125099097/lei-
13005-14. Acesso: 21/02/2016.

CURY, C. R. J. Sistema Nacional de Educação: desafio para uma educação


igualitária e federativa. Educ. Soc., Campinas, vol. 29, n. 105, p. 1187-1209,
set./dez. 2008.

DOURADO, L.F. Plano Nacional de Educação, Conferência Nacional de


Educação e a construção do Sistema Nacional de Educação: dilemas e
proposições. Jornal de Políticas Educacionais. n° 16, Julho a dez, 2014, p. 03–
11.

GOMES, A. V. A.; BRITTO, T. F. (orgs.) Plano Nacional de Educação [recurso


eletrônico] : construção e perspectivas. Brasília : Câmara dos Deputados,
Edições Câmara : Sena- do Federal, Edições Técnicas, 2015.

MARTINS, P. S. A história do PNE e os desafios da nova Lei. In: BRASIL.


Plano Nacional de Educação 2014 - 2024 [recurso eletrônico] : Lei n. 13.005,
de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e de
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