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htm 27/07
Percepção Musical
C- Introdução à música
Ritmo, melodia, harmonia;
D- Apreciação musical
História da música.
1- O fenômeno sonoro:
A produção do som pode acorrer com os elementos da natureza, como por exemplo,
vento, chuva, trovão ou ser provocada pela voz, por instrumentos sonoros
acústicos, instrumentos eletrônicos, etc.
Nesta parte do manual, serão tratadas apenas as questões referentes à parte física
do som.
Um determinado som, como por exemplo, um apito, pode ser descrito em sua
totalidade, especificando-se três características de sua percepção: a altura, a
intensidade e o timbre. Estas correspondem exatamente a três características
físicas: a freqüência, a amplitude e a composição harmônica ou formato da onda
sonora.
Uma determinada nota musical tem sempre a mesma freqüência, qualquer que seja
a fonte sonora que a produz. A nota lá, por exemplo, (440 Hz), sendo tocada num
violino ou piano, sempre terá a mesma freqüência.
El oido musical
"Cuidad de que vuestro piano esté siempre bién afinado" (Schumann: "Consejos
a los jovenes").
"Escuchad con atención los cantos populares, pues son mina inagotable donde
se encuentran las melodías más bellas, las cuales os darán idea del carácter de las
diferentes nacionalidades" (Schumann: "Consejos a los jovenes").
"El mejor inicio para la educación musical es el canto. Incluso los más grandes
talentos no pueden superar los obstáculos que se derivan de una educación musical
realizada sin el canto" (Kodály).
"El sistema de enseñanza musical húngaro lleva a cabo, desde las escuelas
maternales hasta el grado superior, el desarrollo sistemático y gradual de las
aptitudes musicales tomando como base programática la enseñanza de canciones
infantiles y la música folklórica. En la concepción de Bartók y de Kodály, la
pedagogía representó, desde el comienzo, un ideal y un propósito. Quien traba
conocimiento con el canto folklórico y le cobra afición, conoce y empieza a amar al
pueblo" (Jardány: "La educación musical en Hungría").
"Entre todas las artes, es la música aquella que ejerce mayor influjo sobre las
pasiones, y por esto, el legislador debería preocuparse de ella más que de otra
alguna. Una sinfonía profundamente sentida y ejecutada, conmueve el ánimo
infalíblemente y posee, no cabe duda, mucho más influjo que un libro moralizador,
pués este persuade a la razón, pero no ejerce influencia en las costumbres"
(Napoleón I).
Violino
Violoncelos: São maiores e mais graves que as violas e, o executante para tocá-lo,
senta-se e o coloca entre os joelhos. Alguns consideram esse instrumento, o mais
parecido com a voz humana.
Violoncelo
Contrabaixo
Flautim
Flauta
Oboé: Instrumento de palheta dupla, produz sons em uma região aguda e média.
Oboé
Corne Inglês
Trompete
Trombone
Tuba: Instrumento de som mais grave entre os metais; coopera com os contrabaixos
na objetivo de conseguir apoio para a estrutura harmônica da orquestra.
Tuba
Instrumentos de Percussão
História da Música
Índice
• Antiguidade
• Idade Média
• Renascença
• Barroco
• Rococó
• Apogeu do Barroco
• Classicismo
• Mozart
• Nacionalismo Romântico
• Dodecafonismo
• Antimúsica
A ANTIGUIDADE
EM ROMA, A ARTE DA CÓPIA – A cultura dos romanos era muito menor do que o
seu poderio, de maneira que a conquista da Grécia lhes veio bem a calhar: a
avançada civilização grega oferecia-lhes tudo o que não tinham em ciência, arte e
refinamento. Recolhendo os melhores elementos do patrimônio grego, trataram de
copiá-los com capricho e depois apresentaram-nos como produto próprio entre os
demais povos que tinham sob domínio. Mas não foram muito além desse trabalho de
divulgação. Particularmente no caso da música, Roma quase nada acrescentou
àquilo que se havia desenvolvido na Grécia. Sua contribuição ao progresso musical
destacou-se, contudo, pela invenção de alguns instrumentos como a Tíbia (uma
espécie de gaita-de-foles), a Tuba (precursora do trombone) e um órgão primitivo,
provavelmente hidráulico ou pneumático. Entretanto, parece que esse órgão não era
original. Alguns pesquisadores afirmam que um egípcio chamado Ctesíbio já havia
criado um aparelho do mesmo tipo dois ou três séculos antes da era cristã.
A IDADE MÉDIA
(O UT mais tarde passou a chamar-se Dó. Mas não se sabe quem o batizou, assim
como se ignora quem foi o padrinho do Si).
O Mensuralismo, inventado por Walter Oddington e Franco de Colônia no século XII,
também ajudou a evoluir a técnica musical. Era um sistema que permitia medir o
tempo sonoro, determinando uma duração específica para cada nota (breve,
semibreve, mínima, semínima, etc.).
A RENASCENÇA
O BARROCO
O CLASSICISMO
A OPERA SÉRIA – A ópera dos palcos europeus conservava-se presa aos padrões
da ópera cômica napolitana desde o momento em que Alessandro Scarlatti fizera
predominar a força emocional do texto sobre a música de teatro, que foi um foco da
atenção dos classicistas. Cansados desse "bel-canto" complicado e obsoleto, alguns
compositores decidiram renová-lo, voltando "ao natural" no gesto, na palavra e, em
especial, na melodia. Em vez de sentimentalismo, desejavam uma síntese
verdadeira do sentimento humano. A iniciativa do trabalho de tornar séria a ópera
coube a Christoph W. Gluck (1714-1787). Era mestre em Viena, na corte da
Imperatriz Maria Teresa. Mas foi em Paris que ele promoveu a reforma do drama
musical. A refinada corte francesa do século XVIII se dividia em dois grupos
antagônicos. De um lado se punham os partidários da ópera cômica; do outro
ficavam os apreciadores de Rameau, que procurara manter uma dramaticidade
equilibrada em suas composições. Orfeu e Eurídice, de Gluck, surgiu em 1762, ou
seja, dois anos antes da morte de Rameau. Nela não se podiam apontar
virtuosismos vazios. Era despojada de tudo aquilo que agradava aos "bufões". Os
entusiastas do seu rival Niccola Piccinni (1728-1800) lhe moveram guerra, mas sem
sucesso. O caminho aberto por Gluck passou a ser seguido por outros, como
Cherubini (1760-1842), Spontini (1774-1851), Méhul (1763-1817) e Salieri (1750-
1825). Um futuro brilhante se delineava para a ópera.
A MÚSICA EM TRANSIÇÃO
O ROMANTISMO
IMPRESSIONISMO
Modelagem Física
O grande salto foi dado pelos samplers, que podem fazer amostras digitais de sons
naturais e reproduzi-los com grande fidelidade. Esses instrumentos se tornaram
bastante populares, graças à redução do custo dos microprocessadores e
dispositivos de armazenamento (memórias digitais). Hoje, quase todos os
instrumentos musicais eletrônicos usam amostras digitais, quer sejam samplers (nos
quais o músico pode criar suas próprias amostras) ou simplesmente sample-players
(nos quais as amostras já vêm prontas).
EXPRESSIVIDADE E CONTROLE
PHYSICAL MODELING
É sabido que qualquer evento físico pode ser descrito por uma equação matemática,
mesmo se o evento se altera constantemente no tempo. A idéia parece bastante
simples, mas o grande problema é realmente implementar o processamento de tais
equações de forma que elas possam produzir algum resultado externo, isto é, gerar
sons em tempo-real. Tomando o exemplo de uma corda vibrando, poderíamos
pensar inicialmente que seu comportamento é simplesmente um movimento
harmônico (oscilação) amortecido (pois vai diminuindo, até silenciar). Entretanto,
durante todo o movimento da corda, diversos outros fatores influem sobre o
processo, como a deformação da corda (que se estica e encolhe periodicamente), a
interação dela com seus pontos de apoio e muitos outros parâmetros, que aqui não
teríamos espaço para enumerar.
Pelo que foi dito até agora, podemos entender que a modelagem física seria capaz
de criar a sonoridade original de um instrumento. Entretanto, em um instrumento
real, o processo não se resume apenas a um disparo do som, pois há uma série de
intervenções do músico sobre o instrumento, que alteram o processo original, e que
precisam ser permitidas e computadas pelo algoritmo.
Na corrida tecnológica, a Yamaha tem sido reconhecida por seus investimentos nas
pesquisas de novos processos. Assim foi com o legendário DX7, fruto de um esforço
industrial que viabilizou a produção de um instrumento incomum para a sua época, e
que, sem qualquer sombra de dúvida, tornou-se um divisor de águas para a
tecnologia de instrumentos musicais.
O VL1, infelizmente, ainda não pode ser considerado um instrumento popular, como
foi o DX7, pois, apesar de sua extraordinária capacidade sonora, possui uma
polifonia bastante restrita (2 vozes) e um preço bastante alto (US$ 5.000). Mas é
uma realidade, e coloca a Yamaha mais uma vez na frente da corrida da tecnologia.
Mas as qualidades do Morpheus não param por aí. O z-plane filter pode passar de
uma configuração (formante) para outra, em tempo-real sob o controle do músico
(por meio de um pedal, alavanca de modulação, etc), de forma que é possível fazer
um som se transformar em outro gradualmente (inclusive de trás para a frente). Esse
processo, chamado pela E-mu de morphing, faz com o som algo parecido com o que
já se vê há algum tempo em efeitos visuais criados por computação gráfica, em que
uma imagem se transforma em outra.
O Morpheus é um instrumento que pode produzir sons pouco usuais, e por isso
certamente não será usado de forma tão popular, até que se descubram todas as
suas possibilidades. Mas é uma proposta bastante interessante, que oferece
recursos novos e impressionantes de controle e expressividade, a um preço ainda
convencional.
Bibliografia
COPLAND, Aaron, Como Ouvir e Entender Música, Artenova, Rio de Janeiro, 1974
BARRAUD, Henry, Para Compreender as Músicas de Hoje, Edit. Perspectiva, São
Paulo
RAYNOR, Henry, História Social da Música, Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1981
CANDÉ, Roland de, História Universal da Música Vol.I e II, Martins Fontes, São
Paulo, 1004
HORTA, Luiz Paulo, Música clássica em cd – guia para uma discoteca básica, Jorge
Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1997
Música
www.historiadaarte.com.br
Medieval e Renascimento
Barroco
Nenhuma escola musical possui analogias tão nítidas com as artes plásticas como o
barroco: há o culto do ornamento, do arabesco - notas que " enfeitam"a melodia. De
Monteverdi a Johann Sebastian Bach, a música descobre a profusão dos sons
simultâneos como meio de alcançar o belo.Como pano de fundo dos instrumentos
que se revezam na narração melódica, surge o baixo contínuo (em geral o cravo). A
linguagem tonal se firma como sustentáculo da polifonia.Emergem novos gêneros
musicais: oratório, cantata, concertos, sonata para teclado.
Rococó
Clássico
Romântico
As regras clássicas de composição eram rígidas, e o compositor deveria obedecer a
elas. Os compositores românticos abandonaram essas fórmulas pois queriam
transportar para a música suas paixões e aflições, mas também seu nacionalismo e
suas aspirações políticas. O romantismo criou uma profusão de novas formas de
expressão: o moderno sinfonismo que começa com Beethoven, o lied (canção) que
se consolida com Schubert.A música torna-se uma mercadoria. No lugar dos
pequenos conjuntos a serviço de igrejas ou aristocratas, surgem as orquestras e as
companhias de ópera financiadas com a venda de ingressos ao público.
Outros nomes importantes da música romântica são Liszt e Wagner. Este último
destacou-se sobretudo pelas óperas que compôs. Algumas de suas obras
expressam um estranho fascínio pela morte. É dele a frase: "...mesmo quando a vida
nos sorri, estamos a ponto de morrer".
Pós-romântico
Moderno
Há pelo menos três correntes que nascem com o século.De um lado, a Escola de
Viena, que decreta o fim da linguagem tonal (o atonalismo de Shoenberg) e
reivindica uma organização revolucionária dos sons.De outro, Bartok, Chostakovitch
e Stravinski praticam uma amplificação das fronteiras do tonalismo e combinações
instrumentais menos ortodoxas.Há, por fim, um neoclassicismo em que Prokofiev e
Stravinski prenunciam modos de apropriação que se tornariam típicos na pós-
modernidade.
Contemporâneo
Brasileiros
A música erudita brasileira nasceu nas igrejas, com o barroco mineiro e baiano.
Prosseguiu como banda sinfônica e música de salão no século 19. Seu grande
compositor do período, Carlos Gomes, foi em verdade um dos elos da evolução da
ópera na Itália. Leopoldo Miguez tinha fortes vínculos com a estética wagneriana.O
nacionalismo só se esboça com Alberto Nepomuceno e ganha força com Heitor
Villa-Lobos, o mais representativo do modernismo.
Conjuntos Musicais
Conjuntos de Câmara: pequenos grupos musicais (duo, trios, quartetos e assim por
diante ) até as orquestras de câmara que podem chegar a 30 ou 40 músicos.
Tudo o que se conhece como música "antiga"(anterior ao século 18) poderia ser
enquadrado como música de câmara; na linguagem cotidiana, porém, o nome fica
mais restrito à música dos períodos clássicos, romântico e moderno.
Orquestra: grandes conjuntos de instrumentos, abrangendo cordas, madeiras,
metais e percussão.O número de instrumentistas numa orquestra varia de
aproximadamente 70 até 120 músicos ou mais.
A orquestra tem sua origem nos conjuntos instrumentais que acompanhavam
espetáculos de ópera e balé no século 17.Pouco a pouco, esses conjuntos foram
ganhando mais instrumentos.A evolução das formas composicionais no século 18
leva ao desenvolvimento e consolidação da orquestra moderna, que é um conjunto
especialmente apto para a execução de sinfonias e concertos.
Gêneros Musicais
http://br.geocities.com/vinicrashbr/principal/Musica.htm
Axé music
Estilo musical que surge em Salvador, Bahia, na segunda metade da década de 80.
Caracteriza-se pelo uso intenso da percussão e pela utilização predominante de
instrumentos como o repique, timbau e surdos. Próprias da cultura afro-baiana, as
letras em geral abordam temas relativos à sensualidade, com certa ironia e malícia.
Outras dizem respeito à rica religiosidade da população local e às tradições negras.
É comum a presença de bailarinas sensuais, uma clara influência dos antigos
sambas-de-roda do interior baiano.
O termo axé music é criado em 1987 pelo jornalista baiano Hagamenon Brito, que
trabalhava no jornal A Tarde, na tentativa de cunhar uma expressão pejorativa para
designar o estilo nascente. Ela é rapidamente incorporada pela mídia, tornando-se
uma designação de referência nacional para esse tipo de música. No início, os
músicos baianos renegam o nome, mas posteriormente acabam por aceitá-lo.
No começo dos anos 80, o grupo Olodum e o músico Luiz Caldas estabelecem as
bases do estilo, ao juntar elementos do Carnaval, da música caribenha e muita
percussão. A partir do samba-reggae e do samba-duro, típicos de Salvador, diluem a
estética afro por meio da introdução de elementos da música pop. Também é
fundamental nesse processo a batida criada por Neguinho do Samba. Os trios
elétricos, inventados nos anos 50 por Dodô e Osmar, são também influências
essenciais. Posteriormente, os grupos de axé music passam a incorporar novos
instrumentos, como guitarra, baixo, bateria e teclados.
A música que inaugura o gênero é Fricote, de Luiz Caldas, em 1985. No ano
seguinte, a canção Eu Sou Negão, de Jerônimo, faz muito sucesso. Mas o primeiro
grande fenômeno de vendas, que lança nacionalmente a axé music, é Madagascar
Olodum, do bloco afro Reflexu’s, gravada em 1987. Do mesmo ano é Vem Faraó,
que lança o grupo Olodum internacionalmente. Entre os maiores expoentes do estilo
estão É O Tchan, Terra Samba, Daniela Mercury, Chiclete com Banana, Asa de
Águia, Bamdamel, Netinho, Gera Samba, Banda Eva, Timbalada, Banda Beijo e Ara
Ketu.
Blues no Brasil
O primeiro blues, Crazy Blues, é gravado em 1920 por Mammie Smith. Outras
gravações pioneiras são feitas por Leadbelly (1889-1949), Robert Johnson (?-1938),
Blind Lemon Jefferson (1897-1929) e Jelly Roll Morton (1890-1941). Também se
destacam nomes como Charley Patton (1887-1934), Son House (1902-?), Bukka
White (1906-1977) e Tommy Johnson (1896-1956). Muitos deles, décadas depois de
mortos, influenciaram decisivamente a música pop do pós-guerra graças aos discos
que deixaram gravados.
Em 1940, o boogie woogie blues instrumental tocado no piano – faz do gênero uma
música dançante, representada por pianistas e compositores como Memphis Slim e
Rooselvelt Sykes. Guitarristas-cantores e compositores como John Lee Hooker e
Lightnin’ Hopkins ganham importância. Ainda no início dos anos 40, desenvolve-se
informalmente um novo gênero do blues – o rhythm’n’blues, de ritmo mais forte e
dançante, precursor do rock’n’roll dos anos 50. Esse blues urbano utiliza microfones
e guitarras elétricas para ser ouvido nos barulhentos bares noturnos. Chicago é um
dos maiores centros do gênero, com nomes como Muddy Waters, Willie Dixon, Little
Walter, Otis Rush, Howlin’ Wolf e Otis Spann, todos inspirados pelos músicos da
década de 20.
No princípio dos anos 50, músicos brancos como Paul Batterfield, John Kerner, John
Hammond e Dave Van Ronk ganham destaque. B.B. King, que começara a se
apresentar nos anos 40 numa emissora de rádio de Memphis, torna-se um dos
expoentes da época, assim como Albert King e Freddie King. Depois de assimilado
pelos primeiros roqueiros, o blues americano apresenta mais uma geração de
músicos, como Junior Wells, Buddy Guy, Jimmy Dawkins e Hound Dog Taylor.
No começo dos anos 70, o blues é retrabalhado por grupos de Heavy Metal. Em
contrapartida, nos anos 80, o texano Albert Collins, a cantora Koko Taylor, Johnny
Copeland e Robert Cray apresentam-se como resgatadores do gênero. Entre os
cantores brancos, os principais são Johnny Winter, Roy Buchanan e Steve Ray
Vaughan.
Blues no Brasil – As bandas de rock dos anos 60 absorvem o blues por intermédio
do rhythm’n’blues. Destacam-se grupos como Made in Brazil, Joelho de Porco, O
Terço e Os Mutantes, além de Raul Seixas. O Brasil não se caracteriza por um forte
cenário ou movimento de blues, apesar de o gênero ter um grande público. Dos
anos 80 até 1999, os maiores nomes são Nuno Mindelis, André Christovam, Celso
Blues Boy e as bandas Blues Etílicos e Big Allanbik.
Bossa nova
Movimento da música popular brasileira que surge no final dos anos 50, com João
Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e jovens cantores e compositores de classe
média da Zona Sul carioca. Caracteriza-se por maior integração entre melodia,
harmonia e ritmo, pelas letras mais elaboradas e ligadas ao cotidiano, pela
valorização da pausa e do silêncio e pela maneira de cantar mais despojada e
intimista que o estilo que vigorava até então. Inicia-se com o lançamento, em 1958,
do LP Canção do Amor Demais, gravado por Elizeth Cardoso (1920-1990), com
músicas de Tom Jobim e letras de Vinicius de Moraes. O acompanhamento de duas
faixas –Chega de Saudade e Outra Vez – é feito pelo violão de João Gilberto que
introduz uma nova batida, identificada mais tarde com a bossa nova.
No começo da década de 50, o jazz influencia cantores brasileiros como Dick Farney
(1921-1987), Lúcio Alves (1927-1993) e Johnny Alf (1929-), os precursores da bossa
nova. Eles são acompanhados por jovens da Zona Sul do Rio de Janeiro, como
Carlos Lyra (1933-), Roberto Menescal (1937-), Nara Leão (1942-1989) e Ronaldo
Bôscoli (1929-1994), que passam a se reunir para tocar violão e cantar músicas
próprias e de outros compositores.
Choro
Chorinho
Gênero da música popular brasileira que surge no final do século XIX, no Rio de
Janeiro. Inicialmente não é considerado estilo musical, mas uma forma abrasileirada
com que músicos da época tocam ritmos estrangeiros como polca, tango e valsa.
Eles utilizam, entre outros instrumentos, violão, flauta, cavaquinho, bandolim e
clarineta, que dão à música um aspecto sentimental, melancólico e choroso. O termo
choro passa, então, a denominar o estilo. Influenciado por ritmos africanos, como o
batuque e o lundu, sua principal característica é a improvisação instrumental,
especialmente com violão e cavaquinho. A função de cada instrumento na música
varia de acordo com o virtuosismo dos componentes do conjunto, que podem
assumir o papel de solo, contraponto ou as duas coisas alternadamente.
A partir de 1880, com a proliferação dos conjuntos de pau e corda, formados por
dois violões de cordas de aço, flauta e cavaquinho, o estilo populariza-se nos salões
de dança e nas festas da periferia carioca. Um dos primeiros chorões – nome dado
aos integrantes desses conjuntos – é o flautista Joaquim Antônio da Silva Calado
(1848-1880). Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga criam as primeiras
composições que firmam o choro como gênero musical com características
próprias.
Funk
Gênero musical derivado do rhythm and blues e do pós-bop jazz moderno, de batida
mais vigorosa e dançante, cujo apogeu se dá na década de 70. Utiliza modernas
harmonias e concentra-se no suingue e nos elementos da soul music. Sua vocação
de música para dançar está no próprio nome. No inglês coloquial, funk significa forte
odor, particularmente sexual, que pode ser associado ao suor de quem dança com
entusiasmo. Instrumentos como contrabaixo, metais e bateria destacam-se nos
arranjos. As letras trocam o tom romântico do blues e do rhythm and blues por um
estilo mais agressivo e socialmente engajado. Faz parte do conjunto de gêneros
musicais rotulados como música negra (black music), com o jazz e o blues.
O funk firma-se nos Estados Unidos (EUA) nos anos 60, com o apoio da gravadora
Motown, que lança os principais nomes da música negra americana, como Steve
Wonder, Marvin Gaye, Smokey Robinson, Supremes, Temptations, Four Tops,
Junior Walker e Marvelletes. James Brown é considerado o pai da funk music ao
lançar, no início dos anos 60, o sucesso Make it Funky. Contemporâneo de James
Brown, Little Richard é outro nome importante do gênero.
No começo dos anos 70, o uso de sintetizadores e grupos como Chic e Earth Wind
& Fire dão nova força ao funk e possibilitam o aparecimento da disco music no
decorrer da década. Fortemente baseada no funk, ela surge entre os negros e gays,
com elementos de black pop, e vira moda nas danceterias. Alguns dos principais
nomes da disco music são Donna Summer, Village People, Ritchie Family, Andrea
True Connection, Georgio Moroder e Bee Gees. Fundadores do funk, como James
Brown, voltam-se contra o estilo. Em 1979, ele lança It’s Too Funky in Here (Isto
Está Funky Demais), como sinal de reprovação. George Clinton e sua Parliament
Funkadelic recriam o funk em suas bases de rhythm and blues mais originais, brutas
e enérgicas, apontando, assim, novos caminhos. A partir de então, o gênero adquire
um sentido mais amplo – como dança pop negra ou até mesmo jazz-funky. Em
1982, o funk Thriller, de Michael Jackson, vende 40 milhões de cópias, um recorde
na história da música. No começo dos anos 80, o funk assume formas e versões
musicais diferentes: uma se aproxima das guitarras e do estilo heavy metal,
especialmente no trabalho do grupo Red Hot Chilli Peppers (inspirado em George
Clinton); outra se soma ao recém-criado gênero pop chamado rap, como o do grupo
Run-DMC. O funk inaugura um estilo de vida: o jeito de se vestir, de andar, de
dançar e uma forma solta de tocar música.
Jazz
Música popular surgida em Nova Orleans, Estados Unidos, por volta de 1900, criada
por músicos negros. Caracteriza-se pela improvisação constante, pela forte
marcação rítmica e pelo uso freqüente da síncope e da polifonia, que podem tratar a
variação de um tema ou evoluções de melodias totalmente novas. As primeiras
estruturas do jazz são semelhantes às do blues, como as blue notes (notas médias
não encontradas na escala diatônica, que troca a terceira e a sétima nota da escala).
Em suas raízes está a fusão de ritmos trazidos pelos africanos com a música
européia dos séculos XVIII e XIX. Trata-se de uma atitude inédita, que não
compreende a música apenas como atividade social. O músico é o compositor e o
próprio intérprete. Inicialmente, a palavra jazz era também conhecida como "jass",
atribuída ao francês jaser, que significa falar, tagarelar. É publicada como sinônimo
de dança em 1909. Em 1913, os músicos do exército norte-americano tocavam jazz
e ragtime, o último elemento a compor o jazz.
Até o começo dos anos 20, o jazz enfrenta resistência devido ao racismo –grandes
músicos negros não obtêm reconhecimento. Apesar dos excelentes músicos
brancos de jazz, italianos e judeus, os inovadores são os negros, e Nova Orleans
constitui-se no principal centro. A acelerada migração leva muitos artistas a outras
partes, Mississippi, Chicago e depois Nova York. Surgem pioneiros como o pianista
Tony Jackson, o cornetista Buddy Bolden, Freddie Keppard, Jelly Roll Morton, Alan
Philip e Kid Thomas Valentine.
Estilos – Nos anos 20, o trompetista de Nova Orleans Louis Armstrong (1900-1971)
envolve-se com diversas formações de bandas de jazz e inaugura a série Hot Fives
e Hot Sevens em gravações elétricas. É ele que permite a solistas maior liberdade
em relação às estritas regras clássicas do estilo. Armstrong torna-se o primeiro e um
dos maiores solistas da história do jazz. Seus discos abrem novos caminhos para a
música norte-americana, com um estilo que alterna tensão e descontração. Outro
nome do período é o pianista e compositor Duke Ellington (1899-1974), responsável
pelas composições de jazz para grandes grupos de músicos e introdutor da era das
big bands. Benny Goodman o sucede em 1935. Durante os 15 anos seguintes – seu
período de maior sucesso –, o jazz domina totalmente a música popular americana.
Bandas como Count Basie, Stuff Smith, Harry Edison, Jimmy Blanton, Charlie
Christian e McKinney’s Cotton Pickers exibem-se em todo o país. Nesse período
ocorrem muitas inovações. Count Basie reintroduz o blues no jazz, o que traz ao
gênero um novo impulso. Com Ben Webster, Coleman Hawkins adota o saxofone
tenor como instrumento de jazz. O saxofonista Lester Young apresenta a alternativa
de tocar mais alto e mais leve. Billie Holiday (1915-1959) é considerada a maior
cantora de jazz, seguida por Ella Fitzgerald. Com o fim das big bands, outra geração
de músicos desponta nas jam sessions do bebop (estilo que apresenta tempos mais
rápidos e frases mais longas e complexas): Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Sarah
Vaughan, Thelonious Monk, Kenny Clarke, Max Roach e Bud Powell.
Nos anos 50, o jazz registra uma das mais baixas popularidades de toda a sua
história. Aparecem derivações como modern jazz, progressive jazz e cool jazz.
Nessa época ganha destaque o pianista e compositor Dave Brubeck, de grande
sucesso comercial. Outros nomes também se firmam: Gerry Mulligan, Chet Baker,
Lee Konitz, Art Peper e Stan Getz. A gravadora Blue Note e outros selos ajudam a
projetar talentos como Sonny Rollins, Johnny Griffin, Tina Brooks, John Coltrane,
Dexter Gordon e Gil Evans. Charlie Mingus influencia vários músicos e bandas: Eric
Dolphy e Art Blakey’s Jazz Messengers. Músicos da Blue Note apresentam
influência funk no jazz e originam termos como jazz-funk e disco-funk. Na metade da
década de 50, surge o Miles Davis’s Quintet. Miles fica conhecido como símbolo do
hard bop, que enfatiza as raízes africanas do jazz. Nos anos 60, o saxofonista
Ornette Coleman (1930-) introduz o free jazz. O som muda de uma frase para outra,
alternando marcações imprevisíveis de tom. A vertente mais popular dessa
tendência é a fusion music, que une jazz, rock e ritmos latino-americanos.
Evidenciam-se Herbie Hancock, Chick Corea, Don Cherry e Jimmi Smith.
Considerados influenciadores da new age, encontram-se Keith Jarrett, Larry Coryell,
Corea, Weather Report, Bill Bruford e Bill Laswell. Nos anos 80, orientado para o
pop, o trompetista Wynton Marsalis explora com êxito um novo estilo. Em meados
da década surge o acid jazz, com base no doo-bop de Miles Davis, uma mistura de
jazz com samples e loops de clássicos e rap, cujos expoentes são Miles, US3,
Guru’s Jazzmatazz, Digable Planets e James Taylor Quartet. O acid jazz resgata
veteranos: Donald Byrne, Don Cherry e Pharoah Sanders. Na década de 90, o jazz
consolida-se como um dos gêneros de maior influência entre músicos de todos os
estilos e países. Além da Blue Note, faz sucesso a gravadora Verve. Seus nomes de
mais sucesso são Cassandra Wilson, Jackie McLean, Joe Henderson, Joshua
Redman, Charlie Hunter Trio, Dianne Reeves, Wallace Roney, Ron Carter etc. Tem
destaque o jazz latino de Tito Puentes, Arturo Sandoval, Paquito d’Rivera.
Jazz no Brasil – O jazz influencia a música brasileira a partir dos anos 50 com o
surgimento da bossa nova – uma mistura de elementos do jazz com samba. Do jazz,
a bossa nova importa os improvisos ao piano, violão e saxofone e uma estrutura
melódica e harmônica sofisticada, além da interpretação sincopada. Considerada o
cool jazz brasileiro, a bossa nova é fortemente incorporada à cultura norte-
americana nos anos 60 por intermédio de músicos como Stan Getz, João Gilberto,
Astrud Gilberto e Tom Jobim. Grandes nomes do jazz gravam bossa nova: Sarah
Vaughan, Ella Fitzgerald e Joe Henderson. Depois da bossa nova, muitos músicos
brasileiros incorporam o jazz em suas músicas. Entre os músicos que se dedicam a
dar um formato brasileiro ao jazz tradicional, estão o saxofonista Paulo Moura, a
pianista Eliane Elias, a cantora Flora Purim, Leo Gandelman, César Camargo
Mariano, Victor Assis Brasil, Egberto Gismonti, Naná Vasconcelos, Hermeto
Pascoal, André Geraissati e Zimbo Trio.
Jovem Guarda
Movimento musical surgido no Brasil nos anos 60. É uma variação suave do rock,
batizada no país de iê-iê-iê, com letras românticas e descontraídas, dirigidas ao
público adolescente. A expressão começa a ser usada com a estréia do programa
de auditório dominical Jovem Guarda, na TV Record, em 1965. Comandado por
Roberto Carlos, Erasmo Carlos (1941-) e Wanderléa (1946-), apresenta ao público
os principais artistas ligados ao movimento. O nome, segundo integrantes do grupo,
surge em oposição à velha-guarda, termo usado para referir-se aos cantores que
precederam a chegada do rock ao Brasil. O programa torna-se popular e impulsiona
o lançamento de grifes de roupas e acessórios, como a Calhambeque, título de um
dos grandes sucessos da jovem guarda. Os precursores do gênero são cantores e
compositores que, influenciados pelo rock norte-americano dos anos 50, tentam
reproduzir o ritmo com letras em português ou cantando no original. Destacam-se
Ronnie Cord (1943-), consagrado com Rua Augusta, e Celly Campelo (1942-), com
Estúpido Cupido. Outros expoentes da jovem guarda são Jerry Adriani (1947-),
Wanderley Cardoso (1945-), Martinha (1948-), Ronnie Von (1944-), Silvinha (1951-),
Eduardo Araújo (1942-) e as bandas Renato e Seus Blue Caps, The Fevers e Os
Incríveis. Entre os principais sucessos estão Festa de Arromba, Prova de Fogo,
Garota Papo Firme, Parei na Contramão e É Proibido Fumar. Criticado por fazer
músicas alienadas, desligadas da realidade social e política do país, o movimento
perde popularidade no início da década de 70 com o avanço do rock pesado. Nos
anos 90, regravações da jovem guarda por grupos de rock fazem sucesso entre os
adolescentes.
Música aleatória
Gênero musical em que o compositor cria as obras com sons juntados ao acaso e
fornece ao intérprete apenas uma orientação básica. Nas partituras há, por exemplo,
indicações de notas musicais ou blocos de notas, ruídos variados, efeitos de
instrumentos, sons vocais e até regras para combinar programações de rádio. Essas
marcações também podem ser vagas, como "tocar no ritmo do átomo ou do
Universo". Para apontar todos esses elementos, as partituras empregam notações
especiais. Em uma delas vê-se um canhão dando tiros para todos os lados. Em
outra estão relacionadas algumas notas e desenhado um labirinto por onde o
intérprete deve caminhar. O resultado, imprevisível, varia a cada execução. Embora
possa ser gravada, em geral destina-se a apresentações ao vivo. A música aleatória,
baseada na liberdade para improvisar, surge na década de 50 nos Estados Unidos
(EUA) e na Europa como reação ao rigor do serialismo e à autoridade do compositor
sobre o intérprete. Seu líder é o norte-americano John Cage (1912-1992), que
defende a liberdade total de criação e de execução musical. Ao compor esse tipo de
música, Cage baseia-se muitas vezes no oráculo chinês I Ching, em que moedas ou
varetas jogadas ao acaso conduzem a hexagramas que contêm respostas para a
questão formulada. A cada hexagrama Cage associa sons e silêncios. Ao compor,
joga as moedas e chega aos "hexagramas sonoros", que, combinados, resultam na
obra. Em Paisagem Imaginária, ele radicaliza e deixa para o intérprete o jogo que
levará aos hexagramas.
Música country
Gênero criado e desenvolvido no século XVIII nos estados do sul e do oeste dos
Estados Unidos (EUA). Música rural, é também conhecida como blues feito por
brancos. Inicialmente chama-se folk music, hillbilly e ainda country western. Os
cantores adotam tom grave e anasalado, e o acompanhamento básico é feito com
violão, banjo ou violino. No visual predomina o estilo caubói, tema de muitas das
baladas.
A origem da música country é atribuída aos pequenos proprietários das terras ao sul
das montanhas Apalaches no século XVIII. Nascidos, na maioria, na região
fronteiriça entre Inglaterra e Escócia, esses colonos levam para os EUA baladas
folclóricas de sua cultura. Outra tradição musical do country vem da música dos
estados do sudoeste norte-americano, especialmente do Texas, influenciado pelo
blues e pela música rural de dança negra.
Música country no Brasil – Como no país não existe a figura do caubói da maneira
que foi concebida nos EUA, predomina aqui a representação do vaqueiro, de perfil
menos conquistador e aventureiro, e mais pacífico. No entanto, a música típica do
vaqueiro brasileiro dos sertões aproxima-se mais da música caipira, da moda de
viola e da música regional, com influência de toadas, cocos, emboladas e da música
paraguaia. Músicos brasileiros sertanejos incorporam a figura típica do caubói norte-
americano mais acentuadamente nos anos 80, como reflexo do renascimento da
música country norte-americana. Cantores e duplas sertanejas como Xitãozinho &
Xororó e Leandro & Leonardo assimilam o perfil musical e o figurino norte-
americano. Alguns gravam discos em Nashville e fazem parceria com nomes de
expressão da atual música country norte-americana.
Música eletrônica
Chama-se de eletrônica a música criada com sons produzidos em laboratórios por
aparelhos geradores de freqüência, depois manipulados e gravados em fita
magnética. Surge no início da década de 50 e explora os recursos oferecidos pela
evolução da eletrônica, associados com os métodos de composição do serialismo. A
partir de 1958, os artistas misturam instrumentos acústicos e eletrônicos e dão
origem à música eletroacústica. Essa interação se sofistica com os recursos da
informática. Apesar do nome, não há relação entre esse tipo de composição e a
música executada com instrumentos criados e popularizados pela indústria
eletrônica, como a guitarra elétrica. Enquanto a música concreta utiliza sons
ambientais depois reelaborados em estúdio, a eletrônica só trabalha com sons
sintetizados em laboratório. A maioria das composições é gravada e dispensa
intérprete.
No começo dos anos 80, com o avanço da tecnologia digital, da fita DAT de
gravação, da popularização do microcomputador doméstico e de estúdio, do sistema
de gravação pro-tools, adaptado a um teclado, praticamente qualquer pessoa pode
produzir música eletrônica em casa – e de excelente qualidade. Nessa época
surgem os DJs, que não apenas tocam músicas nos clubes, mas remixam boa parte
das produções existentes, transformando radicalmente a produção musical. Ainda
nos anos 80 é criado o Musical Instrument Digital Interface (MIDI), programa de
transmissão de dados entre computadores, sintetizadores, mixers computadorizados
e gravadores. O MIDI padroniza uma linguagem que permite a conversa, a conexão
entre instrumentos musicais. Ele possibilita que uma mesma pessoa componha,
execute e grave peças musicais sofisticadas. Na década de 90, novos "grupos" – na
verdade, formados por uma só pessoa – de música pop eletrônica desfrutam esse
aparato. Entre eles destacam-se 808 State, Peter Gabriel, Thomas Dolby, Brian Eno,
Holger Czukay, Todd Rundgren, Cabaret Voltaire, Aphex Twin, Autechre, Speed J e
Black Dog. Outros gêneros musicais aparecem: techno, ambient, trance, trip hop,
drum’n’bass e house. No fim dos anos 90, os destaques são The Orb, Orbital,
Underworld, Fat Boy Slim e Africa Bambaata.
1549 – O padre Manoel da Nóbrega – que chega ao Brasil com os primeiros jesuítas
– menciona a música de catequese, em geral realizada com base em melodias
gregorianas.
1798 – O padre José Maurício Nunes Garcia inicia suas atividades como mestre na
Capela da Sé do Rio de Janeiro. Ele desenvolve uma linguagem composicional
própria, com uma riqueza harmônica comparável à dos padrões europeus da época.
Haydn, Mozart, Cimarosa e Rossini são suas principais influências. É o primeiro
diretor do Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
1946 – Claudio Santoro, Guerra Peixe, Eunice Catunda e Edino Krieger assinam o
manifesto de 1946, que tem o objetivo de resgatar elementos nacionais nas
composições. Guerra Peixe e Santoro usam então recursos da música regional, que
irá influenciar a música popular instrumental brasileira. Muitos compositores aderem
ao uso livre de componentes da tradição brasileira, como Marlos Nobre e Almeida
Prado.
1962 – O compositor Gilberto Mendes lança o Festival Música Nova, que passa a
apresentar anualmente as obras de compositores da nova música brasileira em
concertos nas cidades de Santos e São Paulo. No ano seguinte, a revista Invenções,
publicada pelo grupo dos concretistas, lança o Manifesto Música Nova, ou Manifesto
por uma Nova Música Brasileira.
1989 – O regente britânico Graham Griffiths funda o Grupo Novo Horizonte, em São
Paulo (SP). Ele dá grande impulso à produção dos compositores brasileiros ao
encomendar, executar e gravar obras de autores dos mais diversos e contraditórios
estilos.
Década de 90 – Dá-se a ascensão dos autores nascidos nos anos 50 e 60, que
seguem as mais variadas tendências. O mineiro Eduardo Guimarães Álvares tem
uma produção próxima do teatro musical. Em São Paulo, Silvio Ferraz segue o
virtuosismo extremado do compositor britânico Brian Ferneyhough, e Amaral Vieira
reporta-se diretamente ao romantismo de Liszt. Roberto Victorio e Harry Crowl
utilizam o atonalismo de maneira livre. O carioca Ronaldo Miranda tem uma
linguagem que alterna livre atonalismo e neotonalismo. Em 1992 estréia no Teatro
Municipal de São Paulo a ópera Dom Casmurro, baseada na obra de Machado de
Assis.
Música Erudita
Pré História – A música surge ligada aos rituais religiosos. Apenas alguns restos de
instrumentos são conhecidos, como as flautas de falanges, datados do Paleolítico
médio (10200 a.C). No Neolítico (3000 a.C), a prática musical envolve instrumentos
feitos de argila e pele de animais.
Século VI a.C. – Referências à música aparecem nos escritos dos filósofos gregos.
Há uma vasta produção musical ligada às festividades e ao teatro, e a notação
musical é feita com a utilização de letras do alfabeto grego, o que possibilita a
recuperação de algumas composições. Pitágoras demonstra proporções numéricas
na formação das escalas musicais, na mais antiga menção a uma teoria da música
na Grécia.
Séculos IV a.C.-I a.C. – A teoria e a música grega são compiladas pelos romanos. A
tradição musical grega é difundida por escravos vindos da Grécia, que tomam parte
em exibições de lutas e espetáculos em anfiteatros.
Séculos I-VI – A base da música da Idade Média começa com a proliferação das
comunidades cristãs. Suas fontes são a música judaica (os salmos) e a música
helênica sobrevivente na Roma antiga. As principais formas musicais são as
salmodias e himnodias, cantadas numa única linha melódica, sem
acompanhamento. A música não dispõe, então, de uma notação precisa. São
utilizados signos fonéticos acompanhados de sinais que indicam a movimentação
melódica (neumas).
Século XII – A prática polifônica dá um salto com a música escrita por compositores
que atuam na Catedral de Notre-Dame. Eles dispõem de uma notação musical
evoluída, em que não só as notas vêm grafadas mas também os ritmos. Destacam-
se compositores como Léonin e Pérotin.
Séculos XIII-XIV – Surgem a Ars Antiqua, entre 1240 e 1325, e a Ars Nova, de 1320
a 1380. Ambas têm como principal forma de composição o motete, moldado a partir
de textos cristãos não litúrgicos, que logo são traduzidos para o francês. Na Ars
Antiqua, textos de origens diferentes aparecem cantados em contraponto, enquanto
na Ars Nova tais sobreposições são mais restritas. Uma distinção importante entre
elas é a presença, na Ars Nova, de uma polifonia resultante da notação musical
mais precisa, surgida a partir de 1300. Os meistersanger germânicos, mestres
cantores da burguesia, substituem os minnersanger. No norte da França surgem os
troveiros. Tanto os meistersanger quanto os troveiros exercem forte influência na
música e poesia medieval européia.
Século XVIII (início) – A ópera torna-se a música mais popular na Itália, fazendo a
transição entre o barroco e o classicismo. Seu principal compositor é Alessandro
Scarlatti, pai de Domenico Scarlatti, e a cidade de Nápoles é o centro da atividade
operística, difundindo esse estilo musical que predominará nesse século. Entre seus
compositores se destacam também o alemão Georg Friedrich Haendel (que, além
das óperas, fez grande sucesso em Londres com oratórios como O Messias),
Niccolò Jommelli, compositor napolitano que serviu à corte de Lisboa, e Joseph
Haydn.
Década de 60 – O termo teatro musical começa a ser empregado para obras que
integram o elemento dramático em suas apresentações. Entre os músicos que se
destacam estão o argentino radicado na Alemanha Maurício Kagel e o alemão Hans
Werner Henze. Ambos usam elementos não convencionais em suas composições.
Surge o minimalismo, com o uso de ritmos e repetições padronizados, que reduzem
os elementos utilizados na composição. Entre os músicos que se voltam à música
tonal e modal estão os minimalistas norte-americanos Philip Glass, Terry Riley e
Steve Reich.
1961 – O compositor norte-americano John Cage é convidado a dar palestras e
apresentar suas obras nos cursos de verão da escola de Darmstadt, Alemanha,
palco da música serial integral. Cage apresenta suas inovações no campo da
música aleatória, surgida na década de 50, em que a melodia é feita pelo acaso. Em
Paisagem Imaginária (1951)le coloca cada um dos elementos da composição (o
tempo, as durações, os sons, as intensidades) em cartelas que devem ser
combinadas pelo intérprete segundo um hexagrama sorteado do I Ching, o Livro das
Mutações.
1965 – O polonês Krzysztof Penderecki causa impacto com sua Paixão Segundo
São Lucas e com a ópera Os Demônios de Loudun, que estréia quatro anos depois.
Clusters (grupos de notas adjacentes que soam simultaneamente), novos efeitos
nas cordas e variados efeitos de percussão: Penderecki cria um estilo que será
imitado à exaustão no mundo todo.
1969 – Luciano Berio compõe sua Sinfonia, obra que utiliza o processo de colagem,
sobrepondo diversos trechos de composições datadas da história da música, textos
de panfletos estudantis, tendo como pano de fundo um movimento de sinfonia de
Gustav Mahler. Dessa forma, Berio abre caminho para uma música que funde
elementos do passado aos contemporâneos.
1998 – Conhecido como regente e pianista de jazz, o francês André Previn compõe
sua primeira ópera: A Streetcar Named Desire, baseada em texto homônimo de
Tennessee Williams.
1917 – Donga (Ernesto dos Santos) registra o samba carnavalesco Pelo Telefone.
Apesar de estar musicalmente mais próxima de um maxixe, a composição marca, ao
mesmo tempo, o começo da profissionalização na música popular e o nascimento
oficial do samba. Também é de 1917 a primeira gravação de uma canção de
Pixinguinha, um dos mais importantes compositores populares do país, tanto de
canções como de música instrumental. Ele estabelece as bases da música popular,
particularmente do choro, e dá início a uma linguagem orquestral brasileira. Outros
nomes ligados à criação e ao amadurecimento do samba são Caninha (João Lins de
Moraes) e João da Baiana (João Machado Guedes).
Década de 50 – O prestígio de Luiz Gonzaga abre caminho para muitos outros que
dão continuidade ao movimento de agregar ao sul a rica musicalidade do Nordeste.
O baião, o coco, o xaxado e o arrasta-pé são apenas alguns dos ritmos trazidos por
artistas como Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho. Enquanto, de um lado,
se firma o baião, de outro aparece o samba-canção, como uma expressão mais
adequada à década, caracterizada pela melancolia do pós-guerra. Esse samba mais
lento, suave e com orquestração sofisticada logo se torna um modismo e aponta
para o surgimento da bossa nova. Sua temática gira, quase sempre, em torno de
grandes decepções amorosas. Antônio Maria e Dolores Duran, como compositores,
e uma infinidade de intérpretes, como Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira,
Angela Maria e Caubi Peixoto, consolidam seu sucesso nessa época, que é
marcada pelo apogeu do rádio.
Estréia o programa musical Jovem Guarda, na TV Record. Seu nome passa a ser
associado a um movimento que pretende contrapor-se à velha-guarda – cantores
anteriores à chegada do rock no Brasil. Sua música é uma variação suavizada do
rock e recebe o nome de iê-iê-iê. As letras, românticas e descontraídas, agradam ao
público adolescente. Os principais membros da jovem guarda são Roberto Carlos,
Erasmo Carlos e Wanderléa.
fall:EAAI – Alguns músicos antes ligados à bossa nova reagem à alienação política
desse gênero musical e ao excessivo domínio do jazz, iniciando um movimento de
revalorização do samba tradicional e da temática dos morros. Nara Leão, até então
a musa da bossa nova, reabilita e grava músicas de Cartola e Nelson Cavaquinho.
Compositores e intérpretes de várias partes do país consolidam o sucesso nos
grandes centros urbanos. Provenientes da Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia
firmam-se entre as cantoras de maior prestígio. De Alagoas vem Djavan; do Pará,
Fafá de Belém; do Ceará, Belchior e Fagner; de Pernambuco, Alceu Valença; da
Paraíba, Elba Ramalho. No rock destaca-se o trabalho de Raul Seixas e de Rita Lee,
que, separada dos Mutantes, faz seus primeiros trabalhos solo. Tim Maia imprime
um caráter pessoal e brasileiro ao funk, e Jorge Ben, mais tarde Ben Jor, faz uma
síntese do funk e do samba. Nessa década acontecem também importantes festivais
de jazz, que abrem caminho para a música instrumental.
1980-1983 – O rock, o punk, a new wave e suas diversas ramificações pop dominam
o mercado fonográfico internacional e são assimilados com extrema rapidez no
Brasil. O país segue rapidamente a principal mensagem desse revolucionário e
libertário período, contida na proposta musical punk: a de que qualquer um,
literalmente, poderia formar uma banda e tocar apenas certos acordes. É o "faça
você mesmo".
1984-1989 – Os grandes nomes da MPB dos anos 70 vendem menos nos anos 80,
e alguns artistas desaparecem do cenário musical. Paralelamente surge um
movimento com outros nomes ligados à estética da MPB, chamado de vanguarda
paulistana, que mantém trabalhos esparsos nos anos 90. A modificação fundamental
no panorama da música popular brasileira é a transformação do rock nacional num
fenômeno comercial bastante significativo, com o surgimento de uma nova safra de
ídolos. Nasce assim uma consistente produção underground nacional,
principalmente em São Paulo e com menor força no Rio de Janeiro, com centenas
de bandas que refletem as diversas tendências do que se produz nos Estados
Unidos e na Inglaterra. Várias delas continuam a criar uma obra relevante nos anos
90, como Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, Titãs, Kid Abelha, Engenheiros
do Hawaii e Barão Vermelho, da qual mais tarde sai o vocalista Cazuza para uma
destacada carreira solo. Individualmente, aparecem trabalhos de artistas como
Lobão, Marina Lima e Lulu Santos. Rita Lee e Raul Seixas continuam a produzir. O
rock domina o panorama musical brasileiro quase até o final da década, quando uma
renovada produção começa a estabelecer parâmetros musicais genuinamente
nacionais e populares, abrindo outro cenário para a década de 90.
Música sertaneja
Denominação genérica de toda música popular com características rurais, que utiliza
violas caipiras, acordeons e vocalização em terças paralelas – as melodias das duas
vozes se mantêm separadas pela mesma distância na escala. As letras invocam os
aspectos bucólicos e românticos da paisagem, das pessoas e da vida interiorana.
Esse tipo de música surge isoladamente, sem nenhum tipo de influência da cultura
urbana nem da música norte-americana ou européia.
Nessa mesma época tem início a fusão da música criada nos sertões do país com a
produzida nas cidades. Aparecem então estilos urbanos com sotaque interiorano,
como o samba sertanejo e a valsa sertaneja. Na década de 70, a música sertaneja
urbana passa a incorporar elementos do romantismo melancólico difundido pelo
cantor e compositor Roberto Carlos em canções como Amada Amante e Detalhes.
Essa nova vertente se torna um fenômeno de vendas nos anos 90, com a ascensão
das duplas Xitãozinho & Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano,
Gian & Giovanni, Christian & Ralf e o cantor Daniel. Ela também se fixa
definitivamente à imagem do caubói americanizado disseminada nos rodeios
realizados em várias partes do país, que atraem um número de pessoas cada vez
maior ao interior.
Música caipira versus sertaneja – O termo sertanejo com freqüência é usado como
sinônimo de caipira, nome inicialmente associado à música da região centro-sul
brasileira, conhecida como "Paulistânia" – que inclui os ritmos produzidos nos
estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Algumas pessoas, no
entanto, consideram que música sertaneja é aquela produzida nas grandes cidades.
A música caipira seria a verdadeira música de raiz, que não teve influência urbana e
não utiliza instrumentos modernos adaptados, como bateria, teclados, guitarras e
baixos elétricos. Na opinião de um dos principais nomes da vertente de raiz, a
cantora, compositora e violonista Inezita Barroso, uma das diferenças básicas está
na temática. A música caipira versa sobre a vida no campo, histórias de bichos,
fábulas, episódios, crenças e choques de culturas, enquanto a música sertaneja
urbana fala das cidades, é mais dramática e melancólica e trata de temas como
adultério, traição e frustração.
Ópera
Drama musical cantado que surge na Itália e predomina entre os séculos XVII e XIX
na Europa. É uma das manifestações do barroco na música, embora o romantismo
também o tenha cultivado. O enredo da ópera é chamado de libreto – pequeno livro
contendo o texto ou o argumento da obra. A ópera nasce numa época em que a
Igreja Católica só admitia cantos sacros e sem acompanhamento de instrumentos.
Um grupo de músicos de Florença busca então recuperar a forma original do teatro
grego, declamado de forma quase cantada e acompanhado por flautas e liras.
As grandes orquestras sinfônicas são formadas por quase uma centena de músicos.
Esse número varia de acordo com as obras a ser executadas durante o concerto.
Em geral, a configuração padrão de uma orquestra de grande porte é:
- logo abaixo vêm os metais: uma tuba, quatro trombones, quatro trompetes e oito
clarins;
Alceu Valença (1946-) – Planetário (1969); Vou Danado pra Catende (1975);
Coração Bobo (1980); Pelas Ruas Que Andei (1982); Andar, Andar (1990); Mar
(1996).
Angela Maria (1928-) – Olhos Verdes (1948); Sou Feliz (1951); Não Tenho Você
(1952); Fósforo Queimado (1953); Ave Maria no Morro (déc. 50); Lábios de Mel
(1955); Babalu (1956); Beijo Roubado (1962); Cinderela (1965); Gente Humilde
(1970).
Arrigo Barnabé (1951-) – Clara Crocodilo (1980); Tubarões Voadores (1984); Tchau
Trouxa (1987); O Combate entre Lúcifer e o Arcanjo Miguel (1990); Mascacadáver
(1990); Tecnumbanda (1990).
Barão Vermelho (1981-) – Pro Dia Nascer Feliz (1983); Maior Abandonado (1984);
Bete Balanço (1984); Carne Crua (1994); Malandragem, Dá um Tempo (1996); Puro
Êxtase (1998).
Caetano Veloso (1942-) – Alegria, Alegria (1967); Tropicália (1968); London, London
(1971); Araçá Azul (1972); Qualquer Coisa (1975); O Leãozinho (1977); Sampa
(1978); Menino do Rio (1979); Outras Palavras (1981); O Estrangeiro (1989); Fora
da Ordem (1991); Haiti (1993); Tieta do Agreste (1996); Os Passistas (1997).
Caubi Peixoto (1934-) – Saia Branca (1951); Blue Gardenia (1954); É Tão Sublime o
Amor (1956); Conceição (1956); Prece de Amor (1958); Ninguém É de Ninguém
(1958); Zíngara (1970); Verão Vermelho (1971); Começaria Tudo Outra Vez (1982).
Chico Buarque de Holanda (1944-) – A Banda (1966); Roda Viva (1967); Retrato em
Preto-e-Branco (1968); Gente Humilde (1969); Apesar de Você (1970); Cálice
(1973); Vai Trabalhar Vagabundo (1975); Meu Caro Amigo (1976); O Cio da Terra
(1977); Trocando em Miúdos (1978); Bye Bye, Brasil (1979); Anos Dourados (1986);
Paratodos (1993); Carioca (1998).
Chico César (1964-) – Mama África (1995); À Primeira Vista (1995); Mandela (1996);
Benazir (1996); Onde Estará o Meu Amor (1997); Beleza Mano (1997).
Chico Science & Nação Zumbi (1994-1997) – Rios Ponte & Overdrives (1994); Da
Lama ao Caos (1994); Maracatu Atômico (1996); Macô (1996); Corpo de Lama
(1996).
Chitãozinho e Xororó (1967-) – Tocando a Boiada (1967); Moreninha Linda (1971);
Caminhos de Minha Infância (1973); Uma Casa de Caboclo (1976); Fio de Cabelo
(1984); Se Deus Me Ouvisse (1986); Falando às Paredes (1987); Deixei de Ser
Caubói por Ela (1998); Na Aba do Meu Chapéu (1998).
Dalva de Oliveira (1917-1972) – Itaguari (1936); Babalu (1940); Ave Maria no Morro
(1943); Kalu (1952); Ai Yoyô (Linda Flor) (1952); Folha Morta (1953); Lencinho
Querido (1957); Máscara Negra (1966); Estão Voltando as Flores (1970); Bandeira
Branca (1970).
Djavan (1949-) – Flor-de-Lis (1976); Meu Bem Querer (1980); Açaí (1982); Lilás
(1984); Topázio (1986); Oceano (1989); Linha do Equador (1992); Limão (1994);
Malásia (1996); Bicho Solto (1998).
Dorival Caymmi (1914-) – No Sertão (1930); O Que É Que a Baiana Tem? (1939); O
Mar (1939); Samba da Minha Terra (1940); É Doce Morrer no Mar (1941); Rosa
Morena (1941); Dora (1945); Marina (1947); Maracangalha (1956); Modinha para
Gabriela (1975); Flor da Noite (1984).
Dolores Duran (1930-1959) – Se É por Falta de Adeus (1955); Por Causa de Você
(1957); Fim de Caso (1959); Idéias Erradas (1959); A Noite do Meu Bem (1959);
Pela Rua (1959); Solidão (1959); Quem Foi? (1960).
Edu Lobo (1943-) – Aleluia (1965); Arrastão (1965); Upa, Neguinho (1965); Ponteio
(1967); Zanzibar (1970); Circo Místico (1983); Choro Bandido (1985); Valsa
Brasileira (1988); Nego Maluco (1994); Tema de Canudos (1997).
Elis Regina (1945-1982) – Arrastão (1965); Menino das Laranjas (1965); Canto de
Ossanha (1969); Black Is Beautiful (1971); Casa no Campo (1972); Dois pra Lá, Dois
pra Cá (1974); Águas de Março (1974); Como Nossos Pais (1976); Romaria (1977);
Saudosa Maloca (1978); Alô, Alô Marciano (1980); Corcovado (1982).
Gilberto Gil (1942-) – Procissão (1964); Ensaio Geral (1966); Domingo no Parque
(1967); Bat Macumba (1968); Aquele Abraço (1969); Expresso 2222 (1971);
Refazenda (1975); Sítio do Picapau-Amarelo (1976); Refestança (1977); Chororô
(1978); Realce (1979); Parabolicamará (1991); Haiti (1993); Quanta (1997); Oslodum
(1998).
Itamar Assumpção (1949-) – Nego Dito (1980); Fico Louco (1980); Batuque (1983);
Que Barato (1983); Prezadíssimos Ouvintes (1986); Sampa Midnight (1986); Só Não
Vai Ficar Assim (1986).
Jorge Benjor (1942-) – Mas, Que Nada (1963); Chove Chuva (1964); Agora Ninguém
Chora Mais (1965); Que Maravilha (1969); País Tropical (1969); Charles Anjo 45
(1969); Fio Maravilha (1972); Os Alquimistas Estão Chegando (1974); Alô, Alô,
Como Vai? (1989); W/Brasil (1990); Gostosa (1995).
Lenine (1959-) – Acredite ou Não (1994); Olho de Peixe (1994); O Dia em Que
Faremos Contato (1998); A Ponte (1998); Hoje Eu Quero Sair Só (1998).
Lobão (1957-) – Me Chama (1984); Ronaldo Foi pra Guerra (1984); Vida Bandida
(1987); Vida Louca Vida (1987); O Rock Errou (1987); Nostalgia da Modernidade
(1995); A Noite (1997); Meu Abismo, Meu Abrigo (1997).
Lulu Santos (1953-) – Tempos Modernos (1982); Cara Normal (1985); Minha Vida
(1986); Toda Forma de Amor (1989); Pra Você Parar (1990); Assim Caminha a
Humanidade (1994); Tim Medley (1994); Descobridor dos Sete Mares (1995); Aviso
aos Navegantes (1996); Hyperconectividade (1997).
Marisa Monte (1967-) – Bem Que Se Quis (1989); Beija Eu (1991); Ensaboa (1991);
Tudo pela Metade (1991); Ainda Lembro (1991); Maria de Verdade (1994); Balança
Pema (1994); Alta Noite (1994); Segue o Seco (1994); Magamalabares (1996).
Milton Nascimento (1942-) – Travessia (1969); Canto Latino (1970); Cravo e Canela
(1972); Nada Será Como Antes (1972); Milagre dos Peixes (1973); Fé Cega, Faca
Amolada (1975); O Que Será (À Flor da Pele) (1976); O Cio da Terra (1976); Maria
Maria (1978); Caçador de Mim (1981); Coração de Estudante (1983); Louva-a-Deus
(1997); Rouxinol (1997).
Nara Leão (1942-1989) – Depois do Carnaval (1963); Diz Que Fui por Aí (1964); O
Morro (Feio Não É Bonito) (1964); Opinião (1964); Pedro Pedreiro (1965); Quem Te
Viu, Quem Te Vê (1967); Lindonéia (1968); Quero Que Vá Tudo pro Inferno (1978);
Além do Horizonte (1978); Garota de Ipanema (1987).
Noel Rosa (1910-1937) – Com Que Roupa? (1930); Gago Apaixonado (1931); Fita
Amarela (1932); Feitio de Oração (1933); Feitiço de Vila (1934); Pastorinhas (1934);
Conversa de Botequim (1935); Pierrô Apaixonado (1936); Dama do Cabaré (1936);
Último Desejo (1937).
Racionais MCs (1988-) – Pânico na Zona Sul (1991); Fim de Semana no Parque
(1994); Tô Ouvindo Alguém Me Chamar (1997); Gênesis 4:3 (1997); Jorge da
Capadócia (1997).
Raul Seixas (1945-1989) – Let Me Sing, Let Me Sing (1971); Mosca na Sopa (1973);
Como Vovó Já Dizia (Óculos Escuros) (1974); Metamorfose Ambulante (1973); Ouro
de Tolo (1973); Gita (1974); Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás (1976); Maluco Beleza
(1977); Rock das "Aranha" (1980); Metrô Linha 743 (1984).
Rita Lee (1947-) – É Proibido Fumar (1970); Ovelha Negra (1975); Arrombou a Festa
(1977); Doce Vampiro (1979); Mania de Você (1979); Lança Perfume (1980); Baila
Comigo (1980); Cor-de-Rosa Choque (1982); Santa Rita de Sampa (1997).
Roberto Carlos (1939-) – Louco por Você (1961); Parei na Contramão (1962); O
Calhambeque (1964); Quero Que Vá Tudo pro Inferno (1965); Nossa Canção
(1966); Por Isso Eu Corro Demais (1967); As Canções Que Você Fez pra Mim
(1968); As Curvas da Estrada de Santos (1969); Debaixo dos Caracóis dos Teus
Cabelos (1971); Como Vai Você (1972); Além do Horizonte (1975); Força Estranha
(1978); Fera Ferida (1982).
Tim Maia (1942-1998) – Meu País (1968); Coroné Antônio Bento (1970); Azul da Cor
do Mar (1970); Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar) (1971); Gostava Tanto de
Você (1972); Descobridor dos Sete Mares (1983); Me Dê Motivo (1983); Do Leme ao
Pontal (1986).
Titãs (1982-) – Sonífera Ilha (1984); Go Back (1984); Televisão (1985); Insensível
(1985); Polícia (1986); Família (1986); Lugar Nenhum (1987); Pra Dizer Adeus
(1997); Amanhã Não Se Sabe (1998).
Wanderléa (1946-) – Imenso Amor (1966); Prova de Fogo (1967); Pare o Casamento
(1967); É Tempo do Amor (1968); Mate-me Depressa (1973).
Zeca Baleiro (1966-) – Bandeira (1997); Flor da Pele (1997); Heavy Metal do Senhor
(1997).
Zeca Pagodinho (1959-) – Camarão Que Dorme a Onda Leva (1981); Quando Eu
Contar (Iaiá) (1986); Samba pras Moças (1995); Verdade (1996); O Dono da Dor
(1997); Seu Balancê (1998); Vai Vadiar (1998).
Zelia Duncan (1965-) – Outra Luz (1990); Não Vá Ainda (1994); Cathedral Song
(1994); Enquanto Durmo (1996); Intimidade (1996); Código de Acesso (1998);
Verbos Sujeitos (1998).
Antunes, Jorge (1942-) – Tartiniana (1970); Concerto para um Mês de Sol (1974);
Isomerism (1970); Corpo Santo (1983).
Coelho de Sousa, Rodolfo (1952-) – Tristes Trópicos (1990); O Livro dos Sons
(1998); O Que Acontece em Baixo da Cama Enquanto Janis Está Dormindo (1997).
Coelho Neto, Marcos (1740-1806) – Ladainha das Trompas, Maria Mater Gratiae.
Gomes, André da Silva (1752-1844) – Paixão Segundo São Mateus (1811); Tantum
Ergo (1812); Te Deum (1820).
Gomes, Carlos (1839-1896) – Quem Sabe? (1860); O Guarani (1870); Fosca (1873);
Maria Tudor (1879); Lo Schiavo (1888); Condor (1891).
Lobo, Elias Alvares (1834-1901) – A Noite São João (1860); A Louca (1861); Missa
de São Pedro de Alcântara (1858); Ofício da Semana Santa (1872).
Oliveira, Willy Correa de (1938-) – Morte e Vida Severina (1960); Música para
Orquestra, Ouviver a Música (1965); Adágio (1973); Phantasiestücke (1973).
Boulez, Pierre (1925-), francês: O Martelo sem Mestre (1954); Improvisação sobre
Mallarmé (1961); Estruturas I, II (1952, 1961).
Chopin, Frédéric (1810-1849), polonês: Estudos para Piano, op. 10 (1829); livros de
Mazurcas, Noturnos, Polonaises, Impromptus e Baladas.
Ferneyhough, Brian (1943-), inglês: Time and Motion Study I-III (1974-1977); Carceri
d’Invenzione (1981-1986); Cassandra Dream’s Song (1970); Lemma-Incon-Epigram
(1981); Trio (1996).
Goeyvaerts, Karel (1923-1993), belga: Sonata para Dois Pianos (1951); Litania 1
para Piano (1979); Litania 4 (1982); As Vozes de Aquarius (1986); The Hair (1990).
Henze, Hans Werner (1926-), alemão: Boulevard Solitude (1952); Elegia para
Jovens Amantes (1961); Os Bassáridas (1966); Tristão (1974).
Monk, Meredith (1943-), peruano: Atlas (1993); Livro dos Dias (1990); Canções de
Vulcano (1997).
Pousseur, Henri (1929-), belga: Vosso Fausto (1968); La Rose des Voix (1982).
Puccini, Giacomo (1858-1924), italiano: La Bohème (1896); Tosca (1900); Madame
Butterfly (1904); Turandot (1926).
Rihm, Wolfgang (1952-), alemão: Jakob Lenz (1980); Tutuguri (1982); Cuts and
Dissolves (1977).
Schaeffer, Pierre Stabat Mater (1910-1995), francês: Estudos dos Sons Animados
(1958).
Ustvolskaya, Galina (1919-), russa: Dez Sonatas para Piano (1949); Prelúdio nº 1
(1951).
Webern, Anton von (1883-1945), austríaco: Seis Bagatelas, op. 9 (1913); Três
Rimas Tradicionais (1925); Passcaglia, op.1 (1910); Variações para Piano, op.27
(1925).
Rap
Abreviação para rhythm and poetry (ritmo e poesia), gênero musical criado em
meados da década de 70, em Nova York (EUA), por adolescentes negros e
hispânicos. Caracteriza-se pelo ritmo acelerado, disco beat, a quase inexistência de
melodia e harmonia e um longo discurso entoado. As letras, em geral longas, são
quase recitadas e utilizam gírias dos guetos e das gangues que habitam os bairros
pobres das metrópoles norte-americanas. O rap combina-se com a arte visual dos
grafites e ao break, dança de movimentos bruscos, sincopados e de malabarismo.
Entediados com a disco music, e por não ter dinheiro para dançar nos clubes, esses
jovens se apropriam do funk pesado da disco, extraem mostras de suas músicas
favoritas (como as de James Brown) e as mixam em seus próprios arranjos, usando-
as como base musical de suas apresentações. É somente com a incorporação do
elemento MC (o mestre-de-cerimônias), com seu discurso ritmado sobre a base
musical e a declamação de poesias de rua inicialmente improvisadas, que o gênero
se define como rap. O lançamento oficial ocorre em 1979, com o disco Rapper’s
Delight, do grupo Sugarhill Gang. Africa Bambaataa e sua banda Soul Sonic Force
lançam obras fundamentais, como Planet Rock (1982) e Renegades of Funk, em
dueto com James Brown, em 1984.
No final da década de 80, o rap mistura-se a outros gêneros. Surgem o jazz rap, ou
acid jazz, o raggamuffin (mistura com o reggae) e o dance rap. Há ainda o rap
consciente, que trata de problemas políticos e sociais, cujo principal porta-voz é o
Public Enemy; e o gangsta rap, que fala basicamente de brigas entre gangues e tem
forte apelo sexual. Entre os grandes nomes do rap estão Snoop Doggy Dogg, LL
Cool J, Wu-Tang Clan, Sean "Puffy" Combs, Cypress Hill, Coolio e Junior Mafia.
Ainda no final dos anos 80, o acid jazz ganha vários adeptos, como US3, Digable
Planets, Guru’s Jazzmatazz, MC Solar e The Pharcyde. Em Bristol, na Inglaterra, o
grupo Massive Attack cria um novo gênero para o rap – o trip hop, um rap mais
lento, compassado, melodioso e introspectivo. Rapidamente o Massive Attack torna-
se o maior nome da vertente e dezenas de outros novos grupos de trip hop seguem
seu caminho, como o anglo-brasileiro Smoke City.
Rap no Brasil – Na América Latina, o gênero nasce em São Paulo (SP), em 1986,
num evento realizado no Teatro Mambembe produzido e apresentado pelo DJ Theo
Werneck. Inicialmente, as pessoas não aceitam muito bem esse tipo de
manifestação musical, que se mantém marginalizada e confinada nas periferias das
grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Somente na década de 90 o rap começa a ganhar espaço na mídia e na indústria
fonográfica. Além dos pioneiros Thayde & DJ HUM, surgem novos nomes, como
Racionais MCs, Câmbio Negro, Pavilhão 9, Detentos do Rap, Da Guedes, Xis &
Dentinho, Planet Hemp e Gabriel, O Pensador. Outros gêneros musicais incorporam
o rap a seus sons, como no movimento mangue beat a música de Chico Science &
Nação Zumbi, e muitos grupos de pop-rock. Os discursos do rap brasileiro mostram
uma grande variedade de novos talentos e expressões, mas a base musical ainda
não acompanha essa evolução. O rap norte-americano, por exemplo, tem base
musical mais rica, diversa e criativa, em arranjos, samples, mixes, composições e
planos de gravação.
Reggae
Nos anos seguintes, o ritmo passa a integrar o repertório de músicos como Paul
Simon (1942-), Eric Clapton (1945-) e Rolling Stones. Na década de 80, o gênero é
fortemente incorporado pelo movimento pós-punk new wave, por nomes como Pop
Group, Gang of Four, Specials, Madness, The Selector, X-TC e The Police. Nessa
década surge um movimento de negação do rastafarismo, conhecido como ragga
(ou raggamuffin), que utiliza muito os sintetizadores e cujas letras falam de sexo e
violência. Entre os atuais nomes do reggae jamaicanos estão Ziggy Marley, filho de
Bob Marley, Beres Hammond e as bandas Inner Circle, Steel Pulse, UB 40 e Big
Mountain.
Rock`n Roll
Gênero musical que surge nos Estados Unidos (EUA), nos anos 50, criado por
músicos brancos, e logo alcança repercussão mundial. Caracteriza-se pelo ritmo
acelerado, mistura de elementos da música negra (blues e rhythm & blues) à dos
brancos (música country), e pelo uso de guitarra elétrica, baixo e bateria. Possui
linguagem sensual e simples, apoiada em ritmos que incitam à dança. Desde seu
surgimento produz grande variedade de estilos.
Anos 50– O novo ritmo é divulgado, pela primeira vez, em 1951, no programa
Moondog''s Rock and Roll Party, da Rádio WJW, de Cleveland, Ohio. Em 1954, Bill
Haley (1935-1977) grava Shake, Rattle and Roll. A repercussão nacional acontece
em 1955, com a música Rock Around the Clock, de Bill Haley e Seus Cometas. No
mesmo ano, Elvis Presley (1935-1977) faz a fusão de country music com rhythm &
blues, originando o rockabilly e tornando-se o mais bem-sucedido roqueiro da
história. Em 1956, Elvis grava Heartbreaker Hotel, o disco (compacto) mais vendido
do país. Apesar das letras ingênuas, o rock converte-se em sinônimo de rebeldia.
Nessa fase, destacam-se Chuck Berry (1926-), com Johnny B.Good, e Little Richard
(1932-), com Long Tall Sally.
Anos 60 – Em setembro de 1962, a música Love Me Do, dos Beatles, entra nas
paradas de sucesso internacionais. Em 1964, o grupo inglês conquista os EUA e
transforma-se num fenômeno mundial. Durante a Guerra do Vietnã, surgem os
hippies e os pacifistas. O rock político militante ganha força com Bob Dylan (1941-),
que une a música country ao rock. Nos EUA, surgem Buffalo Springfield, Canned
Heat, The Mamas & The Papas, Byrds, e Beach Boys. No Reino Unido, os Animals,
Yarbirds, The Who, Steppenwolf, Cream, Kinks, Van Morrison e o quinteto The
Rolling Stones, o primeiro a fazer sucesso com letras transgressoras e concertos
espetaculares para a época. O final da década é marcada pelo mote "sexo, drogas e
rock''n''roll". O rock psicodélico nasce em San Francisco, Califórnia, com grupos
como Love, The Doors, Jefferson Airplane, Pink Floyd e Beatles. O Velvet
Underground, de Lou Reed (1943-), faz um estilo transgressor e minimalista. O
Festival de Monterey, na Califórnia, em 1967, revela Janis Joplin (1943-1970) e Jimi
Hendrix (1942-1970). Em 1969, o Festival de Woodstock (EUA) reúne 500 mil jovens
sob o lema "paz e amor".
Anos 80 – O movimento pós-punk new wave, que tem início no final dos anos 70,
alcança o apogeu. Os principais expoentes são Talking Heads, The Clash, The
Smith, The Police, Gang of Four, Television, Stray Cats, Patti Smith e Blondie.
Nasce a MTV, em Nova York, EUA (1981). A fusão de estilos marca a década:
industrial, new pop, no wave, new psychedelic, rap, trash e new romantic, com Boy
George e Duran Duran. No dark ou gótico estão The Cure, Siouxie and The
Banshies e Bauhaus, entre outros. O rock de protesto é representado pelo irlandês
U2, com Sunday Bloody Sunday. Em 1982, o norte-americano Michael Jackson
(1958-) vende 47 milhões de cópias do álbum Thriller. Madonna é o maior fenômeno
feminino do pop-rock, e Bruce Springsteen ganha destaque ao ser o primeiro a
misturar música country e rock.
Anos 90 – O rap e o reggae alcançam repercussão mundial. Nos EUA, surge a fusão
entre heavy metal e funk produzida por Red Hot Chili Peppers e Faith no More. Em
1991, desponta o movimento grunge em Seattle (EUA), com arranjos simples que
resgatam o heavy metal. O grupo mais famoso é o Nirvana, liderado por Kurt
Cobain. Outros grupos tornam-se bastante conhecidos, como R.E.M., Soundgarden,
Pearl Jam e Alice In Chains. O rock britânico ganha novas bandas, como Oasis,
Pulp, Blur, Verve, Green Day e Supergrass, que fazem parte do movimento
chamado britpop. Entre as cantoras, Neneh Cherry, a islandesa Björk e a canadense
Alanis Morissette são os destaques da nova geração. Surge nos EUA o movimento
das angry-girls, que teve em Sinead O''Connor seu primeiro modelo. Prince, Lenny
Kravitz e Lauryn Hill se destacam. São formadas novas bandas, como Everclear,
Tripping Daisy, Collective Soul, Smashing Pumpkins, Soul Asylum e Radiohead.
Rock no Brasil – O rock''n''roll chega ao país em 1955, quando Nora Ney grava a
versão de Rock Around the Clock. A primeira estrela nacional do gênero é Celly
Campelo (1942-), com os hits Estúpido Cupido e Banho de Lua, no início dos anos
60. O rock''n''roll populariza-se com outras versões de sucessos norte-americanos,
por Nick Savóia e Ronnie Cord (1943-). A partir de 1965, Roberto Carlos, Erasmo
Carlos (1941-) e Wanderléa (1946-) tornam-se os símbolos da jovem guarda.
Ganham destaque bandas como Os Incríveis, Golden Boys, Os Brasões, The Pops,
Renato e Seus Bluecaps, Jet Blacks, The Fevers, The Jordans e The Clevers. Em
1966, Os Mutantes revelam Rita Lee (1947-) e introduzem a guitarra elétrica no
cenário musical brasileiro. Nos anos 70 surge o roqueiro Raul Seixas, Joelho de
Porco, Made In Brazil, Casa das Máquinas, O Terço, Pholhas e Secos & Molhados.
A década de 80 é dominada pela forte cena underground das principais capitais do
país, com o rock nascente do Ultraje a Rigor, Titãs, Legião Urbana, Barão Vermelho,
Kid Abelha, RPM, Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso. No
início dos anos 90, a banda hardcore Sepultura alcança êxito internacional. A partir
de 1993 surge o movimento mangue beat, no Recife (PE), com destaque para Chico
Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, que incorporam ritmos nordestinos,
assim como os Raimundos. O grupo Mamonas Assassinas, que faz um gênero
musical debochado e irreverente, é o maior fenômeno da década. Outros expoentes
são Skank, Pato Fu, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Virgulóides, Ratos de Porão,
Yohodelic e Junk. Em 1998 ocorre o retorno de bandas dos anos 80, como Capital
Inicial, Plebe Rude e Ultraje A Rigor.
Samba
Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo – Os sambas mais conhecidos são os da Bahia,
do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é mais próximo do lundu e do
maxixe, com melodia simples, muito balanço e ritmo repetitivo. Obedece à forma
verso-e-refrão; sem o refrão, é denominado samba-corrido. Uma de suas variações
é a lambada, derivada direta do maxixe. No Rio de Janeiro, o gênero surge como
samba-de-roda nos morros. Dele se origina o samba urbano, que se espalha por
todo o Brasil. É quebrado, com mais suingue, de partido alto, um meio-termo entre o
samba baiano e o paulista. As letras apresentam forte conteúdo social e aspectos da
terra, muitas vezes em forma de crônica. Em São Paulo, o samba passa do domínio
negro para o caboclo. Preocupa-se mais com a harmonia, a melodia e a elaboração,
devido, em parte, à influência italiana. Era dançado por pares abraçados.
Samba-canção–Ritmo lento que destaca a melodia. Criado nos anos 20, possui
letras românticas e sentimentais. Alcança sucesso com Ai, Ioiô (1929), de Luís
Peixoto (1889-1973).
Samba de partido alto–Uma das formas mais antigas de samba com formato fixo de
canção. Era o estilo dos grandes mestres. As letras são improvisadas sobre temas
do cotidiano. Renova sua força nos anos 40 nos morros cariocas e nas escolas de
samba. Os compositores Moreira da Silva (1902-), Martinho da Vila (1938-) e Zeca
Pagodinho estão entre seus principais nomes.
Sambalanço– Nasce nos anos 50 nas boates cariocas e paulistas, com influência do
jazz. Um dos expoentes é Jorge Ben. Evolui para uma mistura de bossa nova,
maracatu, jongo e rhythm & blues, dando origem ao samba-rock.