Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Introdução
A exaltação do Tratado da União Europeia trouxe uma verdadeira evolução em relação
ao processo de integração europeu. Com isto, a Europa deu um passo enorme para a sua união
não só econômica, mas também política. A União Europeia apesar de não possuir uma
constituição de caráter formal possui valores a serem considerados e que são intrínsecos aos
princípios constitucionais da União, que compõem a verdadeira identidade constitucional da
União Europeia.
O Tratado da União Europeia, veio como resposta ao Ato Único Europeu, assinado em
7 de fevereiro de 1992, na cidade holandesa de Maastricht, tendo como integrantes os
mesmos países e como objetivos uma unificação monetária e a construção de uma política
comum de segurança e política externa. Logo se uniram a Finlândia, Suécia e Áustria, em
Amsterdã, em 1º de janeiro de 1995.
“A estrutura projetada pelo Tratado de Maastricht nunca antes havia sido implementada. O
contexto a que se aplicaria era, do mesmo modo, inusitado; não se havia experimentado tal
nível da aproximação entre tantos Estados. A conformação dos três pilares procurava, assim,
acomodar os interesses e amainar as preocupações de todos os protagonistas da nova
experiência.”
As principais ocorrências do tratado foi a solidificação de uma moeda comum a todos
os países integrantes, o Euro, através de uma união monetária, entrando em circulação em
2002 e a introdução da cidadania da União Europeia.
3. Princípio da Integração
Previsto no art. 1º do Tratado da União Europeia: “as Partes Contratantes instituem
entre si uma União Europeia, à qual os Estados-membros atribuem competências para
atingirem os seus objetivos comuns.”
“De facto, enquanto que o Direito Internacional clássico visa apenas coordenar
horizontalmente as soberanias dos Estados como expressão que elas são do individualismo
internacional em que aquele Direito ainda em grande parte se funda e que faz dele um Direito
fragmentário, a União Europeia e a sua Ordem Jurídica têm por objetivo primordial fomentar a
criação de interesses comuns entre os Estados e, depois, valorizá-los e ampliá-los. Por isso, à
uma concepção comunitária das relações entre os Estados e entre eles e os indivíduos, isto é,
ela visa criar entre estes uma margem tão ampla quanto possível de solidariedade, que impõe
a criação de um poder integrado, de relações verticais de subordinação entre esse poder, por
um lado, e os Estados e os seus sujeitos internos, por outro, e de um Direito comum.”
4. Princípio da Solidariedade
Está descrito no art. 4º, n.3 do Tratado da União Europeia: “Em virtude do princípio da
cooperação leal, a União, e os Estados-membros respeitam-se e assistem-se mutuamente no
cumprimento das missões decorrentes dos Tratados.
De acordo com o descrito no artigo, os Estados assumem um dever para com a União
Europeia, ao ingressar, tendo assim seus direitos e suas obrigações perante o bloco.
“Em virtude do princípio da subsidiariedade, nos domínios que não sejam da sua competência
exclusiva, a União intervém apenas se e na medida em que os objetivos da ação considerada
não possam ser suficientemente alcançados pelos Estados-Membros, tanto ao nível central
como ao nível regional e local, podendo contudo, devido às dimensões ou aos efeitos da ação
considerada, ser mais bem alcançados ao nível da União.”
8. Princípio da Proporcionalidade
O Princípio da Proporcionalidade está descrito no art. 5º, §3º, do Tratado da
Comunidade Europeia. Busca equilibrar a atuação da União, que não deve cometer excessos
na tentativa de atingir os objetivos do tratado. É um princípio autônomo, porém complementa
o Princípio da Subsidiariedade, servindo para nortear o exercício das atribuições da União.
9. Conclusão
Os princípios constitucionais da União não devem ser vistos apenas como normas a
serem seguidas, mas sim, como verdadeiros valores, promovendo um sentido normativo
comunitário às ordens jurídicas da União.
O processo para a formação da União Europeia precisou de uma base sólida para a sua
evolução e foram os princípios esta base de sustentação e direcionamento para a comunidade
europeia.