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ADMINISTRAÇÃO &
GESTÃO PÚBLICA
Patos - PB
2017
ADMINISTRAÇÃO &
GESTÃO PÚBLICA
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
(organizadores)
ADMINISTRAÇÃO &
GESTÃO PÚBLICA
Patos - PB
2017
Byte Systems - Soluções Digitais
Editoração Eletrônica - contato@bssd.com.br
Ficha Catalográfica
Catalogação na Fonte
E-book
CDU: 616-083
PARTE II
1 Introdução
Atualmente, a logística se apresenta como sendo algo vital para o sucesso da
organização, que já incorporou essa nova visão empresarial, que tem como meta
a satisfação de seu cliente, desenvolvendo os esforços necessários para que ele,
no tempo desejado, receba seus bens ou serviços, na forma solicitada e no local
especificado. E, mais, pelo preço desejado.
Quando se fala nas atividades “voltadas para administrar o fluxo de
materiais e de informações relacionadas com esse fluxo ao longo da cadeia
de suprimentos”, está se falando em logística (BARBIERI; MACHLINE, 2006,
p. 3), que no contexto atual, vem ganhando cada vez mais importância, face
à necessidade que as organizações possuem de constantemente reporem seus
estoques, visando manter o nível operacional de suas atividades.
Vários autores, a exemplo de Viana (2002, p. 47), mostram que toda e qualquer
organização, para ter êxito, necessita “atingir o equilíbrio ideal entre estoque e
consumo” e esta deve ser a sua meta primordial.
Acrescenta ainda Viana (2002), que para atingir esse ponto, necessariamente,
exige-se “o estabelecimento de normas, critérios e rotinas operacionais, de forma
que todo o sistema possa ser mantido harmonicamente em funcionamento”.
Em síntese, essa necessidade mostra o quanto é importante o gerenciamento
da cadeira de suprimentos e do estoque em toda em qualquer organização, que
busca o êxito em suas atividades e prima pela satisfação do cliente.
Diante do exposto, o presente trabalho, no qual se adotou como procedimento
metodológico a pesquisa bibliográfica, tem como objetivo mostrar a importância
das cadeias de suprimentos.
2 Revisão de Literatura
2.1 Logística Empresarial
Quando se discute o gerenciamento da cadeia de suprimentos (CS), é
praticamente impossível se deixar de lado o termo ‘logística’. Assim sendo, para
José Ozildo dos Santos et al.
A logística embora seja vista como sendo a chave para muitos negócios,
representa um alto custo nas operações existentes nas cadeias de abastecimento.
Apesar disto, a atividade logística encontra-se presente em vários pontos da
organização. No que diz respeito à correta aplicação, esta constitui um requisito
necessário para o bom desempenho de todas as atividades levadas a cargo por
parte de uma organização.
Bowersox (2003) afirma que é de competência da logística todas as atividades
que dizem respeito à coordenação das áreas funcionais da empresa.
É importante destacar que quando se fala em as áreas funcionais, está se
relacionando as etapas de avaliação de um projeto de rede, a localização das
instalações, o sistema de informação, o transporte, o estoque e a armazenagem
do produto, criando as condições para o estabelecimento de valor para o cliente,
4
A importância das cadeias de suprimentos
Assim sendo, constata-se que uma cadeia de suprimento possui uma estrutura
dinâmica, pois envolve um fluxo constante de informações, produtos e recursos
3 Considerações Finais
No cenário atual, as organizações empresariais encontram-se diante de
um mercado cada vez mais competitivo, que lhe impõe grandes desafios,
principalmente, no que diz respeito à satisfação do cliente. No mundo
globalizado, a sobrevivência de qualquer negócio reside, principalmente, na
missão de manter clientes. E, essa realidade tem produzido profundas mudanças
nas organizações, principalmente, no que diz respeito à gestão de seus negócios.
É importante destacar que além das chamadas exigências básicas, aquelas
que impõem à empresa a obrigação de se adequar ao mercado, existem também
as necessidades dos clientes, que se ampliam e se renovam constantemente.
Estas, adicionadas às dinâmicas provocadas pelo desenvolvimento tecnológico,
vêm exigindo que as empresas tornem-se mais competitivas, modificando
profundamente o seus processos de gestão operacional, objetivando a eficiência
e buscando eliminar os desperdícios.
Nesse novo enfoque, as organizações também vêm se preocupando com as
várias atividades que envolvem a sua cadeia de suprimento, principalmente, em
relação às interações por esta produzidas. Diante dessa necessidade, a cadeia de
suprimento vem sendo reconhecida como um fator de vantagem competitiva,
beneficiando aquelas organizações que a utilizam de forma estratégica.
Por sua vez, a demanda afeta todos os processos realizados no interior de
uma organização. É no atendimento à demanda onde encontra-se a contribuição
maior da cadeia de suprimentos, cuja área se preocupa não somente com as
estimativas e pedidos, mas também com o que a organização deve fazer para
atender e satisfazer as necessidades de seus clientes. Desta forma, constata-se
que as atividades desenvolvidas pela cadeia de suprimento (desenvolvimento
do produto, distribuição, marketing, etc.) têm que obedecerem a uma ordem
bem definida, para que produza os resultados desejados, possibilitando, no
final, a satisfação do cliente.
4 Referências
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais,
distribuição física. São Paulo: Atlas, 2009.
BARBIERI, J. C.; MACHLINE, C. Logística hospitalar: Teoria e prática. São
Paulo: Saraiva, 2006.
14
A importância das cadeias de suprimentos
15
A importância do gerenciamento
de estoque no âmbito das organizações
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Rivamar de Andrade
Douglas da Cunha Silva
Patrício Borges Maracajá
1 Introdução
A Logística pode ser entendida como sendo uma operação integrada para
cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma racionalizada.
Assim sendo, Logística é planejamento, coordenação e execução do processo,
voltado para a redução de custos e para o aumento da competitividade de uma
organização.
Viana (2002) ressalta que a logística pode ser entendida como sendo uma
ferramenta fundamental a ser utilizada para produzir vantagens competitivas
e a administração de materiais, de forma que o sucesso do gerenciamento de
materiais nas organizações encontra-se correlacionado à aplicabilidade dos
conceitos logísticos.
Pozo (2004) afirma que a logística é vital para o sucesso de uma organização,
pois é uma nova visão empresarial que direciona o desempenho das empresas,
tendo como meta a satisfação do cliente, de modo que ele receba seus bens ou
serviços no momento que desejar, com suas especificações predefinidas, o local
especificado e, principalmente, o preço desejado.
É oportuno destacar que o objetivo fundamental da administração de
materiais consiste em determinar quando e quanto adquirir. Noutras palavras,
utiliza-se a administração de materiais para definir quando o estoque deve ser
reposto e que percentual. Para tanto, utiliza-se de estratégia do abastecimento
que sempre são acionadas pelo usuário, que é o consumidor.
Quando o assunto é produção e logística, existe sempre uma preocupação com
a demanda do mercado. É nesse contexto que surge a necessidade de controle/
gerenciamento do estoque. A organização precisa saber se terá condições de
atender a demanda existente no mercado, principalmente, quanto ao tempo
[prazo de entrega dos produtos]. Assim, para assumir o compromisso diante do
consumidor, a organização precisa possuir um completo gerenciamento de seus
estoques.
José Ozildo dos Santos et al.
2 Revisão de Literatura
2.2 Estoques
O balanceamento dos estoques em termos de produção e logística com a
demanda do mercado e o serviço ao cliente, constitui um dos grandes desafios que
as organizações enfrentam na atualidade, exigindo uma constante redefinição
de conceitos e estratégias.
Destaca Bertaglia (2003) que para o sucesso de uma organização, a gestão de
estoques constitui um elemento imprescindível, que deve ser administrado de
forma eficiente.
No entanto, para que possa compreender como ocorre a gestão de estoque
numa organização, é de suma importância que inicialmente se apresente um
conceito para o termo estoque.
Por estoques entende-se os acúmulos de recursos materiais entre fases
específicas de processo de transformação.
Para Corrêa; Gianesi; Caon (1999), esses acúmulos de materiais têm uma
propriedade fundamental, pois os estoques proporcionam independência às
fases dos processos de transformação entre os quais se encontram.
De acordo com Martins (2006), dentre as várias funções do estoque, destacam
as seguintes:
a) Garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os
efeitos de: demora ou atraso no fornecimento de materiais, sazonalidades no
suprimento, riscos de dificuldade no fornecimento;
19
José Ozildo dos Santos et al.
No que diz respeito ao estoque máximo este é igual à soma do estoque mínimo
e do lote de compra. Já o estoque de segurança diz respeito à quantidade mínima
21
José Ozildo dos Santos et al.
de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis
variações do sistema.
De acordo com Ballou (2009), os custos relacionados aos estoques podem ser
classificados nas seguintes categorias:
a) custos de compra: estão associados às aquisições dos produtos e matérias
primas nas quantidades necessárias para a reposição do estoque da empresa,
congregando outros gastos além do valor pago por essa aquisição.
b) custo de manutenção de estoque: reúne todos os custos necessários para
manter o estoque por um determinado período de tempo, representando um
somatório dos custos relacionados à armazenagem física, aos danos, furtos,
impostos, obsolescência, oportunidades de capital, riscos de deterioração e seguros;
c) custos de falta: produzidos quando há demanda por falta de determinados
itens, dificultando a entrega dentro do prazo ou a perda de uma venda.
Atkinson et al. (2000) afirmam que os controles de estoques têm por objetivo
mensurarem o desempenho das atividades de uma empresa, auxiliando na
prevenção das falhas e, ao mesmo, nas correções dos processos.
Assim sendo, eles podem ser considerados como verdadeiros centros
de informações, capazes de facilitarem a tomada de decisão na busca pela
maximização dos resultados.
Corroborando com esse pensamento, Martins e Alt (2002, p. 132) afirmam
que os controles na área de estoques, “consistem em uma série de ações ou
procedimentos que possibilitam aos administradores verificarem se os estoques
estão sendo bem utilizados”.
É importante destacar que para controlar os níveis de estoques, é necessária
a observância completa de alguns procedimentos básicos. Tratando do controle
24
A importância do gerenciamento de estoque no âmbito das organizações
de estoques, Dias (2009) afirma que este pode ser melhor alcançado quando se
segue os seguintes procedimentos:
a) acionar o departamento de compras para efetuar as aquisições;
b) controlar o estoque em termos de quantidade e valor e fornecer informações
sobre a posição do estoque;
c) determinar ‘o que’ deve permanecer em estoque;
d) determinar ‘quando’ se devem reabastecer os estoques;
e) determinar ‘quanto’ de estoque será necessário para um intervalo de tempo
predeterminado;
f) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados;
g) inventariar periodicamente para avaliar as quantidades e o estado físico
dos produtos estocados;
h) receber, armazenar e atender os produtos conforme suas necessidades.
Verifica-se que o controle auxilia na manutenção dos níveis desejados de
estoques e dá suporte ao departamento de compras, pois os acúmulos indevidos
de materiais são oriundos de erros de pedidos, deficiências na análise da
demanda e falta de controle dos produtos.
Deve-se também registrar que para se controlar os estoques é necessária
à realização de inventários permanentes ou periódicos, através dos quais é
possível mensurá-los.
O Quadro 5 apresenta os tipos de inventários e suas respectivas definições.
Quando se compara esses dois tipos de inventários, constata-se que
o permanente possibilita, segundo Neves (1997), a qualquer tempo, uma
informação completa quanto à obtenção das mercadorias disponíveis no estoque.
E esse ponto positivo não é apresentado pelo inventário periódico.
Assim, o estoque de uma empresa deve estar de acordo com a sua estrutura,
sempre pronto a oferecer o serviço desejado pelo cliente, mantendo o mínimo de
estoque, vislumbrando um menor custo possível.
27
José Ozildo dos Santos et al.
3 Considerações Finais
4 Referências
29
Uma abordagem sobre o gerenciamento
da cadeia de suprimentos
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
José Rivamar de Andrade
Douglas da Cunha Silva
Patrício Borges Maracajá
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
Embora diga respeito ao que as empresas devem fazer para definir suas
estratégias competitivas e funcionais por meio de posicionamentos nas cadeias
produtivas em que se inserem, na atualidade, vários autores têm atribuído à
SCM o status de filosofia de negócios.
As empresas que instalarem o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
estão propensas a conseguir significativas reduções de estoques, otimização de
transportes e eliminação de perdas, conseguindo, assim, maior confiabilidade e
flexibilidade.
Ainda de acordo com Parra e Pires (2003, p. 2):
dá virtuais unidades de negócios, que, por sua vez, são consideradas cadeias
produtivas.
De acordo com Pires (1998), a utilização do SCM tem proporcionado a
obtenção de uma cadeia produtiva mais eficiente, gerando resultados positivos,
principalmente, através da:
a) compatibilização da estratégia competitiva e das medidas de desempenho
da empresa à realidade e objetivos da cadeia produtiva;
b) concepção de produtos que facilitem o desempenho da logística da cadeia
produtiva e escolha de um operador eficiente para administrar a mesma;
c) divisão de informações e integração da infraestrutura com clientes e
fornecedores, podendo assim obter entregas just-in-time e diminuir os níveis de
estoques;
d) reestruturação e consolidação do número de fornecedores e clientes;
e) resolução conjunta de problemas e envolvimento dos fornecedores desde
os estágios iniciais do desenvolvimento de novos produtos;
3 Considerações Finais
face da globalização, no mundo atual vem ocorrendo uma grande busca por
melhores formas de gestão para as organizações.
O ambiente cada vez mais competitivo provoca uma acirrada concorrência,
dificultando a sobrevivência neste cenário, exigindo das empresas mais do que
preço e qualidade dos produtos para nele se conseguir espaços e se desenvolver.
E que os desafios se tornam maiores também devido às exigências formuladas
pelos clientes, principalmente, em relação à rapidez pela entrega do produto.
Assim, objetivando de adequarem a esse novo mercado cada vez mais
exigente e fazer a diferença, as organizações veem modernizando e ampliando
os setores de suprimentos, bem como desenvolvendo esforços no sentido de
melhorar e reforçar os relacionamentos com seus fornecedores, estabelecendo
parcerias com o fim de melhor atender aos seus clientes.
Foi também possível constatar que o gerenciamento da cadeia de suprimentos
vem recebendo uma maior atenção nos últimos anos e que as organizações já
possuem uma nova concepção de Estratégia de Compras e Suprimentos.
Nessa nova concepção, ganha espaço a logística empresarial que tem a missão
de fazer com que as organizações reduzam seus custos e melhorem a qualidade
de bens/serviços.
Atualmente, existe nas organizações uma preocupação em se criar valor
na cadeia de suprimentos, o que obriga estas a reforçar o relacionamento com
seus fornecedores, estabelecendo alianças e parcerias. Nesse mesmo tempo, as
empresas também se preocupam em colocar em prática estratégias que lhes
garantam ganhar novos clientes, fidelizando-os para obter sucesso e continuarem
no mercado.
Nessa nova concepção, o gerenciamento da cadeia de suprimento possui um
papel de grande destaque. Além de contribuir para o sucesso da organização,
o gerenciamento da cadeia de suprimento em face de seu processo evolutivo,
conseguiu deixar de ser um centro de custo, numa organizações e passou a ser
uma atividade estratégica.
4 Referências
ALVES, A. S. Ferramentas de supply chain management para a otimização
de estoques. 2008. Disponível em: <www.administradores.com.br/
ferramentas_de_supply_chain_management. Acesso: 5 mar 2015.
FERRAZ, J. C.: KUPFER, D.; HAGUENAUER, L. Made in Brasil. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.
IANNI, O. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 5. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004
LOPES, A. O.; SIEDENBERG, D.; PASQUALINI, F. Gestão da produção. Ijuí:
Unijuí, 2010.
MOORI, R. G.; PEREIRA, L. C. J.; MANGINI, E. R. Uma análise investigativa do
efeito chicote na cadeia de suprimentos da indústria alimentícia. REGE, v. 18,
40
Uma abordagem sobre o gerenciamento da cadeia de suprimentos
41
A importância do planejamento
financeiro no âmbito empresarial
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
Rafael Chateaubriand de Miranda
Iluskhanney Gomes de Medeiros Nóbrega
José Rivamar de Andrade
Douglas da Cunha Silva
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
Definido como sendo a ação que é feita antes de se agir, o planejamento deve
procurar o máximo de resultados e minimizar as deficiências. Para que uma
organização alcance sucesso com o seu planejamento, este deve ser racional e
capaz de introduzir um maior grau de eficiência as atividades desenvolvidas.
A etapa inicial do planejamento deve ser o levantamento de dados para
conhecimento do ambiente de atuação. Depois, devem ser determinados os
objetivos e definidas as ações a serem desenvolvidas (STONER; FREEMAN,
1994).
Os meios selecionados para se conquistar as metas traçadas recebem o
nome de estratégias, que seriam o conjunto de decisões fixadas num plano
processo organizacional, que integra missão, objetivos e sequência de ações
administrativas num todo interdependente (LEMOS, 2007).
Ao planejar suas ações a empresa torna-se mais capaz de atingir seus objetivos.
Todas as suas podem ser controladas de forma que com o planejamento a
organização registra também ganhos econômicos.
Completando esse pensamento, Oliveira (2007) aponta dois novos motivos
importantes, pelos quais a organização deve investir pesadamente no
planejamento. São eles:
a) Possibilidade de fazerem tomadas de decisões embasadas em projetos bem
planejados, diminuindo a causa de possíveis falhas na tomada de decisão;
b) Manter vivo o espírito empreendedor, que acaba por se desvanecer em
função do crescimento e complexidade da organização.
3 Considerações Finais
O planejamento é um processo administrativo que vem ganhando
significativa importância nas últimas décadas, principalmente, em virtude do
ambiente econômico está caracterizado por descontinuidades e turbulências.
Estes fatores têm levado as organizações há buscarem respostas condizentes
para atender as exigências produzidas nos cenários atuais. Embora integre as
diversas áreas da organização que possuem o mesmo objetivo, o planejamento
auxiliar a organização a cumprir a sua missão. Ele também proporciona os meios
necessários para que a empresa revise as alternativas do processo decisório,
garantindo uma maior competitividade.
Através da análise do material bibliográfico selecionado para fundamentar
a presente produção acadêmica, foi possível perceber que o planejamento
financeiro proporciona ao administrado uma visualização do caminho que
cada número percorre nos diferentes orçamentos da organização. Foi também
possível verificar que o planejamento financeiro, além de auxiliar na tomada de
decisão, possibilita ao administrador os mecanismos que facilitam a escolha das
melhores alternativas, quando se quer executar o que foi planejado.
É importante frisar que é através do planejamento financeiro o gestor sabe
o momento em que necessita, por exemplo, contrair empréstimos para cobrir
a insuficiência de fundos. O planejamento financeiro também permite mostrar
o excesso de dinheiro, apontando a necessidade de aplicar esse excesso no
mercado financeiro, proporcionando maior rendimento à empresa e evitando
eventuais perdas.
O planejamento financeiro exerce uma grande importância no âmbito das
organizações. No contexto atual, caracterizado pela competitividade no mercado,
é de suma importância que as organizações saibam conquistar seus espaços.
Para tanto, devem elabora seus planejamentos financeiros objetivando impetrar
sua efetividade no mercado. Ele possui uma grande aproximação com o controle
financeiro, assumindo com este um papel de grande importância, possibilitando
que a organização alcance os objetivos traçados, melhorando também, de forma
significativa, os índices de desempenho organizacional.
50
A importância do planejamento financeiro no âmbito empresarial
4 Referências
ANDION, M. C.; FAVA, R. Planejamento estratégico. In: MENDES, J. T. G.
Planejamento estratégico. Curitiba: FAE Bussines School, 2002. (Coleção
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competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.
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São Paulo: Atlas, 1998.
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FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: teoria e prática. 3. ed. São
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WESTON, J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da administração financeira. 10.
ed. São Paulo: Makron Books, 2000.
51
A importância do marketing
de relacionamento
Juliana Gomes de Melo
Mônica Justino da Silva
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Patrício Borges Maracajá
1 Introdução
No contexto atual a orientação mais moderna do marketing não mais está
focada somente na preocupação com os clientes externos e sim, na busca pela
satisfação de todos os públicos que interagem com a empresa/profissional.
É em torno dessa satisfação que atua o marketing, por meio da comercialização
de produtos que são os bens e serviços oferecidos no mercado para satisfazer as
necessidades e desejos dos consumidores. Por isso, a área é considerada hoje uma
das mais importantes e fundamentais dentro de organogramas empresariais
(LOVELOCK e WIRTZ, 2006).
Ao se implantar um plano de marketing deve-se buscar trabalhar o novo,
olhando para frente, utilizando-se de uma iniciativa bastante diferente, sempre
focado no que vai acontecer, ignorando os obstáculos, olhando para frente com o
objetivo de criar e planejar uma forma de trabalho com foco no futuro (RATTO,
2002).
O marketing de relacionamento é uma estratégia com resultados a longo
prazo, que pode ser aplicado a negócios que ofereçam produtos e serviços com
altos índices de demanda. No entanto, para a adoção dessa nova tendência requer
compromisso da empresa para com ela. Com o marketing de relacionamento,
a empresa consegue manter sua clientela, estabelecendo com a mesma um
relacionamento forte.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma síntese sobre o
Marketing de Relacionamento como a tendência do marketing na atualidade,
mostrando a importância da manutenção do cliente, por parte da empresa.
2 Revisão de Literatura
2.1 Marketing: Construindo um conceito
Existe uma confusão em relação ao conceito do que seja o marketing. Alguns
enxergam o marketing e a propaganda como uma coisa só, o que distorce a
noção e limita bastante a sua área de atuação.
Juliana Gomes de Melo et al.
Muitas pessoas creem que marketing significa o mesmo que vendas. Outras
correlacionam-o com vendas e publicidade, existindo também aqueles que
acreditam que o marketing tem algo a ver com a disponibilização de produtos
nas lojas, organização nas prateleiras e manutenção de estoques de produtos
para vendas futuras (PAIXÃO, 2009).
Ainda segundo Tomaz (2003), a propaganda comunica para os clientes o
diferencial competitivo da instituição obtido através de um bom planejamento
de marketing. De nada adianta uma instituição ou um profissional investir
em propaganda se nada tem para comunicar aos clientes. Aspectos técnicos
profissionais não motivam e nada dizem aos clientes, já que esta é uma linguagem
bastante usada entre profissionais.
Para Kotler (2006, p. 30) marketing constitui-se no “processo de planejar
e executar a concepção, a determinação de preço (pricing), a promoção e a
distribuição de ideias, bens e serviços para criar negociações que satisfaçam
metas individuais e organizacionais”.
Embora possa conter propagandas e anúncio, o marketing não pode ser
confundido com tais práticas, visto ser muito mais abrangente. A principal
ideia que se tem do marketing é a que ele representa um conjunto de práticas e
estratégias.
Nesse sentido, Paranhos et al. (2011, p. 221) definem o marketing como sendo
um conjunto de estudos e medidas que provêm estrategicamente o lançamento
e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor, garantindo
o bom êxito comercial da iniciativa, acrescendo que “o marketing também pode
ser considerado o total das atividades direcionadas a descobertas e análises das
necessidades do consumidor, determinando serviços que satisfaçam a essas
necessidades”.
É importante registrar que o marketing também pode ser considerado o
total das atividades direcionadas a descobertas e análises das necessidades
do consumidor, determinando serviços que satisfaçam a essas necessidades
(PARANHOS et al., 2011).
Afirma Kotler (2006) que a definição central do marketing resume-se à troca,
que, por sua vez, envolve a obtenção de um produto desejado no qual alguém
oferece algo em troca, acrescentando ainda que entre os principais objetivos do
marketing encontra-se a preocupação de desenvolver relacionamentos profundos
e duradouros, entre cliente/empresas ou entre cliente/profissional.
Assim, o marketing não deve ser visto como sendo apenas que vista divulgar
um produto ou serviço, objetivando para posteriormente vendê-lo. Ele busca
satisfazer as necessidades dos clientes. Uma vez identificadas as necessidades
dos consumidores, a empresa tem a oportunidade de ampliar suas vendas
enquanto que o profissional a chance de prestar um maior número de serviços,
e, consequentemente, de ter uma maior clientela (VIEIRA, 2008).
Oliveira et al. (2008) afirmam que o sucesso das estratégias de marketing está
condicionado aos seguintes fatores:
a) ao envolvimento das pessoas que trabalham na empresa;
54
A importância do marketing de relacionamento
Assim sendo, para que uma empresa consiga construir fortes relacionamentos
com seus clientes é necessário o envolvimento de todos que a compõem.
Na opinião de Rust (2001), relacionamentos contínuos são relacionamentos
comprometidos, baseados em desejo mútuo de fazer com que o relacionamento
dure, e em que ambas as partes reconheçam que pode ser necessário fazer
sacrifícios para alimentar o relacionamento.
É importante destacar que empresas orientadas para o marketing de
relacionamento, aceitam comunicações com os clientes como parte natural do
negócio. Assim, ouvir os clientes faz parte do negócio e acrescenta valor. Essa é,
portanto, a postura que muitos clientes esperam de seus fornecedores.
Kotler (2006), afirma que o sucesso das estratégias de marketing de
relacionamento está condicionado à existência de comprometimento e confiança.
Desta forma, para que uma empresa mantenha um forte relacionamento com
seus clientes, ela deve:
a) trabalhar para preservar os investimentos em relacionamentos, cooperando
com os parceiros;
b) resistir a alternativas atraentes de negócios, mas de curta duração,
favorecendo os relacionamentos de longa duração;
c) acreditar que situações que seriam percebidas como de alto risco são, sob a
perspectiva do relacionamento, prudentes, na medida em que os parceiros não
agirão de maneira unilateral, oportunista.
3 Considerações Finais
O marketing de relacionamento apresenta-se como uma alternativa viável
que as empresas podem utilizar, visando vencer a forte concorrência, que
caracteriza o mercado atual. As estratégias de marketing de relacionamento têm
a finalidade de conquistar a credibilidade do cliente, mantendo-o.
De forma direta, a adoção de um programa de marketing de relacionamento
traz vários benefícios para a empresa, que consegue manter-se no mercado
com competitividade. O marketing de relacionamento possui a capacidade
proporcionar um excelente atendimento ao cliente. Através dele é possível
fidelizar o cliente. É importante destacar que a melhor forma de manter um
cliente fiel é ter uma boa relação pessoal com ele.
Deve-se registrar que é por meio do marketing de relacionamento, que as
empresas podem planejar e executar ações voltadas aos clientes. Desta forma,
empresas e profissionais autônomos devem procurar sempre fazer com que seus
58
A importância do marketing de relacionamento
clientes se tornem cada vez mais próximos de seus produtos e serviços, de forma
a utilizá-los e recomendá-los a outras pessoas.
Para tanto, as empresas e os profissionais autônomos devem ter um
conhecimento total de seu público, a ponto de toda a corporação conseguir
enxergar o produto/serviço da mesma forma que seus clientes. Pois, esse
conhecimento é necessário para se determinar estratégias que permitam atender
da melhor forma as necessidades dos clientes.
4 Referências
59
PARTE II
Licitações públicas:
Modalidades e princípios aplicáveis
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Rivamar de Andrade
Douglas da Cunha Silva
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
2.2.1 Concorrência
Definida como sendo a modalidade mais completa de licitação, a concorrência,
destina-se “a contratos de grande expressão econômica, por sua complexidade,
a Concorrência exige o preenchimento de vários requisitos e a apresentação
detalhada de documentos” (GASPARINI, 2004, p. 49).
Na concepção de Meirelles (1999, p. 70):
2.2.3 Convite
Definida como sendo a modalidade de licitação mais simples, o convite é
efetuado entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, independentemente
de possuir ou não cadastrado no órgão que está promovendo a licitação. Estes
participantes, em número mínimo de 03 (três), são escolhidos e convidados pela
unidade administrativa.
Segundo Gasparini (2004, p. 51), no convite “prevê-se a faculdade de a
Administração escolher potenciais interessados em participar da licitação, sendo
que estes convidados não necessitam estar cadastrados previamente”.
Na modalidade de convite, a administração pode convidar qualquer possível
interessado que esteja apto a atender à sua necessidade, ressalvados aqueles
que estão impedidos de realizarem negócios com o poder público, por motivos
diversos.
Acrescenta Meirelles (2005, p. 86), que “no convite, de acordo com o § 1º
do art. 32 da Lei das Licitações, a documentação exigida dos licitantes para a
habilitação, de que tratam os arts. 28 a 31 da citada Lei, poderá ser dispensada,
no todo ou em parte”.
Entretanto, alguns documentos, como as certidões negativas de débito com
a Seguridade Social (CF art. 195, § 3º) e com o FGTS (Lei nº 9.012-95, art. 2º), não
podem ser dispensados.
67
José Ozildo dos Santos et al.
2.2.4 Concurso
Definida como sendo uma modalidade de licitação de caráter específico,
o concurso destina-se a escolha de um trabalho técnico, artístico ou científico,
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme
critérios constantes no edital.
De acordo com Dallari (1997, p. 80):
2.2.5 Leilão
O Leilão é uma modalidade de licitação entre quaisquer interessados em
adquirir bens móveis inservíveis para a Administração, bem como produtos
penhorados, legalmente apreendidos ou bens móveis alienados.
Segundo Gasparini (2005, p. 63):
Na licitação por leilão, a compra será efetuada por quem oferecer o maior lance.
Este pode ser igual ou superior ao valor da avaliação. O leilão administrativo é
feito por servidor público. No edital de leilão deve haver a descrição sucinta dos
bens, o local onde se encontram o dia, à hora e o local do leilão além do valor da
avaliação do bem, o qual serve de preço mínimo.
2.2.6 Pregão
Afirma Meirelles (2005, p. 126), que o pregão é a “modalidade de licitação
voltada à aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados aqueles cujos
68
Licitações públicas: Modalidades e princípios aplicáveis
Assim sendo, deve-se dar conhecimento dos atos licitatórios aos interessados
pelos mesmos meios e na mesma ocasião, evitando-se o privilégio da ciência
antecipada. A publicidade, além de princípio geral do direito administrativo,
é condição de eficácia dos direitos dos envolvidos na licitação e do seu amplo
controle pela sociedade em geral.
Cardozo (2000, p. 19) define este princípio com aquele:
71
José Ozildo dos Santos et al.
3 Considerações Finais
4 Referências
73
O princípio da igualdade
do direito urbanístico
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Douglas da Cunha Silva
José Rivamar de Andrade
1 Introdução
A urbanização é um fenômeno resultante do processo de industrialização
desencadeado pela Revolução Industrial, que, por sua vez, fez com que as
populações rurais se deslocassem para as cidades, onde tornaram mãos de
obras da indústria nascente. Atualmente, as grandes cidades possuem como
característica básica a aglomeração de fábricas e serviços, onde são exercidas
atividades completamente desvinculadas das antigas atividades agrícolas.
Esse processo de transformação que ocorreu nas cidades também teve
implicações no âmbito jurídico. Assim, para disciplinar as chamadas relações
urbanísticas surgiu o Direito Urbanístico, que é fruto da crescente urbanização
e constitui um dos imperativos mais prementes da civilização, que tem por
objetivo controlar o processo de urbanização (SILVA, 1997).
Na concepção de Mukai (1988), o termo urbanização é utilizado para designar o
processo pelo qual a população urbana cresce em proporção superior à população rural.
Assim, quando se fala em urbanização está se referido ao fenômeno de
concentração urbana e não ao mero crescimento das cidades. Por sua vez, esse
fenômeno necessita ser disciplinado para que se evite o caos urbano.
Atualmente, existe o entendimento de que a cidade não é uma entidade com
vida autônoma, destacada e isolada num território. Por sua vez, as questões urbanas
existem um trabalho interdisciplinar, requerendo conhecimentos sociológicos
especializados, geográficos, estatísticos, de engenharia sanitária, de biologia, de
medicina, políticos, econômicos, e, sobretudo, do direito, cuja aplicação é pautada
em diversos princípios constitucionais (GUIMARÃES, 2004).
Nesse sentido, o presente artigo tempo por objetivo mostrar a importância do
princípio da igualdade para o direito urbanístico.
2 Revisão de Literatura
2.1 Urbanismo: A construção de um conceito
Para melhor compreender como o direito urbanístico se desenvolve e como
sobre ele atuam os princípios constitucionais, é de suma importância que faça
Rosélia Maria de Sousa Santos et al.
direito da cidade, ao direito que trata das relações que se desenvolvem na cidade
e que a ela diz respeito estritamente.
Na concepção de Guimarães (2004), o Direito Urbanístico, na prática,
constitui-se em duas ciências (Direito e Urbanismo), que possuem o mesmo
objeto de estudo. No entanto, avaliado sob óticas peculiares.
Assim como o Urbanismo, o Direito Urbanístico também se preocupa com o
fenômeno urbano, não se esquivando de tratar da utilização dos espaços rurais.
Para melhor compreender o campo de atuação do Direito Urbanístico é de
sua importância que se apresente a sua definição.
De acordo com Moreira Neto (1997, p. 41):
3 Considerações Finais
4 Referências
83
O papel do agente público
na preservação do patrimônio cultural
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Iluskhanney Gomes de Medeiros Nóbrega de Miranda
José Rivamar de Andrade
Rafael Chateaubriand de Miranda
Douglas da Silva Cunha
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
público. Prova disso é a falta de organismos oficiais para que as ações culturais
sejam congregadas. São poucos os municípios brasileiros que já dispõem de
seu Sistema Municipal de Cultura e de seu respectivo Conselho Municipal de
Cultural (BRASIL, 2012).
Por tratar-se de um órgão colegiado e fazer parte da estrutura básica cultural
do município, o Conselho Municipal de Cultura propõe a formulação de politicas
com a participação da sociedade.
Dissertando sobre a importância do Conselho Municipal de Cultura, a CNM
(2008, p. 37) afirma que o mesmo:
3 Considerações Finais
O papel do gestor público no quesito preservação do patrimônio cultural
pode ser um caminho longo a ser percorrido. Contudo, com a globalização da
sociedade, desencadeada pelas transformações promovidas pelos meios de
comunicação, houve uma alteração na forma e na necessidade de disseminar a
cultura.
E, diante dessa nova necessidade, cabe ao gestor público o resgate das
manifestações culturais de que seus munícipes são titulares, valorizando e
dando espaço aos chamados agentes ou ativistas culturais.
Assim, promovendo a preservação do patrimônio cultural, além de tornar
seu município diferenciado culturalmente, o gestor público estará contribuindo,
em muitos dos casos, para o resgate de pessoas que se encontram numa posição
social indigna para uma forma de vida melhor, na qual esse indivíduo se sinta
valorizado.
Todo município possui sua cultura própria e única, isso o torna atrativo,
interessante e diversificado. Ao gestor publico cabe o dever de reconhecer não
90
O papel do agente público na preservação do patrimônio cultural
4 Referências
91
Sociedade e participação:
A construção do orçamento participativo
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Rafael Chateaubriand de Miranda
Iluskhanney Gomes de Medeiros Nóbrega Miranda
José Rivamar de Andrade
Douglas da Silva Cunha
1 Introdução
A Constituição Federal promulgada em 1988 fixou os princípios que norteiam
a gestão participativa, abrindo espaços para a chamada participação popular.
Trata-se de uma iniciativa inovadora e ao mesmo tempo necessária, diante
das transformações pelas quais vem passando o Estado, do qual, com maior
frequência a sociedade vem exigindo mais transparência em suas ações.
A participação popular, como princípio constitucional, também pode ser
encontrada em diplomas legais, a exemplo do Estatuto da Cidade, da Lei da Ação
Civil Pública e da Lei de Responsabilidade Fiscal, visto que tais leis determinam
que quando da elaboração de políticas públicas urbanas ou de projetos relativos a
assuntos de interesse urbano, sejam promovidas audiências e consultas públicas.
Assim sendo, objetivando cumprir tal princípio, desenvolveu-se o chamado
Orçamento Participativo, que pode ser reconhecido como sendo um instrumento
que ao mesmo tempo em que dá a administração um aspecto de transparência,
faz com que esta se torne eficiente e apresente soluções que vão de encontro às
reais necessidades da coletividade.
Desde que foi implantado na administração pública brasileira, o Orçamento
Participativo tem apresentado de forma significativa bons resultados, mostrando
que a implementação da participação da sociedade na gestão pública constitui
uma importante iniciativa, visto que faz com que a administração adquira
transparência e seja acima de tudo, eficiente. O objetivo do presente artigo é
mostrar a importância da participação da sociedade no processo de construção
da gestão democrática.
2 Revisão de Literatura
2.1 A democracia participativa
A participação popular na administração pública é algo que cresceu de forma
significativa nos últimos anos, principalmente, após a Constituição Federal de
Rosélia Maria de Sousa Santos et al.
1
Democracia participativa ou semidireta: caracteriza-se pela coexistência de mecanismos da
democracia representativa com outros da democracia direta (referendo, plebiscito, revogação,
iniciativa popular, etc.) (PEDRA, 2003, p. 14).
94
Sociedade e participação: A construção do orçamento participativo
Vê-se, portanto, que com a participação popular abre espaços para que todos os
cidadãos possam exercer o direito de participarem das decisões administrativas,
que digam respeito aos interesses de sua comunidade, de seu bairro, de sua
cidade, etc., inclusive, o direito de poder contribuir na elaboração do orçamento
que será utilizado, ou melhor, colocado em prática pela administração na gestão
das atividades direcionadas ao município.
3 Considerações Finais
100
Sociedade e participação: A construção do orçamento participativo
4 Referências
102
Uma abordagem sobre o processo
de urbanização no Brasil
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
José Rivamar de Andrade
Douglas da Silva Cunha
Jessiane Dantas Fernandes
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
1
Aglomeração formada por uma cidade e seus satélites ou por diversas cidades, área metropolitana
109
Rosélia Maria de Sousa Santos et al.
4 Referências
BARBEIRO, Heródoto; CANTELE, Bruna Renata e SCHNEEBERGER, Carlos
Alberto. História: de olho no mundo do trabalho. História Geral e do Brasil.
São Paulo: Scipione, 2004.
BARCELLOS, Paulo Fernando Pinto; BARCELLOS, Luiz Fernando Pinto.
Planejamento urbano sob perspectiva sistêmica: considerações sobre a função
social da propriedade e a preocupação ambiental. Rev. FAE, Curitiba, v.7,
n.1, p.129-144, jan./jun. 2004.
112
Uma abordagem sobre o processo de urbanização no Brasil
113
Gestão Pública: Normatização,
fiscalização da qualidade
dos alimentos, prevenção e cuidados
com a saúde pública
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Douglas da Silva Cunha
José Rivamar de Andrade
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
Desta forma, constata-se que a ANVISA foi instituída com uma missão
específica, ou seja, a de “promover a proteção da saúde da população”,
sendo, portanto, o órgão coordenador de todas as ações de vigilância sanitária
desenvolvidas no país.
Na concepção de Reis (2012, p. 15), “a criação da ANVISA foi um passo
marcante para a saúde pública”, principalmente, porque com essa agência, o
Estado brasileiro passou a ter um órgão capacitado para acompanhar o processo
de fiscalização da produção de alimentos, no que diz respeito aos padrões de
qualidade e conservação, objetivando garantir a saúde da população.
De acordo com a própria ANVISA (BRASIL, 2012), em relação à segurança
alimentar, dentre sua atribuições, podem ser destacadas as seguintes:
i. Fiscalizar as entidades e os estabelecimentos que produzem, comercializam,
distribuem, armazenam e/ou aplicam os alimentos;
ii. Fiscalizar o exercício das profissões relacionadas à produção e
comercialização de alimentos;
iii. Licenciar e cadastrar os profissionais, estabelecimentos e entidades que
produzem, comercializam e/ou aplicam os alimentos.
3 Considerações Finais
4 Referências
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social: práticas em debate, teorias em construção. Fortaleza: Imprensa
Universitária, 2008.
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NOVAIS, M. do R. Noções gerais de higiene e segurança alimentar: Boas práticas
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8-11, nov., 2006.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. ORGANIZAÇÃO
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sul do Brasil: Implantação da gestão plena e efetividade das ações. Ciência &
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129
A globalização e seus efeitos sobre
a governabilidade democrática
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Iluskhanney Gomes de Medeiros Nóbrega
Rafael Chateaubriand de Miranda
Jessiane Dantas Fernandes
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
Nos últimos anos, no mundo inteiro, a administração pública tem sido cenário
de intensas mudanças e sofrido influências que afetam, de maneira irreversível,
o conceito e a prática da gestão, ou seja, a sua governabilidade. Devido à rapidez
com que tais mudanças se apresentam o aparelho estatal não tem condições de
adaptar-se a tempo. E essa situação tem feito com que o Estado, em muitos casos,
deixe de cumprir o seu papel.
Pierik (2003) observa que o balanço do poder e o conceito de poder político
alteram-se de forma significativa nos últimos anos. E, que isto ocorreu,
principalmente, em face da diminuição dos poderes soberanos nacionais, cenário
que começou a se desenhar, por um lado, a partir da emergência das chamadas
organizações supranacionais, e, por outro, com a presença crescente das ONGIs
(Organizações Não-Governamentais Internacionais) e empresas multinacionais.
O que se percebe, portanto, é que de forma gradativa está ocorrendo uma
mudança do governo para a governança global e que a cada dia, os Estados
nacionais têm reduzido suas competências, mandatos e autoridade. Noutras
palavras, está ocorrendo o declínio do governo nestes estados. E, o vácuo
deixado por esse declínio vem sendo ocupado pelas organizações internacionais
e supranacionais, ONGIs e empresas multinacionais, mostrando assim, a
emergência da governança global.
Güel e Lechner (2002) ressaltam que os efeitos da globalização são
sentidos na governabilidade democrática. Esta é afetada pela interiorização
dos processos globais, ocorrendo o comprometimento do poder de analise crítico
por parte da sociedade, que ‘naturaliza’ os processos e ‘interioriza’ como ‘único
caminho’ as decisões e visões determinadas pela lógica de mercado.
Ainda segundo Güel e Lechner (2002), dentro da naturalização do social, a
ordem coletiva se configura e “uma satisfação oportuna neutraliza a discussão
sobre o modelo de desenvolvimento”, eliminando das capacidades de construção
coletiva a oportunidade protagônica de construir a realidade do ‘nós’, impondo
à subjetividade social uma configuração que assume um caráter individual.
Bodemer (1998) afirma ainda que:
3 Conclusão
4 Referências
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