Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
,1752'8d2¬(1*(1+$5,$
(/(&7527e&1,&$
&LUFXLWRV/LQHDUHVGH&RUUHQWH&RQWtQXD
0DULD,VDEHO$EUHX
-XOKRGH
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
ËQGLFH
/(,6*(5$,6'$(/(&75,&,'$'(
1.1. INTRODUÇÃO. NOÇÕES GERAIS SOBRE A ESTRUTURA DA MATÉRIA. ............................................. 2
1.2. NOÇÃO DE MATERIAL CONDUTOR, MATERIAL ISOLANTE, CORRENTE ELÉCTRICA E RESISTÊNCIA
DE UM MATERIAL .......................................................................................................................... 4
1.3. A INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉCTRICA ................................................................................... 7
1.4. RESISTÊNCIA E CONDUTÂNCIA DE UM CONDUTOR; RESISTIVIDADE E CONDUTIVIDADE DE UM
MATERIAL ..................................................................................................................................... 8
1.5. LEI DE OHM................................................................................................................................. 9
1.6. VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UM CONDUTOR COM A TEMPERATURA ....................................... 10
1.7. ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS .................................................................................................. 11
1.8. AMPERÍMETROS E VOLTÍMETROS ............................................................................................... 15
1.9. LEI DE JOULE. POTÊNCIA E ENERGIA. ......................................................................................... 15
1.10. WATTÍMETROS E CONTADORES DE ENERGIA ............................................................................... 17
1.11. GERADORES E RECEPTORES. FORÇA ELECTROMOTRIZ E FORÇA CONTRAELECTROMOTRIZ. ........ 18
1.12. LEIS DE KIRCHHOFF .................................................................................................................... 23
1.13. DIVISOR DE TENSÃO E DIVISOR DE CORRENTE ............................................................................. 26
1.14. POTENCIAL AO LONGO DE UM CIRCUITO...................................................................................... 27
1.15. FONTES DE TENSÃO E FONTES DE CORRENTE ............................................................................... 28
$1È/,6('(&,5&8,726/,1($5(6'(&255(17(&217Ë18$
2.1. MÉTODO DAS CORRENTES DE MALHAS INDEPENDENTES ............................................................. 32
2.2. MÉTODO DAS TENSÕES NOS NÓS ................................................................................................. 34
2.3. MÉTODO DA TENSÃO ENTRE UM PAR DE NÓS .............................................................................. 37
2.4. TEOREMA DE MILLMAN .............................................................................................................. 38
2.5. FONTES CONTROLADAS .............................................................................................................. 39
2.6. TEOREMA DE SOBREPOSIÇÃO ...................................................................................................... 41
2.7. TEOREMA DE THEVENIN E TEOREMA DE NORTON ...................................................................... 43
2.8. TEOREMA DA MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA ............................................................... 45
2.9. NOÇÕES FUNDAMENTAIS A RETER SOBRE ESTES CAPÍTULOS:...................................................... 47
2.10. GRANDEZAS E RESPECTIVAS UNIDADES NO S.I............................................................................ 48
2.11. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................ 49
1 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
/(,6*(5$,6'$(/(&75,&,'$'(
,QWURGXomR1Ro}HVJHUDLVVREUHDHVWUXWXUDGDPDWpULD
A carga eléctrica é uma grandeza que se manifesta por forças de atracção ou repulsão
entre partículas.
Assim, além das forças gravitacionais de atracção que actuam sobre todas as partículas
atómicas, existem também as forças repulsivas e atractivas de origem eléctrica.
Verifica-se então que, qualquer corpo pode ou não estar electricamente carregado, ou
seja, possuir uma determinada quantidade de carga eléctrica, pois a carga eléctrica é
uma grandeza quantificável.
2 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Relembre-se também que, a carga eléctrica pode ser facilmente transferida de um corpo
para outro, uma vez que a carga eléctrica é uma grandeza que se conserva.
&RQVWLWXLomRGRiWRPR
O modelo atómico proposto por BOHR no início do século, embora actualmente não
seja considerado inteiramente correcto é contudo útil para a visualização da estrutura
atómica.
Assim, Bohr considerou o átomo constituído por um núcleo central cuja carga eléctrica
se convencionou ser positiva. Gravitando à volta desse núcleo, em órbitas definidas,
existem partículas cuja carga eléctrica se considerou negativa, chamada electrões.
Chamam-se electrões livres, os electrões que devido à sua fraca ligação ao núcleo, se
libertam e circulam livremente pela estrutura atómica do material.
3 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Refira-se que, como os protões do núcleo são cargas todas positivas, exercem entre si
forças eléctricas de repulsão; contudo, o núcleo mantêm-se coeso devido às forças
nucleares que actuam em oposição às anteriores.
As cargas eléctricas ( em repouso ou em movimento) criam um campo eléctrico em toda
a região do espaço que as circunda. E esse campo actua sobre qualquer outra carga
eléctrica que se coloque na sua presença, com uma força de origem eléctrica (dada pela
lei de Coulomb).
Diz-se, portanto, que num dado ponto do espaço existe um campo eléctrico, quando
uma força de origem eléctrica se exerce sobre uma dada carga colocada nesse ponto.
1RomRGHPDWHULDOFRQGXWRUPDWHULDOLVRODQWHFRUUHQWHHOpFWULFD
HUHVLVWrQFLDGHXPPDWHULDO
Como já vimos, qualquer corpo pode possuir no seu interior um determinado número de
electrões livres. Esses electrões livres podem existir em grande quantidade ou serem em
número muito reduzido, dependendo do tipo de material que constitui o corpo. Esses
electrões movem-se desordenadamente no interior do material, como veremos em
seguida.
4 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
- ou temos um PDWHULDO FRUSR LVRODQWH, que é um material no interior do
qual ou não existem electrões livres ou existem em muito pequena
quantidade; portanto, quando se aplica a esse material um Campo Eléctrico
exterior muito poucas cargas se podem movimentar. Exemplos: mica, certos
plásticos, certas resinas, etc.
Vejamos o que se passa nos condutores sólidos do «tipo» dos METAIS. À temperatura
ambiente, os electrões livres existentes numa dada porção de metal movem-se
desordenadamente no seu interior, isto é, há uma agitação de electrões livres no interior
do metal. Se considerarmos uma qualquer secção de uma porção de metal, pode dizer-se
que o número de electrões livres que atravessam essa secção para um e para outro lado
é, em média, igual. Não se pode portanto, considerar a existência de qualquer corrente
eléctrica. Aplicando um Campo Eléctrico exterior a essa porção de metal, sobrepor-se–à
ao movimento de agitação dos electrões livres, um movimento constante, orientado e
ordenado desses electrões livres a que chamamos corrente eléctrica.
5 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
)
°(
° T
®
) °
°¯ T 0
Esses electrões livres ao moverem-se vão chocar com as outras partículas estacionárias
que formam a rede cristalina do metal (protões, neutrões e electrões não livres); essas
colisões são a causa da resistência oferecida pelo material condutor à passagem da
corrente.
6 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Após cada colisão os electrões livres são novamente acelerados, pois ficam novamente
sujeitos às forças do Campo Eléctrico. O movimento dos electrões livres é portanto uma
sucessão de acelerações (provocadas pelas forças do Campo Eléctrico) e desacelerações
(provocadas pelos choques) e tudo se passa como se os electrões livres se deslocassem
com uma velocidade média constante resultante das diversas acelerações e
desacelerações.
$LQWHQVLGDGHGHFRUUHQWHHOpFWULFD
)
) °(
° T
®
°
°¯ T 0
Secção recta I
(de área 6)
Suponhamos que Q electrões atravessam a secção recta de área 6do condutor, num dado
sentido, no intervalo de tempo W.
Sendo a carga de cada electrão Tentão a carga total que atravessa a secção recta 6 do
condutor no intervalo de tempo W, será
4 QT
7 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
A intensidade de corrente eléctrica será a carga total que passa num determinado sentido
na secção recta do condutor, na unidade de tempo
5HVLVWrQFLD H FRQGXWkQFLD GH XP FRQGXWRU 5HVLVWLYLGDGH H
FRQGXWLYLGDGHGHXPPDWHULDO
O
5 U
6
Ro Ohm ( : )
Unidades no S I U o Ohm u metro ( : u m )
l o metro ( m )
S o metro quadrado ( m2 )
8 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
A grandeza que representa o inverso da resistência (5) de um condutor chama-se
6
condutância (*); logo teremos * e se ao inverso da resistividade
5 U O
(U) se chamar condutividade (V), podemos escrever
6
* V
O
/HLGH2+0
A lei de Ohm estabelece a relação entre, a queda de tensão ou diferença de potencial (9)
aplicada aos terminais do condutor em estudo, a sua resistência (5) e a intensidade de
corrente (,) que então o percorrerá.
I
R
Nessa condições, o condutor será percorrido por uma corrente de intensidade ,, com o
sentido indicado na figura (sentido dos potenciais decrescentes).
9 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
A expressão matemática que traduz a lei de Ohm é
9 5,
9DULDomRGDUHVLVWrQFLDGHXPFRQGXWRUFRPDWHPSHUDWXUD
U U >DTT @
5 5 >DTT @
Em que
10 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
As expressões que caracterizam as leis de variação de resistividade com a temperatura e
de resistência com a temperatura são idênticas, uma vez que a resistência de um
O
condutor é proporcional à sua resistividade ( 5 U )
6
Como já se disse anteriormente, nos metais ( em que D > 0 ), a agitação térmica caótica
dos electrões livres aumenta quando a temperatura aumenta, o que origina um maior
número de colisões entre partículas. Deste efeito resulta portanto um aumento da
resistência ( e da resistividade ) nos metais, quando a temperatura aumenta.
$VVRFLDomRGH5HVLVWrQFLDV
D(P6e5,(
I
R1 R2 R3
a b c d
V { Vad
11 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Todas as resistências (ligadas em série ) são percorridas pela mesma corrente ,; a d.d.p.
nos terminais de cada uma das resistências é
9 5 ,
DE 9 5 ,
EF 9 5 ,
FG
Circuito equivalente
Vamos substituir o conjunto das três resistências 5 , 5 e 5 (em série) por uma só
resistência, de modo a que quando ambos os circuitos forem percorridos pela mesma
corrente ,, tenhamos nos seus terminais a mesma d.d.p. 9. Então teremos
I
R
5 ,5 .
9 9 9 9 9
DE EF FG DG
e como 9 5, e 9 5 ,
DE e 9 5 ,
EF e 9 5 ,
FG
vem que
12 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
ou seja
5 5 5 5
E(P3$5$/(/2
Consideremos a seguinte associação de resistências
R1 I1
R2 I2 I
I
a
R3 I3
V
9 5 , 9 5 , 9 5 ,
ou seja
9 9 9
, , ,
5 5 5
13 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Circuito equivalente
Vamos substituir o conjunto das três resistências 5 , 5 e 5 (em paralelo) por uma só
resistência, de modo a que quando ambos os circuitos forem percorridos pela mesma
corrente ,, tenhamos nos seus terminais a mesma queda de tensão 9.
Então teremos
I
R
9
Neste circuito 9 5,, logo , , onde 5 é a resistência equivalente ao
5
paralelo de resistências 5 , 5 , 5 .
Vejamos, agora como relacionar as várias resistências. A corrente , será igual à soma
das correntes que percorrem as três resistências 5 , 5 , 5
, , , ,
Caso assim não fosse, era porque haveria acumulação de cargas no ponto a, o que não é
admissível.
9 9 9 9
Como , , , , , e ,
5 5 5 5
vem que
9 9 9 9 § ·
¨¨ ¸¸ 9
5 5 5 5 © 5 5 5 ¹
14 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
ou seja
5 5 5 5
5
5 5
5 5
5 5
o 5
5 5
5 5
$PSHUtPHWURVH9ROWtPHWURV
Estes aparelhos serão estudados na cadeira de Medidas Eléctricas, pelo que neste
momento, apenas se darão algumas informações sobre os mesmos.
/HLGH-RXOH3RWrQFLDHHQHUJLD
Sabe-se já que, quando um condutor é percorrido por corrente, ou seja, quando os
electrões livres que nele existem se movimentam por acção de um campo eléctrico
exterior, ocorrem choques dos electrões livres com as partículas estacionárias que
formam o material.
Então, sempre que há um choque, a energia cinética que o campo eléctrico tinha
fornecido aos electrões livres para eles se moverem, anula-se sendo convertida em calor,
15 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
fazendo aumentar a temperatura do condutor. Há portanto uma transformação da
energia do campo eléctrico em calor.
I R
:
Por definição de d.d.p., sabe-se que 9 , isto é, o trabalho realizado pelas forças
4
do campo eléctrico para mover os electrões livres no interior do condutor é
: 94 9,W
Este trabalho, como já se disse, transforma-se inteiramente em calor sempre que há
choques dos electrões livres com as partículas estacionárias do condutor.
: -RXOH 9,W
9
: -RXOH 5, W
W
5
: -RXOH 5, W
Expressão matemática de /HLGH-RXOH
16 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
A energia eléctrica convertida em calor no tempo W num condutor é proporcional ao
quadrado de corrente que o percorre.
:-RXOH 9
3 -RXOH 9, 5, LEI DE JOULE
W 5
:DWWtPHWURVHFRQWDGRUHVGHHQHUJLD
Estes dispositivos também serão estudados na cadeira de Medidas Eléctricas, pelo que
só se lhes fará referência.
O wattímetro é um aparelho que permite que se façam directamente leituras de
potências eléctricas; a leitura é feita em :DWW ou .LOR:DWW
I
I R
I W
17 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
O contador de energia é um aparelho que possibilita a leitura directa da energia
eléctrica; a leitura é feita em .LOR:DWWKRUD.
A energia eléctrica é produzida por JHUDGRUHV, que são unidades capazes de transformar
outras formas de energia em energia eléctrica.
Por outro lado, a utilização de energia é feita por UHFHSWRUHV, como por exemplo, os
motores que transformam a energia eléctrica em energia mecânica; os acumuladores que
transformam a energia eléctrica em energia química; as resistências que transformam a
energia eléctrica em energia calorífica; as lâmpadas que transformam a energia eléctrica
em energia calorífica e luminosa; etc.
A energia eléctrica pode também ser produzida a partir de outras fontes de energia, tais
como : energia nuclear, energia eólica, energia solar, energia das marés etc.
18 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Nas situações a que se podem associar as transformações reversíveis de energia, é
possível definir duas novas grandezas. No caso dos geradores define-se a IRUoD
HOHFWURPRWUL]IHP e no caso dos receptores define-se a força FRQWUDHOHFWURPRWUL]
IFHP, como veremos de seguida.
Como se viu a energia eléctrica pode ser originada por diversos processos (conversão de
energia mecânica, química, etc. ); de qualquer modo o resultado final desse fenómeno é
sempre o aparecimento de uma força electromotriz (() que caracteriza a fonte de
energia eléctrica e que garante uma determinada diferença de potencial entre os
terminais dessa fonte.
Assim, a f.e.m. de um gerador (() pode definir-se como sendo a energia transformada
de não eléctrica em eléctrica, por unidade de carga
:
(
4
W=EQ=EIt
: SURGX]LGDSHORJHUDGRU (,W
19 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
3 SURGX]LGDSHORJHUDGRU (,
I A
( 9 5 ,
$%
E
9 (5 ,
$%
VAB
R0
logo9 (
$%
A tensão ( 9 $% ) fornecida pelo gerador para o exterior é menor do que a f.e.m. (()
produzida, devido à queda de tensão no interior do próprio gerador ( 5 ,).
onde
3SURGX]LGDSHORJHUDGRU (,
3IRUQHFLGDSHORJHUDGRUSDUDRH[WHULRU 9 ,
$%
3SHUGDVQRJHUDGRU 5 ,
20 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Noção de força contraelecromotriz (f.c.e.m.)
A f.c.e.m. ((¶) de um receptor (por exemplo, de um motor) pode definir-se como sendo
a energia transformada de eléctrica em não eléctrica, por unidade de carga
:
(c
4
W = E’ Q = E’ I t
: FRQVXPLGDSHORUHFHSWRU (¶,W
3 FRQVXPLGDSHORUHFHSWRU (¶,
A I
(¶ 9 5 ,
$%
E’
VAB 9 (¶5 ,
$%
R0
logo9 !(¶
$%
21 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
A tensão ( 9 $% ) fornecida do exterior ao receptor é maior do que a f.c.e.m. ((¶) .
onde
3 UHFHELGDSHORUHFHSWRUGRH[WHULRU 9 ,
$%
3 FRQVXPLGDSHORUHFHSWRU (¶,
3 SHUGDV 5 ,
perdas
22 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Como
potência à entrada = potência à saída + perdas
/HLVGH.LUFKKRII
([HPSOR
2 R1 I1 3 R4 I4
4
E2
E1 R2 R5 E3
I2 I7 I5
R7
1 5
R3 I3 R6 I6
6
23 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
O circuito tem 4 nós (1, 3, 4, 6 )
Exemplo de ramo (3 – 4); Exemplo de malha (4 – 5 – 6 - 4)
1ª lei ou OHLGRVQyV
6,
6,¶FKHJDPDRQy 6,¶¶VDLHPGRQy
2ª lei ou OHLGDVPDOKDV
6( 65,69
A aplicação das leis de Kirchhoff na determinação das correntes de ramo (I1 } I7) é
feita do seguinte modo.
Num circuito com Q nós podem escrever-se Q equações de nós independentes.
24 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
As equações de nós são independentes se em cada nova equação que se escreva existir
pelo menos uma corrente que não entrava em nenhuma outra equação anterior.
As equações de malha são independentes se em cada nova equação que se escreva entrar
pelo menos um ramo que não existia em nenhuma outra equação anterior.
nó 1 : I1 + I2 = I3
nó 3 : I1 + I2 = I4 + I7
nó 4 : I4 + I6 = I5
malha 1231 : E1 = R1 I1 – R2 I2
malha 1361 : E2 = R2 I2 + R7 I7 + R3 I3
malha 6346 : - E2 = R4 I4 + R5 I5 - R7 I7
malha 6456 : - E3 = - R6 I6 – R5 I5
25 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
'LYLVRUGHWHQVmRHGLYLVRUGHFRUUHQWH
Divisor de tensão
I
9 5 5c ,
9
R ,
5 5c
9
V 9c 5c , 5c
5 5c
Rc
R’ Vc V 5c
R Rc 9c 9
5 5c
Divisor de corrente
Consideremos o seguinte circuito; dados R, R’ e I, determinar ,¶.
9 5c ,c
I
§ 5 5c ·
9 ¨¨ ¸¸ ,
© 5 5 c ¹
R V R’ R
Ic I
R Rc
5 5c
5 c ,c ,
5 5c
5
,c ,
5 5c
26 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
3RWHQFLDODRORQJRGHXPFLUFXLWR
Considere-se o seguinte circuito
E1 = 10 V
1: D 2:
E C
I E2 = 5 V
A
B
2:
15
E1 + E2 = ( 1 + 2 + 2 ) I o I= 5 =3A
Então, no nosso exemplo fica
27 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
VC = VD – VDC = 7 – 2 u 3 = 1 V
VCB = VC – VB
VB = VC – VBC = 1 – (-5) = 6 V
VBA = VB – VA
VA = VB – VBA = 6 - 3 u 2 = 0 V (como queríamos verificar )
)RQWHVGHWHQVmRHIRQWHVGHFRUUHQWH
Estas fontes têm tensão 9 constante nos seus terminais, qualquer que seja a corrente ,
fornecida ao exterior.
I
V
R=0
V E = constante
E
I
E =V
Estas fontes têm corrente , constante nos seus terminais, qualquer que seja a tensão 9
fornecida ao exterior.
28 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
I
V
R=f
V
I
I = constante I
I I
A A
IR
E V
IF V
R
R
B
( 95,, ,),5
29 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Passar de IRQWHGHWHQVmR para IRQWHGHFRUUHQWH
E V
(1) : E=V+RI I
R R
(2) : V = R IR
V
I IF
R
I = IF - IR
Para os dois circuitos serem equivalentes, quando se lhes aplica a mesma tensão 9, as
correntes , devem ser iguais nos dois circuitos , logo
§ E V · § V·
¨ ¸ ¨ IF ¸
© R R ¹ © R¹
e portanto
(
,)
5
Passar de IRQWHGHFRUUHQWH para IRQWHGHWHQVmR
(2) : I = IF - IR IR = IF - I
V = R IR
V = R IF - RI
30 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Para os dois circuitos serem equivalentes, quando são percorridos pela mesma corrente
,, as tensões 9 devem ser iguais nos dois circuitos , logo
( R IF - RI ) = (E – RI)
e portanto
( 5,)
Transformação de uma fonte de tensão na fonte de corrente equivalente
I
A
I
A
E V { IR
(
R { ,) V
5 R
Para o exterior de A e B as fontes são equivalentes, isto é, 9 e , são iguais nos dois
circuitos.
31 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Transformação de uma fonte de corrente na fonte de tensão equivalente
I
A I
A
IR {
IF V
R 5, ) { ( V
B B
Para o exterior de A e B as fontes são equivalentes, isto é, 9 e , são iguais nos dois
circuitos.
$1È/,6('(&,5&8,726/,1($5(6'(&255(17(
&217Ë18$
0pWRGRGDVFRUUHQWHVGHPDOKDVLQGHSHQGHQWHV
&DVR Circuito só com fontes de tensão
R1 R2
R3
E1
Im1 E2
E3 Im2
32 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Para cada malha do circuito define-se uma corrente, chamada corrente de malha. Haverá
ramos percorridos por uma só corrente de malha e outros percorridos por mais do que
uma. Aplicando-se a cada malha a 2ª lei de Kirchhoff (leis das malhas) obter-se-á,
ou seja
E1 E 3 R1 R 3 R3 Im
u 1
E3 E 2 R3 R 2 R 3 Im2
R1
Im1 IF IF
E1 R3
VF
Notar que na malha da direita a corrente já é conhecida (IF ). Temos, portanto, só uma
incógnita (Im1 ).
33 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
malha 1 o E1 = R1Im1 + R3 (Im1 + IF )
E1 = (R1+ R3) Im1 + R3 IF
já conhecido
R3 (Im1 + IF ) - VF = 0
,PSRUWDQWH – Numa fonte de corrente, apenas pode passar uma corrente de malha, pois
só assim a corrente de malha pode ficar completamente identificada.
0pWRGRGDVWHQV}HVQRVQyV
34 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Como exemplo, considere-se o seguinte circuito
V1 - V2 = V12
R3
I3
E2
I2 R2
1 2
E1 E4
I4
V1
R5
R1
R4
V2
I5
I1
3
E5
equações de nós I1 = I2 + I3 ( nó 1) o I1 - I2 - I3 = 0
I2 + I3 – I4 + I5 = 0 (nó 2)
E1 = V1 + R1 I1
equações de malhas E2 = -V12 + R2 I2 = - (V1 – V2 ) + R2 I2
de Kirchhoff 0 = V12 – R3 I3 = (V1 – V2 ) – R3 I3
E4 = -V2 + R4 I4
E5 = V2 + R5 I5
35 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Das equações de malhas obtêm-se os valores das correntes
E1 V1
I1 G1 E1 G 1V1
R1 R1
E2 V V
I2 1 2 G 2 E 2 G 2 V1 G 2 V2
R2 R2 R2
V1 V2
I3 G 3 V1 G 3V2
R3 R3
E 4 V2
I4 G 4 E 4 G 4 V2
R4 R4
E 5 V2
I5 G 5 E 5 G 5V2
R5 R5
equações de nós I1 = I2 + I3 o I1 - I2 - I3 = 0
I2 + I3 – I4 + I5 = 0
logo
36 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
0pWRGRGDWHQVmRHQWUHXPSDUGHQyV
Considere-se o seguinte circuito; notar que todos os ramos estão ligados em paralelo.
I3 R4 I4
R1 I1
IF1 R2 I2
VAB IF2
R3
E2
R’1
E4
E1
a) nó A o I1 + IF1 + I2 + I3 - IF2 + I4 = 0
b)
E1 VAB
E1 = VAB + R1I1 o I1 G1 E1 G 1VAB
R1 R1
E 2 VAB
Equações -E2 = VAB + R2I2 o I2 G 2 E 2 G 2 VAB
de malha R2 R2
de
Kirchhoff VAB
0 = VAB + R3I3 o I3 G 3VAB
R3
E 4 VAB
E4 = VAB + R4 I4 o I4 G 4 E 4 G 4 VAB
R4 R4
37 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
c) Substituindo as correntes I1, I2, I3, I4 na equação do nó A, obtém-se:
logo
¦ GK ¦ GK EK ¦ IFk
9$%
¦ (. * . ¦ , )N
¦*.
7HRUHPDGH0LOOPDQ
Considere-se o seguinte circuito
RM
A A
R1 R2 R3
{
EM
E1 E2 E3
B
B
38 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
os dois circuitos serão equivalentes se :
5 0 5 5 5
logo
1 1 1 1
RM R1 R 2 R 3
ou seja
1
RM
G1 G 2 G 3
e
(0
¦ (. * .
¦ *.
logo
E1G 1 E 2 G 2 E 3G 3
EM
G1 G 2 G 3
)RQWHVFRQWURODGDV
Nos parágrafos anteriores tem-se referido apenas fontes de tensão ou fontes de
correntes, ditas independentes. Essas fontes produzem tensões ou correntes que são
independentes de quaisquer outras tensões ou correntes existentes noutros pontos do
circuito.
39 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Recordem-se os símbolos dessas fontes.
I
E
Fontes de tensão
V = f ( V1 ) V = f ( I1)
40 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Fontes de corrente
I = f ( V1 ) I = f ( I1 )
De um modo geral, as fontes controladas não são componentes físicos reais; geralmente
aparecem nos circuitos que simulam transístores ou outros dispositivos electrónicos.
7HRUHPDGHVREUHSRVLomR
Num circuito, qualquer tensão (ou corrente) pode ser calculada como o resultado da
soma algébrica das diversas tensões (ou correntes) produzidas individualmente por cada
fonte independente do circuito, quando todas as outras fontes independentes existentes
no circuito são colocadas em repouso.
Uma fonte de tensão está em repouso se está curto-circuitada (0 Volts ) e uma fonte de
corrente está em repouso se está em circuito aberto ( 0 Amperes).
41 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
([HPSOR
Determinar a corrente,pelo método da sobreposição
I 4:
IF = 3 A
2:
E = 18 V
1)
I1 4:
2: circuito aberto
E = 18 V IF = 0 A
18
E = ( 4 + 2 ) I1 o I1 = 6 = 3 A
2)
I2 4:
curto-circuito 2:
IF = 3 A
E=0V
2
Divisor de corrente o I2 = - IF 4 + 2 = -1 A
42 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
logo
I = I1 + I2 = 3 – 1 = 2 A
7HRUHPDGH7KHYHQLQHWHRUHPDGH1RUWRQ
Teorema de Thevenin
Suponha-se que, dado um circuito qualquer, se pretende calcular apenas a corrente ,$%
que passa na resistência 5$% . Então pode substituir-se todo o circuito em estudo por
uma resistência equivalente em série com uma fonte de tensão equivalente, isto é,
substitui-se o circuito inicial pelo seu equivalente de Thevenin, mantendo entre os
pontos A e B o elemento inicial (RAB).
R Th
A
I AB RAB V AB
E Th
43 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Então, a corrente IAB calcula-se muito facilmente neste circuito simplificado
E Th
I AB
R Th R AB
Teorema de Norton
Suponha-se que, dado um circuito qualquer, se pretende calcular apenas a corrente ,$%
que passa na resistência 5$% . Então pode substituir-se todo o circuito em estudo por
uma resistência equivalente em paralelo com uma fonte de corrente equivalente, isto é,
substitui-se o circuito inicial pelo seu equivalente de Norton, mantendo entre os pontos
A e B o elemento inicial (RAB).
IN RN I AB R AB V AB
IN = (IAB )c.c.
44 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Então, a corrente IAB calcula-se facilmente neste circuito simplificado usando o divisor
de corrente
RN
I AB IN
R N R AB
7HRUHPDGDPi[LPDWUDQVIHUrQFLDGHSRWrQFLD
Por vezes é necessário ligar-se um dado circuito a uma carga resistiva variável, de modo
a que a carga receba do circuito a máxima potência. Por exemplo, o caso do amplificador e
das colunas referido nas aulas.
Deve começar por se representar o circuito em estudo pelo seu equivalente de Thevenin.
Então, pode provar-se que se se escolher a resistência da carga ( R ) igual à resistência
equivalente de Thevenin (RTh ), o circuito transfere para a carga a máxima potência.
R Th
I
R
E Th (carga)
Pr = R I2
E Th
I
R Th R
45 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
Então, fazendo 5 57K , obtém-se a potência máxima
§ ( · (
3 5 ¨¨ 7K
¸¸ 7K
©5 5 5
5 Pi[ 7K
7K 7K ¹ 7K
46 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
1Ro}HVIXQGDPHQWDLVDUHWHUVREUHHVWHVFDStWXORV
- A importância e as consequências do movimento dos electrões livres nos materiais
condutores.
- Resistência de um material condutor.
- Intensidade de corrente eléctrica.
- Potência eléctrica ( lei de Joule).
- Força electromotriz e força contraelectromotriz.
47 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
*UDQGH]DVHUHVSHFWLYDVXQLGDGHVQR6,
*5$1'(=$6 81,'$'(6
, – Intensidade de corrente Ampere ($)
48 Isabel Abreu
ISEP-DEE Introdução à Engenharia Electrotécnica
______________________________________________________________________
%,%/,2*5$),$
x FÍSICA - Volume 3
Sears e Zemansky
Livros Técnicos e Científicos Editora, SA
x FUNDAMENTALS OF ELECTRICITY
F. Evdokimov
Publicações Mir
x ANÁLISE DE CIRCUITOS
John O’ Malley
McGraw-Hill
x CIRCUITOS ELÉCTRICOS
Joseph A. Edminister
McGraw-Hill
49 Isabel Abreu