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CURSO ON LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PARA O TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO: ÁREA
JUDICIÁRIA E EXECUÇÃO DE MANDADOS –
PROFESSOR: LUIZ BIVAR JR.

AULA DEMONSTRATIVA

Olá!

Estou apresentando uma aula demonstrativa do curso online para você


que está se preparando para as carreiras de tribunais, especialmente o
Tribunal Regional Federal da 5ª Região, cujo edital acabou de ser divulgado.
Este material abrange todos aqueles que estão se preparando para o
Concurso de Analista Judiciário – Área Judiciária e Execução de Mandados,
servindo, inclusive, de preparação para outros cargos equivalentes de outros
tribunais.

Este curso tem por objetivo auxiliá-lo adequadamente em sua


preparação para concursos de nível tão elevado, como os da área jurídica
em tribunais. Além de ser uma carreira fascinante, com profissionais
superpreparados, ainda conta com um atrativo adicional: a remuneração.
Então, para aqueles que precisam de um incentivo para começar a estudar,
ou estão pensando em desistir, lembrem-se da remuneração oferecida: R$
6.551,52.

Aí vai uma dica: anotem o valor da remuneração em um pedaço de


papel e colem em lugar visível, preferencialmente próximo ao local de
estudo. Assim, toda vez que desanimarem, é só olhar que, naturalmente,
terão força para persistir.

Pois bem! Talvez muitos de vocês já me conheçam, especialmente


aqueles que há algum tempo vêm se preparando para o ingresso nas
carreiras jurídicas. Sou o professor Luiz Bivar Jr. e há aproximadamente 10
(dez) anos venho ministrando aulas de Direito Processual Penal em cursos
preparatórios em Brasília. Atualmente, ocupo o cargo de Procurador do
Banco Central do Brasil, tendo sido aprovado também no concurso para
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Advogado do BNDES. Assim, como todo mundo também já reprovei em


alguns concursos, mas posso garantir que, com persistência, alcançamos
nossos objetivos. Finalmente, possuo alguns livros publicados (Processo
Penal e Direito Penal), voltados para a área de concursos públicos.

Bem, é isso!!! O conteúdo programático deste curso será assim


dividido:

Aula Demonstrativa – Apresentação.

Aula 1 – Princípios de Direito Processual Penal. Inquérito Policial:


natureza, início, dinâmica. Notitia Criminis.

Aula 2 – Ação Penal. Ação Penal Pública e privada. Denúncia. Queixa-


crime. A representação. A renúncia. O Perdão. Extinção da
punibilidade.

Aula 3 – Jurisdição. Competência. A competência penal: do STF, do


STJ, dos TRFs, dos Juízes Federais. Do Conflito de Jurisdição.

Aula 4 – Comunicações processuais (citação, notificação, intimação).


Atos processuais: forma, lugar, tempo (prazo, contagem). Sujeitos do
Processo: Juiz, Ministério Público, querelante, ofendido, Defensor,
Assistente, curador do réu menor e Auxiliar da Justiça.

Aula 5 – Atos jurisdicionais: despachos, decisões interlocutórias e


sentença (conceito, publicação, intimação e efeitos). Sentença
Condenatória.

Aula 6 – Recursos em geral: conceito, garantia constitucional,


competência e processamento. Habeas Corpus: conceito, garantia
constitucional, competência, processamento e recursos cabíveis.

Aula 7 – Prisão em flagrante, preventiva, domiciliar e temporária (Lei


nº 7.960/89). Liberdade provisória, com ou sem fiança.

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Aula 8 – Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95). Juizados


Especiais Federais (Lei nº 10.259/2001).

A aula de hoje será uma amostra de nosso curso, programado para ser
realizado em 8 (oito) aulas, sem contar a aula de hoje (apresentação e
demonstração).

Devo destacar também que este curso será de teoria e exercícios,


valendo-se, ao longo de cada aula, de quadros esquemáticos, a fim de
facilitar o aprendizado e melhorar a visualização da matéria, além de trazer
alguns exercícios comentados como forma de melhor fixação do conteúdo.

Termino esta apresentação e inicio o conteúdo de hoje (inquérito


policial) pedindo a Deus que ilumine nossos estudos. Mãos à obra, senhoras
e senhores!!!

INQUÉRITO POLICIAL (ARTS. 4° A 23°, CPP)

Esse é, sem dúvida nenhuma, um dos tópicos de grande importância


dentro do Direito Processual Penal.

Vamos ao que interessa. Quando se fala em inquérito policial, qual a


primeira palavra que nos vem à mente? Investigação, certo? Isso mesmo!!
O inquérito nada mais é que um conjunto de atos de investigação, realizados
pela Polícia Judiciária, com a fim de esclarecer determinada infração penal.

Nos itens de prova, o inquérito normalmente vem associado a duas


palavras, ou seja, atos de investigação ou conjunto de diligências.
Feitos tais esclarecimentos, podemos finalmente estabelecer um conceito
para o inquérito policial.

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1. Conceito

Inquérito Policial é o conjunto de diligências realizadas pela Polícia


Judiciária (Polícia Civil e Polícia Federal), com o intuito de reunir provas da
materialidade e indícios de autoria de certa infração penal e, assim, fornecer
os elementos de convicção necessários para que o titular da ação penal (MP,
nos casos de ação penal pública e o particular, nos casos de ação penal
privada) possa oferecê-la.

Seu objetivo, portanto, é reunir provas de ocorrência de certa infração


penal, de modo a permitir que a Ação Penal seja proposta. Lembre-se de
que o inquérito não acusa ninguém de nada (não encerra um juízo de
formação de culpa). Sua finalidade é assim meramente investigativa.

A esse respeito, destaco item cobrado, no ano de 2009, no concurso para


Procurador do Banco Central do Brasil (Cespe):

“Embora não se apliquem à atividade nele desenvolvida os


princípios da atividade jurisdicional, o inquérito encerra um juízo
de formação de culpa que se conclui com um veredicto de
possibilidade ou não da ação penal”.

O item está incorreto, já que no inquérito policial, como mencionado


acima, não há acusação.

Bom, vamos aproveitar o momento, senhores (as), e colocar uma


observação:

• Nos termos do art. 155, caput, do CPP (redação determinada


pela Lei n. 11.690/2008), o juiz está proibido de fundamentar
sua decisão exclusivamente com base nas provas do inquérito,
salvo aquelas de natureza cautelar, irrepetíveis, ou seja, que
correm o risco de deteriorização.

Esse ponto foi cobrado em prova da Polícia Militar do Distrito Federal


(Cespe/2009) da seguinte forma:

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“O juiz forma sua convicção pela livre apreciação da prova


produzida em contraditório judicial e não pode, em regra,
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na fase investigatória”.

O presente item está CORRETO, uma vez que, nos termos do art. 155,
CPP, o juiz está proibido de fundamentar sua decisão exclusivamente
com base nas provas do inquérito, salvo as de natureza cautelar,
irrepetíveis.

Estabelecido o conceito do inquérito policial, vamos agora elencar algumas


características do referido procedimento inquisitorial:

2. Natureza e Finalidade:

O inquérito policial possui uma natureza meramente investigativa. Sua


finalidade se resume em reunir provas da materialidade e indícios de autoria
de uma certa infração.

3. Valor Probatório:

O inquérito possui um valor probatório relativo, uma vez que reúne as


evidências mínimas que permitirão uma acusação formal. Assim, suas
conclusões devem ser corroboradas na fase judicial, já que o inquérito
policial não tem contraditório ou ampla defesa.

4. Características:

Dentre as principais características do inquérito policial, podemos


apontar as seguintes:

a) O inquérito é um procedimento ou expediente de


caráter administrativo. Não se confunde, assim, com
o processo. Qualquer item de prova que associe o
conceito de inquérito a processo estará
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necessariamente errado. O inquérito, nos casos em


que existe, vem antes do processo (é uma fase pré-
processual). Dessa primeira característica, surgem
duas observações:

• Eventuais vícios ou defeitos do inquérito não


contaminam o processo ou a ação penal que
dele se originarem. Essa questão já está
pacificada em provas de concurso. Inquérito e
processo são duas fases distintas, de modo que
aquilo que acontecer em um não repercutirá na
esfera de validade do outro. O item abaixo
ilustra bem a ideia (TSE, Analista Judiciário,
CESPE, 2007):

“Eventuais vícios do inquérito policial não


contaminam o acervo probatório
arrecadado na fase judicial sob o crivo do
contraditório, sendo, portanto, prematura
a aplicação da teoria dos frutos da árvore
envenenada nessa fase”. (item verdadeiro)

• Os vícios de impedimento e suspeição do juiz


(arts. 252 e 254, CPP) não se aplicam à
autoridade policial. Isso significa que o delegado
pode, por exemplo, investigar o próprio filho ou
seu amigo íntimo. O fundamento de tal regra é
justamente a conclusão de que inquérito e
processo são fases distintas. Logo, não podemos
pegar uma regra que foi criada para os sujeitos
do processo (impedimento e suspeição) e querer
aplicá-la ao delegado (autoridade que preside o
inquérito);

b) em regra, o inquérito é SIGILOSO, sendo que a


necessidade ou não do sigilo é avaliada pela
autoridade policial. Esse sigilo, entretanto, não se
aplica ao Juiz, ao membro do Ministério Público e,
conforme orientação mais recente do STF, ao

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Advogado1. Essa característica do inquérito é o


oposto do que ocorre no processo. Nos termos do
art. 5, LX, CF/88, “a lei só poderá restringir a
publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem”;

c) trata-se, em regra, de um procedimento


INQUISITIVO, ou seja, diferentemente do que ocorre
no processo, não há contraditório no inquérito
policial. EXCEÇÃO: no caso de expulsão de
estrangeiros (Lei nº 6.815/80), o inquérito policial
será conduzido pela Polícia Federal, havendo
contraditório obrigatório.

• OBS: De acordo com o STF, o Inquérito


Judicial (aquele conduzido pelo juiz nos
casos de Falência e Concordata) possui
natureza inquisitiva. Essa discussão,
entretanto, perdeu sentido, pois, para a
maioria da doutrina, a nova lei de
falências (Lei nº 11.101/2005) revogou o
inquérito judicial;

d) Discricionariedade: cada delegado de polícia conduz


o inquérito da forma que achar mais conveniente.
Note que a discricionariedade se refere apenas à
forma de condução do inquérito policial e não à sua
instauração. Assim, sendo caso de se instaurar o
inquérito, não pode a autoridade policial se negar a
fazê-lo, cabendo ao prejudicado recorrer ao chefe de
polícia;

e) Oficialidade: o inquérito policial é conduzido por um


órgão oficial do Estado (Polícia – integrante do Poder
Executivo), representado pelo Delegado de Polícia;

f) Oficiosidade: nos crimes sujeitos à ação penal pública


incondicionada, o inquérito policial é instaurado de
ofício pela autoridade policial, não se exigindo a
prévia manifestação de vontade da vítima ou de
quem quer que seja. No entanto, conforme será visto

1
Vide Informativo nº 356 do STF. Vide Tb a Súmula Vinculante nº 14.
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mais adiante, se o crime for de ação penal pública


condicionada ou ação penal privada, o inquérito
policial só poderá ser instaurado ser houver a prévia
manifestação de vontade do interessado;

g) O inquérito policial não é obrigatório para o início do


processo. Isso significa que nem todo processo exige
um inquérito antes para ser iniciado.

Vistas as características do inquérito, passemos agora ao estudo da


Notitia Criminis, instituto diretamente ligado a esse procedimento
inquisitorial.

5. Notitia Criminis:

Popularmente, usamos a expressão “prestar queixa na delegacia” para


nos referirmos à notitia criminis. Entretanto, a queixa é instituto próprio da
ação penal (e não do inquérito), feita exclusivamente por advogado. Logo,
em questões de prova, se aparecer a palavra queixa associada ao inquérito
policial, devemos considerar o item como incorreto. Só para termos ideia de
como isso é cobrado em prova, deem uma olhada no item abaixo extraído
da Prova de Juiz Substituto do DF (TJDFT/2006):

“O direito de queixa é exercido perante a autoridade policial no


prazo de seis meses, contados do dia em que o querelante vier a
saber quem é o autor do crime, mediante petição assinada por ele
ou por procurador com poderes especiais”. (item errado, pois,
como mencionado, o direito de queixa se refere ao processo e não
ao inquérito. Logo, o direito de queixa é exercido perante a
autoridade judicial)

Assim, em vez da expressão “prestar queixa” usaremos a palavra notitia


criminis. Esta nada mais é do que a forma pela qual a autoridade policial
toma conhecimento da ocorrência de uma infração penal. A notitia criminis
pode ser classificada em:

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3.1 Direta, imediata, espontânea ou não qualificada = ocorre


quando a comunicação à autoridade policial de ocorrência de
uma infração penal se faz de maneira INFORMAL. A polícia
fica sabendo do crime por meio de atividades rotineiras. Ex:
notícias de TV, jornal, descoberta ocasional do corpo de
delito, etc.
3.2 Indireta, mediata, provocada ou qualificada = é aquela em
que a comunicação à polícia de que uma infração penal
ocorreu se faz de maneira FORMAL. A polícia é formalmente
avisada do crime. Ex: ofício requisitório do juiz/promotor
enviado ao delegado de polícia, comunicando a ocorrência de
um crime e requisitando a instauração de inquérito,
representação da vítima, etc.
3.3 Coercitiva ou obrigatória = recebe esse nome quando se
tratar de caso de flagrante delito. A autoridade policial toma
conhecimento da ocorrência do crime no momento em que o
preso em flagrante lhe é apresentado. Sempre que for
flagrante, usaremos esta última classificação.

Ainda sobre este tema, algumas observações devem ser feitas:

a) A jurisprudência do STJ classifica a delação apócrifa como uma


forma de notítia criminis direta. Antes de mais nada, o que significa
a expressão delação apócrifa? Trata-se do nome técnico para a
famosa “denúncia anônima”. Em outras palavras, corresponde
àquela situação em que a pessoa avisa a autoridade da ocorrência
de certa infração penal (ou delata o responsável por seu
cometimento) sem se identificar. O termo mais usado, e que
normalmente aparece nas provas, é delação apócrifa;

b) Aproveitando que falamos da delação apócrifa, temos que


esclarecer outra dúvida. Pode a autoridade policial instaurar um
inquérito, com base exclusivamente em uma delação apócrifa? O
Supremo Tribunal Federal responde negativamente. O fundamente
é o de que a delação apócrifa traz uma informação extremante
temerária (eu não sei se o que a pessoa disse é verdade), o que,
por consequência, não justificaria a instauração de um inquérito. O
que fazer então? Nesse caso, devemos adotar procedimentos
prévios e informais de averiguação a fim de apurar a veracidade
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das informações e, em caso, positivo, aí sim instaurar o inquérito


policial. Note que, nesse caso, o inquérito estaria sendo instaurado
com base nas investigações preliminares e não com base na
delação apócrifa. Esse tema foi cobrado em item do concurso para
Escrivão de Polícia Civil do DF (Funiversa/2008):

“Ainda que com reservas, de acordo com o STJ, a denúncia


anônima é admitida no ordenamento jurídico pátrio, sendo
considerada apta a deflagrar procedimentos de averiguação,
como o inquérito policial, conforme contenha ou não
elementos informativos idôneos suficientes, e desde que
observadas as devidas cautelas no que diz respeito à
identidade do investigado”. O item está errado, pois a
denúncia anônima não pode deflagrar procedimentos de
averiguação, como o inquérito. Exige-se, antes, a adoção de
procedimentos informais de averiguação para apurar a
veracidade das informações.

c) Parte da doutrina, subdivide a notitia criminis indireta em


DELATIO CRIMINIS: esta seria, portanto, uma forma de notitia
criminis indireta em que a comunicação à polícia de ocorrência de
uma infração penal se faz por qualquer do povo ou somente pela
vítima. A delatio criminis pode ser SIMPLES (quando puder ser feita
por qualquer do povo) ou POSTULATÓRIA (quando somente a
vítima ou seu representante legal puder efetuá-la. Ex: a
representação do ofendido nos crimes de ação penal pública
condicionada à representação).

Realizado o estudo da notitia criminis, chega o momento de vermos as


formas de instauração do inquérito policial.

6. Formas de início do Inquérito Policial:

Uma vez que a autoridade já está ciente do cometimento de uma


infração penal, o passo seguinte será instaurar o inquérito policial para
apurar tal infração. As formas de instauração do inquérito policial dependem
do tipo de ação penal a que a infração penal estará sujeita (esse tema –
ação penal – será estudado com detalhes na próxima aula).

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A) Quando se tratar de uma infração sujeita à ação penal pública


incondicionada: o inquérito terá início da seguinte forma:

 De ofício pelo delegado de polícia (o instrumento utilizado nesse


caso é a portaria);
 Por meio do requerimento de quem quer que seja (dirigido ao
Delegado que instaura por meio de portaria);
 Mediante ofício requisitório do juiz/promotor. Esse ofício é dirigido
ao delegado que, por meio de portaria, instaurará o inquérito.
Nesse caso, ele ficará OBRIGADO a instaurá-lo;
 Pelo Auto de prisão em flagrante (A.P.F.) nos casos de prisão em
flagrante.

B) Quando se tratar de uma infração sujeita à ação penal pública


condicionada ou ação penal privada: (desde que acompanhados da prévia
manifestação de vontade da vítima):

 Pelo delegado (portaria);


 Mediante ofício requisitório do juiz/promotor: é dirigido ao delegado
que, por meio da portaria, instaurará o inquérito;
 Por meio do Auto de prisão em flagrante (A.P.F.), nos casos de
prisão em flagrante.

OBSERVAÇÃO:

• Em se tratando de crimes de ação penal pública


condicionada ou ação penal privada, o inquérito
policial só poderá ser instaurado pela autoridade
policial se houver a prévia manifestação de vontade
da vítima ou de seu representante legal;
• A requisição do juiz/Ministério Público obriga o
delegado de polícia a instaurar o inquérito policial.
Cuidado, porém, com um “pega” que as provas
costumam colocar: a requisição do juiz/MP obriga o
delegado a instaurar o inquérito, porém não o obriga
a realizar o indiciamento do suspeito da prática
criminosa, já que o indiciamento é ato privativo da
autoridade policial.

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O próximo tópico de nossa aula trata da incomunicabilidade da prisão.


É um tema já pacificado nas provas de concurso que abordarei mais por
desencargo de consciência.

7. Incomunicabilidade da prisão:

Já constitui entendimento pacífico, tanto na doutrina quanto na


jurisprudência, o de que a incomunicabilidade da prisão (art. 21 do CPP)
NÃO FOI RECEPCIONADA pela Constituição Federal. A Carta Política é
expressa, em seu art. 5º, LXII, ao dispor que “a prisão de qualquer pessoa e
o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.” Assim, como
se trata de norma mais recente e de maior hierarquia, é a que deve
prevalecer. Apenas para fazer menção, o art. 306 do CPP, com redação
determinada pela Lei nº 12.403/2011, dispõe no mesmo sentido: “Art. 306.
A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso
ou à pessoa por ele indicada”.

Dada a simplicidade do tópico, passemos agora ao estudo dos prazos


para conclusão do inquérito policial.

8. Prazos para conclusão do inquérito policial:

Falaremos de quatro prazos mais importantes e que costumam


aparecer nas provas de concurso:

a) No âmbito da Justiça estadual (art. 10, CPP) = 10 dias contados


da data de efetivação da prisão (indiciado preso). Esse prazo é
improrrogável. No entanto, existem decisões do STJ admitindo que esse
prazo seja razoavelmente ultrapassado quando o atraso nas
investigações se der por culpa da própria defesa ou quando se tratar de
requerimento de diligências imprescindíveis ou houver um número
excessivo de investigados. Note que o STJ mitiga um pouco esse
entendimento. Nada obstante, não se trata de uma prorrogação, logo
caso indagado em prova se o prazo para conclusão do inquérito, no

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âmbito da justiça estadual e estando o indiciado preso, pode ser


prorrogado, a resposta deve ser negativa.

= 30 dias contados do recebimento da notitia criminis (indiciado em


liberdade). Estando o indiciado solto e sendo a infração de difícil
elucidação, admitem-se sucessivas prorrogações (art. 10, § 3º, do CPP);

b) No âmbito da Justiça Federal (Lei nº 5.010/66) = 15 dias


(indiciado preso). Esse prazo pode ser prorrogado, uma vez só, por igual
período. Note que, no âmbito da Justiça Federal, admite-se a prorrogação
do prazo para conclusão do inquérito, mesmo estando o indiciado preso.

= 30 dias (indiciado em liberdade). Estando o indiciado em liberdade e


sendo o fato de difícil elucidação, admitem-se sucessivas prorrogações;

c) Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) = 30 dias (indiciado preso) e 90


dias (indiciado solto).

 OBSERVAÇÃO: Nos termos do art. 51, parágrafo único, da Lei nº


11.343/06, esses prazos podem ser duplicados.
 A Lei nº 11.343/06 revogou expressamente as Leis nº 6.368/76
e 10.409/02.

d) Crimes contra a Economia Popular (Lei nº 1521/51)

=10 dias (indiciado preso). Prazo improrrogável; e 10 dias (indiciado


solto). Neste último caso, prorrogáveis sucessivamente.

Esses prazos estudados devem ser memorizados, já que cobrados com


frequência em certames públicos afetos às carreiras policiais.

Dito isso, o próximo tópico a ser estudado será a identificação


criminal. Trata-se de tema da maior relevância dentro do inquérito
policial e que foi recentemente alterado pela Lei nº 12.037/2009.

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9. Identificação Criminal (Art. 5°, LVIII, da CF, e Lei nº


12.037/2009):

A identificação criminal está indiretamente prevista no art. 5º, LVIII,


da Constituição da República:

“LVIII - o civilmente identificado não será submetido a


identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”.

A regra geral, portanto, nos termos do que dispõe a CF/88, é que o


civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nos
casos previstos em lei. Como assim?

Imagine que o João, envolvido em determinada infração penal, foi


conduzido à Delegacia. Ao chegar lá, a autoridade policial (delegado) deverá
verificar quem é aquela pessoa que lhe foi apresentada. Caso João
apresente qualquer documento de identificação civil (RG, carteira de
motorista, passaporte, etc.), não será necessária a realização de sua
identificação criminal, uma vez que ele já foi identificado civilmente.

Atualmente, a identificação criminal é feita de duas formas (art. 5º):

fotográfica

Formas +

datiloscópica

Isso significa que, nos casos em que tiver de ser realizada a


identificação criminal, a autoridade policial deverá tirar fotografias (frente,
perfil, etc.) e as impressões digitais do agente. É mais ou menos como
vemos em filmes policiais.

Pois bem, como mencionado acima, a regra geral em nosso


ordenamento jurídico é que aquele que já for civilmente identificado não
será submetido à identificação criminal, salvo nos casos previstos em lei.

Em 2000, foi editada a Lei nº 10.054, que trouxe as hipóteses em que,


mesmo alguém já sendo civilmente identificado, também teria que ser
submetido à identificação criminal. Nada obstante, em 1º de outubro de
2009, entrou em vigor a Lei nº 12.037 (dispõe sobre a identificação criminal
do civilmente identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da

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Constituição Federal), revogando expressamente a Lei nº 10.054/2000 (art.


9º).

Assim tal como ocorria na Lei nº 10.054/2000, a nova legislação


regulamenta o art. 5, LVIII, da CF/1988, estabelecendo que o civilmente
identificado2 não será submetido à identificação criminal, salvo nos casos
previstos em lei.

Por óbvio que a Lei nº 12.037/2009 trouxe os casos em que a pessoa


poderá ser identificada criminalmente, ainda que apresentado o documento
civil. Tais hipóteses estão previstas em seu art. 3º e ocorrerão quando:

a) o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação (esse


primeiro caso dispensa maiores comentários. Aqui a pessoa
apresentou o documento de identificação civil, porém ele está
rasurado ou com indícios de falsificação, o que autorizaria a
identificação criminal do agente);
b) o documento apresentado for insuficiente para identificar
cabalmente o indiciado (imaginemos a hipótese em que o agente
apresenta, como documento de identificação civil, seu CPF ou título
de eleitor. Tais documentos não são aptos a provar sua identidade,
já que não possuem foto);
c) o indiciado portar documentos de identidade distintos, com
informações conflitantes entre si (seria o caso da pessoa que se
casa e muda o nome, porém alguns documentos continuam com o
nome de solteiro (a) ou casos de estelionatários, falsificadores que
possuem vários documentos de identificação civil, cada um com
uma informação diferente);
d) a identificação criminal for essencial às investigações policiais,
segundo despacho da autoridade judiciária competente, que
decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial,
do Ministério Público ou da defesa (única hipótese que será avaliada
pelo juiz. Aqui, a identificação criminal é imprescindível às
investigações policiais, abrangendo situações não incluídas nos
demais itens, mas que exigiriam a identificação criminal do
agente);
e) constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes
qualificações (situação autoexplicativa);

2
Nos termos do art. 2 da Lei nº 12.037/2009, a identificação civil é atestada por um dos seguintes documentos: i)
carteira de identidade, ii) carteira de trabalho, iii) carteira funcional, iv) passaporte, v) carteira de identificação
funcional ou vi) qualquer outro documento público que permita a identificação. Parágrafo único: Para as finalidades
desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.
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f) o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade


da expedição do documento apresentado impossibilite a completa
identificação dos caracteres essenciais (o documento de
identificação civil está mal conservado – descolando, foto borrada,
etc. – ou é tão antigo que impede a identificação atual da pessoa.
Tomemos como exemplo aquelas pessoas que tiraram a primeira
identidade com 15 anos ou menos e nunca a renovaram).

Deve-se ressaltar também que, conforme o art. 6 da Lei n.


12.037/2009, é vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em
atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo
criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Ademais,
no caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é
facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do
inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da
identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente
provas de sua identificação civil (art. 7).

Finalmente, para encerrar este tópico, vale a pena destacarmos três


observações:

Observações:

a) Quando houver necessidade de identificação criminal, a


autoridade encarregada tomará as providências necessárias
para evitar o constrangimento do identificado;
b) A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o
fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da
prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de
investigação;
c) Os casos de identificação criminal obrigatória que constavam
da Lei nº 10.054/2000 deixaram de existir, mantendo-se,
porém, a exigência de identificação criminal para os membros
de organizações criminosas, ainda que já civilmente
identificados, uma vez que tal regra decorre de lei especial
ainda em vigor (Lei nº 9.034/1995). Esse é, inclusive, o
entendimento adotado atualmente pelas bancas de concursos
públicos, a exemplo do Cespe (provas de 2008 em diante).
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Ultrapassado este tópico, entraremos agora em um dos temas mais


importantes dentro do inquérito policial: o seu arquivamento.

10. Arquivamento:

De acordo com a doutrina e jurisprudência majoritárias, o


arquivamento do inquérito é um pronunciamento emanado do judiciário,
com eficácia não preclusiva, que, em regra, faz coisa julgada formal. Diz-se
“eficácia não preclusiva” e que “faz coisa julgada formal” simplesmente para
deixar claro que o inquérito pode, no futuro, ser desarquivado caso surjam
novas provas. Nesse sentido, temos o art. 18 do CPP:

“Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela


autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de
outras provas tiver notícia.” Grifamos

O arquivamento possui 4 (quatro) características muito importantes,


comumente indagadas em provas de concurso:

CARACTERÍSTICAS:

a) Somente a autoridade judicial pode determinar o arquivamento do


inquérito, não o podendo fazer nem o delegado, nem o promotor.

b) O juiz não pode arquivar o inquérito de ofício, ou seja, só poderá


fazê-lo se houver pedido do Ministério Público;

c) A decisão que determina o arquivamento do inquérito é, em regra,


irrecorrível, ou seja, não cabe qualquer recurso. Exceção 1: a
decisão que arquiva o inquérito policial ou absolve o réu nos crimes
contra a saúde pública ou economia popular estão sujeitas ao
“recurso de ofício” (reexame necessário ou remessa obrigatória –
art. 7º da Lei nº 1.521/51). Exceção 2: a decisão que arquiva o
inquérito quando se tratar das contravenções previstas nos arts. 58
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e 60 do Decreto-Lei nº 6.259/44 (jogo do bicho e aposta em


competições esportivas) está sujeita ao recurso em sentido estrito;

d) Uma vez arquivado o inquérito, caso, no futuro, surjam novas


provas, nada impede que ele seja desarquivado, desde que ainda
não extinta a punibilidade do agente. Vale destacar ainda que, de
acordo com a maioria da doutrina, o desarquivamento seria feito
pelo juiz (da mesma forma que é ele quem arquiva, será ele quem
desarquivará).

Vejamos o item a seguir que cobra os conhecimentos agora adquiridos:

(Cespe/Agente de Polícia Federal/2004) Verificando que o fato


evidentemente não constitui crime, o delegado poderá mandar arquivar o
inquérito policial, desde que o faça motivadamente.

O item está INCORRETO, pois, como visto, somente o juiz pode


determinar o arquivamento do inquérito policial.

MOTIVOS MAIS COMUNS QUE LEVAM AO ARQUIVAMENTO DO


INQUÉRITO:

 Inexistência absoluta de provas da materialidade do crime;


 Inexistência absoluta de provas de autoria;
 Quando o fato for atípico;
 Nos casos de extinção da punibilidade do agente (art.107 CP);

 OBSERVAÇÃO: A regra geral é que arquivado o inquérito,


ele poderá ser desarquivado no futuro, se surgirem provas
novas. No entanto, existem dois casos em que o inquérito
nunca mais poderá ser desarquivado, ainda que surjam
provas novas, pois a decisão, nesse caso, faz coisa julgada
material (impede que ela seja novamente examinada). Isso
ocorre nos casos em que o arquivamento se dá por
atipicidade do fato ou em razão da extinção da
punibilidade (Orientação do Supremo Tribunal Federal).

Bem senhores, e senhoras claro, nossa aula já está chegando ao final.


Mas antes temos que estudar dois tópicos: o relatório final do inquérito e os
reflexos trazidos pelo novo Código Civil dentro do inquérito.

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11. Relatório final:

Concluídas as investigações, a autoridade policial elaborará um relatório


final com a síntese de todas as diligências realizadas, fazendo também a
capitulação legal do fato (isto é, dirá qual crime em tese o agente praticou).
Após isso, o inquérito será remetido ao juiz que abrirá vistas ao Ministério
Público. O MP, por sua vez, terá três opções:

 Oferecer denúncia (Regra: 5 dias para o réu preso e 15 dias para


réu em liberdade);
 Requerer a devolução do inquérito para a autoridade policial, a fim
de que se realizem novas diligências;
 Requerer ao juiz competente o arquivamento do inquérito.

O juiz, ao receber o pedido de arquivamento do inquérito, poderá:

 Concordar com o arquivamento do inquérito e arquivá-lo;

 Discordar do pedido de arquivamento. Nesse caso, nos termos do art.


28 do CPP, os autos do inquérito deverão ser enviados para o chefe do
Ministério Público (Procurador-Geral) ou para a Câmara de
Coordenação e Revisão do MP (nos casos de crimes de competência da
Justiça Federal – Lei Complementar nº 75/93). Abrem-se então três
opções:

a) Ele próprio poderá oferecer a denúncia;


b) Poderá designar outro membro do MP para oferecê-la.
Predomina o entendimento de que este outro promotor estaria
obrigado a denunciar, pois age por delegação do Procurador-
Geral;
c) Poderá insistir no pedido de arquivamento. Nesse caso, o juiz
ficará obrigado a arquivar o inquérito policial.

 OBSERVAÇÃO: quando o pedido de arquivamento do


inquérito for feito pelo próprio Procurador-Geral (crimes de
competência originária do Procurador-Geral de Justiça),
não se aplica o art. 28 do CPP. Nesse caso, caberá ao
Colégio de Procuradores, a pedido do legítimo interessado,
rever esta decisão (art. 12, XI, da Lei nº 8.625/93 – Lei

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Orgânica Nacional do Ministério Público). O STF entende,


entretanto, que o pedido de arquivamento feito pelo
Procurador-Geral seria irrecusável;
 OBSERVAÇÃO 2: Nos termos do art. 19 do CPP, caso se
trate de ação penal privada, os autos do inquérito serão
remetidos ao juiz competente, onde aguardarão a iniciativa
do ofendido ou de seu representante legal, ou serão
entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
Veja que, nesse caso, o inquérito fica aguardando em juízo
a manifestação da vítima. Veremos futuramente que o
inquérito ficará aguardando por 6 (seis) meses contados
do conhecimento da autoria. Após esse prazo, ocorre o
fenômeno da decadência, extinguindo-se a punibilidade do
agente.

Por último, precisamos saber se o novo Código Civil (2002) trouxe


algum reflexo para o inquérito policial. Vejamos.

12. Reflexos do novo Código Civil no inquérito policial:

Após o advento do novo Código Civil (que reduziu a maioridade civil de


21 para 18 anos), predomina o entendimento de que o art. 15 do CPP
(necessidade da autoridade policial nomear curador para o indiciado maior
de 18 e menor de 21 anos), teria sido tacitamente revogado pelo novo
diploma civil.
Ora, a única razão de ser desse curador do art. 15 era o fato do
indiciado ser menor. Como assim? Quem tinha entre 18 e 21 anos, apesar
de maior para o direito penal (cuja maioridade se dá aos 18 anos), ainda era
menor no âmbito do direito civil (cuja maioridade se dava aos 21 anos) e,
por isso, exigia-se a nomeação de curador, nos termos do art. 15, CPP. Com
a redução da maioridade civil para 18 anos, tal exigência deixou de existir,
já que agora, aos 18 anos, o agente já é maior tanto para o direito penal
como para o direito civil.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

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1) (CESPE/Procurador do Banco Central do Brasil/2009) Com


relação ao inquérito policial, julgue os itens a seguir:

É uma peça escrita, preparatória da ação penal, de natureza inquisitiva.

Comentário:

Item correto, pois uma das características do inquérito é o fato de tratar-se


de um procedimento formal, solene. Ademais, busca reunir provas da
materialidade e indícios de autoria, com a finalidade de preparar futura ação
penal. Lembrem que o inquérito serve para investigar determinado fato
delituoso, de modo a fornecer os substratos para eventual processo criminal.
Finalmente, o inquérito é inquisitivo, ou seja, não tem contraditório.

2) (CESPE/Procurador do Banco Central do Brasil/2009) Com


relação ao inquérito policial, julgue os itens a seguir:

É presidido pela autoridade policial, da chamada polícia judiciária, pois atua


em face do fato criminoso já ocorrido.

Comentário:

Item correto. Não traz nenhuma regra muito relevante. O inquérito é


presidido pela autoridade policial (delegado de polícia), da chamada polícia
judiciária. A polícia judiciária é assim chamada, pois auxilia o Poder
Judiciário e é representada pela Polícia Civil e Federal. Possui normalmente
um caráter repressivo, atuando em face de fato criminoso já ocorrido.

3) (CESPE/Procurador do Banco Central do Brasil/2009) Com


relação ao inquérito policial, julgue os itens a seguir:

Sua finalidade investigatória objetiva dar elementos para a opinio delicti do


órgão acusador de que há prova suficiente do crime e da autoria, para que a
ação penal tenha justa causa. Para a ação penal, justa causa é o conjunto
de elementos probatórios razoáveis sobre a existência do crime e da autoria.

Comentário:

Item correto. O inquérito, como visto, se destina a reunir provas de


ocorrência de determinada infração penal. Com isso, haverá justa causa

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para o início da ação. Justa Causa é o conjunto de elementos probatórios


razoáveis sobre a existência do crime e da autoria.

4) (CESPE/Procurador do Banco Central do Brasil/2009) Com


relação ao inquérito policial, julgue os itens a seguir:

Embora não se apliquem à atividade nele desenvolvida os princípios da


atividade jurisdicional, o inquérito encerra um juízo de formação de culpa
que se conclui com um veredicto de possibilidade ou não da ação penal.

Comentário:

Assertiva incorreta. A questão afirma que o “inquérito encerra um juízo de


formação de culpa que se conclui com um veredicto de possibilidade ou não
da ação penal”. Ocorre que o inquérito possui uma finalidade meramente
investigatória. Dele não decorre qualquer acusação. Assim, não há que se
falar em juízo de formação de culpa.

5) (CESPE/Procurador do Banco Central do Brasil/2009) Com


relação ao inquérito policial, julgue os itens a seguir:

É regido pelo princípio da não-exclusividade, ou seja, no sistema brasileiro,


admite-se que mais de um órgão o presida, em função do princípio da
primazia do interesse público.

Comentário:

Assertiva incorreta. O inquérito policial é presidido exclusivamente pela


polícia, especificamente pelo delegado. Logo, embora o STF venha admitindo
a investigação por outros órgãos (a exemplo do Ministério Público), a
presidência do inquérito ainda é atribuição exclusiva da polícia.

6) (NCE/UFRJ – Agente Penitenciário – PCDF/2005) Em tema de


investigação criminal, assinale a resposta INCORRETA:

a) O inquérito policial deverá ser instaurado de ofício, pela autoridade


policial, quando tiver notícia da prática de crime de média
gravidade e de ação pública incondicionada, verificada a
procedência das informações;
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b) Constitui prerrogativa do membro do Ministério Público ser preso


exclusivamente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de
crime afiançável;
c) Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a
autoridade policial deverá apreender os objetos que tiverem relação
com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
d) Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,
reduzidas a escrito e datilografadas e, neste caso, rubricadas pela
autoridade;
e) Cumprirá à autoridade policial cumprir os mandados de prisão
expedidos pela autoridade judiciária.

Comentário:

A assertiva “a” está correta. Nos crimes de ação penal pública


incondicionada, tão logo tenha notícia da infração penal, a autoridade policial
já deverá dar início às investigações de ofício, ou seja, independentemente
da vontade da vítima. Note que o que determina poder ou não ser a ação
iniciada ex officio é o tipo de ação penal. Talvez a expressão “crime de
média gravidade” tenha gerado dúvida. Nada obstante, trata-se de termo
sem grande importância e que não interfere em nada na resolução da
questão. Refere-se aos crimes médios, que não são nem de menor potencial
ofensivo, nem de maior potencial (ex: crimes contra a vida).

A assertiva “b” é a incorreta. Os membros do MP, nos termos da Lei


Complementar nº 75/93 (art. 18, II, “d’’), só podem ser presos em flagrante
nos crimes inafiançáveis.

A assertiva “c” está correta. Após liberados pelos peritos, serão apreendidos
os objetos relacionados com o fato. Acrescente-se, ainda, o previsto no art.
118 do CPP: “antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas
apreendidas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao
processo”.

O item “d” está correto. Trata-se de decorrência da regra da formalidade


que é própria do inquérito.

O item “e” está correto. Os mandados de prisão expedidos pela justiça serão
cumpridos pela autoridade policial. Note que somente o juiz pode decretar a
prisão de alguém. Excetuados os casos de flagrante, a autoridade policial só

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poderá realizar uma prisão se munida do respectivo mandado expedido pela


justiça.

Bem, é isso aí!!! Acredito que agora vocês já podem ter uma ideia de
como serão nossas próximas aulas nesse curso de Direito Processual Penal,
voltado especificamente para o cargo de Analista: Área Judiciária e Execução
de Mandados do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Tentarei expor cada aula da forma mais didática possível, sem


descuidar de transmitir-lhes os conhecimentos imprescindíveis para o
sucesso absoluto nas provas de Processo Penal, complementando cada aula
com exercícios de fixação.

Um abraço a todos e ótimos estudos.

Luiz Bivar Jr.

QUESTÕES DA AULA

1) (CESPE/Procurador do BACEN/2009) Com relação ao inquérito


policial, julgue os itens a seguir.

I É uma peça escrita, preparatória da ação penal, de natureza inquisitiva.

II É presidido pela autoridade policial, da chamada polícia judiciária, pois


atua em face do fato criminoso já ocorrido.

III Sua finalidade investigatória objetiva dar elementos para a opinio delicti
do órgão acusador de que há prova suficiente do crime e da autoria, para
que a ação penal tenha justa causa. Para a ação penal, justa causa é o
conjunto de elementos probatórios razoáveis sobre a existência do crime e
da autoria.

IV Embora não se apliquem à atividade nele desenvolvida os princípios da


atividade jurisdicional, o inquérito encerra um juízo de formação de culpa
que se conclui com um veredicto de possibilidade ou não da ação penal.

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PROFESSOR: LUIZ BIVAR JR.

V É regido pelo princípio da não-exclusividade, ou seja, no sistema


brasileiro, admite-se que mais de um órgão o presida, em função do
princípio da primazia do interesse público.

Estão certos apenas os itens

a) I, II e III.

b) I, III e IV.

c) I, IV e V.

d) II, III e V.

e) II, IV e V.

GABARITO A

2) (NCE/UFRJ – Agente Penitenciário – PCDF/2005) Em tema de


investigação criminal, assinale a resposta INCORRETA:

a) O inquérito policial deverá ser instaurado de ofício, pela autoridade


policial, quando tiver notícia da prática de crime de média
gravidade e de ação pública incondicionada, verificada a
procedência das informações;
b) Constitui prerrogativa do membro do Ministério Público ser preso
exclusivamente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de
crime afiançável;
c) Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a
autoridade policial deverá apreender os objetos que tiverem relação
com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
d) Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,
reduzidas a escrito e datilografadas e, neste caso, rubricadas pela
autoridade;
e) Cumprirá à autoridade policial cumprir os mandados de prisão
expedidos pela autoridade judiciária.

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GABARITO B

Questões extraídas das seguintes provas:

a) Procurador do Bacen (Cespe, 2009): Com relação ao inquérito, julgue


os itens a seguir: “Embora não se apliquem à atividade nele
desenvolvida os princípios da atividade jurisdicional, o inquérito
encerra um juízo de formação de culpa que se conclui com um
veredicto de possibilidade ou não da ação penal” (Questão 81, item
IV: Gabarito: ERRADO - apenas os itens I, II e III são verdadeiros);

b) Polícia Militar do DF (Cespe, 2009): Em relação aos princípios do


processo penal, julgue o item a seguir: “O juiz forma sua convicção
pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial e
não pode, em regra, fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na fase investigatória” (Questão 96:
Gabarito: CORRETO);

c) Analista Judiciário do TSE (Cespe, 2007): Considerando a lei e a


doutrina formada a respeito da prova no processo penal, assinale a
opção correta: “Eventuais vícios do inquérito policial não contaminam
o acervo probatório arrecadado na fase judicial sob o crivo do
contraditório, sendo, portanto, prematura a aplicação da teoria dos
frutos da árvore envenenada nessa fase” (Questão 64, item
CORRETO);

d) Juiz Substituto do TJDFT (TJDFT, 2006): As questões de 86 a 95


contêm três conjuntos (1º, 2º e 3º) com duas assertivas cada um. O
conjunto que contiver uma errada e outra certa, ou ambas erradas, é
considerado incorreto. Leia com atenção e assinale a única resposta
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correta: “O direito de queixa é exercido perante a autoridade policial


no prazo de seis meses, contados do dia em que o querelante vier a
saber quem é o autor do crime, mediante petição assinada por ele ou
por procurador com poderes especiais”.(Questão 86, segunda
assertiva do terceiro grupo de questões. Gabarito: ERRADO);

e) Escrivão de Polícia (Funiversa, 2008): Relativamente ao inquérito


policial, julgue os itens a seguir: “Ainda que com reservas, de acordo
com o STJ, a denúncia anônima é admitida no ordenamento jurídico
pátrio, sendo considerada apta a deflagrar procedimentos de
averiguação, como o inquérito policial, conforme contenha ou não
elementos informativos idôneos suficientes, e desde que observadas
as devidas cautelas no que diz respeito à identidade do
investigado”.(Questão 61, item I: Gabarito: ERRADO);

f) Agente de Polícia Federal (Cespe/2004): Com relação ao inquérito


policial, julgue os seguintes itens: “Verificando que o fato
evidentemente não constitui crime, o delegado poderá mandar
arquivar o inquérito policial, desde que o faça motivadamente”.
(Questão 88, caderno branco: Gabarito: ERRADO);

g) Agente Penitenciário (NCE/UFRJ/2005): questão 81, Gabarito: B;

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