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Rene Spitz foi médico e aluno de Freud.

Ele vai à Paris na década de 30, mas é só nos


EUA que ele realiza pesquisas que o torna eminente na psicologia do desenvolvimento.
Ele busca compreender como se d´ao desenvolvimento do ego, do eu. E os resultados
são apresentados no livro “o primeiro ano de vida”.

Ele afirma que o ego, diferente de Klein, não está desenvolvimento desde o nascimento,
mas é constituído com as experiências do bebê com o outro. A grande pesquisa de René
focou o estudo de crianças em orfanatos e ele analisou os dados de crianças do berçário
de uma prisão feminina e de um orfanato. E o desenvolvimento melhor se deu com as
crianças da prisão feminina. As crianças da prisão tinham todas as funções e
capacidades desenvolvidas e as crianças dos orfanatos tinham o desenvolvimento
totalmente prejudicado.

René alega que estar institucionalizado poderia ser um fator de risco ao


desenvolvimento. Isso se deve à ideia de que o processo de institucionalização dificulta
o processo de vinculação da crianças, por que não tem uma única figura de
identificação, são vários cuidadores que se revezam e isso impossibilita um modelo
único de vinculação.

O objeto de estudo do René é compreender a gênese da relação objetal e da


comunicação humana. ele enfatiza a importância da relação afetiva estável mãe e bebe
no primeiro ano de vida, para proporcionar segurança e estabilidade e ser possível o
desenvolvimento do aparelho psíquico.

As dificuldade das crianças nesse momento pode ser superada com as relações mãe-
bebe satisfatórias. Ele fala de alguns problemas no desenvolvimento que ele chama de
afecções tópicas e uma das modalidades é a quando o bebe apresenta um déficnt de seu
desenolvimento e se cuidado suficientemente bom for estabelecido até o primeiro mês,
a criança pode voltar a se desenvolver normalmente. O olhar do Spitz é a necessidade de
uma figura significativa para o desenvolvimento dessa criança.

Ele divide o processo do desenvolvimento e constituição do ego do primeiro ano de


vida em 3 estágios.

1) Estágio objetal, não há objeto, nem relação objetal.... diferente de Klein, onde já se
tem relações objetais.

Compreende os 3 primeiros meses do bebê e é uma vivencia parecida com a descrita por
Winnicot, onde não há diferenciação da mãe e criança, eles formam uma única unidade,
é uma relação simbiótica. O objeto libidinal não é reconhecido. O objeto SEIO não é
sentido como libidinal, por que o SEIO e a mãe são uma única unidade. Não existe ego,
é uma posição bem diferente da visão de Klein, onde o ego já nasce com uma estrutura.

O que o bebe sente são experiências positivas de prazer ou negativas de desprazer, mas
não há representação, são as duas formas de reação e percepção dos estímulos. Esse ego
não existe, eles está em processos de vir a ser. Não há atividade mental ou psíquica, o
bebe não consegue distinguir as sensações que vem das pulsões libidinais ou agressivas.
Há apenas o recalque, a barreira que protege o bebe dos estímulos que o afetam. Se ele
sentisse todos os estímulos que rodeiam, sem a formação do ego, ele viveria o caos por
isso o recalque é importante nesses 3 primeiros meses de vida.

O ego é parte do seu aparelho psíquico que virá a ser. A mãe cumpre um papel
fundamental para satisfazer as necessidades dos instintos e a vivência de sustentação.

A boca é a zona intermediária entre estímulos internos e externos. É a mediação.

Isso acontece até o terceiro mês. E esses dados foram obtidos por meio de técnicas
potentes em termos de registro: fotos, filmagem. A falta de resposta do bebe aos vários
estímulos, faz com que o autor chegue a essas conclusões.

2) precursor de objeto, onde começa a surgir as relações pré objetais

No terceiro mês há uma mudança significativa no desenvolvimento. O bebe começa a


perceber de forma mais sensível a ultrapassa a percepção dos estímulos externos e passa
a desenvolver a percepção dos estímulos externos.

O sorriso é o primeiro ordenador psíquico, é quando ele começa a perceber uma


realidade para alem dele mesmo: O OUTRO. Não tem mais a fusão do EU e o
OUTRO, a emissão do sorriso é o primeiro sinal do desenvolvimento do ego, que é
reconhecer uma realidade alem da sua realidade interna.

Por já conhecer a realidade externa funciona a partir do princípio da realidade e não


mais do princípio do prazer e pode esperar o mamá chegar, que pode demorar, mas vai
trazer alimento. É um avanço significativo em termos do reconhecimento do ego. é uma
relação pré objetal.

Qualquer rosto humano é identificado com mãe, por isso o sorriso a todo e qualquer
rosto humano. Por isso ainda não identifica seu objeto libidinal (a mãe).

Sorriso – primeiro ordenador psíquico, por que reconhece o OUTRO como OUTRO e
não como uma fusão dele.

Relevância da comunicação mãe – bebe

 Responsável pela troca de afetos (prazer e desprazer)


 O desprazer leva o bebe perceber a autonomia

Por que forçar a criança a perceber que existe uma realidade externa, além da sua
vivencia, que o mundo não gira a seu redor, que nem sempre vai ser atendida no
momento em que precisa, leva o bebe a um processo mais autônomo.

No 6º mês os pré objetos se integram e quando há a integração dos objetos bons e maus
na mãe, começa o estágio libidinal.

3) Objeto libidinal – primeiro ano de vida, tem o objeto.


O desenvolvimento egóico se desenvolve nesses três estágios e o primeiro sinal que o
ego está se organizando é quando a criança sorri e identifica o que está fora, o outro é a
mamãe e qualquer outro que sorri é por identificar a mamãe.

No 8º mês há uma angustia relativa a perda do objeto. O primeiro ordenador marca a


presença do objeto e o segundo ordenador marca a perda do objeto. Por isso ai ver o
rosto de alguém que não é a mamãe a criança chora e essa é a angústia do 8º mês, que se
traduz pela perda e falta do objeto. Ao olhar um rosto estranho, o bebe sente que a mãe
o abandonou.

Algo importante é que nasce aqui a primeira relação efetiva de objeto, que não é só
visual, mas, acima de tudo, afetiva. O primeiro ordenador o contato se dava pela visão,
aqui a falta remete a uma perda afetiva. É um avanço significativo.

É com reconhecimento desse vínculo afetivo com objeto de prazer e de amor que a
criança começa a desenvolver seu aparelho psíquico.

Fechando esse período surge o terceiro ordenador psíquico que é a aquisição do não. No
final do primeiro ano de vida o desenvolvimento neurológico faz com que o bebe
comece a dar seus primeiros passos e a tocar em tudo o que encontra na sua frente e a
mãe diz que não pode. Aí surge o terceiro ordenador: a interdição, que não vem só com
o não, mas com o gesto de balançar a cabeça, mexer os dedos e o significado do NÃO
com A LINGUAGEM CORPORAL.

Angústia mais uma vez, por que a criança frente aos seus instintos de descoberta e
exploração do ambiente é barrado pela mãe, o bebe entra num dilema, ou obedecer ou
perder o afeto e amor do objeto. qual melhor escolha? Perder o amor ou sucumbir aos
seus desejos? A solução para esse dilema é a identificação com o objeto e a
incorporação do interdito, introjeção da norma. É parecida com a angústia do édipo. O
nome é “IDENTIFICAÇÃO COM AGRESSOR”, a criança internaliza a interdição e
está aberta a toda realidade externa e pode funcionar com o princípio de realidade e não
mais o princípio do prazer.

A partir desse último estruturador o EGO está formado. Criança nasce desconstituída de
ego, que se forma até o primeiro ano, com os 3 ordenadores:

1º ordenador sorriso - presença do objeto

2ª angustia do 8º mês - falta do objeto (pode aparecer a partir do 6º mês)

3ª introjeção do NÃO – interdito (primeiro ordenador abstrato, que vem com linguagem
oral, mas também corporal e aí está pronto pra entrar no mundo da linguagem). Se não
tiver esse ordenador, a linguagem não se dá. Por isso o atraso da linguagem das crianças
em orfanato, por que não tiveram a figura da interdição no momento correto.
QUADROS PSICOPATOLÓGICOS NO PRIMEIRO ANO DE VIDA

Depressão anaclítica e hospitalismo

Na depressão anaclítica tem uma privação afetiva parcial, a criança é privada do contato
afetivo por um determinado período de tempo. Pode ser por que a mae ficou no hospital,
viajou.

1º mês: longe da mãe a criança chora e se apega a quem tem contato

2º mês: se continua a privação, é observado a depressão, o choro vai embora e se torna


chios, perde peso e tem uma parada global do desenvolvimento

3º mês: a criança rechaça o contato humano, passa a não dormir, tem queda de sua
capacidade imunológica e apresenta rigidez na expressão facial. É como se ela entrasse
num processo de embotamento,

Depois do 3º mês a rigidez do rosto se torna característico. Entra em processo de


letargia, com gemidos estranhos.

Essa primeira afecção é parcial. Mesmo que a criança chegue nesse último estado, caso
a mãe volte, ou haja uma substituta, todo transtorno desaparece com rapidez até o 5º
mês. Inclusive, qualquer lesão física ou neurológica pode ser compensada.

A mais grave é o hospitalismo. Que é perda total, privação total da figura materna. É a
criança abandonada com contato físico não reestabelecido.

Apresenta retardo motor, é passiva, coordenação psicomotora atrasada, rendimento


intelectual, segundo rené, decresce, e no segundo ano de vida a criança se encontra no
nível da idiotia, do retardo mental. Nesse quadro, ainda aos 4 anos não consegue andar e
há alta incidência de mortalidade no primeiro ano de vida. A FALTA DE AMOR
MATA. Na pesquisa de Spitz no orfanato, 25% das crianças com menos de um ano
morreram.

Atitudes maternas e sintomas dos bebes a partir do estudo:

ATITUDES MATERNAIS ENFERMIDADES DO BEBÊ


Repulsa Primária (rejeição ao Bebe) Vômitos e outras enfermidades
Repulsa passiva Coma
Solicitude primária exagerada (mãe quer Cólicas
fazer tudo para o bebe)
Hostilidade disfarçada de angústica Eczema infantil
Oscilação de humor da mãe Hipermotilidade (agitamento)
Saltos de humor cíclico (muito feliz, Jogos fecais (Evacuar rapidamente)
muito triste)
Hostilidade conscientemente compensada Agressividade
Privação parcial Depressão anaclítica
Privação Total hospitalismo
Todas as teorias do desenvolvimento são importantes e tem que ter claro todos os
referenciais teóricos, por que são fundamentais para pensar nas estratégias que serão
utilziadas. Muita coisa trazida pelas crianças estão vinculadas a relações objetais.

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