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3.Autonomia Sindical
•Inicia-se em 1988
•Desatrelamento formal das entidades ao Estado
▪Expressa não interferência ou intervenção na organização sindical
•Mudanças conjunturais; a estrutura foi mantida.
•A manutenção de um sistema de atividade sindical resulta de uma participação das
entidades de classe nos debates da assembleia constituinte.
•Necessidade de se dar o mínimo de autonomia às entidades – art. 8º estabelece apenas o
padrão de comportamento sindical
▪Liberdade sindical (art. 8º CR) possui uma série de limites e contradições
▪A autonomia constitucional tem caráter meramente administrativo, uma vez que
a criação é espontânea, por existir restrição no âmbito qualitativo/formal
(unicidade sindical), limitação da forma associativa, não podendo se utilizar
da pluralidade ou de sindicatos interprofissionais.
▪Contradições – registro da entidade em órgão competente. Como pessoa
jurídica de direito privado, não deveria ser registrado em qualquer órgão
público. Acontece que, por ser pjdprivado, há dois registros, pois além de
pessoa jurídica, possui personalidade sindical.
▪A definição da criação das entidades sindicais, mesmo com a unicidade, não
pode sofrer qualquer ingerência do poder público!
•Não há Liberdade Sindical, só sua autonomia.
•Sobre a gestão, será exercida pela própria entidade, devidamente regulamentada pelo
Estatuto.
•Também não cabe ingerência nas funções desenvolvidas em negociações coletivas e
representações administrativas ordinárias, segundo o entendimento do art. 8°.
4.Neocorporativismo
As recentes mudanças consolidam o intervencionismo estatal, contrariando as
disposições constitucionais.
As tentativas de reforma da legislação sindical se caracterizam por manter cada
vez mais o sindicalismo sob controle do Estado e a manutenção do
intervencionismo, utilizando os sindicatos como agentes de aplicação/legitimação
das políticas de governo.
Caracteriza-se por: redução do intervencionismo estatal + flexibilização laboral +
disposição de corporação/integração das classes sociais e econômicas.
O legislador estabelece necessidade de comprometimento sistêmico das entidades
de classe > poder público
Sindicatos em movimentos de integração corporativo, dentro da ordem,
de manutenção do capital > retorno da função colaboracionista com o
poder público, do 514 CLT, não mais aplicado às entidades de base, mas
às de cúpula, formalmente reconhecidas na 11.648/08
Comprometimento das atividades sindicais com políticas públicas, por
meio da gestão participativa e integração do conflito de classes.
Política integrativa dos conflitos de classe, com participação
direta/indireta do poder público.
*** Os sindicatos possuem compromisso de ação dentro da legalidade, o que os torna entidades
sistêmicas, já que estão inseridos na organicidade da estrutura legal de uma sociedade capitalista e
são tidos como instrumento de manutenção dessa ordem.
Nesse contexto: reinvindicações e sindicatos de esquerda apareceram como válvula
de escape necessária para a manutenção do antagonismo de forças, sempre limitados
pela legislação trabalhista.
** Os sindicatos conseguiram avanços, mas estes foram permitidos e fomentados pela
disciplina jurídica como forma de manutenção e continuidade do diálogo social,
sempre nos limites legais, gerando nível mínimo de conflito.
** necessidade de ratificação do Estado do Bem-Estar sistêmica ocorrida na
década de 1990 > transformação da função negocial bilateral para trilateral: o Estado
entra como partícipe.
** Estado delimitando novamente comportamentos e atividades a
serem desenvolvidas, a diferença é que não são mais entidades de base, mas de
cúpula.
A lei designa um papel primário e hierárquico às Centrais Sindicais.
Comprometimento com as políticas, que deverão ser repetidas pelas entidades
sindicais a elas filiadas.
Concertação social
Novo papel integrativo e corporativo, legitimando a vontade do Estado por meio do
consenso feito entre as partes antagônicas sob tutela estatal.
O neocorporativismo satisfaz uma realidade de ampla composição tripartite:
trabalhador x empregador sob tutela do Estado, de maneira a conformar uma política
pública para as relações laborais por meio da concertação social.
Modelo de negociação, agregação de valores e negação do antagonismo;
nova forma de integração dos conflitos.
O fenômeno do neocorporativismo constitui a concertação social, tendo como eixo
central o desenvolvimento econômico, sob o prisma do consenso articulado, ou um
novo pacto social.
Domesticação sindical, de tal maneira que se lhe subtrai a função de
emancipação social designado como representante ativo dos trabalhadores
através dos conflitos de interesses inerentes à relação produtiva do modelo
capitalista.
O Estado em aliança com o capital acude a integração do sindicato como sujeito
social participativo, com caráter não reivindicativo e sim compositivo.
Outra forma de desarticulação dos sindicatos é a desideologização dos coletivos.
O sindicato deixa de ser interlocutor social para ser novo agente de juridificação da
matéria por meio de sua contribuição legitimadora da vontade estatal
Mecanismo indispensável de funcionamento no contexto da produção capitalista
O pluralismo existente nas mais diversas quantidades de normas autônomas criadas
pelas entidades de base através de acordos/convenções sucumbe diante das diretrizes
políticas de comprometimento das Centrais; novo intervencionismo estatal.
Sucumbência qualitativa, não quantitativa, uma vez que há limitação das
matérias a se discutir por não poder desobedecer o estabelecido pelos
compromissos avençados pelas Centrais, no estabelecimento das condições
gerais de trabalho
Falsa aparência de pluralidade e horizontalização; pseudoemancipação; redução
na capacidade de interlocução social.
Movimento cada vez mais cupulista e burocratizado
A burocratização acarreta uma desestabilização e ruptura da perspectiva de
conjunto da associação, resultando na perda da unidade ideológica
Nega-se a dialeticidade existente entre os atores sociais.
Intervenção estatal não declarada
Poder público condiciona a participação das entidades, sobretudo as de cúpula, a um
padrão comportamental que limita legalmente a função e sua livre atividade,
condicionado-as as suas políticas.
Esse controle se dá na participação das Centrais nos espaços tripartites e, ao
mesmo tempo, o controle absoluto do Estado ao estabelecer por lei os critérios
objetivos para criação das entidades.
A fonte heterônoma estatal (lei/normas) indica necessidade de utilização da
negociação coletiva como instrumento de legitimação da vontade do Estado;
participação indireta; novo dirigismo estatal
As entidades deixam de ter caráter reivindicativo e passam a ser instrumento de
veiculação da política pública.
O neocorporativismo é a política de Estado que nega o antagonismo capital x
trabalho para permitir a manutenção da ordem econômica e política.
A concertação social são os meios adotados; é a metodologia (negociação
tripartite, ex. Fórum Nacional do Trabalho 2003)
Cria-se uma unidade dialética pelo uso da autonomia coletiva laboral
quando o Estado, por meio da lei, impõe suas determinações para os sujeitos
da relação de trabalho.
Liberdade Sindical
Da Organização Sindical
1.Unicidade Sindical
Apenas uma entidade sindical, de qualquer grau, em uma área geográfica determinada em
lei. Norma heterônoma estatal define a quantidade (apenas uma), qualidade (por categorias
profissionais/econômicas, exemplo do Brasil) e territorialidade (município, no caso do
Brasil) da organização sindical.
Delimitações corporativas do facismo; sindicalismo italiano.
2.Pluralidade Sindical
Liberdade, autonomia de organização.
Cabe às entidades escolher como se organizará, sem interferência do poder público, pois
possui autodeterminação.
Tal autonomia não poderá subverter a finalidade prevista no ordenamento para a entidade,
deverá acontecer respeitando a legalidade do lugar.
Não há delimitação estatal de quantidade, qualidade ou territorialidade.
Deverá respeitar o universo econômico/profissional
Recomendado implicitamente na convenção n° 87
Conhecida como Sindicalismo Livre
3.Unidade Sindical
Consequência da Pluralidade. Coincidência com a Unidade quanto ao número de entidades
representativas em determinada base territorial.
Exercício da autonomia que possibilita a criação de apenas uma entidade sindical em
determinada base, entendendo que uma única entidade lhes dará maior força representativa,
maior unidade, escolhem criar apenas uma entidade sindical, decorrência do poder de
escolha.
Tal atuação fortalecerá a atividade, concentrará os interesses, evitará a dispersão e a
concorrência entre iguais, organizará os filiados com exclusividade.
O poder público não interfere, o sindicato é autônomo.
Decorre da pluralidade porque é facultada a existência de várias entidades, mas por opção
escolhem criar apenas uma entidade.
Formas de associativismo
Vertente qualitativa.
Quanto maior sistema de liberdade sindical adotado por um país, mais autonômica será a
organização qualitativa.
A forma de sindicalismo será analisada de acordo com estas organizações, sem
desconsiderar os reflexos que estes modelos podem ter para as demais entidades.
7.Sindicalismo Rural
Não há diferença estrutural.
Dificuldade de arregimentação, cultura do coronelismo, baixa formação profissional,
necessidade de subsistência enfraquecem o movimento.
1. Unicidade
Art. 8°, II: delimitações de qualidade, quantidade e territorialidade da organização sindical
(contradição, já que o art. 8° fala sobre a autonomia)
Qualidade: sindicalismo por categorias (continuação do corporativismo)
Quantidade: apenas um sindicato, de qualquer grau
Territorialidade: para as entidades de base, o limite é um município
Juntando, somente poderá haver um sindicato por categoria em um município.
** Poderá haver sindicato que represente trabalhadores/empregados em uma área
maior (intermunicipal, estadual etc – 516 CLT)
1. Categoria Econômica
Solidariedade de interesses econômicos constitui o vínculo social básico. Se constitui pelos
critérios da identidade, similaridade e conexão (paralelismo simétrico) e representa os
interesses dos patrões.
2. Categoria profissional
Mesmos requisitos da categoria econômica.
A maioria dos sindicatos profissionais possui denominação derivada da atividade
empresarial, decorrente do antigo enquadramento sindical, que não está mais em vigor.
As condições laborais na prática é que estabelecerão os limites reais, especialmente
similaridade e conexidade.
**** Enquadramento sindical: era um limite de criação de entidades pelo poder público, que definia
previamente quais os setores produtivos existentes e passíveis de criação de entidade sindical. Foi
extinto com a autonomia sindical proporcionada pelo art. 8° CR. O enquadramento passa a servir
apenas de paradigma informal na criação dos sindicatos.
**O poder público apenas define o critério de obediência geral, que é a unicidade sindical.
4. Registro do Sindicato
O sindicato é pessoa jurídica de direito privado e, ao mesmo tempo, possui natureza de
associação sindical. Deste modo, deverá ter seu registro de pessoa jurídica feito em cartório
civil, e o registro no órgão competente, segundo súmula 677 STF, que é o Ministério do
Trabalho, garantindo a personalidade sindical.
8.1 Procedimentos Administrativos de Registro
Não cabe emissão de Carta Sindical.
Grau superior, bem como Centrais, também precisam de registros, sendo essas últimas
regulamentadas pela lei 11648/08.
*** CESE, sindicatos que representam categorias do VII, 8 CR, como os aposentados.
**** Os aposentados poderão continuar a participar da vida do sindicato que representa sua
categoria.
6. Centrais sindicais
Mesmo antes de seu reconhecimento formal, as Centrais já atuavam nos conselhos de
interesse tripartites, possibilidade dada por algumas normas.
**contribuição sindical obrigatória.
10.1 Origem
Nasceram de forma autônoma, resposta dos trabalhadores ao modelo vertical de
sindicalismo brasileiro no final do corporativismo estatal. Questionava a contribuição
sindical obrigatória
Proposta reformista à legislação intervencionista. Insatisfação com a organização sindical
por categorias e limitada à unicidade, controle do poder público e enquadramento sindical.
Não compõem o modelo corporativista. Não precisam de outorga do poder público para sua
criação, até o advento da lei 11648/08.
Primeiro, existência paralela.
Centrais
Confederação
Federação
Base
10.2 Função
Representação geral dos trabalhadores. Coordenar, estabelecer linhas gerais de atividades.
*A lei que reconheceu as Centrais não as concedeu legitimidade negocial para o
estabelecimento de condições específicas de trabalho por convenções e acordos coletivos.
Finalidade colaboracionista das centrais com o poder público pela concertação social,
neocorporativista.
As centrais acabam por participar em instâncias públicas de governabilidade, legitimando as
atividades do poder público.
*** Nova forma de intervenção.
** Limita as funções das entidades sindicais através das Centrais.
Na prática, a participação nestes órgãos ou conselhos tripartites extingue a capacidade de
reinvindicação dos movimentos sindicais pois, neste momento, ratifica-se a nova fase, o
neocorporativismo, ressaltando o papel colaboracionista das entidades de cúpula por
vários instrumentos de concertação social. Desse modo, moldam o comportamento das
entidades de base.
A função política das centrais define e controla as atitudes a serem tomadas pelas
entidades a elas filiadas.
10.3 Limites Legais para a criação das Centrais como afronta à liberdade sindical brasileira
O reconhecimento formal das centrais por lei acabou por impedir, para os fins previstos, a
autonomia de criação dessas entidades, já que nasceram com proposta reformista ao sistema,
e agora passam a integrá-lo, de fato e de direito, sem fazer parte da unicidade.
Não se caracterizam como entidades de grau superior, mas de cúpula, representando o
interesse geral dos trabalhadores em âmbito nacional por meio das entidades que as
constituem, independentemente da unicidade.
593 CLT – trata do repasse dos valores arrecadados com a contribuição sindical. Depreende-
se que as Centrais também recebem tal repasse, confirmando sua inserção no sistema.
Não se pode entender que a não interferência do poder público estaria restrita apenas às
entidades sindicais que fazem parte do sistema confederativo, com organização que respeita
a unicidade. Não cabe a ingerência do poder público em nenhuma entidade sindical, muito
menos nas Centrais.
Fica, então, um modelo híbrido: organizado por unicidade sindical nos graus (base,
federação e confederação) e pela pluralidade nas entidades de cúpula.
DIRIGENTES SINDICAIS
8. Dirigentes Sindicais
Pessoas naturais, escolhidos por meio de eleição de acordo com seu respectivo estatuto, que
também deverá dispor sobre a realização da eleição e seu prazo, contrariando o 543 da CLT, que
não foi recepcionado pela CR, bem como os 515-532 e outros dispositivos que representem a
ingerência do poder público no sindicato.
B) Estabilidade provisória:
contradição axiológica e semântica, mas apenas terminológica.
Garantia causal (art. 8 CR + §3 543 CLT)
Não poderá ser dispensado desde o registro da candidatura ao cargo até um ano após o final do
mandato, caso eleito, salvo por justa causa, após cumprimento das formalidades da CLT (apuração,
ação judicial – inquérito para apuração de falta grave)
Tal dispositivo tem o escopo de fomentar a sindicalização, a participação dos sujeitos na vida das
suas entidades de classe, como corolário da liberdade sindical positiva.
** Caso o empregado não seja eleito, sua garantia acaba a partir da publicação do resultado
da eleição.
** Garantia estendida ao suplente!
*** Súmulas STF e TST pacificaram a necessidade de utilização deste processo, com o
fito de declaração ou não de irregularidade contratual pelo empregado, que justifica a
terminação unilateral do vínculo empregatício pelo empregador.
STF – 197: O empregado com representação sindical só pode ser despedido mediante
inquérito em que se apure falta grave.
TST – 379: O dirigente sindical só poderá ser despedido por falta grave mediante a
apuração em inquérito judicial, inteligência dos art. 494 e 543 §3 CLT.
Garantias Impróprias
A) Suspensão do Contrato
Caso seja eleito, pode suspender os efeitos imediatos do contrato de trabalho, total ou
parcialmente.
543, §2 CLT.
Necessidade de se ausentar parcial ou totalmente do emprego para cumprir suas funções
de dirigente.
Licença não remunerada – não há obrigações recíprocas imediatas entre empregador e
empregado.
Há uma ressalva: desejando a empresa ou por cláusula contratual, a suspensão pode se
transformar em interrupção, que é licença remunerada – princípio da norma mais
favorável, não podendo haver interpretações que prejudiquem o empregado.
1.2 Do Quantitativo
Inicialmente o STF. Posteriormente o TST recepcionaram parte da norma do caput do
522 CLT
Dois critérios para delimitação, um de ordem externa e outro de ordem interna.
Externo: interpreta essa norma combinando-a com o §5°, 543 CLT – máximo de 7
dirigentes sindicais externos, representantes nas negociações, tentativas de conciliação
etc. Pode ser aumentado por convenção coletiva, estabelecendo condições mais
favoráveis.
Interno: O estatuto pode estabelecer maior quantitativo para dirigentes que se
responsabilizem por cargos meramente internos. Para esses, não cabem as proteções.