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Estudo faz diabete tipo 2 ser eliminada com


dieta radical
Em experimento feito por britânicos, 149 diabéticos passaram três meses alimentando-se apenas de fórmula com
baixas calorias

Fábio de Castro, O Estado de S.Paulo


06 Dezembro 2017 | 19h39

SÃO PAULO - Uma dieta radical de baixas calorias foi capaz de reverter a diabete tipo 2 mesmo em pacientes que já
conviviam com a doença havia seis anos, aponta um estudo realizado por cientistas da Escócia e publicado nesta
segunda-feira, 4, na revista científica The Lancet.

Quilos decisivos
Experimento mostra que é possível eliminar a diabete tipo 2 apenas com a redução de peso

Dieta com fórmula Reintrodução Manutenção da


de baixa caloria de alimentos perda de peso
DURAÇÃO:
DURAÇÃO: DURAÇÃO:

2 a 8 semanas até 12 meses


3 a 5 meses   após início do experimento
   
Volta gradual da
Ingestão exclusiva de Alimentação normal até o limite
comida, até chegar a
uma fórmula com de 2.500 calorias diárias
1.400 calorias diárias
850 calorias diárias

Proporção de remissão de diabete em 12 meses


Resultados após
12 meses EM PORCENTAGEM

Os pacientes perderam
10 quilos, em média 86

24% dos pacientes perderam


57
mais de 15 quilos

34
Entre os que perderam
mais de 15 quilos, 86%
tiveram remissão de 7
diabete 0
0 KG MENOS DE 5 KG 5 A 10 KG 10 A 15 KG MAIS DE 15 KG

Fonte: The Lancet


+++ Pesquisa de diabete avança e já livra paciente de insulina por mais de 10 anos

O trabalho mostra que a doença pode ser revertida com perda de peso intensiva, deixando os pacientes livres de
sintomas sem tomar remédios. Entre as pessoas que perderam mais de 15 quilos no estudo, 86% tiveram remissão da
diabete - todos os sinais da doença desapareceram - em até um ano após o início do experimento.

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+++ Novo marcador avalia risco de diabete antes de exame mostrar glicose alta

"Nossos resultados sugerem que, mesmo para as pessoas que têm diabete do tipo 2 há seis anos, a remissão é factível.
Em contraste com outras abordagens, nós focamos na necessidade de manutenção a longo prazo da perda de peso por
meio de dieta e exercícios", disse o autor principal do estudo, Michael Lean, da Universidade de Glasgow.

+++ Droga usada para diabete mostra eficácia contra alta pressão no cérebro

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a diabete afeta até 9% da população mundial e é uma das
principais causas de enfarte, perda de visão, disfunção dos rins e problemas de circulação nos membros.

No Brasil, estima-se que 18 milhões de pessoas sofram com a doença - que cresceu 62% só na última década. Cerca de
90% dos casos são de diabete do tipo 2, que ocorre por resistência à ação da insulina e tem a obesidade entre as
principais causas.

Uma diferença importante em relação a


outros estudos é que nós aconselhamos um
período de redução de peso sem aumento da
atividade física, mas, durante a fase de
acompanhamento de longo prazo, fomos
aumentando a atividade física diária
gradualmente.
Roy Taylor, pesquisador da Universidade de Newcastle

O estudo, realizado na Escócia e na Inglaterra entre julho de 2014 e agosto de 2016, teve a participação de 298 pacientes
diagnosticados com diabete, com idades de 20 a 65 anos, e que não tomavam insulina.

Os voluntários foram divididos em dois grupos. Um grupo de controle com 149 pessoas seguiu o protocolo tradicional
para tratamento da doença, com uso de medicamentos. Outro grupo de 149 indivíduos teve os medicamentos cortados e
foi submetido a um programa de redução de peso, em três fases.

Na primeira fase, os pacientes foram submetidos, de 3 a 5 meses, a uma dieta radical que substituiu toda a comida por
uma fórmula alimentar de apenas 825 a 853 calorias diárias. Em geral, um adulto saudável consome cerca de 2 mil
calorias por dia. Na segunda fase, com duração de duas a quatro semanas, a comida normal foi reintroduzida
gradualmente, até que o paciente chegasse a uma dieta de 1.400 calorias por dia.

Na terceira fase, de manutenção da perda de peso, os pacientes voltaram a comer normalmente, até um limite de 2.500
calorias, enquanto eram submetidos a uma terapia cognitiva comportamental combinada com estratégias para
aumentar a atividade física.

Resultados
Doze meses após o início do experimento, os participantes que fizeram a dieta especial perderam 10 quilos, em média, e
quase metade deles (68) teve remissão da diabete. Entre os 149 pacientes que se submeteram à dieta, 36 (24%)
conseguiram reduzir o peso em mais de 15 quilos - o que não foi conseguido por nenhum dos pacientes que seguiram o
protocolo convencional de tratamento. Neste grupo, só seis(4%) ficaram livres da doença.

O estudo também mostrou que o porcentual de remissão variou na proporção da perda de peso. A remissão foi de 7%
entre os que perderam até 5 quilos, de 34% entre os que perderam até 10 quilos, de 57% entre os que perderam até 15
quilos e de 86% entre os que perderam mais de 15 quilos.

"Esses resultados são muito animadores. Eles podem revolucionar a maneira como a diabete tipo 2 é tratada. A perda
substancial de peso resulta em uma redução da gordura no interior do fígado e do pâncreas, permitindo que esses
órgãos voltem a funcionar normalmente - e nós mostramos que isso pode levar a uma remissão da doença", disse Roy
Taylor, da Universidade de Newcastle, outro autor do trabalho. "Uma diferença importante em relação a outros estudos
é que nós aconselhamos um período de redução de peso sem aumento da atividade física, mas, durante a fase de
acompanhamento de longo prazo, fomos aumentando a atividade física diária gradualmente."

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Segundo Taylor, a cirurgia bariátrica para redução de peso pode conseguir bons resultados para controle da diabete,
mas é muito mais agressiva. "A cirurgia bariátrica proporciona a remissão de diabete em três quartos dos pacientes, mas
é mais cara e arriscada e só está disponível para um pequeno número de pessoas", afirmou.

Os pacientes que participaram do estudo continuarão a ser acompanhados por mais quatro anos, para que seja possível
avaliar se a perda de peso e a remissão de diabete se mantêm em longo prazo.

Uma das limitações do estudo, segundo os autores, é que a vasta maioria dos participantes eram britânicos e brancos.
Sendo assim, os resultados podem não ser válidos para outros grupos étnicos como os asiáticos, que tendem a
desenvolver diabetes com menos ganho de peso.

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