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Encruamento Cinemático
Introdução
Dentro do contexto de pequenas deformações, apresenta-se uma breve descrição do modelo matemático
da teoria de plasticidade, buscando descrever o comportamento de materiais com encruamento
cinemático. Para tanto, faz-se necessário recorrer a ferramentas numéricas capazes de reproduzirem
uma solução com precisão adequada quando comparado ao caso real. O procedimento adotado lida com
um processo de atualização da variável de estado 𝜎𝑛+1 e das variáveis internas representadas por 𝛼𝑛+1
em função das variáveis internas 𝛼𝑛 , para o pseudo-tempo [𝑡𝑛 , 𝑡𝑛+1 ].
Modelo Matemático
Uma consideração importante lida com a decomposição aditiva da deformação em duas componentes,
uma elástica e outra plástica (Equação 1):
𝜀 = 𝜀𝑒 + 𝜀𝑝. (1)
Dentro do domínio elástico o material é regido pela lei de Hooke (Equação 2):
𝜎 = E𝜀 𝑒 . (2)
O material admite deformação plástica quando a função de escoamento Φ assume valor igual a zero.
Para o caso de plasticidade cíclica, nota-se o efeito de Bauschinger, que é a mudança de direção do
limite de escoamento do material quando este sofre deformação plástica. Assim, faz-se necessário
incluir este efeito na função de escoamento Φ. Portanto, Φ é função do estado de tensão 𝜎 resultante
do carregamento aplicado ao material, da tensão de escoamento 𝜎𝑦 e do tensor tensão cinemático 𝛽,
conforme apresentado na Equação (3):
ϕ = |𝜎 − 𝛽| − 𝜎𝑦 (𝜀̅𝑝 ) . (3)
Quando o carregamento imposto à estrutura avaliada admite escoamento, o encruamento é regido pela
lei de fluxo plástico (Equação 4):
𝜀̇ 𝑝 = 𝛾̇ 𝑁 (4)
𝜀̅̇𝑝 = 𝛾̇
𝜕𝜙
onde 𝑁 = 𝜕𝜎
é o vetor de fluxo plástico e 𝛾̇ é o multiplicador plástico.
Para reger o efeito causado pelo carregamento cíclico, diversos modelos foram formulados, como por
exemplo na Equação (5), o modelo de Prager (1955):
2
𝛽̇ = 3 𝑎𝜀̇ 𝑝 , (5)
2
𝛽̇ = 𝑎𝜀̇ 𝑝 − 𝑏𝜀̅̇𝑝 𝛽, (6)
3
𝛾̇ ≥ 0 , ϕ≤ 0, 𝛾̇ ϕ = 0. (7)
O algoritmo é composto por dois conjuntos de equações, sendo que ao final de cada iteração
um desses conjuntos é empregado como solução. No primeiro passo, assume-se que o incremento de
deformação dado produz um estado de tensão situado dentro do domínio elástico. Como não é possível
averiguar essa informação à priori, esse passo elástico é também um passo tentativa, assim:
𝑝,𝑡𝑒𝑛𝑡
𝑒,𝑡𝑒𝑛𝑡
𝜀𝑛+1 = 𝜀𝑛𝑒 + Δ𝜀; 𝜀𝑛+1 = 𝜀𝑛𝑝
(8)
𝑝,𝑡𝑒𝑛𝑡
𝑡𝑒𝑛𝑡
𝜎𝑛+1 = 𝑒,𝑡𝑒𝑛𝑡
𝐸𝜀𝑛+1 ; 𝜀̅𝑛+1 = 𝜀̅𝑛𝑝 ; 𝑡𝑒𝑛𝑡
𝛽𝑛+1 = 𝛽𝑛
Após o passo tentativa elástico ser definido, é possível verificar se de fato o passo foi elástico
pela equação de escoamento. Assim, tem-se que a admissibilidade plástica é dado pela Equação (9):
𝑡𝑒𝑛𝑡
Se 𝜙𝑛+1 ≤ 0, tem-se que o incremento dado no passo tentativa é de fato elástico, bastando
𝑡𝑒𝑛𝑡 𝑡𝑒𝑛𝑡
apenas a atualização das variáveis, de modo que (∙)𝑛+1 = (∙)𝑛+1 . No entanto, se Se 𝜙𝑛+1 > 0, faz-se
necessário a imposição de um corretor plástico, o que implica em resolver um sistema de equações não
𝑝
lineares tendo como incógnitas 𝜎𝑛+1 , 𝛽𝑛+1 , 𝜀̅𝑛+1 e Δ𝛾̇ . A resolução desse sistema é dado pelo método
de Newton-Raphson, onde o sistema de equações é dado por:
onde [R] é
𝑡𝑒𝑛𝑡 𝜎 −𝛽
𝜎𝑛+1 − 𝜎𝑛+1 + 𝐸Δ𝛾 |𝜎𝑛+1 −𝛽𝑛+1 |
𝑅𝜎 𝑛+1 𝑛+1
𝑅𝛽 𝐾 𝜎𝑛+1 −𝛽𝑛+1
= 𝛽𝑛+1 − 𝛽𝑛 − H Δ𝛾 |𝜎𝑛+1 −𝛽𝑛+1 | − 𝑏Δ𝛾𝛽𝑛+1 (11)
𝑅𝜀̅𝑝 𝑝 𝑝
[𝑅Δ𝛾̇ ] 𝜀̅𝑛+1 − 𝜀̅𝑛 − Δ𝛾
[ |𝜎𝑛+1 − 𝛽𝑛+1 | − 𝜎𝑦0 ]
Para validar o funcionamento do modelo numérico, toma-se por referência o Capítulo 3 do Livro
Non-Linear Mechanics of Materials (Besson et al; Springer) em que são apresentados resultados típicos
de endurecimento cinemático. É feita, portanto, uma comparação entre as figuras apresentadas na
literatura e os gráficos resultantes do modelo implementado, dados valores para 𝜎𝑦 , 𝑏 e 𝐻 𝑘 .
1. Endurecimento Cinemático Linear
M odelo de Plasticidade 1D
C om Encruam ento C inem atico
𝝈𝒚 [𝑴𝑷𝒂] 𝟏𝟎𝟎 200
150
100
ao [M Pa]
50
0
𝒃 0
Tens~
-50
-100
-150
-200
𝑯𝒌 [𝑴𝑷𝒂] 10000 -1 -0.5 0 0.5 1
D eform a9
c~
ao Total[% ]
a. b.
Figura 1. Validação do modelo numérico para o endurecimento cinemático linear. (a) Resultado da Literatura, (b)
Resultado do modelo implementado.
M odelo de Plasticidade 1D
C om Encruam ento C inem atico
𝝈𝒚 [𝑴𝑷𝒂] 𝟏𝟎𝟎 300
200
ao [M Pa]
100
𝒃 0 0
Tens~
-100
-200
-300
𝑯𝒌 [𝑴𝑷𝒂] 10000 -1 -0.5 0 0.5 1
D eform a9
c~
ao Total[% ]
a. b.
Figura 2. Validação do modelo numérico para o endurecimento cinemático não linear. (a) Resultado da Literatura, (b)
Resultado do modelo implementado.
Tanto para o modelo cinemático linear quando para o não linear, os resultados apresentam a
mesma forma e os mesmos limites para uma amplitude de deformação de 1 %, corroborando para a
validação do modelo implementado.
𝐻1𝐾 𝐻𝐾
𝜎𝑎 = 𝑏1
tanh(𝑏1 𝜀̅
𝑎 ) + 2 tanh(𝑏2 𝜀̅𝑎 ) +
𝑏2
𝐻3𝐾 𝜀̅𝑎 + 𝜎𝑦0 (13)
Chaboche Potência
Como pode-se ver na Figura (4), a regressão se mostrada adequada, contemplando as vizinhas
dos pontos obtidos da Figura (3).
ANEXO I – Modelo Elasto-Plástico 1D Com
Endurecimento Cinemático - Cinematico_1D.m
clear
clc
%% Modelo de Armstrong-Frederick
%% Inicializacao de Variaveis
Incr = 100;
Sigma_y0 = 100; %[MPa]
Young = 200000; %[MPa]
b_armstrong = 400;
H_Hardening = 60000; %[MPa]
% n_Hardening = 1;
Epislon_max = 20*Sigma_y0/Young;
% D_Epislon = (3*Sigma_y0/Young)/(Incr);
passo = Epislon_max/Incr;
% f=@(x) mod(x-1,16)+1;
data1 = 0:passo:Epislon_max;
data2 = Epislon_max-(passo):-passo:-Epislon_max;
data3 = -Epislon_max+(passo):passo:-passo;
% Ciclos
ciclos = 1;
data = [];
% data = zeros(1,length(ciclos*[data1 data2 data3]));
for j = 1:ciclos
data = [data, data1, data2, data3];
end
% signal=data(f(1:length(data)));
for i = 1:length(data)-1
D_Epislon(i) = data(i+1) - data(i);
end
% Deformacao Elastica
Epislon_Elast_Trial = zeros(Incr, 1);
Epislon_Elast = zeros(Incr, 1);
% Deformacao Plastica
Epislon_Plast_Trial = zeros(Incr, 1);
Epislon_Plast = zeros(Incr, 1);
% Deformacao Total
Epislon_Total = zeros(Incr, 1);
% Tensao
B_Cinematico_Trial = zeros(Incr, 1);
Sigma = zeros(Incr, 1);
Sigma_y = zeros(Incr, 1);
% Tensao Cinematica
Sigma_Trial = zeros(Incr, 1);
B_Cinematico = zeros(Incr, 1);
% Funcao de Escoamento
Phi_Trial = zeros(Incr, 1);
Phi = zeros(Incr, 1);
% Multiplicador Plastico
D_Gamma = zeros(Incr, 1);
D_Gamma_Trial = zeros(Incr, 1);
for n=1:Incr - 1
%% 1) Estado Tentativa
% Defomacao Elastica Tentativa
Epislon_Elast_Trial(n+1) = Epislon_Elast(n) + D_Epislon(n);
% Tensao Tentativa
Sigma_Trial(n+1) = Young*Epislon_Elast_Trial(n+1);
% Deformacao Plastica Tentativa
Epislon_Plast_Trial(n+1) = Epislon_Plast(n);
% Deformacao Plastica Acumulada Tentativa
Epislon_Accum_Plast_Trial(n+1) = Epislon_Accum_Plast(n);
% Tensao Cinematica
B_Cinematico_Trial(n+1) = B_Cinematico(n);
%% 2) Admissibilidade Plastica
% Funcao de Escoamento
Sigma_y(n+1) = Sigma_y_func(Epislon_Accum_Plast(n));
% Sigma_y(n+1) = (Sigma_y0 + H_Hardening * (Epislon_Accum_Plast(n))^n_Hardening);
Phi_Trial (n+1) = abs(Sigma_Trial(n+1) - B_Cinematico(n)) - Sigma_y(n+1);
% i) Dada a Estimativa
Sigma(n+1) = Sigma_Trial(n+1);
Epislon_Accum_Plast(n+1) = Epislon_Accum_Plast_Trial(n+1);
% D_Gamma(n+1) = D_Gamma_Trial(n+1);
D_Gamma(n+1) = 0;
% Tensao Cinematica
B_Cinematico(n+1) = B_Cinematico_Trial(n+1);
Erro = 1;
while(Erro>1e-3)
p = p + 1;
% Sigma(n+1) = Sigma(n+1);
% Epislon_Accum_Plast(n+1) = Epislon_Accum_Plast(n+1);
% D_Gamma(n+1) = D_Gamma(n+1);
% % Tensao Cinematica
% B_Cinematico(n+1) = B_Cinematico(n+1);
% ii) Resolver o Sistema Linearizado
Rsigma_Dsigma = 1 + Young * D_Gamma(n+1) * ( (1/abs( Sigma(n+1) -
B_Cinematico(n+1) )) - ((Sigma(n+1) - B_Cinematico(n+1))^2/(abs(Sigma(n+1) -
B_Cinematico(n+1))^3)) );
Rsigma_DCinematico = Young * D_Gamma(n+1) * (-(1/abs( Sigma(n+1) -
B_Cinematico(n+1) )) + ((Sigma(n+1) - B_Cinematico(n+1))^2/(abs(Sigma(n+1) -
B_Cinematico(n+1))^3)) );
Rsigma_D_Gama = Young*(Sigma(n+1) - B_Cinematico(n+1))/abs(Sigma(n+1) -
B_Cinematico(n+1));
% Passos
D_Sigma(p+1) = x(1);
D_Cinematico(p+1) = x(2);
D_Epislon_Accum_Plast(p+1) = x(3);
D_D_Gamma(p+1) = x(4);
end
Sigma_y(n+1) = Sigma_y_func(Epislon_Accum_Plast(n+1));
% Sigma_y(n+1) = (Sigma_y0 +
H_Hardening*(Epislon_Accum_Plast(n+1))^n_Hardening);
end
figure(1)
h1 = plot(Epislon_Total*100, Sigma);
hold on
set(h1, 'LineWidth', 2);
hold on
set(gca, 'FontSize', 20);
% axis([0 (Epislon_Total(n+1)*100) 0 (Sigma(n+1) + 100)])
% Informacoes do grafico
title({'\makebox[4in][c]{Modelo de Plasticidade 1D}';...
'\makebox[4in][c]{Com Encruamento Cinematico}'}, 'interpreter', 'latex',
'FontSize', 24)
ylabel('Tens\~{a}o [MPa]', 'interpreter', 'latex', 'FontSize', 24);
xlabel('Deforma\c{c}\~{a}o Total [\%]', 'interpreter', 'latex', 'FontSize', 24);
% legenda1 = legend('$${i_{1} = 10}$$', '$${i_{2} = 100}$$', '$${i_{3} = 1000}$$',
'Location','southeast');
% set(legenda1,'interpreter', 'latex', 'FontSize', 18);
grid on
figure(2)
h2 = plot(1:Incr, Epislon_Total*100);
set(h2, 'LineWidth', 2);
grid on
hold on
set(gca, 'FontSize', 20);
% Informacoes do grafico
title({'\makebox[4in][c]{Modelo de Plasticidade 1D}';...
'\makebox[4in][c]{Com Encruamento Cinematico}'}, 'interpreter', 'latex',
'FontSize', 24)
ylabel('Deformac\c{c}\~{a}o Total [\%]', 'interpreter', 'latex', 'FontSize', 24);
% ylabel('Deforma\c{c}\~{a}o Plast. Acum. [\%]', 'interpreter', 'latex', 'FontSize',
24);
%% Plasticidade - Regressao
x = [Data_Camada4(:,1)' Data_Camada1_7(:,1)']/100;
y = [Data_Camada4(:,2)' Data_Camada1_7(:,2)'];
sigma_y0 = 250;
% Modelo da funcao
xx = 0:1e-4:1/100;
xx_a = 1e-4:1e-4:1/100;
%% Usando lsqcurvefit
[b,resnorm,~,exitflag,output] = lsqcurvefit(modelfun,beta0,x,y);
[Param,resnorm2,~,exitflag2,output2] = lsqcurvefit(modelfun2,beta02,x,y);
H1 = Param(1);
H2 = Param(2);
H3 = Param(3);
b1 = Param(4);
b2 = Param(5);
H11 = mdl(1);
H22 = mdl(2);
H33 = mdl(3);
b11 = mdl(4);
b22 = mdl(5);
% Chaboche
yy_chaboche_mdl = sigma_y0 + H11/b11*tanh(b11.*xx) + H22/b22*tanh(b22.*xx) + H33*xx;
% yy_chaboche = sigma_y0 + H1/b1*tanh(b1.*xx) + H2/b2*tanh(b2.*xx) + H3*xx;
% yy = b(1)*power(xx,b(2));
figure(1)
% Grafico Experimental
h3 = plot (100*x, y, 'o');
set(h3, 'LineWidth', 3);
set(gca, 'FontSize', 20);
hold on
% Grafico via lsqcurvefit modelfunc
h4 = plot (xx*100, modelfun(b, xx));
set(h4, 'LineWidth', 3);
set(gca, 'FontSize', 20);
hold on
%
% % Grafico via lsqcurvefit modelfunc
% h5 = plot (xx*100, modelfun2(Param, xx));
% set(h5, 'LineWidth', 3);
% set(gca, 'FontSize', 20);
% hold on
% Informacoes do grafico
% Funcao 1
s1 = '$${{\sigma_{a}}}$$ = ';
s2 = num2str(b(1), '%.2f');
s5 = '$${({\varepsilon_{pa}})}$$';
s6 = num2str(b(2), '$${{^{%.2f}}}$$');
str_model_fun1= [s1 s2 s5 s6];
title({'\makebox[4in][c]{}';...
'\makebox[4in][c]{}'}, 'interpreter', 'latex', 'FontSize', 24)
ylabel('Amplitude de Tens\~{a}o$${, \sigma_a}$$ [MPa]', 'interpreter', 'latex',
'FontSize', 24);
xlabel('Amplitude de Deforma\c{c}\~{a}o Plastica$${, {\varepsilon_{pa}}}$$ [\%]',
'interpreter', 'latex', 'FontSize', 24);
legenda1 = legend('Experimental', str_model_fun1, 'Chaboche', 'Location','southeast');
set(legenda1,'interpreter', 'latex', 'FontSize', 18);