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Elaborado em 09/07/2013
1. CONCEITO
O que é a evicção?
A evicção ocorre quando:
- a pessoa que adquiriu um bem
- perde a posse ou a propriedade desta coisa
- em razão de uma decisão judicial ou de um ato administrativo
- que reconhece que um terceiro possuía direitos anteriores sobre este bem
- de modo que ele não poderia ter sido alienado.
Após perder a posse ou a propriedade do bem, o adquirente (evicto) deverá ser indenizado pelo alienante
por conta deste prejuízo. O fundamento desta indenização está no princípio da garantia. Logo, não
interessa discutir se o alienante estava ou não de boa-fé quando vendeu o bem. Mesmo de boa-fé, ele terá
a obrigação de indenizar o evicto.
Evicção vem do latim evincere ou evictio, que significa algo como “ser vencido”. Na língua portuguesa existe
o verbo “evencer”, que significa “promover a evicção de alguém”.
2. PERSONAGENS
Na evicção, temos os seguintes personagens:
Evictor: é o terceiro reivindicante do bem.
Evicto: é o adquirente do bem, que perdeu a ação movida pelo evictor.
Alienante: é o que transferiu o bem ao evicto, e, por isso, deve responder pela evicção, indenizando-o.
3. REQUISITOS
A doutrina majoritária aponta os seguintes requisitos para que se configure a responsabilidade do alienante
pela evicção:
Assim, em regra, para que o evicto seja indenizado pela evicção é necessário que tenha recebido o bem por
meio de um contrato oneroso.
No caso de evicção por decisão judicial, para que o alienante indenize o evicto é necessário que tenha
havido o trânsito em julgado da sentença que fez com que ele perdesse a propriedade ou a posse do bem?
NÃO. Segundo decidiu o STJ, para que o evicto possa exercer os direitos resultantes da evicção (ou seja,
para que possa cobrar a indenização), NÃO é necessário o trânsito em julgado da decisão (STJ. 4ª Turma.
REsp 1.332.112-GO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 21/3/2013).
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O Min. Luis Felipe Salomão afirmou que o ideal seria que tivesse havido o trânsito em julgado da decisão,
considerando que haveria maior segurança jurídica. No entanto, o aplicador do direito não pode ignorar a
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realidade comum do trâmite processual nos tribunais que, muitas vezes, faz com que o processo
permaneça ativo por longos anos, ocasionando prejuízos consideráveis advindos da constrição imediata dos
bens do evicto, que aguarda, impotente, o trânsito em julgado da decisão que já lhe assegurava o direito.
Assim, como não há no Código Civil nem em outro diploma a exigência expressa do trânsito para conceder
a indenização ao evicto, a jurisprudência e a doutrina passaram a admitir que ela seja conferida ao lesado
antes da decisão judicial se tornar definitiva.
4. DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Apesar da redação do art. 70, I, do CPC e do art. 456 do CC, ainda que o evicto não faça a denunciação da
lide, ele NÃO perde o direito de ser indenizado. Para o STJ, não se pode fazer uma interpretação literal dos
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Dessa feita, a falta da denunciação da lide fará apenas com que o réu perca a possibilidade de obter a
indenização regressiva do alienante no mesmo processo em que perdeu o bem. No entanto, nada impede
que, mesmo sem ter feito a denunciação da lide, o evicto ajuíze uma demanda autônoma contra o
vendedor.
Em suma, se o evicto fizer a denunciação, no mesmo processo em que perder o bem, já haverá a
condenação do alienante para que o indenize. Se ele não fizer a denunciação, perderá esta oportunidade
de agilizar o recebimento da indenização, mas ainda assim poderá fazê-lo por meio de uma ação autônoma
de evicção.
Poderá, no entanto, João denunciar a lide a Manoel mesmo sem que eles tenham qualquer relação jurídica?
O réu poderá fazer a denunciação da lide “pulando, saltando” todas as demais pessoas da cadeia de
transmissão? Em outras palavras, o réu poderá fazer a denunciação da lide por salto (per saltum)?
SIM. Há divergência na doutrina, mas prevalece ser possível a denunciação da lide per saltum, tendo ela
sido autorizada pelo art. 456 do CC:
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o
alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo.
4.3 Se o réu (adquirente) fizer a denunciação e o alienante não comparecer aos autos
O parágrafo único do art. 456 do CC preconiza:
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da
evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos.
Para a doutrina majoritária, este dispositivo revogou o art. 75, II, do CPC, no que tange à denunciação da
lide nos casos de evicção. Veja a redação do CPC:
Art. 75. Feita a denunciação pelo réu:
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II - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que lhe foi atribuída, cumprirá
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Assim, se o adquirente fizer a denunciação da lide ao alienante e este decidir não refutar o pedido do
evictor, o evicto não precisará prosseguir contestando a ação proposta pelo autor. O adquirente poderá até
mesmo concordar com o pedido feito pelo evictor e buscar apenas a indenização a ser paga pelo alienante.
A obrigação do alienante de pagar indenização ao evicto, em caso de evicção, persiste ainda que o bem
tenha sido adquirido por meio de hasta pública. Isso está previsto no CC:
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a
aquisição se tenha realizado em hasta pública.
A hasta pública é a oferta do bem penhorado aos interessados em adquiri-lo em um evento organizado
pelo Estado-juiz. A hasta pública pode ocorrer por meio de praça (no caso de bem imóvel) ou leilão (bem
móvel).
Caso o adquirente da coisa em hasta pública venha a perdê-la, a responsabilidade direta pelo pagamento
da indenização é do executado. Subsidiariamente, caso o evicto não consiga receber deste, poderá
demandar o credor que se beneficiou com a arrematação (responsável indireto, subsidiário). Esta é a
solução apresentada por Alexandre de Freitas Câmara, citada por Flávio Tartuce (Direito Civil. São Paulo:
Método, 2011, p. 229).
Exemplo:
João estava sendo executado por Pedro.
Para adimplir o débito, uma sala comercial de João foi vendida em hasta pública e, com os recursos obtidos,
Pedro foi pago.
Quem adquiriu o imóvel foi Carlos.
Ocorre que esta sala pertencia, na verdade, a Marcos, que entrou com uma ação reivindicatória.
Por conta disso, Carlos (arrematante) perdeu o imóvel que havia adquirido.
Como já vimos acima, após perder a posse ou a propriedade do bem, o adquirente (evicto) deverá ser
indenizado pelo alienante por conta deste prejuízo.
O valor da indenização englobará o preço pago pelo evicto na compra do bem e mais as outras despesas
que ele comprove ter realizado.
Segundo o art. 450 do CC, o evicto possui o direito de receber as seguintes quantias:
a) Restituição integral do preço que pagou, com juros e correção monetária;
b) Indenização pelos frutos que tiver sido obrigado a restituir ao evictor;
c) Indenização pelas benfeitorias necessárias ou úteis não abonadas (art. 453);
d) Indenização pelas despesas do contrato;
e) Reembolso das custas judiciais e honorários advocatícios;
f) Indenização pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção.
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Veja o que diz o CC:
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das
quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Valor do preço do bem é calculado segundo a data da evicção (e não o dia da aquisição):
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se
evenceu (no momento da perda e não na data da alienação), e proporcional ao desfalque sofrido, no caso
de evicção parcial.
Assim, por exemplo, se a pessoa comprou o bem por 200 mil reais, mas na data da evicção (anos mais
tarde), a coisa valia 300 mil reais, este último valor é que deverá ser devolvido ao evicto.
Ex: Eduardo vendeu um carro a Paulo. Este veículo foi abalroado e ficou avariado e sem uso. Após este
acidente, Paulo perde o carro por conta de uma evicção. Mesmo estando deteriorado o automóvel, o
evicto terá direito de ser indenizado, a não ser que o alienante prove que a coisa está deteriorada por dolo
(no sentido de má-fé) de Paulo.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a
indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Utilizando o mesmo exemplo: o carro que foi objeto da evicção já estava todo avariado e sem uso. No
entanto, o evicto havia conseguido vender algumas peças do motor para uma oficina mecânica. Logo, a
quantia que ele conseguiu com isso será descontada do valor da indenização que lhe será paga pelo
alienante.
O que este dispositivo está dizendo é o seguinte: o evictor pagou ao evicto o valor das benfeitorias que
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foram realizadas no bem. Ocorre que tais benfeitorias foram feitas ainda pelo alienante (e não pelo evicto).
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Logo, neste caso, o evicto recebeu indevidamente o reembolso das benfeitorias, já que não foi ele quem as
custeou. Em se verificando esta situação, o alienante, quando for pagar ao evicto a indenização pela
evicção, poderá descontar do valor a quantia recebida pelas benfeitorias.
A evicção pode ser total (quando o evicto perde o bem inteiro) ou parcial (ex: perdeu 50m 2 do terreno cuja
área é de 300m2).
Se a evicção for parcial, em regra, o evicto será indenizado pela parte da coisa que perdeu e a aquisição da
parte que restou continua em vigor. Valendo-se do exemplo acima, o evicto será indenizado pelos 50m2
que perdeu, enquanto que os outros 250 m2 continuam com ele normalmente.
Pode acontecer, no entanto, que esta perda parcial seja muito grande, isto é, atinja quase toda a coisa, de
forma que se torna economicamente desvantajoso que o evicto permaneça somente com aquela diminuta
fração. Em tais hipóteses, a lei entendeu que seria justo conferir ao evicto a escolha entre continuar com
esta pequena parte do bem e ser indenizado pelo restante ou, então, ser indenizado pela coisa em sua
inteireza, devolvendo a pequena fração que sobrar ao alienante. Ex: Renan vendeu um terreno de 300m 2 a
Eduardo, que sofreu evicção parcial e perdeu 250m2 da área para um terceiro. Eduardo poderá pleitear a
indenização pelos 250m2 perdidos e ficar com os 50m2 que restaram. A lei, porém, confere uma outra
alternativa a Eduardo: devolver os 50m2 que lhe sobraram, desfazendo a compra e venda, e pedindo
indenização pelos 300m2.
Toda esta explicação foi para que você entendesse a redação do art. 455 do CC:
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a
restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá
somente direito a indenização.
A responsabilidade pelo pagamento de indenização no caso de evicção é uma garantia do adquirente que
decorre da lei. Assim, não é necessário que o contrato de compra e venda preveja esta indenização. As
partes podem, no entanto, reforçar, diminuir ou excluir esta responsabilidade. Veja:
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela
evicção.
Para evitar que houvesse um prejuízo muito grande ao adquirente, o CC estabelece algumas exigências
para que esta cláusula de irresponsabilidade pela evicção tenha plena eficácia.
Assim, para que o alienante fique totalmente isento de responsabilidade, é necessário o preenchimento
dos seguintes requisitos cumulativos:
Deverá haver cláusula expressa excluindo a responsabilidade do alienante pela evicção;
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O adquirente deverá declarar expressamente que aceita correr o risco da evicção que lhe foi
informado.
O que acontece se houver cláusula de irresponsabilidade, mas o adquirente não tiver sido informado que
havia risco concreto de evicção ou, se foi informado, não assumiu expressamente este risco?
Neste caso, haverá pagamento de indenização, mas o valor desta será apenas equivalente ao preço que o
adquirente pagou pela coisa evicta. Em suma, não abrangerá todas as parcelas previstas no art. 450, mas
tão somente a restituição do valor pago pelo bem. É o que a doutrina majoritária conclui a partir da
interpretação do art. 449 do CC:
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto
a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o
assumiu.
Vale ressaltar, mais uma vez, que o valor do preço a ser restituído é calculo na data em que se evenceu, ou
seja, no momento da perda do bem (e não na data da alienação). É o que afirma o parágrafo único do art.
450 do CC.
Se o adquirente (evicto) sabia que a coisa era alheia ou litigiosa poderá mesmo assim pedir indenização
em caso de evicção?
NÃO. Veja o que dispõe o art. 457 do CC:
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual civil. Vol. 1. 15ª ed., Salvador: Juspodivm, 2013.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 3ª ed., São Paulo: Método, 2011.
ROSENVALD, Nelson; FARIAS, Cristiano Chaves de. Curso de Direito Civil. Contratos. Vol. 4, Salvador:
Juspodivm, 2012.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Julgue os itens a seguir:
1) (Cartório PE 2013 FCC) Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção, salvo se a aquisição
se houver realizado em hasta pública. ( )
2) (Juiz Federal TRF2 2013 CESPE) Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Essa
subsiste garantia ainda que a aquisição tenha se realizado em hasta pública. ( )
3) (Juiz Federal TRF2 2013 CESPE) Na hipótese de exclusão contratual da responsabilidade pela evicção, se
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esta se der, o evicto terá direito a receber o preço que tiver pago pela coisa evicta se não sabia do risco da
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evicção, mas, todavia, se dele tiver sido previamente informado, não lhe será albergado o direito de
receber a quantia paga, mesmo que não tenha assumido o risco quando tomou conhecimento desse. ( )
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4) (DPE/AC 2012 CESPE) A responsabilidade pela evicção ocorre apenas quando a causa da constrição
operada sobre a coisa é posterior à relação jurídica entabulada entre o alienante e o evicto, sendo o
determinante o momento da constrição, a qual será, necessariamente, anterior à alienação. ( )
5) (DPE/SC 2012 FEPESE) Pode o adquirente demandar pela evicção, mesmo sabendo que a coisa é alheia
ou litigiosa. ( )
7) (Cartório SP 2012 VUNESP) É cabível a nomeação à autoria do alienante, na ação em que terceiro
reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da
evicção lhe resulta. ( )
8) (Juiz TJAC 2012 CESPE) No que concerne a evicção, assinale a opção correta de acordo com o Código
Civil.
A) A responsabilidade decorrente da evicção deriva da lei e prescinde, portanto, de expressa previsão
contratual; todavia, tal responsabilidade restringe-se à ação petitória, não sendo possível se a causa
versar sobre posse.
B) Responde o alienante pela garantia decorrente da evicção caso o comprador sofra a perda do bem
por desapropriação do poder público, cujo decreto expropriatório seja expedido e publicado
posteriormente à realização do negócio.
C) Dá-se a evicção quando o adquirente perde, total ou parcialmente, a coisa por sentença fundada em
motivo jurídico anterior, e o alienante tem o dever de assistir o adquirente, em sua defesa, ante ações de
terceiros, sendo, entretanto, tal obrigação jurídica incabível caso o alienante tenha atuado de boa-fé.
D) De acordo com o instituto da evicção, o alienante deve responder pelos riscos da perda da coisa para
o evicto, por força de decisão judicial em que fique reconhecido que aquele não era o legítimo titular
do direito que convencionou transmitir ao evictor.
E) Sendo a evicção uma garantia legal, podem as partes, em reforço ao já previsto em lei, estipular a devolução
do preço em dobro, ou mesmo minimizar essa garantia, pactuando uma devolução apenas parcial.
9) (Juiz TJMS 2012 PUC/PR) Na denunciação da lide fundada em evicção, pode o denunciante provocar a
intervenção do alienante imediato ou de qualquer outro sujeito componente da cadeia dominial
anterior. ( )
10) (MPRN 2009 CESPE) A aquisição de bem realizada em hasta pública, instituída no bojo do processo de
execução, não exclui a responsabilidade do executado pela evicção. ( )
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Gabarito
1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. Letra B 7. E 8. Letra E 9. C 10. C
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