Вы находитесь на странице: 1из 68

Revista ACIM /

1
Av. Brasil, 6801| Zona 5 | Maringá-PR | 44 2103.0222
PALAVRA DO
PRESIDENTE

Um ambiente propício aos negócios


O programa Empreender co- riados segmentos, como aca- auxiliar na definição de metas
memorou, em outubro, 16 anos. demias, automecânicas, far- e no plano de ações. E tam-
E os resultados impressionam. A mácias de manipulação, e os bém contam com o apoio e a
ACIM tem hoje o maior progra- recém-constituídos móveis credibilidade da Associação
ma do gênero do Brasil. São 57 planejados, gastronomia sau- Comercial para implantar suas
núcleos, que juntos têm a parti- dável, entre outros. Todos se estratégias. Como diz o nosso
cipação de 800 empresas, qua- reúnem quinzenalmente para vice-presidente do Empreen-
se todas micro e pequenos ne- definir suas prioridades de tra- der, Michel Felippe, trabalhar
gócios que encontram na união balho, como divulgação con- em conjunto melhora a produ-
uma forma de enfrentar as ad- junta e capacitação a exemplo tividade e a credibilidade.
versidades do setor. Aumentar do que fizeram os empresários É o empreendedorismo dos
o número de núcleos é um dos de segurança eletrônica, que empresários maringaenses que
compromissos da minha ges- firmaram parceria com o Senai ajuda Maringá ocupar a 21ª po-
tão, só que a meta de número para capacitar quatro turmas sição entre as cem melhores ci-
de núcleos em funcionamento de instaladores de sistemas de dades do Brasil para investir em
foi cumprida quase um ano e alarmes e cerca elétrica. Já as negócios, de acordo com estu-
meio antes. Não à toa a ACIM autoescolas, para cumprir uma do da consultoria Urban Syste-
recebe visitas de associações resolução do Conselho Nacio- ms divulgado no mês passado
comerciais de todo Brasil para nal de Trânsito (Contran), com- pela revista Exame. Que os em-
conhecer nosso projetos e mo- praram simulares para ajudar preendedores continuem ino-
delo de trabalho, o que inclui o na formação de condutores e vando, se capacitando e encon-
programa Empreender. No mês instalaram os equipamentos trando um ambiente propício
passado mesmo estiveram na em uma central que mantêm de negócios.
sede da entidade empresários e em conjunto.
lideranças políticas de Irati/PR e Todos os núcleos recebem // José Carlos Valêncio é presi-
da região de Campinas/SP. o acompanhamento gratuito dente da Associação Comercial e
Os núcleos são dos mais va- de um consultor da ACIM para Empresarial de Maringá (ACIM)

Revista ACIM /
3
Novembro 2016
Revista ACIM /
5
índice //

REPORTAGEM
ENTREVISTA // DE CAPA // agronegócio //

30
16 26
Número 2 no ranking mun- Um levantamento aponta Luiz Flavio Monteiro Porto é
dial de duplas, o tenista Bruno que há 160 startups em Ma- dono de uma empresa de
Soares é o entrevistado princi- ringá, contra 23 de dois anos nutrição vegetal e, assim
pal; ele conta que ao tenista atrás; entre estes empreen- como outros empresários da
profissional cabe contratar a dedores de base tecnológi- cadeia, viu o produtor rural
equipe que o prepara para as ca que procuram investido- ficar descapitalizado; não há
competições: “você paga uma res está Fabio Marciano, que outra alternativa para o agri-
pessoa para mandar em você. é sócio de uma ideia inova- cultor enfrentar as intempé-
É uma relação estranha” dora: um equipamento de ries, se não investir em tec-
redução de carbono nologia

Apoio Intitucional
Gastronomia //
Direito // mercado //

36

36 42 48
Ainda que o pagamento dos Thiago Alves Terra e Nathália Há mais de quatro mil mar-
direitos autorais de música de Paiva Monteiro abriram o cas de cachaça no Brasil,
possa inviabilizar o evento, Da Terra Alimentação Saudá- cujo consumo per capita é
como diz o produtor Pauli- vel e comemoram os resulta- de pouco mais de seis litros;
nho Schoffen, a cobrança do dos do restaurante que deve entre os empresários que
Escritório Central de Arreca- crescer 50% nos próximos me- apostaram neste segmen-
dação e Distribuição (Ecad) ses; outros empreendedores to está família Silva, da Ca-
prevista em lei; mais de R$ que investiram no segmen- chaçaria Mont Salinas, que
1 milhão foi arrecadado em to de comida saudável estão produz a bebida em Minas
Maringá neste ano vendo a clientela aumentar Gerais e envasa em Maringá

ano 53 edição 570


novembro/2016

nossa capa:
Factory Total

Revista ACIM /
7
entrevista // Bruno Soares

No tênis o suor
vence com folga
o glamour
A realidade do tenista profissional está bem longe de ser glamourosa: número 2 do ranking mundial, Bruno Soares
conta que é preciso ter preparo físico, saber lidar com derrotas e administrar a carreira de forma bem-sucedida, já
que é o próprio tenista quem contrata a equipe // Fernanda Bertola e Rosângela Gris

Em outubro deste ano o tenista Bruno competições. ser uma opção. Comecei a jogar tor-
Soares chegou muito perto de ocupar Entre um torneio e outro, o tenista neios internacionais e ter destaque.
o posto de número 1 do ranking mun- esteve em Maringá, no final de setem- Fui amadurecendo a ideia e tomei a
dial de duplas da ATP (Association of bro, para participar do 1º SVN Insigths decisão de me tornar profissional aos
Tennis Professionals). Bastava uma vi- realizado pela SVN Investimentos e 18 anos, quando estava morando em
tória no Masters 1000 de Xangai, na conversou com a Revista ACIM. Ele fa- Belo Horizonte/MG.
China. Porém, o brasileiro foi elimi- lou sobre o esporte, os desafios diários
nado na primeira rodada ao lado do da carreira de tenista, a participação O seu parceiro atual é o Jamie
parceiro, Jamie Murray. Uma semana nas Olimpíadas 2016 e investimentos: Murray. Até o ano passado você
depois estava de volta às quadras em jogava ao lado do austríaco
Estocolmo, na Suécia. Desta vez ao Como foi sua trajetória até se Alexander Peya e já fez dupla
lado do amigo de infância Marcelo tornar atleta profissional? com o amigo Marcelo Melo.
Melo, o mineiro de 34 anos ‘caiu’ na Fiz minhas primeiras aulas de tênis no Qual é o segredo de uma
semifinal. Iraque, na época em que moramos lá parceria de sucesso?
Mesmo com os resultados adversos, por causa do trabalho do meu pai. No caso do tênis é ter entrosamento
motivos não faltam para comemorar. Tinha cinco anos quando comecei a dentro e fora da quadra. O circuito é
No ranking atualizado na última sema-
na de outubro, Bruno aparecia como o
número 2 em dupla. Este ano foi cam-
peão de dois Grand Slams - o Aberto
da Austrália e o US Open – e ainda tem

frequentar o clube e nunca mais pa-
rei. Entre os 15 e 16 anos passei a visu-
alizar a ideia de que o tênis poderia
muito maçante, passamos 40 sema-
nas por ano viajando, longe da família.
E o tênis é um esporte que se perde

chances de superar o francês Nicolas Sou o CEO da minha empresa.


Mahut, atual líder do ranking. Tenho que me cercar dos melhores
Para tanto, treina entre três e seis
horas por dia. Embora exaustiva, a
profissionais e cobrar a equipe para
rotina de treinamento não é o que ter bons resultados. Sou eu quem
mais pesa para o tenista. “O mais di- contrato e administro tudo. E no tênis
fícil é ficar longe da família”, revela
é interessante que você paga uma


Soares, que chega a passar 40 sema-
nas por ano viajando por causa das pessoa para mandar em você
Novembro 2016
Quem é?
Bruno Soares

O QUE FAZ?
É tenista profissional

É destaque
por?
Número 2 no
ranking mundial de
dupla da ATP

Ivan Amorin

muito. Precisamos lidar o tempo intei- horizontes? Fiz quatro meses de reabilitação para
ro com a derrota e o estresse que isso Depois de um ano e meio jogando voltar 100% para as quadras e fui me
causa, ainda mais quando se joga em juntos senti que não estávamos pron- afastando dos outros negócios para fo-
dupla. E no outro dia tem que voltar a tos para encarar circuitos de nível mais car no tênis novamente.
treinar e jogar outro torneio. alto. Não por falta de capacidade, mas
de experiência. Hoje vejo que tomei a Uma partida de tênis às vezes
Foi preciso ser pragmático decisão certa e estou satisfeito com os demora horas. O que conta
para romper a parceria com resultados. mais, o preparo físico ou
o amigo Marcelo Melo para mental do tenista?
priorizar a carreira? Em 2005 você sofreu uma lesão No início da carreira o psicológico pe-
Conheço o Marcelo desde os sete no joelho e precisou se afastar sava bastante. Mas hoje, dada a minha
anos. Somos de Belo Horizonte, cres- das quadras. Chegou a ter experiência e por ser um cara tranqui-
cemos juntos e nos tornamos grandes medo de não conseguir voltar? lo, meu maior desafio é o físico. A gen-
amigos. Passamos pelas mesmas eta- Foi uma fase de muita incerteza. Tive te envelhece, mas o esporte continua
pas no início da carreira e quando nos dúvidas de como o corpo reagiria e se exigindo muito. Este é o desafio do
especializamos em dupla optamos conseguiria voltar a jogar em alto nível. esportista: levar a carreira ao máximo
por jogar juntos. Depois de dois anos, Nesta época comecei a pensar num possível na parte física.
rompemos a parceria. Partiu de mim plano B e me envolvi com o mercado
a decisão de tentar coisas novas justa- financeiro. Estudei e fiz cursos na área. Como surpreender um
mente pensando na evolução que te- Gostei de experiência e percebi que adversário que conhece tão
ríamos jogando com outros parceiros. para ter sucesso no mercado é preci- bem o seu talento?
Foi uma decisão difícil porque envol- so esforço diário, assim como no tênis. O esporte meio que virou um jogo de
veu, além do lado profissional, o pes- Não dá para cair de paraquedas e en- xadrez com toda a tecnologia dispo-
soal já que tenho um laço forte com carar achando que será fácil. Também nível. Os estudos, estatísticas e vídeos
o Marcelo. abri duas academias em Belo Hori- têm muita influência no trabalho do
zonte neste período, como alterna- treinador e na preparação dos joga-
E como soube a hora certa de tiva caso as coisas não dessem certo. dores. O adversário te conhece e vai
pôr um ponto final na par- Felizmente, depois da segunda cirur- tentar explorar suas fraquezas, e você
ceria e ir em busca de outros gia, vi que conseguiria voltar a jogar. as dele. Leva vantagem quem está

Revista ACIM /
9
melhor no dia ou consegue montar a melhores tenistas do mundo e ganhar
melhor estratégia. sempre tem um sabor especial. No Rio

quanto na carreira de tenista


é glamour e quanto é suor?
” mais ainda, por tudo o que o Djokovic
representa para o esporte: é o melhor

Ivan Amorin
tenista do momento com folga. Estar
Diria que 98% é suor e 2% glamour. na quadra naquele dia e vencê-lo foi
Glamour é alcançar o mais alto nível, emocionante por estar em casa, por
mas para isso são anos de trabalho, causa do clima de Olimpíadas e do
momentos complicados longe da fa- apoio da torcida brasileira, que tam-
mília e jogando em lugares não tão bém tem muito carinho pelo Djokovic.
bons e sem estrutura. Glamour na vida Comecei a pensar
de tenista é viajar para cidades baca- E ficar sem medalha foi a
nas, fazer o que ama, jogar torneios de num plano B e maior frustração?
Grand Slams, ter o privilégio das pesso-
as irem assistir às partidas e torcer por
me envolvi com o Obviamente que fiquei chateado e tris-
te. A Olimpíada é muito cruel e diferen-
você, ser ídolo. O caminho é de esfor- mercado financeiro. te dos demais torneios. Normalmente
ço, luta e querer ser melhor amanhã chegar às quartas-de-finais é motivo de
do que se é hoje. Existem pessoas com Estudei e fiz cursos satisfação, ainda que fique o gostinho
talentos diferentes, mas geralmente
na área. Gostei de de quero mais. Todo torneio que jogo
vai para frente quem trabalha duro. O sei que tenho condições de ser cam-
talento leva até certo ponto e pode en- experiência e percebi peão, embora saiba que é impossível
curtar o trajeto. Dali para frente, quem ganhar todos. Na Olimpíada só três du-
vai te levar é o trabalho.
que para ter sucesso, é plas saem satisfeitas. Do quarto ao úl-
preciso esforço diário, timo lugar é tudo igual, porque é lem-
Existem semelhanças na brado quem ganhou medalha. Ainda
administração da carreira assim como no tênis. assim, tive mais alegria e momentos
esportiva e de uma empresa?
Sou uma empresa, sou o CEO da mi-
Não dá para cair de sensacionais no Rio 2016 do que frus-
tração por ficar sem medalha.
nha empresa. Tenho que me cercar paraquedas e encarar
dos melhores profissionais e cobrar a Tem ídolos no esporte?
equipe da mesma forma que o presi- achando que será fácil Há três pessoas que admiro muito.
dente de uma empresa para ter bons Uma é o Guga [Gustavo Kuerten], hoje
resultados. É treinador, preparador um grande amigo. O Guga foi um fe-
físico, fisioterapeuta, psicólogo, nu- de parar, o ganho será zero. O tempo nômeno mundial, número 1 do mun-
tricionista, entre outros profissionais. que fiquei afastado por causa da lesão do, campeão de três Grand Slams que
Sou eu quem contrato todo mundo me preparou um pouco para esta rea- saiu de Florianópolis/SC sem apoio. Os
e administro tudo. E no tênis é inte- lidade. Em junho estava jogando e em outros são Michael Jordan [jogador de
ressante que você paga uma pessoa agosto estava machucado com ren- basquete] e Kelly Slater [surfista].
para mandar em você. É uma relação dimento zero. Por isso, penso e foco a
estranha, mas tão importante quan- estabilidade financeira, ganhando e O que falta conquistar?
to o treinamento na carreira de um investindo dinheiro de forma inteligen- Embora seja muito privilegiado por
tenista profissional. te para quando me aposentar fazer a tudo que conquistei, me falta ser o
transição de forma saudável e tranquila. melhor do mundo e uma Olímpiadas,
Você se prepara para a em Tóquio quem sabe? Para ser sin-
aposentadoria? Vencer o Novak Djokovic teve cero, se minha carreira acabasse hoje,
Para o atleta, a aposentadoria é um um gostinho especial nas estaria muito contente por tudo que o
choque, porque se ganha um valor en- Olimpíadas do Rio 2016? tênis me proporcionou. O que vier da-
quanto está jogando e o dia que deci- Ter a oportunidade de jogar contra os qui para frente é lucro.

Novembro 2016
CAPITAL DE // GIRO

Ministério credencia laboratório


Walter Fernandes
O Laboratório Veterinário São Camilo foi
credenciado pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento para atuar na área
de sanidade avícola, o que inclui, por exemplo,
a verificação de salmonela em frangos - trata-se
do segundo laboratório paranaense habilitado
para o serviço. A habilitação, obtida por meio
de critérios de qualidade e pela apresentação
do selo ISO IEC 17025, do Inmetro, coloca o
laboratório em um grupo seleto no país neste
segmento. “Faz cinco anos que temos trabalhado
para obter essa conquista. Agora vamos ampliar
nosso atendimento para produtores e avícolas”,
comemora o veterinário Caio Valêncio, que é
responsável técnico do laboratório.
Com infraestrutura completa, tecnologias de
ponta e profissionais capacitados, o laboratório
clínica, DNA de aves e sanidade avícola, todos realizados no
atua em duas principais frentes: pet e sanidade
próprio laboratório. Entre os exames estão necrópsias de aves.
animal. São ofertados mais de 600 tipos de
Atualmente, a empresa tem clientes em boa parte dos estados
exames de anatomia patológica, biologia
brasileiros como clínicas, hospitais veterinários, zoológicos,
molecular, diagnóstico por imagem, patologia
parques, universidades e órgãos federais.

Maior shopping atacadista do sul do Brasil


O maior shopping atacadista do sul do Brasil tem novo
gestor e novo nome. A empresa dona do imóvel, a paulista
Atna, agora é também responsável pelo Paraná Moda Park,
antigo Pérola Park. Com isto, o empreendimento está
recebendo R$ 15 milhões de investimentos, o que inclui
a retomada das obras de um hotel, com 123 quartos, e a
construção de um centro de eventos para três mil pessoas,
ambos com inauguração prevista para o final do ano que
vem. O Paraná Moda Park ganhou 16 novas lojas em 23 de
outubro, quando foi realizado o desfile de lançamento da
coleção de alto verão – outras 14 serão inauguradas entre
novembro e fevereiro. O shopping tem mais de 10 mil
metros de área bruta locável (ABL) e 23,7 mil metros de
área total.
Atualmente o Paraná Moda Park recebe 12 mil clientes por
mês, número que deverá ser ampliado em 15%, segundo
o administrador do shopping, Octavio Baroni Junior. O
Divulgação

empreendimento conta com mais de 240 lojas e 800 vagas


de estacionamento.

Novembro 2016
Cocamar Máquinas e John Deere
Divulgação
Controlada pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial,
a Cocamar Máquinas é a nova concessionária John
Deere, fabricante de máquinas e implementos
agrícolas. Por meio da Cocamar Máquinas, a
cooperativa passa a comercializar os principais
produtos da marca – tratores, colheitadeiras,
plantadeiras, pulverizadoras e outros equipamentos,
além de fornecimento
de peças e prestação de assistência técnica em
Maringá, Paranavaí e São Pedro do Ivaí.
Em setembro a negociação foi homologada pelo
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
e em outubro, a Cocamar Máquinas formalizou a
aquisição da Solomar, que há 19 anos mantinha
estrutura de atendimento naqueles municípios.
Nesta fase inicial a empresa ficará sediada no mesmo
endereço da antiga Solomar (às margens da PR-317,
próximo ao Shopping Catuaí).

Revista ACIM /
13
CAPITAL DE // GIRO

Sinduscon divulgará ganhadores de prêmio


Em 25 de novembro acontece um momento esperado pelos empresários da construção civil da região, com a entrega
do Prêmio Sinduscon, Prêmio Sinduscon Fornecedores e Prêmio Academia. A premiação será durante o Encontro
Empresarial da Construção Civil, no Excellence Eventos.
Neste ano 18 construtoras participam do prêmio: A. Yoshii, Cantareira, Catamarã, CCP, Elohim, Design, Lotus, Marluc,
Planespaço, Tuiuti, Scobin, João Granado, Just, Tradição, Metro, Provectum, Sisa e Wegg. As avaliações começaram em
junho e se encerram dias antes da divulgação.
A equipe de avaliação conta com técnicos do Sebrae, Senai e Sinduscon, e com o apoio de representantes do Crea-PR
no auxílio das avaliações dos participantes do Prêmio Fornecedores.
O Prêmio Fornecedores é disputado em 17 categorias, como bloco cerâmico, concreto usinado, lajes, material elétrico,
mármores e granitos, esquadrias de alumínio e compensados. Neste caso, a escolha dos vencedores é feita em duas
fases. Na primeira, as construtoras participantes do prêmio indicam os melhores fornecedores. Na segunda, as duas
empresas de cada categoria com mais indicações passam por auditorias para definição da vencedora. Já o Prêmio
Sinduscon Academia foi criado no ano passado para buscar inovações e pesquisas voltadas à solução de problemas e
desenvolvimento da cadeia produtiva do setor. O Prêmio Sinduscon é realizado desde 2010 pelo Sinduscon e Seconci.

Melhores empresas para trabalhar


A empresa maringaense DB1 Global Software é uma das 150 melhores
empresas para trabalhar no Brasil, segundo a revista Você S.A – o resultado
foi divulgado em 3 de outubro. O guia com as melhores empresas de
2016 foi publicado neste mês e traz companhias de 23 segmentos. A DB1
pertence ao segmento de tecnologia e computação. A maringaense tem,
segundo o ranking, o Índice de Felicidade Total (IFT) de 69,7 – o valor mais
alto no anuário foi de 94,7. O guia está completando 20 anos e conta com
a parceria da Fundação Instituto de Administração (FIA). Todas as empresas
listadas receberam a visita in loco dos jornalistas da pesquisa. As empresas
são avaliadas em relação à gestão estratégica dos objetivos, gestão do
perfil da liderança, gestão de carreira, gestão do conhecimento e educação
corporativa, gestão da participação e autonomia, employer branding, entre
outros. No Paraná 13 empresas integram o ranking, sendo que a DB1 é a única
Divulgação

maringaense; na foto a gerente de RH da DB1, Natália Silveira; a responsável


por recrutamento e seleção, Tamara Mulari; e o diretor Cassio Serea.

Medicamentos produzidos em Maringá


A partir de 2018 o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que é uma empresa pública, produzirá em Maringá 14
medicamentos biológicos e hemoderivados para o Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde anunciou, em 19
de outubro, que investirá R$ 6,4 bilhões para incentivar a produção de medicamentos complexos, insumos e tecnologias
em saúde, o que inclui a construção de três fábricas (Tecpar, Fundação Oswaldo Cruz e Instituto Butantan). Entre os
medicamentos que serão fornecidos por estas indústrias estão alguns usados para o tratamento de câncer, artrite e outras
doenças crônicas que consomem anualmente R$ 1,6 bilhão do orçamento da saúde. Também serão produzidos plasma
de vírus inativado, fatores de coagulação, imunoglobulina e albumina, que custam R$ 1 bilhão por ano para o ministério.
Ainda não foi definido o percentual de produção que caberá a cada laboratório. “Vamos produzir uma parte da demanda
do Ministério da Saúde em medicamentos biológicos e hemoderivados em Maringá, a partir de 2018, quando expiram as
patentes desses produtos. Até lá a nossa estratégia é elaborar contratos, projetos e licitações”, diz o diretor-presidente do
Tecpar, Júlio Felix, que acrescenta que, com a nova demanda, deverão ser gerados 370 empregos diretos no Paraná.
Novembro 2016
Revista ACIM /
15
reportagem // CAPA

// Referência em inovação
O empresário Aleksandro
Walter Fernandes

Montanha é o inventor
do semáforo inteligente,
dispositivo para contar
pessoal e identificador
facial

As invenções
maringaenses que
querem desbravar
novas terras
Ideias inovadoras de
Alexander Graham Bell, Thomas Edison, Leonardo Da Vinci e Alberto Santos Dumont
empreendedores
locais estão atraindo entraram para a história pela curiosidade insaciável e pelas invenções. Hoje conside-
investidores e grandes rados gênios, em suas épocas foram chamados de malucos por suas ideias inovado-
empresas; mas o ras. E é graças a eles que temos telefone, luz elétrica, relógio de pulso, avião e outras
caminho para o
comodidades.
sucesso envolve muita
pesquisa, que chega a Depois vieram muitos outros – talvez não tão famosos – com importantes contribui-
consumir anos ções à vida moderna. E tantos outros virão, ainda que caminhar à frente não seja uma
// Giovana Campanha, tarefa fácil. Na lista de promissores inventores estão alguns maringaenses com inven-
Graziela Castilho e
ções, inovações e protótipos. A tecnologia by Maringá está a serviço da acessibilidade, do
Rosângela Gris
meio ambiente, da mobilidade urbana, da segurança e até da gastronomia.

Novembro 2016
Walter Fernandes

// Gastronomia molecular
O sorvete da Icenow é fabricado com nitrogênio líquido a partir da base desenvolvida pelo proprietário
Lucas Henrique Maldonado da Silva

O cara da inovação A serviço da mobilidade


Profissional da área de tecnologia de informação, Alek- No mesmo prédio, alguns andares abaixo, funciona a
sandro Montanha é praticamente unanimidade quando SeeBoot Soluções Inteligentes, a ‘casa’ do semáforo inte-
o assunto é inovação. Na busca por mentes e invenções ligente: o agente, ou agent em inglês. “Estamos trazen-
criativas made in Maringá, o nome dele foi um dos mais do poder cognitivo para um dispositivo de mobilidade
citados entre os profissionais consultados. E não à toa. urbana. Na prática, o semáforo é um agente de trânsito
Montanha é referência por invenções como o semáforo que assegura mais segurança e fluidez ao trânsito”, resu-
inteligente, o identificador facial e o contador de pessoas me Montanha.
– três tecnologias já disponíveis no mercado. A ideia de ‘humanizar’ o equipamento surgiu durante
“E se eu falar que tenho mais uns oito projetos em anda- a pesquisa de mestrado. “Trabalho com processamento
mento?!”, revela Montanha, aos risos, durante a entrevista de imagens e, em dado momento, percebi que poderia
no escritório de uma de suas empresas, a Tecno Imagem. trazer esse recurso computacional para um dispositivo
É ali que é desenvolvido e aprimorado o sistema de reco- semafórico”, diz. De lá para cá foram seis anos de traba-
nhecimento facial para estacionamentos, cujo objetivo é lho, com o envolvimento de 30 profissionais. O disposi-
reduzir ou eliminar os riscos de furtos e roubos de veículos. tivo possui recursos computacionais que imitam a visão
Nos estacionamentos com Safe Park – nome do equi- humana e permitem, por meio do reconhecimento de
pamento -, além de retirar o tíquete fornecido pelas má- imagens, a tomada de decisões.
quinas na cancela, o motorista tem o rosto registrado em “O equipamento analisa o que está acontecendo em
uma câmera. Resultado de um ano de trabalho, o dis- tempo real e gera o melhor modelo matemático para
positivo extrai características faciais e depois faz a con- semaforização, considerando o ecossistema, e não ape-
ferência dos dados. Na saída, a passagem só é liberada nas o cruzamento, para não gerar gargalos à frente”, ex-
se as informações ‘baterem’. “Se não for a mesma pessoa plica. Outra possibilidade é integrar o semáforo ao Corpo
que estiver dirigindo o carro, a equipe de segurança é de Bombeiros, hospitais e forças policiais para liberação
alertada por meio de um aplicativo no celular”, explica do trânsito para ambulâncias e viaturas.
o empresário. A tecnologia está em funcionamento em Em um futuro próximo, o dispositivo também deve
uma universidade da cidade. assegurar acessibilidade a pessoas com deficiência visu-

Revista ACIM /
17
reportagem // CAPA
al. Informações sobre a movimen-
tação de veículos e a condição do
semáforo – aberto ou fechado para
a passagem – serão repassadas por
meio de um dispositivo no celular, já
em fase de teste.
O primeiro semáforo inteligente
entrará em funcionamento ainda
neste mês em Ivaiporã/PR. Daqui
para frente, a ideia é levar a tecno-
logia para outras cidades brasileiras
e para o exterior. Para tanto, Monta-
nha não descarta levar a produção
em série para fora do país. “O Agen-
te é uma tecnologia maringaense.
O hardware foi projetado aqui. Tive-
mos que importar apenas algumas // Para atividade
peças. No entanto, produzir em sé- física
Proprietário da A8,
rie no Brasil é muito caro”, esclarece. Fábio Cesar Cruzes
Walter Fernandes

está iniciando a
divulgação da
Público preciso linha fitness e
da bicicleta para
Outra invenção de Montanha é o pessoas com
Vision Metrics, finalista do Prêmio paralisia cerebral

InovAtiva Brasil, do Sebrae. O apare-


lho – que, em breve, deve estar dis- “Em breve o equipamento será muns para sorvete, o congelamento
ponível em modelos mais discretos capaz de identificar o sexo e a ida- demorava muito, encarecendo os
e modernos – contabiliza o número de das pessoas, entre outros índices custos e deixando o negócio comer-
de pessoas que entram e saem de interessantes”, adianta Montanha. cialmente inviável, já que o nitrogê-
um recinto. A contagem é feita por Hoje são, ao menos, 50 unidades es- nio líquido não é barato. Desenvolvi
imagens e tem se revelado grande palhadas pelo Brasil. uma base própria e consegui baixar
aliada do comércio varejista. o tempo de congelamento de cinco
“Em uma loja de tecidos de Cas- Delícia congelante minutos para um”, conta.
cavel [oeste do Paraná] identifica- Lucas Henrique Maldonado da Silva De volta a Maringá, o trabalho
mos por meio do dispositivo que caminhava pelas ruas de Londres, acadêmico virou negócio. A primei-
a efetividade das vendas era maior na Inglaterra, quando uma fumaça ra unidade da Icenow foi aberta em
quando o proprietário estava na em- branca saindo de uma sorveteria 2014, no shopping Avenida Center.
presa, porque nestas ocasiões a pos- chamou sua atenção. Curioso, apro- Antes disso, foi preciso adequar o
tura dos vendedores era diferente”, ximou-se e descobriu tratar-se de processo de fabricação à legislação
conta o inventor. “Além de extrair os um processo de fabricação de sor- brasileira e encontrar fornecedores
dados sobre os visitantes, fazemos a vete envolvendo nitrogênio líquido. de nitrogênio líquido.
análise do que está acontecendo no Depois de provar e aprovar o produ- A loja aposta em sorvetes pre-
negócio”, completa. to, decidiu apostar na ideia. parados na hora. O cliente escolhe
Esse serviço ‘extra’ é apontado Na época, em 2013, Silva estudava a combinação de sabores e assiste
como o diferencial do equipamen- na Espanha e usou o tempo na uni- ao processo de fabricação. São 15
to que tem vários concorrentes no versidade em Tarragona, cidade 80 sabores, sendo quatro alcoólicos. O
mercado. “Estamos em vantagem quilômetros distante de Barcelona, cardápio oferece desde opções tra-
no preço e na tecnologia”, reforça o para desenvolver uma base própria dicionais, como abacaxi e chocolate,
empresário. Ele explica que o uso de usando a chamada gastronomia mo- até os exóticos de amora, Amarula
duas câmeras ajuda a eliminar inter- lecular. Foram 18 meses de trabalho. e espumante com morango. Den-
ferências como sombras e reflexos. “Nos testes iniciais, com bases co- tro da ação sabor do mês já foram

Novembro 2016
testadas as opções de Panetone e now ganhou uma segunda unidade quina se movimentando.
Chocotone. no ano passado. A nova loja foi aber- “Quando a pessoa faz uma rema-
Outro diferencial é o teor calórico ta no shopping Catuaí. E, em breve, da, por exemplo, automaticamente
do produto, segundo o empresário, a marca deve chegar a outras cida- força a coluna porque o movimento
inferior aos tradicionais. O núme- des e estados. Isso porque Silva e os leva o corpo ao encontro do equipa-
ro de calorias é menor devido ao dois sócios, Hugo Eidi e José Gabriel, mento. Nesta nova linha, a estrutu-
fato do processo descartar o uso de concluíram, em agosto, a formata- ra da máquina se movimenta com
emulsificantes, estabilizantes e con- ção da franquia. Os investimentos o equipamento, adaptando-se ao
servantes. O sorvete também é tido na marca já somam R$ 500 mil des- corpo, impedindo o esforço extra”,
como mais saudável por não usar de o início. explica o empresário.
saborizador artificial. “Utilizamos a Além de se adaptar ao corpo hu-
própria fruta em vez do pó”. Do fitness a inclusão social mano, outra facilidade ofertada pela
O processo de produção do sor- Uma experiência única. É o que máquina é a contagem das repe-
vete é uma atração à parte. O nitro- promete o empresário Fábio Cesar tições de exercício e do tempo de
gênio líquido, que atinge uma tem- Cruzes, da A8 Metal Concept, com descanso entre uma série e outra.
peratura de -196ºC, é adicionado à a linha de equipamentos fitness Resultado de dois anos e meio
base na frente do cliente. Os dois fit-e, que deve ser lançada em bre- de trabalho, a linha foi pensada e
ingredientes são misturados por al- ve no mercado. À primeira vista, os desenvolvida por profissionais de
guns minutos numa batedeira até a equipamentos desenvolvidos para a várias áreas, como ergonomia e bio-
fumaça desaparecer. Do pedido até prática de atividades físicas, não di- mecânica. Do total de 15 máquinas,
a entrega do produto são, em mé- ferem em nada dos já disponíveis no 12 já estão finalizadas. O trabalho de
dia, cinco minutos. mercado. Mas basta iniciar o exercí- montagem é feito no espaço ocupa-
Sucesso entre a clientela, a Ice- cio para ‘sentir’ a diferença da má- do pela A8 no barracão da Incuba-

Revista ACIM /
19
reportagem // CAPA
dora Tecnológica de Maringá.
Há cerca de dois meses, Cruzes
deu início à divulgação do produ-
to e espera ter retorno financeiro já
no próximo ano. O custo médio de
cada máquina deve ser inferior a R$
9 mil, considerado competitivo pelo
inventor, principalmente se compa-
rado aos produtos importados.
Paralelamente à produção da li-
nha fitness, os funcionários da A8
trabalham na fabricação de uma
tricicleta sem dispositivo mecânico
Walter Fernandes

de propulsão para pessoas com pa-


ralisia cerebral: a Petra. O invento, se-
gundo Cruzes, serve tanto como an-
dador como para prática esportiva.
// Comercialização até o final de 2017
“Ela assegura mobilidade e ajuda no Laissa Correa Graciano, da Skintech Tecnologia, empresa que está desenvolvendo um
desenvolvimento motor de quem princípio ativo natural, com ação antibactericida e antifúngica

tem esse tipo de dificuldade”.


A tricicleta possui rodas e ângulos Ao utilizar essa matéria-prima na lhantes no mercado, mas o diferen-
diferenciados, além de acento e en- fabricação de escova de dente, por cial do TMC-7 é que não há metal
costos com regulagens. Os encaixes exemplo, a sócia da Skintech Tecno- pesado na composição, eliminan-
rápidos são outro diferencial para logia, Laissa Correa Graciano, explica do a possibilidade de contaminar o
permitir que ela possa ser facilmen- que o agente químico elimina e ini- alimento. “Utilizamos somente ele-
te transportada. be a formação de micro-organismos mentos naturais e inofensivos aos
Segundo o empresário, o custo sem alterar a textura e a qualidade seres humanos e ao meio ambien-
ainda é elevado porque a produção dos produtos. “Fizemos teste com te. Além disso, é um material total-
é artesanal, porém, a expectativa de aplicação em papel filme utilizado mente reciclável”.
que a Petra seja incluída como mo- para envolver frutas e verduras. O A Skintech Tecnologia, inclusive,
dalidade paraolímpica nas próximas efeito chega a aumentar a vida útil já foi procurada por grandes empre-
edições tende a popularizar e bara- dos alimentos por evitar o conta- sas do segmento alimentício e de
tear o invento. “Calculamos um valor to com bactérias e fungos”, enfati- higiene interessadas em lançar li-
entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil, depen- za, citando que o biocida pode ser nhas de produtos com a nova tecno-
dendo do modelo”, finaliza. aplicado em produtos de higiene, logia. A expectativa é que até o final
odontológicos, alimentícios, biomé- de 2017 o agente fique pronto e seja
Contra bactérias e fungos dicos, entre outros. comercializado no mercado interno
Outra empresa instalada na Incu- De acordo com a empresária, o e externo. “O processo de pesquisa
badora Tecnológica de Maringá é a foco é aplicar o Biocida TMC-7 em é um pouco demorado, porque são
Skintech Tecnologia, que tem pro- produtos com característica des- análises complexas e os compostos
duto em fase de teste. A parceria cartável - os testes e análises estão que utilizamos são encomendados
com a Universidade Estadual de Ma- sendo feitos no laboratório especia- de acordo com as especificidades
ringá (UEM) e com a Financiadora lizado em polímero instalado na in- técnicas que precisamos para avan-
de Estudos e Projetos (Finep) viabi- cubadora. “Agora, estamos aperfei- çar os testes. Já temos a marca re-
lizou o projeto Biocida TMC-7. Trata- çoando o biocida natural para que gistrada e quando estiver concluído,
-se de um princípio ativo natural em seja aplicável em diversos tipos de vamos patentear”, acrescenta.
forma de pó que, ao ser incorporado polímeros e para que ganhe viabi- Para que o potencial do laborató-
em polímeros (diferentes tipos de lidade comercial e competitiva”, ex- rio não fique ocioso por ser utilizado
plástico), gera ação antibacteriana e plica Laissa. apenas para o desenvolvimento de
antifúngica. Existem outros produtos seme- um projeto, a empresária ressalta

Novembro 2016
Revista ACIM /
21
Walter Fernandes reportagem // CAPA

// Contra a poluição
Fábio Marciano apresenta o ECØ, que promete reduzir em até 90% a produção de monóxido de carbono

que a estrutura está disponível para de açúcar. do potencial foram fatores que cha-
as indústrias de plásticos que preci- Os testes de opacidade, para aferir maram a atenção de um grupo de
sam de serviços de análise para con- o nível de emissão de fumaça, e os investidores de risco de empresas
trole de matéria-prima. A Skintech laudos apontam que o equipamen- nascentes de base tecnológica (seed
Tecnologia faz parte do Núcleo Seto- to reduz em até 90% a produção de money) em uma rodada de investi-
rial das Indústrias de Plástico, no qual monóxido de carbono e hidrocar- mentos. Só que uma das condições
também coloca o laboratório à dispo- bono (HC), reduz até 60% da fuma- estabelecidas pelos investidores foi
sição para cooperar com inovação. ça preta de motores a diesel, o que, instalar a fábrica em São Carlos/SP.
por consequência, aumenta a dura- “Queríamos que a fábrica fosse em
Abaixo a poluição bilidade do motor. O tamanho do Maringá, mas isto não foi possível”, la-
O equipamento que reduz carbono mercado também ajuda a explicar menta o empreendedor Fábio Farias
produzido pela Execonomy ainda o tamanho do interesse pelo ECØ. O Marciano, que tem como sócios Do-
nem entrou na linha de produção, já Brasil tem mais de 80 milhões de ve- mingos Aioufe e Josué Cabral. Aliás,
que a fábrica só passará a operar em ículos em circulação, segundo o Ins- o equipamento foi desenvolvido por
fevereiro ou março do ano que vem, tituto Brasileiro de Geografia e Esta- Cabral cerca de dez anos atrás para
e há uma alta demanda pelo produ- tística (IBGE), fora os mais 2,5 milhões diminuir a quantidade de fuma-
to vindo de transportadoras, monta- que são emplacados no Brasil por ça emitida por um gerador em um
doras, empresas de locação de gera- ano, segundo a Federação Nacional hospital. O projeto ficou ‘engavetado’
dores a diesel e até de barcaças de da Distribuição de Veículos Automo- até, há cerca de dois anos, ganhar os
transporte fluvial. Tamanha procura tores (Fenabrave) – desde 2009 foram novos parceiros.
tem explicações: o ineditismo do emplacados, anualmente, mais de Uma das formas para criar mais
equipamento e os resultados em tes- três milhões, à exceção do ano pas- demandas para o produto é a articu-
tes feitos por órgãos públicos como sado, devido à crise. lação de uma lei para tornar obriga-
os Detrans do Paraná, Santa Catarina Os números tão positivos na fase tória a redução de poluentes nos veí-
e Bahia, avaliadores privados e usinas de testes e considerando o merca- culos. Como não há um equipamento

Novembro 2016
Revista ACIM /
23
reportagem // CAPA
semelhante no país, o ECØ terá um Startups em Maringá mente e venture capital (investidores
amplo mercado para explorar. de risco) para financiar startups.
Os empreendedores também têm O que é startup? 160
Um projeto de
disponibilizado os equipamentos Mentoria
base tecnológica
para frotistas fazerem testes. E nova- que começa O Sebrae tem ajudado na orienta-
mente os resultados são animado- pequeno, mas ção (mentoria) aos empreendedo-
res: em cinco meses o investimento com potencial de res, tanto pelos próprios consultores,
crescimento
é pago. Isso sem contar que com o exponencial, quanto por meio de empresários
equipamento, acabam-se as multas baseado em um locais. “Ajudamos na elaboração do
geradas por caminhões muito po- modelo de modelo de negócio e a captar inves-
luentes. A peça é instalada, com faci-
negócio inovador, 79 tidores”, comenta Erica. Nos dias 4 e
com capacidade
lidade, na linha de combustível pelo de se transformar 5 deste mês, por exemplo, um grupo
próprio mecânico do cliente. em uma empresa de 40 empreendedores de Maringá e
de alto impacto.
Com peso que varia de 1 a 20 qui- Londrina participará de um encontro
los, conforme o veículo em que será estadual de startups.
instalado, o redutor tem sido pro- 23 Outra forma de ajudar os donos de
duzido de forma ‘artesanal’. Em três NÚMERO DE ideias inovadoras é o programa Trilha
STARTUPS NA
anos, a indústria em São Carlos terá CIDADE Startup, com duração de cinco me-
capacidade inicial de produzir 10 mil 2014 2015 2016 ses. Os consultores ajudam na con-
peças por mês, gerando de 200 a 300 Fonte | Sebrae
cepção e na apresentação do projeto
empregos diretos. A expectativa é aos investidores, normalmente em
que em 2018 parte da produção seja ser usados mediante pagamento e um tempo curto, que varia de 30 se-
destinada ao mercado internacional. o empreendedor pode compartilhar gundos a cinco minutos, conforme
telefone, secretaria, salas de reuniões, estipulado pelos investidores. A pró-
Startups entre outros). xima chamada para a inscrição no
Marciano encontrou investidores gra- O ambiente propício tem ajudado programa será em março. Para par-
ças a ajuda do Centro de Inovação de a elevar o número de startups em Ma- ticipar, é necessário pagar uma taxa
Maringá (CIM) e do Sebrae-PR. Ele foi ringá, que cresceu sete vezes em dois de R$ 150 e ter o projeto aprovado
convidado a participar de um evento anos. De acordo com mapeamento do por uma banca avaliadora.
em abril para apresentação a fundos Sebrae, em 2014 eram 23 as startups Outra frente de trabalho do Se-
de investimentos, junto com outros 28 maringaenses, número que subiu para brae é a formação de grupos de in-
projetos maringaenses – na ocasião só 79 no ano passado e para 160 neste vestidores locais. Cada grupo deverá
a Execonomy atraiu investidores. Mas ano, muitas estão ‘incubadas’ em em- ter cerca de R$ 1milhão para investir
os empreendedores de projetos de presas, universidades ou centros de em projetos. Estes investidores ma-
base tecnológica com potencial de pesquisa, são as chamadas spin offs. ringaenses poderão também contri-
crescimento exponencial, baseado Mas é preciso desmistificar a ideia de buir com orientações ao modelo de
em um modelo inovador, as chama- que os empreendedores vão enrique- negócio, as mentorias.
das startups, encontram um ecossiste- cer rápido e sem muito trabalho só Ao conseguir investidores, as star-
ma interessante em Maringá. Trata-se porque tiveram uma boa ideia. “É uma tups, segundo Erica, devem negociar
de um ambiente em que participam ideia glamourizada. Não é a criação de uma margem menor de participação
diversos atores de apoio e suporte ao qualquer aplicativo que vai deixar o na empresa para que, no futuro e com
desenvolvimento de startups, o que dono da ideia rico. Pelo contrário, isto o projeto bem-sucedido, sejam capta-
inclui o Sebrae, CIM, os movimentos é raro”, diz a gestora do projeto Startup dos investidores maiores. O percentual
Papo Universitário e Startup Maringá, e de TI do Sebrae, Erica Sanches. de investimento dos fundos varia con-
Arranjo Produtivo Local de Software, Erica diz que faltam bons projetos forme o grau de maturidade do proje-
universidades, além de três empresas para receber investidores. Em 2015, to, mas em geral o aporte costuma ser
de compartilhamento de espaços, os segundo a Associação Brasileira de Pri- de 30 a 40% do valor da ideia. Em Ma-
co-workings, que oportunizam a troca vate Equity e Venture Capital (Abvcap), ringá já há escritórios de advocacia se
de ideias, conhecimentos e redes de havia mais de R$ 1 bilhão em recursos especializando em contratos de com-
relacionamentos (os espaços podem disponíveis nos fundos de capital se- pra e sociedade em startups.

Novembro 2016
A TECNOLOGIA PODE
MUDAR A SUA EMPRESA!

Sistemas para Gestão e Inovação

ACCION.COM.BR 3225-8686
25
Revista ACIM /
Agronegócio //

A salvação da
Uma imensa empresa a céu aber-
to. Essa é a visão que o produtor
deve ter dos seus negócios na agri-
cultura. Afinal, o agricultor precisa

lavoura está na
estar atento ao mercado nacional
e internacional; precisa acompa-
nhar a meteorologia e se preca-
ver de fenômenos naturais, como

produtividade
a La Niña, que deve afetar (ainda
que moderadamente) a próxima
colheita; e, principalmente, neces-
sita de informações envolvendo
tecnologia para aumentar a pro-
dutividade.
A projeção para a próxima safra de soja é cautelosa, afinal Estados Unidos Com o plantio da soja iniciado
devem registrar produção recorde e o dólar está em queda; produtor que em setembro em todo o Paraná,
investe em tecnologia sai na frente devendo ocupar mais de 5,2 mi-
// por Wilame Prado
lhões de hectares, começaram-se
as projeções para a safra 2016/17.
Ivan Amorin Afinal, o que o agricultor pode
vislumbrar para o ano que vem,
levando em consideração a produ-
ção recorde que se projeta nos Es-
tados Unidos e a baixa do dólar no
país – fatores que tendem a reduzir
o valor pago à saca da soja brasi-
leira? Para o presidente da Coca-
mar, Divanir Higino, o cenário pede
cautela, mas o produtor que tem
investido na busca pela produtivi-
dade sofrerá menos com possíveis
quedas de preços do grão.
“É um momento desafiador, de
incertezas, mas a China, grande
importadora mundial e principal
compradora da soja brasileira, tem
feito pesadas aquisições, o que ga-
rante uma certa sustentação ao
mercado. Cabe ao agricultor, en-
tretanto, continuar fazendo a sua
parte, que é produzir bem”, afirma.
Segundo ele, em Maringá e re-
gião observa-se uma grande di-
ferença entre as médias de pro-
dutividade rural. “Aqueles que
conseguem evoluir, incorporando
tecnologias e conhecimentos, di-
// Desafios luem seus custos. Já os que não
“É um momento de incertezas, mas a China, principal compradora da soja brasileira,
tem feito pesadas aquisições. Cabe ao agricultor continuar produzindo bem”, afirma conseguem investir e se mantêm
Divanir Higino, da Cocamar na mesma média ano após ano, as

Novembro 2016
Walter Fernandes

// Agricultor é cauteloso
A TCP Peças para tratores registrou queda de 20% nas vendas este ano, mas Éderson Meotti espera melhoras

chances de continuidade são me- ram sobreviver. Mas sabemos que 63 sacas por hectare. A explica-
nores”. um ciclo é formado de altos e bai- ção para a queda no ano passado
Higino lembra que a atividade xos. É melhor estar preparado.” foram as chuvas no momento da
agrícola é composta por períodos colheita. Claro, que este aumen-
cíclicos, envolvendo temporadas lu- Novos equipamentos to da produtividade da década
crativas e períodos mais nebulosos. Ainda que neste ano não tenha de 80 para os dias atuais não foi
Isso acontece porque o produtor comprado nenhum maquinário, mérito apenas do produtor. É que
rural nada pode fazer em relação o produtor Luís Antônio Cremo- os adubos evoluíram, há produ-
ao clima e ao mercado. Resta, por- neze Gimenez sempre investe na tos modernos para correção de
tanto, melhorar sempre a produti- propriedade. No ano passado ele solo, entre outras inovações. Para
vidade. “Mesmo em anos de preços adquiriu um pulverizador e uma a soja que será colhida a partir de
e clima favoráveis, o produtor não plantadeira e faz planos de, se a janeiro, ele estima que serão 60
pode perder de vista a necessidade safra for boa, comprar uma colhei- sacas por hectare. “Vai depender
de se aprimorar. Quem não se pre- tadeira no ano que vem. do clima”, reforça.
para, não tem como suportar perío- Se na década de 80, o produtor Ainda que a meteorologia tenha
dos de cotações em baixa.” colhia na propriedade em Floraí/ grande impacto nos negócios, Gi-
E faz o alerta: “Estamos vindo de PR uma média de 38 a 40 sacas menez continua fazendo sua parte:
uma sequência de, pelo menos, de soja por hectare, no ano pas- tem um técnico agrícola entre os
dez anos de cotações remunerado- sado este número subiu para 54 funcionários e conta com o traba-
ras para a soja, em que, por sorte, sacas, abaixo do recorde da safra lho e conhecimento da filha enge-
até os menos eficientes consegui- de 2014, quando foram colhidas nheira agrônoma.

Revista ACIM /
27
Agronegócio //

Cooperativas ‘Melhores & Maiores - as 1000 Maio- Produção x receitas


No Paraná, o produtor que anseia res Empresas do Brasil’, publicado
de soja por hectare
por uma atividade mais organizada na revista Exame neste semestre.
Produção de sacas/ha
e profissionalizada está amparado No ranking, a Cocamar ficou em Custo de produção
pelo sistema cooperativo, que ofe- 22º na categoria ‘riqueza gerada Receita sacas/ha
rece respaldo de profissionais das por empregado’, além de figurar
mais variadas áreas, o que também entre as 50 maiores empresas ex-
54
serve de estímulo para que se possa portadoras brasileiras em comércio 41 45
melhorar sempre os índices de pro- por vendas.
30 32
dutividade. 28
Higino destaca a realização de Reflexo na cadeia produtiva 22
centenas de eventos técnicos na Quando o campo vai mal, a cidade 17
Cocamar no decorrer do ano, que sofre, principalmente no interior.
11
auxiliam no aprimoramento da ati- “Apesar de diversificada em maté- 2014 2015 2016
vidade rural. “Muitos só sobrevivem ria de prestação de serviços, Marin- FONTE | Cocamar
e prosperam em seus negócios por- gá ainda é muito dependente dos
que estão organizados, unidos e resultados da agricultura. Por isso,
fortes sob o guarda-chuva da sua o impacto de uma safra frustrante,
cooperativa.” por exemplo, acaba refletindo em para Tratores. Além da crise econô-
Respondendo por 56% do PIB todos os segmentos da sociedade.” mica e da safra reduzida, ele cita a
agropecuário do Paraná e com fatu- Higino cita a safra 2015/16, quando alta dos impostos como vilã para os
ramento de R$ 60,3 bilhões no ano houve redução de 20% na produ- negócios em sua empresa. “Nossas
passado, contra R$ 50,51 bilhões tividade das lavouras de soja (em vendas neste ano tiveram uma que-
em 2014, as cooperativas agrícolas média) devido a fatores climáticos. da de cerca de 20% em relação ao
paranaenses são recorrentemente Quem percebeu a retração no se- ano passado. Com aumento de im-
destacadas em prêmios e rankings. tor agrícola foi o empresário Éder- postos, principalmente no Paraná,
O mais recente foi o ranking anual son Meotti, diretor da TCP Peças ficou quase inviável para os nossos
Walter Fernandes
clientes de fora do estado comprar
aqui.”
Ainda assim, o diretor não perde
o otimismo. Vem acompanhando
de perto o plantio de soja em Ma-
ringá e região e diz esperar melho-
ras, principalmente com a vinda da
colheita da safra. Meotti diz consi-
derar o mercado para peças e im-
plementos agrícolas extremamente
promissor na cidade. Prova disso é
que, em 2012, transferiu a empresa
de Umuarama para cá.
O truque continua sendo o ve-
lho e bom atendimento rápido e
exclusivo, sem distinção. O empre-
sário alega que, em momentos de
crise, muitos agricultores resistem
na hora de investir em peças novas,
genuínas e com qualidade. No en-
tanto, acabam voltando à loja para
// Para fidelizar consertar o estrago. “O agricultor,
Os vendedores da Ellenco Iveco têm ido visitar os agricultores diretamente no
campo; na foto o diretor Alexandre Faride Pereira desde sempre, é cauteloso com

Novembro 2016
Revista ACIM /
29
Agronegócio //

// Desconto à vista
Dono da Incoa, que oferece soluções em
nutrição vegetal, o engenheiro Luiz Flavio
Monteiro Porto diz que o agricultor estava
descapitalizado na última colheita
Walter Fernandes

os gastos, isso já vem de gerações. para o solo. Também oferecemos nária Ellenco Iveco tem adotado.
Quando o mercado se encontra em aos produtores melhor preço à vis- Segundo o diretor comercial e de
crise, muitos acabam recorrendo a ta, qualidade dos produtos e lança- pós-venda, Alexandre Faride Perei-
outros recursos, como peças usadas mento de fórmulas”, considera. ra, os vendedores estão indo visi-
ou até marcas similares, justamen- Independentemente de proje- tar os agricultores diretamente no
te para baratear os custos, mas na ções e possíveis baixas no merca- campo, buscando a fidelização e
maioria das vezes não compensa”, do, o presidente da Cocamar tam- permitindo que as promoções não
afirma. bém não perde a esperança e cita deixem de ser informadas.
um dado importante: estudos das Aliado aos sacrifícios que a con-
Produção 50% maior Organizações das Nações Unidas cessionária tem feito para lidar com
O engenheiro agrônomo Luiz Flavio (ONU) indicam que até 2050 a po- o poder de compra reduzido e a
Monteiro Porto enxergou prosperida- pulação global vai aumentar dos dificuldade de crédito, ele diz que
de no ramo de insumos agrícolas nos atuais sete bilhões de indivíduos a iniciativa tem dado certo. “Após
anos 1980, quando fundou a Incoa para nove bilhões e o mundo terá ter havido uma certa readequação
em Maringá, que oferece ao produtor que ampliar em 50% a produção de no cenário político nacional, o setor
rural soluções em nutrição vegetal. alimentos. vem demonstrando uma retomada,
Para ele, não existe crise no cam- “Para os produtores brasileiros, ainda que tímida. Por outro lado, as
po. “A agricultura não para. Todo isto é uma grande oportunidade, vendas para o setor agrícola têm re-
ano, os agricultores têm que com- uma vez que, de acordo com o mes- presentado uma parcela maior da
prar fertilizantes, pois são com es- mo estudo, 40% desse acréscimo lucratividade das concessionárias
ses insumos que se obtêm maior terá que sair dos campos do Brasil, de caminhões”, diz Pereira.
produtividade”, considera. um dos poucos países que ainda O diretor dá detalhes de outras
Mesmo entusiasmado, o enge- têm fronteiras agrícolas. O mundo medidas tomadas para que as ven-
nheiro agrônomo reconhece, po- precisa de comida”, finaliza Higino. das não caiam: “quando todos se
rém, que, na última safra, o produ- livraram dos estoques, optamos
tor estava descapitalizado, podendo Vendedores de botinas por manter um estoque regulador
pagar pelos serviços apenas na co- O ditado diz que se ‘a montanha saudável, atendendo o cliente com
lheita. “Orientamos os agricultores não vai a Maomé, é Maomé quem o modelo de veículo a pronta entre-
a fazer sempre as análises de terra. vai à montanha’. Pois esta é uma ga. Isso, sem dúvidas, tem sido um
Com isso só é usado o necessário das estratégias que a concessio- diferencial.”

Novembro 2016
Revista ACIM /
31
opinião //

Reino da
ignorância e do
imediato
Vamos falar do que “não interes- de educação. cados, mesmo quando o ignorante
sa”, a Educação. A afirmação pode Que escola teria crise diante paciente não o necessita.
parecer irônica, mas é essa a con- de um aluno capaz de detectar o Assim podemos falar do enge-
clusão quando penso no com- professor ignorante, com falta de nheiro, do psicólogo, do contador
portamento diante dos nossos formação, despreparado e ‘recla- e de todas as profissões. Porém, a
problemas diários, crônicos e, apa- mão’? Nenhuma. Mas o aluno sem política nos dá o exemplo maior,
rentemente, insolúveis. A educa- o hábito de estudar, pensando até para fechar nossa discussão. Os
ção não nos interessa. nos prazeres imediatos, indispõe- homens públicos refletem imensa-
Os nossos problemas poderiam -se com os docentes que levam o mente nossa ignorância. O discur-
ser resolvidos se não houvesse tan- trabalho a sério. Quando os igno- so da campanha não é o realizável,
ta ignorância. A instrução elimina- rantes se encontram, costumam e sim o improvável. Nos coloca à
ria, um por um, violência, desem- construir uma convivência de va- frente uma solução vinda da ‘cane-
prego, doença, falta de transporte, lores rasos e improdutiva. tada’ e da vontade política. Porém,
poluição e endividamento. Nada A mesma lógica serve para o mé- a vontade nunca vem e a ação não
sobraria para lamentar. Tudo tería- dico açougueiro e o paciente des- se realiza. Para que resolver o pro-
mos para nos orgulhar. protegido da mínima informação. blema? Não se pode perder o elei-
Contudo, a ignorância é o ali- Enquanto um ignora a solução, o tor ignorante.
mento da desgraça. Inúmeras outro está à espera de um milagre. A Acredito na mudança. Mas a
profissões exercidas por pessoas saúde preventiva deveria estar tanto maioria não se dá pela alteração da
de má formação e, muitas vezes, na formação do profissional de saú- lei ou pela ação de um gestor pú-
por consequência, de má índole, de quanto no cotidiano do cidadão. blica. Se dá pela alteração dos nos-
obtêm sucesso no mar do desco- Porém, com isso, haveria um nú- sos hábitos, de nossa forma de agir
nhecimento e pouca racionalida- mero menor de farmácias, de hos- com o futuro, de pensar um pouco
de. Do médico ao advogado, do pitais, de clínicas, de ambulâncias, mais além.
engenheiro ao professor, do líder de consultórios, de laboratórios e Se queremos acabar com nossos
religioso ao governante: em todos de médicos com ganhos e privilé- problemas, temos que ser a solu-
os ramos da atuação profissional gios excessivos financiados por em- ção construída e não um lamento
colhemos o que plantamos, a falta presas que fabricam remédios indi- a espera de uma interferência divi-
na. Não há salvador, somos nossa
salvação. Não há segredo, a respos-
// Gilson Aguiar é graduado em História e mestre em História e ta é Educação com conteúdo, co-
Sociologia; é âncora e comentarista da Rádio CBN Maringá nhecimento, ciência e consciência.

Novembro 2016
O Cooper Cesta Alimentação Natal subsstui as tradicionais
cestas sicas de Natal. Quem recebe adora, porque permite
adquirir, além dos produtos tradicionais, frutas, verduras,
alimentos perecíveis e até mesmo o tradicional peru,
garannndo uma ceia perfeita e com liberdade de escolha.

Acesse www.coopernatal.com.br.
Quer saber mais? Entre em contato com um consultor Cooper Card.
Telefone: 0800 200 6263 | 44 3220 5400
Leia o QR Code através de um App
E-mail: sejacliente@coopercard.com.br. instalado em seu smartphone e
conheça o Hotsite da Campanha.

Revista ACIM /
33
Novembro 2016
Revista ACIM /
35
direito //

Vai executar música em local


público? Tem que pagar
Responsável pelo recolhimento e distribuição do direito autoral para músicos, Ecad arrecadou mais de R$ 1
milhão nos nove primeiros meses do ano em Maringá; até empresas que reproduzem programação de rádio
devem pagar // por Graziela Castilho

Divulgação

// Locais de frequência coletiva


Emissoras de rádio e TV, casas noturnas,
bares e outros estabelecimentos que
disponibilizem música ou TV para clientes
devem pagar autorização ao Ecad

Cobrar os direitos autorais de obras musicais utilizadas de utilização musical. “A música é o nosso produto prin-
publicamente por empresas ou profissionais e distribuir cipal, acho justo cooperar, embora também pagamos
os valores aos titulares (músicos, compositores, intérpre- cachê para as bandas que se apresentam no estabeleci-
tes, editores e produtores fonográficos) são os principais mento. Respeitamos as regras do Ecad para nos manter
objetivos do Escritório Central de Arrecadação e Distribui- corretos perante a lei. Tendo destinação correta, a cobran-
ção (Ecad). Trata-se do único órgão do Brasil autorizado ça é justa”, diz o sócio Osler Colombari Filho.
a liberar o uso de obras musicais, de acordo com a Lei O músico e produtor cultural Paulinho Schoffen con-
Federal 9.610/98. corda que os artistas precisam ter o retorno financeiro pe-
Em Maringá, somente de janeiro a setembro deste ano las obras utilizadas em produções de terceiros. Ele mes-
foram recolhidos mais de R$ 1 milhão. Nesse montante mo utiliza músicas em seus projetos e o Ecad faz cálculos
está a contribuição do MPB Bar, que desde o início das específicos de acordo com as características do evento.
atividades, há 17 anos, paga mensalmente a autorização “Meu trabalho é planejar, elaborar e executar projetos cul-

Novembro 2016
// Pagamento é
obrigatório por lei
“Há casos em que
o valor dos direitos
autorais contribui
para encarecer e até
inviabilizar o projeto”,
diz o produtor
Paulinho Schoffen
Walter Fernandes

Divulgação

// Valor é pago mensalmente


Osler Colombari Filho, do MPB Bar: “respeitamos as regras do Ecad para
nos manter corretos perante a lei”

Revista ACIM /
37
direito //
turais. Geralmente crio produções de que é fornecida por meio do paga-
shows, e mesmo que o artista inter- mento da retribuição autoral. Por-
prete música de autoria própria, te- tanto, devem contribuir emissoras
nho de pagar, obrigatoriamente, os de rádio e TV, promotores de shows
direitos autorais”. e eventos, bares, restaurantes, salões
Schoffen destaca a importância de baile, casas de show, hotéis, cine-
do respeito às obras intelectuais, mas, lojas, shoppings, supermerca-
mas comenta que os valores cobra- dos, cinemas, academias, hospitais,
dos pelo Ecad têm grande influência consultórios ou qualquer outro esta-
nos custos da produção. “Há casos belecimento que disponibilize mú-
em que o valor dos direitos autorais sica ou TV para clientes.

Divulgação
contribui para encarecer e até invia- “As emissoras de rádio e TV pa-
bilizar o projeto. Porém, é um custo gam direito autoral para transmitir
obrigatório por lei”. suas programações e o uso por ter-
// 5 milhões de fonogramas
ceiros, como consultórios médicos, “As emissoras de rádio e TV pagam direito
Não é imposto, é autorização caracteriza uma nova utilização, ca- autoral para transmitir suas programações
e o uso por terceiros caracteriza uma nova
A licença permite que seja utilizada bendo uma nova autorização e um utilização”, explica Augusto de Freitas, do
Ecad Paraná
qualquer música protegida e regis- novo pagamento”, explica Freitas. O
trada no banco de dados do Ecad: cálculo do direito autoral é realizado
são quase 5 milhões de fonogramas de acordo com os critérios estabele- que o Ecad esgota as tentativas de
registrados. cidos na tabela do Regulamento de negociação junto ao usuário de mú-
O gerente da unidade do Ecad no Arrecadação, definidos pelas associa- sica para, só então, recorrer ao poder
Paraná, Augusto de Freitas, esclarece ções de música que administram o Judiciário. No caso de multa, quem
que o órgão é administrado por sete Ecad. A tabela e os critérios estão dis- define o valor é a Justiça e o valor é
associações que representam milha- poníveis em www.ecad.org.br. repassado aos artistas.
res de titulares de obras musicais na- Os valores são calculados por meio “O Ecad sempre busca evitar as
cionais e estrangeiras. “É preciso sa- da análise de importância da música ações judiciais e não deseja que as
lientar que o valor não é uma taxa ou para o negócio e por um percentual empresas sejam motivadas a dei-
imposto, mas uma autorização para sobre a receita bruta, isto é, quando xar de utilizar a música devido ao
a utilização de músicas registradas há venda de ingressos, couvert (co- pagamento da licença. No entanto,
e protegidas pelo sistema de gestão brança a mais pela apresentação ar- temos de cumprir a missão de pro-
coletiva musical, que é composto tística) ou qualquer outra forma de teger o direito autoral para que os
pelo Ecad e pelas associações”. cobrança para que as pessoas pos- artistas possam viver da arte e man-
Em 2015, por exemplo, Freitas infor- sam adentrar no local da execução ter o digno trabalho de fazer músi-
ma que mais de 155 mil titulares foram musical. ca”, justifica Freitas.
beneficiados com o repasse de direi- Nos casos em que não há receita, Presente em todos os estados do
tos autorais em todo o Brasil. Dos valo- o calculo é feito por região socioe- Brasil, o Ecad tem sede no Rio de
res arrecadados, 82,5% são repassados conômica. O Ecad também leva em Janeiro/RJ, 37 unidades próprias e
aos artistas filiados e 5,5% são entre- conta a atividade do usuário, o tipo 53 agências credenciadas – Maringá
gues às associações para as despesas de utilização da música (ao vivo ou não tem unidade própria nem agên-
operacionais. Para o Ecad é destinado mecânica) e a área sonorizada. “O cia, e quem responde pelo relaciona-
o restante, pouco mais de 12%, para a pagamento pode ser mensal ou mento com os empresários e produ-
administração das atividades. eventual, dependendo da periodici- tores locais é a unidade de Curitiba/
dade da utilização da música”, com- PR. Os técnicos, identificados com
Licença pleta Freitas. crachá funcional, cumprem um ro-
A lei de direitos autorais determina teiro de visitas aos estabelecimentos
que qualquer pessoa ou estabele- Processo judicial que utilizam música para orientar
cimento que deseja utilizar música As empresas que não pagam a li- sobre a existência da lei de direitos
em local de frequência coletiva deve cença podem responder judicial- autorais, esclarecer dúvidas e realizar
solicitar ao Ecad uma licença prévia, mente. Antes, porém, o gerente diz a cobrança, quando devida.

Novembro 2016
Revista ACIM /
39
MARINGÁ // HISTÓRICA

O cemitério municipal de Maringá


Com dez alqueires, local tem cerca de 60 mil pessoas sepultadas; obras na gestão de João Paulino Vieira Filho causaram
polêmica // por Miguel Fernando

Se considerarmos o traçado de Jor-


ge de Macedo Vieira para Maringá, o
Cemitério Municipal foi fundado em
10 de maio de 1947. No entanto, ele
passou a ser efetivamente utilizado na
gestão de Inocente Villanova Júnior,
embora viesse a ganhar a atual facha-
da anos mais tarde.
Embora o cemitério tenha sido de-
clarado no relatório da gestão de Villa-
nova Júnior (1952-1956) como um dos
equipamentos públicos construídos,
naquele período, a cidade ainda es-
tava desprovida de mão de obra para
efetuar sepultamentos.
Foi somente na gestão de João
Paulino Vieira Filho (1960-1964) que Interior do cemitério Maringá após reurbanização
o cemitério foi remodelado, pois
até então as covas não seguiam or- Projeto
elaborado
denação. As obras foram polêmicas, por José
Augusto
pois envolveram a remoção de tú-
Bellucci para
mulos. Muitos acusaram Vieira Filho o prédio da
entrada
de profanação.
Ao assumir a prefeitura, Luiz Morei-
ra de Carvalho (1964-1968) contratou o
arquiteto José Augusto Bellucci para
desenvolver os projetos paisagísticos
e arquitetônicos do local. O único pré-
dio projetado por Bellucci que che-
gou a ser finalizado foi o da entrada
do Campo Santo.
Com seus dez alqueires, o cemi-
tério atingiu a capacidade máxima,
já que nos cerca de 20 mil túmulos
há mais de 60 mil pessoas sepulta-
das. Os ex-prefeitos (mortos) foram cam-se Clodimar Pedrosa Lô, Padre
enterrados em uma galeria especial. Bernardo, Fabíola Regina Coalio, Mar-
Ainda há uma área, logo nas primei- cia Constantino e as crianças Beatriz // Miguel Fernando é
ras quadras, destinada a bebês e Silva Pacheco Gonçalves e Arthur Sa- especialista em História
recém-nascidos. lomão – com exceção do padre, que e Sociedade do Brasil
(maringahistorica.blogspot.
Dos túmulos mais visitados, espe- faleceu devido a um infarto, todos ti-
com - veja mais sobre a
cialmente em Dia de Finados, desta- veram mortes trágicas. história de Maringá)
Novembro 2016
Revista ACIM /
41
Gastronomia //
Fotos/Walter Fernandes

// Planos para ter franquias


Jaqueline Cerutti e Rafaela Barros abriram a Urbano Natural e tiveram que se mudar meses depois para um local maior

Empresários
aproveitam ‘onda’
de comida saudável
Celíacos, veganos, Na companhia de uma amiga celíaca (intolerante a glúten), a professora universi-
vegetarianos e adeptos da tária Rafaela de Angelis Barros fez uma viagem à Europa, mas com uma preocu-
culinária fitness encontram pação: durante 30 dias na Itália, na terra das massas, como elas evitariam o trigo?
várias opções em Maringá; Para a sua surpresa, foi fácil encontrar opções sem glúten, e o melhor: pratos de
o público crescente e baixo custo e saborosos.
mais informado faz da Ao regressar para o Brasil, Rafaela decidiu abrir um negócio de alimentação sau-
tendência um sucesso dável junto com a amiga Jaqueline Cerutti. As sócias conseguiram um empréstimo
// por Fernanda Bertola e e estruturaram uma cozinha industrial para a produção de marmitas. Com o au-
Graziela Castilho mento inesperado da demanda, elas se mudaram, em maio, para o Novo Centro.

Novembro 2016
// Cem marmitas por dia // Quatro entregadores
Simone Castro, da Skina do Sabor, largou o emprego para abrir O restaurante Da Terra Alimentação Saudável, do casal Thiago Alves
o próprio negócio; um mês depois teve que correr para comprar Terra e Nathália de Paiva Monteiro, oferece delivery e marmitas
panelas industriais retiradas no balcão

“Neste período, as vendas saltaram clientes com dieta restrita - que re- Elas também fazem planos de
de oito para mais de cem unida- presentam 30% dos clientes do Ur- transformar o negócio em fran-
des por dia. Não imaginávamos um bano Natural -, mas por atender pes- quia, e já foram até procuradas por
crescimento tão rápido e decidimos soas que se interessam por saúde e um grupo de empresários interes-
abrir um espaço na região central”, bem-estar sem abrir mão do sabor, sados no modelo de negócio. “Até
conta. os chamados ‘fitness gourmet’. o primeiro semestre do ano que
Atualmente são entregues mais Para aproveitar ao máximo a vem as franquias devem começar a
de 300 marmitas por dia, além das ‘onda’, Rafaela e Jaqueline estão funcionar. Há até interessados em
refeições in loco. A empresa conta abrindo mais empresas no segmen- levar nosso negócio para outros
com cinco entregadores, uma esta- to: a Urbano Baby, Urbano Cafeteria países. Acredito que isso se deve à
giária e cinco profissionais na cozi- e Urbano Bistrô. “A expectativa é que nossa ousadia e por termos apro-
nha, sendo que uma delas é nutri- até dezembro todas estejam ativas, veitado a oportunidade de investir
cionista. “A nossa grande sacada foi assim como estão em funciona- em meio à crise”.
tornar acessível a alimentação sau- mento o restaurante Urbano Natural
dável”, afirma Rafaela. e o disk-entrega da Urbano Marmi- Aposta no light
Os pratos sem glúten, sem lacto- taria. Além disso, estamos com mui- O mercado de alimentação saudá-
se e sem componentes industriali- tas outras ideias, como criar um site vel tem mostrado tanta perspectiva
zados fazem sucesso não só entre os e atender eventos”, declara Rafaela. de crescimento que o espaço antes

Revista ACIM /
43
Gastronomia //
Divulgação

ocupado pela Urbano Natural pas-


sou a abrigar outra nova empresa do
segmento, o Skina do Sabor. Inau-
gurado em setembro por Simone
Castro, o restaurante serve marmitas
light (ingredientes integrais, carne
magra, carboidratos complexos e sa-
lada) e comuns.
“Trabalhava na área de Recursos
Humanos, mas tinha interesse na
área de alimentação e vontade de
ter o próprio negócio. Então, con-
segui um empréstimo. Em segui-
da, a minha irmã e sócia fez um
curso de gastronomia light, saudá-
vel e funcional, o que tem ajuda-
do”, conta Simone.
Com pouco mais de um mês de // Organamix
operação a empresa serve cem mar- Maringá Park
realizará feira
mitas por dia. “Tivemos que correr de orgânicos e
produtos naturais
para comprar panelas industriais”,
todo segundo
conta. A divulgação, por enquanto, domingo do mês

Feira vai ao
tem sido por boca a boca, Facebook
e WhatsApp. rados nos hábitos alimentares sau-
A salada, na avaliação da Simo-
ne, é o carro-chefe do restaurante
dáveis que cultivam em casa e na
vontade de ter o próprio negócio, shopping
por apresentar uma porção dife- abriram em maio o delivery Da Terra
renciada com mix de folhas, ovo Alimentação Saudável. Sucos naturais, geleias, frutas e
de codorna, palmito e frutas. Outro “Nosso foco é levar saúde, mas verduras orgânicas, bolos e tor-
destaque que agrada é o executivo de um jeito prático e saboroso. Para tas sem glúten. Em vez destes
da marmita light, que tem divisórias isso, decidimos trabalhar apenas alimentos serem comerciali-
para separar os itens da refeição. “A com entrega de marmitas e retira- zados em feiras e lojas espe-
marmita light, que custa a partir de das no balcão”, conta Nathália. As- cializadas, eles foram vendidos
R$ 12,50, é a preferida por quem faz sim como na Urbano Natural e na em um shopping. Isto porque
academia e pelas mulheres, mas a Skina do Sabor, os resultados posi- seguindo tendência global de
venda está bem equilibrada com a tivos vieram com pouco tempo. Se centros de compras que ofere-
comum”, compara. no início eram necessários apenas cem além de um bom mix de
Para dar conta da rotina de tra- três funcionários, hoje, cinco meses compras, experiências diferen-
balho, Simone tem a ajuda da irmã depois, a equipe soma sete pessoas, tes, o Maringá Park realizou no
e contratou duas cozinheiras, além sendo quatro entregadores. mês passado a primeira edição
de dois entregadores terceirizados. De acordo com Nathália, 80% dos da feira Organamix. Barracas fo-
O restaurante tem implantado até clientes seguem a tendência de fi- ram montadas em pleno shop-
sugestões dos clientes como o suco tness gourmet e 20% são veganos. ping, num horário em que as lo-
detox natural, biomassa de banana Na avaliação da empresária, o suces- jas estavam fechadas, e teve até
verde e vai oferecer salada de frutas. so do segmento se deve, em espe- aula de ioga. O evento atraiu fa-
cial, à conscientização das pessoas mílias inteiras e fez tanto suces-
Delivery sobre a importância da alimentação so que foi incluído no calendá-
O casal Thiago Alves Terra e Nathá- saudável, que não significa ser cara rio do shopping e vai acontecer
lia de Paiva Monteiro Terra também e ruim. Nathália espera crescimento sempre no segundo domingo
decidiu apostar no segmento. Inspi- de 50% até janeiro de 2017. do mês.

Novembro 2016
Nação
Nação

Compare e mude
para o Santa Rita Saúde

Ligue 44 3028 2000


Acesse santaritasaude.com.br
O plano para uma vida melhor.45
Revista ACIM /
Gastronomia //
Walter Fernandes
Walter Fernandes

// Tapioca rosa
faz sucesso Tapioca De acordo com Silva, os consumidores do
Com cardápio Os amigos Bruno Omar Barud Silva e Ra- segmento saudável são exigentes e não se
variado de
tapioca a phael Silva Moraes descobriram que com- constrangem em perguntar sobre os ingre-
partir de R$ 9,
a Tapioh!, de
partilham o mesmo gosto por tapioca e que dientes utilizados. “Muitos querem ter certe-
Bruno Omar havia mercado para o produto em Maringá. za que o pedido está adequado à dieta”, diz.
Barud Silva e
Raphael Silva Há pouco mais de três meses, depois de pes- Por esse motivo, a Tapioh! também oferece a
Moraes, faz quisarem modelos de negócios e franquias opção de montagem do recheio, com três in-
sucesso
abriram a Tapioh!. “Os resultados positivos gredientes. “Estudamos para explicar as pro-
foram imediatos pela característica saudável priedades nutricionais dos pratos e, muitas
do produto. A farinha de tapioca não contém vezes, percebemos que o consumidor sabe
glúten, é pouco calórica e tem baixo valor gli- tanto quanto nós. Sem contar que parte do
cêmico”, afirma Silva. público é de nutricionistas que provam dife-
Outra vantagem é que a goma permite rentes sabores para indicar aos clientes”.
combinação diversificada de recheios. “A ta- Por enquanto, a opção campeã de pedi-
pioca é uma opção alimentar que está em dos é a Tapioh! Rosa. A coloração rosada é
alta e, inclusive, é indicada por nutricionistas, obtida por meio da mistura da goma tradi-
para ser consumida no café da manhã, como cional de tapioca e suco de beterraba, e no
lanche, no pré-treino ou após a atividade fí- recheio há frango desfiado, requeijão light,
sica. O único alerta para não fugir da dieta milho e linhaça.
saudável é o recheio, e este cuidado nós to- Para o empresário, a decoração da tapio-
mamos”, salienta Silva. caria também coopera para uma experiência
O chef Vinícius Pires é quem desenvol- positiva. O ambiente interno tem caracterís-
veu o cardápio. Além dos sabores tradicio- ticas do nordeste brasileiro, região de origem
nais, há os exclusivos como o barreado com da tapioca, com um toque moderno e sofis-
bacana. A equipe formada por sete profis- ticado. Embora a empresa tenha sido inau-
sionais também tem liberdade para testar gurada há pouco tempo, os sócios planejam,
novas receitas. Os pratos custam a partir de para 2017, a mudança para um espaço maior
R$ 9. e a expansão do negócio com um food truck.

Novembro 2016
Revista ACIM /
47
Mercado //

Uma
dose de
// 12 mil garrafas por mês
Instalada em Jandaia
do Sul/PR, a cachaçaria
Companheira tem bebidas
premiadas no portfólio,

cachaça,
lançará quatro rótulos
no ano que vem e quer
exportar parte da produção;
para isto, está investindo em
novas embalagens

por favor
Bebida genuinamente
brasileira completa 500
anos; em Maringá e região
são produzidas bebidas de
qualidade, que devem ganhar
até o mercado internacional
Divulgação

// por Fernanda Bertola

O velho gole tomado antes das refeições de uma bebi- são exportados.
da comprada em uma gôndola qualquer de mercado Os números revelam um ‘voo de galinha’ no quesito
ou no balcão do bar, numa rápida passada depois do exportação. A receita total de 2015, de US$ 13,3 milhões,
expediente, já não traduz mais fielmente os hábitos de foi a menor desde 2007. Algumas explicações apontam
consumo da cachaça. A queridinha dos brasileiros, que para a falta de investimentos. Outra seria a de que fabri-
completa 500 anos, ganhou versões premium e serve cantes de cachaças com maior valor agregado – artesa-
dos paladares mais simples aos refinados. nais ou envelhecidas, que mais atraem compradores de
A história da cachaça se confunde com a do Brasil. fora – são poucos ou enfrentam dificuldades.
Afinal, a bebida era produzida em solo verde e amarelo Apaixonado pela bebida, Felipe Jannuzzi criou o
poucos anos depois da descoberta do território e este- Mapa da Cachaça, site referência sobre o destilado, reco-
ve na mesa de desbravadores e senhores de engenho, nhecido pelo Ministério da Cultura (MinC) em 2012 como
graças ao trabalho dos escravos. Das três versões sobre o melhor projeto de mapeamento cultural do Brasil.
a origem da bebida, a mais aceita é a que os primeiros Para ele, muitos produtores encontram dificuldades em
destilados foram produzidos em Pernambuco, em 1516, razão dos altos impostos e concorrência com as marcas
onde teria nascido por acaso, quando um escravo traba- industrializadas. “Para conseguir se destacar, é preciso
lhava num engenho. Outros estudos apontam para raiz investir muito em comunicação e marketing, o que nem
baiana, em 1520, ou no litoral de São Paulo, em 1532. sempre é a realidade do produtor artesanal”, diz.
Aos poucos a ‘branquinha’ ganhou adeptos e se tor- Mas há pontos que favorecem a exportação. Entre
nou um dos destilados mais consumidos no mundo. eles, estão os selos e certificados emitidos por órgãos
Mas há ainda muito espaço a conquistar. Para se ter do país, a exemplo do Ministério da Agricultura e do Ins-
ideia do potencial, a cachaça brasileira é exportada para tituto Nacional de Tecnologia (INT), o que garante boa
mais de 50 países, gerando estalos na língua de fãs ale- aceitação no mercado externo. Estratégias tomadas pelo
mães e americanos, por exemplo, mas nem 2% de toda governo também pesam a favor da disseminação da be-
a produção, que chega a 800 milhões de litros por ano, bida. Que o diga o mercado norte-americano, que preci-
Novembro 2016
Walter Fernandes

// Bebida tem selo do Ministério da Agricultura


Rogéria Souza e as irmãs Michele Silva e Gilcélia Silva: produção em Minas, mas armazenamento
e envase são feitos em Maringá

sou deixar de considerar o destilado design pensado para atender os an- e Extra premium.
o “rum brasileiro”, com a conquista seios de apreciadores exigentes. Se- A possibilidade de exportação
da exclusividade do nome cachaça, gundo a diretora-executiva da Com- não surgiu por acaso, sendo a qua-
em 2013. panheira, Sara Bonicontro, à frente lidade a principal justificativa para o
da empresa desde 2012 ao lado da interesse dos compradores interna-
Jandaia do Sul irmã, Raquel, o processo está em cionais. Serviram de isca os prêmios
Se depender da Cachaçaria Com- andamento. “Temos que adaptar as conquistados pela marca. Só a Com-
panheira, a presença da bebida tu- embalagens ao país que pretende panheira Extra Premium, por exem-
piniquim no mundo tem tudo para distribuir nossas cachaças”, conta. plo, que é elaborada em um proces-
voltar a crescer. Aproveitando a ja- A empresa está investindo em so inteiramente manual, conquistou
nela que se abre para os produtos quatro novos rótulos para o ano que medalha de ouro no Concurso de
premium, a empresa de Jandaia vem: licor de cachaça, cachaça com Degustação às Cegas realizado du-
do Sul/PR, que atualmente vende a guavira, cachaça armazenada em rante a Expocachaça, em Belo Ho-
produção para oito estados e pela tonel de castanheira e uma edição rizonte/MG dois anos atrás. Na oca-
internet, passará a exportar a partir especial, e em série numerada, da sião, a marca foi eleita a “Cachaçaria
do ano que vem. Os países interes- cachaça Extra Premium, envelheci- do Ano” porque obteve a maior pon-
sados são Alemanha, Estados Uni- da 12 anos em barris de carvalho. “As tuação da história do concurso.
dos e Portugal. novidades são voltadas tanto para Atualmente, a empresa conta
Para fisgar consumidores estran- o público interno quanto externo”, com oito colaboradores e tem ca-
geiros, os investimentos estão vol- destaca Sara. Na linha atual, a ca- pacidade para produzir 125 mil litros
tados ao desenvolvimento de em- chaçaria conta com quatro rótulos: por ano ou 12 mil garrafas por mês.
balagens modernas. As inovações Companheira Prata, Companheira A produção, principalmente por ser
tiveram início em 2015, com o lan- Envelhecida (Blend), Companheira artesanal, no entanto, ainda não
çamento de garrafas exclusivas e de armazenada em tonel de imburana chega ao limite, mas deve aumen-
Revista ACIM /
49
Walter Fernandes Mercado //

// Herdou gosto do
pai pela bebida
A falta de mão tar com as perspectivas de exportação. Sara mercado interno. A cachaça, segundo Rogé-
de obra para a
produção de
credita a qualidade da bebida ao pai, o en- ria da Silva de Souza, filha do criador da mar-
cachaça tem sido genheiro químico Natanael Caril Bonicontro, ca que está diariamente na empresa ao lado
um dos entraves
enfrentados por criador do alambique de cobre e que integra da irmã, Michelle Silva, tem selo do Ministério
Antonio Leal da todo o projeto do engenho, também desen- da Agricultura, é produzida artesanalmente,
Cunha, da Fazenda
Santa Juliana, que volvido por ele. livre de componentes químicos, pelo mesmo
tem produzido
para lazer fabricante de marcas reconhecidas, o que
Um quê de Minas significa uma garantia de análises rigorosas e
A influência paterna também está presente na constantes.
Mont Salinas. A empresa, onde trabalham cin- Outro atrativo é a qualidade com preço
co membros da família, foi fundada por Jorge competitivo. Na loja da Mont Salinas são en-
Rodrigues da Silva em Maringá em 2006. Mi- contrados diversos rótulos, mas os próprios
neiro, o idealizador da marca era proprietário são comercializados entre R$ 30 e R$ 50 e
de uma transportadora em Maringá e trouxe campeões de vendas. A opção mais pedida é
da estrada o desejo de se tornar dono de uma a Mont Salinas armazenada em madeira um-
cachaçaria, até porque trazia a bebida do cen- burana, mas há outras sete: a armazenada em
tro-oeste para presentear os amigos. carvalho, jequitibá, bálsamo e licores.
Para montar a empresa, Silva decidiu que a A cachaça Mont Salinas também está dis-
cachaça seria fabricada por terceiros em solo ponível na loja em tonéis exclusivos, adquiri-
mineiro. Entre as razões para a escolha, além dos por clientes que costumam levar amigos
do carinho por Minas, ele considerou a fama e familiares para consumo no local, num am-
do estado na concentração de cachaçarias. A biente temático.
marca, no entanto, foi registrada em Marin- Com boas perspectivas, a marca tem trazi-
gá, onde funcionam loja, armazenamento e do a Maringá de 15 a 25 mil litros de cachaça
envase. duas vezes por ano. Rogéria diz que o volu-
No caso da Mont Salinas, o foco está no me de produção vem crescendo, boa parte

Novembro 2016
Por mais abraços
diários, sem motivo
especial ou data
marcada para acontecer.

#ESSEÉOPLANO

Nesses 34 anos, a Unimed Maringá trabalhou


empenhada na valorização das relações
interpessoais e no incentivo a uma vida mais
saudável. Por isso, elogie e agradeça sempre
que puder. Viaje o mundo, reúna os amigos e
a família para celebrar, mesmo sem ter um
motivo especial para isso. Construa grandes
histórias para contar a quem você ama.

34
ANOS
Revista ACIM /
51
graças à fama da boa qualidade. “A
propaganda é boca a boca. Rece-
bemos gente de fora de Maringá
para buscar cachaça na nossa loja,
mas também vendemos para re-
des de supermercados”, diz.

Falta alambiqueiro
O mercado da cachaça está reple-
to de pequenos produtores que fa-
bricam bebida de alta qualidade,
como o agricultor e economista An-
tonio Emiliano Leal da Cunha. Ele se
orgulha de ter uma propriedade ru-
ral, a Fazenda Santa Juliana, em Sa-
randi, onde mantém um alambique
de cobre, que veio de Minas Gerais
há 16 anos.
Cunha investiu dinheiro em um
alambique porque herdou do pai,
José Cunha, o gosto pela produção
da cachaça – o pioneiro chegou
a Maringá nos anos 40 e montou
um alambique. Já o equipamento
de Cunha produziu durante alguns
anos para venda, mas por falta de
um alambiqueiro está praticamen-
te parado. “Estou tentando um bom
profissional em Minas há mais de
três anos. As pessoas têm medo de
se mudar, apesar de dispormos de
infraestrutura”, relata. Ele acrescenta
que promoveu até cursos na fazen-
da, mas os participantes partiram
para a produção em casa.
Para manter a tradição, Cunha é
quem, às vezes, fabrica um pouco
da bebida. No entanto, quase não
há unidades de garrafa à venda no
empório que fica na Santa Juliana.
“Vendíamos cerca de 400 litros por
ano. Hoje só tenho à disposição a
tipo branca, que fica armazenada
em tonel de inox e está no fim”, diz.
Além da falta de um alambiquei-
ro, outro aspecto desmotiva a venda: “Posso dizer que, hoje, a produção é excursões todos os anos. Lá é possí-
a tributação de bebidas alcoólicas. mais para cultivar uma lembrança vel conhecer o processo completo
Por essa razão, por enquanto Cunha de infância”, declara. de fabricação da cachaça, que co-
pretende continuar com a produ- O alambique da Fazenda Santa meça com o plantio da cana, além
ção mais para lazer que para venda. Juliana é aberto a visitações e atrai de outros projetos em andamento.

Novembro 2016
Revista ACIM /
53
Estilo // EMPRESARIAL

Está
aberta a
temporada
de festas
Fim de ano da empresa, amigo-secreto e
outros dilemas desta temporada
// por Dayse Hess

Todo ano é igual, quando a gente abre os olhos é Natal. é tão difícil de se resolver. O que você deve ter em mente
Mas já? E nos damos conta que não emagrecemos tanto é que é a ‘festa da firma’, então nada de ousar no figuri-
quanto gostaríamos, adiamos mais uma vez a viagem dos no. Não esqueça que seus colegas e seu chefe vão estar
sonhos e a conta bancária nem está tão recheada quanto presentes, então encare como uma extensão do trabalho.
merecemos. Mas nadando entre as crises política e eco- Homens devem evitar descontração demais, mesmo que
nômica e chegando às margens de 2017 sãos e salvos são a festa seja um churrasco em uma chácara, evite aparecer
motivos suficientes para comemorar. Então, deixe de lado de regata e chinelos. Bermuda, neste caso pode, mas com
o mau humor e aceite participar da confraternização do uma camisa polo, por exemplo, e mocassim.
seu setor, assim como da brincadeira de amigo-secreto. Já as mulheres devem evitar saias ou shorts muito cur-
A tradição de sortear o nome de um amigo e presen- tos, fendas profundas, modelagens justíssimas e transpa-
teá-lo gera uma relação de amor e ódio entre colegas das rências exageradas: não é a hora e nem o lugar de sensu-
mais variadas áreas. Mas mesmo quem não é muito incli- alizar. Uma boa opção é se pautar pelo guarda-roupa de
nado a participar, deveria experimentar em nome de mo- trabalho, investindo em alguns acessórios mais exibidos na
mentos de descontração e, quase sempre, engraçados. Por hora de compor o look. A maquiagem também pode ga-
mais contraditório que possa parecer, o grande vilão acaba nhar uma cor a mais que a do dia-a-dia, assim como um
sendo o presente. É comum ouvir pessoas reclamando de cabelo mais caprichado. Tudo resolvido com o que se tem
terem gastado um valor alto e recebido um mimo muito em casa, sem gastar fortunas.
mais barato. Meu conselho? Não participe pensando no Para que todos participem, na hora de planejar a festa
que vai receber, vá pela diversão. Estipular um valor médio é preciso evitar extravagâncias. O que faz uma festa anima-
é sempre a melhor saída. da é a alegria de quem participa, assim é preciso levar em
Mas ainda há outra preocupação antes de ir à festa, a conta a situação financeira de cada participante. Ideias di-
famosa pergunta: ‘com que roupa eu vou?’ Na verdade não vertidas e de baixo custo devem ser consideradas. Seguin-
do essas dicas, o ano termina bem para todos, e que venha
// Dayse Hess é jornalista e especialista o próximo, com tempo suficiente para muitas conquistas,
em moda por favor!

Novembro 2016
Revista ACIM /
55
Mercado //

Comprar
uma empresa
pode ser bom
negócio?
Sim, principalmente para novos
empreendedores; a opção evita os desafios
iniciais de abertura de um empreendimento,
mas exige cautela tanto na decisão de compra
quanto na aplicação de mudanças
// por Graziela Castilho
Waler Fernandes

Encontrar profissionais interessados em gerir o próprio de peças, porque tinha cliente que queria determinada
negócio é tarefa fácil, afinal, o Brasil se posiciona entre os roupa que viu no site, mas que não tinha na loja. Agora o
países mais empreendedores do mundo, conforme a pes- estoque está bem cheio e as clientes, satisfeitas”.
quisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM). A dificul- Outra ação importante foi manter a equipe de qua-
dade, porém, está na falta ou ausência de experiência e tro vendedoras e gerente. Inclusive, antes de concluir
conhecimento na área de empreendedorismo. Para quem a compra da loja, Dielly conversou com as funcionárias
quer pular a fase de ter que abrir uma empresa do zero, li- para tranquilizá-las. “Estava começando a ser empresária
dar com a burocracia e a formação da clientela inicial, uma e a experiência delas foi fundamental”, conta ao acres-
opção é comprar uma empresa em funcionamento. centar que a gerente a auxiliou nas compras, na arruma-
Foi o caminho escolhido pela advogada Dielly Ama- ção da loja e transmitiu informações sobre as clientes.
dei Sendeski. Com vontade de ter o próprio negócio, ela A mudança de direção também provocou curiosida-
avaliou que seria mais prudente adquirir uma empresa de. É que Dielly optou por fechar a loja por alguns dias
com bons resultados no mercado. Ao pesquisar e ana- para uma rápida reforma no projeto de iluminação, pin-
lisar opções, escolheu a franquia de roupas femininas tura e disposição das araras. “Além das melhorias, a ideia
Cantão, que fica no Maringá Park Shopping Center. “Me foi chamar a atenção das clientes para a reabertura sob
senti mais confortável em estar à frente de um negócio nova direção e para as novidades. Também comunica-
que tinha estrutura física, funcionários, clientes e, inclusi- mos a mudança pelas redes sociais”. A loja tem registra-
ve, o suporte da franqueadora”. do aumento gradativo de faturamento. “Estou muito sa-
Dielly levou em conta o faturamento da loja e o po- tisfeita, o negócio está indo bem e não precisei enfrentar
tencial de crescimento, e avaliou que poderia ter mais as dificuldades da criação e abertura de um negócio”.
assertividade no segmento de vestuário do que no de ali-
mentação, por exemplo. Ao assumir a gestão, em junho, Restaurante
ela conheceu as diversas linhas de moda praia, fitness e A mesma linha de raciocínio impulsionou o comissário
de boutique da marca. “Decidi comprar mais variedade de bordo e analista de planejamento de malha aérea

Novembro 2016
André Conde Biciato, que morava investimento”.
em São Paulo. Este ano ele se mu- Ao assumir a empresa, Biciato
dou para Maringá com a esposa, a pôde contar com a ajuda do pro-
jornalista Viviane Farias e começou prietário anterior, que estabeleceu
a trabalhar como gerente de e- um prazo para ajudar na gestão. “Es-
-commerce. “Percebi que seria difí- tou trabalhando junto com o antigo
cil construir carreira na minha área, dono, como se fosse um estágio e,
mas observei ambiente favorável na assim, vou assumir com mais tran-
cidade para investir no próprio ne- quilidade a condução do negócio.
gócio”. Essa atitude é incomum e sou mui-
Foi então que ele decidiu em- to grato”, enfatiza.
preender pela primeira vez e, no fi- Na avaliação de Biciato, o res-
nal de outubro, em sociedade com taurante, que atende no sistema de
a esposa, comprou o restaurante buffet livre e por quilo, está cami-
Casa di Nonna, que fica na praça nhando bem e, por isso, não neces-
de alimentação do Lar Center Man- sita de grandes mudanças. Inclusive,
dacaru Boulevard. Um dos critérios o novo empreendedor tem avisado,
que pesou na decisão foi o motivo aos poucos, os clientes sobre a nova
da venda da empresa. “O dono an- direção, mas sempre ressaltando
terior estava assumindo a gestão de que o cardápio e a qualidade da
outras empresas e como ia ficar so- comida vão permanecer. “Os con-
brecarregado, decidiu vender o res- sumidores têm frequência assídua
taurante. Portanto, não se tratava de e estão acostumados com os pratos
um negócio que caminhava mal”. servidos, por isso, acredito que neste
Biciato também avaliou a ren- momento qualquer alteração pode
tabilidade, o prazo de retorno do assustar e até afastar os clientes”.
// Faturamento tem
aumentado investimento, o quadro de funcio- Mas o empresário tem pensado
Dielly Amadei Sendeski nários e o perfil de clientes. Percebi em novas estratégias, como implan-
decidiu ter o próprio
negócio e se sentiu mais que o proprietário tinha as finanças tar cartão-fidelidade e em aumen-
segura em comprar
uma franquia em
sob controle e entre as opções que tar o expediente. Por enquanto, o
funcionamento tinha em mãos, este seria o melhor restaurante funciona somente no

www.eletrobrasilmaringa.com.br

Av. Brasil, 2.538 44 3227-2161


Revista ACIM /
57
Mercado //

// Setor deve ser


compatível ao perfil
Kaue Mysava, da
Internegócios, alerta
que é preciso verificar se
os números financeiros
foram inflados e se é
um modelo de negócio
criado por modismo
Waler Fernandes

período do almoço, mas a direção do por comprar um negócio que esteja treinamento dos empregados, imobi-
shopping já sinalizou que a praça de no mercado, em vez de empreender liário, ponto comercial, entre outros.
alimentação deve funcionar à noite. desde a etapa inicial. “Cerca de 80% Outras dicas fundamentais do
Em período de adaptação, Biciato dos clientes do escritório chegam consultor para evitar aborrecimen-
solicitou um prazo, afinal a mudança motivados pelos resultados positivos tos e prejuízos são verificar certidões
exige estudo e planejamento para a das operações em andamento ou da pessoa jurídica e física do pro-
organização de equipe e elaboração pelo baixo custo de empresas que es- prietário, alvará de funcionamento,
de cardápio apropriado. tão à venda e têm resultados negati- Demonstração dos Resultados do
vos”, afirma. Exercício (DRE) dos últimos 12 meses,
Intermediação Tais atrativos, porém, podem es- controle financeiro e contábil, livro
Na opinião do advogado, consultor e conder erros e, por isso, Myasava res- de registro de funcionários, consul-
sócio da Internegócios, que faz a in- salta a importância da assessoria es- tar referências junto a fornecedores e
termediação da venda de empresas, pecializada para tornar real e segura parceiros comerciais, conferir contra-
Kaue Márcio Melo Myasava, o ideal a expectativa do comprador. “O com- tos assumidos e passivos.
é se ambientar ao negócio antes de prador pode concluir o negócio com Ao confrontar essas informa-
decisão brusca de gestão. Na etapa base em informações fraudadas pelo ções e constatar diferença de da-
de transição é preciso observar como dono anterior, optar por um ramo dos, é válido desconfiar e observar
o mercado e o público recepcionam que não seja compatível ao seu per- se há números ‘inflados’. Uma me-
o novo gestor, porque mesmo que o fil ou não observar uma projeção de dida prudente é acompanhar a ro-
comprador tenha expertise, toda em- decadência em modelos de negócios tina empresarial por um mês a fim
presa carrega particularidades, carac- criados por modismo”. É preciso ana- de perceber a real situação e saúde
terísticas regionais e sazonalidade. lisar indicativos de viabilidade, como financeira da empresa para, só en-
Myasava também destaca que tempo de mercado, carteira de clien- tão, realizar o pagamento total do
é mais comum as pessoas optarem tes, base de dados, logística definida, negócio.

Novembro 2016
Revista ACIM /
59
Walter Fernandes ACIM // NEWS

Entrega do plano socioeconômico


O ‘plano estratégico socioeconômico para a cidade de Maringá’, que aponta as áreas de futuro da economia, foi entregue
em 6 de outubro, na sede da ACIM. O estudo, que levou dez meses de trabalho, foi conduzido pela PwC Brasil e entregue
para os presidentes da ACIM e do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem). O prefeito Roberto
Pupin também recebeu uma cópia. No mesmo evento o Grupo Maringá de Comunicação lançou o anuário da economia
2016-2017 ‘A grande região de Maringá’, que traz parte dos resultados do plano socioeconômico.
O presidente da ACIM, José Carlos Valêncio, ressaltou a alegria de a entidade estar concluindo a primeira fase do
Masterplan – na próxima etapa será contratada outra consultoria de atuação internacional que fará o planejamento
urbanístico (físico-territorial) para as próximas décadas.
O sócio da PwC Brasil e responsável pelo estudo, Jerri Ribeiro, apresentou parte dos resultados do trabalho
que envolveu dez consultores, inclusive o líder global de cidades da firma, Hazem Galal, e a análise de mais de três
mil indicadores econômicos e sociais. Também foram realizadas entrevistas individuais junto às lideranças locais e a
participação de mais de 180 empresários e lideranças em workshops setoriais.
O estudo revelou três áreas do futuro e os dez setores potenciais para a economia local (alguns já têm grande relevância
atualmente). Na área de indústria limpa e alta tecnologia têm grande potencial os setores de moda e design; química;
biotecnologia; farmacologia; e aeronáutico. Na área de serviços de excelência, os destaques das próximas décadas deverão
ser tecnologia da informação; serviços da saúde (health care); educação; serviços financeiros e seguros. E outro grande
setor potencial será a cadeia de valor do agronegócio
As áreas do futuro foram identificadas levando, ainda, em consideração, as cinco megatendências que transformarão
a sociedade, meio ambiente e os negócios até 2030, segundo estudo global da PwC. São elas: avanços tecnológicos,
mudanças climáticas e escassez de recursos, mudanças demográficas, deslocamento do poder econômico global e
urbanização acelerada.
A PwC aponta, no documento, uma governança para o acompanhamento e implantação dos planos de ação.

Novos integrantes do Empreender


Com o início dos trabalhos de mais três núcleos setoriais, o Empreender conta hoje com 57 núcleos e a participação
de cerca de 800 empresas, números que fazem o programa o maior do Brasil. Em outubro começaram as atividades
dos núcleos de estacionamentos, gastronomia saudável e personal trainer, que assim como os outros, recebem o
acompanhamento gratuito de um consultor. Para participar, é preciso ser associado da ACIM.

Novembro 2016
Fotos/Walter Fernandes

Silvio Barros e Ulisses Maia na ACIM


Os dois candidatos a prefeito de Maringá que disputaram o segundo turno, cuja eleição foi em 30 de
outubro, Silvio Barros (PP) e Ulisses Maia (PDT) estiveram na ACIM apresentando propostas. O primeiro foi
Barros, em 17 de outubro. Na ocasião ele assumiu o compromisso de reduzir 216 cargos comissionados e o
número de secretarias municipais. Também afirmou que prefere “pagar o preço político-eleitoral de não
assumir o compromisso de conceder vale-refeição de R$ 250 para os 12 mil funcionários da prefeitura. É
um direito deles, mas o administrador público não pode assumir este compromisso sem fazer um debate
com a sociedade, porque o vale-refeição terá que ser pago o resto da vida aos servidores”. O candidato
também ressaltou os bons indicadores econômicos de Maringá, que renderam reportagens em veículos de
comunicação importantes como a Forbes.
Em sua explanação, falou também sobre a falta de estacionamentos na região central. “A licitação do
projeto de construção de um edifício na antiga rodoviária previa a mesma quantidade de estacionamentos
excluída da avenida Brasil no subsolo deste prédio. Mas o projeto de 70 mil metros quadrados da área da
antiga rodoviária não foi concretizado em função da crise. A empresa ganhadora da licitação disse que não
conseguiria concluir a obra e que a cidade ficaria com um ‘esqueleto’ no centro. Por isto, o problema da
falta de vagas de estacionamento não foi resolvido. Uma solução é implantar vagas subterrâneas e bolsões
de estacionamento nas rotatórias. O projeto é possível, mas é preciso que os comerciantes da avenida Brasil
cheguem a um acordo”.
No dia 24 foi a vez de Ulisses Maia, que reforçou que fará uma reforma administrativa, reduzindo para 19
secretarias municipais. “Elas serão ocupadas por maringaenses com capacidade profissional e técnica”,
disse, ressaltando que economizará R$ 20 milhões por ano com cargos comissionados. Afirmou ainda que
os ‘indicadores e metas para Maringá 2017-2020’, propostos por mais de 60 especialistas, sob coordenação
da ACIM e Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), vão integrar o plano de gestão e
serão acompanhados regularmente.
O candidato também tem como proposta a criação de um conselho de gestão fiscal, formado por três
profissionais com mandato de um ano, para assessorar e referendar decisões de cunho fiscal. Outra proposta
é a concessão de vale-alimentação para todos os servidores municipais. “É uma forma de conceder reajuste
sem impactar na aposentadoria”. Defendeu mais transparência nos processos licitatórios e a criação do
conselho de contribuintes, que está aprovado em lei. Maia disse ser favorável à guarda municipal armada.
“Em que cidade existe guarda municipal que enfrenta bandido com peito aberto?” Sobre o reajuste do IPTU,
ele falou que o imposto teve reajuste de 60% nos últimos quatro anos e que deve congelar o valor para 2017.
Os dois candidatos também apresentaram as propostas para os conselheiros do Copejem. Em 18 de outubro
foi a vez de Silvio Barros e no dia 25 foi Ulisses Maia.

Revista ACIM /
61
ACIM // NEWS

Associado do mês
Maringá tem uma nova loja especializada em objetos de decoração,
inaugurada há três meses. Trata-se da Decorarte, uma filial da empresa que
é de Guaratuba/PR, onde os consumidores encontram vasos, flores artificiais
premium, enfeites, luminárias, entre outros.
O empresário Viller Voltolini de Oliveira conta que, após pesquisa realizada
ao longo de seis meses, Maringá se apresentou como a melhor opção
para a abertura de uma filial na comparação com Londrina e Blumenau/
SC. Quesitos como renda per capita e hábitos de consumo pesaram na
decisão. Por meio do estudo também ficou definido o endereço onde
seria a Decorarte em Maringá, na região central, que concentra o perfil de
consumidores pretendido. Oliveira deixou a matriz, aberta há seis anos, sob
responsabilidade de uma irmã e se mudou para Maringá para acompanhar
de perto a nova loja e está animado com o movimento. “Estava preocupado
com a receptividade, no entanto, já percebo clientes retornando e

Walter Fernandes
indicando a loja”. A Decorarte está comercializando itens de decoração
natalina. “Queremos ser referência em decoração para essa data, como
acontece em Guaratuba”. A loja tem 170 metros quadrados e fica na avenida
XV de Novembro, 1.058. O telefone é o (44) 3222-9682.

Empreender celebra aniversário


Os 16 anos do Empreender da ACIM, que é o maior programa do gênero do Brasil, foram celebrados com uma
palestra em 25 de outubro na sede da Associação Comercial. Com o tema ‘inovações e tecnologia para o varejo do
futuro’, a palestra foi conduzida por Dagoberto Hajjar (foto), que, entre outros, ocupou diversas funções de tecnologia
e negócios no Citibank, trabalhou nove anos na Microsoft, onde, aliás, recebeu das mãos do fundador da empresa, Bill
Gates, o prêmio de melhor funcionário da companhia – foi o primeiro não-americano a ganhar o título. Formado em
Física e em Matemática e hoje proprietário de uma empresa de planejamento e ações para companhias que querem
crescer, Hajjar citou cases e alertou sobre a importância da inovação no mercado.
O evento foi uma realização da ACIM, Empreender e Sebrae e teve o apoio do BRDE, Cocamar, Fomento
Paraná, Sancor Seguros, Maringá Park e Unimed. As micro e pequenas empresas que participam do Empreender
trabalham para aumentar a competitividade, divulgar produtos e serviços, negociações conjuntas junto a
fornecedores, capacitação, entre outras demandas. “Os benefícios são muitos, porque trabalhar em conjunto melhora
a produtividade e a credibilidade”, diz o vice-presidente da ACIM responsável pelo programa, Michel Felippe.
Walter Fernandes

Novembro 2016
Revista ACIM /
63
ACIM // NEWS

Novos
Associados
da ACIM

Divulgação
21 de setembro a 20 de outubro

Ademilar unidade Kakogawa

Marcelo Alvo no COMPARH


Adriana Solar Teixeira
Alexandre Henrique Nowotny
Andressa Yuri Matsuda
Art Tech
Artesanatos Andrade
As ods Reis Transbordo
Ativa Atacado O vice-presidente da ACIM de Recursos Humanos, Marcelo Alvo, esteve em
Axix EPI Material Elétrico Engenharia
Bicho Chic 22 e 23 de setembro em Curitiba/PR para palestrar no Congresso Paranaense
Bio Sono Flex de Recursos Humanos (Comparh) - considerado um dos eventos mais
Casa Brasileira
Casa dos Cosméticos importantes do Brasil no segmento. Alvo abordou o tema ‘Caminhos
Casa Valencio Restaurante e Marmitaria
Casablanca Hall percorridos em ambiente de incerteza’, destacando que em tempos de
CCMM Construção e Consultoria
Chef´s e Nutri receios no campo econômico é preciso melhorar os controles de despesas e
Clínica de Psicologia Rosemary
Czezachi Goraieb Importados alinhar propósitos porque “gente produtiva tem perspectiva”. Ele citou ainda
D&F Consultoria Técnica Empresarial
Demorgam Uniformes os trabalhos que tem desenvolvidos em Gestão de Pessoas e Governança
DNA do Celular
Docenely Restaurante e Confeitaria
Corporativa na Recco Lingerie e destacou um modelo de formação de líderes,
Donna Ester Boutique em que devem ser trabalhadas quatro premissas: ouvir, respeitar, ajudar com
Drasantos e-Commerce
Emag Contabilidade verdade e ajudar com propósito.
Emporio da Costura
Escritório Contábil Luana

Qualidade de alimentos
Eu Magro
Everest Segurança Tecnologia
Fare Sport
Frederico Sidnei Mariano
Geosolos
Haia Gestão de Pessoas
Ide Diamante
Imperium Mecânica
Ingá Designer Estofados
no varejo e indústria
Linea Dart Marcenaria
Loja Técnica ‘Exigências de qualidade e saúde em alimentos no varejo e na indústria’ é o
Lorenzze
Maralu Móveis Planejados tema de uma palestra que o núcleo setorial de controle de pragas urbanas
Marcelo Santos Consórcios
Mentaculos Design promoverá na sede da ACIM em 7 de novembro, das 14 às 17 horas. O objetivo
Mimos do Forno
Mirian Atelie da palestra, além de levar conhecimento sobre o manuseio correto de
Mister Gourmet Restaurante e Café alimentos, é capacitar os participantes quanto à produção adequada ao
Mix Fiscal
Nayara Favarim processo de boas práticas de fabricação. O palestrante será o consultor e
Nobre Alfajor
Paraná Vida professor José Carlos Giordano, que tem 35 anos de experiência. O Núcleo
Paulo Henrique de Souza Parandiuc
Pet City Setorial de Controle de Pragas Urbanas nasceu por meio do Programa
Phaza
Planenge Engenharia Empreender, ligado à ACIM, em dezembro de 2014. Trata-se de um grupo
Princesas Festas para Meninas de empresas especializadas no controle integrado de pragas urbanas. Outras
Priscila Rocha Biral
RJ Versari Promotora de Vendas informações em www.ncpu.com.br
SCG
Sicoob PA 33 Colorado
Sicoob PA 34 Santo Inácio

Aconteceu na ACIM
Sicoob PA 35 Centenário do Sul
Stephanie Oliveira
Studio Mara Calegari
Suelen Dayane Pereira Cadamuro
Tangran & Azul Max
Trevo
Uinion Sabe quantas reuniões e eventos foram realizados na sede da ACIM
Valeria Alcantara Santos Calderelli
Venture Shop em outubro? Foram 305, com destaques para o prêmio maringaense
Vet Bella
Via Clínica de impacto e gestão, no dia 4, E PARA a palestra “Estrela ADVB”,
Vitrino ministrada pelo consultor de inovação, comunicação e branding ,
WDB Comunicação
Bruno Monte Jorge. O evento aconteceu no dia 27 e foi realizado pela
Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB).
Novembro 2016
PRÓXIMOS CURSOS
NOVEMBRO
Walter Fernandes

9 a 11 Como criar
estratégias de
marketing e vendas
no Facebook
......................................................................................................

Boas práticas 16 a 18 Secretária e


recepcionista:
desenvolvendo
habilidades
......................................................................................................

Prefeito, assessores, diretores da Associação Comercial de Irati e empresários


16 a 19 Inteligência emocional e
estiveram na ACIM em 7 de outubro para conhecer o trabalho da entidade gestão de conflitos
e as boas práticas do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá ......................................................................................................

(Codem), Instituto Cultural Ingá (ICI), Observatório Social, Noroeste Garantias, 16 a 28 Departamento pessoal
Conselho Comunitário de Segurança e Sicoob. No mesmo dia também completo
......................................................................................................

estiveram participando do ‘Visite ACIM’ executivos e diretores das associações


16 a 22 Administração de
comerciais paulistas Campinas, Vinhedo, Limeira, Leme, Arthur Nogueira, conflitos no ambiente de
Piracicaba, Rio Claro, Capivari e Santa Bárbara. trabalho
......................................................................................................

16,17 e 21, 22 Líder coach e formação

Palestra aproxima de times de alta


performance

empresas e universidade
......................................................................................................

17 Oficina LIE -
Lei de incentivo ao
esporte
......................................................................................................

O reitor da Universidade Steinbeis da Alemanha, Johann Löhn, esteve 17 e 18 Práticas inovadoras


do atendimento
na ACIM, a convite da Unicesumar, para falar sobre a ‘relação empresa e
na área
universidade’. Atualmente presidente da Universidade Steinbeis Berlim, o da saúde
reitor falou sobre os projetos de inovação desenvolvidos por acadêmicos com ......................................................................................................

orientação de professores e custeados por empresas alemãs, um modelo 18 e 19 Organizando o


almoxarifado
bem-sucedido que incentiva a pesquisa e a aplicação prática. ......................................................................................................

Graduado em Física e doutor pela Universidade de Hamburgo


21 a 24 Excel empresarial
(1967), o professor Löhn iniciou, em 1982, estudo na área de Transferência de ......................................................................................................

Tecnologia. Com experiência na área acadêmica e de gestão, desenvolveu Licitações:


21 a 24
um modelo denominado Integração da Transferência de Tecnologia vantagens para
micro e pequenas
Empresarial, que apresentou durante a palestra.
empresas
Walter Fernandes ......................................................................................................

21 a 23 Como cobrar e receber


dívidas
......................................................................................................

22 a 25 Habilidades de
negociação e vendas
......................................................................................................

22 e 23 Gestão financeira
......................................................................................................

24 e 25 e-Social de forma prática


e objetiva

Revista ACIM /
65
penso // ASSIM

Religiões unidas
na busca pela paz

Walter Fernandes
/ Irivaldo Joaquim de Souza é advogado e coordenador
do Grupo de Diálogo Inter-religioso

O Grupo de Diálogo Inter-religioso houver diálogo inter-religioso”. falar sobre a paz na 10ª Noite de ora-
(G.D.I.) foi constituído em março de Assim, o diálogo constitui o primei- ção. Em 2014, ano em que o G.D.I.
2007 por iniciativa da Igreja Católica ro objetivo do G.D.I., ou seja, buscar destacou os budistas, a palestrante
de Maringá. Antes, o diálogo inter-re- com muito empenho a aproximação convidada foi a Monja Coen, de São
ligioso ensaiava seus primeiros passos e a relação de amizade entre as nove Paulo/SP.
por meio do Movimento Ecumênico religiões que até o momento o com- Em 2015, prestando homenagem
que, em 2001 e 2003, realizou as duas põe. Ao grupo inicial, juntaram-se os aos bahá’ís, foi convidado Iradj Ro-
primeiras ‘Noites de oração pela paz’. espíritas e a Religião de Deus. berto Eghrari, de Brasília/DF, para
Em seguida, foi formada uma comis- O G.D.I. anualmente promove a ‘Noite falar sobre a paz. Este ano destacan-
são mista que organizou e realizou, de oração pela paz’, quatro reuniões do os muçulmanos, o evento contou
em 2006, a terceira Noite de oração. administrativas e reuniões de suas com a presença e a palestra do teólo-
No ano seguinte, em 7 de março, fi- comissões de trabalho. Conseguido go paulista Sheik Rodrigo Rodrigues.
nalmente foi criado o G.D.I. – então o diálogo inter-religioso, passa-se ao Assim, o G.D.I. vem promovendo o
integrado pelas religiões budista, segundo objetivo: a busca da paz, o intercâmbio e o conhecimento das
bahá’í, candomblé, católica, evangé- que é ação permanente. religiões, respeitando suas identida-
lica, muçulmana e umbanda. Infelizmente, a paz, embora dese- des, doutrinas, usos, costumes e tra-
O G.D.I. nasceu da preocupação com jada por muitos, permanece como dições.
a intolerância religiosa e a rivalidade um ideal, pois o noticiário constante- É preciso promover a conscientiza-
entre membros das religiões, não só mente fala de intolerância, conflitos, ção das pessoas em relação à neces-
daquelas oriundas de Jesus Cristo. violência e mortes em todos lugares sidade do diálogo e da cooperação
Não nos conformamos com tais ati- do planeta. entre as religiões para fomentar a
tudes. Pensamos que às religiões ca- Por isso é que o Grupo de Diálogo In- cultura da paz.
bem buscar a espiritualidade, a ami- ter-religioso tem por objetivo a busca A paz que acreditamos é a paz inte-
zade e o bem. Jamais a intolerância, da amizade e da paz. Tanto que, em rior, a paz na família, a paz nas esco-
inimizade, lutas e até guerras face agosto de 2012, abrindo novo forma- las, a paz no trânsito, a paz nos am-
divergências religiosas. Ressaltamos to, o grupo convidou o cardeal Dom bientes de trabalho... Enfim, a paz
que sempre esteve presente entre João Braz de Aviz, para vir (de Roma) no mundo. Acreditamos que a ami-
nós, do G.D.I., a famosa frase do te- proferir palestra sobre a paz no audi- zade, a solidariedade e a paz entre
ólogo suíço Hans Küng: “não haverá tório Dona Guilhermina. os membros das diversas religiões é
paz no mundo enquanto não houver No ano seguinte, homenageando possível, pois as temos vivenciado
paz entre as religiões. E não haverá os espíritas, o G.D.I. convidou Sandra em todos nossos encontros e reu-
paz entre as religiões enquanto não Della Pola, de Porto Alegre/RS, para niões.

Ano 53 nº 569 novembro/2016, Publicação Mensal da ACIM, 44| 30259595 - Diretor Responsável José Carlos Barbieri, Vice-presidente de Marketing - Conselho Editorial Andréa Tragueta, Cris Scheneider, Eraldo Pasquini,

Giovana Campanha, Helmer Romero, João Paulo Silva Jr., Jociani Pizzi, Josane Perina, José Carlos Barbieri, Luiz Fernando Monteiro, Márcia Lamas, Michael Tamura, Miguel Fernando, Mohamad Ali Awada Sobrinho, Paula

Aline Mozer Faria, Paulo Alexandre de Oliveira e Rosângela Gris - Jornalista Responsável Giovana Campanha - MTB05255 - Colaboradores Giovana Campanha, Fernanda Bertola, Graziela Castilho, Rosângela Gris e Wila-

me Prado - Revisão Giovana Campanha, Helmer Romero, Rosângela Gris - Capa Factory - Produção Textual Comunicação 44| 3031-7676 - Editoração Andréa Tragueta CTP e Impressão Gráfica Regente - Escreva-nos

Rua Basilio Sautchuk, 388, Caixa Postal 1033, Maringá-PR, 87013-190, revista@acim.com.br - Conselho de Administração Presidente José Carlos Valêncio - Conselho Superior Presidente Marcos Tadeu Barbosa, Copejem

Presidente Michael Tamura, Acim Mulher Presidente Nádia Felippe - Conselho do Comércio e Serviços Presidente Mohamad Ali Awada Sobrinho. Os anúncios veiculados na Revista ACIM são de responsabilidade dos

anunciantes e não expressam a opinião da ACIM - A redação da Revista ACIM obedece ao acorto ortográfico da língua Portuguesa.
Contato Comercial Sueli de Andrade 44| 88220928

Novembro 2016

Informativo nº 001 | Novembro 2010

Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Norte e Noroeste do Paraná

Вам также может понравиться