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á anos que se temia – em Angola, em
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vil, está a revelar-se quase exemplar.
Sendo que os partidos tradicionais e AffCfli\ef1XjlZ\jjf[\Afj<[lXi[f[fjJXekfj\iXZfej`[\iX[XldÊdfd\ekfZik`ZfËgXiX8e^fcX%%%\efj
emergentes, que na sua génese eram pra-
ticamente todos braços políticos de fren- líticas demográficas e de educação e for- mento crucial para se decidir o rumo das mais alto magistrado da Nação, não
tes beligerantes, têm hoje sedimentada mação de um povo que se prevê mais do relações futuras entre os dois países... sem pode interferir na administração da Jus-
a importância da paz e do combate sem que duplique em menos de meio século. José Eduardo dos Santos. tiça. Mas pode e tem de garantir, porque
recurso às armas. Angola tem tudo para crescer. O Ministério Público português meteu é seu dever constitucional, que o Esta-
José Eduardo Santos, com todos os de- o pé na argola. Ou em Angola. Uma inge- do português não viole os tratados in-
feitos que se lhe possam apontar, teve um ra, é neste preciso momento, em que rência que, à luz dos convénios da CPLP e ternacionais a que está vinculado, nem
papel absolutamente referencial na cons- F Portugal, enquanto país historica- bilaterais, Luanda não aceitará. pretenda substituir-se à Constituição,
trução da paz, não só em Angola, mas em mente indissociável de Angola, devia O procedimento criminal em Portugal às leis e à administração da Justiça de
toda a região da África Austral, e vital mais apoiar e ajudar no processo da sedi- contra o vice-Presidente cessante, Ma- outro Estado, inevitavelmente suscitan-
no processo de transição para a demo- mentação da paz e da democracia e no des- nuel Vicente, num processo de alegada do conflito diplomático que, em última
cracia, apesar da longevidade da sua pre- envolvimento e crescimento de Angola, corrupção de um magistrado português, análise, pode culminar num (dramáti-
sidência – eventualmente até justificada através de uma cooperação ativa e mutua- violará os tratados internacionais a que co) corte de relações.
nos últimos anos pela impossibilidade mente vantajosa, que as relações entre os o Estado português está vinculado e, so-
de garantir tal estabilidade em momen- dois países atingem um ponto crítico e bretudo, despreza a Justiça de um outro or isso, se estão causa tratados e
to anterior.
Além disso, José Eduardo dos Santos,
ameaçador.
E na próxima terça-feira, quando João
Estado: Angola. G acordos da CPLP e de cooperação ju-
diciária bilateral entre Portugal e Ango-
por mais oposição que tenha tido em Por- Lourenço tomar posse e Marcelo Rebelo té aqui, as autoridades portuguesas la, Marcelo tem um problema enorme
tugal, sempre foi um defensor de uma re-
lação construtiva e de cooperação com o
de Sousa estiver a seu lado, haverá um mo- 8 têm-se escudado nos princípios basi-
lares de qualquer Estado de Direito demo-
para resolver.
Porque, neste caso, não se trata de uma
antigo Estado colonizador. crático, regido pela separação de poderes, questão que o Ministério Público portu-
traduzida na máxima ‘À Justiça o que é guês tenha poder bastante para decidir.
ngola tem um longo caminho a per- da Justiça e à Política o que é da Política’. Nem tão pouco a procuradora-geral da
8 correr. Na moralização do regime e do
mercado, na sustentabilidade económica
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente
da República, é professor catedrático de
República de Portugal pode ignorar, e
deixar sem resposta, as questões susci-
para além da indústria do petróleo e dos
ÁAljk`Xfhl\ Direito Constitucional. tadas pelo seu homólogo de Angola.
diamantes, no investimento em infraes- [XAljk`X2 E sabe bem que, na chamada ‘Operação É grave. E tanto mais grave e mais pa-
truturas básicas, no desenvolvimento do ~Gfck`ZXfhl\ Fizz’, não é bem assim. Tanto assim que radoxal quanto, neste caso, em que a Jus-
aparelho produtivo, na diminuição das as- [XGfck`ZX% ainda esta semana (em que o processo foi tiça portuguesa se arroga menosprezar
simetrias sociais, na criação de novas cen- finalmente distribuído para marcação do a Justiça angolana, o que está em causa
tralidades e repovoamento do interior do
EfÊZXjf=`qqË#~clq julgamento) recebeu em Belém o minis- é um crime de corrupção que alegada-
país que aliviem a pressão e concentra- [Xjc\`j`ek\ieXZ`feX`j# tro da Justiça de Angola. mente envolve um procurador da Repú-
ção na capital, na implementação de po- efY\dXjj`d O Presidente da República, enquanto blica... portuguesa.
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sta é a pergunta que muitos irão fa-
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O vento não favorece a oposição, antes
pelo contrário.
Existe a ilusão de que tudo está bem, que E`e^ldhl\i\i}e\jkXZfealekliXkfdXifcl^Xi[\G\[ifGXjjfj:f\c_f
o país navega de vento em popa, que as pes-
soas têm mais dinheiro e pagam menos mento não abranda (António Costa diz E agora o rating português deveria es- Mais reveladora do que muitas notícias
impostos – e enquanto esta ideia persistir que a dívida vai começar a descer em ou- tar de novo sob vigilância, pelas razões re- ‘escandalosas’.
o PSD não tem hipótese de voltar ao poder. tubro, mas em junho já ia em 8 mil mi- feridas: crescimento a abrandar, despesa Primeiro: como é possível um ex-pri-
Até a tão odiada Standard & Poor’s su- lhões este ano). pública a não diminuir, dívida a crescer, meiro-ministro empenhar-se ansiosa-
biu o rating português! O crescimento é ‘o maior do século’ desequilíbrio comercial a aumentar, pou- mente em contactos frenéticos para des-
Nesta conjuntura, o próximo líder será (como dizia orgulhoso o ministro das Fi- pança no mínimo, investimento anémico, mentir uma manchete verdadeira? In-
para queimar, será um líder de transição, nanças) mas foi o pior da União Europeia reformas estruturais bloqueadas. formado pelo Correio da Manhã de que
e é duvidoso que alguém se proponha para no 2.º trimestre. ia sair uma notícia sobre uma dívida da
o sacrifício. O crescimento e o emprego estão ape- aria Luís Albuquerque sabe tudo isto mãe ao fisco, que de facto existia, Sócra-
Do ponto de vista dos pretendentes ao
lugar, este não será o momento certo.
nas estribados no turismo.
As importações dispararam e crescem
D melhor do que a maioria dos seus
correligionários.
tes pôs-se em campo – e, depois de falar
para a mãe, ligou a um seu ex-secretário
três vezes mais do que as exportações, o Sabe que, de um momento para o ou- de Estado pedindo-lhe para falar ao di-
alvez por isso se fale tão pouco de uma que significa que a dívida externa está a tro, isto pode virar – e, aí sim, será o retor-geral dos Impostos, ligou a uma an-
K pessoa que, segundo julgo, chegará um
dia à liderança partidária: Maria Luís Al-
aumentar.
E o próximo Orçamento tenderá a agra-
seu tempo.
Se avançasse agora, seria para se quei-
tiga secretária, ligou à gestora de conta,
tudo isto em duplicado ou triplicado, com
buquerque. var a situação deficitária, por pressão das mar: deitaria abaixo o líder que a lançou o objetivo de pagar o imposto na hora e
Albuquerque tem ambições políticas esquerdas. e apenas serviria de lebre para abrir o ca- poder dizer no dia seguinte que a noti-
(caso contrário não seria vice-presidente) minho a outro. cia era falsa.
mas ninguém a ouve. erguntará o leitor: se isso é assim, Resumindo e concatenando, julgo que Segundo: a linguagem utilizada – com
Claramente está a reservar-se para ou-
tro tempo.
G como se explica então a melhoria
do rating?
Passos Coelho resistirá às autárquicas,
porque nenhuma figura forte quererá li-
o recurso abundante a palavras como
‘bandalhos’, ‘pulhas’, ‘filhos da p…’ – é
Melhor do que ninguém, percebe que Por um lado, a Standard & Poor’s tem derar o partido neste momento. simplesmente deplorável. Como é possí-
este não é o momento certo para avançar; vindo a ser a agência mais benévola em A menos que Passos se demita, em con- vel um ex-primeiro-ministro usar este
mas também sabe que ele pode chegar de relação a Portugal. sequência de um resultado eleitoral dema- palavreado? Como é possível uma pes-
um momento para o outro. Por outro lado, julgo que há um certo siado mau. soa que fala assim fazer-se respeitar pe-
As pessoas andam numa espécie de eu- desfasamento entre as decisões de altera- E aí será eleito um líder transitório, até los subordinados? Sócrates – e outros do
foria, embriagadas pelas boas notícias, e ção do rating e a realidade. que o vento mude de direção. seu círculo próximo, como Armando
não querem saber de mais nada. Portugal deveria ter teoricamente me- Vara e Joaquim Oliveira, que se expri-
Porém, como escrevi na última edição, lhorado o rating em 2014, quando inverteu P.S. – Na semana passada, o SOL publi- mem do mesmo modo –, foram protago-
há muitos sinais de alerta. a tendência de queda do PIB e começou a cou uma notícia muitíssimo reveladora nistas lamentáveis de um tempo triste
O défice desce, mas o ritmo de endivida- dar sinais consequentes de recuperação. sobre a personalidade de José Sócrates. da história do país.
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sidente de Angola gações do Departamento Central da acusação e pronúncia (em ju- golanas e tramitar na Justiça de
apresentou nos úl- de Investigação e Ação Penal em nho), ou seja, se esteja apenas à Angola. Separação que afirmam
timos dias um re- que o próprio era visado. Para tal, espera do início do julgamento, a poder ser feita ainda nesta fase
querimento no âm- defende o Ministério Público, te- defesa de Manuel Vicente garan- processual.
bito da ‘Operação rão sido pagos subornos ao antigo te que todo este caso não passa de O entendimento do MP portu-
Fizz’ em que arrasa o Ministério procurador daquele departamen- uma ilegalidade, uma vez que o guês, citado no requerimento ago-
Público português. O documento to responsável pelos respetivos in- seu cliente nem sequer foi notifi- ra apresentado, sobre a imunida-
que deu entrada no Tribunal Ju- quéritos – o magistrado Orlando cado de nada – isto além da imu- de de Manuel Vicente foi o de que
dicial da Comarca de Lisboa na Figueira. nidade, que, defendem os advoga- Portugal não teria de respeitar a
quinta-feira – e a que o SOL teve O governante está acusado por imunidade, uma vez que os factos
acesso – começa mesmo por refe- um crime de corrupção ativa, um foram cometidos em território na-
rir que os autos chegaram a jul- crime de branqueamento e um cional.
gamento «de forma surpreen- crime de falsificação de documen- AfXeXDXihl\j A defesa rebate tal argumento,
dente, súbita, ilegal e violado- to. O antigo procurador, por seu M`[Xcef dizendo inclusivamente que nem
ra de princípios e direitos turno, está acusado por corrup- mesmo os alegados factos pode-
fundamentais» da ordem jurídi- ção passiva, branqueamento, vio-
i\jgfe[\l riam ter sido cometidos em terri-
ca e «do Direito Internacional». lação de segredo de justiça e fal- XfgifZliX[fi tório nacional: «Quando da acu-
Neste processo, Manuel Vicen- sificação de documento. O caso foi sação proferida nos presentes
te é suspeito de fazer parte de um agora finalmente distribuído para
^\iXc[\8e^fcX autos não resulta um único fac-
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ŕ*,#-J)ŕ*,0(.#0ŕ
ŕ,&()ŕ#!/#,
:fd\flZfd[\eeZ`X de um antigo membro do MP, es-
Xee`dX\\emfcm`Xm}$ clarecendo que no âmbito da ‘Ope-
ração Fizz’ se investigava «o rece-
i`Xjg\ijfeXc`[X[\j[X bimento de contrapartidas por
\c`k\Xe^fcXeX% parte de um magistrado do Mi-
nistério Público (em licença sem
A chamada ‘Operação Fizz’ teve vencimento de longa duração
início em 2014 com uma denúncia desde setembro de 2012) com a
anónima que chegou à PGR e em finalidade de favorecer interes-
que se narravam suspeitas de su- ses de suspeito, em inquérito
borno a um (na altura) magistra- cuja investigação dirigia».
do do Departamento Central de In- Apesar de Orlando Figueira ter
vestigação e Ação Penal (DCIAP) arquivado outros inquéritos en-
para que arquivasse inquéritos volvendo outras personalidades
que visavam a elite angolana. angolanas, a acusação concluiu
Até sair do departamento do que, no total, o magistrado terá
MP que investiga a criminalida- aceitado receber mais de 760 mil
de económico-financeira mais euros alegadamente do vice-pre-
complexa, Orlando Figueira diri- sidente angolano para arquivar
giu vários inquéritos sobre bran- processos em que este era inves-
queamento de capitais envolven- tigado. O intermediário, conside-
do cidadãos angolanos. O magis- ram os investigadores, terá sido o
trado acabara por pedir para sair, advogado Paulo Blanco (que re-
passando depois a trabalhar em presentava o governante angola-
instituições com ligações a Ango- no). Além destes intervenientes,
la ou de capital angolano. foi ainda acusado Armindo Pires,
Numa nota enviada em feverei- um homem da confiança de Ma-
ro de 2016, a Procuradoria-Geral da nuel Vicente.
República confirmava a detenção :%;%J%
Gfck`ZX
> Vicente, determinar a presta-
ção de termo de identidade e re-
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sidência»: «E fê-lo – pasme-se! –
através de uma carta rogatória +/,#'(.)ŕ
(a segunda), datada de 21 de fe- *,-(.)ŕ*),ŕ
vereiro de 2017, e remetida
(/&ŕ#(.
para as autoridades judiciárias ½8e`ZXZfeZcljfgfjjm\c
angolana – agora em diferente gXi\Z\j\iX[\hl\fD`e`jk$
‘leitura da mente’ de um outro i`fGYc`Zf]\qZi\i~jXlkfi`$
Estado, o mesmo por sinal cuja [X[\jal[`Z`}i`XjXe^fcXeXj
mente o Ministério Público an- hl\jfc`Z`kXmXXjlXZffg\iX$
tes ‘lera’ de forma diferente...» f#hlXe[f#ef]le[f#dX`j
Mas então onde é que entra a ef]\q[fhl\]`ZZ`feXi\jj\
suposta mentira dos investigado- g\[`[f[\Zffg\iXf¾
res portugueses? É que, segundo
é descrito no documento a que o ½ygfjjm\cX]`idXihl\f
SOL teve acesso, no despacho de j\e_fi\e^\e_\`ifDXel\c
encerramento de inquérito era re- ;fd`e^fjM`Z\ek\m`l#[\
ferido que tinha sido enviada uma dfjXkX[Xj#fgifZ\jjfXmXe$
carta rogatória para Luanda para XigXiX]Xj\[\alc^Xd\ekf¾
que Vicente fosse constituído ar-
guido e pudesse prestar declara- ½R:XY\T#gfi`jjf#XM%<oX#gi
ções, quando, de acordo com os k\idf#[\ldXm\qgfikf[Xj#
advogados do governante, nenhu- X\jk\ZfejkXek\Xkifg\cf[fj
ma rogatória dera entrada na Pro- [`i\`kfj[fj\e_fi<e^\e_\`if
curadoria-Geral de Angola até DXel\c;fd`e^fjM`Z\ek\#a}
essa data. hl\e\dfD`e`jki`fGYc`Zf#
e\dXal`q[\@ejkilf:i`d`$
DGef\jg\iflg\cX eXÆfAl`q[Xj>XiXek`XjÆ#
i\jgfjkX[\ClXe[X jflY\iXdÆflhl`j\iXd
Se a primeira carta rogatória não AffCfli\ef\e[li\Z\l[`jZlijfZfdGfikl^Xc[liXek\XZXdgXe_XgXiXXj\c\`\j Æ]Xq$cf¾
seguiu, à segunda não foi dado
tempo sequer para se responder, pótese de logo nessa altura ter que a Procuradoria-Geral da Re- terminar, sondava-se a hipótese daí ainda foram trocadas algu-
defende o vice-presidente daque- sido feita a separação da parte do pública já enviou mais do que de Angola receber o procedimen- mas outras correspondências so-
le país africano. «Dos autos re- processo de Manuel Vicente, que uma carta para o seu homólogo to penal para transitar na Justi- bre dúvidas legais. A última das
sulta que, em 5 de maio de agora se requer. angolano, solicitando esclareci- ça daquele país. quais, enviada por Luanda em
2017, o Ministério Público con- De acordo com o requerimento, mentos sobre a lei daquele país e Poucos dias depois, o PGR an- julho deste ano, terá ficado sem
cluiu que não se vislumbrava embora formalmente, após a dis- os trâmites a seguir. Logo em no- golano responde, referindo a im- resposta de Lisboa.
que as autoridades judiciárias tribuição, todos os processos pos- vembro de 2016, uma missiva de possibilidade de cumprir uma O órgão máximo do MP daque-
angolanas viessem a responder sam estar em fase de julgamento, Lisboa questionava João Maria carta rogatória naqueles ter- le país referia nessa correspon-
definitivamente à carta roga- «materialmente» o de Manuel de Sousa sobre se havia possibi- mos, dada a imunidade de que dência que a carta rogatória en-
tória (a segunda) expedida Vicente ainda «se encontra em lidade de ser cumprida uma car- goza, e adiantando que a extra- viada de Lisboa para Luanda
após o final do inquérito, po- fase de Inquérito, pois não lhe ta rogatória em que se solicitas- dição também não seria possí- «ofende o estatuído na Cons-
dendo, por isso, comprovar-se foi até ao momento notificada se declarações de Manuel Vicen- vel, dado ser cidadão angolano e tituição da República de An-
a ineficácia dos procedimentos a acusação». te, bem como a constituição estar em território angolano. gola, constituindo motivo de
de notificação da acusação». como arguido e a aplicação do João Maria de Sousa, termina recusa previsto na alínea e),
Ou seja, os advogados de Ma- MX`md[\ZXikXj\eki\ termo de identidade e residência. dizendo que caso Portugal re- n.º 1 do artigo 3.º, da Conven-
nuel Vicente afirmam que o MP C`jYfX\ClXe[X Perguntava-se ainda se havia queira a transmissão do proce- ção de Auxílio Judiciário em
não quis esperar pela resposta, Desde que foi tornado pública a possibilidade de levantamento de dimento a mesma seria ponde- Matéria Penal entre os Esta-
considerando, mesmo antes de investigação a Manuel Vicente imunidade ou de extradição. A rada. O SOL sabe que a partir dos da Comunidade Países de
qualquer reação de Angola, que a Língua Portuguesa (CPLP)».
rogatória não seria cumprida. E Na missiva solicitavam-se por
vão mais longe: «A alegação de isso alguns esclarecimentos,
que a carta rogatória havia bem como se procurava saber se
sido rejeitada pelas autorida-
des angolanas era absoluta-
-ŕ>ŕ-*,ŕŕ#-J)ŕ)ŕ.,#/(& se mantinha ou não o interesse
de Lisboa enviar para Luanda o
mente falsa e foi inventada :fekXZkX[ffek\dg\cf JFC#Il`GXkiZ`f# Il`GXkiZ`fjXc`\ekflhl\#e\jk\dfd\ekf# processo.
pelo Ministério Público com X[mf^X[f[\DXel\cM`Z\ek\efgifZ\jjf# X[\]\jX`i}X^lXi[Xi½½gfildX[\Z`jf[f O procurador geral de Angola
base, exclusivamente, na apa- ½X[\]\jXZfek`elXi}#\dZf\ie$
[`jj\hl\½ ki`YleXc[\alc^Xd\ekfXZ\iZX[Xjhl\jk\j questiona mesmo a sua homólo-
rente vontade que este tinha Z`X\gfihl\\jj\fZXd`e_fZfii\kf#\d hl\j\ZfcfZXd#efd\X[Xd\ek\Xhl\jkf ga de Portugal sobre o interesse
de, rapidamente (...) e naquele ZX[Xdfd\ekfX[\hlX[f\\dkf[XjXj`ej$ [X`dle`[X[\Xhl\fm`Z\$gi\j`[\ek\\jk} do Governo português em man-
momento, fazer o processo keZ`Xjgigi`Xj#eXZ`feX`j\flkiXj#Xgl^$ m`eZlcX[f¾#]i`jXe[fhl\\jkX½ ½efk\dk`[f ter os acordos de cooperação ju-
prosseguir». eXig\cfi\jg\`kfg\cX:fejk`kl`f\g\cX fkiXkXd\ekfX[\hlX[f¾% diciária com o Estado angolano.
O Ministério Público tinha nes- C\`#Y\dZfdfg\cfjKiXkX[fj#:fem\e\j FX[mf^X[fX[`XekflX`e[Xhl\½ ½eXfZXj`f E, frisando a sensibilidade do
te caso a necessidade de acaute- \Zfjkld\j`ek\ieXZ`feX`jXhl\Gfikl^Xc \eXj\[\gigi`Xjj\i}]\`kX%%% X[\]\jX[\ tema para as relações entre os Es-
lar alguns prazos, uma vez que \jk}m`eZlcX[f#gifZliXe[fZfeki`Yl`igXiX ]le[f#dfjkiXe[fhl\fj\e_fi\e^\e_\`if tados, o PGR angolano deixou cla-
um dos arguidos se encontrava ldXXe}c`j\Zl`[X[X\fYa\k`mX[Xjji`Xj\ DXel\cM`Z\ek\kfkXcd\ek\Xc_\`f~dXki`X ro que iria dar conhecimento da-
privado de liberdade, mas, segun- Zfdgc\oXjhl\jk\jc\^X`j\[\<jkX[fhl\ [\jk\gifZ\jjf¾% quela carta ao ministro da Justi-
do a defesa, isso não justifica a op- \jk\gifZ\jjfjljZ`kX¾% :%;%J% ça de Angola e ao Presidente da
ção tomada, até porque havia a hi- República.
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Xg\ejXi\dGfikl^XcË#X]`idXgif]\jjfi[\<jkl$
[fj8]i`ZXefj%
8eke`fIf[i`^l\j Numa altura em que o New York em que os resultados eram ainda
Xekfe`fif[i`^l\j7jfc%gk Times, num artigo sobre as elei- provisórios e a oposição contesta-
AFÂF>@IÂF
ções angolanas de 23 de agosto, se va a validade dos mesmos.
Il`DXe^l\`iX]f`X referiu à relação de Angola e Por- O agora Presidente eleito de
tugal como de uma inversão do co- Angola, afirmou em março, ain-
9\cdeXhl`ekX$]\`iX% lonialismo, de subserviência por- da como ministro da Defesa, que
8e^fcX]\qdX`jldX tuguesa aos dinheiros angolanos, as relações com Portugal estavam
m\q jXY\i hl\ ef Elísio Macamo, professor de Es- «frias», porque «nas relações en-
XZ\`kXfhl\Zfej`[\iX tudos Africanos da Universidade tre Estados deve haver recipro-
de Basileia, discorda em absolu- cidade. Nós nunca tratamos
kiXkXi$j\[\g\ij\^l`$ to dessa ideia: «Portugal preci- mal as autoridades portugue-
f[XAljk`Xgfikl$ sa de Angola duma maneira sas e por esta razão exigimos,
^l\jXXXXckXj]`^liXj que coloca Angola numa posi- de igual forma, respeito pelas
ção negocial forte. Mas falar da principais entidades do Estado
[f<jkX[fXe^fcXef% inversão da relação colonial angolano».
não me parece correto». Talvez por isso, ainda antes de
Marcelo Rebelo de Sousa recebeu O académico, nascido em Mo- tomar posse, Lourenço foi a Espa-
o ministro da Justiça angolano, çambique e formado na Europa nha, onde chegou a dar uma en-
em Belém, na quinta-feira. Tema (Inglaterra, Alemanha), sublinha trevista à agência Efe, mas não
obrigatório: o processo que envol- que só «quando Portugal preci- passou por Portugal, nem fez
ve o vice-presidente cessante de sar de técnicos angolanos para qualquer referência à relação en-
Angola, Manuel Vicente, e as con- fazer andar a sua economia, aí tre os dois países. Será que isso
sequências possíveis do compor- DXiZ\cf\jkXi}eXkfdX[X[\gfjj\[\AffCfli\ef sim, poderemos falar de mu- demonstra um arrefecimento nas
tamento do Ministério Público dança». Até lá, a situação «não relações entre os dois países por
português para as relações futu- dente, teria de respeitar o princí- da Justiça portuguesa em relação mudou» e «seria demasiado in- causa dos problemas judiciais?
ras entre os dois países – sendo pio da separação de poderes que a altas figuras do Estado angola- fantil da parte de Angola pen- «Isso é que eu acho ‘colonial’.
que Rui Mangueira deverá tran- dá independência aos tribunais no, dizendo que põem em causa sar que agora tivesse virado». Esta insistência em ver tudo o
sitar da pasta da Justiça para a em matéria de administração da as relações entre os dois países. Marcelo Rebelo de Sousa estará que Angola faz em função da
das Relações Exteriores (Negó- Justiça. Em março, como ministro da De- terça-feira na tomada de posse do mensagem que Angola quer
cios Estrangeiros) no novo Gover- Sucede, porém, que o procura- fesa de Angola, João Lourenço di- seu homólogo angolano, João Lou- transmitir à ex-potência colo-
no de João Lourenço. dor-geral de Angola já questionou zia: «Estamos obrigados, os dois renço, que substitui ao fim de 38 nial. Não sei se os dirigentes
O Governo de Angola não ad- a procuradora-geral de Portugal Governos, a encontrar soluções anos José Eduardo dos Santos. É a angolanos passam a vida a pen-
mite que a Justiça portuguesa sobre o interesse do Governo e das para a situação que nos foi cria- primeira visita do chefe de Esta- sar em Portugal, no que pode
viole a Constituição angolana e autoridades portuguesas na ma- da». Acrescentando que «mesmo do português a Angola, que esco- agradar ou desagradar os por-
pretenda substituir-se à Justiça nutenção dos acordos de coopera- na separação das instituições, lheu Moçambique para a sua pri- tugueses. O país tem várias op-
angolana, invocando os tratados ção judiciária entre os dois países, as nossas instituições mesmo meira viagem oficial, mas o Pre- ções e Portugal é apenas uma
internacionais, as convenções da que considera estarem a ser vio- que tenham eventualmente ci- sidente foi um dos primeiros a entre várias», responde Elísio
CPLP e os acordos bilaterais. lados pelo MP português, assim dadãos portugueses que come- felicitar Lourenço pela vitória do Macamo.
Na argumentação da defesa de como os tratados da CPLP e o Di- tam erros aqui, têm o tratamen- MPLA nas eleições, numa altura 8%I%
Manuel Vicente e do Estado ango- reito Internacional no que concer- to específico, que fica no fórum
lano, o vice-presidente de Angola ne às regras da imunidade. judicial e não têm tratamento
goza de imunidade e, a ser julga- Mais, João Lourenço, Presiden- público pela imprensa».
do, terá de responder perante o te eleito que toma posse em Luan- Será no meio deste clima frio
Supremo Tribunal de Angola e da na próxima terça-feira, já por entre os dois países – e que levou
nenhum outro. diversas vezes se referiu de forma em Fevereiro ao adiamento sine
O entendimento do Ministério contundente ao comportamento die da visita a Angola da ministra
Público português não é esse a da Justiça portuguesa, Francisca
‘Operação Fizz’ chega à fase de jul- Van Dunem – que Marcelo Rebe-
gamento sem que Manuel Vicente lo de Sousa estará na quarta-fei-
tenha sido ouvido, quer na fase de ra, em Luanda, para a tomada de
inquérito quer na de instrução. JXekfjJ`cmX posse do seu homólogo. Tal como
Marcelo Rebelo de Sousa este- \GXlcfGfikXj Augusto Santos Silva, o ministro
ve há meses com Manuel Vicente dos Negócios Estrangeiros, que
no Brasil e prometera-lhe que iria
kXdYdmf\jkXi irá representar o Governo. Quem
informar-se sobre o caso, salva- eXgfjj\[\ também não deixará de estar pre-
guardando que, enquanto Presi- AffCfli\ef sente é Paulo Portas. <cj`fDXZXdfgif]\jjfieXLe`m\ij`[X[\[\9Xj`c\`X
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«Com o PS no poder não há ta dos governos – tanto em Portu-
‘jobs for the boys’», assegurou gal como na Europa –, os 35 mem-
António Guterres, primeiro-mi- bros já nomeados para o gabine-
nistro, há mais de duas décadas. te de Mário Centeno não passam
Estávamos em 1995. despercebidos, mas não geram
Devolvendo em expressão igual- questão.
mente anglo-saxónico, ‘old habits No entanto, o facto de Ricar-
die hard’: porque o PS está no po- do Mourinho Félix, secretário
der e à beira de celebrar o seu se- de Estado do Tesouro e das Fi-
gundo aniversário como Governo nanças, ter já indicado 42 pes-
e soma mil quatrocentos e trinta soas para a sua equipa é algo
e nove (1439) nomeações para ga- desproporcional, por exemplo,
binetes. Entre assessores e adjun- à equipa do ministro da Educa-
tos, o Executivo já quase alcança, ção (Tiago Brandão Rodrigues),
então, o milhar e meio.
O Governo anterior, (PSD/CDS),
nos seus primeiros oito meses ha-
via nomeado 750 membros para
gabinetes do Executivo. J%9\ekf\jZXgX
À época da remodelação que le- que tem que tomar conta de um ultrapassar as quatro dezenas de Centeno, são mais 37 nomeações
vou Paulo Portas de ministro dos ~\jZXcX[X[\ dos ministérios de maior dimen- indicações é o dos Assuntos Fis- para adjuntos ou assessores até ao
Negócios Estrangeiros para vice- efd\X\j#Xg\jXi são do Governo e conta com me- cais, antes a cargo do entretanto início da semana corrida.
-primeiro-ministro, alargando o [fZfiilg`f nos sete pessoas que o secretá- exonerado Fernando Rocha An- Numa pasta, desde que João
número de gabinetes, contava rio de Estado já referido, isto é, drade: foram, até agora, 41 pessoas. Soares se demitiu, mediatica-
com 515 assessores e adjuntos em
gifmfZX[fg\cX 35 indicações. Na Secretaria de Estado da Admi- mente discreta, a Cultura conta
funções. Corria o ano de 2013. Pe- Z_\]\[\^XY`e\k\ Ainda no Ministério das Finan- nistração e do Emprego Público, com 52 nomeações para o gabine-
dro Passos Coelho, como primei- [fgi`d\`if$d`e`jkif ças, outra Secretaria de Estado a insistindo no Ministério de Mário te do ministro (hoje, Luís Castro
ro-ministro, tinha em São Bento Mendes) e 33 para a sua Secreta-
53 pessoas consigo, do chefe-de- ria de Estado. O ministro da Saú-
-gabinete às assessorias – um nú- de, por outro lado, conta com uns
mero que não é distante daquele modestos 20 indicados para o seu
que António Costa tem hoje gabinete.
como líder de Governo. No primeiro semestre deste
Governo, já haviam sido nomea-
Jf9\ekffdX`jefidXc dos mais de mil ‘boys’, com con-
Costa conta, olhando para os nú- tratações num valor superior a
meros a 20 de setembro de 2017 no 2 milhões de euros em custos
Diário da República, com 70 indi- para o Estado. Já aí, à seme-
cações. Todavia, como o SOL já lhança do ocorrido em Executi-
noticiou, o número de exonera- vos anteriores, as nomeações no
ções do gabinete do atual primei- Diário da República eram supe-
ro-ministro também é volumoso, riores às que constavam no por-
equilibrando essa balança. tal do Executivo para a respeti-
Não é aí, portanto, que estão os va função.
casos mais misteriosos nas indi- O número de indicações, as to-
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ntónio Costa tem 38% abaixo o Governo. Mas tornará
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A primeira vez que António como secretário-geral do
Costa venceu as eleições PS. Era a Medina que iria
para a Câmara de Lisboa foi entregar a presidência da
sem maioria absoluta. Con- Câmara, como se veio a
seguiu governar seduzindo, confirmar. «Uma das me-
como sempre. No caso, sedu- lhores decisões» que to-
ziu o vereador então eleito mou na política, veio dizer
pelo Bloco de Esquerda, Jo- o secretário-geral do PS, já
sé Sá Fernandes – que é hoje depois da notícia da com-
candidato na lista encabeça- pra da casa.
da por Fernando Medina – O passeio que Fernando
e também Helena Roseta , Medina esperava tornou-se
que se candidatou a Lisboa mais difícil depois das no-
à cabeça de um grupo de ci- tícias sobre a compra da
dadãos. A partir da sua mi- casa a uma familiar do
noria, acabou eleito, em CEO da Teixeira Duarte-
2013, com uma maioria ab- que decidiu perder 195 mil
soluta de 51%. euros com o negócio. Mas a
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A surpresa das eleições au- e meio anunciou no Con- Matosinhos nunca teve ou- vez porque então foi derro-
tárquicas no Porto surgiu gresso do PS que os socia- tra cor política, direta ou in- tado por Guilherme Pinto,
ontem através de uma son- listas deveriam apoiar Mo- diretamente, que não o PS, outro socialista, mas que,
dagem da Universidade Ca- reira. A combinação, in- mas nos últimos dez anos na altura, concorreu como
tólica, divulgada pelo Jornal cluindo lugares em listas, não tem havido consenso e independente.
de Notícias. Manuel Pizar- estava praticamente fecha- as cisões multiplicam-se. Parada, ex-adjunto do se-
ro e Rui Moreira estão em da, mas tudo se desmoro- Desta vez há dois candida- cretário de Estado das Pes-
empate técnico, com Pizar- nou quando Rui Moreira tos com percurso socialista cas e atual diretor técnico
ro a ganhar 10% relativa- decidiu rejeitar o apoio do que o partido escolheu não na Docapesca, depois de 32
mente às últimas autárqui- PS, com medo do seu esta- apoiar. Narciso Miranda re- anos na comissão nacional
cas e Rui Moreira a perder tuto de independente vir a gressa como independente, do PS entregou o cartão de
5%. É, até agora, a única sair beliscado. depois de ter liderado a au- militante, em rutura com a
sondagem que não dá Mo- Manuel Pizarro foi obri- tarquia entre 1979 e 2005 direção da distrital e avan-
reira a ganhar a Câmara. gado a avançar, sem espe- pelo PS, do qual foi expulso çou para a corrida. Mas só
O cenário foi considera- rança nenhuma. Entretan- em 2009 por se ter candida- depois de saber que o PS,
do totalmente impossível. to, o caso Selminho come- tado como independente. por indicação de Manuel
De tal forma Rui Moreira çou a danificar a imagem António Parada, que nas Pizarro, presidente da Fe-
parecia imbatível – e a sua de Moreira. últimas eleições em 2013, deração Distrital, iria
relação com Pizarro na Câ- Se Pizarro acabar a ven- teve o apoio da máquina so- apoiar Luísa Salgueiro, de-
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mara, enquanto vereador, cer o Porto, prova-se que a cialista para a corrida a putada eleita pelo círculo
também parecia perfeita – estratégia inicial de Costa Matosinhos. Desta vez tam- do Porto, que é também
que António Costa há ano era um erro crasso. bém não recebeu apoio. Tal- membro da distrital.
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Este ano, as sagas da direi- sos, a já antiga amiga e já
ta em Lisboa tiveram dra- referida, Leal Coelho.
matismo distinto. Passos A seu lado no boletim de
viu um vice-presidente da voto irá José Eduardo Mar-
concelhia do PSD de Lis- tins, que coordenou o pro-
boa virar-lhe as costas e de- grama autárquico da capital
safiá-lo para ser ele pró- e é o candidato do partido a
prio candidato à Câmara presidente da Assembleia
de Lisboa, já que não ar- Municipal de Lisboa. Mar-
ranjava um. Íamos no na- tins tem estado na estrada
tal passado e Passos ainda com Teresa Leal Coelho e
demoraria mais dois pares até com Passos, tendo apa-
de meses a achar um – no rentemente enterrado o ma-
caso de Teresa Leal Coe- chado de críticas.
lho, uma. Do lado do CDS, Cristas
A chuva de eventuais no- coligou-se com o MPT e o
mes ganhou contorno líri- PPM, que têm lugares na lis-
co – entre próximos e dis- ta da Assembleia Municipal.
tantes da direção nacional Para Câmara, como número
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Dificilmente Álvaro Almei- o que reza o crachá. O mais Começemos a contagem: ria num processo em torno
da fará justiça ao slogan que prejudicado com a oportu- Luís Marques Mendes, Mar- das águas locais e o seu vice-
escolheu para a sua candi- na separação entre o PS e o co António Costa, Pedro Pas- -presidente e líder do PS lo-
datura: O Porto, primeiro. CDS foi o mencionado Ál- sos Coelho, Luís Montene- cal candidata contra si
Rui Moreira parte com o varo Almeida. gro, e Passos outra vez. Nos como independente. A direi-
favoritismo da incumbên- Também independente, últimos dois meses, grande ta quer aproveitar e, ao con-
cia e com um mandato que escolhido pelo PSD e com o parte da estrutura de topo – trário do sucedido em 2013,
permitiu saúde financeira apoio do PPM, era pratica- ancestral e contemporânea candidata-se coligada. O
e aposta no meio cultura. A mente desconhecido no – foi a Barcelos, discursar ou candidato contra Costa Go-
separação intercalar de meio político, tendo feito participar em eventos da mes é Mário Constantino,
Manuel Pizarro, agora can- carreira como alto quadro candidatura do partido à Câ- com apoio do PSD e do CDS.
didato pelo Partido Socia- do Fundo Monetário Inter- mara Municipal. O PSD con- Num concelho de eleito-
lista, permitiu-lhe salva- nacional. Com um perfil venceu-se – eventualmente rado tradicionalmente mais
guardar um eleitorado seu mais ministerial que autár- sabendo porquê – que pode próximo ao Partido Social
mas relutante em ver quico, acusa Moreira de recuperar Barcelos, um an- Democrata e tendo a comis-
apoios oriundos da esquer- não cumprir as promessas tigo bastião autárquico dos são nacional do PS colocado
da, assim como dispersar que fez em 2013. Moreira, sociais-democratas. Barcelos como uma das dez
voto dos partidos mais pe- por sua vez, garante que só Miguel Costa Gomes, pre- Câmaras em risco daqui a
quenos. Manteve o original precisa deste segundo man- sidente do município há uma semana, os ‘laranji-
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apoio do CDS-PP e faz cam- dato como seu último para oito anos pelo PS , viu os tri- nhas’ anseiam a reconquis-
panha como independente. terminar o seu projeto para bunais condenarem a Câ- ta num cenário nacional
O meu partido é o Porto, é a Invicta. mara a uma verba milioná- menos auspicioso.
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este conjunto de bons candidatos tas de Freguesia, às Câmaras, à nas autarquias», referiu esta se-
tarda em alcançar câmaras para o Assembleia Municipal, é pre- mana Catarina Martins, a coor-
BE. Desta vez volta a candidatar ciso o enraizamento social que denadora do partido. :XkXi`eXDXik`ej#Zffi[\eX[fiX[f9<
em Salvaterra de Magos aquela depois se transporta em votos». Daí que o Bloco espere tirar divi-
que foi a sua única autarca (entre Nessa perspetiva falta ao BE co- dendos de alguns dos seus candida- 9,92%, mais quatro pontos percen- na possibilidade de um segundo ve-
2001 e 2013), Ana Cristina Ribeiro, meçar a eleger, mostrar trabalho, tos com trabalho realizado a nível tuais que o BE alcançara em 2009. reador. Também em Lisboa, a coor-
conhecida por “Anita”. ter rostos conhecidos localmente, local, como seja Helena Pinto, que A partir desse ‘roubo’ de um verea- denadora do BE aspira a eleger um
Fabian Figueiredo, membro da «porque conhecendo-se, confia- foi vereadora nos últimos quatro dor ao PS há quatro anos, quer o vereador que lhe permita viabilizar
comissão política do Bloco e can- -se mais na pessoa» que se apre- anos da Câmara de Torres Novas, Bloco construir algo mais este ano. uma solução política para a autar-
didato em Loures, tem uma expli- senta nas listas. São cargos onde com liderança PS. Uma animado- Catarina Martins mostrou-se am- quia. «Eleger em Lisboa é segu-
cação para a dificuldade de im- o peso ideológico perde para a pro- ra social que foi deputada nacional biciosa no Porto, não só falando na ramente importante e também
plantação do Bloco no poder local: ximidade, para a identificação. entre 2005 e 2015 e que em 2013 con- possível eleição de João Teixeira Lo- no Porto», afirmou Catarina Mar-
«Somos uma força política re- «Um trabalho que só se conso- seguiu eleger um vereador com pes como chegando mesmo a falar tins em entrevista ao Expresso.
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A aposta está feita, o Bloco de Es- Foi durante três mandatos a única
querda pretende fazer valer o seu Câmara liderada pelo Bloco de Es-
peso político em Lisboa para con- querda. Com a lei da limitação de
quistar um lugar de vereador para mandatos, Ana Cristina Ribeiro,
Ricardo Robles. Nas últimas legis- conhecida por ‘Anita’, não concor-
lativas, o BE conseguiu mais de 29 reu em 2013 e o Bloco perdeu com
mil votos no concelho. Conseguisse a sua autarquia. Manuel Neves não
o Bloco refletir esse peso de 2015 em repetiu o feito da sua antecessora
Lisboa nestas autárquicas e seria – eleita pela primeira vez em 1997
a terceira força na capital. Só que pela CDU – e o BE viu o PS conquis-
uma coisa é uma coisa e outra coi- tar Salvaterra, mas sem maioria.
sa é outra coisa. Nas últimas elei- O principal adversário este ano vol-
ções para a autarquia de Lisboa, o ta a ser o socialista Hélder Esmé-
Bloco conseguiu apenas 4,61%, al- nio, que se recandidata. «Esta é
cançando menos de metade dos vo- uma candidatura que conta com
tos da CDU, que elegeu dois verea- a experiência de 12 anos de ges-
dores. «Ter um vereador em Lis- tão autárquica», diz a candidata,
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Consegue, misteriosamente, divi- Carlos Humberto governou a Câ-
dir o seu tempo entre o plenário de mara Municipal do Barreiro du-
Estrasburgo e a praça do Municí- rante vários mandatos, mas agora
pio, em Lisboa, onde é vereador é candidato a presidente da As-
sem pelouro. Nesta campanha, sembleia Municipal. A CDU apre-
mostrou ser um dos candidatos senta como candidata a presiden-
mais bem preparados. Em 2013, te da Câmara Municipal do Bar-
João Ferreira elegeu dois vereado- reiro a atual vice-presidente, Sofia
res para a CDU, com 9.85% dos vo- Martins. Em 2013, os comunistas
tos. A CDU não fecha a porta a um conseguiram 44,89%dos votos,
entendimento pós-eleitoral com com o PS a quedar-se por 27,71% e
Fernando Medina, o mais que pro- o PSD em 8,89%. A saída do histó-
vável vencedor da eleição para a rico Carlos Humberto fez alguns
Câmara de Lisboa, tal como tam- socialistas sonhar com o que deve
bém já anunciou o Bloco de Es- ser praticamente impossível: ga-
querda. Se a CDU subir em Lisboa, nhar o Barreiro. Mas até António
as possibilidades de Ferreira como Costa participou na pré-campanha
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ão creio que a liderança bem; a partir do momento em
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«Deve-se aprender sempre, até mesmo Que, nuns dias, mais parece uma zanga de
com um inimigo». parceiros de ‘cama’ (política, bem entendi-
@jXXZE\nkfe do); e, noutros dias, um leilão eleitoralis-
ta a ver quem promete e dá mais aumen-
stamos a menos de uma semana do tos, benefícios, expectativas.
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lhões de pessoas. 8j\c\`\jXlk}ihl`ZXj[\([\flklYif]fiXd\oZ\jj`mXd\ek\ tos a autarcas. É de esperar que, no tem-
Pouco se tem discutido o que mais im- ÊeXZ`feXc`qX[XjËg\cXgfck`ZXeXZ`feXc#j\Zle[Xi`qXe[ff[\YXk\ po pós eleitoral, não sejam usados para
porta para o mundo autárquico. Maté- \eki\fjgifa\kfjXlk}ihl`Zfjefjm}i`fjdle`Zg`fj desfocar de novo um ato eleitoral desta
rias tão díspares como a importância do grandeza.
modelo de governo municipal e de fre- nal pouco ou nada foram discutidas. Antes ‘país do interior’. Este último – a norte,
guesia no capítulo da promoção do des- pelo contrário. Foram totalmente secun- centro ou sul – tem sido completamente inalmente, estou convicto de que, se es-
envolvimento local e supra municipal,
no capítulo da descentralização de servi-
darizadas no debate nos novos e velhos
media.
abandonado e desvalorizado pelo Estado
nas últimas décadas, com perda de servi-
= tas eleições tivessem sido mais autár-
quicas e menos nacionais, partidos como
ços e de poderes, da responsabilidade fi- É pena. Porque as eleições autárquicas ços públicos e de investimento público, o PSD mostrariam ainda melhor aos por-
nanceira na questão do território, na va- realizam-se exatamente para que se faça consequentemente com perda de popula- tugueses que têm muitos bons autarcas
lorização dos seus recursos humanos, na o balanço dos respetivos mandatos autár- ção, onde o Estado é infelizmente o pro- (nos três ‘países’: o das cidades, o do lito-
captação de investimento, na promoção quicos e se confrontem os projetos a con- blema, pela negativa. ral e o do interior), e candidatos, equipas
da coesão económica e social, na valori- cretizar, concelho a concelho. e programas muito centrados nos seus ter-
zação dos recursos endógenos e exóge- Ficámos com défice de debate e de con- om poucas exceções, nada disto se de- ritórios e nas suas populações.
nos, no domínio dos transportes e das
acessibilidades, na necessidade de uma
frontação democrática sobre muito do que
é o papel insubstituível da autarquia-mu-
: bateu e mereceu a atenção devida.
Mas o que se debateu, afinal? Temas na-
O voto no PSD, nestas eleições autárqui-
cas, também por isso é importante. Por-
nova geração de políticas autárquicas na nicípio e da autarquia-freguesia. Tendo cionais. Isso mesmo: política nacional. que, como tem provado ao longo de déca-
área da terceira idade, mais baseadas na em vista a satisfação das necessidades co- Quem tem acompanhado estas eleições pe- das, o PSD vê o poder local como um ins-
promoção do desenvolvimento do que na letivas de segurança, cultura e bem-estar, los media – e sobretudo pela televisão -- trumento relevante para a modernização
criação obsessiva e já gasta da constru- de caráter local e supramunicipal. desta vez não se pode queixar da falta de do país e para o reforço da sua coesão eco-
ção de infraestruturas. É pena. Porque vivemos um tempo co- debates, antes pelo contrário. Mas os con- nómica e social. O voto no PSD é impor-
letivo complexo, mas desafiante, num teúdos ‘oferecidos’ quais são? Desde logo, tante nesta fase da nossa vida coletiva. É
stas e muitas outras matérias verda- país autárquico muito díspar. Onde são uma ‘conversa’ ao vivo e em direto entre o este o apelo que deixo.
< deiramente prioritárias para o poder
local e para o universo autárquico nacio-
muito visíveis três países diferentes: o
‘país das cidades’, o ‘país das vilas’ e o
Governo e os seus parceiros de coligação
sobre o Orçamento do Estado para 2018. fc_XiXfZ\ekif7jfc%gk
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O ex-vice-primeiro-ministro ŕ$)!)-ŕŕ /.)&
Paulo Portas regressou, de A decisão do Governo de
soslaio, ao debate público proibir jogos nos dias de
esta semana. Numa confe- eleições não faz sentido. É
rência no American Club of precipitada, incoerente e
Lisbon. E, pelo que se viu, re- deixa a descoberto tiques
gressou em grande forma. terceiro-mundistas, que
Um ano e meio depois de ter dispensamos.
abandonado a política. Mos- Melhor seria, em vez
trando o quanto é um conser- desta decisão, que tives-
vador moderado. Não dei- sem anunciado um cami-
xando até, em matérias como nho para a reforma do sis-
a imigração, de criticar a tema político, em que o
vaga anti-imigratória de al- voto obrigatório fosse in-
guns na Europa. troduzido.
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AèC@F=<IE8E;<J$I<M%8?I<JG
fesa de Fernando Medina, envol-
vido na compra de um andar por
um valor supostamente inferior
ao preço de mercado, o que pode-
ria configurar uma situação de fa-
vor. O ex-primeiro-ministro diz já
ter passado pelo mesmo, e acusou
o Ministério Público de perseguir
o presidente da CML, como o per-
segue a ele. Sócrates quis aparen- [ŕ,,)ŕ/'ŕ#(##.#0ŕ$/(.,ŕ/'ŕ&+/ŕ.J)ŕ,(!(.ŕŕ #!/,-þŕ
-ŕ )#ŕ)ŕ+/ŕ)(-!/#/ŕ(.(#)ŕ,#0ÿŕŕ ÿŕ
temente ajudar Medina. Mas tê- (ŕ)( ,b(#ŕ()ŕ',#(ŕ&/ŕĕŕ 4()ŕ$/-ŕ>-ŕ-/-ŕ+/&#-ŕŕ(!)#),ÿŕ*,)'(.ŕ')(-.,-ŕ+/()ŕ*,-##ŕ
-lo-á conseguido? Será uma ‘aju- >ŕ)'#--J)ŕŕ,&"),-ŕŕ#-(0þŕŕ ).)ÿŕ
)J)ŕ),-ÿŕ,(()ŕŕ6/ÿŕ
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da’ para alguém ser comparado a '&")ŕĚ( #.,#J)ěÿŕ,-ŕ#,)ŕĚŕŕ-ŕ-*,,ŕŕ)/-ŕ0,-ěŕŕ,(()ŕ!,J)þ
José Sócrates nos dias de hoje?
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>fm\ief[Xji\`m`e[`ZX\j[\d[`$ Vamos por partes, para sermos
justos. O Governo entende que os
Zfj\\e]\id\`ifj%8[XcY\ikf:Xdgfj profissionais são o motor princi-
=\ieXe[\jXjjld\hl\YX`oXiX[m`$ pal da dinâmica do Serviço Nacio-
nal de Saúde e da sua qualidade. ao futuro. Não se prepara o futuro reira estruturada. Foi um proces-
[XgYc`ZXkXdYdldXgi`fi`[X$ Não há nenhuma contenda, ne- passando uma esponja sobre o que so difícil, negociado no tempo e
[\jlX\i\ZljX[`m\i^eZ`XjZfdXj nhum conflito, na justa medida
em que, se há Governo que tem
está feito. Foi este Governo que
contratou, até ao dia de hoje, cerca
no modo possível, e hoje sentem-
-se reconfortados porque viram a
=`eXeXj%I\m\cXX`e[XldXd\[`[X dado sinais de respeitar esses pro- de 2800 novos enfermeiros. E que carreira enquadrada. O mesmo
`e[`kXgXiXXkXZXiXjX[X[\d[`$ fissionais de saúde, tem sido este.
Iniciámos um processo de devol-
converteu em contratos definiti-
vos cerca de 2000 contratos a ter-
com os farmacêuticos hospitala-
res, que aguardavam há 16 anos.
ZfjgXiXfgi`mX[f1fYi`^Xifjafm\ej ver a dignidade profissional ao se- mo certo. Nesse sentido, dir-se-ia:
\jg\Z`Xc`jkXjXgX^XigXik\[X]fidX$ tor, nomeadamente através da re-
posição dos rendimentos. O des-
‘então as reivindicações dos enfer-
meiros são desproporcionadas, in-
<iXdgi`fi`[X[\6
Não, são grupos profissionais
fj\efhl`j\i\d]`ZXiefJEJ% congelamento das carreiras é justas ou inadequadas?’ Não são. mais pequenos e é preciso dizer
outro passo importante. que, quer num caso quer no outro
e]\id\`ifj\d[`Zfj ves do que na legislatura anterior HlXcf`dgXjj\6 não houve nenhuma implicação
<
XeleZ`XdefmXj^i\m\j% ou do que em períodos em que o <jk}X[`q\ihl\\e]\id\`ifj\d$ Parte daquilo que hoje os enfer- orçamental.
<jkXmX~\jg\iX[\jkX país não estava sob intervenção. [`Zfj\jkfXj\i`ealjkfj6 meiros reivindicam resulta de
X^`kXfg\cXrentrée6 A situação atual é um sinal daqui- Não, o que digo é que a devolução uma acumulação em alguns ca- Jgfjjm\cXZfi[fjj\d^iXe[\
Em todos os ciclos po- lo que é a tensão entre grupos pro- da dignidade começou com o re- sos, como eles reconhecem, de `dgc`ZXffiXd\ekXc6
líticos existem mo- fissionais – que legitimamente en- conhecimento de que o esforço pe- processos com cerca de 20 anos. O A decisão do Governo foi traba-
mentos em que a tensão sociopro- tendem que as condições de tra- dido aos trabalhadores podia e de- que temos dito é o seguinte: será lhar com estes profissionais, cor-
fissional se agudiza, seja quando balho devem ser melhoradas – e o via ser corrigido. Resolvemos a possível a um Governo, a este ou responder a uma perspetiva de
há um período pré-orçamental ou Governo, que tem a obrigação de questão do Período Normal de a qualquer outro, resolvê-lo de desenvolvimento pessoal e profis-
até um ciclo eleitoral. olhar para o conjunto. A obriga- Trabalho (PNT) e com um esfor- uma forma instantânea, sem pôr sional e eles entenderem e aceita-
ção de um Governo é governar em ço muito grande, nomeadamente em causa o conjunto das necessi- rem que havia um tempo para po-
ydX`jldXhl\jkf[\timing[f nome do interesse geral. na saúde, repondo o horário de dades do país? A resposta é não. dermos, depois, ponderar as ques-
hl\ilkliXZfdfD`e`jki`f6 trabalho nas 35 horas. Mas veja-se o caso dos Técnicos tões orçamentais.
A questão do tempo orçamental :fd\Xe[f g\cfj \e]\id\`ifj% de Diagnóstico e Terapêutica
será a mais determinante. Até te- F >fm\ief gifg\ ld jlYj[`f 8c^fhl\efXYiXe^\X`e[Xkf[fj (TDT), que chegaram a fazer uma MfckXe[f~g\i^lekX`e`Z`XcjfYi\fj
mos tido uma situação relativa- d\ejXc kiXej`ki`f [\ (,' \lifj fj\e]\id\`ifj% greve de quase um mês. Há 18 efmfjjlYj[`fj[fj\e]\id\`ifj
mente tranquila, com menos gre- gXiXfj\jg\Z`Xc`jkXj%yfmXcfihl\ Abrange dois terços, mas já vamos anos que ambicionavam uma car- \jg\Z`Xc`jkXj%
NNN%JFC%GK ).
ÊÊ
nomia, e quanto a mim bem, para 8`e[XjfYi\D}i`f:\ek\ef#XZ_X Temos de nos libertar daquela mais num ambiente de equipa
fazê-lo sem o acordo e sem a valida- hl\fd`e`jkif[Xj=`eXeXjk\dX questão de que vivemos de peque- multidisciplinar. Diria que é um
ção prévia das Finanças. j\ej`Y`c`[X[\jfZ`Xcjl]`Z`\ek\gXiX nos jogos e pequenas vitórias. mito urbano que foi montado no
XjiXd`]`ZX\jhl\XklXcd\ek\k\d Não deixo de respeitar ou valori- sentido de cavalgar que havia aqui
DXj\jjXklk\cX[Xj=`eXeXjk\d fD`e`jki`fjfYi\XjflkiXj}i\Xj6 Ef]Xi`XeX[XX zar a posição de um sindicato por uma preferência.
Acha que o ministro Mário Cente- ele agendar uma greve.
m`e[fXj\ii\]fiX[X%J\ek\hl\
k\dXXlkfefd`Xe\Z\jj}i`X6 no teria, como tem hoje, o respeito
]XmfiflZfekiX DXjfcY`d[`Zf\o`jk\flef6
Sinto muito orgulho em perten- da generalidade dos portugueses e fj\e]\id\`ifj EfmZfekiX[`f6 Não conheço nenhum lóbi médi-
cer a um Governo que devolveu também das entidades externas por gfij\iZXjX[f A apreciação que fiz da posição do co. Existirá tanto um lóbi médico
rendimentos, que retirou o país estar a fazer, com a colaboração de SEP já a tinha feito relativamen- como financeiro, dos advogados.
da indignidade internacional e todos nós, o que é necessário se res-
ZfdldX te à Ordem dos Médicos. É preci- Não tenho uma visão maniqueís-
que fez com que Portugal esteja pondesse a todas as necessidades ou \e]\id\`iX%=`q so que fique muito claro: o Gover- ta da sociedade, de que existem
projetado num ciclo de cresci- reivindicações, embora legítimas? ldgXZkf1ef no não tem preferência por ne- ambientes conspirativos e grupos
mento. Tenho dito muitas vezes: Não está em causa a legitimidade, nhuma instituição ou entidade. A com muito poder.
quando, daqui a dez anos, eu esti- está em causa o tempo e o modo. Se ]XcXi[\gfck`ZX única preferência é pelas entida-
ver fora disto e o Governo for temos de fazer escolhas, garantir \dZXjX des que agem dentro do enqua- Ef]Xi`XdX`jj\ek`[f_Xm\ildj`j$
olhado na sua ação, prefiro ter co- que a consolidação orçamental é fei- dramento legal e que, sendo ins- k\dX[\\jg\Z`Xc`qXf[fj\e]\i$
ËË
migo o ónus de que às vezes não ta e o país se liberta para pagar me- tituições da saúde, têm a ética d\`ifjZfdff`ek\ieXkf[fjd[`$
consegui fazer tudo o que gosta- nos juros, temos de o fazer. como princípio maior. Zfj#ZfdX\jg\Z`Xc`qXf]\`kXef >
)/ )*J<K<D9IF)'(.
JfZ`\[X[\
> dY`kf[fJEJ\efgfim`X[\Zli$ modo. A negociação é um exercí-
ÊÊ
jfj]fiX[fj`jk\dX6 cio em que as partes tendem a
Percebo que me faça a pergunta a partir de pontos diferentes, não
mim, porque sou eu que estou de tur- digo diametralmente opostos,
no, mas é de fazer a pergunta aos que mas muitas vezes afastados. Tem
assinaram há anos que seria de ou- EfZfe_\f sucesso quando se encontram
tra maneira. num ponto intermédio. Não é dar
e\e_ldcY` tudo o que a outra parte pede.
DXjXc^fhl\\hlXZ`feX6 d[`Zf%Ef
Esta situação do enquadramento k\e_fldXm`jf =Xcfl[\\ek`[X[\jhl\X^\d~dXi$
dos especialistas apareceu relati- ^\d[Xc\^Xc`[X[\%:fej`[\iXhl\X
vamente de repente e tudo pode-
dXe`hl\jkX[X YXjkfe}i`X[fj<e]\id\`ifjk\d\j$
rá fazer sentido, mas é diferente jfZ`[X[\#[\ kX[fX\oZ\[\iXjjlXj]le\j6
da opção que existiu há uns anos hl\\o`jk\d Sobre a senhora bastonária dos
atrás em que não se foi por esse Enfermeiros não faço rigorosa-
caminho. O Governo disse aos XdY`\ek\j mente nenhum comentário.
sindicatos que haveria disponibi- Zfejg`iXk`mfj\
lidade para que, de imediato, a se- ^ilgfjZfd GXjjXe[fgXiXfjd[`Zfj%Gi\k\e$
guir à entrega do Orçamento do [\dhl\j\YX`o\feld\if[\_f$
Estado na AR, se iniciasse o pro- dl`kfgf[\i iXjj\dXeX`jeXjli^eZ`Xj[\(/
cesso de negociação de um novo gXiX()_fiXj#Xc\^Xe[fhl\k\i`Xd
ËË
acordo coletivo de trabalho, que dX`jk\dgfgXiXZfejlckXj\fg\$
abordasse a questão da avaliação iXi%8kfe[\\jk}[`jgfjkfXZ\[\i6
do desempenho, PNT, desenvolvi- Temos tido muito trabalho com
mento da carreira, o que era um os sindicatos médicos ao longo
ponto importante para ambas as fazer tudo ao mesmo tempo? Não dos últimos meses, aliás já houve
estruturas sindicais. foi possível. A única coisa que avanços em muitas matérias. So-
posso dizer é que vale mais fazer bram no essencial três pontos.
<\di\cXfXfi\jkf6 agora do que não fazer.
Transmitimos aos sindicatos a Fjd[`Zfjkd\ekfd\efjiXqf
disponibilidade para a reposição <\di\cXfXfj\jg\Z`Xc`jkXj6 gXiX^i\m\j6
do pagamento das horas de qua- Assumimos o compromisso de Não qualifico as razões em ter-
lidade suspensas há vários anos aceitar a diferenciação remune- mos relativos ou absolutos. As ra-
de forma faseada ao longo de 2018, ratória nessas funções, admitin- zões são as percebidas pelos pró-
para que não haja uma situação do para o efeito o alongamento do prios e nesse sentido são legíti-
de rutura. Dissemos também que regime dos suplementos e deixan- mas. Além da reposição dos
estaríamos em condições de ini- do para depois, uma vez que se rendimentos houve um esforço
ciar a transição do PNT dos con- trata de um edifício complexo, a importante de repor o valor inte-
tratos individuais de trabalho, os questão de avançar com uma re- gral das horas extra.
chamados CIT, das 40 para as 35 visão da carreira. Nós não quere-
horas, nos casos em que estejam mos voltar ao passado, a sofrer o HlXcf`dgXZkfeffiXd\ekf6
em causa o princípio do trabalho que o país sofreu. Era muito sim- Não está fechado mas são largas
igual para o salário igual. pático e muito popular se o Gover- dezenas de milhões que espera-
no dissesse que ia distribuir por mos compensar com a diminui-
Cf^fef`eZ`f[fXef6 toda a gente tudo aquilo que é pe- ção do recurso às empresas de
Teremos de ver. É matéria que dido, e depois sairíamos e alguém prestação de serviços, que está a
tem de ser enquadrada com o viria retirar aquilo que tinha sido baixar significativamente. Isso
acordo das Finanças. dado inapropriadamente. Não se era um ponto central da reivindi-
pode compactar em dois ou três cação dos médicos. Preferiam que
DXjXgifd\jjX[\gXjjXifj:@K meses uma discussão que tem de tivesse sido resolvido a 1 de janei-
gXiXXj*,_fiXja}\o`jk`X_}ld durar seis meses ou um ano. ro, mas acabaram por aceitar o fa-
XefhlXe[f_flm\Xi\m\ijf[Xj seamento. Sobre o que resta ago-
+'_fiXjeX=lefGYc`ZX% ym\i[X[\hl\fj\Zi\k}i`f[\<j$ ra, há a revisão do limite máximo
É a questão do tempo e do modo. kX[fDXel\c;\c^X[fZ_\^flX[`$ anual de horas extras obrigató-
Na altura não foi possível fazer q\iXfjj`e[`ZXkfjhl\]`q\iXd^i\$ rias. Era intenção que baixasse de
tudo ao mesmo tempo. Os portu- m\hl\fhl\\c\jhl\i`Xd\iXld 200 para 150 horas, alinhando pela
gueses percebem bem que a me- jXckf[\ZXe^lilhlXe[fjgf[\d restante função pública, o que es-
todologia que o Governo está a [XildjXckf[\d`e_fZX6 tamos em condição de aceitar. Dos
utilizar, prudencial, quer na ges- Tenho uma grande fixação no três, é o ponto que diria…
tão de expectativas, quer na as- bom senso e sempre que vejo afir-
sunção de encargos de despesa, mações que podem ter um cará- DX`j]}Z`c6
está a resultar. Os próprios profis- ter informal numa reunião não é É o que avançou mais. Depois há
sionais compreenderão. de valorizar. O que é de valorizar outros dois pontos que têm sido
é que a primeira proposta de ACT mais difíceis de negociar. Os sin-
LdgXkifhl\kiXkX[\]fidX[\j`$ pela FENSE tinha aspetos remu- dicatos querem passar dos 1900
^lXc]leZ`fe}i`fjeXd\jdXj`klX$ neratórios que, do ponto de vista utentes por médico de família
fgf[\j\iZfdgi\\e[`[f6 orçamental, eram insuportáveis. para 1500. O que temos dito é que
Esse comentário é injusto e pouco Quanto ao desenho e modelo es- é muito difícil fazê-lo já porque te-
adequado ao que tem sido a ação tratégico, estamos sintonizados, mos um compromisso político
deste Governo. Teria sido melhor temos é de discutir o tempo e o que visa, em 2019, todos os portu-
NNN%JFC%GK )0
gueses terem um médico de famí- que fazemos e hoje discute-se se o está a ser liderado pelo professor iX\c\mX[fj%8<ek`[X[\I\^lcX[f$
lia. Seria um retrocesso. Por ou- encerramento maciço de hospi- Constantino Sakellarides, em que iX[XJX[\m\`fXm`jXi\jkXj\dX$
tro lado, os números dizem-nos tais de proximidade, que há uns os portugueses têm a possibilida- eXhl\_}kfc\ieZ`Xi\[lq`[XgXiX
que temos apenas 10% dos médi- anos muitos de nós achávamos de de utilizar serviços perto de f`eZldgi`d\ekf[fjgiXqfj%
cos com mais de 1900 utentes. que era o alfa e o ómega de um casa, o enfermeiro de família, o Creio que a ERS já terá tido a oca-
processo de centralização e efi- médico de família, a linha SNS 24 sião de ler o relatório do acesso ao
Fhl\gifg\d6 ciência, foi útil. e podem olhar para o hospital SNS de 2016. O aumento marginal
Manter esse limite mas com aten- como algo mais distante onde vão do tempo de espera que se verifi-
ção particular aos médicos mais Ef]f`6 ao longo da sua vida poucas vezes. cou aconteceu porque se opera-
velhos: permitir aos médicos com Transferiu para os hospitais e ur- ram muito mais doentes do que
60 ou mais anos que tenham um gências hospitalares um volume <fhl\k\eZ`feX`ekif[lq`i[\efmf no ano anterior. Isso significou
congelamento de novas admis- de procura que ainda não estava a efj_fjg`kX`j6 uma coisa: houve mais acesso.
sões de utentes e uma redução ser devidamente satisfeito nos Este ano foi alargada a produção Quando abrimos consultas, gera-
marginal no caso de estarem en- cuidados primários. adicional a consultas e exames, o mos aumento do stock de doentes
tre os que têm 1900 utentes, garan- que dá a possibilidade de os hos- em espera. É muito fácil, diria até
tindo que nenhum utente é muda- 8eleZ`fl a} X Zfejkilf [\ ld pitais e equipas fazerem mais con- politicamente muito convenien-
do contra a sua vontade. A outra _fjg`kXc[\gifo`d`[X[\\dJ`ekiX sultas para dar resposta aos pedi- te, disfarçarmos inscritos em es-
questão são as urgências: acolhe- \flkifefJ\`oXc%y\jj\fZXd`e_f6 dos até de outras instituições, o pera se barrarmos o acesso às
mos os argumentos de que tirar A reforma estrutural é a proximi- que até aqui só estava previsto na consultas e ao sistema.
médicos da urgência melhora o dade. Significa cada vez mais que cirurgia. Por outro lado, temos
tempo para a atividade planeada, os hospitais de fim de linha e di- vindo a discutir com os médicos Hl\\iXfhl\\jkXmXXXZfek\Z\i6
para as consultas, para as cirur- ferenciados sejam isso mesmo, modelos de trabalho dedicado à Os números falam por si. Ao con-
gias e queremos isso. Mas tam- não sejam outra coisa qualquer. urgência. Os sindicatos manifes- trário, nós aumentámos o acesso,
bém aqui sabemos que, a fazer 18 É ajustar oferta e procura. Vai taram essa vontade. baixámos as taxas moderadoras.
horas por semana, existem pouco acontecer com o Amadora-Sintra, Nunca tinham vindo tantas pes-
mais de 13% dos médicos. também pela revisão do contrato :fdfXjj`d6 soas ao SNS como em 2016.
do Hospital de Cascais para in- Trabalharem três meses ou até
Gfihl6 cluir freguesias a meio gás, ou seis meses seguidos na urgência, @jjf ef XgX^X f ]XZkf [\ _Xm\i
Porque alguns que aderiram a com o Garcia de Orta em relação retomando depois a atividade pro- k\dgfj[\\jg\iX[\dX`j[\[f`j
este regime em 2012 estavam per- ao Seixal. É haver cada vez mais gramada. Isto é um grande avan- XefjgXiXZfejlckXjefJEJ%?}0''
to da idade de pedir escusa do ser- equipas de saúde familiar, onde ço: permite ter estabilidade, pro- [`Xj[\\jg\iXgXiXldXZfejlckX
viço de urgência e porque há mui- estão médicos, enfermeiros e ou- fissionalização e melhores com- [\f]kXcdfcf^`X\dJ\`X#dX`j[\d`c
tas especialidades que não são tão tros técnicos. É ter saúde oral, petências nas urgências e menor [`Xj\d:_Xm\j%
exigentes do ponto de vista de ur- saúde visual e outros tipos de dependência da aquisição de pres- É inaceitável, tem toda a razão.
gência. Pedimos ajuda aos sindi- prestações nos centros de saúde. É tações externas de serviços.
catos para encontrar um modelo ter exames de imagem e análises. <XgXik`i[\([\aXe\`if[\)'(/f
de transição, faseado, que pode- É também criar um tropismo, :fdXc^ld^Xe_fjXcXi`XcgXiXfj >fm\iefYX`oflgXiX()'[`Xjfk\d$
ria começar em 2018 com uma re- uma nova atractibilidade com o d[`Zfj6 gf [\ \jg\iX gXiX ldX gi`d\`iX
dução marginal: saltar de 18 para projeto SNS + Proximidade que Está a ser discutido. Pode ser ga- ZfejlckXefJEJ%EfldXlkfg`X6
12 horas criaria uma rutura no nho salarial, pode ser direito de Não. Melhorámos em relação ao
sistema. Repare, nós não fechá- férias. É mais um dos contrapon- ano passado e em relação há dois
ÊÊ
mos nenhum ponto de atendi- tos de diminuir as horas nas ur- anos. Enquanto houver um por-
mento no país. Quando ouvimos gências de 18 para 12. tuguês à espera em tempo inapro-
dizer que o SNS aqui e ali tem pro- priado não estaremos satisfeitos
blemas, o que ouvimos são reivin- Hl\i^XiXek`id[`ZfXkf[fjfj e a pressão que vamos pôr sobre
dicações socioprofissionais. Não gfikl^l\j\j%:fdfj\\ogc`ZXhl\ as instituições é grande, recorren-
se ouve dizer que fechou uma uni- 8i\]fidX fjd[`Zfjhl\k\id`eXiXdX\j$ do se necessário a entidades con-
dade, uma urgência, um hospital. \jkilkliXcX g\Z`Xc`[X[\\dXYi`c#Zfdfkf[fjfj vencionadas para dar respostas
gifo`d`[X[\# Xefj#k\e_Xd\jkX[fXkX^fiX~ necessárias e emergentes.
@jjfefgf[\j\ij`ee`df[\hl\ \jg\iX[fjZfeZlijfjgXiXj\i\d
ef\jk}X_Xm\ildXi\]fidX\j$ ef]\Z_Xi ZfcfZX[fjefjZ\ekifj[\jX[\6 EfZXjf[XjZfejlckXjkXdYd6
kilkliXc#Xi\ZcXdX[Xi\]fidX_fj$ j\im`fj%yld Até nós chegarmos ao Governo os EleZX]fiXdZi`X[fjmXc\jgXiXfj
concursos eram feitos em novem-
g`kXcXi6
O que é uma reforma estrutural?
\iif#hl\ bro ou dezembro.
[f\ek\j`i\dXfgi`mX[fgXiXj\$
i\dXk\e[`[fj[\ekif[fjgiXqfj
`e]\c`qd\ek\ [\]`e`[fjeXc\`%
LdXi\fi^Xe`qXf[fjj\im`fj% [liXek\Xc^lej <d)'(-\jkXmXdZfcfZX[fjX([\ Não é verdade, hoje em dia o se-
Por que é que uma reforma estru- X^fjkf% tor convencionado, nomeadamen-
tural significa fechar serviços?
Xefj]fdfj Organizámos um concurso pré- te o setor social, naquilo que são
i\g\k`e[f~ vio para mobilidade interna dos unidades afiliadas do SNS, faz
Gfihl\\iXXc^fhl\fj\kfim`e_XX \oXljkf% médicos que já estavam no siste- consultas.
[\]\e[\iefjck`dfjXefj% ma, o que nunca tinha sido feito.
É um erro, que infelizmente du- 8Z_}mXdfjhl\ Por razões administrativas, isso :\ikf#dXjef\o`jk\fi\^`d\hl\
rante alguns anos fomos repetin- \iXfXc]X\ fez com que o processo atrasasse ]f`Zi`X[fgXiXXjZ`ili^`Xj%
do à exaustão. d\^X[\ld mês e meio. O concurso para os A nossa preocupação é só uma: os
especialistas hospitalares será direitos de acesso das pessoas. E te-
DXjkXdYdZ_\^flXZfej`[\iXi gifZ\jjf[\ aberto em breve. mos de fazer duas coisas muito sim-
hl\fg\if[f[fi\j^Xk\k`e_Xj`[f \]`Z`eZ`X ples. Pôr o SNS a funcionar cada
ldX fgfikle`[X[\ g\i[`[X gXiX =Xcfl[\d\[`[XjgXiXc\mXifj_fj$ vez melhor, a ser mais eficiente.
ËË
\jjXi\]fidX_fjg`kXcXi% g`kX`jXXld\ekXiXi\jgfjkX#dXj Mas não podemos em nenhuma
Temos de aprender com as coisas Zfek`elXX_Xm\ik\dgfj[\\jg\$ circunstância, por preconceitos >
*' )*J<K<D9IF)'(.
JfZ`\[X[\
> face ao que não seja o serviço pú-
ÊÊ
blico, impedir que uma pessoa que
precise de determinado ato ou pro-
cedimento vá à unidade A ou B por-
que achamos que isso é uma ques-
tão contra os nossos princípios. Fjgfikl^l\j\j
GfikXekfmX`_Xm\iZ_\hl\j$Zfe$
efkdZlcgX
jlckX6 [\hl\f
Não gosto da palavra cheque. Ad- j`jk\dX[\dfi\
mitimos que as pessoas possam ser
referenciadas para unidades com
dl`kfk\dgfX
acordo com o SNS se isso signifi- i\jfcm\iXjjlXj
car estar a responder às suas ne- e\Z\jj`[X[\j
cessidades de saúde. Os portugue-
ses não têm culpa que o sistema de-
more muito tempo a resolver as
suas dificuldades. Agora nunca K\d[\_Xm\i
como hoje tivemos tantos profissio- ldg\if[f
nais no SNS, mesmo médicos, mes- de`df[\
mo em hospitais considerados tra-
dicionalmente com pouca atracti- ]`[\c`qXf[fj
bilidade. E estamos a discutir com afm\ejd[`Zfj
a Ordem, para o próximo ano, ini-
ciativas que vão no sentido de, du-
\jg\Z`Xc`jkXjef
rante a formação médica pós gra- JEJ#gXiX
duada, os médicos passarem a ter Zfdg\ejXif
um período em hospitais periféri-
cos. No Hospital de Santarém ou
]XZkf[\k\idfj
no Hospital de Leiria, por exemplo. ]\`kf\jj\
`em\jk`d\ekf%J\
;\gf`jhlXe[ffjd[`ZfjXZXYXd
X\jg\Z`Xc`[X[\dl`kXjm\q\jXjmX$ ]fiXi\dX
^XjefjcfZX`jfe[\]Xq\ddX`j]Xc$ jX[X#k\i}[\
kX]`ZXdgfigi\\eZ_\i%J\ifYi`^X$
ki`fg\idXe\Z\igfildg\if[f
_Xm\ildX
efJEJ\jk}\dZ`dX[Xd\jX6 Zfdg\ejXf
Tenho dito sempre que sou mui- [f<jkX[f
to pouco adepto de medidas ba-
ËË
seadas no autoritarismo legisla-
tivo. Mas não lhe escondo que es-
tamos a equacionar, em sede da
discussão preparatória do OE, pecialidade em cirurgia cardíaca. de bom senso. Os portugueses do do programa de assistência e tros de saúde em Lisboa e no
que a partir de 2018 não seja pos- Temos de encontrar um valor. acham que fazem com muito gos- que pudesse dispor de todos os grande Porto em que as condições
sível a um jovem especialista em to um investimento na formação meios?’ Com certeza. são deploráveis.
quem o Estado investiu, através <hl\g\if[f[\]`[\c`qXfZfej`$ de profissionais altamente quali-
do dinheiro dos contribuintes, [\iXXZ\`k}m\c6 ficados e não é justo, não é corre- DXj\jkXi`XZfe]fik}m\c_fa\eXg\c\ 8jFi[\ejZ_\^XiXdXgifgfild
sair imediatamente para o setor Um período de três a cinco anos to, que no dia seguinte à formação [\X[d`e`jkiX[fi_fjg`kXcXi6 i\]fif[\(#)d`cd`c_\jgXiXf
privado mal termine a especiali- parecer-me-ia razoável. estar concluída, esses mesmos Estaria, como estive noutras cir- JEJ%Fhl\^XiXek\gXiX)'(/6
dade, dando benefício desse inves- profissionais abandonem o servi- cunstâncias nas funções que tive. A Saúde é a área setorial com
timento ao privado. Fjd[`Zfjk\i`Xd[\fZlgXi\ekf ço público e vão para o privado. maior crescimento na dotação do
XjmX^XjeXjqfeXjZXi\eZ`X[Xj6 DXj_fa\_}i\^iXj[`]\i\ek\j#XZf$ programa. Naturalmente não é
Fhl\k\d\dd\ek\6 Teriam de ficar no SNS, onde natu- Fj^\jkfi\j_fjg`kXcXi\jkdZi`k`$ d\Xig\cXc\`[fjZfdgifd`jjfj% suficiente para responder a tudo,
O modelo que existiu para os pilo- ralmente existirem vagas e isso é ZX[fX^iXe[\Z\ekiXc`qXf[Xj[\$ A questão que se coloca é esta: 80 porque estamos em expansão de
tos da Força Aérea é virtuoso. Tem uma compensação que o profissio- Z`j\j\gflZXXlkfefd`Xg\iXek\ novos centros de saúde, nunca atividade, de recrutamento e de
de haver um período mínimo de fi- nal dará pelo investimento que a so- fjg\[`[fjhl\kd[\j\ijlYd\$ aconteceu na história do país. Há investimento. O setor vive uma si-
delização ao serviço público para ciedade fez nele. E, se forçar a saída, k`[fj~klk\cX\=`eXeXj#efd\X[X$ investimento. Vamos acabar com tuação de subfinanciamento há
compensar o facto de, nós todos, terá de haver uma compensação. d\ek\gXiX`em\jk`i\ZfekiXkXi% os centros de saúde em prédios de muitos anos e isso tem sido mui-
termos feito esse investimento. Ou Naturalmente o investimento habitação. E isso vai ser bom não to bem percecionado, por um lado
então tem de haver o uma compen- K\dfXgf`f[fjgXik`[fj~\jhl\i$ sempre foi assim. Investimento de só para os utentes porque vão ter na capacidade de investir, que tem
sação do Estado, porque investiu [Xe\jkX`ek\ef6 maior dimensão tem de ter um mais conforto e segurança mas sido limitada, mas também na
numa formação pós-graduada Temos tido conversas informais despacho conjunto da Saúde e das também vai ser mais atraente acumulação de pagamentos em
cara, exigente, qualificada e é jus- e o entendimento político é parti- Finanças. Não vale a pena diabo- para que os jovens médicos, enfer- atraso, o que nos desagrada. Te-
to que peça uma contrapartida. lhado, creio que não só nos parti- lizar as Finanças. Se me pergun- meiros e técnicos queiram ir tra- mos um agravamento dos paga-
dos à esquerda. tar assim: ‘se eu tinha gostado de balhar para sítios que até aqui mentos em atraso superior ao que
HlXekfZljkXX]fidXf\hlXcj\$ ser, até aqui, ministro num Gover- muitas vezes ficam desertos. Fi- tínhamos no ano passado.
i`XXZfdg\ejXf6 DXjj\i`XXgc`ZX[fa}\d)'(/6 no que tivesse uma disponibilida- cam desertos não é tanto pelas
Os dados são variados. O custo de Tem de haver um período de pre- de financeira absoluta, num país condições sociais ou profissio- KfkXc`qXiXd\dalc_f/,)d`c_\j[\
uma formação em medicina geral paração. Não é uma questão de es- que não tivesse uma dívida de nais, é porque as condições de tra- \lifj#ldXld\ekf[\*''d`c_\j
e familiar é diferente de uma es- querda ou direita, é uma questão 130% do PIB, que não tivesse saí- balho são miseráveis. Visitei cen- [\j[\f`eZ`f[fXef%
NNN%JFC%GK *(
do que a receita, foi a mudança de tive em S. José com o Presidente sondagens, mas são surpreenden-
comportamento dos industriais, da República, mesmo com o mau tes porque, ao que julgo saber,…
que começaram a alterar a carga feitio que me é imputado, todos
de açúcar nos refrigerantes. A nos emocionámos com a criança yldd`e`jkifgfglcXi6
nossa grande batalha é fazer com ao colo. E também fiquei muito Frequento o chamado ranking.
que aquilo que já ganhámos, que incomodado com a fatalidade da Agora ser um ministro popular e
é viver até mais do que os países jovem de 17 anos que morreu de ser incompetente ou ser popular
do norte da Europa, seja acompa- sarampo. O mundo e Portugal não porque faz aquilo que não deve e
nhado por uma esperança de vida podem nunca deixar que aqueles distribui recursos que não tem,
mais saudável. Os últimos dez que lutam contra a ciência e o pro- não quero. Prefiro ser impopular.
anos não são bons, temos uma for- gresso possam provocar este tipo Quero chegar ao fim com a sensa-
te carga de doença crónica. de situações, por ignorância ou ção de que fizemos bem. Uma coi-
por outro tipo de motivações. sa que garanto: nunca diaboliza-
Efjck`dfjd\j\jjli^`llddfm`$ rei a contestação, nunca conside-
d\ekf[\Zik`Zfj[\\jhl\i[Xhl\ ½8j\og\ZkXk`mXjhl\jff[`X$ rarei que o mundo está contra
Zfej`[\iXZlikfjfj\j]fifj[f Yf¾#\jZi\m\l8eke`f>XcXdYX_} mim e que as reivindicações dos
>fm\iefe\jjX}i\X[Xgi\m\ef% lej[`Xjefi%J\ek\hl\\jk}XgX$ profissionais são injustas.
São reflexões que não nos devem ^Xi\jj\gi\f#k\e[fldXcXi^X\o$
incomodar mas estimular. O meio g\i`eZ`Xefj\kfi[XJX[\6 8ek\j[\j\id`e`jkif\^\jkfi#
da legislatura é sempre um mo- Os primeiros seis meses do Gover- d[`Zf%HlXcXjlXc`e_Xm\id\$
mento difícil. Agora, em 2019, quan- no foram, para todos nós, terrí- c_XeXgfck`ZX6
do terminarmos a legislatura e veis. Criou-se um cerco na opi- Não farei nada que viole a minha
quando fizer 40 anos, o SNS vai ser nião pública e político que traçou consciência. Sou muito fixado nos
motivo de orgulho para todos nós. um destino de fatalidade. Feliz- valores e nas questões éticas.
mente passámos esse tempo e os
<iXXgfekX[fZfdfÊd`e`jk\i`}m\cË portugueses passaram a confiar ;`q$j\hl\k\dc`^X\jXfFglj
_}dl`kfjXefj%Fhl\fjligi\\e$ no Governo. As expectativas são ;\`%ym\i[X[\6
[\ldX`jXkX^fiX6 sempre difíceis de gerir, sobretu- Não sou nem nunca fui da Opus
Termos ainda uma máquina do do porque todos nós temos a ideia Dei nem da maçonaria. Acho que
Estado muito pesada. Entre o de- de que existem salvadores, solu- o apego aos valores e à ética é algo
senho de uma ideia e aplicá-la há ções milagrosas. Mas a vida polí- que temos dentro de nós, transmi-
muitas fases. tica, e uma legislatura em concre- tido pela cultura e educação.
to, é uma corrida de fundo, não de Como médico e cidadão, há linhas
HlXc]f`fdfd\ekfdX`j[lif6 instantes. As incompreensões no que não podemos ultrapassar.
Os meus amigos e também inimi- no intermezzo são naturais. A
gos, que terei alguns, sabem que frustração é natural. Temos de li- ?fa\ f [\j\dg\e_f [f JEJ ef
tenho aquilo a que se chama ner- dar com isso com humildade. g`jX\jjXjc`e_Xj6
vos de aço. Não sou muito influen- Está completamente longe disso.
ciável pela tensão do momento se DXjj\ek\hl\k\d[\Z\Z`feX[f6 Com a nota de que temos de ser sé-
estiver consciente de que estou a Não sinto. Na rua tenho uma in- rios na afirmação do que fazemos,
fazer o que sei que tenho de fazer. teração com as pessoas muito po- temos de ser leais do ponto de vis-
A dureza tem mais a ver com a sitiva. Depois repare, não ligamos ta político e público, não devemos
Mas há mais atividade, aprová- com o Ministério das Finanças, carga de trabalho, a intensidade. muito aos rankings políticos e disfarçar os problema, não deve-
mos 51 medicamentos inovadores. também para que este ano seja fei- mos ser arrogantes. Firmeza é
to um esforço, como no final de K\d]XdX[\k\ild]\`kf worka- uma coisa, arrogância é outra.
ÊÊ
DXjffiXd\ekfgXiX\jk\Xefa} 2016, para redução significativa holic#ZfekifcX[fi#[\hl\i\i\jkXi
gi\m`Xld[]`Z\]`eXc[\)+/d`$ dos pagamentos em atraso. j\dgi\\dZ`dX[\kl[f%<kXdYd Fj\e]\id\`ifjXZ_XiXdhl\k`e_X
c_\j[\\lifjgXiXfJEJ¿ Xc^lddXl]\`k`f% j`[fXiif^Xek\eX\eki\m`jkXhl\
Significa que os recursos não che- yXjfclfhl\k\d_Xm`[fkf[fj É verdade. Reconheço que essas [\lXek\j[X^i\m\eXSIC%
gam, tem toda a razão. fjXefj#ldg\ejfi}g`[f% características, não vale a pena Aí houve um equívoco, apercebi-
Estamos a encontrar uma fórmu- iludi-las, porque existem. A do Gi\]`ifj\i -me depois. O seu colega foi asser-
J`^e`]`ZXhl\fZfY\ikfiZlikf\ la que antecipamos como estrutu- mau feitio cabe aos outros ajuizar. `dgfglcXi\ tivo e não me deixou tempo para
Xj[m`[XjX]fie\Z\[fi\jjf`e\$ ral e definitiva para que, na se- Acho que pode ter a ver com a Z_\^XiXf]`eXc eu explicar o que pretendia, não
m`k}m\`j#fhl\[`]`ZlckXX^\jkf% gunda metade da legislatura, o vontade de que as coisas aconte- me estando a queixar. Há uma
GXiX hlXe[f ld fiXd\ekf hl\ problema seja atenuado. Tem ha- çam depressa, bem, de lutar con- [Xc\^`jcXkliX grande confusão. Eu estava a in-
gi\m\aX#X[d`k`e[f`dgfe[\i}m\`j# vido iniciativas para ser criada tra a máquina burocrático-admi- ZfdXj\ejXf surgir-me contra comportamen-
uma lei de meios ou de programa- nistrativa. O querer fazer numa tos de algumas pessoas que na al-
ldjXc[fgfj`k`mfflg\cfd\efji\$
jlckX[felcf6 ção financeira. legislatura aquilo que está por fa-
[\hl\]`q\dfj tura considerava, como conside-
Essa é uma conversa que nos le- zer há muito tempo. Y\d%EleZX ro hoje, que estão à margem da
varia muito longe porque não co- F>fm\iefmX`XmXeXigfiX#gfi [`XYfc`qXi\`X ética e dos princípios da legalida-
nhecemos praticamente nenhum \o\dgcfg\cXZfej`^eXf[\dX`j <\dk\idfj_ldXefj#hlXc]f`f de, não estava a falar dos 70 mil
ano em que esse confronto entre `dgfjkfjgXiXhl\f]`eXeZ`Xd\e$ dfd\ekfdX`j[`]Z`c6
Zfek\jkXf# enfermeiros que trabalharam dia-
as necessidades estimadas e as ve- kf[fJEJj\aXdX`j\jk}m\c6 Foi pouco tempo depois de ter che- eleZX riamente no país.
rificadas se tenham alinhado. Fizemo-lo este ano com a sugar gado ao Governo o caso daquele Zfej`[\iXi\`
tax que foi um sucesso e estamos jovem que faleceu no hospital de <jkXmXX]XcXi[\hl\d#[XYXjkf$
DXj\d)'(/ffiXd\ekfmX`gi\m\i a trabalhar para ver se há mar- S. José [David Duarte, enquanto hl\fdle[f e}i`X6
eXd\jdXhl\fJEJk\i}[]`Z\6 gem para que na área do sal tam- aguardava cirurgia por falta de \jk}ZfekiXd`d Estava a falar de pessoas que pu-
Vamos esperar pela apresentação bém possamos avançar nesse sen- equipa médica]. Foi ter acompa- blicamente defenderam posições
ËË
do OE. Estamos a trabalhar com tido. São impostos virtuosos. O nhado nos bastidores o caso do definidas até por entidades inde-
as Finanças. Trabalhos muito que aconteceu com o açúcar, mais bebé milagre – e agora quando es- pendentes como inadequadas.
*) )*J<K<D9IF)'(.
JfZ`\[X[\
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f JFC%:\ek\efk\i}[\]Xq\i^`e}jk`ZXgXiX
Zfej\^l`i[`jki`Yl`i[\]fidX^iXkl`kXfjc`mifj
Xfj)''d`cXclefj[f,%²\-%²Xefj%
O Governo está sem margem or- são preliminar que está a ser de-
çamental para alargar a distri- senhada. Ou seja, se o Orçamen-
buição gratuita dos manuais es- to de Estado para 2018 fosse hoje
colares aos 200 mil alunos do 5.º entregue no Parlamento, não ha-
e 6.º ano e, para já, a medida não veria distribuição gratuita dos
está incluída no esboço do Orça- manuais escolares para os alu-
mento do Estado para 2018. nos do 5.º e 6.º anos. No progra-
A medida representa pouco ma do Governo, está prevista a
mais de 20 milhões de euros, ex- distribuição gratuita de manuais
cluindo os 12 milhões necessá- escolares em todo o ensino obri-
rios para a ‘oferta’ dos livros aos gatório (do 1.º ao 12.º ano), sendo
320 mil alunos do 1.º ao 4.º ano. E aplicada ao longo da legislatura
tanto o PCP como o Ministério da de forma gradual.
Educação estão a pressionar as Recorde-se que no Orçamento
Finanças para que a iniciativa do Estado para 2018 deverão
avance em setembro de 2018. constar medidas que vão impli-
Para que isso venha a ser uma car um grande esforço financei-
realidade, o ministro das Finan- ro ao Governo. É o caso do des-
ças, Mário Centeno, terá de fazer congelamento das carreiras da em conta o número de professo- nos da escola pública e os que alargamento da distribuição gra-
ginástica e cortar noutra medi- Função Pública – onde a Educa- res – o aumento das pensões, o frequentam colégios nas turmas tuita ao 2. ciclo é um cenário que
da, para conseguir as verbas ne- ção terá um grande peso tendo aumento do salário mínimo e vão com contrato de associação. Em o Governo «está a estudar, a
cessárias. Em média, o pacote de ser revistos os escalões do IRS, setembro de 2016, quando a dis- apurar dados e a ver possibi-
cinco manuais escolares para os sendo previsível que a carga fis- tribuição gratuita avançou pela lidades orçamentais».
alunos do 5.º ano tem um custo cal seja menos pesada. primeira vez, todos os alunos do Também o PCP disse ao SOL
de 94,80 euros e para os 6.º ano Já no ano passado o alarga- 1.º ano, da escola pública e priva- que este é um cenário que está
custa 99,50 euros. ;fjZ\iZX[\)+' mento da ‘oferta’ dos manuais da (80 mil na altura), receberam em cima da mesa em negocia-
As negociações entre o Execu- d`cc`mifj[`jki`Yl$ escolares do 1.º ao 4.º ano de esco- os manuais de forma gratuita. ção. Ou seja, tudo está em aber-
tivo e os partidos da esquerda [fjXfj/'d`cXcl$ laridade esteve em risco e só foi Questionado pelo SOL, o Mi- to, sendo que Jerónimo de Sousa
que sustentam a solução de Go- decidido pelo Executivo à última nistério da Educação não res- já fez saber que queria estender
verno ainda estão em curso, ten- efj[f(%²Xef#Xg\$ hora. E para conseguir as verbas pondeu a qualquer questão colo- a ‘oferta’ dos manuais escolas
do havido duas reuniões em se- eXj(,d`c]fiXd necessárias para estender a dis- cada sobre a distribuição e reuti- até ao 9.º ano já a partir de 2018.
parado – uma com o Bloco de Es- i\lk`c`qX[fj%Fe$ tribuição gratuita do 1.º ao 4.º lização dos manuais escolares,
querda e outra com o PCP – ano, o Governo teve de retirar da até ao fecho desta edição. -#)[fjc`mifj]fiXd
durante a semana passada, mas o
d\ifkiX[lqldX equação os alunos do privado. Mas a secretária de Estado Ad- i\lk`c`qX[fj
SOL sabe que o alargamento da g\iZ\ekX^\d[\ Ou seja, a ‘oferta’ dos manuais junta e da Educação, Alexandra Os dados ainda não estão conso-
‘oferta’ não consta para já na ver- -[\i\lk`c`qXf passou a incluir apenas os alu- Leitão já disse, ao Público, que o lidados mas, de acordo com a se-
NNN%JFC%GK **
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Ä EèD<IFJ
Gif]\jjfi\jj\dklidX
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o início de cada ano leti- blicos, embora profissional, irá
d`cXclefjmf]i\$
hl\ekXif,%²\f-%²
Xefj
E vo é comum nas escolas
públicas de 1.º ciclo haver
alguma ansiedade em saber se
naturalmente fazer um investi-
mento diferente. A cada ano que
começa tem de conhecer a tur-
os professores que não são efe- ma, o que leva algum tempo. Se
tivos permanecem na escola ou for um professor efetivo, só de-
(,
se serão substituídos. Embora mora este tempo uma vez. Não
representem uma pequena per- sabe o que se passará no ano se-
centagem, para as turmas que guinte, o que facilmente pode
são vítimas desta lacuna as criar instabilidade e insatisfa-
d`cc`mifj[fjXclefj desvantagens são grandes. ção. Todos gostamos de ver os
Muitas turmas chegam mesmo frutos do nosso trabalho, de o sa-
[f(%²Xef]fiXdi\lk`$
a ter um professor diferente em ber bem concluído e não cons-
c`qX[fj cada ano. tantemente interrompido.
Nestes casos, só em setembro Por outro lado, ao aluno não
professores e alunos sabem se é oferecida estabilidade e segu-
)'
d`c_\j[\\lifjf
vão ou não continuar juntos. Ou
seja, quando se despediram em
junho foi sem saberem se seria
por uns meses ou para sem-
pre. É difícil criar um víncu-
rança. Quando já se adaptou a
um professor e criou com ele
uma relação de confiança, vem
JfZ`\[X[\
),ŕ()-ŕ*#)-ŕŕ'/(Tŕŕ-2)
8eXG\kife`c_f DXikX=%I\`j
XeX%g\kife`c_f7jfc%gk dXikX%i\`j7jfc%gk
J?LKK<IJKF:B
,/2&-ŕ
/x4-Āŕ!,0ŕ
#(0-.#!ŕ -)(0)
#-.)-ŕ)& A greve de juízes marcada para 3
e 4 de outubro foi desconvocada.
J?LKK<IJKF:B
doença, o que corresponde a um em casos de corrupção obtive- durante a qual o artista foi submetido a uma drenagem de líquidos. Mais
aumento de 0.46% em relação ao ram autorização de residência tarde, o seu estado deteriorou-se, obrigando-o a voltar ao hospital, onde
ano anterior. em Portugal. ficaria internado nos cuidados intensivos.
*- )*J<K<D9IF)'(.
<dGXq
D@:?8<CCF::@J8EF&8=G
ŕ
äY`kfj
#&#(ŕ..()/,.ŕ
E%(0))Empresária francesa, her-
8^l\iiX]i`XZfek`elX FCX[f9[fGI<:
gfiflkifjd\`fj a terceira vez que me refi- Sobre a coragem, o que se co-
Fg`e`f
8jZXg\cXj[fJ`ceZ`f
\E%Ji%±[X?ld`c[X[\#\d9iX^X(
uando olhamos para as =<IE8E;FD8KFJIF;I@>L<J construção de um espaço sa- a partir desta relação essencial cosmos, numa espécie de unifica-
H duas obras projetadas pe- 8EKIFGäCF>F%@EM<JK@>8;FI 8 grado, de um Templo, sendo y entre macrocosmos e microcos- ção do real. Um espaço delimitado
los arquitetos Cerejeiras EF:@:J%EFM8 <;@I<:KFI obra de imanência, reflete e pro- mos, tão imanente no projeto de ar- pelas geometrias da verticalida-
Fontes ficamos com a nítida im- ;FC8?9 jeta-se como a habitação da quitetura, que se estabelece uma re- de e do silêncio, pela luz que ras-
pressão de estarmos num univer- eternidade. É na experiência do lação de reunificação dos espaços. ga a parede e cai docemente no
so arquitetural que marca um nosso modo de ser, e também no O interior da nave suspensa chão, epifania do divino revelado.
sentido de mudança e de trans- modo de perceber, que a relação transporta-nos para uma dimen- Uma luz de mármore corta a
gressão, pela introdução de uma za e a cultura, entre a matéria entre espaço e rito se aprofun- são interativa entre mundos es- nave na vertical, celebrando a hie-
nova forma poética que rompe e a forma». Uma diversidade de da numa procura da vivência senciais à perceção ordenada do rofania que delimita este espaço e
com os códigos que vinham do códigos e de símbolos marcam o espiritual no interior das duas o consagra como lugar de oração.
modernismo, do pós-modernis- espaço e dão sentido poético-reli- capelas diferentes em escala e O sagrado é desta forma percebido
mo ou do neoplasticismo. gioso à estátua de N. Sr.ª da Hu- forma, mas tão próximas em como separado, distinto, isto é, es-
Já não estamos na apologia de mildade, sentada com a coroa na corpo e espírito, em ordem e or- tendendo-se pelo espaço e, ao mes-
uma arquitetura moderna ou mão na primeira fila de assentos ganização, em unidade e con- mo tempo, encerrado no espaço.
pós-moderna tout court, mas pe- dispostos na nave. Estes assentos, templação. Estamos perante um
Kf[ff\jgXf[Xj
rante a afirmação de uma arqui- colocados de lado, desenham uma lugar que ordena todas as coi-
ZXg\cXjg\ejX[f\ 1 Este texto tem como base um
tetura pós-contemporânea de espécie de coro diante do altar – sas, que dá sentido ao mundo. Zfejkil[f\d]lef conferencia proferida no Seminá-
grande sensibilidade na forma constituído por uma grande pe- Um lugar onde os homens e as [\ldXkfgf^iX]`X[f rio Menor de Braga, na Abertura
como celebra os materiais na sua dra de granito horizontal, per- divindades conquistam a sua jX^iX[f#fe[\Zfigf do Ano Nacional da Faculdade de
incorporação poética, e como or- pendicular à verticalidade do transparência e a sua mundivi- \clq\mfZXd\jjXm`X$ Teologia da Universidade Católi-
ganiza os volumes e desenha os mármore e da luz. dência. ^\dXkiXmj[fk\dgf ca Portuguesa, junho de 2017.
espaços em função de uma hiero-
fania espacial.
Fdle[fef]lklif1
[\df^iX]`X
e pudéssemos imaginar o G<;IFA8E<@IF
J mundo no futuro, como se-
ria? No cinema e na literatu-
ra, muitos autores aventuraram-se a
<:FEFD@JK8
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Daí a tornar-se o fotógrafo das ce- True Blue foi feita à uma da tar- que ele as compreendia e isso
8d`^f[\DX[feeX#I`Z_Xi[>\i\ lebridades foi um passo. Retratos de, com uma luz incrivelmente deixava-as confortáveis». Ales-
\9fn`\#?\iYI`kkj(0,)$)'') de figuras como Michael Jackson,
Madonna, David Bowie, Jack Ni-
forte», conta Alessandra Mauro.
Madonna foi apenas uma das
sandra Mauro complementa: «To-
das as celebridades dizem que
]f`]fk^iX]f[\df[X\[\Z\c\Yi`$ cholson, Julia Roberts, John Tra- muitas celebridades que Ritts foto- ele era uma pessoa sempre de
[X[\j%8jjlXj`dX^\ejXgi\kf\ volta ou Elizabeth Taylor feitos pelo
norte-americano podem ser vistos
grafou ao longo da vida – foi ele, por
exemplo, que fez as primeiras foto-
bom humor, muito simpática».
YiXeZfgf[\dj\im`jkXj\d:XjZX`j% no Centro Cultural de Cascais até grafias da cantora depois do seu ca- Df[Xj\d]lk`c`[X[\
janeiro de 2018. samento com Sean Penn, em 1986. Filho de um empresário e de uma
udo começou com um sua máquina fotográfica e pediu a A exposição é comissariada por «Quando Madonna fez o primei- decoradora de interiores, Herb Ritts
K
pneu furado. Richard Gere para fazer algumas fotos. Alessandra Mauro, que se apaixo- ro filme, Desperatelly Seeking Jr. nasceu em 1952 «num ambien-
Gere e o seu amigo Atrás do ator, via-se o Buick levan- nou pela arte de Ritts quando viu Susan, o Herb foi contratado te muito bom», explica Alessandra
Herb Ritts viajavam tado para trocar o pneu. «O Ri- uma exposição da sua obra na fun- para fazer fotografias para o car- Mauro. O bairro de Brentwood,
numa estrada de San chard precisava de novas fotos dação Cartier, em Paris, em 1999, e taz do filme», explica Considine. onde vivia a sua família, era um dos
Bernardino, Califór- porque tinha um filme a sair», conta com um pouco mais de uma «Desde aí ficaram amigos mui- mais elegantes dos arredores de Los
nia, quando o carro da namorada continua Considine. «Mandaram centena de fotografias. O título – to chegados». Angeles – ainda hoje é o local de re-
do ator, um Buick, ficou com um a imagem para as revistas, e de Herb Ritts. In Full Light (Em Ple- Qual o segredo de Ritts para con- sidência de muitas celebridades (foi
pneu em baixo. «Na altura o Herb repente houve uma, duas, três na Luz) – «foi escolhido porque a quistar a confiança das celebrida- ali, também, que se deu o crime de
estava a começar a fotografar e revistas importantes que a esco- esmagadora maioria das ima- des? «Tendo crescido em Los An- homicídio pelo qual O. J. Simpson,
o Richard Gere estava também lheram. Um dia, o Herb recebe gens feitas por Herb Ritts pre- geles, ele conviveu sempre com antiga estrela de futebol america-
no início da sua carreira de uma chamada a dizer: ‘Vimos a sentes nesta exposição foram fei- esse meio, não ficava nada inti- no, está preso).
ator», explica Frank Considine, o sua foto do Richard Gere, pode tas com luz natural», explica a cu- midado com as celebridades», Herb estudou História da Arte
homem que durante vários anos re- vir amanhã fazer um trabalho radora italiana. «Isso é algo muito nota Considine. «O Herb era ma- no Bard College, em Nova Iorque, e
velou as fotografias de Ritts na câ- para nós?’». especial em Herb Ritts e muito ravilhoso a lidar com os outros, regressou a Los Angeles. «Ele sem-
mara escura. Os dois amigos encos- De um momento para o outro, diferente do que outros fotógra- conseguia fazê-los sentirem-se pre se interessou por fotografia
taram numa estação de serviço Herb Ritts, que nem era fotógrafo, fos de moda fazem. É inacredi- muito à vontade, e sabia tirar o mas não penso que de início pen-
para resolver o problema e, en- entrou para a ribalta e começou a tável pensar que a imagem de melhor de cada um. As pessoas sasse tornar-se um fotógrafo pro-
quanto esperavam, Herb sacou da ser solicitado por revistas de moda. Madonna na capa do álbum que lhe pediam retratos sabiam fissional», diz a curadora. «Mas
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aos poucos e poucos experimen- ções de moda que essas revistas lhe moda, Ritts criou imagens intem- fotografias são muito simples, raparigas é incrível, porque se
tou e foi bem-sucedido». O retra- encomendavam, na sua maioria a porais, despojadas e quase escultó- muito clássicas e apuradas, ele vê a glória da beleza, mas ao
to de Gere na estação de serviço fez cores, o fotógrafo fazia sempre al- ricas. «Se tirarmos os títulos, a não precisava de truques. Mui- mesmo tempo percebe-se como
o resto. «Quando se tornou fotó- guns disparos para si, a preto e sensação de tempo está quase tas foram tiradas no terraço do essa beleza é frágil e passageira.
grafo, ficou famoso muito cedo. branco. «Mesmo que estivesse a ausente das imagens», nota estúdio do Herb, com fundos Representa a fragilidade da be-
O seu toque e o seu estilo foram realizar um trabalho para uma Frank Considine, numa altura em muito simples, como o céu. Não leza e a fragilidade de uma épo-
desde logo apreciados por mui- revista, a sua abordagem era que ainda falta colar as legendas da havia distrações. Ele conhecia ca de ouro».
tas grandes revistas, como a Vo- sempre como se estivesse a fazer exposição na parede. «Podiam ter muito bem a luz, mas também Pode resultar perturbador que
gue, a Esquire, a Elle e outras». fotografias para si próprio», des- sido feitas nos anos 30 ou hoje», conhecia a sombra». O deserto tantas das personalidades retrata-
Mesmo quando fazia as produ- creve Considine. «As imagens ar- concorda a curadora italiana. dos lagos secos em Los Angeles era das por Herb Ritts tenham já mor-
tísticas eram sempre a preto e Este traço foi aliás explicado pelo outro dos seus cenários favoritos. rido – Bowie, Seymour Hoffman e
branco». próprio criador. «A minha foto- Uma das exceções ao uso da luz Michael Jackson são apenas três
Com as receitas que resultavam grafia centra-se nesta interroga- natural é, curiosamente, um dos exemplos. Dois dos retratos mais
Ê8]fidXZfdf de ser um profissional altamente ção: como expor o corpo huma- ícones de Ritts – e até de toda uma impactantes são precisamente de
ZXgkXfj desejado, Herb Ritts começou tam- no de uma maneira atual? Não época. «Este é o grande ícone dos dois atores já desaparecidos: Chris-
bém a colecionar os mestres da fo- me interessa idealizar o corpo anos 80, a fotografia das cinco topher Reeve (o Super-Homem) na
fc_Xi\j[Xj tografia americana e europeia. «Se humano […] prefiro expor a sua supermodelos – é das poucas da super-sofisticada cadeira de rodas
iXgXi`^Xj vir com atenção todas estas ima- universalidade e aptidão para exposição que não foram feitas a que ficou preso depois de uma
gens e for a seguir ver a exposi- transcender o tempo», escreveu com luz natural, porque foi tira- queda de cavalo e Elizabeth Taylor
`eZim\c#gfihl\ ção, consegue reconhecer nal- Herb Ritts. «Gostaria de criar da em casa do Herb Ritts», escla- depois de uma operação à cabeça,
j\mX^ci`X guns casos a fonte de inspira- imagens que, passados 100 anos, rece Mauro, sobre a foto que junta com a cicatriz bem à mostra. «Tem
[XY\c\qX#dXj ção», considera Mauro. Outra fonte
de inspiração terá sido a própria
não ostentem o mínimo sinal de
envelhecimento».
Stephanie Seymour, Cindy Cra-
wford, Christy Turlington, Tatjana
aqui alguém que está a sofrer
muito», afirma a curadora. Em
g\iZ\Y\$j\ História da Arte, em particular a O despojamento resultava tam- Patitz e Naomi Campbell. «É uma certo sentido, é o oposto das quali-
Zfdf\jjX grande tradição ocidental do nu. bém de dispensar «todo o tipo de imagem muito simples e ao mes- dades celebradas por Herb Ritts.
Talvez por isso as suas fotografias adereços ou acessórios», como ex- mo tempo tem uma composição Mas se a juventude já se foi, a bele-
Y\c\qX]i}^`cË sejam tão clássicas. A partir do plica o antigo responsável pela re- complexa, muito dinâmica. A za também está lá, a par do drama,
mundo saturado de futilidade da velação das fotos de Ritts. «Estas forma como capta os olhares das do estoicismo e da dignidade.
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K\XkifK`mfc`99M8#Co 8k*[\[\q\dYif O excelente início de temporada do Man- J}Y%#(/_(,#JgfikKM(
Silêncio com barulho. :%G%=%$:X[\`X[XI\cXf[fGfikf chester United, na segunda época sob o co- Jorge Jesus terá a pos-
Stand up sem conver- Dois fotógrafos, o português Luís Barbosa mando de José Mourinho, vai ser posto à sibilidade de igualar
sa. Teatro sem palavras. Tape Face tem de e o suíço Peter Schulthess, entraram em sete prova numa deslocação difícil. Cédric é uma série vitoriosa que não acontece nos
ser visto para ser acreditado. prisões nacionais, de câmara em punho. uma das figuras da equipa da casa. leões desde 1990/91.
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?fk:clY\#C`jYfX :cXljkifj[fDfjk\`if[fjA\ie`dfj Um dos grandes jogos que esperam os leões Tal como o FC Porto,
Este grupo surgiu por A abertura da Temporada 2017/2018 tem nesta fase de grupos da Liga dos Campeões. também o Benfica ba-
iniciativa de Gonçalo como artistas convidados o compositor As duas equipas entraram a vencer na com- queou em casa na pri-
Marques, que teve a ideia de juntar músicos Magnus Lindberg e o violoncelista Pavel petição e o poderio blaugrana, com Messi meira ronda. Mas Rui Vitória prometeu ir
com quem tinha colaborado. Gomziakov. em grande forma, terá de ser contrariado. buscar esses pontos fora...
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<Zfd\c\j#gXiX\c\j%8 lo a que estávamos a assistir ao
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d\`f ZXd`e_f \eki\ X longo do processo de prepara-
ção era de tal maneira forte que oi enorme o foguetório do be – desde que não lhe estra- nancial Crisis Inquiry Commis-
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não podíamos simplesmente
construir uma ficção em cima
do que estávamos a ver», conta-
= Governo socialista e o dos
seus parceiros de coliga-
ção para celebrar o facto de uma
guem o controlo sindical, a sua
grande trincheira.
A boa notícia teve, ainda, o
sion – FCIC sobre as ‘Big Three’.
«As três agências de notação
de crédito [Moody’s, Standard &
G\[if G`e_f# Z_\^fl va-nos Pedro Pinho numa conver- das agências de notação interna- condão de esbater os efeitos do Poor’s e Fitch] foram elemen-
X^fiX~jjXcXj% sa por Skype quando estava pres- cional ter decidido retirar Por- vendaval deste Verão, que pôs a tos fundamentais da crise fi-
tes a estrear em Cannes, na para- tugal do ‘lixo’ onde, precisamen- nu graves incompetências, des- nanceira. […] Os investidores
Era o início de 2014 quando a pro- lela Quinzena dos Realizadores, de te, outro Governo socialista o co- de a Administração Interna à confiaram nelas, muitas vezes
dutora Terratreme foi dar à Povoa onde voltou com um prémio FI- locara em 2011. Defesa Nacional. cegamente […]. Esta crise não
de Santa Iria, em Vila Franca de PRESCI, atribuído pela crítica. «O Pelo meio, durante quatro pe- poderia ter acontecido sem as
Xira. Havia uma fábrica para se fa- filme foi adaptado à nossa reali- nosos anos, Pedro Passos Coelho erante a sucessão de episó- agências de rating».
zer – ou para se salvar, num ensaio
ficcionado de uma experiência de
dade, muito adaptado».
Daí que seja esta a história de
teve a ingrata missão de limpar
a casa, da qual António Costa se
G dios patéticos, até saiu do
prime time a indecorosa novela
Claro que mais vale sermos
beneficiários das ‘dinâmicas es-
gestão coletiva numa empresa que uma fábrica de Vila Franca de Xi- apropriou, da forma que se sabe, da Caixa, depois da falhada co- peculativas’ do que despejados
se adivinha que vai fechar. Falta- ra que acabou por fechar mesmo, em 2015, graças à partilha de po- missão parlamentar, por acção no ‘lixo’. Mas convirá não criar
vam os operários, que este não se- já depois de terminada a rodagem, der com os inimigos da véspera. concertada das esquerdas. ilusões e muito menos agravar a
ria filme para se fazer com atores. e que boa parte dos seus protago- É verdade que «a política é a Ora, seria útil temperar a his- despesa do Estado, que o PCP e
A ideia partira de Jorge Silva nistas sejam não-atores, num tra- arte do possível», como ensi- teria dos ‘comentadores’ avença- o Bloco cultivam, zelosamente,
Melo, que já em 2005 tinha levado balho coordenado por Carla Gal- nou Bismark, que advertia, con- dos, contrapondo aos excessos al- para servir as clientelas.
ao palco com os Artistas Unidos a vão, uma das atrizes da peça ence- tudo, que «nunca se mente tan- gum realismo.
peça homónima escrita pela holan- nada por Jorge Silva Melo e aqui to como antes das eleições, du- De facto, a dívida
desa Judith Herzberg, mas o filme convidada apenas para isso mas rante uma guerra e depois de pública não ‘arre-
estava então nas mãos de Pedro Pi- que já à beira do início da rodagem uma caçada». Foi certeiro. dou pé’ dos 130,5%
nho, em conjunto com Tiago Hes- se tornaria personagem. «Isto é Em período pré-eleitoral, o PS do PIB, segundo da-
panha, Luísa Homem e Leonor um outro objeto, ainda mais in- precisava de um ‘suplemento de dos do Eurostat re-
Noivo. E pouco havia de sobrar des- terventivo», nota a atriz sobre a alma’ que reabilitasse a confian- ferentes ao primei-
se texto original num filme de três adaptação da peça ao cinema. «É ça das hostes, abaladas desde a ro trimestre, o que
horas para o qual a simples adap- feito com pessoas que viveram ausência do líder em férias en- nos coloca em ter-
tação à realidade portuguesa não com estas histórias ao mesmo quanto Pedrógão Grande ardia ceiro lugar no pódio
bastava. Era preciso entrar nela, e tempo que se rodava o filme. Ad- e os paióis de Tancos eram ‘ali- dos mais endivida-
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a fundo. Operários a fazerem de si miro muito o olhar da Terratre- viados’ de material de guerra, dos da União Euro-
próprios num filme em que a fic- me, um olhar político, crítico. É com destino incerto. peia, acima do do-
ção vai sendo pontuada por excer- esse discurso crítico que me bro do limite fixado
tos documentais, operários a saí- atrai em cada uma das pessoas agência Standard & Poor’s dos 60% do Produto.
rem das personagens e a serem
eles próprios de novo.
da Terratreme. Qualquer coisa
que produzam é um olhar de
8 ofereceu (de bandeja...) a An-
tónio Costa esse novo fôlego, que
Piores do que nós só a Grécia
e a Itália, mas esta com uma ca-
8eke`f:fjkX\jk}
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Operários de verdade então, não que precisamos». ele aproveitou com a girândola pacidade de regeneração que _\iXeXhl\i\Z\Y\l
atores para este filme, que havia Da peça, recorda, sobra no filme do costume. Por acaso, foi a mes- não se compara connosco.
ainda de juntar a uma mesa Isabel a cena inicial: o operário – aqui, a ma agência a quem o ‘austero’ Festejar a ligeira melhoria
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do Carmo, Anselm Jappe ou Da- personagem interpretada por Jo- Governo anterior de Passos Coe- numa das notações cheira a pro-
nièle Incalcaterra, o realizador à sé Smith Vargas, que compôs boa lho cortou o contrato com o Es- paganda (combinada com exten-
procura de um filme dentro deste parte da banda sonora do filme – tado, em 2013. sas entrevistas de António Cos-
filme, para uma discussão sobre o ao espelho a fazer a barba. «Um Os mais cépticos diriam que a ta, publicadas com inusitado re- As autárquicas são um teste à
capitalismo e o lugar do trabalho elogio ao início do dia, ao operá- ‘vingança se serve fria’, ao veri- levo e vassalagem). ‘geringonça’ e ao próprio Antó-
nas sociedades contemporâneas e rio que faz a barba de manhã ficar-se que a agência america- nio Costa. Se correrem de feição,
do futuro. para ir para a fábrica e que na ultrapassou, pela positiva, a o meio de tanta bajulação, hão-de querer usá-las como se
«Pensámos o filme de manei-
ra a aproximá-lo da realidade,
aproveita a maravilha da espu-
ma no único momento do dia em
estoica concorrente canadiana
DBRS, que ‘protegeu’ o rating da
E desde o rendido Marques
Mendes, na SIC, ao Bloco, feliz
fossem um plebiscito nacional.
E não são.
quisemos produzir um docu- que se vê ao espelho». República acima do lixo, permi- por estar a levar ‘a água ao seu
mento de verdade, porque aqui- :c}l[`XJfYiXc tindo a Centeno continuar a ba- moinho’, houve ao menos um de- Nota positiva: A Associação Sin-
ter à porta do BCE sem a encon- putado do PCP que veio pôr água dical dos Juízes decidiu anular a
trar fechada. na fervura. greve marcada para Outubro. Fez
Falta ainda saber se as outras Paulo Sá lembrou que Portu- bem. Desde que não seja à custa
duas agências principais, a Fitch gal não pode estar dependente de mais cedências do Governo.
e a Moody’s, que compõem as «dos humores ou dos estados
chamadas ‘Big Three’, alteram o de espírito das agências e, Nota negativa: Num país subme-
veredicto que mantém ainda o muito menos, estar dependen- tido à permanente anestesia do
país na área do chamado investi- te dessas agências e das suas futebol pelos media, querer proi-
mento especulativo. dinâmicas especulativas». Fal- bir os jogos em dia de eleições é
Mas a bondade da S&P já per- tou dizer que a culpa é da nossa uma ideia peregrina, defendida
mitiu à confraria do Bloco beber dependência externa. por um governante. Além de ca-
à saúde das ‘sábias’ políticas do As agências são o que são, lon- ricata, é um atestado de menori-
Governo, sem reparar nas ‘cati- ge de serem insuspeitas de ac- dade passado aos portugueses.
vações’. E ‘comprou’ o silêncio tuações erróneas, conforme Alguns merecem. Mas poupem
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F]`cd\]f`[`jk`e^l`[fZfdldgid`f[XZik`ZX\d:Xee\j do PCP, que finge que não perce- consta no relatório final da Fi- a maioria!
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bro. Hoje mesmo, Cecil B. DeMille é algo para pen- zona de Glasgow chamada Gare ria. Melhor: uma caricatura. Old Firm ficou!
pois então. Dia gran- durar para sempre, emoldurado de Loch. No dia antes da final da Taça
de em Glasgow, lá a dourado, na parede branca de Nome de uísque, estarão a pen- da Escócia desse ano, Rangers- 8dfik\[\K_fdgjfe
para o norte da todas as memórias. sar. Bem, afinal sempre estamos -Celtic, claro está, o jornal The Se no primeiro encontro amigá-
Grande Ilha. Ah! Existe lá jogo com mais a falar de escoceses. Scottish Referee publicou um car- vel entre ambos os clubes ti-
Dia de Old Firm. memória.... Não tardariam estes moços a toon no qual se via um velhote nham estado presentes cerca de
Na véspera, ninguém dorme Falo do Old Firm! migrar, instalando-se na zona sul carregando uma caixa de san- dois mil espetadores, as multi-
na Escócia. Rangers e Celtic en- O velho e relho Old Firm! da cidade. duíches com um cartaz dependu- dões não demoraram a aderir ao
contram-se, em Ibrox Park, pelo O dérbi mais velho do mundo Ah! Ponto de ordem na mesa: rado: ‘Patronize the Old Firm – dérbi. E essa final da Taça da Es-
início da tarde. começou a disputar-se no ano de não vale a pena procurarem no Rangers, Celtic Lda.’. cócia de 1904 (o Celtic venceu
Já houve outros: Cadete e Ca- 1888. nome de qualquer dos clubes re- Assim à primeira vista talvez por 3-2) que deu lugar ao Old
pucho, por exemplo. O Celtic acabara de nascer da ferências a Glasgow, ou a Glás- o leitor não perceba o dichote. Firm não foi a primeira entre
Agora há Caixinha, treinador ideia piedosa do irmão Wilfird, gua como se escrevia nos meus Eu explico já aqui ao lado, como Rangers e Celtic. A primeira
do Rangers a viver esta experiên- um marista que se lembrou de tempos da mestra palmatória. a prova dos nove do alfaiate An- data de 1899: outra vitória dos
cia libertária para todos aqueles fundar um clube de futebol para Não se trata nem do Celtic de tónio Silva: o humor da frase es- católicos (2-0).
que se deixam fascinar pelo angariar fundos para ajudar os Glasgow nem do Glasgow Ran- tava na ideia arreigada na Glas- Alguns autores britânicos ga-
grande futebol. mais necessitados. gers. Falamos, isso sim, do Cel- gow dessa época que os jogos rantem que foi em 1909 que a ri-
É um privilégio! Quem diria, não é? O velhinho tic Football Club e do Rangers entre Rangers e Celtic, cuja ri- validade descambou em ódio.
Assistir ao vivo ao enfrenta- Celtic foi uma obra de caridade! Football Club. Por mim, a ordem validade crescera a uma veloci- Havia um ambiente muito ten-
mento clássico desses dois clu- Recém-nascido aceita, desde dos fatores é arbitrária. dade de mais de 300 mil quiló- so antes de se dar início à fina-
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vos sem ganhar (CSKA de Moscovo O Sporting-FC Porto, onde estará
O início de campeonato verdadeira- se iniciou nesta sexta-feira (a rece- para a Liga dos Campeões, Boavis- em jogo a liderança, é natural-
mente avassalador de FC Porto e ção dos dragões ao Portimonense já ta no campeonato e Braga, na Luz, mente o cabeça-de-cartaz da pró-
Sporting – seis vitórias em seis jor- decorreu após o fecho desta edição, para a Taça da Liga). xima ronda, mas a visita do Ben-
nadas, algo que só se verificou de for- enquanto o Sporting se desloca este Como tal, e apesar de haver fica ao terreno do Marítimo, a
ma repartida duas vezes nos 83 anos sábado a Moreira de Cónegos). E competições europeias a meio da equipa sensação da temporada,
de história da prova – terá, teorica- também o tetracampeão Benfica, a semana (Mónaco-FC Porto na ter- também pode mexer – e muito –
mente, continuidade na jornada que protagonizar um início bem mais ça-feira; Basileia-Benfica e Spor- com as contas do campeonato. Jgfik`e^`dgXi}m\ceXC`^X
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ŕ-.,/./,ŕ ouve um dia em que os cos terem esmagado as ruas de plo para aqueles que se opuse-
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tanques soviéticos entra- Praga, houve uma súbita oposi- ram ao barulho sinistro das la-
ram na Checoslováquia. ção passiva. gartas dos tanques soviéticos es-
Esse dia foi terrível para um ho- As pessoas faziam-se tolas magando o empedrado matemá-
mem chamado Emil Zatopek. como o Valente Soldado Shveik. tico da Ponte Carlos.
Há checos admiráveis. Por Se um soldado soviético per- «Há mais igrejas em Praga
;`i`^\ek\jXXkXZXi\d$j\#X[\gkfjXXg\ikXi\d exemplo: Jaroslav Hasék. guntasse alguma coisa, por mais do que dias num ano», escre-
Autor de uma das obras pri- simples que fosse, a resposta de- veu Ingvalt Unsted.
fki\`eX[fi\dXlji\jlckX[fjXjlZ\[\i\d$j\1 mas da literatura do mundo: O veria ser tão intrincada como os Zatopek poderia ter esfregado
Z\e}i`f\jkiXe_fefjck`dfjXefjef9\e]`ZX% Valente Soldado Shcveik. Ab- infinitos labirintos de Kafka, tão a pano as fachadas das igrejas de
solutamente obrigatório! grotesca como Gregor Samsa, de Praga.
Ao contrário do que acontece com to essa hipótese, atirando-se sem Dizia Hasék: «Não há lugar repente transformado num enor-
os dois rivais, que vão cavalgan- pudores ao antigo maestro. «O onde seja mais fácil roubar do me escaravelho. avia algo que ninguém, nem
do num início de temporada ful-
gurante, o Benfica atravessa um
Rui Costa nunca sairá da sua
zona de conforto. Ali, pode dar
que em Praga. E, estivesse ele
onde estivesse, ia ao mais fun-
Até as tabuletas de indicações
foram mudadas de lugar.
? todos os ladrões de Praga,
podiam roubar a Emil Zatopek –
momento bem mais delicado. Aos sempre a ideia de que tudo o do dos bolsos das pessoas e de- Não havia soldado soviético a popularidade. Foi varredor de
maus resultados dentro do cam- que há de bom tem o seu dedo e saparecia sem ser visto». que se orientasse naquela praga ruas e gritavam o seu nome en-
po – apenas uma vitória nos últi- tudo o que há de mau foi feito Os soviéticos foram ao mais de Praga. quanto varria ruas. As pessoas
mos cinco jogos e já três partidas sem ter em conta a sua opinião. fundo dos bolsos de Emil Zato-
consecutivas sem vencer –, jun- A única reação admissível era pek, a Locomotiva de Praga. a Praça de São
tou-se agora uma semi-crise dire-
tiva. Um cenário que contrasta
o designado diretor desportivo
do Benfica vir dar a cara e de-
Em 1946, tinha a II Grande
Guerra chegado ao fim, as for-
E Venceslau, uma
manifestação tomou
em larga escala com o que tem monstrar-se solidário com ças aliadas estacionadas em Ber- forma.
acontecido no clube no passado tudo. Mas a única vez que ouvi lim resolveram organizar uns Zatopek ia a passar,
recente e que tem valido tantos falar de Rui Costa foi quando campeonatos de atletismo. A no seu passo firme.
elogios à já famosa ‘estrutura’. deu uma entrevista onde rea- Checoslováquia tinha um único Chamam-no! Acla-
Tudo começou com a notícia da firmava a sua ideia de um dia representante: marchou, orgu- mam-no!
saída de Nuno Gomes das funções ser presidente do Benfica e con- lhosamente, na cerimónia de Era um homem
de diretor da formação. O seu siderava Jorge Mendes uma abertura, segurando a bandeira simples, Zatopek.
substituto? Pedro Mil Homens, mais-valia para o clube...», dis- do seu país. Em redor do estádio, Exigem-lhe que fale,
homem com passado no cargo... parou o ex-dirigente encarnado. o público casquinava risadas im- a ele que não sabe o
mas no Sporting. Ao antigo golea- Como se não bastasse, na vés- becis: aporrinhava a sua figura que dizer naquela si-
dor encarnado foi proposto o car- pera do encontro com o Braga, esquelética, escanzelada. tuação; obrigam-no a exprimir-se,
go de responsável para as relações para a Taça da Liga, um grupo de Apepinavam Emil Zatopek! a ele que só quer correr dali para
?Xjb[`q`Xhl\
internacionais, mas Nuno Gomes cerca de 50 adeptos invadiu a ga- Na prova de 5000 metros dessa fora como fizera em Helsínquia, ef_Xm`Xcl^Xi
rejeitou, informando o clube de ragem do Estádio da Luz para espécie de olimpíada de trazer em 1952, vencendo os 5000, os dX`j]}Z`cgXiX
que pretende apostar na forma- mostrar a sua insatisfação com o por casa, o escanzelado de Praga 10000 metros, a Maratona. iflYXi[fhl\
ção pessoal e seguir outro cami- atual momento da equipa. As for- foi correndo, correndo, simples- Nunca ninguém como Emil
nho. Avançou Simão Sabrosa, ou- ças policiais chegaram a intervir, mente correndo. Era aquilo que Zatopek! GiX^X%<dGiX^X
tro elemento com passado ligado mas acabou mesmo por ser o téc- ele sabia fazer. Dava voltas à pis- Ele solta a palavra que o há de iflYXiXdkl[f
ao maior rival. nico Rui Vitória a acalmar os âni- ta de cinza ultrapassando adver- prender: daí a pouco serão os Jo- X<d`cQXkfg\b%%%
Depressa começaram a surgir mos, pedindo ao grupo de adeptos sários e voltando a ultrapassá-los. gos Olímpicos do México, 1968,
rumores de que também Rui Cos- para acreditarem no trabalho que Havia 80 mil pessoas a vê-lo exige aos soviéticos que respei-
ta estaria descontente com a con- está a ser feito pela equipa. A si- nessa tarde de Berlim. tem a trégua sagrada de Olím-
juntura diretiva atual do clube e, tuação serenou por ali... mas só Nunca mais o esqueceram. pia, condena a invasão, embara- debruçavam-se nas janelas para
por isso, a ponderar a saída. No uma resposta cabal da equipa ça-se no pensamento e no discur- ver Zatopek esvaziar baldes de
blogue Geração Benfica, Rui Go- dentro do campo nos próximos jo- raga é uma cidade que pare- so que lhe tolhe o pensamento. porcarias urbanas na sua digni-
mes da Silva, antigo vice-presiden-
te das águias, refutou por comple-
gos pode evitar novos incidentes.
9%M%
G ce recortada em cartolina
colorida.
Nesse tempo, Emil Zatopek era
um arquivista cinzento de um
dade de homem que aceitava as
porcarias humanas. Erguia um
Os topos das igrejas erguem- ministério mazombo. Foi exone- caixote e estralejavam as pal-
-se por cima das casas como se rado, erradicado do exército, mas. Os seus companheiros de
dedos infantis tivessem gasto o proibido de residir em Praga. trabalho recusam-se a partilhar
seu tempo nos rococós pontiagu- Roubaram-lhe tudo. Até a di- horários com ele, sentem-se di-
dos, aqui e ali desacertados na gnidade. minuídos, assumem a vergonha
imperfeição própria de um tra- Exila-se no noroeste do país, de uma tirania que não é deles.
balho de meninos. junto à fronteira alemã: Ja- Jan Echenoz escreveu como
Dezenas, centenas de igrejas. chymov. Trabalha nas minas de ninguém sobre Emil Zatopek:
Recortes em escada a partir do urânio, empurra vagonetas, suja «Um homem doce…».
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rio, a crescer por cada uma das a farda de ganga coçada. E ele corria, na sua passada in-
margens do Vlatva. São Nicolau, Ah! Que nome extraordinário: confundível e vitoriosa, na peu-
Nossa Senhora de Týn, São Emil Zatopek! gada das camionetas do lixo que
Francisco Serafim, São Vences- Seis anos mais tarde, os novos percorriam as ruas de Praga
lau, São Salvador, São Clemente. governantes de Praga, roubam- com as suas mais de quatrocen-
E Emil! Emil Zatopek! -no outra vez: exigem-lhe que re- tas igrejas…
F9\e]`ZXjfdXXg\eXjldXm`ki`Xefjck`dfjZ`eZfaf^fj Depois de os tanques soviéti- gresse à capital, servirá de exem- X]fejf%d\cf7e\njgc\o%gk
+/ )*J<K<D9IF)'(.
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é um dos finalistas ao prémio de
melhor jogador do mundo, atribuí-
derrota de Portugal tão a organizar em solo nacio- do pela FIFA e denominado The
é desta que o ténis nacional pelo jornal francês L’Équipe. O do a conquistar o troféu, fica desde nomeados, mas caíram da lista fi-
ascende ao Grupo Mundial da ela primeira vez uma sele- CR7 tem, como sempre, a compa- já lançada a corrida ao prémio... de nal de três nomes, composta por
Taça Davis.
Teria sido o momento mais
G ção nacional da Taça Da-
vis contou com quatro jogado-
nhia de Messi na corrida, mas tam-
bém de Neymar, que já foi terceiro
2018, com Ronaldo empatado com
Messi e jogadores como Neymar,
Zinedine Zidane (campeão espa-
nhol e europeu pelo Real Madrid),
importante da nossa história res classificados entre os 200 classificado em 2015 – posição que Griezmann ou mesmo Mbappé ou Massimiliano Allegri (campeão
na modalidade. Mais relevan- primeiros do ranking mun- deverá repetir, num ano em que se Pogba, entre outros, na primeira italiano e vice-campeão europeu
te do que qualquer vitória in- dial. Este ano já tínhamos tido tornou no protagonista da mais fila da linha de sucessão. pela Juventus) e Antonio Conte
dividual no ATP World Tour uma equipa com dois top-100 e cara transferência da história do Ronaldo está ainda noutra cor- (campeão inglês ao comando do
ou no circuito WTA, por ser deveremos voltar a tê-la proxi- futebol, ao trocar o Barcelona pelo rida: ao onze do ano da FIFA, onde Chelsea).
um esforço coletivo. mamente com a entrada inédi- PSG por 222 milhões de euros. tem a companhia de Pepe. CR7 é Realce também para o Prémio
Fica para outras calendas Ronaldo, recorde-se, soma qua- eleito para o onze do ano de forma Puskás, destinado ao melhor golo
mas, à semelhança do selecio- tro troféus de melhor do mundo – consecutiva nos últimos dez anos, do ano. Havia vários portugueses
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nador nacional, Nuno Mar- seja na contabilização da FIFA, seja tendo sido até agora o único portu- com legítimas aspirações a con-
ques, estou convencido de que
hl\fke`jeXZ`feXc do L’Équipe. Números impressio- guês a merecer tal distinção. Nes- quistar o prémio – do ‘chouriço’
não levaremos mais 23 anos
XjZ\e[\Xf>ilgf nantes, mas que ainda assim ficam ta lista, destaque para a presença de André Almeida ao golo impos-
até estarmos de novo num Dle[`Xc[XKXX aquém do registo de Messi, distin- de quatro jogadores com passado sível de Hugo Vieira no Japão,
play-off de acesso à primeira ;Xm`j#dXj\jk}ZX[X guido pelas duas entidades em 2009, no campeonato português: Oblak, passando pelo chapéu a mais de
divisão do ténis mundial mas- m\qdX`jg\ikf 2010, 2011, 2012 e 2015. CR7 foi elei- David Luiz, Casemiro e Matic. 60 metros do defesa do Beira-Mar,
culino. to melhor jogador do planeta em A FIFA instituiu ainda um tro- Vítor Hugo –, mas nenhum con-
2008, 2013, 2014 e 2016 e é este ano féu para o melhor guarda-redes – venceu o grupo de peritos, com
exemplo de João Sousa novamente o favorito à conquista até agora, esta posição não mere- nomes de peso como Henrik Lars-
F tem feito acreditar outros
jogadores, alguns da sua gera-
ta de Pedro Sousa nessa elite,
não sendo inimaginável acre-
do troféu, depois de ter vencido a
Liga espanhola e a Liga dos Cam-
cia distinção das outras. O primei-
ro vencedor do prémio será um
son, Alan Shearer ou Predrag Mi-
jatovic. Na lista final de dez no-
ção, mas também mais jovens ditar que Gastão Elias possa peões, competição da qual foi o ar- destes três gigantes das balizas: meados para um prémio entregue
como Nuno Borges, João Mon- regressar aos 100 primeiros, tilheiro – esteve particularmente Buffon (Juventus), Navas (Real Ma- pela primeira vez em 2008... a
teiro, Gonçalo Oliveira e João donde João Sousa é agora um inspirado na fase decisiva da pro- drid) ou Neuer (Bayern Munique). Cristiano Ronaldo, figura um golo
Domingues, que têm vindo a cliente assíduo há alguns va, protagonizando verdadeiros es- de Matic, antigo jogador do Benfi-
crescer todos os meses e a que- anos. petáculos de futebol frente ao EX[X[\Jg\Z`XcFe\ ca, mas também dois apontados
brar recordes pessoais no A Alemanha, mesmo com Bayern Munique e à Juventus, a No que respeita aos treinadores, no escalão de juniores e um no fu-
ranking ATP. uma segunda linha, mereceu quem marcou dois golos na final. destaque para a ausência de qual- tebol feminino.
Os 30 torneios internacio- ganhar, mas Portugal está Se não houver qualquer surpresa quer português. José Mourinho e A Gala da FIFA terá lugar no
nais que os clubes e a FPT es- cada vez mais perto. de última hora e for, de facto, Ronal- Leonardo Jardim estavam nos 12 dia 23 de outubro, em Londres.
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Guarda Civil, para ajudar os «Chegaram por terra, mar e com os novos poderes do Tribu-
F>fm\ief[\DX[i`[`e]fidflhl\ Mossos d’Esquadra «no cumpri- ar, alguns deles estão alojados nal Constitucional que o PP fez
d`c_Xi\j[\d`c`kXi\j\gfcZ`Xjj\if mento da manutenção da or-
dem», perante a intenção do Go-
em três navios de cruzeiro
que estão nos portos da Cata-
passar no Parlamento de Ma-
drid, o Governo catalão pediu
[\jcfZX[fjgXiXX:XkXcle_X#gXiXi\$ verno Catalão de manter o refe- lunha, com centenas de mili- aos elementos da junta que se de-
]fiXifj)'''gfcZ`Xj\jgXe_`jhl\ rendo no dia 1 de outubro. Os
responsáveis da Catalunha, atra-
tares».
mitissem para não serem alvos
dessa multa. Segundo a agência
a}c}\jkf% vés do porta-voz do Governo ca- DlckXjg\jX[Xj Europa Press, o Governo catalão
talão, desvalorizaram esta comu- Xfjgifdfkfi\j vai criar uma nova junta eleito-
nicação, dizendo que a chegada Na quinta-feira o Tribunal Cons- ral composta por personalidades
Ministério do Inte- tro do Interior, Juan Ignacio Zoi- de mais centenas de forças arma- titucional emitiu uma sentença e académicos de renome interna-
F
rior espanhol co- do, comunicou por carta do con- das para Catalunha, com a des- em que multava todos os 22 ele- cional.
municou ao Gover- selheiro do departamento do In- culpa do tamanho e da violência mentos da Junta Eleitoral do Re-
no autonómico Ca- terior da Generalitat (governo das manifestações que, já se rea- ferendo, eleita pelo Parlamento @ejkil\jgXiX
talão que ia enviar autónomo da Catalunha), que o lizaram, é falso: já há milhares catalão, com multas individuais Zfe[\eXidXe`]\jkXek\j
milhares de ele- Governo de Madrid decidiu des- de elementos das forças de segu- entre 12 000 euros e 6 000 euros Para impedir os protestos de mi-
mentos das forças da ordem vin- locar para a Catalunha mais uni- rança espanhola que chegaram diárias. lhares de catalães nas ruas, que
dos de toda a Espanha. O minis- dades da Polícia Nacional e da ao território nos últimos dias. Perante esta sentença, feita se sucedem desde a prisão dos
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AlXeDXel\cJ\iiXkZfekiX
Um dos símbolos da cultura cata-
lã afirmou na sexta-feira que
«não há condições para fazer
um referendo no dia 1 de ou-
tubro». Juan Manuel Serrat de-
fendeu que «a convocatória do
referendo na Catalunha não é
transparente, porque está cria-
da por uma lei elaborada por
[uma maioria de um parla-
mento], mas sem o apoio do
resto dos deputados catalães»,
afirmou o cantor numa entrevis-
ta que deu em Santiago do Chile.
O cantor foi duro ao dizer que
acha que um referendo, como o
de 1 de outubro, «não vai repre-
sentar ninguém».
Já a mesa do Congresso de Es-
panha reuniu-se para vir a criar
na próxima quarta-feira, depois
do regresso da sua presidente da
tomada de posse do Presidente de
Angola em Luanda, uma comis-
são para ‘negociar’ com os cata-
lães. Os deputados independen-
tistas, com o aplauso da bancada
elementos e funcionários do Go- nas manifestações de protesto. rante o Ministério Público. As ções policiais e a detenção de di- do Podemos, protestaram contra
verno catalão, o Ministério Pú- Segundo uma lei apresentada autoridades judiciais não conse- rigentes catalães. as prisões ‘arbitrárias’ dos gover-
blico espanhol apresentou de- durante o anterior mandato de guiram explicar porque razão as nantes e ativistas catalães e rea-
núncias e acusações pelo crime Mariano Rajoy, quando o PP ti- forças policiais queriam entrar Fjgifk\jkfjZfek`elXd firmaram a sua disposição de de-
de ‘sedição’ aos participantes nha maioria no Parlamento, na sede de um partido político le- Os estudantes catalães estão a cidir, pelo voto democrático, se a
quando há incidentes numa ma- gal. Segundo dirigentes da CUP, sair às ruas há dois dias segui- Catalunha quer continuar a ser
nifestação, as pessoas que a con- que falaram com o SOL, a inva- dos. Grande parte das cidades e uma região subordinada a Ma-
vocaram e partilharam a sua são da sede não foi concretizada vilas da região estão a viver ma- drid ou uma nação independente.
FD`e`jki`f convocatória nas redes sociais por duas razões: «Milhares de nifestações permanentes. O Apesar da operação policial,
GYc`Zf podem ser responsabilizadas cri- pessoas estavam em frente do atual foco das mobilizações é fei- das prisões e da apreensão de
minalmente com multas e penas edifício, e pelo simples facto to à volta do Supremo Tribunal mais de 10 milhões de boletins de
Xd\XXXZl$ pesadas de prisão. de não terem sequer manda- catalão, em que estão a ser ouvi- voto, o presidente do governo da
jXidXe`]\j$ Segundo o Ministério Público do judicial». dos os dirigentes presos no iní- Catalunha publicou às 17h29 de
espanhol, durante as ações na se- Às 13 horas locais de sexta-fei- cio da semana. quinta-feira, na sua conta do
kXek\j`e[\$ gunda-feira, em que centenas de ra, milhares de estudantes ocu- Por sua vez, o setor da socieda- Twitter, o endereço eletrónico
g\e[\ek`jkXj polícias tentaram invadir a sede param os edifícios das principais de catalã que não é favorável à em que os eleitores podem saber
de um partido político indepen- universidades da Catalunha, independência, mas que quer onde é a sua secção de voto a 1 de
dentista, ‘houve até disparos’, ga- como protesto contra as opera- que haja um referendo negocia- outubro.
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Zfdhl\dmX`^fm\ieXi%8\oki\dX$[`i\`kXgf[\
XZXYXiefk\iZ\`ifcl^Xi%
Angela Merkel triunfará. Disso, de como se saírem amanhã os
ninguém tem dúvidas. As sonda- partidos mais pequenos. Um de-
gens garantem-no há meses, des- les em especial: a Alternativa
de que, no início da primavera, o para a Alemanha (AfD), que se
principal adversário social-demo- tornará no primeiro partido fun-
crata caiu do topo das consultas damentalmente nacionalista, xe-
para lá nunca mais regressar. Ou nófobo e racista a entrar no Bun-
sequer se aproximar. De acordo destag nos mais de 70 anos que
com os dados mais recentes, pu- passaram desde o Nacional Socia-
blicados ontem pelo Bild, a CDU lismo. O seu sucesso – ou falta
da chanceler obterá qualquer coi- dele – não será apenas um impor-
sa como 34% do voto nas eleições tante barómetro para a força da
legislativas deste domingo. Já os nova extrema-direita alemã, mas
social-democratas do SPD e Mar- também o critério que definirá o
tin Schulz podem tombar para o próximo governo. O SPD, por
mais-que-negativo território dos exemplo, já está numa luta inter-
21%, o que será considerado por na para saber se deve ou não reva-
todos um desastre de grandes di- lidar a grande aliança que hoje
mensões. Pioraria até os valores tem com o partido conservador
recorde das já cataclísmicas elei- da chanceler e arriscar-se a san-
ções de 2009, quando o partido do grar ainda mais votos nos próxi-
centro-esquerda alemão registou mos quatro anos. Se a AfD acabar
apenas 23% dos votos. em terceiro lugar quase garante
K?FD8JB@<EQC<&8=G
Que Merkel vencerá as eleições que Schulz não aceitará ir para o
de amanhã e ocupará o cargo de Governo e deixar os nacionalis-
chanceler pelo quarto mandato tas como principal força da oposi-
consecutivo não há dúvidas. Mas ção. «Muitos social-democratas
isso não quer dizer que a ida às ur- considerá-lo-iam intolerável», ex- D\ib\cmX`m\eZ\i#dXjef\jk}[\jZXejX[X
nas deste domingo não seja uma plica ao Financial Times o poli-
incógnita em tudo o resto. A chan- tólogo Thorsten Faas, da Univer- dias e ontem estava nos 13%, dois políticas ecologistas, não parece tempo a falar de quando liderava
celer não conseguirá uma maioria sidade de Mainz. pontos à frente do partido de es- disposta a partilhar o poder com uma pequena localidade alemã do
absoluta, como quase garante o querda Die Linke. A chanceler já os Verdes, e estes, por sua vez, se- que da sua experiência em Bruxe-
sistema eleitoral alemão, que só =fiXeXZ`feXc`jkX disse que não está disposta a ne- riam um parceiro desconexo de las –, não explica tudo. O colunis-
uma vez foi governado por um par- A acreditar na sondagem do Bild, gociar com qualquer um dos um partido com o FDP. ta do Financial Times, Wolfgang
tido a sós desde o fim da II Guerra é isso mesmo que vai acontecer. dois, mas os velhos parceiros Um cenário de ingovernabilida- Munchau, defende, como muitos
Mundial e nunca a partir da reu- A AfD sofreu um aumento na ideológicos do partido liberal di- de, porém, pode atirar os social-de- social-democratas, que o partido
nificação. Alguém tem de se enten- tendência de voto nos últimos ficilmente conseguirão votos su- mocratas de novo para os braços deve sair do Governo e repensar a
der para governar a Alemanha e ficientes para completar uma de Merkel, mesmo tendo em conta sua identidade social-democrata,
isso pode fazer com que o desastre aliança e, além do mais, já não es- o coro de vozes que, no SPD, defen- entretanto dissolvida em sucessi-
eleitoral do SPD e de Martin tão tão próximos dos democratas de um regresso à oposição. Entre vas alianças com conservadores:
Schulz deixe de ser uma bênção cristãos como no passado. Uma todas as conjeturas, este é o dado «O que o SPD precisa agora é de
para os democratas cristãos e, em 8\oki\dX$[`i\`kX alternativa ao SPD teria necessa- mais fiável: o partido social-demo- um período de reflexão – longe
vez disso, passe a ser uma grande mX`i\^i\jjXi riamente passar por uma coliga- crata está numa crise inesperada do Governo. Esteve em executi-
dor de cabeça. Angela Merkel vai Xf9le[\jkX^ ção entre Merkel, os liberais e os para quem na primavera chegou a vos de coligação em 15 dos últi-
vencer no domingo, mas não dor- ecologistas dos Verdes – a chama- parecer capaz de usurpar o poder. mos 19 anos. Os seus líderes não
mirá descansada na véspera.
g\cXgi`d\`iXm\q da solução Jamaica –, mas nin- E Schulz, por todos os erros de tiveram oportunidade para pen-
Os próximos quatro anos de po- [\j[\f]`d[X guém parece apostar nesse cená- campanha – o ex-presidente do Par- sar aprofundadamente sobre a
lítica alemã e europeia dependem @@>l\iiXDle[`Xc rio. Merkel, pesem todas as suas lamento Europeu passou mais globalização».
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[\kXcZ\e}i`f6 HlXcXgfj`f[fJ`ee=`ejfYi\ ;fcXe[`qhl\f9i\o`kefkiXqÊeX[X[\YfdË
As implicações práticas podem re- X\jkiXk^`X[\K_\i\jXDXp6 que suporta o atual relacionamen-
sultar em implicações psicológi- O Governo britânico não estava à to entre o Reino Unido e a Irlanda uma vez que é totalmente contrá- safios políticos, sociais e econó-
cas se os estudantes do norte fo- espera do voto pela saída e, por isso e também consagra o direito dos rio aos interesses irlandeses. O micos trazidos pelo Brexit, o Sinn
rem impedidos de estudar no sul, mesmo nunca teve – e continua a irlandeses de exercerem sozinhos facto de o norte estar a ser força- Féin acredita que a única aborda-
se as empresas fronteiriças come- não ter – uma estratégia para o Bre- o seu direito à autodeterminação do a abandonar a UE, contra o de- gem credível passa pela atribui-
çarem a perder negócios, se as fa- xit. A situação do norte da Irlanda e ao estabelecimento de uma Ir- sejo expressado pela sua popula- ção de um estatuto especial ao
mílias que vivem em ambos os la- seguramente nunca lhes passou landa unida. O Sinn Féin entende ção [56% votaram pela perma- norte, dentro da UE, que permi-
dos da fronteira tiverem dificulda- pela cabeça quando o referendo foi que a insistência do Governo bri- nência no referendo], representa tiria à ilha da Irlanda permane-
des em encontrar-se e, claro, se os convocado. E segundo nos dizem tânico em arrastar a Irlanda do um enorme passo atrás no pro- cer, como um todo, na organiza-
agricultores começarem a perder os nossos quatro representantes no Norte para fora da UE vai enfra- cesso político, desafia diretamen- ção. Este estatuto incluiria: pro-
subsídios e volume de negócio. Parlamento Europeu, parece que quecer a integridade e o estatuto te a integridade do acordo de paz teção do processo de paz; acesso
os eurodeputados do resto da Eu- do Acordo de Sexta-Feira, pondo e pode vir a ter consequências ao Mercado Único; permanência
Jlgfe_fhl\j\aXd\jjXjXjgi`e$ ropa têm um conhecimento mais em causa aqueles direitos. dramáticas nas proteções nele na Zona Comum de Viagem; ma-
Z`gX`jgi\fZlgX\j[fj\lZiZl$ aprofundado [que o Governo] so- contidas. Por outro lado, existem nutenção de todos canais de fi-
cf\c\`kfiXcÆ=\idXeX^_Xe[Jflk_ bre as consequências desastrosas HlXcj\i`Xfd\c_fiXZfi[fgfjj$ necessidades e oportunidades ur- nanciamento europeu; proteção
Kpife\ÆXkgfihl\]Xq]ifek\`iX do Brexit no norte e em relação ao m\c\eki\fI\`efLe`[f\XL<6 gentes de arranjarmos novas for- do acesso ao emprego na UE; pro-
ZfdXI\gYc`ZX[X@icXe[X%%% Acordo de Sexta-Feira (1998). <fg`fi6 mas de pensar a questão. Uma teção da segurança social e segu-
Enquanto região de fronteira, só te- A única coisa que é certa é que do vez que um estatuto privilegiado ro de saúde; manutenção dos di-
mos razões para temer o Brexit. Os Hl\ Zfej\hleZ`Xj j\if \jjXj Brexit não advirá nada de bom. de relacionamento fora da UE reitos e condições dos trabalha-
nossos jovens vão perder a hipótese gXiXfXZfi[f6 Não há forma de gerir ou mini- será claramente insuficiente dores; uma política ambiental; e
de estudar e trabalhar na Europa, Durante as últimas duas décadas mizar o seu impacto negativo, para fazer frente aos enormes de- representação política na UE.
3ŕ+/,ŕ*,x))ŕŕ.,(-#TJ)ŕŕ)#-ŕ()-
Gi`d\`iX$d`e`jkiX ^X$ Brexit, atravessavam um impas- Na cidade-berço do Renasci- da UE no país ou a manutenção «muito melhor» do que as da
iXek`lhl\fI\`efLe`$ se. Mas argumentar que a nova mento, a primeira-ministra bri- da livre circulação de pessoas e Noruega e Canadá, e prometeu
roupagem dos planos do Gover- tânica pediu aos ainda parceiros bens. «Honraremos os compro- juntar-se à União num «ambi-
[f`i}Zldgi`ikf[fjfj no britânico teve o condão de europeus um período de transi- missos financeiros que assu- cioso acordo securitário».
j\lj[\m\i\j\lifg\lj desbloquear a situação, dificil- ção de dois anos – contabilizado mimos enquanto Estados- O representante da União nas
[liXek\XkiXej`f% mente recolherá semelhante a partir de março de 2019 – du- -membros e reforçaremos os negociações, Michel Barnier, des-
consenso. Só na próxima segun- rante o qual o Reino Unido man- direitos adquiridos dos cida- creveu o discurso da líder do Par-
Antes do discurso de Theresa da-feira, quando Michel Barnier teria o acesso ao Mercado Único dãos europeus residentes no tido Conservador como «cons-
May, na sexta-feira, em Floren- e David Davis se voltarem a sen- e outros previlégios europeus, Reino Unido», prometeu a líder trutivo» , mas espera agora pelo
ça, poucos duvidavam que as ne- tar à mesa das negociações, em sem descurar das suas obriga- do executivo britânico. regresso das negociações para
gociações entre Reino Unido e Bruxelas, é que se poderá res- ções e deveres, como a proteção Theresa May disse ainda que perceber se algo mudou para os
União Europeia, relativas ao ponder a essa dúvida. dos residentes e trabalhadores pretende uma relação futura lados de Londres.
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algo como ‘senil’ (ver texto abai- pelo regime norte-coreano. Ain- do crítico da Revolução Francesa
xo). Depois vieram as ameaças, da assim, atingiu um novo pico Edmund Burke, político e filóso-
afirmando que o discurso do nor- durante a Assembleia-Geral da fo irlandês do século XVIII: «Para ½FZXd`e_fhl\\jZfc_`fZfii\kf¾#^XiXek\B`dAfe^$le
te-americano apenas o convenceu ONU, fortemente marcada pelo que o mal triunfe, basta que os
da sua boa decisão: «O caminho programa nuclear norte-coreano. bons nada façam». gar a Pyongyang o acesso a «bens, O gabinete do Presidente sul-co-
que escolhi é o correto e o que No seu discurso, o Presidente Não se pense que Trump foi o fundos, pessoas e tecnologia», reano Moon Jae-in (a Coreia do
devo seguir até ao fim». E anun- norte-americano ameaçou «des- único a abordar o tema da Coreia de modo a impedir o avanço do Sul tem ainda mais motivos do
ciando estar a ponderar exercer truir totalmente» a Coreia do do Norte. Em apoio a Washing- programa nuclear norte-coreano. que o Japão para se sentir amea-
a «maior contramedida de li- Norte, caso Washington fosse for- ton, o primeiro-ministro japonês, «Devemos obrigar a Coreia do çada pelo regime de Kim Jong-un)
nha dura na História». çado a defender-se a si próprio ou Shinzo Abe, reforçou a ideia de Norte a abandonar todos os emitiu um comunicado a elogiar
A liderança norte-coreana pa- aos seus aliados contra os mísseis as anteriores negociações com programas de mísseis balísti- o discurso «firme» de Donald
rece já ter chegado a uma decisão norte-coreanos. Ainda assim, o Pyongyang não terem chegado a cos e nucleares de forma com- Trump nas Nações Unidas e por
sobre o que vai fazer a seguir, se- grande soundbite do discurso de lado nenhum e apelou à comuni- pleta, verificável e irreversível. ter demonstrado a forma «séria
gundo o seu ministro dos Negó- Trump foi o nome que atribuiu a dade internacional para proceder O que é necessário fazer não é como o governo dos Estados
cios Estrangeiros. Caracterizan- Kim Jong-un: «rocket man» (ver a um bloqueio mundial para ne- o diálogo, mas pressão». Unidos entende o programa
do o discurso de Donald Trump nuclear da Coreia do Norte».
como «latidos de cão», Ri Yong- A China, a única aliada do re-
-ho anunciou que Pyongyang gime de Pyongyang, tem assumi-
pode, muito em breve, lançar uma do uma posição menos compla-
bomba nuclear de hidrogénio no
oceano Pacífico. «Poderá tratar-
Č).,čŕŕČ,)%.ŕ'(čÿŕ)-ŕ#(-/&.)- cente face ao seu aliado nos últi-
mos tempos, mesmo que procure
-se da mais poderosa das deto- Efjck`dfj[`Xj#;feXc[Kildg\B`dAfe^$ eXjXcZle_Xjhl\ZfcflXfjj\ljZfeZfii\e$ sempre abordar o tema de forma
nações de uma bomba H no Pa- $le\emfcm\iXd$j\eldX]\ifqkifZX[\ k\jgXiXXefd\Xfi\glYc`ZXeX1ÊCp`eËK\[Ë mais suave, com receio de que,
cífico», explicou aos órgãos de co- `ejlckfj%Fgi`d\`ifZ_XdflXfj\^le[f R:ilqT#ÊC`kkc\DXiZfËRIlY`fT\ÊCfn<e\i^p num colapso do regime, se veja a
municação sul-coreanos em Nova ½ifZb\kdXe¾\fj\^le[fZ_XdflXfgi`$ A\YË9lj_¾%<fÊ:iffb\[?`ccXipËhl\`em\ekfl braços com uma crise de refugia-
Iorque, onde assistia aos traba- d\`if½[fkXi[¾Æ`ejlckfjhl\fdle[fef gXiXXjlXX[m\ij}i`X[\dfZiXkX%EfZXjf dos no seu território. O Governo
lhos da Assembleia-Geral da \jk}_XY`klX[fXflm`ij\i\dkifZX[fj\eki\ [\B`dAfe^$Le#XXcZle_X½ifZb\kdXe¾ chinês voltou a insistir na solu-
ONU. Trump reagiu pelo Twitter, Z_\]\j[\<jkX[f%Fj`^e`]`ZX[f[\jkXj[lXj c\dYiXXZXef[\<ckfeAf_e#dXjdX`j ção negociada para a crise nu-
o seu favorito instrumento de co- gXcXmiXj[\`oXiXddl`kXjg\jjfXjZli`fjXj gifm}m\chl\j\i\]`iX~jXdY`\jelZc\X$ clear da Coreia do Norte, de modo
municação, chamando a Kim \Xji\[\jjfZ`X`jefg\i[fXiXd#jli^`e[f i\j[fc[\iefik\$Zfi\Xef%GfijlXm\q# a evitar que o «atual ciclo vicio-
Jong-un «um louco que não se d\d\j#>@=\_Xj_kX^j%DXjhlXcfj`^e`]`ZX$ ½[fkXi[¾#ldXgXcXmiX\d`e^cjXek`^f\ so de aprofundamento» da ten-
importa de matar à fome o seu [f[\jk\j[f`j`ejlckfj6Fgi\j`[\ek\efik\$ gflZfZfe_\Z`[X#i\]\i\$j\XldXg\jjfX são na Península da Coreia con-
povo» e que «será testado como $Xd\i`ZXef][\XcZle_XjÆ\hlXe[fXj dX`jm\c_Xhl\XgXi\ekXj`eX`j[\j\e`c`[X[\% tinue. Algo que parece imprová-
nunca antes o foi». [}efZfjkldXj\iZfdf\cf^`fXk\ek\$j\ I`ZXi[f:XYiXc=\ieXe[\j vel com a luta retórica entre
A possibilidade de um novo e Trump e Kim.
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dade é um dos mo- Uma das listas conta com tra- presa tem como tradição negociar alguns trabalhadores para co- 2000 é que a fábrica de Palmela
tivos que levou Fer- balhadores associados ao sindica- apenas com esta estrutura, seguin- meçarem a formação de forma atingiu os quatro mil colaborado-
nando Sequeira, to SITE Sul, afeto à CGTP, e que do o exemplo vivido na casa mãe, a que no início do próximo ano res, mas desde 1995 que o número
coordenador de- esteve por detrás da greve reali- na Alemanha, cuja relação entre estar tudo em pleno para ar- de trabalhadores varia entre os
missionário da Co- zada a 30 de agosto, provocando trabalhadores e administração se rancar com o terceiro turno», três mil e os três mil colaborado-
missão de Trabalhadores (CT) da uma paralisação histórica da fá- centrou sempre na comissão de revela ao SOL fonte da empresa. res, em que o mínimo atingido foi
Autoeuropa a integrar uma das brica de Palmela e impedindo a trabalhadores, ao ponto de um des- No final deste processo, o núme- em 2005 (2.709).
listas para concorrer às eleições produção de 400 carros. «É preci- tes ter lugar na administração. ro de trabalhadores irá atingir os
da CT da fábrica de Palmela que so continuar a defender o inte- 4.735. Um número que até aqui 8d\XX[\[\jcfZXc`qXf
irão decorrer no próximo dia 3 de resse dos trabalhadores contra :fekiXkXf\ddXiZ_X X]XjkX[X
outubro. «Tenho de seguir com as imposições que têm sido fei- A Autoeuropa recebeu um inves- À medida que nos vamos aproxi-
este projeto. É preciso ter al- tas de forma a encontrar um timento de 667 milhões de euros =lklif[X mando do dia D para pôr fim ao
guém que esteja por dentro
dos assuntos porque a produ-
acordo para a implementação
dos novos horários de labora-
na instalação de uma nova plata-
forma multimodal, que permite a
\dgi\jX braço-de-ferro entre a adminis-
tração da fábrica e os trabalha-
ção do novo modelo automóvel ção contínua», revela ao SOL, produção de vários modelos. Para [\g\e[\[f dores, as ameaças que foram sur-
é fundamental para garantir o fonte do sindicato. fazer face às novas exigências, a gio`dfc[\i gindo sobre o risco de deslocali-
futuro da empresa», diz o candi- O aparecimento desta lista de fábrica de Palmela já começou a zação de parte da produção para
dato ao SOL. trabalhadores ligados ao sindica- fazer as contratações. A ideia é [XZfd`jjf outras fábricas – uma vez que
Mas a esta é preciso somar ain- to não causa surpresa, uma vez empregar mais dois mil trabalha- [\kiXYXc_X[f$ elas competem entre si e todos os
da mais cinco listas candidatas. que tem sido sido um dos princi- dores até ao final do ano, dos critérios contam: desde a quali-
Ao todo são seis na corrida: qua- pais rostos contra os novos horá- quais 750 são para implementar
i\jhl\j\i} dade à pontualidade, passando
tro indepentes, uma associada à rios de trabalho. Em causa está a um sexto dia semanal de produ- \c\`kf[`X* por muitos outros fatores – vai-
CGTP e outra a UGT. A campa- necessidade de trabalhar mais ção. «O processo está a decor- -se dissipando.
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gXjjX[fgif[lq`l/,%()- Anda por aí muita gente a apa-
d`cle`[X[\j\k\d nhar as canas dos foguetes da
m\e[XjefmXcfi[\(#,) subida do rating da dívida por-
d`cd`c_\j[\\lifj% tuguesa. Mas o verdadeiro res-
DXj[\j[\(00,a} ponsável pelo feito é italiano,
]XYi`ZfldX`j[\ está à frente do BCE e ajuda a
)#*d`c_\j[\m\Zlcfj% bolha Portugal a crescer. O pior
vai ser quando rebentar.
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k\iZ\`iXdX`fi\dgi\jX Preocupado com a subida do
\ogfikX[fiX[fgXj crédito e a queda das poupan-
\Xj\^le[XdX`fi ças, o Banco de Portugal estabe-
`dgfikX[fiX%DXj leceu regras mais apertadas aos
X`dgfikeZ`X[X bancos em matéria de emprés-
8lkf\lifgXgXiXXi\^`f timos. É uma forma de tentar
[\J\kYXcd\[\$j\ prevenir mais um ciclo de ilu-
kXdYdg\cXXkiXk`m`[X[\ sões e irresponsabilidades ali-
jfYi\flkiXj\dgi\jXj mentado pela geringonça que
\jkiXe^\`iXjZfdfX nos desgoverna.
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<dale_f#Xcd[f Parece mais um vendedor de ba-
Ainda na semana passada, o abria portas para a possibilida- ou o Seat Arona, também do gru- Zfeki`Ylkf[Xj nha da cobra do que um primei-
presidente executivo da Volkswa- de da produção do T-Roc ser, pelo po Volkswagen. \ogfikX\j[\j\im`fj# ro-ministro de um país europeu.
gen afirmou que esperava que o menos parcialmente, deslocali- As contas do fabricante são gfim`X[fkli`jdf#hl\ Agora, ao fim de dois anos no
conflito laboral na fábrica de Pal- zada. «É um cenário que está simples: até 2027 deverão existir `ifZfek`elXiXZi\jZ\i# poder, em que a dívida não pa-
mela estivesse resolvido até ou- em cima da mesa, mas tanto a 11 milhões de veículos desta ca- f9XeZf[\Gfikl^Xc rou de subir, veio prometer em
tubro e afastou a hipótese de administração como toda a tegoria (SUV) que deverão gerar [\jkXZXmXhl\Xjm\e[Xj plena campanha eleitoral redu-
transferir para outro local a pro- equipa da Autoeuropa irão fa- 40% das vendas da marca nos Xf\ok\i`fi`i`XdX`e[X zir o monstro. Mais uma ilusão.
dução do novo modelo T-Roc, ao zer o possível para manter próximos anos. «Acreditamos Y\e\]`Z`XiÈef]`eXc[\
garantir que a marca alemã «não toda a produção do carro em que os SUV vão crescer 50% )'(.\Xfcfe^f[\)'(/
está a considerar outras op- Portugal», afirmou na altura, nos próximos 10 anos. Isto [fXld\ekfgi\m`jkf[X
ções» para assegurar a produção lembrando ainda que «o T-Roc afetará todas as regiões, como ZXgXZ`[X[\gif[lk`mX[\
do novo modelo, apresentado no foi um modelo exclusivamen- a Europa, a China e os Esta- ldXle`[X[\`e[ljki`Xc[f
final de agosto. te escolhido para ser produzi- dos Unidos. Será um dos seg- j\kfiXlkfdm\cÉ#fl
O presidente executivo disse do na Autoeuropa». mentos mais procurados», re- j\aX#[X8lkf\lifgX%
ainda que a alteração do local de Recorde-se que, durante o mês velou a empresa. ;X[fj\jj\jhl\c\mXiXd ŕŕ
fabrico seria «muito dispendio- de agosto, a Autoeuropa come- Os primeiros T-Roc serão co- f9[GXi\m\iXgi\m`jf O muçulmano que os londrinos
sa», acrescentando ainda que é çou a produzir o novo modelo, mercializados a partir de novem- [\Zi\jZ`d\ekfeXZ`feXc escolheram para mayor decidiu
possível «vender tantos carros que foi apresentado ao mundo bro no mercado europeu, seguin- [\jk\Xef[\(#/gXiX proibir a Uber na cidade. Uma
(do novo modelo) quantos na passada quarta-feira em Itá- do-se a China e os Estados Uni- )#,#fmXcfidX`jXckf clara cedência ao lóbi dos black
Portugal puder produzir». Ou lia e será comercializado a par- dos. Em Portugal, a versão base [\j[\)'''#ZfdXj cabs e uma demonstração cabal
seja, declarações que afastam o tir do último trimestre do ano. deste modelo vai custar 25 mil \ogfikX\jX de que mercado é uma palavra
cenário de risco apresentado, em O T-Roc irá competir com mode- euros, mas na Alemanha o valor [`jgXiXi\dhlXj\(0 que não entra no dicionário des-
agosto, pelo diretor-geral da Au- los como o Nissan Juke, o Re- será mais baixo, começa nos 20 te trabalhista.
toeuropa, Miguel Sanches, que nault Captur, o Mercedes GLA mil euros. 8%I%=%
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c`Z\eXj[\ZfejkilfgXiXefmfj_k\`j%
Os números chegam das mais va- o rico património das diversas
riadas fontes e não deixam mar- civilizações».
gem para enganos: o turismo con- Até porque, se por um lado as
tinua a crescer em Portugal e é já pessoas viajam cada vez mais, há
um dos maiores suportes da eco- também cada vez mais cidades a
nomia nacional. A verdade é que colocar um travão na entrada de
o país nunca recebeu tantos turis- estrangeiros. A verdade é que em
tas como agora e isso tem contri- algumas cidades europeias já está
buído para um aumento das recei- aberta a caça ao turista. Há quem
tas na hotelaria e nas companhias avance mesmo que o turismo de
aéreas. O ano de 2016 acabou por massas está a caminho de uma
ficar na história nacional como o verdadeira explosão social. Assis-
melhor ano de sempre no setor. timos a cada vez mais manifesta-
Todos aplaudiram. Este ano a ten- ções, há queixas por causa do au-
dência manteve-se e muitos são mento das rendas e dos custos de Dfm`d\ekfZfekiXkli`jkXj\d9XiZ\cfeX\jk}X^Xe_XiZX[Xm\qdX`jX[\gkfj
os empresários que acreditam vida. Os velhos habitantes falam
que o turismo vai continuar a de uma invasão e os governos ten- ria assegura que são mais os que Entretanto, outras regiões es- multas para quem desrespeitar a
atingir recordes atrás de recordes. tam fazer face ao crescimento do apenas passeiam e tiram fotogra- panholas já colocaram também a diretiva chegam aos 100 mil eu-
Mas é exatamente no meio de todo número de turistas. fias do que os que compram al- turismofobia no vocabulário. Em ros. Com ou sem controlo nas pla-
este cenário de crescimento que O que não faltam são exemplos guma coisa. Palma de Maiorca, por exemplo, taformas, os movimentos contra o
se começam a levantar algumas de medidas criadas por vários paí- Uma forma de proteger mais os protestos também se repetem. turismo de massas ganham cada
vozes que chamam a atenção para ses e a promessa é que os casos se a cidade do turismo de massas vez mais espaço numa velha Eu-
a necessidade de ser estabelecido comecem a multiplicar. passa por aplicar taxas e é nes- <o\dgcfjdlck`gc`ZXd$j\ ropa, que recusa receber tanto
um plano de crescimento mais te sentido que o governo tem es- Em Londres, Inglaterra, uma das sangue novo. Na Croácia, em Du-
sustentável. 9XiZ\cfeXhl\igfikX]\Z_X[X tado a ponderar aplicar um im- medidas aplicadas para controlar brovnik, está a ser analisada a
A discussão em torno deste as- No ano passado, a cidade rece- posto de 0,65 euros por cada tu- o número de turistas que procu- possibilidade de limitar a entra-
sunto ganha cada vez mais rele- beu mais de 32 milhões de visi- rista que fique na cidade por ram a cidade foi criar um limite da de cruzeiros. Atualmente, a ci-
vância e é suportada pelo facto de tantes. Há quem se queixe de ter menos de 12 horas. de alugueres em plataformas dade pode receber cinco navios
a ONU ter declarado o ano de 2017 deixado de andar nas ramblas «Se não queremos acabar como o Airbnb. Por ano, há uma por dia, mas isto pode mudar mui-
o Ano Internacional do Turismo para evitar as centenas de turis- como Veneza, temos de im- limitação de 90 dias por cada imó- to em breve. A ideia é que passem
Sustentável para o Desenvolvi- tas que lá passam todos os dias. por limites», explicou Alda Co- vel. Já em Milão, onde para já as a atracar apenas dois. A cidade,
mento. Mas em que consiste afi- E quem pensa que para os co- lau, a presidente da câmara lo- medidas ainda são tímidas, foi que foi placo de gravações da fa-
nal este ponto na agenda interna- merciantes as notícias são ape- cal, quando tomou posse. Uma proibida a selfie sticks e garrafas mosa série Game of Thrones, as-
cional? A ideia é alertar para a ne- nas boas, desengane-se. A maio- das primeiras medidas foi criar, de plástico em algumas das prin- sistiu a um aumento da procura
cessidade de todos reconhecerem logo em janeiro deste ano, uma cipais áreas da cidade. sem precedentes. Para já, está es-
«a importância do turismo in- proibição de novas licenças Também em Berlim têm estado tipulado que só pode receber cer-
ternacional e, em particular, a para a construção de hotéis. a ser pensados caminhos para re- ca de seis mil visitantes por dia,
designação de um ano interna- O movimento contra os turis- gular a entrada de turistas estran- isto depois de ter começado a re-
cional de turismo sustentável ;`jZljjf^Xe_X tas na cidade já chegou mesmo geiros. Desde o início do ano pas- ceber mais de dez mil.
para o desenvolvimento, para [\jkXhl\ef8ef a furar os pneus de bicicletas sado que as plataformas de alu- Também em Roma já foram to-
promover uma melhor com- dos turistas e é frequente ver guer de curta duração deixaram madas várias medidas. Os proble-
preensão entre os povos em
@ek\ieXZ`feXc frases como «voltem para de poder funcionar na cidade. Po- mas com turistas obrigou a cida-
todo o mundo, levando a uma [fKli`jdf casa» nas mais variadas ruas dem alugar-se quartos, mas apar- de a destacar alguns seguranças
maior consciencialização sobre Jljk\ek}m\c da cidade. tamentos está fora de questão. As para zelarem pelas fontes da cida-
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esde há dois anos que se fala numa ‘solu- do de fora, eventualmente admitindo novos só-
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que podem aceder a alguns locais pouco por todo o lado. Por exem- por sua vez, apenas terão
emblemáticos, existem multas de plo, à semelhança de outros paí- provisionado cerca de me-
240 euros para quem entrar ou se ses europeus, também a Áustria tade do crédito malpara-
sentar em redor das fontes. cobra taxas aos turistas, mas à do que concederam, o que
A estas regiões junta-se ainda saída. Neste caso, o dinheiro an- cria uma situação delicada. Sobretudo numa altura ?flm\ld\oZ\jjf[\fk`d`jdf
Santorini. Com a entrada de cer- gariado reverte para medidas li- em que foi exigida aos bancos portugueses uma mais [XYXeZX\d\dgi\jkXi[`e_\`ifX
ca de 10 mil pessoas por dia, gadas ao ambiente. Assim, quem alta capitalização, para prevenir riscos.
principalmente por causa dos sair do país paga oito euros, se a Os gestores bancários também têm, natural-
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cruzeiros, a ilha estipulou um viagem for dentro da Europa, ou mente, responsabilidade no peso do crédito mal-
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máximo de pessoas que podem 40 euros para o resto do mundo. parado na economia portuguesa. Houve um ex-
entrar por dia. Agora, a ilha pas- Também Amesterdão está na lis- cesso de otimismo da banca em emprestar di-
sa a receber apenas oito mil por ta de cidades que tem vindo a ten- nheiro a empresas com escassas garantias, desde
dia e ponto final. tar diminuir o número de turistas logo de viabilidade económica futura. de portuguesa como algo pecaminoso, que
Veneza é um outro exemplo. Fa- estrangeiros. «Preferíamos que envergonha – em vez de serem vistas como uma
lamos de uma região que tem cer- as pessoas ficassem algumas s persistentes taxas de juro a níveis historica- experiência que correu mal, mas da qual se
ca de 50 mil habitantes, mas recebe
diariamente mais de 60 mil. Con-
noites, visitassem museus e co-
messem fartas refeições nos res-
8 mente muito baixos dificultam a rendibilida-
de dos bancos. Mas foram, em boa parte, esses ju-
aprende para novas tentativas. Acresce que, ape-
sar de várias alterações, a legislação portugue-
tas feitas é o suficientes para que taurantes. Mas a maior parte ros baixos que levaram muitas empresas a endi- sa lida mal com as insolvências e a execução de
os habitantes locais reclamem que das pessoas vem cá, passa só o vidarem-se mais do que o razoável. E a decisão da hipotecas.
sejam tomadas medidas. Para já, fim de semana e passeia pelo agência de notação Standard & Poors de tirar do ní- Por outro lado, o facto de vivermos em clima de
foi implementada a proibição de Red Light Discrict», sublinha Udo vel ‘lixo’ a dívida pública portuguesa, bem como muito baixa inflação (a deflação ameaçou várias
abrir novos restaurantes fast food Kock, responsável municipal com a dívida do BPI e do Santander Totta, sendo obvia- vezes nos últimos anos) retirou aos devedores o alí-
e foram instalados controladores pelouro das Finanças. Para ajudar mente benéfica para a economia portuguesa, não vio que era, no último quartel do século XX em Por-
automáticos em várias zonas. Em a uma mudança no hábito dos via- fará subir os juros, pelo contrário. tugal, a forte alta dos preços. A inflação reduzia o
cima da mesa está agora uma pos- jantes, a ideia é aumentar as taxas Em particular em empresas de pequena di- valor real da dívida. Agora, o BCE tenta há longos
sível limitação do número de pes- turísticas pagas por noite. O au- mensão há uma tradicional alergia, entre nós, a meses atingir uma inflação na zona euro de 2% ao
soas que podem entrar em Veneza. mento poderá chegar aos 10 euros. aumentar os capitais próprios com dinheiro vin- ano. Ainda não o conseguiu: está em 1,5%.
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TOURADAS. A S&P reco- objectivos soberanos comuns,
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(% locou a dívida pública
portuguesa na categoria
de investimento – vulgo, reti-
partilhar aspectos da sua sobera-
nia. São nações com história e
memória. É muito difícil acredi-
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oXi}gXj~d\iZ[XZfealekliX%
rou-a do ‘lixo’. Logo vieram a tar que todas elas se disponham a
público as personagens da si- marchar a compasso no aprofun-
tuação açambarcar os louros. damento dessa partilha. O primeiro-ministro anunciou no permitisse amortizar esta obri-
Parece-me um grande despudor. início da semana que a partir de gação que agora se vence». Fi-
Vieram-me à memória as pegas O ESCORPIÃO.BorisJohnson outubro Portugal vai começar a lipe Silva argumenta que a emis-
de caros na tourada à portugue-
sa: o touro dispara, o forcado da
*% – o “louco genial” que se
acha Churchill encarnado e que,
reduzir a dívida pública. «Esta-
mos a conseguir reduzir o dé-
são até pode ter sido com «taxas
de juro mais baixas para pagar
cara aguenta o primeiro emba- nas horas vagas deixadas pela fice e vamos começar a reduzir este vencimento» mas se «no fi-
te mas não para a besta; atrás conspiração, é Ministro dos Ne- a dívida a partir de outubro. É nal o stock de dívida continuar
dele juntam-se os ajudas e, já no gócios Estrangeiros de Sua Ma- a esta trajetória que temos de a aumentar, que é o que tem
fim, com o animal quase domi- jestade – atacou de novo. Depois dar continuidade», afirmou An- acontecido até aqui, o proble-
nado, o rabejador. A quem se de ter mordido de morte David tónio Costa. No entanto, esta tra- ma do excessivo endividamen- o PIB que cresce e não a dívida
deve o sucesso da pega? Ao ra- Cameron, eis que ataca Theresa jetória está longe de ser linear e a to mantém-se». que diminui.
bejador? Ou ao trabalho dos May. O pretexto é a defesa do que forma como vai evoluir a conjun- A dívida pública de Portugal
oito forcados? A ‘inversão da tura será determinante. está entre as maiores do mundo e 8^fiX\j\dgi\#f9:<
austeridade’ não foi a causa da De acordo com o Banco de Por- a redução anunciada é a da per- Ontem o Instituto Nacional de Es-
subida do rating pela simples 8`em\ijf[X tugal, a dívida portuguesa é de centagem da dívida face ao PIB e tatística (INE) anunciou uma re-
razão que aquela não ocorreu. Xljk\i`[X[\ef]f` 249 084 milhões de euros, o equi- não do montante absoluto, que visão em alta do crescimento eco-
Parece que sim porque a Euro- XZXljX[XjlY`[X valente a 132,4% do Produto Inter- continuará a subir. Isto porque é nómico para 3% este ano e uma
pa cresce, o BCE compra dívida [fiXk`e^g\cXj`dgc\j no Bruto (PIB) A meta do Gover- redução do défice para 1,9% do
e o estilo de governo é distendi- iXqfhl\Xhl\cX no para 2017 é uma redução para PIB – o Governo tem como obje-
do. Mas não! Nem pode, quando effZfii\l o valor de 127,9% do PIB. Para já tivio chegar a 1,5% no final do
a dívida publica é 126,2% do Portugal «tem de amortizar ano – , indicadores que aliados à
PIB, proporção apenas ultra- uma Obrigação do Tesouro no Ä EèD<IFJ dívida pública marcam a conjun-
passada pelo Japão, Grécia, Itá- valor de EUR 6082 milhões de tura do país a curto e médio par-
lia, Jamaica e Líbano. euros em outubro, um montan- zo. «É absolutamente legitimo
)+0
ele chama o «espírito» do voto te que equivale cerca de 3% do o argumento de que a atual si-
DE VELAS ENFUNADAS. popular e que a PM estaria dis- PIB», explica a equipa de Re- tuação da dívida pública se
)% O discurso do ‘Estado da Na-
ção’ proferido por Jean-Claude
posta a trair nas negociações do
divórcio da UE. Boris não podia
search do Banco de Investimento
Global (BiG) ao SOL. «Dado que
deve praticamente na totali-
dade à política do BCE», apon-
Juncker foi típico da cegueira ma- estar mais nas tintas para o voto este valor já é parte da almofa- d`cd`c_\j[\\lifj ta ao SOL Eduardo Silva, gestor
ximalista dos eurocratas. É ver- ou para o povo e também sabe da de segurança de financia- X[m`[Xgfikl^l\jX# da corretora XTB, uma vez que
dade que o BREXIT (e as amea- que muito dificilmente liderará mento do Estado, espera-se que f\hl`mXc\ek\X(*)#+ a «única razão pela qual Por-
ças de novos ‘exit’) soou como um os Tories. A realidade é bem a divida pública recue, ceteri- [fG@9 tugal se financia ao valor mais
toque a rebate e uniu a Europa mais simples: como na fábula do bus paribus [com tudo a man- baixo de sempre é porque a po-
como há muito não se via. Mas elefante e do escorpião, morder ter-se na mesma], para pelo lítica monetária expansionis-
pretender que os problemas que está-lhe na natureza, mesmo que menos 129% do PIB», continua ta e o programa de compra de
estiveram na origem do BREXIT
estão resolvidos com a saída do
RU ou se resolvem com um refor-
ço da deriva federalista é de uma
grande cegueira. A UE é uma
isso lhe custe a vida. Mas este
episódio mostra também quão
difícil será a negociação do BRE-
XIT pois, para além a complexi-
dade do processo, a parte britâ-
na explicação à lógica que preside
à declaração de Costa.
No entanto, lembra o diretor da
Gestão de Ativos do Banco Carre-
gosa ao SOL, o«IGCP andou a
-
d`cd`c_\j[\\lifj
dívida do BCE».
O papel do Banco Central Eu-
ropeu (BCE) nos últimos anos
tem sido apontado como decisi-
vo e em várias análises. No final
união voluntária de nações sobe- nica ainda não arrumou a sua emitir acima das necessidades fmXcfi[XfYi`^Xf da semana passada, um colunis-
ranas que decidiram, como for- própria casa. E o referendo já foi de financiamento precisamen- hl\Gfikl^Xck\d[\ ta da agência Bloomberg argu-
ma mais eficiente que prosseguir há 15 meses. te para criar uma folga que Xdfik`qXi\dflklYif mentava que Portugal tem uma
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25 de maio apresentei-me lão de oxigénio sob forma de me-
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O caso do apagão fiscal no valor para os peritos, «extremamente
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de 10 mil milhões de euros de improvável» ter havido mão hu- d`i\j@dX^\dAff>`if=fk^iX]f #D`^l\cJ`cmX
transferências para offshores en- mana deliberada para omitir a in- =fk^iX]f ;`XeXK`efZf=fk^iX]X<jkX^`}i`X #8eX
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tre 2011 e 2014 já está a ser inves- formação. Os bancos terão dado D`^l\cG\`o\;`Xj>i}]`Zf #Afj=fej\ZX>i}]`Zf #
tigado pelo Ministério Público a informação à administração fis- AffJfljX>i}]`Zf #Ac`fIf[i`^l\jGj$Gif[l$
(MP). O processo, que foi instau- cal, mas nem todas as linhas pas- f[\`dX^\d \=}k`dX8cYlhl\ihl\Gj$Gif[l$
f[\@dX^\d >\jkf[\:fek\[fj8e[iM`$
rado em agosto, está a cargo do saram corretamente para a base eX^i\#AfXeX8e[iX[\#D}iZ`X8cm\j\DXi`X=\i$
DIAP de Lisboa e, para já, ainda de dados, ficando alguns dados in- eXe[\j%
não foram constituídos arguidos. disponíveis para a área de inspe-
8[alekX;`i\f\8[d`e`jkiXf:Xifc`eXJ`cmX
A PGR tem na sua posse a au- ção tributária. 8jj`jk\ek\;`i\f\I\[XfDXi^Xi`[X8c\oXe[i\
ditoria da Inspeção-geral de Fi- Uma explicação que não con- :fcle`jkXj\ZXikffe`jkXj;`e`j[\8Yi\l#=\c`Z`Xef
9Xii\`iXj;lXik\#=\ieXe[fJ\XiX#=`c`gX:_Xjhl\`iX#
nanças (IGF) que, com base em venceu o presidente do Sindicato =`c`gXD\cf#=`c`g\G`e_Xc#=iXeZ`jZfJXij]`\c[:XYiXc#
perícias efetuadas por dois pro- dos Impostos, Paulo Ralha, que >feXcfM\eeZ`f#?l^fI`Y\`if#Afj=\ii\`iXDXZ_X$
fessores do Instituto Superior apontou para incongruências [f#G\[if;\c^X[f8cm\j#I`ZXi[fJ\XYiX#Jf]`XMXcX
IfZ_X\K`X^f9XiYfjXI`Y\`if%
Técnico (IST), concluiu que o tra- nesta auditoria. Para o dirigente
tamento parcial das declarações sindical, as conclusões «levan- 8[d`e`jkiXfD}i`fIXd`i\jGi\j`[\ek\[f:fe$
j\c_f[\8[d`e`jkiXf D}i`fMXqIXd`i\j8jj\jjfi
se deveu a uma «complexa com- tam mais perguntas do que dão
;`i\f>\iXcD}i`fMXqIXd`i\j;`i\kfi
binação de factores», sendo, respostas». GifZ\jjf]f``ejkXliX[f\dX^fjkf =`jZXcèe`ZfAfjDXi`XI`Y\`if[X:le_X
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:FD9LJKàM<@J KI8EJGFIK<J <DGIyJK@DFJ ;\gXikXd\ekf:fd\iZ`Xc\DXib\k`e^8eke`f
Aff IXd`i\j Æ ;`i% :fd\iZ`Xc Xekfe`f%iXd`$
0)&.,ŕŕ #,ŕ O regulador dos transportes de Londres, Inglaterra, optou por não '#-ŕ,!,-ŕ
Gif[lf\;`jki`Yl`fD}i`fJ`cmX;`i\kfi
renovar a licença à Uber para operar na cidade a partir do final des-
'#-ŕ,)ŕŕ te mês. A decisão foi tomada depois de considerarem que a empre- A partir de janeiro do próximo
;\gXikXd\ekf[\@e]fid}k`ZX?l^fDXihl\j;`$
i\kfi #9ilef=\ii\`iX\D`^l\c9iXeZf
;\gXikXd\ekfAli[`Zf\[\I\Zlijfj?ldX$
sa tem demonstrado «falta de responsabilidade corporativa» em ano, passam a haver novos deve- efj>feXcf>li`e;`i\kfi #8eXIf[i`^l\j8jj`j$
A próxima semana vai come- relação às mais diversas situações, nomeadamente, questões que res de informação para contratar k\ek\I? #D`^l\cI`ZXi[f\G\[if=\ii\`iX8gf`fCf$
çar com boas e más notícias acabam por ter «implicações potenciais na segurança pública». crédito, nomeadamente, quanto a ^jk`Zf <^lXc[`eXG\i\`iXJ\im`fC`dg\qX
para os condutores portugue- Em resposta, a empresa diz que a decisão «mostraria ao mundo produtos propostos como vendas Gifgi`\k}i`f&<[`kfiE\njgc\o#J%8%
ses. Tudo depende do tipo de que, longe de estar aberta, Londres está fechada a empresas associadas facultativas. De acordo IlX[f8ZXi#e%²/-#(0,'$'('C`jYfX
E@G:,(*.--'.*#DXki`ZlcX[XeX:I:[\C`jYfXjfY
combustível que usam. No inovadoras». com o diploma, publicado ontem,
fe%²,(*.--'.*#:Xg`kXcJfZ`Xc,'%'''\lifj#;\$
caso do gasóleo, as notícias são 9<E=8K?<IJ&8=G
os bancos passam a ter mais obri- k\ekfi\j[\dX`j[\('[fZXg`kXc1D}i`fIXd`i\j
as piores. Está prevista uma gações, entre elas, «esclarecer o I\^`jkf<I:))*0*0
K\c\]fe\I\[Xf)((0.-(+-
subida, pela quinta semana consumidor, de modo adequa- <dX`c^\iXc7e\njgc\o%gk
consecutiva. De acordo com os do» sobre toda informação da Fi- <[`fFec`e\nnn%jfc%gk
dados da Bloomberg, a subida cha de Informação Normalizada <dX`cjfg`e`Xf7jfc%gk2ZXikXjXf[`i\Zkfi7jfc%gk
deverá ser de um cêntimo por Europeia (FINE), da minuta do F\jkXklkf\[`kfi`Xc[f JFC\eZfekiX$j\[`jgfem\c
litro. Já no caso da gasolina, as contrato de crédito. Entre as novas \d1_kkg1&&nnn%jfc%gk&jfc&Zljkfd6\jg\Z`Xc4\jkXkl$
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notícias são melhores. De acor- regras para quem empresta di-
do com a tendência dos merca- nheiro, está ainda a obrigação de @dgi\jjfJf^XgXc;`jki`Yl`fM8JG
dos internacionais, existe mar- prestar esclarecimentos sobre to- ;\gj`kfc\^Xc)+./*,&'-
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gem para que cada litro fique dos os documentos que lhe são fa-
até meio cêntimo mais barato. cultados, os produtos e os serviços K`iX^\dd[`Xefdj
Ainda assim, a gasolina deve- propostos como vendas associadas [\X^fjkf)-%,''\o\dgcXi\j
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á estamos todos fartos de ou-
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Terminado o período de entrega de can- tra alguma preocupação com a situação da Ainda assim, o cenário de deslocali- O ministro que já foi o patinho feio do Go-
didaturas, são seis as listas que concor- fábrica da Volkswagen. Fernando Sequei- zação, uma ameaça que pairava sobre a verno tem quase todas as razões para sor-
rem à Comissão de Trabalhadores da Au- ra sublinha que «a produção do novo mo- fábrica de Palmela, parece posto de par- rir: é apontado como futuro presidente do
toeuropa. Às quatro listas independentes delo automóvel é fundamental para ga- te, uma vez que a operação de transfe- Eurogrupo, viu o défice descer e o PIB cres-
juntam-se uma da UGT e outra da CGTP, rantir o futuro da empresa». De resto, fo- rência da maquinaria seria «muito dis- cer para os 3%. Melhor seria quase impos-
elementos da qual terão estado por detrás ram justamente os novos horários pendiosa», como revelou o presidente sível, não fosse a recapitalização da CGD,
da greve de 30 de agosto. propostos pela administração para assegu- executivo da empresa. A campanha para que pode baralhar um pouco as contas. Pe-
Um dos candidatos à liderança é o presi- rar a produção do SUV T-Roc que vieram o CT arranca já esta segunda-feira. los vistos, Wolfgang Schauble tinha razão
dente demissionário da atual CT, que mos- pôr em causa a paz social na Autoeuropa. Âŕ6!þŕùúĔùû e Centeno é mesmo o CR7 das Finanças...
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O líder do PSD bem luta contra ventos e
marés para explicar que os resultados
agora alcançados se devem às suas polí-
ticas. Mas ninguém parece dar-lhe ouvi-
dos e, além disso, prepara-se para ter uma
derrota estrondosa nas autárquicas. Tam-
bém com candidaturas como a de Lisboa
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O secretário-geral da ONU teve a infelici-
dade de o seu mandato coincidir com a
presidência de Donald Trump à frente dos
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-),ŕ .#0ŕ.'ŕ*&)ŕ'()-ŕùùŕ()- *,#'#,)ŕ-'-.,ŕ)ŕ() Noutros tempos, não muito distantes, o
A CE oficializou a decisão que determi- Perto de 3,6 milhões de pessoas com 55 e O défice orçamental do primeiro semes- treinador do Benfica chegou a olhar para
nou que a extensão das concessões de mais anos integravam o mercado de tra- tre foi de 1,9%, uma descida face aos cima da classificação e viu o Sporting com
energia hidroelétrica atribuídas por balho no segundo trimestre, represen- 3,1% registados em igual período do ano oito pontos de avanço, acabando, no en-
Portugal à EDP não envolveu um auxí- tando 40,2% da população em idade ati- passado. «O saldo global das Adminis- tanto, por ultrapassar a equipa de Jorge
lio estatal e que a metodologia financei- va. De acordo com o ministério do Tra- trações Públicas fixou-se em -1.794,4 Jesus. Mas o futebol apresentado pelo
ra utilizada para avaliar o preço dessa balho o peso desta população aumentou milhões de euros», lê-se na informação Benfica este ano é confrangedor e não au-
extensão foi adequada. 0,6 % face ao mesmo trimestre de 2016. do Instituto Nacional de Estatística. gura nada de bom. MkfiIX`e_f