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de Via Permanente
Trilha Técnica: Ferrovia | Pátio/Tração
Colaboradores
Mensagem Valer
Você está participando da ação de desenvolvimento
Elementos de Vistoria de Via Permanente de sua Trilha Técnica.
Vamos Trilhar!
Introdução 5
Sumário
1. Elementos e Conceitos de Via Permanente 6
1.1 Definição 7
1.2 Componentes da Superestrutura 8
1.3 Componentes da Infraestrutura 17
2. Manutenção da Via 19
2.1 Processo de Manutenção da Via Permanente 20
Anexo 27
Neste curso, você estudará os elementos e os conceitos que
Introdução
possibilitam a utilização da via permanente, tais como:
•• trilhos;
•• dormentes;
•• lastros;
•• aparelhos de mudança de via (AMVs);
•• fixações;
•• obras de infraestrutura.
Em seguida, conhecerá as atividades de manutenção e os
componentes que fazem parte da geometria das vias, além
de conceitos importantes para a segurança e para o bom
funcionamento delas.
Bons estudos!
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1
de Via Permanente
Elementos e Conceitos
Nesta unidade, serão apresentadas as seguintes lições:
•• 1.1 Definição
•• 1.2 Componentes da Superestrutura
•• 1.3 Componentes da Infraestrutura
Elementos de Vistoria de Via Permanente 7
1.1 Definição
Via permanente é a estrutura que compõe a linha na qual o trem circula. Ela é formada por
diversos elementos distribuídos entre a superestrutura e a infraestrutura, cada um com uma
função específica. Entre esses elementos estão:
•• trilhos;
•• dormentes;
•• lastro;
•• sublastro;
•• subleito;
•• juntas;
•• aparelhos de mudança de via (AMVs);
•• fixações;
•• obras de infraestrutura.
Veja a seguir a colocação exata de alguns dos elementos que compõem a via:
Trilhos
Dormentes
Fixações
Lastro
Elementos de Vistoria de Via Permanente 8
1.2 Componentes da
Superestrutura
Trilho
Os trilhos podem ser definidos como peças longas metálicas que têm por função guiar e
absorver as cargas provenientes do material rodante. Eles são fabricados em aço, carbono ou
ligas. Apresentam tamanho padrão de 24 metros e são classificados como:
0-126-122
•• tr-37 kg/m;
•• tr-45 kg/m;
o! •• tr-57 kg/m;
nte!
•• tr-68 kg/m.
ais! Saiba Mais!
ndo! Os trilhos tr-68 kg/m são os mais comuns nas ferrovias brasileiras.
Podem ser soldados em estaleiros, atingindo até 240 m, e são
chamados de trilho Longo soldado (tLs).
Elementos de Vistoria de Via Permanente 9
Componentes do trilho
Boleto
Alma
Patim
Boleto
Alma
É a parte estreita e vertical da seção transversal do trilho localizada entre o boleto e o patim.
Patim
Dormentes
Tipos de dormentes
•• madeira;
•• concreto;
•• aço;
•• material reciclado.
No quadro a seguir, você conhecerá algumas vantagens e desvantagens dos dormentes de
madeira e de aço.
TIPOS VANTAGENS DESVANTAGENS
•• distribuir adequadamente os esforços resultantes das cargas dos veículos sobre a plataforma;
•• criar um suporte elástico para atenuar as trepidações causadas pela passagem dos veículos;
•• impedir que os dormentes se desloquem, quer no sentido longitudinal, quer no transversal;
•• facilitar a drenagem da superestrutura.
Elementos de Vistoria de Via Permanente 11
Além disso, sob o lastro, são depositadas as camadas de sublastro e a de subleito, que
distribuem os pesos e os esforços por todo o conjunto da via permanente.
Nesse elemento, deve-se vistoriar:
nte!
Importante!
O sublastro é uma camada fina de pedriscos e argila que serve para separar o lastro do subleito
e funciona como uma espécie de selante para que água recebida do lastro não penetre no
subleito. Alguns autores consideram o sublastro como elemento da infraestrutura.
O subleito ou base é o terreno de fundação da superestrutura. É considerado um
componente da infraestrutura da ferrovia.
Juntas
As juntas, também conhecidas como acessórios de ligação, são peças que ligam duas barras
de trilho. Elas são formadas por:
•• talas de junção;
•• parafuso de talas;
•• arruelas;
•• porcas.
Elementos de Vistoria de Via Permanente 12
Juntas metálicas
São mais utilizadas em pátios e na retirada de fraturas nos trilhos antes da soldagem.
Juntas metálicas
São utilizadas para realizar o isolamento elétrico entre duas seções de trilhos e nas divisões
de circuitos em linhas sinalizadas.
Apresentam as mesmas características das juntas isoladas, mas utilizam um adesivo que promove
uma vedação na junta e faz com que o material rodante e a linha sofram menos impactos.
Agulha
esquerda
Via principal
Agulha
direita
Vi
a
de
sv
iad
Chave ou agulhagem: parte do AMV encarregada de fazer variar a direção dos veículos, a
! Atenção!
o!
nte!
Importante!
ais! O item mais importante que deve ser vistoriado num AMV é a
vedação da ponta da agulha, que deve ser sempre zero, e que leva a
ndo! ocorrências ferroviárias graves.
Fixações
As fixações têm como função principal manter o trilho na posição correta, garantindo a
bitola da via. Elas atuam oferecendo resistência aos deslocamentos longitudinal e horizontal
0-126-122
dos trilhos, que são provocados pela variação das condições climáticas e pela frenagem das
composições.
As fixações permitem a substituição dos trilhos sem afrouxar os embutimentos no dormente
o! de madeira. Elas podem ser classificadas como rígidas e elásticas.
nte!
Fixações rígidas
São formadas por pregos e parafusos. Podem soltar, com o tempo, por causa da vibração,
fazendo com que percam a resistência a esforços longitudinais.
Fixações rígidas
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Fixações elásticas
Atuam mantendo a pressão constante sobre o trilho, sem afrouxar com o tráfego. Há
diversos modelos, como Pandrol, McKay e Vossloh.
Fixações elásticas
Elementos de Vistoria de Via Permanente 17
1.3 Componentes da
Infraestrutura
Infraestrutura
Off-set esquerdo
Crista de corte
Valeta
Crista do aterro
Sarjeta Saia do aterro
Valeta
Subleito ou base
Plataforma
•• cortes;
•• aterro;
•• obras de arte correntes (OACs);
•• obras de arte especiais (OAEs).
Elementos de Vistoria de Via Permanente 18
As OACs são dispositivos destinados a permitir a livre passagem das águas que interceptam
a ferrovia (bueiros de grota), ou, então, responsáveis por captar e transportar as águas
precipitadas nos taludes e cortes (bueiros de greide). Basicamente, pode-se dizer que é todo
o sistema de drenagem. 0-126-122
As OAEs são as chamadas grandes obras que temos em toda ferrovia, tais como pontes,
túneis, viadutos, obras de contenção (muros, cortinas atirantadas etc.).
o!
nte!
Importante!
ais! Talvez o mais importante da via permanente, que deve ser foco
0-126-122
de qualquer vistoria ou inspeção de via, sejam as falhas nos
ndo! equipamentos de drenagem. Essas falhas ocasionam muitos dos
problemas de superestrutura, como, por exemplo, a formação de
o! laqueados que desencadeiam vários problemas na superestrutura
da via férrea.
nte!
ais!
ndo! Relembrando!
2
Manutenção da Via
Nesta unidade, será apresentada a seguinte lição:
2.1 Processo de
Manutenção da Via
Permanente
•• Remoção de barreiras.
•• Recomposição da plataforma.
•• Limpeza dos dispositivos de drenagem:
•• valetas;
•• canaletas;
•• bueiros;
•• drenos;
•• valetas de proteção.
Elementos de Vistoria de Via Permanente 21
0-126-122
o! Atenção!
ndo!
•• Trilhos
•• Dormentes
•• Fixações
•• Ligações (juntas)
•• AMVs
•• Lastro
•• Passagem em nível (Pn)
Manutenção dos marcos de referência
•• Locação
•• Alinhamento
•• Nivelamento
Renovação da via
A renovação da via permanente corresponde a um conjunto de trabalhos corretivos,
periódicos e programados, realizados em sua superestrutura e em sua geometria, total ou
parcialmente. Os trabalhos envolvem a aplicação e a substituição maciça de material.
Elementos de Vistoria de Via Permanente 22
Renovação total
Renovação parcial
É o tipo de renovação em que somente uma parte dos materiais é substituída ou uma parte
da geometria da via é revista.
Fraturas de trilhos
São trincas parciais ou totais dos trilhos causadas por fadiga, variações acentuadas de
temperatura, defeito de fabricação ou acidentes.
Podem ser classificadas em:
•• longitudinais;
•• verticais.
Quando ocorre uma fratura longitudinal, a linha será imediatamente interditada. Nesse caso,
não é permitido o uso de talas de segurança com sargentos.
No caso das fraturas verticais, quando regulamentadas pela engenharia de via, podem ser
usadas as talas de segurança com sargentos, caso seja necessária uma complementação da
passagem do trem, obedecendo à velocidade de 10 km/h.
•• tangente;
•• curvas;
•• superelevação;
•• raio;
•• tolerância;
•• empeno.
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Tangente
Tangentes são segmentos de reta que unem duas curvas em sequência, fazendo a tangência
em projeção horizontal.
T1
T2
C2
C3
C1
Onde:
Curva circular
As curvas circulares, também conhecidas como raio constante, podem apresentar mesmo
sentido ou sentidos contrários.
Na figura mostrada anteriormente, as curvas C1 e C2 são exemplos de curvas de mesmo
sentido. Já as curvas C2 e C3, por exemplo, são curvas de sentidos contrários.
Curva de transição
A curva de transição proporciona suavidade de inscrição dos trens que saem de uma
tangente (raio infinito) e entram em uma curva circular. A ligação entre esses dois pontos se
dará por meio da curva de transição, que, saindo do ponto de raio infinito, gradualmente
irá decrescer ao ponto em que o raio virá a ser constante. Nesse ponto, é marcado o início
da curva circular. Portanto, a seção entre a tangente (reta) e a curva de raio constante é
chamada de curva de transição, também podendo ser chamada de espiral da curva.
Sem a curva de transição, o trem que saísse da tangente, encontrando a curva circular,
sofreria modificações imediatas e perigosas em seu movimento, nos planos vertical e
horizontal. Veja como seriam essas modificações:
•• No plano vertical, o trem passaria de uma via em nível para uma via com superelevação.
•• No plano horizontal, o trem passaria da tangente para uma curva horizontal, em que a
força centrífuga atuaria.
Elementos de Vistoria de Via Permanente 24
Superelevação
Tangente s2
Curva circular
s2
s1
Curva de
transição
s=0
Tangente reta
As inclinações ocorrem, de forma gradativa, na curva transição (s = s1), entre a tangente e a circular.
Na curva circular, a inclinação é constante e igual a s2.
A superelevação tem como função:
O raio da curva, quando reduzido, se torna o princípio pelo qual se define a restrição da
velocidade de circulação dos trens.
A resistência imposta pela linha ao deslocamento do material rodante é inversamente
proporcional ao raio da curva. Dessa maneira, os raios pequenos ocasionam grande
resistência ou restrição à circulação.
O desgaste dos frisos das rodas e dos trilhos externos da curva também é inversamente
proporcional ao raio da curva. Sendo assim, raios menores ocasionam ângulos de ataque,
gerando, por consequência, mais desgaste no material.
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o! Conclui-se que o raio reduzido prejudica e restringe a ferrovia. Porém, a realização de obras
para a construção de raios grandes custa muito caro.
nte!
Tolerância
Corresponde ao valor limite aceito para a fuga da linha da sua posição ideal de projeto.
Ela é fixada, para cada parâmetro, de acordo com o tamanho permitido para os distúrbios
causados nos movimentos dos trens, devido à fuga da via de sua posição ideal.
Você pode considerar como estáticos os valores adotados para as tolerâncias de via
permanente, pois os processos e as ferramentas utilizados para medir um defeito não
conseguem quantificar uma distorção geométrica incrementada pelo peso e pela velocidade
do material rodante.
Vazio do laqueado
Medição do nivelamento-laqueado
medição do nivelamento- laqueado
A figura acima ilustra que não foi encontrado qualquer defeito no dormente central da via,
embora haja um “vazio” devido a um laqueado.
A figura seguinte mostra que o trilho e o dormente central cederão até que o dormente
encontre apoio no lastro, graças ao carregamento da roda.
Elementos de Vistoria de Via Permanente 26
Por isso, é possível verificar que a mesma medição, feita durante o carregamento, encontrará
um desnivelamento na linha.
0-126-122
Empeno
o!
Ocorre quando há a combinação da diferença do nivelamento longitudinal entre dois trilhos
nte! na mesma seção transversal.
ais!
ndo! Relembrando!
3
Anexo
Aparelho de Manutenção de Via 28
- + Corda Corda
= 20 m = 19m
RFFSA (Rede
Ferroviária
65 Classe 5 -5 25 12 6 14 12
Federal SA) –
bitola mecânica
AAR (Association
of American 65 Classe 4 -5 20 10 5 12 9
Railroad)
65 Classe 3 -5 15 8 3 10 8
Classe 2 -5 10 6 2 7 6
Classe 1 -4 4 2 mm 8 mm 6 mm 2 mm/m
65
Classe 2 -5 5 3 mm 8 mm 6 mm 3 mm/m
FRA (Federal Classe 3 -5 20 3 mm 8 mm 6 mm 4 mm/m
Railroad 96 Classe B -13 26 38 32 13 29 75%
Administration)
72 Classe C -13 32 51 38 16 32 75%
48 Classe C -13 32 76 51 19 38 80%
96 Classe 4 -13 26 38 51 32 32 42%
64 Classe 3 -13 32 44 57 44 44 62%
40 Classe 2 -13 32 76 70 51 51 62%