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ProtocoloAssistencial
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Dorso-lombalgias e lombociatalgias - Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
TE-5
Dorso-Lombalgias e lombociatalgias – Diretrizes para o diagnóstico e tratamento

1. DEFINIÇÃO

Lombalgia ou dor lombar pode ser definida como dor que se localiza no dorso, entre a última
costela e a prega glútea. O termo dorsalgia refere-se à dor entre o processo espinhoso proeminente da
última vértebra cervical (C7) e a região lombar, enquanto lombociatalgia diz respeito à dor irradiada no
trajeto do nervo ciático. Sintomas dolorosos com até 4 semanas de duração são caracterizados como
lombalgias agudas; de 4 a 12 semanas, subagudas; e, crônicas por mais de 12 semanas.

2. INCIDÊNCIA UPA

A literatura aponta prevalência anual elevada de lombalgia aguda nos EUA, Canada e Europa,
com aproximadamente 22 a 48% de pacientes que sofreram episódios de lombalgia ou lombociatalgia
agudas. Segundo dados epidemiológicos do HIAE nas Unidades de Pronto-Atendimento foram
atendidos em 2016 um total de 9.912 pacientes com dor em região dorsal ou lombar, correspondendo a
36,89% dos atendimentos ortopédicos e 4,44% do total de atendimentos em especialidades.

3. DIAGNÓSTICO
Anamnese

O paciente apresenta dor em região dorsal ou lombar relacionada e sensibilizada com a


mobilização do tronco; espasmos musculares paravertebrais são frequentes; o paciente pode
apresentar escoliose e marcha antálgicas.

A irradiação da dor para um ou ambos os membros inferiores pode indicar comprometimento


neurológico secundário à compressão radicular lombar ou lombossacral. Alterações esfincterianas e

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PRATICA MEDICA ASSISTENCIAL MEDICO Aprovado
Código Legado Código do Documento Versão Data Criação Data Revisão
DI.ASS.MEDI.34.3 3 27/12/2013 23/08/2017
Elaborador Revisor Parecerista Aprovado por Data Aprovação
Daniel Luiz Di Pietro Carlos Eduardo Fonseca Jose Leao de 23/08/2017
Pires Souza Junior |
Mauro Dirlando
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quadros agudos severos, como síndrome de cauda equina, devem sinalizar urgência e o contato com o
titular ou retaguarda deve ser feito imediatamente.

A determinação de um diagnóstico preciso ou identificação exata da fonte de dor


musculoesquelética na unidade de pronto atendimento, não é prioridade e não interfere na evolução
clínica desta afecção.

Exame Físico

Palpação: Avaliar pontos dolorosos em proeminências ósseas, ligamento supraespinhal, musculatura


paravertebral, trajeto do nervo ciático (desde nádegas até região poplítea), nódulos, tumorações; dor a
percussão topografia renal (sinal de Giordano).

Pontos de referência anatômica: Crista ilíaca (espaço discal entre L4 e L5), Espinha ilíaca póstero-
superior (S2).

Tabela 1: Avaliação neurológica da coluna lombossacra


Nível Sensibilidade (dermátomos) Motricidade Reflexos
neurológico
L2 Linha média anterior da coxa Flexores do quadril (iliopsoas)
L3 Côndilo femoral medial Extensores do joelho (quadríceps) Reflexo adutor
L4 Maléolo medial Dorsiflexores do tornozelo (tibial anterior) Reflexo patelar
L5 Dorso do pé, na terceira Extensor longo do hálux
articulação metatarsofalangeana
S1 Lateral do calcanhar Flexores plantares do tornozelos (tríceps Reflexo aquileu
sural)
S2 Fossa poplítea na linha média Parede torácica e musculatura abdominal
S3 Tuberosidade isquiática
S4/S5 Sensibilidade perianal

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Testes provocativos e manobras especiais
 Sinal de Laségue: avaliar compressão das raízes de L4, L5 e S1.
 Teste de estiramento do nervo femoral/ Nachlas: avaliar compressão das raízes de L2/L3.
 Articulação sacro-ilíaca: testes de Patrick/Fabere ou Gaenslen

Tabela 2: Indicações para a realização de radiografia em pacientes com lombalgia


Idade inferior a 18 anos ou superior a 50 anos
Sintomas sistêmicos (febre, perda de peso, prostração)
Dor com duração superior a 6 semanas
Alteração neurológica
Risco elevado de infecção (usuários de drogas, imunossuprimidos)
Antecedente de câncer
Histórico de trauma

Indicações para realização de ressonância magnética (RM) em pacientes com dorsalgia,


lombalgia e lombociatalgia aguda

Exame de escolha para pacientes com sintomas neurológicos agudos (casos com perda de força ou
alteração sensitiva progressiva) com suspeitas clínicas de hérnias discais, estenoses degenerativas ou
tumores e infecções. A RM sem contraste é suficiente na maioria das vezes, exceto se há suspeita de
tumor ou infecção (osteomielite, espondilodiscite).

Indicações para realização de tomografia computadorizada (TC) em pacientes com dorsalgia,


lombalgia e lombociatalgia aguda

Na ausência de histórico de trauma, a TC é indicada apenas quando há contraindicação à realização da


REMA (presença de marca-passo, clips vasculares neurocirúrgicos e lesão ocular prévia com
fragmentos metálicos).

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4. ESCORE RISCO

Na presença de um ou mais “sinais de alerta”, devem-se realizar exames subsidiários, com a


finalidade de exclusão de possíveis diagnósticos diferenciais. São eles:

 Idade menos que 18 anos ou maior que 50 anos (fraturas por insuficiência, metástase,
infecções);
 Dor com duração maior que 6 semanas;
 Evidência de doença sistêmica;
 Evidência de comprometimento neurológico;
 Antecedente de câncer;
 História de trauma;
 Perda de peso sem causa específica;
 Dor noturna;
 Febre;
 Ausência de resposta aos tratamentos prévios.

5. TRATAMENTO

Opções de tratamento

Analgésicos: Paracetamol / Acetamonifeno (Grau de recomendação A e Nível de Evidência 1);


principais efeitos colaterais: hepatotoxicidade.

Anti-inflamatórios não hormonais (Grau de recomendação A e Nível de Evidência1); principais efeitos


colaterais: nefrotoxicidade, lesão gastroenteral ulcerativa, risco em pacientes com patologias
cardiovasculares associadas e idosos.

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Relaxantes musculares: Ciclobenzaprina (Grau de recomendação B e Nível de Evidência 2); principais
efeitos colaterais: efeito sedativo e tontura.

Tabela 3: Tratamento medicamentoso da dorso-lombalgia

Substância Apresentação Dose Via Frequência Dose mínima Dose máxima


Paracetamol Comprimido 500 e 750mg 500 a 750mg Oral 8/8h 500mg/dia 3,75g/dia
Dipirona Ampola 2g; Frasco 1 a 2g IM/Oral 6/6h 1g/dia 8g/dia
500mg/ml
Ibuprofeno Comprimido 400 e 600mg 400 a 600mg Oral 6/6hs 400mg/dia 2,4g/dia
Naproxeno Comprimido 250 e 500mg 250 a 500mg Oral 12/12hs 250mg/dia 1,5g/dia
Ciclobenzaprina Comprimido 5 e 10mg 5 a 10mg Oral 12/12hs a 5mg/dia 60mg/dia
6/6hs
Tramadol Ampola 100mg; Comprimido 50 a 100mg IM/Oral 4/4h a 8/8h 100mg/dia 400mg/dia
50mg

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6. FLUXOGRAMA

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7. MEDIDA DE QUALIDADE

Porcentagem de realização de tomografia computadorizada nas dorso-lombociatalgias

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Management of acute low back pain. Michigan Quality Improvement Consortium, 2012.
http://www.guideline.gov/content.aspx?id=37956
2. Knight CL, Wipf JE, Staiger TO, Deyo RA, Atlas SJ, Sokol HN. Treatment of acute lumbar back
pain. www.uptodate.com, 2013.
3. Management of acute low back pain. Michigan Quality Improvement Consortium, 2012.
http://www.guideline.gov/content.aspx?id=37956

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DORSOLOMBALGIA E LOMBOCIATALGIA
ORIENTAÇÕES PÓS ALTA HOSPITALAR

Informações sobre a doença


A dorsalgia e a lombalgia aguda são doenças que, na grande maioria das vezes, apresentam evolução
benigna, favorável e autolimitada, ou seja, em poucos dias ou em até algumas semanas você deve
apresentar melhora progressiva dos sintomas e retorno à sua condição prévia.

Instruções para a casa:


 Repouso relativo no máximo 48 horas: evite permanecer deitado por mais de 2 horas na mesma
posição.
 Retorne progressivamente ao trabalho e às suas atividades habituais.

 Evite atividades de impacto e sobrecarga de exercícios envolvendo a musculatura


comprometida.

 Bolsas de água morna podem auxiliar no alívio da dor e contratura muscular: realize 15 a 20
minutos de cada vez com intervalo de 2 horas entre as aplicações e observe qual temperatura
lhe parece mais confortável.

 Utilize somente medicações prescritas pelo médico. Caso o médico prescreva relaxantes
musculares, estes podem causar sono e diminuição de reflexos; evite dirigir ou operar máquinas
enquanto utilizá-los.

Retorne com seu médico ou ao pronto atendimento se:


 Apresentar alteração nos sintomas, como febre ou fraqueza e dormência nas pernas.

 Caso a dor persista com as mesmas características sem melhora após aproximadamente 6
semanas, recomendamos procurar um especialista para avaliação e seguimento.

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9. ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO

Autores: Autores: Alberto Ofenhejm Gotfryd, Dan Carai Maia Viola, Délio Eulalio Martins Filho, Edgar
Santiago Valesin Filho, Mario Lenza.
Revisores: Dan Carai Maia Viola e Mário Lenza.

Cristina Satoko Mizoi (07/01/2014 08:19:47 AM) - Elaboração de DiretrizUPAs

Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (18/08/2014 12:04:58 PM) - Descrição revisada e formatada.

Carlos Eduardo Fonseca Pires (22/08/2017 04:07:30 PM) - Diretriz atualizada.

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