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Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Faculdade de Engenharia Elétrica – FEELT

ELETROMAGNETISMO

Apostila de Exercícios Resolvidos

Curso de Graduação

Prof. Dr. Geraldo Caixeta Guimarães

Agosto/2001
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO
FORMULÁRIO GERAL i

SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS,


CILÍNDRICAS E ESFÉRICAS

 Representação de um ponto nos 3 sistemas de coordenadas

 Transformações entre os 3 sistemas de coordenadas


Quadro das transformações entre os três sistemas de coordenadas
SISTEMA Cartesiano Cilíndrico Esférico
Cartesiano x  x x   cos  x  r sen  cos
yy y   sen  y  rsen sen
zz zz z  rcos
Cilíndrico   x 2  y 2    r sen 
0
 
  tan -1 ( y / x ) 0    2
zz z  rcos
zz
Esférico r  x 2  y2  z2 r0 r  2  z 2 r0 rr
 
  tan-1 x 2  y 2 z 0       tan-1  z  0 
 0    2 
  tan-1 y / x  0    2

 Vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO
FORMULÁRIO GERAL ii

 Produtos escalares entre vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas


Coordenadas cartesianas e cilíndricas Coordenadas cartesianas e esféricas
     
a a az ar a a
 
ax  cos - sen 0 ax  sen cos cos cos - sen
 
ay sen cos 0 ay sen sen cos sen cos
 
az  0 0 1 az  cos - sen 0

 
Nota: No sistema de coordenadas esféricas, o produto escalar que envolve a x e a y requer
primeiro a projeção do vetor unitário esférico no plano xy (coseno do ângulo formado),
multiplicando o resultado pela projeção no eixo desejado (coseno do ângulo formado).

 Comprimentos, áreas e volumes diferenciais nos 3 sistemas de coordenadas

Quadro dos elementos diferenciais nos 3 sistemas de coordenadas


Sistema Comprimento (d L ) Área (d s ) Volume(dv)
Cartesiano dL  dx a x  dy a y  dz a z d s x  dydz a x dv  dx dy dz
d s y  dxdz a y
d s z  dxdy a z
Cilíndrico dL  d a p  d a   dz a z d s  ddz a  dv  dddz
d s  ddz a 
d s z   d d  a z
Esférico dL  dr a r  rda   r sen da  d s r  r 2 sen dd a r dv  r 2 sen drdd
d s  r sen drd a 
d s  rdrd a 
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO
FORMULÁRIO GERAL iii

FÓRMULAS MATEMÁTICAS

DIVERGÊNCIA

  D x D y Dz
 CARTESIANAS: D   
x y z
  1  (D ) 1 D Dz
 CILÍNDRICAS: D   
    z
1 (r D r ) 1 (D  sen ) 1 D 
2
 
 ESFÉRICAS: D   
r2 r r sen   r sen  

GRADIENTE

 V  V  V 
 CARTESIANAS: V  ax  ay  az
x y z
 V  1 V  V 
 CILÍNDRICAS: V  a  a  az
   z
 V  1 V  1 V 
 ESFÉRICAS: V  ar  a  a
r r  r sen  

LAPLACIANO

 2V 2V 2V


 CARTESIANAS: 2V  2  2  2
x y z
2 1   V  1  2 V  2 V
 CILÍNDRICAS:  V   
      2  2 z 2
 1   V  1   V  1 2V
 ESFÉRICAS: 2V  2  r 2    sen   
r r  r  r 2 sen      r 2 sen 2   2

ROTACIONAL

   H H y   H H z    H y H x  
   H   z   a x   x   a y     az
y 
CARTESIANAS:
 y z   z x   x


   1 H z H    H H z  
  H     a     a  
 

1   H H  
 az
 
CILÍNDRICAS:
   z   z     
 ESFÉRICAS:
 
H  
 
1   H  sen  H    1  1 H r  rH 
  a r   
  a 1  rH   H r  
    a
rsen     
 r  rsen  r  r  r  
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO
FORMULÁRIO GERAL iv

FÓRMULAS E PARÂMETROS IMPORTANTES

AS 4 EQUAÇÕES DE MAXWELL

Forma Pontual Forma Integral


 
  B  B
E    E  dL   S  dS
t t
 
   D    D
H  J   J  Jd  H  dL  I  S  dS
t t
  
  D  v S D  dS  vol  v dv
  
B  0 S B  dS  0

CONDIÇÕES DE CONTORNO ENTRE 2 MEIOS OU REGIÕES

Componentes tangenciais: Et1 = Et2 Ht1 – Ht2 = k


Componentes normais: Dn1 – Dn2 = S Bn1 = Bn2

PERMISSIVIDADES DO ESPAÇO LIVRE OU VÁCUO

12 109
Permissividade elétrica do vácuo:  o  8,854  10  [F/m]
36
Permissividade magnética do vácuo:  o  4  10 7 [H/m]

EQUAÇÕES IMPORTANTES


Lei de Gauss: S D  dS  Qinterna

 
  
Teorema da Divergência: S D  dS  vol   D dv
 
Equação de Poisson: 2V   v

2
Equação de Laplace:  V0

 
I dL  aR   
Lei de Biot-Savart: H onde I d L  K dS  J dv
4R 2

Lei Circuital de Ampère:  H  dL  I enlacada

 
  
Teorema de Stokes:  H  dL  S   H  dS
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO
FORMULÁRIO GERAL v

OUTRAS FÓRMULAS IMPORTANTES

 
     
D   oE  P B  o H  M

   
P   e oE M   mH

   
D  E B  H

  ro   ro

1   1  
2 vol 2 vol
WE  D  Edv WH  B  Hdv

 
 FE  QE
fem   N
t

 
  
 FM  Q v  B
fem   E  d L

 
     
 F  FE  FM  Q E  v  B

 

fem   v  B  dL  S
B
 t
 dS

d F  Id L  B

  S B  dS 

d T  r  d F  IdS  B

N
L=
I dm  I dS


L=
2WH dT  dm  B
I2
  
B  A
N 212
M12 
 
  
I1 H  Vm J  0
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO
FORMULÁRIO GERAL vi
FORMULÁRIO DE DERIVADAS #

1.
d
a   0 16.
d
sen u   cos u du
dx dx dx

2.
d
c x   c 17.
d
cos u    sen u du
dx dx dx

3.
d
dx
 
c x n  c n x n 1 18.
d
dx
tgu   sec 2 u du
dx

4.
d
dx
 x   2 1x 19.
d
dx
cotgu   cosec2 u du
dx

5.
d
n u   1 du 20.
d
sec u   sec u tgu du
n n u n 1
dx dx dx dx

6.
d
u  v  du  dv 21.
d
cosecu   cosecu cotgu du
dx dx
dx dx dx

7.
d
c u   c du 22.
d
arcsenu   1 du
dx 1  u 2 dx
dx dx

8.
d
u v  u dv  v du 23.
d
arccosu    1 du
dx dx dx dx 1  u 2 dx
du dv
d  u  dx
v
dx
u 24.
d
arctgu   1 2 du
9.  dx 1  u dx
dx  v  v2
d
arccotgu    1 2 du
 
d n du 25.
10. u  n u n 1 dx 1  u dx
dx dx
d
arcsecu   1 du
11.
d u
dx
 
a  a u lna
du
dx
26.
dx u u 2  1 dx

12.
d v
 
u  v u v1
du
 u v lnu
dv 27.
d
dx
arccosecu    1 du
dx dx dx u u 2  1 dx

13.
d
f u   df du 28.
dy dy du
 (Regra de Chain)
dx du dx
dx du dx
14.
d
log a u   log a e du a  0, a  1 29. dF 
F
dx 
F
dy 
F
dz
dx u dx x y z
15.
d
lnu   1 du (Diferencial total de F(x, y, z) )
dx u dx
dy F x
30. F( x , y)  0  
dx F y

#
u e v são funções de x; c, a e n são constantes arbitrárias.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO
FORMULÁRIO GERAL vii
FORMULÁRIO DE INTEGRAIS #

 dx f x  dx  f (x )
d du 1 u
1. 22.  u2  a2 
a
arctg  C
a
2.  u  v  dx   u dx   v dx  C du 1 ua
23.  u2  a2  ln
2a u  a
C
3.  a u dx  a  u dx  C
du 1 au
u n 1 24.  a2  u2  ln C
4.  u du  n
C n  1 2a a  u
n 1
du u
5. 
du
 ln u  C
25.   arcsen  C
a
u a2  u2
du
e du  e u  C
u
6. 26.   ln u  u 2  a 2  C
u a 2 2
au
7.  a du  u
C a  0, a  1 du
ln a 27.   ln u  u 2  a 2  C
u a 2 2
8.  sen u du   cos u  C du 1 u
9.  cos u du  sen u  C
28.  
a
arcsec  C
a
u u2  a2
10.  tg u du  ln cos u  C  ln sec u  C
du 1 a  u2  a2
11.  cotg u du  ln sen u  C  ln cosec u  C
29.    ln
a u
C
u u2  a2
12.  sec u du  ln sec u  tg u  C
du 1 a  a2  u2
u 
 ln tg     C
30.    ln
a u
C
u a2  u2
2 4
du 1 u
13.  cosec u du  ln cosec u  cotg u  C   C
u 
31.
2 3/ 2 a2 u a
2 2
2
a
u
= ln tg    C u 2
2 32.  a 2  u 2 du 
2
a  u2
u sen 2u
14.  sen 2 u du   C a2 u
2 4 
arcsen  C
2 a
u sen 2u
15.  cos 2 u du   C u
2 4 33.  u 2  a 2 du 
2
u2  a2
16.  sec u du  tg u  C
2

 ln u  u 2  a 2  C
17.  cosec u du  cotg u  C
2

34.  u dv  u v   v du (Integração por partes)


18.  tg 2 u du  tg u  u  C

19.  cotg 2 u du  cotg u  u  C


20.  sec u tg u du  sec u  C
21.  cosec u cotg u du  cosec u  C

#
u e v são funções de x; C, a e n são constantes arbitrárias.
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FORMULÁRIO GERAL vi

FORMULÁRIO DE DERIVADAS #

1.
d
a   0 18.
d
tgu   sec 2 u du
dx dx dx

2.
d
c x   c 19.
d
cotgu   cosec2 u du
dx dx dx

3.
d
dx
 
c x n  c n x n 1 20.
d
dx
sec u   sec u tgu du
dx

4.
d
dx
 x   2 1x 21.
d
dx
cosecu   cosecu cotgu du
dx

5.
d
n u   1 du 22.
d
dx
arcsenu   1 du
dx n n u n 1 dx 1  u 2 dx

6.
d
u  v  du  dv 23.
d
arccosu    1 du
dx dx dx dx 1  u 2 dx

7.
d
c u   c du 24.
d
arctgu   1 2 du
dx dx dx 1  u dx
8.
d
u v  u dv  v du 25.
d
arccotgu    1 2 du
dx dx dx dx 1  u dx
du dv
v
9.
d  u  dx
 dx
u
26.
d
arcsecu   1 du

dx  v 
dx u u  1 dx
2
v2

10.
d n
 
u  n u n 1
du 27.
d
dx
arccosecu    1 du
dx dx u u 2  1 dx

11.
d u
dx
 
a  a u lna
du
dx 28.
dy dy du
 (Regra de Chain)
dx du dx
12.
d v
dx
 
u  v u v1
du
dx
 u v lnu
dv
dx 29. dF 
F
dx 
F
dy 
F
dz
x y z
13.
d
f u   df du (Diferencial total de F(x, y, z) )
dx du dx
dy F x
30. F( x , y)  0  
14.
d
log a u   log a e du a  0, a  1 dx F y
dx u dx

15.
d
lnu   1 du
dx u dx

16.
d
sen u   cos u du
dx dx

17.
d
cos u    sen u du
dx dx

#
u e v são funções de x; c, a e n são constantes arbitrárias.
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FORMULÁRIO GERAL vii

FORMULÁRIO DE INTEGRAIS #

21.  cosec u cotg u du  cosec u  C


 dx f x  dx  f (x )
d
1.
du 1 u
2.  u  v  dx   u dx   v dx  C
22.  u2  a2 
a
arctg  C
a
3.  a u dx  a  u dx  C du 1 ua
23.  u2  a2  ln
2a u  a
C
u n 1
4.  u du 
n
C n  1 1 au
n 1 du
24.  a2  u2  ln
2a a  u
C
du
5.  u
 ln u  C
du u
25.   arcsen  C
a
e du  e u  C a2  u2
u
6.
du
7.  a du 
u au
C a  0, a  1 26.   ln u  u 2  a 2  C
ln a u a 2 2

du
8.  sen u du   cos u  C 27.   ln u  u 2  a 2  C
u a 2 2
9.  cos u du  sen u  C du 1 u
10.  tg u du  ln cos u  C  ln sec u  C
28.  
a
arcsec  C
a
u u2  a2
11.  cotg u du  ln sen u  C  ln cosec u  C du 1 a  u2  a2
12.  sec u du  ln sec u  tg u  C
29.    ln
a u
C
u u2  a2
u 
 ln tg     C du 1 a  a2  u2
2 4 30.    ln C
u a2  u2 a u
13.  cosec u du  ln cosec u  cotg u  C
du 1 u
u   C
u 
31.
= ln tg    C 2 3/ 2 2
u a
2 2
2
2
a a

u sen 2u u 2
14.  sen 2 u du   C 32.  a 2  u 2 du 
2
a  u2
2 4
u sen 2u a2 u
15.  cos 2 u du   C 
arcsen  C
2 4 2 a
16.  sec 2 u du  tg u  C u
33.  u 2  a 2 du 
2
u2  a2
17.  cosec u du  cotg u  C
2
 ln u  u 2  a 2  C
18.  tg u du  tg u  u  C
2

34.  u dv  u v   v du (Integração por partes)


19.  cotg 2 u du  cotg u  u  C
20.  sec u tg u du  sec u  C

#
u e v são funções de x; C, a e n são constantes arbitrárias.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

CAPÍTULO 01

ANÁLISE VETORIAL
     
1.1) Um vetor B é dado por: B  a x  2a y  3a z . Determine um vetor A de módulo igual
 
a 3 e componente x unitária de modo que A e B sejam perpendiculares entre si.

Resolução:

B  a  2a  3a
 x
 y
 z

Dados: A  xa x  ya y  za z (01)
  
A  B A  3 x 1


A  3  12 + y2 + z2 = 3 (02)
   
A  B  A  B  0  1 + 2y + 3z = 0 (03)

 3z  1
De (03): y  (04)
2

Substituindo (04) em (02), temos:


2
  3z  1  2 9z 2  6z  1 2
1    z  3  1  z  3  13z 2  6z  7  0
 2  4

7
1a raiz z1  (05)
13
2a raiz: z 2  1 (06)

Substituindo (05) em (04), temos:


7
 3 1
13 21 1 17
y1     y1   (07)
2 26 2 13

Substituindo (06) em (04), temos:


 3  ( 1)  1 3  1
y2    y2  1 (08)
2 2

Substituindo (05) e (07) em (01), temos:


  17  7 
A1  a x  ay  az
13 13

Substituindo (06) e (08) em (01), temos:


  
A2  ax  ay  az

– Página 1.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

1.2) Transforme
 cada um dos seguintes vetores para coordenadas cilíndricas no ponto dado:

a) A  5a x em P ( = 4,  = 120o , z = 2);
 
b) B  6a y em Q (x = 4, y = 3, z = -1);
   
c) C  4a x  2a y  4a z em R (x = 2, y = 3, z = 5).

Resolução:
   
a) A  A a   A a   Az a z onde:

A  A  a  5a  a  5 cos   5 cos 120   A  2,5
    x  
  
A   A  a   5a x  a   5 sen   5 sen 120  A   4,33

A  A  a  5a  a  A  0
 z z x z z
  
 A  2,5a   4,33a 

b) Transformando o ponto Q (x = 4, y = 3, z = -1) de coordenadas cartesianas para cilíndricas,


temos:
  x 2  y 2  5

 sen   3
Q  ; ; z    y   Q   5;  36,87; z  1
5
   arctg    36,87  
 x cos   4
  5

mas:
     3
 B   B  a   6a y  a   6 sen  6   B   3,6
5
         4
B  B a   B a   B z a z onde: B  B  a  6a y  a  6 cos  6   B  4,8
     5
B
 z  B  a z  6a y  a z  B z  0

  
B  3,6a   4,8a 

c) Transformando o ponto R (x = 2, y = 3, z = 5) de coordenadas cartesianas para cilíndricas,


temos:

   x 2  y 2  13

 sen   3

R   ; ; z    y  
13  R   13;  56,31; z  5 
   arctg    56,31  
 x cos   2
  13

mas:
   
C  C  a   C a   C z a z onde:
– Página 1.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

       2 3
C  C  a   ( 4ax  2ay  4az )  a   4 cos   2 sen   4  2  C  0,555
13 13
  
     3 2
C  C  a  ( 4ax  2ay  4az )  a  4 sen   2 cos   4  2  C  4,438
 13 13

Cz  C  a z  ( 4a x  2a y  4a z )  a z  Cz  4


   
 C  0,555 a   4,438 a   4a z

1.3) Um campo vetorial é definido no ponto P ( = 20,  = 120o , z = 10) como


   
sendo: V  4a   3a   5a z . Determinar:

a) a componente vetorial de V normal à superfície  = 20;

b) a componente vetorial de V tangente à superfície  = 120o;
   
c) a componente vetorial de V na direção do vetor R  6a   8a  ;

d) um vetor unitário perpendicular a V e tangente ao plano  = 120o;

e) o vetor V no sistema de coordenadas cartesianas;

Resolução:

a)
Dados:
   
V  4a   3a   5a z em P ( = 20,  = 120o , z = 10).

      
Sabe-se que V  VN  VT e que VN  ( V  a  )a  .

       
Portanto: VN  [(4a   3a  5a z )  a  ]a   VN  4a 

b)
Dados:
   
V  4a   3a   5a z em P ( = 20,  = 120o , z = 10).

      
Sabe-se que V  VN  VT e que VN  ( V  a  )a  .


 Cálculo de VN :
   
VN  (V  a )a
       
VN  [(4a   3a  5a z )  a ]a  VN  3a

– Página 1.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

 Cálculo de VT :
         
VT  V  VN  (4a   3a   5a z )  3a   VT  4a   5a z
  
c) Dados: R  6a   8a .
  
     R 6a   8a    
VR  ( V  a R )a R , onde a R     a R  0,6a   0,8a 
R 36  64
          
 VR  [(4a   3a   5a z )  (0,6a   0,8a  )]( 0,6a   0,8a  )  VR  2,88a   3,84a 
   
d) Seja A  A a   A a   Az a z o vetor procurado.

A  0, pois A é tangente ao plano   120 (01)
    
Pelas condições apresentadas, temos: A  V  0, poisA V (02)
 
 A  1, pois A é um versor (03)
  
De (01), conclui-se que A  A a   Az a z (04)

De (02), conclui-se que:


      
A  V  (A a   Az a z )  ( 4a   3a   5a z )  4 A  5 Az  0 (05)

De (03), conclui-se que A2  Az2  1 (06)


5
De (05): A   Az (07)
4
Substituindo (07) em (06), temos:
25 2 16
A z  A 2z  1  A z    0,625 (08)
16 41

Substituindo (08) em (07), temos:

A    0,781 (09)

Substituindo (08) e (09) em (01), temos:

 
  
A    0,781a   0,625 a z

e) Cálculo das componentes, em coordenadas cartesianas, do vetor V :

Vx  V  a x  ( 4a   3a  5a z )  a x  4 cos   3 sen   4 cos 120  3 sen 120  Vx  4,598
      
Vy  V  a  ( 4a   3a  5az )  a y  4 sen   3 cos   4 sen 120  3 cos 120  Vy  1,964
 y
Vz  V  az  ( 4a   3a  5a z )  a z  Vz  5

   
 V  4,598 a x  1,964 a y  5a z

– Página 1.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

1.4) Se a1 é um vetor unitário dirigido da origem ao ponto (-2,1,2), determinar:
 
a) um vetor unitário a 2 paralelo ao plano x = 0 e perpendicular a a1 ;
  
b) um vetor unitário a 3 perpendicular a a1 e a 2 .

Resolução:

 Cálculo de a1 :
   
 A1  2a x  a y  2a z  2 1 2
a1     a1   a x  a y  a z
A1 ( 2) 2  12  2 2 3 3 3

   
a) Seja a 2  a2 a x  a2 a y  a2 a z o vetor procurado.
x y z

a 2 x  0, pois a 2 é paralelo ao plano x  0 (01)
   
Pelas condições apresentadas, temos: a 2  a1  0, pois a 2 a1 (02)
 
 a 2  1, pois a 2 é um versor (03)

De (01), conclui-se que:


  
a 2  a2 a y  a2 a z (04)
y z

De (02), conclui-se que:


    2 1 2
a2  a1  (a2 a y  a2 az )  (  a x  a y  az )
y z 3 3 3
  1 2
 a 2  a1  a 2  a 2  0 (05)
3 y 3 z

De (03), conclui-se que a 22  a 22  1 (06)


y z

De (05), a 2  2 a 2 (07)
y z

Substituindo (07) em (06), temos:

5
4 a 22  a 22  1  a 2   (08)
z z z 5

– Página 1.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

Substituindo (08) em (07), temos:

2 5
a2  (09)
y 5

Substituindo (08) e (09) em (04), temos:


a2  
5
5 
 
 2a y  a z 
   
b) Seja a 3  a3 a x  a3 a y  a3 a z o vetor procurado.
x y z
Pelas condições apresentadas, temos:
     
a 3  a1  a 2 , pois a 3  ao plano formado por a1 e a 2 (01)
 
 a 3  1, pois a 3 é um versor (02)

De (01), conclui-se que


  
ax ay az
   5 4 5  2 5 4 5
a3   2 3  
3  a 3    15  15 a x  15 a y  15 a z
1 2
3
 
0  2 55  55


Logo: a 3  
5 
15

 
5a x  2a y  4a z 
1.5) Determinar:
  
a) qual é a componente escalar do vetor E   ya x  xa y no ponto P (3, -2, 6 ) que está
apontada para o ponto Q (4, 0, 1 );
b) qual é a equação (escalar) da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor
  
A  3a x  4a y e passa através do ponto P (1, 5, 0 )?

Resolução:

a)

Definições:
       
E P é o vetor dado E no ponto P  E P   ya x  xa y  E P  2a x  3a y
PQ é um vetor dirigido do ponto P para o ponto Q.
 
E P é a componente escalar de E P na direção de E PQ .
Q

a PQ . é o vetor unitário de PQ
– Página 1.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL
     
  PQ a x  2a y  5a z  a x  2a y  5a z
 Cálculo de a PQ : a PQ    a PQ 
PQ 1  4  25 30

 Cálculo de E P :
Q
  
     a x  2a y  5a z 
E P  E P  a PQ  E P  (2a x  3a y )     EP   4
Q  
Q  30  Q 30

b)

  
Seja v  ( x  1)a x  ( y  5)a y o vetor dirigido de P para Q (vetor na direção da linha).
   
Mas v  A  A  v  0
   
 (3a x  4a y )  [( x  1)a x  (y  5)a y ]  0  3(x  1)  4(y  5)  0  3x - 4y  17  0


Assim, 3x-4y+17=0 é a equação da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor A e
passa pelo ponto P

1.6) Encontrar o vetor em coordenadas:


a) cartesianas que se estende de P ( = 4,  = 10o , z = 1) a Q ( = 7,  = 75o , z = 4).
b) cilíndricas no ponto M (x = 5, y = 1, z = 2) que se estende até N (x = 2, y = 4, z = 6).

Resolução:

P    4;  10; z  1
a) Dados: 
Q    7;  75; z  4

Definindo PQ como o vetor, em coordenadas cartesianas, que


estende-se do ponto P ao ponto Q, temos:
  
PQ  OQ  OP  PQ x a x  PQ y a y  PQz a z , onde OQ é
o vetor dirigido da origem ao ponto Q e OP é o vetor dirigido
da origem ao ponto P.
 Cálculo do vetor OP :
OPx   cos   4 cos 10  OPx  3,939
   
OP  OPx a x  OPy a y  OPz a z , onde: OPy   sen   4 sen 10  OPy  0,695
OPz  z  OPz  1

  
 OP  3,939 a x  0,695 a y  a z

– Página 1.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

 Cálculo do vetor OQ :
OQx   cos   7 cos 75  OQx  1,812
   
OQ  OQ x a x  OQ y a y  OQ z a z ,onde: OQy   sen   7 sen 75  OQy  6,761
OQz  z  OQz  4
  
 OQ  1,812 a x  6,761a y  4a z

  
mas: PQ  OQ  OP  PQ x a x  PQ y a y  PQz a z , onde:
PQ x  OQ x  OPx  PQ x  2,13
   
PQ y  OQ y  OPy  PQ y  6,07  PQ  2,13a x  6,07a y  3a z
PQ z  OQ z  OPz  OQ z  3
M x  5; y  1; z  2
b) Dados: 
Q    7;  75; z  4

Podemos escrever o vetor MN em coordenadas cartesianas


da seguinte forma:
  
MN  ON  OM  MN x a x  MN y a y  MN z a z , onde
     
ON  2a x  4a y  6a z e OM  5a x  a y  2a z .Portanto,
MN x  3 ; MN y  3 ; MN z  4 e
  
MN  3a x  3a y  4a z .

 Cálculo do vetor MN em coordenadas cilíndricas:


  
MN  MN  a   MN a   MN z a z onde:

MN   MN  a   ( 3a x  3a y  4a z )  a   3 cos   3 sen 



     
MN  MN  a   ( 3a x  3a y  4a z )  a   3 sen   3 cos 
     
MNz  MN  a z  ( 3a x  3a y  4a z )  a z  4

   x 2  y 2  26

 y 1
No ponto M, temos:  sen   
  26
 x 5
cos   
  26
 5 1 12
 MN   3  3  MN  
26 26 26
 1 5 18
Portanto: MN  3 3  MN 
 26 26 26
MN
 z  4

   12  18  
Logo: MN  MN  a   MN a  MNz a z  MN   a  a  4a z
26 26
– Página 1.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

1.7) Sejam os pontos P ( 3, -4, 5 ) e Q ( 1, 2, 3 ) e W um vetor localizado no ponto P cuja

magnitude seja igual à distância entre P e Q. Determine o vetor W apontado para Q:
a) no sistema de coordenadas cartesianas;
b) no sistema de coordenadas cilíndricas;
c) no sistema de coordenadas esféricas.

Resolução:

No ponto P, temos:


   x 2  y2  5

 y y x
  arctg  53,13 ; sen    0,8 ; cos    0,6 (01)
 x  

   arctg   135 ; sen   x 2  y2
 0,7071 ; cos  
z
 0,7071
 z 2 2 2 2 2 2
 x y z x y z

   
a) W  Wx a x  Wy a y  Wz a z
       
 W  (1  3)a x  (2  (4))a y  (3  (5))a z  W  2a x  6a y  8a z

   
b) W  W a   W a   Wz a z


 Cálculo das componentes, em coordenadas cilíndricas, do vetor W :
     
W  W  a   (2a x  6a y  8az )  a   2 cos   6 sen   2(0,6)  6(0,8)  W  6
      
W  W

 a  (2a x  6a y  8az )  a  2 sen   6 cos   2(0,8)  6(0,6)  W  2
Wz  W  a z  (2a x  6a y  8a z )  a z  Wz  8

   
 W  6a   2a   8a z

   
c) W  Wr a r  W a  W a  (01)


 Cálculo das componentes, em coordenadas esféricas, do vetor W :
     
Wr  W  ar  ( 2a x  6a y  8az )  ar  Wr  2 sen  cos   6 sen  sen   8 cos  (02)
      
W  W  a  ( 2a x  6a y  8az )  a  W  2 cos  cos   6 cos  sen   8 sen  (03)
      
W  W  a  ( 2a x  6a y  8az )  a  W  2 sen   6 cos  (04)

– Página 1.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

Substituindo (01) em (02), temos:

Wr  2(0,7071)(0,6)  6(0,7071)(0,8)  8(0,7071)  Wr  9,90 (05)

Substituindo (01) em (03), temos:

W  2(0,7071)(0,6)  6(0,7071)(0,8)  8(0,7071)  W  1,41 (06)

Substituindo (01) em (04), temos:


W  2(0,8)  6(0,6)  W  2 (07)

Substituindo (05), (06) e (07) em (01), temos:


   
W  9,90a r  1,41a  2a 

1.8) Um campo vetorial é definido no ponto P ( r = 10,  = 150o,  = 60o ) como sendo:
   
G  3a r  4a  5a  . Determinar:

a) a componente vetorial de G normal a superfície r = 10;

b) a componente vetorial de G tangente ao cone  = 150o;
   
c) a componente vetorial de G na direção do vetor R  6a r  8a  ;

d) um vetor unitário perpendicular a G e tangente ao plano  = 60o;

Resolução:

a) Dados:
   
G  3a r  4a  5a  em P ( r = 10,  = 150o,  = 60o ).

      
Sabe-se que G  G N  G T e que G N  (G  a r )a r .
Portanto:
       
G N  [(3a r  4a  5a  )  a r ]a r  G N  3a r

b)

Dados:
   
G  3a r  4a  5a  em P ( r = 10,  = 150o,  = 60o ).

      
Sabe-se que G  G N  G T e que G N  (G  a )a .


 Cálculo de G N :
          
G N  (G  a )a  [(3a r  4a  5a  )  a ]a  G N  4a

– Página 1.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

 Cálculo de G T :
         
G T  G  G N  (3a r  4a  5a  )  4a  G T  3a r  5a 

  
c) Dados: R  6a r  8a 
  
     R 6a r  8a    
G R  (G  a R )a R , onde a R     a R  0,6a r  0,8a 
R 36  64

          
 G R  [(3a r  4a  5a  )  (0,6a r  0,8a  )]( 0,6a r  0,8a  )  G R  3,48a r  4,64a 

d)

Dados:
   
G  3a r  4a  5a  em P ( r = 10,  = 150o,  = 60o ).

   
Seja S  Sr a r  S a  S a  o vetor procurado.


S  0, pois S é tangente ao plano   60 (01)
    
Pelas condições apresentadas, temos: S  G  0, pois SG (02)
 
 S  1, pois S é um versor (03)
  
De (01), conclui-se que S  Sr a r  S a (04)

De (02), conclui-se que :


      
S  G  (S r a r  S a )  (3a r  4a  5a  )  3 S r  4 S  0 (05)

De (03), conclui-se que Sr2  S2  1 (06)

4
De (05): Sr   S (07)
3
Substituindo (07) em (06), temos:
16 2 3
S  S2  1  S   (08)
9 5
Substituindo (08) em (07), temos:
4
Sr   (09)
5
Substituindo (08) e (09) em (04), temos:

S   a r  a 
4 3
5 5 
– Página 1.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

CAPÍTULO 02

LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.1) Um fio de 2 m está carregado uniformemente com 2 C. A uma distância de 2 m de sua
extremidade, no seu prolongamento, está uma carga pontual de 2 C. Obter o ponto no
espaço onde o campo elétrico seja nulo.

Resolução:

 Definições:
P (2+d; 0; 0) é o ponto onde o campo elétrico resultante é nulo.

E1 é o campo elétrico gerado em P pela carga Q.

E 2 é o campo elétrico gerado em P pelo fio.

 Cálculo do campo elétrico gerado em P pela carga Q:


 Q 
E1  ( a x ) , onde Q = 2C. (01)
4 o ( 2  d) 2

 Cálculo do campo elétrico gerado em P pelo fio:


E2 
 L dL 
 4 (2  x  d) 2 x
a ,onde:
  L  Q  2C   L  1 C

 L 2m m
  (02)
o 
dL  dx
2
  L dx 
De (01), conclui-se que E 2   ax (03)
x  0 4 o ( 2  x  d)
2

u  2  x  d
Substituição de variáveis na integral:  (04)
du  dx
Substituindo (04) em (03), temos:

  2   u 1    2
a x  E 2   L  
du  1 
E2  L  ax  E2  L a
4 o  2  x  d  x  0
x
4 o 2 4 o  1
x 0 u

 
 E 2   L  
1 1 
4 o  d 2  d 
(05)

– Página 2.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
 
Para o campo elétrico ser nulo em P, é necessário que E1  E 2  0 . (06)

Substituindo (01) e (05) em (06), temos:

2  10  6 1  10  6 1 1  2 1 1
 d  2   0   0
4 o (2  d) 2 4 o  d (2  d) 2 d 2  d

2d(2  d)  (2  d)(2  d) 2  d(2  d) 2  0


2
4d  2d 2  8  8d  2d 2  4d  4d 2  d 3  4d  4d 2  d 3  0  d  [m]
3

Logo, as coordenadas do ponto P são: ( 2,67; 0; 0 ) [m]

2.2) Uma linha de carga com L = 50 C/m está localizada ao longo da reta x = 2, y = 5, no
vácuo.

a) Determinar E em P (1, 3, -4 );
b) Se a superfície x = 4 contém uma distribuição superficial de carga uniforme com
S = 18 C/m2, determinar em que ponto do plano z = 0 o campo elétrico é nulo.

Resolução:
a)

 Campo elétrico para uma linha de cargas:



  é o vetor dirigido da linha para o ponto P
 L  
EL  a  , onde:     (01)
2 o  a é o unitário de 
 

 Cálculo de  e de :
      
  (1  2)a x  (3  5)a y  0a z    a x  2a y
(02)
  12  2 2    5

 Cálculo de a  :
  
   a x  2a y
a    (03)
 5
– Página 2.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:


 
 50  10  9  a x  2a y   
E   E  180(a x  2a y )
2 o 5 5
  
E  180a x  360a y [V m]

b)


Para E T ser nulo no ponto Q (x, y, 0 ), este deve estar localizado entre o plano e a linha.

 Campo elétrico para uma linha de cargas:



  é o vetor dirigido da linha para o ponto P
 L  
EL  a  , onde:     (01)
2 o  a é o unitário de 
 

 Campo elétrico para uma distribuição superficial de cargas:


   
E P  S a N , onde: a N é o unitário normal à superfície na direcão de (x, y, 0). (02)
2 o

 Cálculo do campo elétrico no ponto Q devido à linha:


  
   ( x  2)a x  ( y  5)a y ;   ( x  2) 2  ( y  5) 2

 (03)
  
a  ( x  2)a x  ( y  5)a y
 
 ( x  2) 2  ( y  5) 2

– Página 2.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (03) em (01), temos:


 
 L   L (x  2) a x  (y  5) a y
EL  a   EL 
2 o  2 o (x  2)2  (y  5)2 (x  2)2  (y  5)2
 L  
 EL  [(x  2) a x  (y  5) a y ] (04)
2 o [(x  2)  (y  5) ]
2 2

 Cálculo do campo elétrico no ponto Q devido à superfície:


 
a N  a x (05)

Substituindo (05) em (02), temos:


  
EP   S a x (06)
2 o
  
Mas E T  E L  E P  0 (07)

Substituindo (04) e (06) em (07):


 
 L (x  2) a x  (y  5)a y S 
ET    ax  0
2 o (x  2) 2  (y  5) 2 (x  2) 2  (y  5) 2 2 o
 
50  10  9 (x  2) a x  (y  5) a y 18  10  9 
  ax  0
10  9 (x  2) 2  (y  5) 2 10  9
2  (x  2) 2  (y  5) 2 2
36 36
 900(x  2)   900(y  5) 
  324  a x    ay  0
(x  2) 2  (y  5) 2  (x  2) 2  (y  5) 2 

 900(y  5)
 0 y5
2 2
(x  2)  (y  5)

 900(x  2) 900
  324  0   324  x  2,88
( x  2) 2
 ( y  5) 2 x2

Logo, as coordenadas do ponto Q são: (x = 2,88; y = 50;z = 0).

2.3) Oito cargas pontuais de 1 C cada uma estão localizadas nos vértices de um cubo de 1 m

de lado, no espaço livre. Encontrar E no centro:
a) do cubo;
b) de uma face do cubo;
c) de uma aresta do cubo;

– Página 2.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Resolução:

P ( 0,5; 0,5; 0,5 )é o centro do cubo;


K ( 0,5; 1; 0,5 )é o centro de uma face;
M ( 1; 0,5; 0 )é o centro de uma aresta.

a) Como as cargas são todas iguais e simétricas, elas produzem campos iguais e em oposição.
Logo, o campo elétrico em P é nulo.
        
b) E K  E GK  E CK  E BK  E FK  E AK  E EK  E HK  E DK , onde:

E K é o campo gerado em K pelas carga em G, C, B, F, A, E, H e D;

E GK é o campo gerado em K pela carga em G;

E CK é o campo gerado em K pela carga em C;

E BK é o campo gerado em K pela carga em B;

E FK é o campo gerado em K pela carga em F;

E AK é o campo gerado em K pela carga em A;

E EK é o campo gerado em K pela carga em E;

E HK é o campo gerado em K pela carga em H;

E DK é o campo gerado em K pela carga em D;

Por simetria:
        
E GK  E CK  E BK  E FK  0 , o que torna E K  E AK  E EK  E HK  E DK . (01)

 Cálculo de E AK :

R AK é o vetor dirigido da carga em A ao ponto K ;
 Q  
E Ak  aR , onde:  R AK  R AK ;
4 o R 2AK AK  
a R é um versor de R AK .
 AK

– Página 2.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

     R AK
R AK  0,5a x  a y  0,5a z ; R AK  1,5 ; aR 
AK R AK

 Q 
 E Ak  R AK (02)
32
4 o R AK

 Cálculo de E EK :

R EK é o vetor dirigido da carga em E ao ponto K ;
 Q   
E Ek  a R , onde:  R EK  R AK  R EK  R AK ;
4 o R 2EK EK  
a R é um versor de R EK .
 EK

     R EK
R EK  0,5a x  a y  0,5a z ; R EK  R AK  1,5 ; aR 
EK R AK

 Q 
 E Ek  R EK (03)
32
4 o R AK

 Cálculo de E HK :

R HK é o vetor dirigido da carga em H ao ponto K ;
 Q   
E Hk  aR , onde:  R HK  R AK  R HK  R AK ;
4 o R 2HK HK  
a R é um versor de R HK .
 HK

     R HK
R HK  0,5a x  a y  0,5a z ; R HK  R AK  1,5 ; aR 
HK R AK

 Q 
 E Hk  R HK (04)
32
4 o R AK

 Cálculo de E DK :

R DK é o vetor dirigido da carga em D ao ponto K ;
 Q   
E Dk  aR , onde:  R DK  R AK  R DK  R AK ;
4 o R 2DK DK  
a R é um versor de R DK .
 DK

     R DK
R DK  0,5a x  a y  0,5a z ; R DK  R AK  1,5 ; aR 
DK R AK

 Q 
 E Dk  R DK (05)
32
4 o R AK

– Página 2.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01):

 Q    
Ek  ( R AK  R EK  R HK  R DK ) (06)
32
4 o R AK


Mas:
              
R AK  R EK  R HK  R DK  (0,5a x  a y  0,5az )  (0,5a x  a y  0,5az )  (0,5a x  a y  0,5az )  (0,5a x  a y  0,5az )
    
 R AK  R EK  R HK  R DK  4a y (07)

Substituindo (07) em (06) ,temos:

 4Q   4  10  9 
Ek  a y  Ek  ay
4 o R 3AK
2
4 o 1,5 3 2
  
E k  19,57 a y  E k  19,57 V m
        
c) E M  E EM  E FM  E AM  E BM  E HM  E GM  E CM  E DM , onde:

E M é o campo gerado em M pelas cargas em E, F, A, B, H, G, C e D;

E EM é o campo gerado em M pela carga em E;

E FM é o campo gerado em M pela carga em F;

E AM é o campo gerado em M pela carga em A;

E BM é o campo gerado em M pela carga em B;

E HM é o campo gerado em M pela carga em H;

E GM é o campo gerado em M pela carga em G;

E CM é o campo gerado em M pela carga em C;

E DM é o campo gerado em M pela carga em D;

Por simetria:
 
E EM  E FM  0
      
Portanto: E M  E AM  E BM  E HM  E GM  E CM  E DM (01)

 Cálculo de E AM :

R AM é o vetor dirigido da carga em A ao ponto M;
 Q  
E AM  aR , onde:  R AM  R AM ;
4 o R 2AM AM  
a R é um versor de R AM .
 AM
– Página 2.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO


     R AM
R AM  a x  0,5a y  0a z ; R AM  1,25 ; aR 
AM R AM

 Q 
 E AM  R AM (02)
32
4 o R AM

 Cálculo de E BM :

R BM é o vetor dirigido da carga em B ao ponto M;
 Q   
E BM  aR , onde:  R BM  R AM  R BM  R AM ;
4 o R 2BM BM  
a R é um versor de R BM .
 BM

     R BM
R BM  a x  0,5a y  0a z ; R BM  R AM  1,25 ; aR 
BM R AM

 Q 
 E BM  R BM (03)
32
4 o R AM

 Cálculo de E HM :

R HM é o vetor dirigido da carga em H ao ponto M;
 Q   
E HM  aR , onde:  R HM  R AM  R HM  R AM ;
4 o R 2HM HM  
a R é um versor de R HM .
 HM

     R HM
R HM  0a x  0,5a y  a z ; R HM  R AM  1,25 ; aR 
HM R AM

 Q 
 E HM  R HM (04)
32
4 o R AM

 Cálculo de E GM :

R GM é o vetor dirigido da carga em G ao ponto M;
 Q   
E GM  aR , onde:  R GM  R AM  R GM  R AM ;
4 o R G
2
M
GM  
a R é um versor de R GM .
 GM

     R GM
R GM  0a x  0,5a y  a z ; R GM  R AM  1,25 ; aR 
GM R AM

 Q 
 E GM  R GM (05)
32
4 o R AM

– Página 2.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

 Cálculo de E DM :

R DM é o vetor dirigido da carga em D ao ponto M;
 Q  
E DM  aR , onde:  R DM  R DM ;
4 o R 2DM DM  
a R é um versor de R DM .
 DM

     R DM
R DM  a x  0,5a y  a z ; R DM  2,25 ; aR 
DM R DM

 Q 
 E DM  R DM (06)
32
4 o R DM

 Cálculo de E CM :

R CM é o vetor dirigido da carga em C ao ponto M;
 Q   
E CM  aR , onde:  R CM  R DM  R CM  R DM ;
4 o R C
2
M
CM  
a R é um versor de R CM .
 CM

     R CM
R CM  a x  0,5a y  a z ; R CM  R DM  2,25 ; aR 
CM R DM

 Q 
 E CGM  R CM (07)
32
4 o R DM

Substituindo (02), (03), (04), (05), (06) e (07) em (01), temos:

      
 Q  R AM  R BM  R HM  R GM R DM  R CM 
EM   (08)
4 o  32
R AM
32
R DM 
 
Mas:
           
R AM  R BM  R HM  R GM  (a x  0,5a y )  (a x  0,5a y )  (0,5a y  a z )  (0,5a y  a z )
     
 R AM  R BM  R HM  R GM  2a x  2a z (09)
  e
     
R DM  R CM  (a x  0,5a y  a z )  (a x  0,5a y  a z )
    (10)
 R DM  R CM  2a x  2a z

Substituindo (09) e (10) em (08), temos:

 1  10  9 2a x  2a z  
2a x  2a z 
EM    
4 o  1,25 3 2 2,25 3 2 
   
E M  18,21a x  18,21a z  E M  25,76 V m
– Página 2.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.4) Uma distribuição linear uniforme de cargas no eixo z é definida como sendo L = 10
C/m para z  0 e L = 0 para z < 0. Determinar qual deverá ser a densidade superficial
de cargas no plano infinito z = 0 de modo que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0,
3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z. Determinar também o campo elétrico resultante.

 Cálculo do campo elétrico no ponto P devido ao plano:


       
E P  S a N , onde : a N  a z  E P  S a z (01)
2 o 2 o

 Cálculo do campo elétrico no ponto P devido à linha:



R   
 3a y  za z
  L dz  

EL   a R , onde  R  R  9  z 2
4 o R 2  
 3a y  za z
a R 
 9  z2
 
  L (3a y  za z )  
4 o  (9  z 2 )3 2
EL  dz  E y  E z

 L 3dz  L zdz 
EL 
4 o  (9  z 2 )3 2 a y 
4 o  (9  z 2 )3 2 a z

 L 3dz  (02)
E y  4  2 32
ay
 o (9  z )

 L zdz 
E z   4  2 32
az
(03)
 o (9  z )

– Página 2.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Para que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z, a
 
condição de E P  E z deve ser satisfeita.

Fazendo (01) = (04), temos:


S  zdz
 L  (05)
2 o 4 o (3  z 2 ) 3 2
2

z  3tg
Substituição de variáveis na integral:  (06)
dz  3 sec 2 d

Substituindo (06) em (05), temos:

10  10  9 3tg .3 sec 2 d 5  10  9 sen  . cos 


S    S   d
2 27 sec 3  3 cos 

5  10  9  C 
S   cos  900   S  5  m 2 
3 3


 Cálculo do campo elétrico resultante ( E TOTAL ):
Como o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) apresenta somente uma componente
  
na direção de a y , conclui-se que E TOTAL  E y (07)

Substituindo (03) em (07), temos:


  3dz 
E TOTAL  L
4 o  (3 2  z 2 ) 3 2 a y (08)

z  3tg
Substituição de variáveis na integral:  (09)
dz  3 sec 2 d

Substituindo (09) em (08), temos:

 10  10  9 3.3 sec 2 d  5  10  9 


E TOTAL   ay    cos  da y
4 o 27 sec 3  6 o


E TOTAL 
5  10  9
6 o

sen 900 a y  E TOTAL  94,12 V m  

– Página 2.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
    
2.5) Dado o campo vetorial D  x 2 a x   y  z a y  xya z [C/m2]. Determinar o fluxo de D

através da superfície triangular no plano xz, delimitada pelo eixo x, pelo eixo z, e pela
reta x  z  1 .


D  x 2 a x   y  z a y  xya z
Dados:   ;
dS  dxdza y

Resolução:
 2   
    dS   
D  (x a x  y  z  a y  xy a z )  dxdz a y
S S

1 1 x 1 1 x 1  2 1 x
z
    (y  z)dzdx      zdzdx      
 2 
dx
x 0 z0 ( y  0) x 0 z0 x 0   z0
1 1
(1  x) 2 1  2x  x 2
   2
dx     2
dx
x 0 x 0

1
 x3  1 1
 
1
x  x 2      1  1     
1
C
2  3  2 3 6
x 0

  
2.6) Dado o campo E  15x 2 y a x  5y 3 a y , encontrar, no plano xy:
a) a equação da linha de força que passa através do ponto P ( 2, 3, -4 );
 
b) um vetor unitário a E especificando a direção de E no ponto P;
 
c) um vetor unitário a N que é perpendicular a E no ponto P.

Resolução:
   Ex  15x 2 y
2  3
E  Ex a x  Ey a y  15x y a x  5y a y  
Ey  5y
3

a) Dados: P ( 2, 3, -4 )
dy Ex dy 5y 3 dy y2 dy dx
      3 
dx Ey dx 15x y2 dx 3x 2
y 2
x2

dy dx  1 1
3   x2  3       c (01)
y2  y x
– Página 2.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo em (01) as coordenadas do ponto P, temos:

 1 1 1
3  c  c- (02)
 3 2 2

Substituindo (02) em (01), temos:

3 1 1
-  
y x 2

Portanto, a Equação da linha de Força é:

-6x  2y  xy  0 ou 6x-2y  xy  0

 
b) E P é o vetor E definido no ponto P ( 2, 3, - 4 ).
     
 E P  (15 . 2 2. 3) a x  (5 . 33 ) a y  E P  180 a x  135 a y
  
 EP  180 a x  135 a y
aE    aE 
EP 180 2  135 2
 
 180 a x  135 a y   
aE   a E  0,8 a x  0,6 a y
225
   
 a N  a E  0, pois a N  a E ; (01)
   
c) Seja a N  m a x  n a y de modo que :   
 a N  1, pois a N é um versor.
 (02)

De (01), conclui-se que:


   
( m a x  n a y )  ( 0,8 a x  0,6 a y )  0  0,8 m  0,6 n  0
0,6
0,8 m  0,6 n  m  - n  m  -0,75 n
0,8

De (02), conclui-se que: m 2  n 2  1 (04)


Substituindo (04) em (03) ,temos:

1
(-0,75 n) 2  n 2  1  n 2   n 2  0,64,  n   0,8 (05)
2
1  (0,75)

Substituindo (05) em (03), temos:

m  -0,75 . (0,8)  m   0,6 (06)

Substituindo (05) e (06) em (01), temos:


  
a N   0,6 a x  0,8 a y

– Página 2.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.7) Um cilindro de raio a e altura 2a possui as bases com cargas simétricas de densidade
S constante. Calcular o campo elétrico no seu eixo, a meia distância entre as bases.

Resolução:
      
Sabe-se que E R  E1  E 2  ER a   ER a   ERz a z onde, E R é o campo resultante,
 
E1 é o campo gerado no ponto em questão devido à distribuição da base do cilindro (1) e E 2 é o
campo gerado no ponto em questão devido à distribuição do topo do cilindro (2).

Devido à simetria das distribuições, E R não apresenta componentes nas direções de
    
a  e de a  ( ER  ER  0 ). Deste modo, as componentes de E1 e de E 2 na direção de a z
   
definem a direção e a magnitude de E R .Assim, E R  2E1  2E 2 . (01)
z z


 Cálculo de E1 :
dS   d d ;

  S dS  R é o vetor dirigido do elemento diferencial de área
dE1  a R , onde para
 o ponto ( 0, 0, a );
(02)
4 o R 2  R  R;
 
a R é um unitário de R.


  
R   a   aa z ; R 2  a2 (03)

  
  a   aa z
a R 
 2  a2

Substituindo (02) em (01), temos:


  S dd     
dE1  ( a   aa z )  E1  E1  E1
 z
4 o (  2  a 2 )3 2

– Página 2.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2 a
  S dd  
E1    ( a   aa z )
  0   0 4 o ( 
2
 a 2 )3 2


 (04)
E1  0 ( Por Simetria )


 2 a
a  S dd 
E1z    az
   0   0 4 o (   a )
2 2 32

(05)

 Cálculo de E R :

Substituindo (05) em (01), temos:


2 a
 a  S  d d 
ER  2   az
  0   0 4 o (   a )
2 2 32

2 a
 2a  S  
ER 
4 o  d  d a z
 0  0 ( a )
2 2 32

(06)
   a tg
Substituição de variáveis na integral: 
d  a sec  d
2

   0    0
  a     (07)
 4

Substituindo (07) em (06), temos:

 4
 2a  S a tg a sec 2 d 
ER   2  az
4 o a 3
sec 3

 0
 4 3  4
 S a tg sec 2 d   S 
ER 
o  a sec 
3 3
az  ER 
o  sen  d a z
 0  0
 S  S
- cos  40 a z  E R 
 
ER  (-cos45) - (-cos0) a z
o o
 S  1  
 ER  1- az V m
 o  2 

– Página 2.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.8) Uma carga Q (Q > 0) está localizada na origem do sistema de coordenadas. Determinar
em que ponto na linha definida por x = 1 e z = 3 está E y no seu máximo.

Resolução:
 Cálculo do campo elétrico para a carga pontual:

R é o vetor dirigido da origem para o ponto (1, y, 3 )
 Q  
E aR , onde  R  R
4 o R 2  (01)
a é um unitário de R
 R

   
R  a x  ya y  3a z ; R  10  y 2

    (02)
 a x  ya y  3a z
a R 
 10  y 2

Substituindo (02) em (01), temos:


     
 Q a x  ya y  3a z  Q a x  ya y  3a z
E  E 
4 o (10  y 2 ) 2 10  y 2 4 o (10  y 2 ) 3 2

 Q 
E x  ax
 4 o (10  y 2 ) 3 2

 yQ  (03)
 E y  ay
 4 o (10  y 2 ) 3 2

 3Q 
E z  az
 4 o (10  y 2 ) 3 2

 Q y
De (03), conclui-se que E y  E y  
4 o (10  y 2 ) 3 2

– Página 2.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

 Cálculo de E y :
máx
E y (10  y 2 ) 3 2  3 2 (10  y 2 )1 2 . 2 y .y
Q
0  0
y 4 o (10  y 2 ) 3

(10  y 2 )3 2
(10  y 2 )3 2  3.(10  y 2 )1 2 .y 2   3y 2
2 12
(10  y )

10  y 2  3y 2  y   5

Logo, E y
max
ocorre nos pontos 1,   
5, 3 e 1, - 5, 3 . 

– Página 2.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

CAPÍTULO 03

DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.1) Dentro da região cilíndrica   4 m, a densidade de fluxo elétrico é dada como sendo
 
D  5  3 a  C/m2.
a) Qual a densidade volumétrica de carga em  = 3 m?
b) Qual a densidade de fluxo elétrico em  = 3 m?
c) Quanto de fluxo elétrico deixa o cilindro,  = 3 m, z  2,5 m?
d) Quanto de carga existe dentro do cilindro,  = 3 m, z  2,5 m?
Resolução:

D  5  3a   D  5  3
a) Dados: 
   3m

  1  (  D  ) 1  D  Dz 1  ( D  )
v    D       v  
    z  

1  (5  4 ) 1
v     v   20  3   v  20  2
  

 
Para   3m   v  180  C 3 
 m 
     
b) Sabe - se que D  5  3a  . Logo, em   3m, D  135a   C 2 
 m 

c) Pela Lei de Gauss:    D  dS  Q interna    v dv
S vol

 D  5  3 a
   D  dS, onde  

S 
dS   d  dz a 

2,5 2
3 
    (5 a  )  (  d dz a  )
z  2,5   0

2,5 2
  
4
 5  d dz    5 . 3 . 2 .5    4050
4
C
z  2,5   0
(   3m)

d) Pela Lei de Gauss,    D  dS  Q interna    v dv .
S vol

Logo, Q interna  4050 C

– Página 3.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA


3.2) Dado o campo D 
20

 
 m 

 sen 2  a   sen 2 a   C 2  , encontrar a carga total que se
 2

encontra dentro da região, 1    2, 0     / 2, 0  z  1.

Resolução:

 20
   


D  2  sen 2  a   sen 2 a   D a   D a 
 
Dados: 
 20 sen 2  20 sen 2
 D   e D 
  2
2

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:


 
Q interna   D  dS     Ddv (01)
S vol
 
 Cálculo de   D :

  1  (  D ) 1  D  Dz
D     
    z

  1   20 sen 2   1   20 sen 2 
D        
         2
 


  20 sen 2   1  1 20
D        2 cos 2
  2   2
 
  20 sen 2  40 cos 2
D  
3 3
  20  1 cos 2 
D    2 cos 2 
3  2 
 2
  10 30 cos 2   10
D   D  1  3 cos 2  (02)
 3
 3
 3

– Página 3.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Substituindo (02) em (01), temos:



1 2 2 
Q interna     
10
 
1  3 cos 2   d d dz
z  0   0  1   
3

2 
 10   3 sen 2  2
Q interna         z 1
    1  2   0 z 0

 10    5
Q interna     10      1  Q interna  C
 2  2 2

 20   
3.3) Dado o campo D  sen  sen a  C 2  , na região, 3  r  4 , 0     / 4 ,
r 4  m 
0    2 , determinar a carga total contida no interior desta região, por dois modos
diferentes

Resolução:
 20     20  
Dados: D  sen  sen a  D a  D  sen  sen 
r 4 r 4

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:


 
Q interna   D  dS     Ddv
S vol

1o modo: Q interna     Ddv
vol
 
 Cálculo de   D :
  1  (r D r )
2
1  (D sen  ) 1 D
D  
r2 r r sen   r sen  

– Página 3.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

  1   20   
D    sen2  sen  
r sen   r  4 
   
 sen   2 sen cos 
1 20
D 
r sen r 4
  40  
D  cos  sen 
r2 4

 Cálculo de Q interna :

4 4 2
 40   
Q interna       cos   sen  r 2 sen  drd d
2  4 
r  3   0  1  r

4 2
4
 
Q interna  40  dr   sen  cos  d   sen d
4
r 3  0  0


2
4
 

Q interna  20  r 4r  3   2 sen  cos  d   sen d
 0  0 4

2
4
 
Q interna  20   sen 2 d   sen d
4
 0  0

 2
 1    
Q interna  20      cos 2  4 0   4 cos 
 2   4    0

       
Q interna  10  cos   cos 0   4cos   cos 0
 2   2 
Q interna  40 C


2o modo: Q interna   D  dS
S

   
Q interna   D  dS    dS 
D   dS 
D   dS
D (01)
S Lateral Topo Base


dS  r sen  drd a
 
Para a Lateral  (   4 ) (02)
   
 D  dS  20 sen   sen 4  drd
2
  

– Página 3.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

dS  r 2 sen  d d 
 ar
Para o Topo  (r  4) (03)
D  dS  0
dS  r 2 sen  d d 
 ar
Para a Base  ( r  3) (04)
D  dS  0

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

2 4
   
Q interna     20 sen 2   sen   drd
4 
 0 r 3 
  4
4 2
 
Q interna  10  dr   sen d
4
r 3  1
2
   
Q interna  10  r  4
r 3   4 cos 
  4    0

   
Q interna  10   4 cos   4 cos 0  Q interna  40 C
 2 

3.4) Uma casca esférica não condutora, de raio interno a e raio externo b, uniformemente
carregada com uma densidade volumétrica v . Determine o campo elétrico em função
do raio r.

Resolução:

Pela Lei de Gauss:   dS  Q interna 
D   v dv
S vol

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r < a:


 
D1  0, pois Q interna  0  E1  0

– Página 3.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio a < r < b:

 D  D a r
 r
  dS  Q interna 
D   v dv , onde 
dS  dS a r  r 2 sen  d d a r
S vol 
Área da esfera Volume da casca esférica

2 2 2 2 r
  D r  r sen d d     vr sen  dr d d
2 2

 0  0  0  0 r a

4  (r 3  a 3 )  (r 3  a 3 )
D r  4 r 2   v   (r 3  a 3 )  D r  v   D2  v  ar
3 3 r2 3 r2

Mas D   E e    o .

 v (r 3  a 3 )
Portanto: E 2   ar
3 o r 2

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r  b:

 D  D a r
 r
 D  dS  Q interna    v dv , onde 
dS  dS a r  r 2 sen  d d a r
S vol 
Área da esfera Volume da casca esférica

2 2 2 2 b
  Dr  r sen  d d     vr sen  dr d d
2 2

 0  0  0  0 r a

4  (b 3  a 3 )  (b 3  a 3 )
D r  4 r 2   v   (b 3  a 3 )  D r  v   D3  v  ar
3 3 r2 3 r2

Mas D   E e    o .

 v (b 3  a 3 )
Portanto: E 3   ar
3 o r2

– Página 3.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.5) Ao longo do eixo z existe uma distribuição linear uniforme de carga com  L  4 C m ,  
e no plano z = 1 m existe uma distribuição superficial uniforme de carga com
 S  20  C 2  . Determinar o fluxo total saindo da superfície esférica de raio 2 m,
 m 
centrada na origem

-2

Resolução:

Lei de Gauss:   Q interna , onde Q interna  Q Linha  Q Plano (01)

 Cálculo de Q Linha :

2
Q Linha    L dL  Q Linha   4 dz
L z  2

Q Linha  4  z 2z  2  Q Linha  16 C (02)

 Cálculo de Q Plano :

2 3
Q Plano    S dS  Q Plano    20  d d
S  0  0

3
2 
Q Plano  20    2
 0     Q Plano  60 C (03)
 2    0

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

  Q interna  16  60    76 C

– Página 3.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.6) Se uma carga Q está na origem de um sistema de coordenadas esféricas, calcule o fluxo
elétrico  que cruza parte de uma superfície esférica, centrada na origem e descrita por
    .

Resolução:

1o modo: Lei de Gauss:    D  dS  Q interna    v dv
S vol
 Q 
D  a
2 r
  4 r
   D  dS, onde 
S dS  r 2 sen  d d a r



 

 Q  2
    

  r sen  d d

     0  4r
2

 
Q
 
4
  d  sen  d
   0

      cos    0
Q 
 
4

       cos   cos 0         C


Q Q
 
4 2
2o modo:

 esf  Q
Considerando a esfera de raio r na sua totalidade:  (01)
Área da esfera  S esf  4r 2

Considerando somente a casca esférica      :  casca = ?

 
 dScasca   r sen  d d
2
Área da casca  S casca 
Scasca     0

 
sen  d  S casca      r 2  cos    0

 d  r
2
S casca 
   0

 S casca  2r 2     (02)

– Página 3.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

S
Através de uma regra de três, encontramos: casca  esf  casca . (03)
S esf
Substituindo (02) e (03) em (01),temos:

2 r 2    
    
Q
casca  Q   casca 
4r 2 2

     
3.7) Dado o campo D  20 cos   a  C 2  , na região, 1    2 , 0     / 2 ,
 2   m 
0  z  3 , determinar a carga total contida no interior da região.

Resolução:
  
  20 cos 
 
D  20 cos   a   D a   D  2

Dados:   2  

dv  dddz

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:
 
Q interna   D  dS     Ddv
S vol

1o modo: Q interna     Ddv
vol
 
 Cálculo de   D :

  1  (  D ) 1  D  Dz
D     
    z
   
 20 cos  
  1    2
D   
    
 
 
 
10 sen 
  1 20    1    2
  D      sen       D  
    2 2 2
– Página 3.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

 Cálculo de Q interna :

3 2 2 10   
Q interna      2    sen   d d dz
 2 
z  0   0  1 

2 3
d
  2
Q interna  10    sen    dz
  2  z0
 1  0


    2
Q interna  10.ln   1. 2 cos 
2
.z 3z  0
  2    0

   
Q interna  10ln 2  ln 1    2 cos   2 cos0  3  Q interna  12,183 C
 4 

2o modo: Q interna   D  dS
S
      
Q interna   D  dS   D  dS   D  dS   D  dS   D  dS   D  dS   D  dS
S Lat.Esquerda Lat. Direita Frente Fundo Topo Base
(01)

dS  d dza
 
Para a Lateral Esquerda  (02)
 20  
D  dS     cos 2  ddz
  

dS  d dza
 
Para a Lateral Direita  (03)
 20  
D  dS    cos 2  ddz
  

dS  ddz a 

Para a Frente  (04)
D  dS  0

dS   ddz a 

Para o Fundo  (05)
D  dS  0

dS  dd a
 z
Para o Topo  (06)
D  dS  0
dS   dd a
 z
Para a Base  (07)
D  dS  0

– Página 3.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Substituindo (02), (03), (04), (05), (06) e (07) em (01), temos:

 
3 2 3 2
1   1  
Q interna   20     cos  ddz  20     cos  ddz
z  0  1 
 2  z  0  1 
 2 
  0    2 
2 3 2 3
d 2 d
Q interna  20  
  dz  20. 2
  
  dz
 1 z0  1 z0

Q interna  20ln  2 1.z 3z  0  10 2 ln  2 1.z 3z  0

Q interna  60ln 2  ln 1  30 2 ln 2  ln 1  Q interna  12,181 C

3.8) Uma carga pontual de 6 [C] está localizada na origem do sistema de coordenadas, uma
 
densidade linear uniforme de carga de 180 C m está distribuída ao longo do eixo x, e
uma densidade superficial uniforme de carga de 25 C m 2 está distribuída sobre o  
plano z = 0.

a) Determinar D em A (0,0,4);

b) Determinar D em B (1,2,4);
c) Determinar o fluxo elétrico total deixando a superfície da esfera de 4 m de raio,
centralizada na origem.
Resolução:

a)

Q  6  C

  L  180 C
 m  
Dados: 
 C 
  S  25  m 2 

A  0,0,4 


A densidade de fluxo total D produzida no ponto A será a soma das densidades de fluxo
produzidas pela carga Q, pela distribuição linear L e pela distribuição superficial S.
       
 D  D Carga  D Linha  D Plano  D  D Q  D L  D P (01)

 Cálculo de D Q :

R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto A
 Q  
DQ  a R , onde R  R
4R 2 
a é um unitário de R
 R

– Página 3.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

 
R  4a z ; R4

  
a R  a z

 6  10 6   3  C 
 DQ  a  D  az
4  4 2 z Q
32  
 m 2


 Cálculo de D L :

 L    é o vetor dirigido da linha de cargas para o ponto A
 (02)
DL  a  , onde    
2 a  é um unitário de 
 
   4a z ;   4

  
a   a z
 180  10  9   45  C 
 DL  a z  DL  az  (03)
2  4 2  m 2


 Cálculo de D P :

     
D P  S a N , onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto A  a N  a z
2

 25  10  9   25  C 
 DP  a z  DP  az (04)
2 2  2
 m 

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

     3  45  25  
D  DQ  DL  DP  D  az  az  a z  D  0,0495  C 2 
32 2 2  m 

b)


Q  6  C

  L  180 C
 m  
Dados: 
 C 
  S  25  m 2 

B  1,2,4 


A densidade de fluxo total D produzida no ponto B será a soma das densidades de fluxo
produzidas pela carga Q, carga Q, pela distribuição linear L e pela distribuição superficial S.
       
 D  D Carga  D Linha  D Plano  D  D Q  D L  D P (01)

– Página 3.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA


 Cálculo de D Q :

R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto B
 Q  
DQ  a R , onde  R  R
4R 2 
a é um unitário de R
 R

R  a  2a  4a ; R  21
 x y z
   
 a x  2a y  4a z
a R 
 21
  
 6  10  6  a x  2a y  4a z 
DQ 
4  21  21 


 D Q  4,96a x  9,92a y  19,84a z C 2 
     (02)
 m 

 Cálculo de D L :

  é o vetor dirigido da linha de cargas,
 ponto (1,0,0) para o ponto B
   
D L  L a  , onde    
2 
a é um unitário de 
 

   2a  4a ;   20
 y z
  
 2a y  4a z
a  
 20
 
 180  10  9  2a y  4a z  
  D L  2,86a y  5,73a z C 
 DL    m 2 
(03)
2  20  
 20 

 Cálculo de D P :
     
DP  S a N , onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto B  a N  a z
2
 25  10 9   25  C  (04)
 DP  a z  DP  az 
2 2  m 2 
Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

   
          25 
D  D Q  D L  D P  D  4,96a x  9,92a y  19,84a z  2,86a y  5,73a z  az
2

 D  4,96a x  12,78a y  38,07a z C 2 
  
 m 

– Página 3.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

c)

O fluxo total que deixa a esfera será a soma


dos fluxos produzidos pela carga Q, pela
distribuição linear L e pela distribuição
superficial S.

De acordo com a Lei de Gauss:   Q interna .

   Carga  Linha  Plano    Q  Q L  Q P    6   Q L  Q P (01)

 Cálculo de Q L :

QL    L dL, onde dL  dx
L
4 (02)
 QL    L dx  Q L   L  x x  4  Q L  8 L  Q L  1440 C
4

x  4

 Cálculo de Q P :

Q P    S dS, onde dS   d d
S

2 4 2 
4
 Q S     S   d d  Q S   S      2 0
 0  0  2    0

Q S  2 S  Q S  400 C


(03)
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

  6  Q L  Q P    6  1440  400     8,7 C

– Página 3.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

CAPÍTULO 04

ENERGIA E POTENCIAL

   
 
4.1) A densidade de fluxo elétrico é dada por: D  10a   3 a   2z a z C m 2 . Encontre o
fluxo elétrico total efluente do volume cilíndrico limitado por um cilindro de 2 m de raio
e 4 m de altura, cujo eixo é o eixo z e cuja base se encontra no plano z = 1 m.

Resolução:
   
D  10a   3 a  2z a z

Dados:  (01)
dv   d d dz

De acordo com o Teorema da Divergência e com a Lei de Gauss:


 
   D  dS     Ddv (02)
S vol

 
 Cálculo de   D :

  1  (  D ) 1  D  Dz
D     
    z
  1  1     10
D   10     3     2z     D   2  (03)
    z 

Substituindo (01) e (03) em (02):

 
5 2 2 2 2 5
10 
       2    d d dz     10  2  2 d   d   dz

z 1   0   0    0  0 z 1

2
 2 3   16  352
  10    . 2 0 .z 5z 1    10    8    C
 3   3 3
 0

– Página 4.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.2) Dentro da esfera de raio r = 1 m, o potencial é dado por:


V  100  50r  150r sen  sen  [V]

a) Encontre E em P (r =1;  =  2 ; = 0 ).
b) Quanto de carga existe dentro da esfera de raio r = 1 m?
Resolução:

Dados: V  100  50r  150r sen  sen  [V]


   V  1 V  1 V  
a) Sabe-se que E  V   ar  a  a  (01)
 r r  r sen   

V V  V
 Cálculo de :  100  50r  150r sen  sen    50  150 sen  sen  (02)
r r r r

V V 
 Cálculo de :  100  50r  150r sen  sen   V  150r cos  sen  (03)
   

V V 
 Cálculo de :  100  50r  150r sen  sen   V  150r sen  cos  (04)
   

Substituindo (02), (03) e (04) em (01):

 
   
E   50  150 sen  sen a r  150 r cos  sen a   150 r sen  cos a  (05)

Substituindo as coordenadas de P em (05) , temos:

          


E    50  150 sen  sen 0  a r  150 1 cos  sen 0  a   150 1 sen  cos 0  a  
 2   2   2  


   

  
E   50  0a r  150  0a   150 1a   E  50a r  150a  V m
b) De acordo com a Lei de Gauss:
  
 
D   o  50 o  150 o sen  sen a r
E
Q interna   D  dS, onde   (01)
Sesf 
dS  r sen  d d a r
2


 Cálculo de D  dS :
 
 
D  dS   50 o  150 o sen  sen  a r   r 2 sen  d d a r 

D  dS   o 50  150 sen  sen r 2 sen d d (02)

Substituindo (02) em (01):

 2  2  
Q interna   5 o r .   sen  d d  3    sen 2  sen  d d
2

r 1 0 0 0 0 

– Página 4.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL


Q interna  50 o   cos 0  20  3   cos 20   sen 2  d
0


Q interna  50 o   cos   cos 0  2  3   cos 2  cos 0   sen 2  d
0


Q interna  100 o  1  1  3  0  0   sen 2  d
0

 Q interna  200 o C ou Q interna  5,56  C

4.3) Uma carga pontual de 16 C está localizada em Q (2, 3, 5) no espaço livre, e uma linha
de cargas uniforme de 5  C/m está localizada na interseção dos planos x = 2 e y = 4. Se o
potencial na origem é 100 V, encontrar V em P (4,1,3).

Resolução:

VP0  VP  V0  VP0  VP - 100  VP  VP0  100 (01)

O potencial elétrico do ponto P em relação ao ponto 0 ( VP0 ) é a soma do potencial gerado


pela carga em Q ( VP 0 ) com o potencial gerado pela distribuição linear L ( VP 0 ).
carga linha
Portanto, VP0  VP0  VP0 (02)
carga linha

 Cálculo de VP 0 :
carga

Q  1 1 
VP0  VPQ  V0Q    ,
carga 4 o  rPQ r0Q 
 
(03)
r é a distância do ponto P ao ponto Q.
onde rPQ é a distancia do ponto 0 ao ponto Q.
 0Q
 Cálculo de r PQ : r PQ  2 2  2 2  2 2  rPQ  12 (04)

– Página 4.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Cálculo de r 0Q : r 0Q  2 2  3 2  5 2  r0Q  38 (05)

Substituindo (04) e (05) em (03), temos:

Q  1 1 
VP0    
carga 4 o  12 38 
16 16
VP0    VP0  18,21 V  (06)
carga 13,85 o 24,65 o carga

 Cálculo de VP 0 :
linha

P  E é o campo elétrico gerado pela

VP0    E  dL, onde  distribuic ão linear de cargas  L .
linha
0 dL  d a  .

P P
 L    L
VP0   
 
a    d a  VP0   d
linha  2 o  
carga 2 o 
0 0


L d
VP0   , onde   0 é a distância da linha de cargas ao ponto 0. (07)
linha 2 o    é a distância da linha de cargas ao ponto P.

0

 Cálculo de  0 :  0  2 2  4 2  0 2   0  20 (08)

 Cálculo de  :   2 2  3 2  0 2    13 (09)

Substituindo (08) e (09) em (07), temos:

13
 d 
VP0  L   VP0   L  ln   13
linha 2 o  linha 2 o   20
  20

L  20  5  20 
VP0   ln   VP0   ln 
2 o  13  2  13 
linha
  linha o  
 20 
VP0  90 ln   VP0  19,39 V  (10)
 13 
linha
  linha

Substituindo ( 06 ) e ( 10 ) em ( 02 ), temos:
VP0  VP 0
carga
 VP0  VP0  18,21  19,39  VP0  37,60 V (11)
linha

Substituindo (11) em (01), temos:

VP  VP0  100  VP  37,60  100  VP  137,60 V

– Página 4.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.4) Dado o campo potencial expresso por V  100 e 50 x sen 50y [volts], no espaço livre.

a) Mostrar que   D  0 ;
b) Mostrar que y = 0 representa uma superfície equipotencial;
c) Mostrar que E é perpendicular à superfície y = 0;
d) Encontrar a carga total no plano y = 0, 0 < x < , 0 < z < 1. Assumir que y < 0 é o
interior do condutor;
e) Encontrar a energia armazenada no cubo 0 < x < 1, 0 < y < 1 e 0 < z < 1.
Resolução:

Dados: V  100 e 50x sen 50 y


 
D   o E (01)

a) Sabe-se que:  e
 
 E    V (02)

 Cálculo do V :
 V  V  V 
V  ax  ay  az
x y z

V 

x

100e  50x sen 50 y a  y 100e
x
 50 x 

sen 50 y a y 

z
 
100e  50x sen 50 y a z



V   5000e  50x sen 50 y a  5000e
x
 50 x 

cos 50 y a y (03)

Substituindo (03) em (02):



 
  
E    5000e 50 x sen 50 y a x  5000e 50x cos 50 y a y 

 
  
 E  5000e  50 x sen 50 y a x  5000e  50x cos 50 y a y  (04)

Substituindo (04) em (01):



 
  
D   o 5000 e  50x sen 50 y a x  5000 e  50x cos 50 y a y  
 
 Cálculo do   D :

   Dx  Dy  Dz
D   
x y z
 
D 

x

 o  5000e  50x sen 50 y 

y
 
 o  5000e  50x cos 50 y 
 
 
  D   o  5000sen 50 y   50e  50x   o  5000e  50x   50 sen 50 y 
 
  D  0

– Página 4.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

b) Seja ( x, 0, z ) a representação dos pontos da superfície y = 0. Para estes pontos, temos


V  100 e 50 x sen 50y .
Se V apresentar o mesmo valor para todos estes pontos, então V é uma superfície equipotencial.
Assim, substituindo ( x, 0, z ) em V  100 e 50 x sen 50y , conclui-se que V = 0 para todos os pontos
da superfície y = 0.

c) Da equação (04) do item (a), conclui-se que:



 
 

E  5000 e 50 x sen 50 y a x  5000 e 50 x cos 50 y a y 
 
 
Para os pontos ( x, 0, z ) da superfície y = 0, E   5000 e 50 x a y , o que prova que E é 
perpendicular à superfície y = 0.

d) Q    S dS, onde  S  DN   S   o  5000e 50x


S
 
1  e  50x 
 Q  5000 o  e
 50 x
dzdx  Q   5000 o    z 1z  0
x 0 z0   50  x  0

Q  100 o  0  1  1  Q  100 o C ou Q  -0,885 C

1 
  o E dv, onde E  E
2
e) W (01)
2
vol

 Cálculo de E:

E 5000e  50x 2  sen 2 50y  cos 2 50y


E  5000e  50 x  sen 2 50 y  cos 2 50 y  E  5000e  50 x (02)

Substituindo (02) em (01):

W
1
2

  o 5000e
 50 x
2 dv
vol
1 1 1
100x
W  12,5  10 6  o   e dxdydz
z0 y0 x 0

1
 e 100x 
W  12,5  10  o   6
  y1y  0  z1z  0
 100 
x 0

 
W  12,5  10 4  o   e 100  1  1  1  W  125000 o J

– Página 4.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.5) Uma carga pontual Q de 6 C está localizada na origem do sistema de coordenadas, no


espaço livre. Determinar o potencial VP sendo P (0,2;-0,4;0,4) e:
a) V = 0 no infinito
b) V = 0 no ponto A (1,0,0)
c) V = 20 volts no ponto B (0,5;1,0;-1,0)

Resolução:

Por Definição:

Q  1 1  r é a distancia da carga Q ao ponto X.


VXY  VX  VY  VXY     , onde  X
4 o  rX rY  rY é a distancia da carga Q ao ponto Y.

a) Dados: V = 0 no infinito.

Q
VP  VP  , onde rP é a distancia da carga Q ao ponto P (01)
4 o rP

 Cálculo de rP: r P  0,2 2  0,4 2  0,4 2  rP  0,6 (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

6
 VP  90 V
Q
VP   VP 
4 o 0,6 2,4 o

b) Dados: V = 0 em A (1,0,0).

VPA  VP  VA  VPA  VP , pois VA  0

Q  1 1  r é a distancia da carga Q ao ponto P.


 VP     , onde  P (01)
4 o  rP rA  rA é a distancia da carga Q ao ponto A.

 Cálculo de rP: r P  0,2 2  0,4 2  0,4 2  rP  0,6 (02)

– Página 4.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Cálculo de rA: r A  12  0 2  0 2  rA  1 (03)

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Q  1 1 6 6
VP      VP    VP  90  54  VP  36 V
4 o  0,6 1  2,4 o 4 o

c) Dados: V = 20 [V] em B (0,5;1,-1).

VPB  VP  VB  VPB  VP - 20  VP  VPB  20 (01)

 Cálculo de VPB:

Q  1 1  r é a distancia da carga Q ao ponto P.


VPB     , onde  P (02)
4 o  rP rB  rB é a distancia da carga Q ao ponto B.

 Cálculo de rP: r P  0,2 2  0,4 2  0,4 2  rP  0,6 (03)

 Cálculo de rB: r B  0,5 2  12  12  rB  1,5 (04)

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

Q  1 1  6 6
VPB      VP    VPB  90  36  VPB  54 V
4 o  0,6 1,5  2,4 o 6 o
(05)
Substituindo (05) em (01), temos:

VP  VPB  20  VP  54  20  VP  74 [V]

4.6) Calcular a energia acumulada em um sistema com três cargas pontuais iguais a Q, todas
sobre a mesma reta, separadas entre si por distâncias iguais a d.
Resolução:

1o modo:

Dados: Q1 = Q2 = Q3 = Q
Potencial de uma carga pontual:

Q
V (01)
4 o r

Energia acumulada por um sistema de cargas discretas:

1 3
WE   Q m Vm (02)
2 m 1

– Página 4.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

De (02), conclui-se que a energia acumulada pelo sistema de três cargas pontuais acima é
dado por:
WE  Q1V1  Q 2 V2  Q 3 V3 
1
(03)
2
 Cálculo do potencial da carga Q1:
Q2 Q3 3 Q
V1    V1   (04)
4 o d 4 o 2d 2 4 o d

 Cálculo do potencial da carga Q2:


Q1 Q2 2Q
V2    V2  (05)
4 o d 4 o d 4 o d

 Cálculo do potencial da carga Q3:


Q1 Q2 3 Q
V3    V3   (06)
4 o 2d 4 o d 2 4 o d

Substituindo (04), (05) e (06) em (03):

3 Q  5Q 2
WE 
Q
 
Q

2Q 3
    WE  J
2  2 4 o d 4 o d 2 4 o d  8 o d

2o modo:

 Cálculo do trabalho para mover Q1 do infinito para o ponto 1:


WE 1 = 0 (01)
 Cálculo do trabalho para mover Q2 do infinito para o ponto 2:
WE 2  Q 2 V2,1 , onde V2,1 é o potencial no ponto 2 devido à carga Q1 .

Q1 Q2
 WE 2  Q 2   WE 2  J  (02)
4 o d 4 o d

 Cálculo do trabalho para mover Q3 do infinito para o ponto 3:

V3,1 é o potencial no ponto 3 devido à carga Q1


WE 3  Q 3 V3,1  Q 3 V3,2 , onde  e
V3,2 é o potencial no ponto 3 devido à carga Q 2

Q1 Q2 Q2 Q2
 WE 3  Q 3   Q3   WE 3   J
4 o 2d 4 o d 8 o d 4 o d (03)

– Página 4.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Cálculo do trabalho total:


WE = WE 1 + WE 2 + WE 3 (04)
Substituindo (01), (02) e (03) em (04), temos:

Q2 Q2 Q2 Q2 5Q 2
  2    WE 
1
WE  0     WE  J
4 o d 8 o d 4 o d 4 o d  2 8 o d

4.7) Uma densidade de carga  L1  10 2 C m  estende-se ao longo do eixo z para z  1 m


z  
e uma densidade de carga  L 2   10 2 C m estende-se ao longo do eixo z para z <
z  
-1 m. Determine V em P ( , 0, 0 ), se V = 0 em  = .

Resolução:
 L dL
Para uma distribuição linear de cargas, V   4 o R . Logo, para o caso acima, teremos:
L
 10 C 
  L1  2  m;
dL  dz z
 1 ;
R1 é o vetor dirigido do elementodi  ferencial

de comprimento dL1

ao ponto P  ; 0; 0. Portanto, R1   a  - z az ;
 1

 L1dL1  L2dL2  R1  R1   2  z 2 ;
V    , onde : 
4 o R1 4 o R 2 10 C 
z 1 z     L2   ;
 z 2  m
dL  dz;
 2
R é o vetor dirigido do elementodiferencial de comprimento dL 2
 2   
ao
 ponto P   ; 0; 0 . Portanto, R 1   a   z a z;
 R  R   2  z2 ;
 2 2

 10
2 1  10 2
 
Portanto, V  z dz  z dz (01)
z 1 4 o   z z   4 o   z
2 2 2 2

– Página 4.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Solução da integral:
dz
 (02)
z 2
 z
2 2

z   tg
Substituição de variáveis na integral:  (03)
dz   sec 2  d

Substituindo ( 03) em ( 02 ), temos:

 sec 2  d  sec 2  d sec d


    2 tg 2   sec    2 tg 2
 2 tg 2  2   2 tg 2
1
cos  1 cos 
   sen 2  d (04)
 2  sen  cos  
2 2

u  sen 
Substituição de variáveis na integral: du  cos  d (05)

Substituindo (05) em (04), temos:

1 du 1  1 1  1 

 2 u2
   
2  u 2
 
 sen  
(06)

z
De (03), sen   (07)
 2  z2

Substituindo (07) em (06), temos:

  2  z 2   2  z2
1  1
    2  (08)
 2  z

 z

Substituindo (08) em (01), temos:


 1
  2  z 2    2  z 2 
10  1 10  1
V     
4 o   2 z  4 o   2 z 
  z 1   z  

  1 
2   2  z2 
10    2
 z  
V    
4 2  o  z   z 
  z 1   z   

V
10
1      1  V  0 V 
4 2  o

– Página 4.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.8) Duas esferas condutoras concêntricas de raios a = 6 cm e b = 16 cm possuem cargas


iguais e opostas, sendo 10-8 C na esfera interior e -10-8 C na exterior. Assumindo    o
na região entre as esferas, determinar:
a) o máximo valor da intensidade de campo elétrico entre as esferas;
b) a diferença de potencial (Vo) entre as esferas;
c) a energia total armazenada (WE) na região entre as esferas.

Resolução:
a) Seja a superfície gaussiana esférica de raio a < r < b :
 
Pela Lei de Gauss:  D  dS  Q interna ; onde dS  r 2 sen  d d a r
S
Q  Q 
D  4r 2  Q  D  D ar (01)
4r 2
4r 2

 D  Q 
Mas E  E ar (02)
o 4 o r 2

 Q
De (02), conclui-se que E  E  (03)
4 o r 2

De (03), conclui-se que E varia de acordo com 1 2 para a região entre as esferas. Logo, o
r
maior valor que E atinge nesta região ocorre para o menor valor de r.
Assim, para r = 6 cm, temos:

E max  E max 
10  8
 E max  25 KV  
4 o 0,06 2 m

 Q 
E  ar .
a
b) Vab  Vo    E  dL, onde  4 o r 2
 
dL  dr a r
b

a 
 Vo    
Q dr  V  Q  1  1 
  o
4 o  a b 
b  4 o r
2

10  8  1 1 
Vo      Vo  937,5 V
4 o  0,06 0,16 
– Página 4.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

D Q 
  a
2 r
 4  r
1   1 D2  Q
c) WE   D  E dv  WE   dv, onde  D  D 
2 2   4r 2
vol vol o
dv  r 2 sen  dr d d


2  b
1 Q2 Q2 sen
 WE   dv  WE     dr d d
vol 16 r  o 32  o   0   0 r  a r 2
2 2 4 2

b
Q2  1
WE     cos    0  2 0
32 2  o  rra

Q2  1 1 Q2  1 1
WE        cos   cos 0  2  W E   b  a 
32 2  o  b a  8 o  

10 16  1 1 
WE      WE  4,69  J 
8 o  0,06 0,16 

– Página 4.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

CAPÍTULO 05

CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.1) Um capacitor de placas paralelas está cheio de ar, possui placas de áreas 4 x 4 cm2,
separadas uma da outra por uma distância de 0,3 cm. Como devem ser usadas 2 cm3 de
parafina (  R  2,25 ) para obter máxima capacitância? Qual é o valor desta máxima
capacitância?

Resolução:

Volume entre as placas  4  4  0,3  4,8 [cm 3 ]


Dados: 
Volume de parafina  2 [cm ]
3

Para aumentar a capacitância, a melhor combinação consiste em colocar toda a parafina


entre as placas, de modo que sua capacitância fique em paralelo com a capacitância do
restante do meio entre as placas (ar).
Portanto, C max  C parafina  C ar (01)

 Cálculo de x:
Volume de parafina  2  4  0,3  x  x  1,667 [cm]

 Cálculo de C parafina :

   o  R
 S parafina 
C parafina  , onde S parafina  4  x  6,668 cm 2  6,668  10  4 [m 2 ]
d d  0,3 cm  0,3  10 - 2 [m]

 o  R  6,668  10  4 8,854  10 12  2,25  6,668  10  4


C parafina   C parafina 
0,3  10  2 0,3  10  2
 C parafina  4,428 [pF] (02)

 Cálculo de C ar :

   o
 S ar 
C ar  , onde Sar  4  x   4  10- 4 [m 2 ]
d 
d  0,3 cm  0,3  10 [m]
-2

– Página 5.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

 o  4 - x   4  10  4 8,854  10 12  4 - 1,667  4  10  4


C ar  
0,3  10  2 0,3  10  2
(03)
 C ar  2,754 [pF]

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

C max  4,428  2,754  C max  7,182 [pF]

5.2) As superfícies esféricas, r = 2 cm e r = 10 cm, são condutoras perfeitas. A corrente total


passando radialmente para fora através do meio entre as esferas é de 2,5 A. Determinar:
a) a diferença de potencial entre as esferas;
b) a resistência entre as esferas;

c) o campo elétrico E na região entre as esferas.
Assumir que a região está preenchida com um material dielétrico cuja condutividade é
 = 0,02 mho/m (ou  = 0,02 S/m).

Resolução:

 I  I 
a) J  ar  J  ar (01)
S 4 r 2

   J  I 
J  EE E ar (02)
 4 r 2

 Cálculo de Vab :

a
Vab    E  dL (03)
b

Substituindo (02) em (03), temos:

a
 I   
Vab     a r   dr a r
b  4 r
2

– Página 5.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

a r  2cm
I dr 2,5   1
Vab  
4  r2
 Vab  
4  0,02  r  r 10cm
r b

 1 1 
Vab  9,95      Vab  9,95  50  10  Vab  398 [V]
 0,02 0,10 

Vab 398
b) R  R   R  159,2 []
I 2,5

c) Da Equação (02) do ítem a, temos:


E
I  
ar  E 
2,5   9,94 
ar  E  ar V m
4 r 2
4 0,02 r 2 r2

5.3) Uma pequena esfera metálica de raio a, no vácuo, dista d (d >> a) de um plano condutor.
Calcular o campo elétrico a meia distância entre a esfera e o plano condutor.

Resolução:

 Método das Imagens:

O Campo Elétrico resultante no ponto P será:



   E é o campo elétrico gerado no ponto P pela carga 1;
E  E1  E 2 , onde   1
E 2 é o campo elétrico gerado no ponto P pela carga 2.

 Cálculo de E :

  Q 
E
Q
ax   a x   E  4Q 
ax 
4Q 
ax
4 o d  2 2
 2
4 o 3d
2
4 o d 2
4 o 9d 2

 Q  1   10Q 
E 1  a x  E  ax
 o d 2  9 9 o d 2

– Página 5.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.4) As superfícies esféricas, r = 2 cm e r = 6 cm, são condutoras perfeitas e a região entre


elas é preenchida com um material de condutividade  = 80 mho/m. Se a densidade de
  10  
corrente é J   a [A/m2] para 2 < r < 6 cm, determinar:
2 r
 r 
a) A corrente I fluindo de uma superfície condutora perfeita para a outra;

b) O campo elétrico E na região entre as esferas;
c) A diferença de potencial entre as duas superfícies condutoras;
d) A potência total dissipada no material condutor.

Resolução:
   10  
 J   2  a r
a) I   J  dS , onde   r 
dS  r 2 sen  d d a
S
 r

 2
I  
10
 r sen  d 
2
 d I
10
 cos  0   02
r 2 
 0  0

10
I  2  2  I  40 [A]


b)
  
J EE
J


E
10

1  
ar  E 
1 
ar V m
 r 2 80 8 r 2
a
c) Vab    E  dL
b

a
 1   
Vab     a   dr a r
2 r
b  8r 
0,02 0,02
1  dr  1  1
Vab  
8   r 2   Vab   8   r 
r  0,06 r  0,06

1  1 1 
 50  16,67  Vab  1,326 [V]
1
Vab      Vab 
8  0,02 0,06  8

d) P  VI  P  1,326  40  P  53,05 [W]

– Página 5.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5..5) A fronteira entre dois dielétricos de permissividade relativas R1 = 5 e R2 = 2 é definida
pela equação do plano 2x  y  2 . Se, na região do dielétrico 1, a densidade de fluxo
   
elétrico for dada por D1  2a x  5a y  3a z , determinar:

a) D n 2 ;

b) D t 2 ;

c) D 2 ;

d) P2 ;
e) A densidade de energia na região do dielétrico 2.

Resolução:

 Cálculo de a n :

Seja f  2x  y  2 a fronteira entre os dois meios (plano de separação).



 
    f  1  
f  2a x  a y . Logo, a n    a n   2a x  a y
f 5

 Cálculo dos componentes de D 1 :
  
D1  D n1  D t1

 Cálculo de D n1 :

 
   
D n1  D1  a n a n
   
   2a x  a y   2a x  a y 
 
  
D n1   2a x  5a y  3a z      
    
 5   5 
 
  18a x  9a y  C 
D n1   
 
  2
 5   m 

– Página 5.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

 Cálculo de D t1 :
  
D t1  D1  D n1
 
 18a x  9a y 
 
   
D t1  2a x  5a y  3a z   
 
 5 
   
D t1  1,6a x  3,2a y  3a z C 2 
 
 m 
 
    18a x  9a y  C 
a) D n2  D n1  D n2   
 
  2
 5   m 

   D t1   
b) E t2  E t1  D t2   o  R2   D t2  R2 D t1
 o  R1  R1

 
 
D t2    1,6a x  3,2a y  3a z  D t2  0,64a x  1,28a y  1,2a z C 2 
2        
5  m 
  
c) D 2  D n2  D t2
 
 18a x  9a y 
 
   
D 2    + - 0,64a x  1,28a y  1,2a z

 5 

D 2  2,96a x  3,08a y  1,2a z C 2 
  
 m 

     D2    1 
d) P2  D 2   o E2  P2  D 2   o  P2  D 2  1  
 o  R2   R2 

 
     1
P2  2,96a x  3,08a y  1,2a z  1  
 2

 
   C  
 P2  1,48a x  1,54a y  0,6a z
 m 2 

dWE 1   dWE 1  D2 dWE 1 D 22
e)  D2  E2   D2    
d vol 2 d vol 2  o  R2 d vol 2  o  R2

1 (2,96 2  3,08 2  1,2 2 )  10  8


 0,556  J 3 
dWE dWE  
  
d vol 2 2  8,854  10 12 d vol  m 

Nota:
 Cálculo de  1 e  2 :

 D t1   1,6 2  3,2 2  32 
 1  arctg     1  arctg     49,3
D    1
 n1   2
3,6  1,8 2

– Página 5.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

 D t2   0,64 2  1,28 2  1,2 2 

 2  arctg     2  arctg     24,9
D   2 2  2
 n2   3,6  1,8 

5.6) Duas pequenas esferas metálicas iguais de raio a estão bastante afastadas de uma
distância d e imersas num meio de condutividade . Aplica-se a elas uma tensão V.
Calcule a resistência oferecida pelo material entre as duas esferas.

Resolução:
Como d >> a, pode-se considerar as duas esferas como duas cargas pontuais. Isto é, a corrente flui
radialmente de uma esfera a outra sendo a resistência entre elas igual a soma das resistências de
aterramento de cada uma, isto é, duas resistências iguais em série.

1o modo:
 Cálculo da resistência de aterramento de uma única esfera:
 
V   E  dL
R R   (01)
I  J  dS
S
 Q 
 Cálculo de V para uma esfera com o campo elétrico sendo E  ar :
4 o r 2
 Q Q  dr
V  dr  V   
r  a 4o r
2 4o r  a r 2
(02)

Q  1 1 Q
V      V 
4o   a 4o a

 Cálculo de I:

  Q
I   J  dS  I    E  dS  I   4 2
S S S or

2 
Q 1 Q Q
I
4 o   2
 r 2 sen  d d  I 
4 o
 2  2  I 
o
(03)
 0  0 r

– Página 5.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:


Q  1 1
R  o  R  R 2esferas  2R 
4o a  Q 4 a 2 a

2o modo:
E  dL
R 
V
R (01)
I I

 Cálculo de E :
I
J  E
Area
I I  I 
 E E  E ar (02)
4 r 2 4  r 2 4  r 2
 Cálculo de V:
 I I  dr
V  dr  V   
r  a 4 r
2 4 r  a r 2

I  1 1 I (03)
V      V 
4   a  4 a

Substituindo (03) em (01), temos:


I 1 1 1
R   R  R 2esferas  2R 
4 a I 4 a 2 a
  
 
5.7) O vetor unitário a N12  2a x  3a y  6a z  7 , é dirigido da região 1 para a região 2,
sendo normal a fronteira plana entre os dois dielétricos perfeitos com R1 = 3 e R2 = 2.

 
    
Sendo E1  100a x  80a y  60a z V m , determine E 2 .

Resolução:

 Cálculo dos componentes de E1 :
  
E1  E n1  E t1

 Cálculo de E n1 :
 
  
E n1  E1  a N12 a N12 
     
   2a x  3a y  6a z    2a x  3a y  6a z 
 
   
E n1   100a x  80a y  60a z      
  7   7 
   
   
E n1  16,327a x  24,49a y  48,98a z V
m
 
– Página 5.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

 Cálculo de E t1 :
  
E t1  E1  E n1

   
      
E t1  100a x  80a y  60a z   16,327a x  24,49a y  48,93a z
   
 E t1  116,327a x  55,51a y  11,02a z V m

 Cálculo dos componentes de E 2 :
  
E 2  E n2  E t2 (01)

 Cálculo de E n2 :
 
 D n2 D n1   
E n2    E n2  R1 E n1
 o  R2  o  R2  R2

 
 3   
E n2    16,327a x  24,49a y  48,98a z
2
   
 E n2  24,491a x  36,735a y  73,47a z V  m (02)


 Cálculo de E t2 :
    
E t 2  E t1  116,327a x  55,51a y  11,02a z V m (03)

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

   
      
E 2  116,327a x  55,51a y  11,02a z +  24,491a x  36,735a y  73,47a z
   
 E 2  91,836a x  92,245a y  84,449a z V m
5.8) Dado o campo potencial V  ( 200 sen  cos  ) / r 2 [V], determinar:

a) A equação da superfície condutora na qual V = 100 V;



b) O campo elétrico E no ponto P (r, 30o, 30o) sobre a superfície condutora;
c) A densidade superficial S no ponto P.
ASSUMIR:  = o na superfície adjacente
Resolução:
a) Para determinar a equação da superfície condutora na qual V = 100 V, basta substituir este
valor na equação de campo dada.
(200sen  cos  )
Portanto: V   100  r 2  2 sen  cos 
2
r

– Página 5.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

b) Dados: P (r, = 30o,  = 30o )

  V  1 V  1 V 
E  V   ar  a  a
r r  r sen  

  400 sen cos    1  200 cos    200 sen 


  sen  a
1
E     a r    cos  a  
 r3  r r2  r sen  r2 
  400 sen cos     200 cos cos     200 sen  
E    a r    a    a
3 2
 r   r   r3 
 200
E
3

2 sen cos  a r  cos cos  a  sen a  (01)
r

Substituindo as coordenadas de P em (01), temos:

 200
E     
2 sen 30 cos 30a r  cos 30 cos 30a  sen 30 a  
r3

 
 200   
E 0,866 a r  0,75 a  0,5 a  (02)
r3

Mas r 2  2 sen  cos  (item a).Portanto r 2  2 sen 30 cos 30   r  0,9306 (03)

Substituindo (03) em (02), temos:

 
 200   
E 0,866 a r  0,75 a  0,5 a 
3
0,9306
   
E  215 a r  186,1 a  124,1 a  V m
c) S  D N

 Cálculo de D N :

  
D   o E  D N   o E N  D N   o E  D N   o 215 2  186,12  124,12

D N   o  310,256  D N   S  2,75 C 2 


 
 m 

– Página 5.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.9) Duas cargas pontuais e simétricas de 100 C estão localizadas acima de um plano
condutor situado em z = 0, sendo a carga positiva em ( = 1 m,  = /2, z = 1 m) e a carga
negativa em ( = 1 m,  = 3/2, z = 1 m). Determinar:
a) A densidade superficial de carga na origem;
b) A densidade superficial de carga no ponto A( = 1 m,  = /2, z = 0);

c) A densidade de fluxo elétrico D no ponto B( = 0,  = 0, z = 1 m).

Resolução:
Q1  Q 4  Q  100C ; Q 2  Q 3  Q  100C


 
Dados: A    1,    2 , z  0  A  0,1,0 

B     0,   0, z  1  B  0,0,1

a) Na origem, o vetor densidade de fluxo elétrico ( D 0 ) é nulo, pois os campos criados pelas
   
cargas objeto ( D10 e D 20 ) são anulados pelos campos criados pelas cargas imagem ( D 30 e D 40 ).

Logo,  S  D 0  0

 
b)  S A  D A , onde D A é o vetor densidade de fluxo elétrico resultante no ponto (01)

 Cálculo de D A :
    
D A  D1A  D 2A  D 3A  D 4A (02)

R  
  2a y  a z ; R 1A  5
Q1   1A
D1A  a R , onde    (03)
4R 12A 1A  2a y  a z
a R 
 1A 5

– Página 5.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

R 
 Q2   2A  a z ; R 2A  1
D 2A  a R , onde   (04)
4R 22A 2A a R  a z
 2A


R  
  2a  a z ; R 3A  5
Q3   3A y
D 3A  a R , onde    (05)
4R 32A 3A  2a y  a z
a R 
 3A 5

R 
 Q4   4A  a z ; R 4A  1
D 4A  a R , onde   (06)
4R 24A 4A a R  az
 4A

Substituindo (03), (04), (05) e (06) em (02), temos:


   
 Q 2a y  az Q   Q 2a y  a z Q 
DA      a z      az
20 5 4 4 5 5 4
   
 Q  2a y  az  2a y  a z    Q  2 
DA    az   a z   D A    2 a z
4  5 5 5 5  4  5 5 
 Q  1   Q  5 5  1   100  25  5  
DA    1a z  D A    a z  D A    a z
2  5 5  2  5 5  2  25 

 
 
 D A   25  5 a z C 2  ou D A  14,49 a z C 2 
2  
 
 m    m  (07)

Substituindo (07) em (01), temos:

SA 

2
  

 25  5 a z C 2  ou
 m 

 S  14,49 a z C



2
m 

c) Cálculo de D B :
    
D B  D1B  D 2B  D 3B  D 4B (01)


R  a ; R  1
 Q1   1B y 1B
D1B  a R , onde   (02)
4R 12B 1B a R  ay
 1A
 
R  
 Q2   2 B a y ; R 2B  1
D 2B  a R , onde   (03)
4R 22B 2B a R  a y
 2B

– Página 5.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA


R  
  a  2a z ; R 3B  5
Q3   3B y
D 3B  a R , onde    (04)
4R 32B 3B  a y  2a z
a R 
 3B 5


R  
  a y  2a z ; R 4B  5
Q4   4 B
D 4B  a R , onde    (05)
4R 4B
2 4 B   a y  2a z
a R 
 4B 5

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01), temos:


   
 Q a y  2a z   a y  2a z
 
 Q  Q  Q
DB   ay    ay     az
4 4 4 5 5 4 5 5
    
 Q   a y  2a z  a y  2a z   Q   2a y 
DB   a y  a y     DB    2a y  
4  5 5 5 5 
 4  5 5 


 Q   2a y   Q  1   Q  5 5  1 
DB    2a y    DB    1  a  D   a y
5 5  2  5 5 
y B
4  2  5 5

 Q  25  5    100  25  5  
DB    a y  D B    a y
2  25  2  25 

 
 
D B   25  5 a y C 2  ou D B  14,49 a y C 2 
2  
  m   m 

5.10) A região entre as placas de metal de um capacitor é preenchida por 4 (quatro) camadas
de dielétricos diferentes, com permissividades 2o, 3o, 4o e 5o, onde o é a
permissividade elétrica do vácuo. Cada camada tem espessura a e área S. Determinar,
para os arranjos de dielétricos em série e em paralelo:
a) As magnitudes do campo elétrico (E) e da densidade de fluxo (D) em cada camada;
b) A diferença de potencial (Vo) entre as placas;
c) A capacitância total (C) resultante;
Nota: Usar apenas os parâmetros dados, adotando as cargas das placas iguais Q.

Obs: Para um arranjo série de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam o
capacitor é igual a área de cada camada de dielétrico , ou seja, Splaca = Scamada = S; (Arranjo Série)
Para um arranjo paralelo de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam
o capacitor foi dividida em quatro, de modo que Splaca = 4Scamada = 4S; (Arranjo Paralelo)

– Página 5.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Resolução:

 Arranjo Série:

a) Pelas condições de contorno, D n1  D n 2  D .


 Q
Sabe-se que D  e que   Q . Portanto, D  D1  D 2  D 3  D 4  (01)
S S
Mas D   E (02)
Substituindo (01) em (02), temos:

Q
D1 S  E  Q
E1   E1  1
1 2 o 2S o

Q
D2 S  E  Q
E2   E2  2
2 3 o 3S o

Q
D3 S  E  Q
E3   E3  3
3 4 o 4S o

Q
D4 S  E  Q
E4   E4  4
4 5 o 5S o

b) Vo  V1  V2  V3  V4
d1  d 2  d 3  d 4  a
Vo  E1d1  E 2 d 2  E 3d 3  E 4 d 4 , onde  (01)
E1, E 2 , E 3 , E 4 foram calculados no item (a)

Substituindo os valores de E1, E 2 , E 3 e E 4 em (01), temos:

Q  a 1 1 1 1
Vo      
S  o  2 3 4 5

Q  a  30  20  15  12  77 Q  a
Vo     Vo  
S  o  60  60 S   o

– Página 5.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

c) O cálculo da capacitância pode ser feito de duas maneiras. A primeira considera a definição
de capacitância para um capacitor de placas paralelas ( C  Q V ). A segunda considera que a
o
capacitância total (C)do arranjo acima é equivalente à capacitância resultante quando admitimos
que os quatro capacitores formados pelas camadas de dielétricos acima estão colocados em série.
1o modo:
Q Q 60 S   o
C C  C 
Vo 77 Q  a 77 a

60 S   o

2o modo:
1 1
C C
1 1 1 1 a a a a
     
C1 C 2 C 3 C 4 2 o S 3 o S 4 o S 5 o S

1 1 60  o Sa
C C  C 
a 1 1 1 1 a 77 77 a
     
oS  2 3 4 5  o S 60

 Arranjo Paralelo:

Para esta configuração, a solução torna-se mais simples quando iniciada em ordem inversa.
c) C  C1  C 2  C3  C 4 (01)

 1  S1 2  S
C1  d  C1  o
a
 1
 2  S2 3 o  S
C 2   C2 
 d2 a
onde   3  S3 4 o  S v (02)
C 3   C3 
 d3 a
  4  S4 5 o  S
C 4  d  C4 
 4 a

Substituindo (02) em (01), temos:


2 o  S 3 o  S 4 o  S 5 o  S  S  S
C     C  o  2  3  4  5  C  14  o
a a a a a a

Q Q Q 1 Qa
b) C  Vo   Vo   Vo   (03)
Vo C oS 14  o S
14 
a

– Página 5.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

V
a) Sabe-se que : V  Ed  E  (04)
d

Vo  V1  V2  V3  V4
Mas  (05)
a  d1  d 2  d 3  d 4

Vo 1 Q
Substituindo (05) em (04), tem-se: E  E1  E 2  E 3  E 4   E  (06)
a 14  o S

Sabe-se que : D    E (07)

Substituindo (07) em (06) para cada região, tem-se:

Q 2 Q
D1   1  E  D1  2 o   D1  
14 o S 14 S

Q 3 Q
D 2   2  E  D 2  3 o   D2  
14 o S 14 S

Q 4 Q
D 3   3  E  D 3  4 o   D3  
14 o S 14 S

Q 5 Q
D 4   4  E  D 4  5 o   D4  
14 o S 14 S

Nota: Das equações (02) e (03) , pode-se calcular a forma com que a carga total Q foi distribuída
entre as camadas de dielétricos.
2 o  S 1 Q  a 2
Q1  C1Vo  Q1     Q1  Q
a 14  o S 14

3 o  S 1 Q  a 3
Q 2  C 2 Vo  Q 2     Q2  Q
a 14  o S 14

4 o  S 1 Q  a 4
Q 3  C 3 Vo  Q 3     Q3  Q
a 14  o S 14

5 o  S 1 Q  a 5
Q 4  C 4 Vo  Q 4     Q4  Q
a 14  o S 14

Logo, devido às diferentes permissividades, a carga Q não foi igualmente distribuída entre as
camadas. Deve-se ressaltar que a relação Q  Q1  Q 2  Q 3  Q 4 continua verdadeira.

– Página 5.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.11) Duas esferas condutoras concêntricas de raios r = 3 mm e r = 7 mm são separadas por


dois dielétricos diferentes, sendo a fronteira entre os dois dielétricos localizada em r = 5
mm. Se as permissividades relativas são R1 = 4, para o dielétrico mais interno, e R2 = 6,
para o outro dielétrico, e S = 10 C/m2 na esfera interna, determinar:
a) A expressão que fornece o campo elétrico entre as duas esferas, utilizando a Lei de
Gauss;
b) A diferença de potencial entre as duas esferas;
c) A capacitância (*) do capacitor esférico formado.
(*) A fórmula da capacitância do capacitor esférico não poderá ser usada diretamente.

Resolução:


a  3mm ; b  7mm
Dados: 
 C
 R1 4 ;  R 2  6 ;  S  10 m 2


a) Pela Lei de Gauss:  D  dS  Q interna    v dv
S vol

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r < a:


 
D1  0, pois Q interna  0  E1  0

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio a < r < b:


 
D  Dr a r ;

   
 D  dS  Q interna , onde: dS  dSr a r  r sen  d d a r ;
2

S 
Q interna   S dS
 
 S

– Página 5.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

 2  2 

   D r r sen d d a r    S a sen  d d
2 2
D  dS  Q interna 
S  0  0  0  0

S  a 2 10  10  9  (3  10  3 ) 2  90  10 15 
Dr   Dr  D ar
r2 r2 r2
 
Mas D   E e portanto, teremos duas expressões para o campo elétrico entre as duas esferas.
 Campo elétrico para 3mm < r < 5mm:
90  10 15
 

E1 
D
1

 E1 
D
 o  R1

 E1  r2
 12
 
a r  E1 
2,541
2

 10  3 a r V
m
 
4  8,854  10 r
 Campo elétrico para 5mm < r < 7mm:

90  10 15
 

E2 
D
2

 E2 
D
 o R 2

 E2  r2  
ar  E2 
1,694 
 10  3 a r V  
6  8,854  10 12 r2 m

a  5mm a 
b) Vab    E  dL  Vab    E 2  dr   E1  dr 
 
b  b 5mm 
 5 mm
1,694
3mm
2,541 
Vab     10  3 dr    10  3 dr 
 2 2 
 7 mm r 5mm r 

5 10 3 310 3
1,694   2,541 
Vab    10  3    10  3 
 r  7 10 3  r  5 10 3

Vab  96,8085  10  3  338,8  10  3  Vab  0,4356 V 

Q
  S dS 4a 2  S
Q
c) C  C  interna  C  S C
Vo Vab Vab Vab

4  (3  10  3 ) 2  10  10  9
C  C  2,596 F
0,4356

– Página 5.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

CAPÍTULO 06

EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

6.1) Seja o potencial no espaço livre (vácuo) expresso por V  8x 2 yz volts.



a) Determinar o campo elétrico ( E P ) em P (2, -1, 3);
b) Determinar a densidade volumétrica de carga (v) em P;
c) Determinar a equação da superfície equipotencial que passa por P;
d) Verificar se a função V acima satisfaz a Equação de Laplace.

Resolução:

a) Sabe -se que E  V (01)

 Cálculo do Gradiente (coordenadas cartesianas):

V  V  V    
V  ax  ay  a z  V  16xyz a x  8x 2 z a y  8x 2 y a z (02)
x y z

Substituindo (02) em (01), temos:


   
E   16 xyz a x  8x 2 z a y  8x 2 y a z (03)

Substituindo as coordenadas de P em (03), temos o campo elétrico E P :


E P   16  2  (1)  3 a x  [8  2 2  3] a y  [8  2 2  (1)] a z
  

   
E P  96 a x  96 a y  32 a z V m

b)    
 v    D     o E   o   E   o    V   v   o  2 V (01)

 Cálculo do Laplaciano (coordenadas cartesianas):

2 2 V 2 V 2 V 2  V  V  V


 V    V      
x 2 y 2 z 2 x  x  y  y  z  z 

2    2
 V 16xyz  16xz   16xy   V  16yz  0  0 (02)
x y z

Substituindo as coordenadas de P em (02), temos:

2
 V  16  ( 1)  3   2 V  48 (03)

– Página 6.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (03) em (01), temos:

 v  8,854  10 12  (48)   v  425 pC 3 


 m 

c) O potencial em P(2;-1;3),é dado por: VP  8  2 2  ( 1)  3  VP  96 V 

Logo, a equação da superfície equipotencial que passa por P é:

VP  V  96  8x 2 yz  x 2 yz  12  0

d) A equação não satisfaz a Equação de Laplace, pois  v  0 (item b), indicando que a região
2
contém cargas livres. Portanto,  V  0 .

6.2) Planos condutores em  = 10o e  = 0o, em coordenadas cilíndricas, possuem tensões de


75 volts e zero, respectivamente. Obtenha D na região entre os planos que contém um
material para o qual R = 1,65.

Resolução:

As superfícies equipotenciais para  constante são planos radiais conforme mostrado na figura
anterior.
2  1  2V
Equação de Laplace:  V  0   2 V   0 ;   0 , pois V  f ( ) .
 2  2

 1  2V  2V
2V  0 0
 2  2  2

Integrando pela 1a vez:

V
A


– Página 6.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Integrando pela 2a vez:


V  A  B (01)

Em   0  V  0  B  0 (02)

Condições de Contorno: 
  1350
 Em   10  V  75  A   A  (03)
18 
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
1350
V  V (04)

 Cálculo de E :
1 V 1   1350 
E  V  E   a  E     a 
      

E
 1350

a V m
 Cálculo de D :
      1350  
D   E  D   o  R E  D  8,854  10 12  1,65     a 
  
 6,28  C 
D a
  m 2 

6.3) Sendo o potencial V função somente da coordenada cilíndrica  (como num cabo
coaxial), determinar:
a) a expressão matemática de, sendo V =V0 em  = a e V = 0 em  = b (b  a);
b) a expressão da capacitância C, com as mesmas condições do item (a);
c) o valor de VP em P(2,1,3) se V = 50 V em a = 2 m e V = 20 V em b = 3 m.
Resolução:
2  1   V 
a) Segundo a Equação de Laplace:  V  0   2 V     0 , pois V  f (  ) .
    
  V  V
   0   A  V  A ln   B (01)
    
 Vo
A 
 a
ln 
Vo  A ln a  B  b
Condições de Contorno:    (02)
0  A ln b  B   Vo  ln b
B  a
 ln 
 b

– Página 6.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (02) em (01), temos:

b
ln 

V  Vo 
b
ln 
a
Q
b) Sabe-se que C  (01)
Vo
Porém, Q  S   S , onde  S  DN (   a) (02)

 Cálculo de E :
b

V  Vo 2 Vo 1
E  V  E   a  E   a  E   a
 b b  b
ln  ln 
a  a
 Cálculo de DN (   a) :

D N (   a)   E (   a) , onde E (   a) é o módulo de E para   a

 Vo
  S  D N (   a)  (03)
b
a ln 
a
Substituindo (03) em (02), temos:
 Vo 2  LVo
Q  2 aL  Q  (04)
b b
a ln  ln 
a a
Substituindo (04) em (01), temos:

2  L
C
b
ln 
a

b
ln 

c) V  Vo  , onde a = 2 m e b = 3 m. (01)
b
ln 
a
 Cálculo de VO:
Vo  50  20  Vo  30 V (02)

 Cálculo de :

  x 2  y 2    2 2  12    5 (03)

– Página 6.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

 3 
ln 
 5
V  30   V  21,74 V  (Para V = 0 em  = a)
3
ln 
2

VP = 20 + 21,74  VP = 41,74 [V] (Para V = 20 V em  = a)

50 sen 
6.4) Dado o potencial V  , r0 [V], no espaço livre.
r2
a) Verifique se V satisfaz a equação de Laplace;
b) Encontrar a carga total armazenada dentro da casca esférica (1  r  2).
Resolução:
a) Cálculo do Laplaciano (coordenadas esféricas):

2 1   2 V  1   V  1  2V
 V r   sen  
r 2 r  r  r 2 sen      r 2 sen 2   2

2 1   2 50 sen   1   50  1
 V  r  ( 2)    sen  cos    0
r 2 r  r3  r 2 sen    r2  r 2 sen 2 
2 1   1 1 50
 V  100 sen       cos 2
r 2
 r  r sen  r 2
2 2

2 100 50 cos 2 2 50  cos 2 


 V  sen     V   2 sen   
r4 r 4 sen  r4  sen  

2 50  cos 2  sen 2   
   V  50   sen   cos 
2 2 

 V  2 sen   
r 4  sen  sen  
 r 4  sen  

2 50
 V 0  V não satisfaz a Equação de Laplace
r 4 sen 
b) 1o modo:
2 
Equação de Poisson:  V   v
o
  50 o  C 
 v  4  3  (Segundo a Equacão de Poisson)
 r sen   m 
Q    v dv , onde: 
vol dv  r 2 sen  drd d


2  2
 50 o dr
  r sen  drd d  Q  50 o     d   d
2
Q
vol r sen 
4 2
r 1 r  0  0

– Página 6.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

2
  1 1 
Q  50 o       2  Q  100 2  o    1  Q  50 2  o C
  r 1
r 2 

50 sen 
2o modo: V  V
r2
 Cálculo de E :
V 1 V 1 V
E  V   ar  a  a
r r  r sen  

E
100 sen 
3
ar 
50 cos 
3
a V m
r r

 Cálculo de D :
100 o sen  50 o cos  C 
D  o E  ar  a (02)
r 3
r 3  m 2 

 Cálculo de  v :

v    D 
1  2
r Dr   1 
r sen  

D sen   
1 
r sen  
D  
r 2 r
  2 1    50 o  
 100 o sen  
1 1
v   r       cos  sen    0
r 2 r  r  r sen 
3
 r3  

v 
100 o sen    1   50 o
   
2 
 cos 2   sen 2   
r 2
 r  r sen 
4

 100 o sen  50 o


v    cos 2 
r4 r 4 sen 
 50 o  cos 2      50 o C 
v    2 sen    (03)
r4  sen  
v
r 4 sen   m 3 

 Cálculo de Q:
  50 o
  v 
 r 4 sen 
Q    v dv , onde: 
vol dv  r 2 sen  drd d

2  2
 50 o dr
  r sen  drd d  Q  50 o     d   d
2
Q
vol r sen 
4 2
r 1 r  0  0

2
1
Q  50 o       1
1
   2  Q  100 2  o
 r  r 1 2 

 Q  50 2  o C ou Q  4,37 C

– Página 6.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

3o modo:


dS  r 2 sen  d d a r

Q   D  dS , onde: 
 100 o sen  50 o cos 
D  ar 
S a
3
 r r3
2  
100 o sen  100 o
   r sen  d d  Q   2   sen  d
2 2
Q
3 r
 0 0 r  0

 
100 o 1 1  200 o  1
Q  2    2  2 cos 2  d  Q  r    sen 2 
r
 0
2 4   0

200 o  1 100 2  o
Q    sen 2  0  0  Q 
r 2 4  r

Em r  1  Q  100 2  o C
Em r  2  Q  50 2  o C
Para 1  r  2  Q  50 2  o  100 2  o  Q  50 2  o C ou Q  -4,37 C

6.5) Dois cilindros condutores coaxiais de raios a = 2 cm e b = 6 cm apresentam potenciais de


100 V e de 0 V, respectivamente. A região entre os cilindros é preenchida com um
dielétrico perfeito, porém, não homogêneo, no qual  R  0,3 /(   0,04) . Determinar
para esta região:
a) o potencial elétrico V() ;

b) o campo elétrico E(  ) ;

c) a densidade de fluxo elétrico D(  ) ;
d) a capacitância C por metro de comprimento.

Resolução:

a)  R  f (  )  As Equações de Laplace e de Poisson não podem ser usadas diretamente;

 Deve-se calcular uma relação a partir da forma puntual de Lei de Gauss, da definição de D e
da relação do Gradiente. Portanto:

– Página 6.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

  D   v (Forma Puntual da Lei de Gauss);




D   E (Definicão de D);      V    v   (01)

E  V (Relacão do Gradiente).

No dielétrico perfeito, v = 0 e  = oR (02)


Substituindo (02) em (01), temos:


   R  V  0  (03)

Desenvolvendo (03), temos:

   dV       0,3   dV   
    R   a    0         a    0
  d     0, 04   d 

1   0,3 V    0,3 V 
      0    0
     0,04       0,04  

Integrando pela 1a vez:


0,3 V V A   0,04 A   0,04
 A   V  
  0,04   0,3 0,3

Integrando pela 2a vez:


A   0,04
V  d  V 
A
  0,04 ln    B (04)
0,3 0,3


Em   2 cm  V  100  0,3 0,02  0,04 ln 0,02  B
A (05)

Condições de Contorno: 
 A
0,06  0,04 ln 0,06  B (06)
 Em   6 cm  V  0 
 0,3

Fazendo (05) – (06), temos:

A  0,02 
100    0,04  0,04 ln  A  357,4 (07)
0,3  0,06 

Substituindo (07) em (06), temos:


 357,4
B 0,06  0,04 ln 0,06  B  62,6 (08)
0,3

Substituindo (07) e (08) em (04), temos:

 357,4
V   0,04 ln    62,6  V  1191,34   47,65ln   62,6 V
0,3

– Página 6.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

b) Cálculo do Campo Elétrico E(  ) :
V  47,6 
E  V  E   a   E  1191,34  a 
   

  0,04 
E  1191,341  

 a  V m
  

c) Cálculo da Densidade de Fluxo Elétrico D(  ) :

(Lei de Gauss para uma Superfície Gaussiana Cilíndrica


 D  dS  Q int    S dS de raio 2<<6 cm)
S S
S  a
D 2   L   S  2 a  L  D  a (01)

Mas  S  DN (   0,02 )   E (   0,02 ) , onde E (   0,02 ) é o módulo de E para   0,02m

 0,3    0,04  
S   o R E (   0,02 )   S   o     1191,341   
(  0,02)  0,02  0,04    0,02  

  S  158,22 C 2 
 m  (02)

Substituindo (02) em (01), temos:


158,22  0,02 3,16
D a  D a  C 2 
   m 

d) Cálculo da capacitância C por metro de comprimento:


Q S  S 158,22  2  0,02  L C pF 
C  C  C   198,8
V0 V0 100 L  m

6.6) Uma região entre dois cilindros condutores concêntricos com raios a = 2 cm e b = 5 cm
contém uma densidade volumétrica de carga uniforme  V  10 8 C/m3. Se o campo
elétrico E e o potencial V são ambos nulos no cilindro interno, determinar:
a) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Equação de Poisson;
b) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Lei de Gauss;
c) O valor do potencial V no cilindro externo.
Assumir a permissividade do meio como sendo a do vácuo.
Resolução:

2 1   V  
a) Equação de Poisson:  V       v
     o
Integrando pela 1a vez:

V  2 V  A
  v  A  v   (01)
 o 2  2 o 
– Página 6.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

V V V
 Porém, sabe-se que: E  V  E   a  E  E     E (02)
  

Substituindo (02) em (01), temos:

V  A
 E   v    (03)
 2 o 

1a Condição de Contorno: E  0 para  = a. (04)

Substituindo (04) em (03), temos:

v A 
0  a   A  v  a2 (05)
2 o a 2 o

Substituindo (05) em (01), temos:

V   a2
 v   v  (06)
 2 o 2 o 

Integrando pela 2a vez:

v  2 v
V    a 2 ln   B (07)
2 o 2 2 o

2a Condição de Contorno: V  0 para  = a. (08)

Substituindo (08) em (07), temos:

v a2 v  
0    a 2 ln a  B  B  v  a 2  v  a 2 ln a (09)
2 o 2 2 o 4 o 2 o

Substituindo (09) em (07), temos:

v   
V   2  v  a 2 ln   v  a 2  v  a 2 ln a
4 o 2 o 4 o 2 o

v  
V  (a 2   2 )  v  a 2 ln  V
4 o 2 o a

– Página 6.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

b)

Lei de Gauss:  D  dS  Q int    S dS


S S
  a 2 
D 2   L   v  ( 2   a 2 )  L  D  v    
2   

 v  a 2  C 
D    a  m 2 
2   

 Cálculo do Campo Elétrico E :

E
D
o
E
v
2 o

 

a 2 
  
a V m
 
 Cálculo de V:
  a 2 
A
v
VAB    E  dL  V       a  d a 
2 o    
B  a  

 2     2   a2 
V v   a 2 ln   V v    a 2 ln      a 2 ln a 
2 o  2    a 2 o  2   2 
  

v va2 
V  (a   ) 
2 2
 ln V
4 o 2 o a

c) No cilindro externo,  = b = 0,05 m .

 10  8 (10  8 )  0,02 2 0,05


V   (0,02 2  0,05 2 )   ln
4  8,854  10 12 2  8,854  10 12 0,02

V  0,593  0,207  V  0,386 V

– Página 6.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

6.7) Dois cilindros condutores, circulares retos, coaxiais, acham-se em  = a = 10 mm e


 = b = 30 mm, com tensões de 10 volts no cilindro interno e Vo no cilindro externo. Se
 
 
E  10 a  KV m em  = 20 mm, determinar:
a) A expressão do potencial V em função de  por Laplace;
b) O valor de Vo;
c)A densidade de cargas do condutor externo.

Resolução:

2  1   V 
a) Equação de Laplace:  V  0   2 V     0 , pois V  f (  ) .
    
  V  V
   0   A  V  A ln   B (01)
    

1a Condição de Contorno: V = 10 V em  = 10 mm . (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

10  A ln 0,01  B (03)
 
Porém, sabe-se que E  10 a  KV m  = 20 mm, oque indica que:
A A A
E  V  E   a  E    10000    A  200
  0,02
200
E   a (02)

Substituindo (04) em (03), temos:

10  200ln 0,01  B  B  931 (05)

Substituindo (04) e (05) em (01), temos:

V  A ln   B  V  200ln   931 V (06)

– Página 6.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

b) 2a Condição de Contorno: V = Vo em  = 30 mm . (01)


Substituindo a equação (01) do item (b) na equação (06) do item (a), temos:

V  200ln   931  Vo  200ln0,03  931  Vo  229,7 V

c)  S  DN (   0,03 )   E(   0,03 ) , onde E(   0,03 ) é o módulo de E (da Equação (04) do


item (a)) para  = 0,03 m .

  200    200 
 S   o E(   0,03 )   S   o      S  8,854  10 12   
    0,03 

  S  59,027 C 2 
 
 m 

6.8) Um cabo coaxial possui seu condutor interno com cargas uniformemente distribuída de
1C/m. Os raios dos condutores interno e externo são a = 1 cm e b = 4 cm,
respectivamente. Entre o condutor interno e o externo são colocadas duas camadas de
material dielétrico possuindo, respectivamente, permissividades relativas R1 = 2 e R2, e
espessuras w1 e w2. Determinar R2, w1 e w2, de modo que a diferença de potencial de cada
camada seja a mesma e a capacitância total do cabo seja de 75 pF/m.

Resolução:

 Cálculo da Capacitância:
2  1   V 
Equação de Laplace:  V  0   2 V     0 , pois V  f (  ) .
    
  V  V
   0   A  V  A ln   B (01)
    

Condições de Contorno:

V  0 em   b  0  A ln b  B (02)
Seja 
V  Vo em   a  Vo  A ln a  B (03)

Fazendo (03) – (02),temos:


Vo  Aln a  ln b   A 
Vo
(04)
a
ln 
b
– Página 6.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (04) em (02), temos:


Vo  Vo  ln b
0  ln b  B  B  (05)
a a
ln  ln 
b b

Substituindo (04) e (05) em (01), temos:


Vo V  ln b
V  A ln   B  V   ln   o
a a
ln  ln 
b b

V
Vo
 ln   ln b   V 
Vo
 ln  V
a a b
ln  ln 
b b

 1   
  
E  V  E  
V

  Vo b 
a  E   
a  
  Vo 
a  E  
a
a V m
 ln      ln  
 b b   b

 
 
   Vo   
D  E  D    a C 2
a  m 
   ln  
 b
  Vo a
 S  DN  D    a    S   0, pois a  b  ln   0

  a 
 a b
 
a  ln 
b
 Vo C 
 S   m 2 
b
a  ln 
a
 Vo  Vo
Q   S dS  Q   b
dS  Q 
b
 2aL
S S a  ln  a  ln 
Cil. Interno a a
(06)
2 Vo L
Q C
b
ln 
a

C
Q
Vo
C
2 L
b
F ou
C
L

2
b
F m
ln  ln 
a a

– Página 6.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

a  1cm , b  4cm;

w1  w2  b  a  3cm

 R1  2;

 Vo
Dados:  V1  V2  (07)
 2
Q  Q  Q
 1 2
C
 T  75 pF 
L  m


De (06), temos:
C1 2 o  R1 Q
  1 (08)
L  a  w1  V1
ln 
 a 
e

C2 2 o  R 2 Q
  2 (09)
L  b  V2
ln 
 a  w1

De (07), temos:

 Vo
V1  V2  2

  C1  C 2  C
 1
Q  Q 2  Q


De acordo com a figura, CT é a capacitância equivalente do arranjo série de C1 e C2.

Portanto, podemos escrever:

C1  C 2 C2 C
CT   CT   C T   C  2C T (10)
C1  C 2 2C 2

Substituindo (10) em (08), temos:

C1 C 2 o  R1 2C T 2  8,854  10 12  2


     2  75  10 12
L L  a  w1  L  0,01  w1 
ln  ln 
 a   0,01 
 0,01  w1  2  8,854  0,01  w1  0,01  w1
ln    ln   0,7407   e 0,7407
 0,01  75  0,01  0,01

 w1  0,01097m  w1  1,1cm (11)

– Página 6.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

De (07), sabemos que w1 + w2 = 3cm. Portanto, w2 = 1,9 cm (12)

Substituindo (11) em (09), temos:

C2 C 2 o  R 2 2C T 2  8,854  10 12   R 2


     2  75  10 12
L L  b  L  0,04 
ln  ln 
 a  w1   0,01  0,011 

75  ln 1,904
 R2    R 2  1,736
  8,854

– Página 6.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

CAPÍTULO 07

CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.1) Calcular B no centro de uma espira quadrada de lado a percorrida por uma corrente I.

Resolução:

Os lados AB, BC, CD e DA da espira produzem campos magnéticos no mesmo sentido no


ponto O (centro da espira). Portanto, o campo magnético total no ponto O ( H T ) será quatro vezes
maior que aquele produzido por qualquer um dos lados da espira.

H T  4H AB  4H BC  4H CD  4H DA (01)

 Cálculo de H AB (campo magnético produzido no ponto O pelo lado AB da espira):

Lei de Biot-Savart:

R é o vetor dirigido do elemento diferencial
 de corrente dx ao centro da espira;
R
I dL  a R   R;
H , onde:   (02)
4 R 2 a R é um versor de R;
dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.

  a a2
R   x a x  a y ; R  x 2  ;
 2 4
   a
 x ax  ay
 R 2
 aR   ; (03)
 R a 2
 x2 
 4
 dL  dx a x .

– Página 7.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (03) em (02), temos:

dx a x    x a x  a y 
 a a a
2 dx a z
 2  I
H AB  I   H AB  
2 (04)
3 4 a 
3
 a2  2 x a 2 2
4  x 2   2  x 
2 
 4   4 
  

 x   a    45
 a 
x  2 tg  
2
a
 x     45
  2
 a (05)
Substituição de variáveis na integral: dx  sec  d
2
 2
2 2
x 2  a  a sec 2 
 4 4



Substituindo (05) em (04), temos:

a
45 sec 2 d 45
Ia I d
 a 3 
H AB  2 a z  H AB  az
8   2 a sec
  45   45
  sec 
3
 
2
45
I I 45
H AB 
2 a  cos d a z  H AB  2 a sen   45 a z
  45

I I 2 2
H AB  sen 45  sen 45 a z  H AB     az
2 a 2 a  2 2 

2I
H AB  az (06)
2 a

Substituindo (06) em (01), temos:

4 2I 2 2I
H T  4H AB  H T  az  HT  az (07)
2 a a

 Cálculo de B T :

2 2 o I
BT  o HT  BT  az
a

– Página 7.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.2) Duas espiras circulares de corrente, idênticas, de raios a e corrente I situam-se em


planos horizontais paralelos separados no seu eixo comum por uma distância 2h.
Encontre H no ponto médio entre as duas espiras.
z
Resolução:
Espira 02

a
I

H 1z H1
2h
P H 1
h Espira 01
R
y
a
dL
I
x
A Espira 01 gera o campo magnético H1 no ponto P (ponto médio), enquanto a Espira 02 gera
o campo magnético H 2 , de mesma magnitude e na mesma direção de H 1 . Portanto, o campo
magnético total gerado em P será:

H P  H1  H 2  2H1 (01)

 Cálculo de H 1 :

Lei de Biot-Savart:

R é o vetor dirigido de dL ao ponto médio (P);

I dL  a R R  R ; 
H , onde: a R é um versor de R; (02)
4 R 2 dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.


R  
 a a   h a z ; R  a 2  h 2 ;
   
 R  a a   h az
 aR   ; (03)
 R 2
a h 2
 dL  ad a  .

Substituindo (03) em (02), temos:

   
(a d a )  (a a   h a z ) Ia a az  h a 
H1  I   H1   d (04)
3 4 3
4 (a  h ) 2
2 2 2 2
(a  h ) 2
– Página 7.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

A inspeção da figura anterior nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos
produzem componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H 1 possui somente
componente na direção de a z , reduzindo a equação (04) a:

2
I a2 d  I a2 
H1 
4  3
a z  H1 
3
az (05)
  0 (a 2  h 2 ) 2 2 (a 2  h 2 ) 2

Substituindo (05) em (01), temos:

I a2 
H P  H 1  H 2  2H 1  H P  az
3
(a 2  h 2 ) 2

7.3) Uma espira quadrada de lado 2a, centrada na origem, situada no plano z = 0 e lados
paralelos aos eixos x e y, conduz uma corrente I no sentido anti-horário vista do sentido
positivo do eixo z. Determinar o campo magnético H no ponto P(0; 0; a).

Resolução:

Os lados AB e CD da espira geram campos magnéticos componentes no ponto P nas direções


de a x e a z . Portanto, os campos magnéticos totais gerados no ponto P pelos lados AB e CD da
espira terão a seguinte forma: H AB  H AB a x  H AB a z e H CD  HCD (a x )  HCD a z .
P P
Nota-se, então, que as componentes H AB a x e HCD (a x ) se anulam. Seguindo o mesmo
raciocínio, os campos magnéticos totais gerados no ponto P pelos lados BC e DA da espira terão a
seguinte forma: H BC  H BC a y  H BC a z e H DA  H DA (a y )  H DA a z . Nota-se, então,
P P
que as componentes H BC a y e H DA (a y ) se anulam. Logo, o campo gerado em P pelos lados
AB, BC, CD e DA será quatro vezes maior que aquela componente no sentido de a z produzida por
qualquer um dos lados da espira.

H P  4H AB z  4H BC z  4H CD z  4H DA z (01)

– Página 7.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

 Cálculo de H AB :

 Lei de Biot-Savart:

R é o vetor dirigido do elemento diferencial
 de corrente dL ao ponto P;

I dL  a R  R  R;
H , onde:    (02)
4 R a R é um versor de R;
2
dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.
R    2 2
   a a x  y a y  a a z ; R  y  2a ;
    
  a ax  y ay  a az
 aR  R  ; (03)
 R 2 2
 y  2a
 dL  dy a y .

Substituindo (03) em (02), temos:

  
dy a y  (a a x  y a y  a a z )
H AB  I 
3
4 ( y 2  2a 2 ) 2
a a
Ia (a x  a z ) Ia dy
H AB 
4  3
dy  H AB z 
4  3
az (04)
y   a ( y  2a ) 2
2 2 y   a ( y  2a ) 2
2 2

  y  a     1
 y  a 2 tg  
  y  a     2

 (05)
Substituição de variáveis na integral: dy  a 2 sec 2  d

 y
sen  
 y 2  2a 2

Substituindo (05) em (04), temos:

   
Ia 2
a 2 sec 2 d I 2
d
H AB z 
8  a 3 2 sec 3
a z  H AB z 
8 a  sec
az
   
1 1
   
2
I  I  2
H AB z 
8 a  cos  d a z  H AB z  
 8 a
sen  

az
   
1 1

– Página 7.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

a
 
I y I  a a
H AB z     a z  H AB z     az
 8 a  8 a a 3 a 3 
 y 2  2a 2  y  - a

I 2a I
H AB z   a z  H AB z  az (06)
8 a a 3 4 3 a

Substituindo (06) em (01), temos:

I
H P  4H AB z  H P  az
 3a

7.4) Seja H   y (x 2  y 2 ) a x  x (x 2  y 2 ) a y A m no plano z = 0.


a) Determinar a corrente total passando através do plano z = 0, na direção a z , no
interior do retângulo  1  x  1 e  2  y  2 .
b) Se o potencial magnético Vm é nulo no vértice P(-1; -2; 0) do retângulo RSPQ,
determinar Vm no vértice R(1; 2; 0), utilizando um percurso que passa pelo vértice
Q(1; -2; 0).

Resolução:

a) De acordo com a Lei Circuital de Ampère e com o Teorema de Stokes, temos:

 H  dL  I enl     H   dS   H  dL     H   dS  I (01)
S RSPQ S Ret.

 Cálculo do Rotacional:

  Hy  Hx 
H     az
 x y 
 

 
  H  3x 2  y 2  ( x 2  3y 2 ) a z    H  (4x 2  4 y 2 ) a z (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

2 1
  (4x
2
I  4 y 2 ) a z  dS, onde dS  dxdy a z
y  2 x  1

– Página 7.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

2 1 2 1
  (4x   (4x
2 2 2
I  4 y ) a z  dxdy a z  I   4 y 2 ) dxdy
y  2 x  1 y  2 x  1

1
2  4x 3  2
4 4 
I   2
 4y x  dy  I     4 y 2   4 y 2 dy
y  2   x  1 y  2  
3 3 3

2 2
8 2 8 8 3  16 64 16 64 
I   3  8y dy  I   3 y  3 y  I 
 3 3

3

3


y  2 y  2

I 
160
 53,34 A
3

a
b) VmRP = VmRQ + VmQP, onde Vm    H  dL (01)
ab
b
Trecho PQ:

 
Q
VmQP     y (x 2  y 2 ) a x  x (x 2  y 2 ) a y  dx a x
P

 
1
Q  2x 3 
VmQP     y (x  y ) dx  VmQP  
2 2
 8x 
P y  2  3  x  1

VmQP  
2 2
 8   8  VmQP  
52
A (02)
3 3 3

Trecho QR:

 
R
VmRQ     y (x 2  y 2 ) a x  x (x 2  y 2 ) a y  dy a y
Q

 
2
R  y3 
VmRQ    x (x 2  y 2 ) dy  VmRQ   y  
Q x  1 
 3  y  2

VmRQ  2 
8 8
 2   VmRQ  
28
A (03)
3 3 3

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

 26,67 A
52 28 80
VmRP     VmRP  
3 3 3

– Página 7.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.5) A superfície cilíndrica  = a = 20 mm conduz a corrente K cil  100 a z A m, enquanto


que a superfície  = b = 40 mm possui a corrente solenoidal K sol  80 a  A . Calcule
m
a intensidade do campo magnético H em:
a)  = 10 mm;
b)  = 30 mm;
c)  = 50 mm.

Resolução:

 Cálculo de H para a superfície cilíndrica ( H cil )  Lei Circuital de Ampère:

Para  < 20 mm  H cil  0 (01)

Para  > 20 mm   H cil  dL  I enl  K cil  2  20


20
Hcil  2    K cil  2  20  Hcil  K cil

 H cil 
20

K cil a  A m (02)

 Cálculo de H para o solenóide ( H sol )  Lei Circuital de Ampère:

Para  < 40 mm   H sol  dL  I enl  K sol  L


Hsol  L  K sol  L  Hsol  K sol

 H sol  K sol a z A m (03)

Para  > 40 mm  H sol  0 (04)

a) O campo magnético gerado em  = 10 mm ( H a ) será proveniente somente do solenóide.


Portanto, a equação (03) é suficiente para defini-lo.

H a  H sol  K sol a z  H a  80 a z A m
H a  Ha  80 A  m
– Página 7.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

b) O campo magnético gerado em  = 30 mm ( H b ) será proveniente tanto da superfície


cilíndrica quanto do solenóide. Portanto, H b será a soma das equações (02) e (03).

20
H b  H cil  H sol  H b  K cil a   K sol a z

 20
Hb  
 30

 100  a   80 a z  H b  66,67 a   80 a z

A m
H b  Hb  66,67 2  80 2  H b  104,14 A
m
 
c) O campo magnético gerado em  = 50 mm ( H c ) será proveniente somente da superfície
cilíndrica. Portanto, a equação (02) é suficiente para defini-lo.

20
H c  H cil  K cil a 

 20
Hc  
 50

 100  a   H c  40 a 

A m
H c  Hc  40 A
m
 
7.6) Um fio de raio igual a 2a [m] estende-se ao longo do eixo z e é constituído de dois
materiais condutores, sendo:
Condutor 01: condutividade =  para 0 <  <a..
Condutor 02: condutividade = 4 para a <  <2a..
Se o fio conduz uma corrente contínua total de I ampères, calcular:
a) a corrente devido a cada condutor;
b) o campo magnético H para 0 <  <3a.

Resolução:

a)
I é a corrente total que percorre os dois condutores;

onde I1 é a corrente que percorre somente o condutor 01;

I 2 é a corrente que percorre somente o condutor 02.

1 
R1   R1 
 1S1   a2
2  
R2   R2   R2 
 2S 2 4  (4a 2  a 2 ) 12  a 2

– Página 7.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

R1
  12  R 1  12R 2  I 2  12I1
R2


 I1  13 A 
I

Logo, I  I1  12I1  I  13I1  

I A 
12
 I 2 
13
b) Lei Circuital de Ampère:  H  dL  Ienl

 Cálculo de H para  < a:

 H  dL  I enl  H 2   I1 
 2
H
I1 
 H
I
A m
a 2
2 a 2
26 a 2

 Cálculo de H para a <  < 2a:


 ( 2  a 2 )
 H  dL  I enl  H 2   I1  I 2 
 ( 4a 2  a 2 )

I 12 ( 2  a 2 ) I a 2  4I  2  4a 2
H 2    I H
13 13 3a 2 26  a 2

H 
I
(4  2  3a 2 ) A  m
26  a 2

 Cálculo de H para 2a < < 3a:

 H  dL  I enl  H 2   I1  I 2  H 
I
2 
A m
7.7) Um cabo coaxial consiste de um fio central fino conduzindo uma corrente I envolvido
por um condutor externo de espessura despresível a uma distância a conduzindo uma
corrente na direção oposta. Metade do espaço entre os condutores é preenchido por um
material magnético de permeabilidade  e a outra metade com ar. Determinar B , H e
M em todos os pontos do condutor.

Resolução:

 Cálculo de B :

 Lei Circuital de Ampère para  < a:

 H  dL  I enl   H ar 
 H mat  dL  I enl (01)

– Página 7.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

H  H N  H ar  H mat
 N1 2
Mas  (02)
B N  B N  B ar  B mat  B a 
 1 2
B ar   H ar
 o
B  H   (03)
B mat   H mat

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

 B B 

I enl     o    dL , onde dL   d a

 

 B  2
 B  B B
I   o  
   d a   I   o  d     d
   0  

B  B o  I
I      B  B ar  B mat  a
o    o   

 Cálculo de H :

 No ar:
B I
H ar   H ar  a
o   o   

 No material magnético:

B o I
H mat   H mat  a
   o   

 Cálculo de M :

 No ar:

B
M ar   H ar  M ar  0
o

 No material magnético:

B I o I
M mat   H mat  M mat  a  a
  o    o  
I    o 
M mat  a
  o   

– Página 7.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.8) Uma película infinita de corrente com K 1  10 a xA m estende-se no plano z = 0.


Duas outras películas de corrente com K 2  K 3  5 a x A  são colocadas nos
m
planos z = h e z = -h.
a) Determinar o campo vetorial H em todo o espaço;
b) Determinar o fluxo magnético líquido que cruza o plano y = 0 na direção a y , entre
0 < x < 1 e 0 < z < 2h.

Resolução:

1
a) Campo magnético para um plano infinito: H  K  aN .
2
Pela análise da figura acima, nota-se que, em qualquer ponto do espaço, o campo magnético
terá a seguinte forma: H  H 1  H 2  H 3 , onde H 1 , H 2 e H 3 são os campos gerados pelas
películas K 1 , K 2 e K 3 respectivamente.

1
Portanto, H   K 1  a N  K 2  a N  K 3  a N  (01)
2 1 2 3
 Cálculo de H para z > h:

H
1
2
 
10 a x  a z  5 a x  a z  5 a x  a z  H  0

 Cálculo de H para 0 < z < h:

H
1
2
 
10 a x  a z  5 a x  (a z )  5 a x  a z  H  5 a y A m
 Cálculo de H para -h < z < 0:

H
1
2
 
10 a x  (a z )  5 a x  (a z )  5 a x  a z  H  5 a y A m
– Página 7.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

 Cálculo de H para z < -h:

H
1
2
 
10 a x  (a z )  5 a x  (a z )  5 a x  (a z )  H  0

b)

   B  dS     o  H S1  dS1   o  H S 2  dS 2
S S S
1 2
h 1
  o   (5a y )  dxdz a y    5 o h Wb
z  0 x 0

7.9) Um fio infinito foi dobrado e colocado segundo a figura abaixo. Empregando a Lei de
Biot-Savart, calcular o campo magnético resultante H num ponto genérico P situado
sobre o eixo y. Determinar também o valor de H para o valor de y do ponto P igual a:
a) Zero;
b) d;
d
c) ;
2
d) 2d.

Resolução:

O campo magnético resultante em P apresenta uma parcela que é gerada pelo segmento
semi-infinito localizado em y = 0 ( H 1 ), uma parcela que é gerada pelo segmento semi-infinito
localizado em y = d ( H 2 ) e uma parcela que é gerada pelo segmento condutor localizado em x = 0
( H 3 ).
 H  H1  H 2  H 3 (01)
– Página 7.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

 Cálculo de H 1 :

 Lei de Biot-Savart:

R 1 é o vetor dirigido do elemento diferencial
 de corrente dL ao ponto P;
 1
I dL1  a R 1  R 1  R 1;
H1   , onde:    (02)
4 R 12 a R 1é um versor de R 1;
dL1 é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.


R   x a  y a ; R  x 2  y 2 ;
 1 x y 1
   
 R x a  y a
 aR  1  x y
;
(03)
 1
R1 2 2
 x y
 dL1  dx a x .

Substituindo (03) em (02), temos:

 
dx a x  (x a x  y a y ) I
0
ydx
H1  I   H1    az (04)
3 4 3
4 ( x  y ) 2
2 2 x   ( x 2 2
y ) 2

 x      90
x  y tg  
  y  0    0

Substituição de variáveis na integral: 
(05)
dx  y sec 2  d


Substituindo (05) em (04), temos:

0 0
I y 2 sec 2 d I d
H1 
4  y 3 sec 3
a z  H1 
4 y  sec
az
  90   90
0
H1 
I
 cos d a z  H1 
I
 sen  0  90 az
4 y 4 y
  90

H1 
I
 0 - - 1 a z  H1 
I
az para (y  0)
(06)
4 y 4 y

 Cálculo de H 2 :

A parcela H 2 apresente a mesma direção e sentido de H 1 , porém varia inversamente com a


distância (y – d).
– Página 7.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

I
Portanto: H 2  a z . para (y  d) (07)
4 (y - d )

 Cálculo de H 3 :

O segmento condutor localizado em x = 0 não pode gerar um campo magnético no ponto P,


pois dL 3  a R 3  0 .Logo, H 3  0 (08)

Substituindo (06), (07) e (08) em (01), temos:

I I I I
H az  az  0  H  az  az
4 y 4 y - d  4 y 4 y - d 
   
y0 yd

I
a) Neste caso, H 1  0 e H  H 2  (a z )
4 d

I
b) Neste caso, H 2  0 e H  H1  az
4 d

2I 2I
c) H  H1  H 2  H  az  az  H  0
4 d 4 d

I I I 1  3I
d) H  H1  H 2  H  az  az  H     1 a z  H  az
8 d 4 d 4 d  2  8 d

7.10) Calcular B no ponto P(0; 0; 2a) gerado por uma espira circular de raio  = a, situada no
plano xy, percorrida por uma corrente I no sentido horário e por um condutor filamentar
passando pelo ponto (2a; 0; 0), conduzindo uma corrente I o sentido  a y .

Resolução:
z
B P  B esp  B cond (01)
B cond
P (0; 0; 2a)

B esp
a
y
I

2a
I
x
– Página 7.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

I dL  a R
 Cálculo de B para a espira: Lei de Biot-Savart: H   4 R 2
(02)
z

H esp R é o vetor dirigido de dL ao ponto (P);
P 
R  R; 
onde: a R é um versor de R;
dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.
R 
y 
a R  a a   2a a z ; R  a 5 ;
   
dL  R  a   2 az
I  aR   ; (03)
x  R 5
 dL  ad a  .

Substituindo (03) em (02), temos:

 
(a d a )  ( a   2 a z ) I  
H esp  I   H esp   (a z  2 a  ) d (04)
20 a 2 5 20 a 5

A inspeção da figura nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos produzem
componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H esp possui somente componente na
direção de a z , reduzindo a equação (04) a:

2
I  I 
H esp   d
20 a 5   0
a z  H esp 
10 a 5
az (05)

 I o
 B esp   o H esp  B esp  az (06)
10a 5

 Cálculo de B para o condutor:

oI
B cond  a  , onde a   a  (07)
2 
   2a a  2a a ;   2a 2 ;
 x
 z
 a     a x  az ;
  
 2  
   ax  az  (08)
a  a y  a   a  a y   
    2 
 a   a x  a z 
   2 

– Página 7.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (08) em (07), temos:


 
o I  ax  az   I  
B cond      B cond  o  (a x  a z ) (09)
4 2 a  2  8 a

Substituindo (06) e (09) em (01), temos:

 oI   I  
B P  B esp  B cond  a z  o  (a x  a z )
10 5 a 8 a

 o I  10 5  8     I
BP     a z  1 a x   B P  o  0,0398 a x  0,0049 a z 

a  80 5   8  a

7.11) a) Demonstrar, utilizando a lei de Biot Savart, que a expressão para o cálculo de um
campo magnético H em um ponto P qualquer devido a um elemento de corrente de
tamanho finito é dada por: H 
I
sen 1  sen  2  a , onde  é a menor
4
distância do ponto P ao elemento de corrente.
b) Encontre a indução magnética B no centro de um hexágono regular de lado a,
conduzindo uma corrente I.

Resolução:

a)
I dL  a R
 Lei de Biot-Savart: H   4 R 2
,


R é o vetor dirigido do elemento diferencial
 de corrente dz ao ponto P;
R 
  R; 
onde:  (01)
a
 R é um versor de R ;
dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.

R  
   a   z az ; R    z ;
2 2

   
  a   z az
 aR  R
 ;
(02)
 R
  z
2 2

 dL  dz a z .

Substituindo (02) em (01), temos:

 
dz a z  (  a   z a z ) I dz
H  I H  a (03)
3 4 3
4 (  2  z 2 ) 2 ( 2  z 2 ) 2
– Página 7.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

z   tg

Substituição de variáveis na integral:  (04)
dz   sec 2  d

Substituindo (04) em (03), temos:

   
I 1  sec 2 d I 1
d
H 
4   3 sec 3
a  H 
4   sec
a
     
2 2

   
I 1  I  1
H 
4   cos  d a   H  
 4 
sen  
   
a
   2
2

H 
I
 sen 1  sen  2  a (05)
4 

b)

Os lados AB, BC, CD, DE, EF e FA do hexágono


correspondem a elementos de corrente de tamanho
finito do item (a). Deste modo, o campo magnético
total gerado no centro do hexágono será seis vezes
maior que o campo magnético gerado por cada um dos
lados individualmente.
Logo: H 0  6H AB (01)

 Cálculo de H AB :

1   2  30;
H AB   sen1  sen 2  a , onde   é a menor distância entre o centro (02)
I
4   e o lado AB do hexágono.

 Cálculo de :

a a a 3
tg30        (03)
2 2  tg30 2

Substituindo (03) em (02), temos:

H AB 
2I
 sen 30  sen 30 a  H AB 
I
a (04)
4 a 3 2 a 3

– Página 7.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (04) em (01), temos:

3I 3I
H0  a  H 0  a
a 3 a

 Cálculo de B 0 :

o I 3
B0  o H0  B0  a
a

– Página 7.19 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

CAPÍTUO 08

FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

8.1) No circuito magnético abaixo, construído com uma liga de ferro-níquel, calcular a fmm
para que o fluxo no entreferro g seja de 300 [Wb]. Desprezar o espraiamento de fluxo
no entreferro.

Resolução:

 Circuito elétrico análogo:


 1   2  16  0,05   1   2  15,95 cm

 3  6 cm

Dados: S1  
 S 2  4 cm 2

S
 3
6 cm 
2


 1  300  Wb

Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços
direito e esquerdo. Portanto, 1 = 2  1 = 2.

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

 3  1   2   3  21

 (01)
NI   3 3  11   g 1  NI  H3  3  H1  1  H g  g

 Cálculo de H1 :

  300  10  6
B1  B g  1  1  B1  B g   B1  B g  0,75 T 
S1 Sg 4  10  4

– Página 8.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

Consultando a curva de magnetização do ferro-níquel em anexo, encontra-se:

Para B1  0,75 T   H1  15 Ae  m (02)

 Cálculo de H g :

Hg 
Bg
o
 Hg 
0,75
7
 H g  5,97  10 5 Ae m (03)
4  10

 Cálculo de H3 :
De (01): 3 = 21  3 =600 [ Wb]

3 600  10  6
B3   B3   B 3  1,0 T 
S3 6  10  4

Consultando a curva de magnetização do ferro-níquel em anexo, encontra-se:

Para B 3  1,0 T   H3  50 Ae
m
  (04)

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

NI  50  6  10  2  15  15,95  10  2  5,97  10 5  0,05  10  2


NI  3  2,39  298,5  NI  303,9 Ae

8.2) Dois circuitos condutores são constituídos por um fio reto bastante longo e uma espira
retangular de dimensões h e d. A espira pertence a um plano que passa pelo fio, sendo os
lados de comprimento h paralelos ao fio e distantes de r e r+d deste. Determinar a
expressão que fornece a indutância mútua entre os dois circuitos.

Resolução:

N 212
M12  (01)
I1

 Cálculo de 12:

Para o fio infinito de corrente, temos:

I1  I
H12  a   B12   o H12  B12  o 1 a 
2 2 

– Página 8.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

 
rd
  o I1 
12   B12  dS  12    2    hd a
 a 
S  r

 o I1h r  d d  I h
12     12  o 1  ln  rdr
2  2
 r

 o I1 h  r d
12   ln  (02)
2  r 

Substituindo (02) em (01), temos:

N 212 N  I h r  d  1  o h r  d 
M12   M12  2 o 1  ln   M12   ln 
I1 2 I1  r  2  r 
o h r  d 
M12   ln 
2  r 

8.3) Um filamento infinito estende-se sobre o eixo z, no espaço livre, e uma bobina quadrada
de N espiras é colocada na plano y = 0 com vértices em (b; 0; 0), (b+a; 0; 0), (b+a; 0; a) e
(b; 0; a).
Determinar a indutância mútua entre o filamento e a bobina em termos de a, b, N e o.

Resolução:

N 212
M12  (01)
I1

 Cálculo de 12:

Para o filamento infinito de corrente, temos:

I oI
H  a  B   o H  B  ay
2 2 x

 
ba a
 oI 
12   B  dS  12     2 x a y   dxdza y
S x b z 0

oI b  a a
 I
 12  o  ln x bx  ab  z az  0
dxdz
12    
2 x 2
x b z 0

oI a  b a
12   ln  (02)
2  b 
– Página 8.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

Substituindo (02) em (01), temos:

N 212 N o I a b  a N o a b  a
M12   M12   ln   M12   ln 
I1 2 I  b  2  b 

8.4) Dado o circuito magnético da figura abaixo, assumir B  0,6 T através da seção reta
da perna esquerda e determinar:
a) A queda de potencial magnético no ar ( Vm ar );
b) A queda de potencial magnético no aço-silício ( Vm aco );
c) A corrente que circula em uma bobina com 1250 espiras enroladas em volta da perna
esquerda.
Circuito elétrico análogo

Resolução:
B  0,6 T 
 1

Dados:  1  10 cm;  2  15 cm,  g  0,6 cm


 
S1  6 cm 2 ; S 2  4 cm 2 
Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

 NI  1  2 2   g 

 ou (01)
 NI  H1  1  2 H2  2  H g  g

Vm aco Vm ar
a) De (01):

Bg  g
Vm ar  H g  g  Vm ar   g  Vm ar  
o Sg o

B1 S1  g 0,6  6  10  4  0,6  10  2
Vm ar    Vm ar 
Sg o 4  10  4  4  10  7
Vm ar  4297,18 Ae (02)
– Página 8.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

b) De (01):

Vm aco  H1  1  2 H 2  2 (03)

 Cálculo de H1 :

Consultando a curva de magnetização do aço-silício em anexo, encontra-se:

Para B1  0,6 T   H1  100 Ae  m (04)

 Cálculo de H 2 :
 B1 S1 0,6  6  10  4
B2   B2   B2   B 2  0,9 T 
4
S2 S2 4  10

Consultando a curva de magnetização do aço-silício em anexo, encontra-se:

Para B 2  0,9 T   H 2  160 Ae


m
  (05)

Substituindo (04) e (05) em (03), temos:

Vm aco  100  0,1  2  160  0,15  Vm aco  58 Ae  (06)

c) Substituindo (05) e (06) em (01), temos:

4355,18
NI  58  4297,18  I   I  3,48 A
1250

8.5) Uma espira filamentar quadrada de corrente tem vértices nos pontos (0; 1; 0), (0; 1; 1),
(0; 2; 1) e (0; 2; 0). A corrente é de 10 [A] e flui no sentido horário quando a espira é
vista do eixo +x. Calcule o torque na espira quando esta é submetida :
a) a uma densidade de fluxo magnético B  5a y ;
b) ao campo produzido por uma corrente filamentar de 10 [A] que flui ao longo do eixo
z no sentido  a z .

Resolução:

a)  
dT  I dS  B  T  I S  B  T  10  a x  5a y  T  50a z
– Página 8.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

b) dT  I dS  B; onde dS  dxdya x (01)

 Cálculo de B :

 ax   B 
I I I
B a  B  ax (02)
2 2 2
Substituindo (02) em (01), temos:


dT  I  dxdya x  
 I
 2

a x   dT  0  T  0

8.6) Suponha que o núcleo do material magnético da figura abaixo possui uma
permeabilidade relativa de 5000. O fluxo  1 do braço esquerdo circula de a para b com
um comprimento médio de 1 m. O comprimento médio do braço direito é igual ao do
braço esquerdo. O braço central possui um comprimento médio de 0,4 m. Adotar a área
da seção reta de cada caminho igual a 0,01 m2 e o fluxo de dispersão desprezível.
Calcular a indutância própria da bobina 01 e a indutância mútua entre as bobinas 01 e
02.

Resolução:
Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços
direito e esquerdo. Portanto, 1 = 3.
 Circuito elétrico análogo:

N11
L1  (01)
I1

N 212 N 
M12   2 2 (02)
I1 I1

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

1   2   3

 (03)
NI  11   2 2  11   3 3

– Página 8.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

 Cálculo de 1e de 3:

1  1
1   3   3  1   3 
 S1  S3 5000  4  10  7  0,01

1   3  15915 Ae
Wb
  (04)

 Cálculo de 2:

2 
2
 S2
 2 
0,4
7
  2  6366 Ae
Wb
  (05)
5000  4  10  0,01

De (03), conclui-se que:  2 2  3 3 (06)

Substituindo (04) e (05) em (06), temos:

6366 2  15915 3   2  2,5 3 (07)

Substituindo (07) em (03), temos:

`1  2,53  3  1  3,53 (08)

Substituindo (07) e (08) em (03), temos:

N1I1  15915  3,5 3  6366  2,5 3  200I1  755702,5 3  15915 3

200I1  71617,5 3   3  2,79  10  3 I1 (09)

Substituindo (09) em (07) e em (08), temos:

1  9,77  10  3 I1 (10)
e
3
 2  6,98  10 I1 (11)

Substituindo (10) em (01), temos:

N1  9,77  10  3 I1
L1   L1  200  9,77  10  3  L1  1,95 H
I1
e
Substituindo (11) em (02), temos:

N 2  6,98  10  3 I1
M12   M12  300  6,98  10  3  M12  2,09 H
I1

– Página 8.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

8.7) Determinar a densidade de fluxo magnético ( B ) em cada uma das três pernas do
circuito magnético da figura abaixo. Assumir que, dentro do material ferromagnético do
núcleo, B é relacionado diretamente com H , através da expressão B  200 H .

Resolução:

 Circuito elétrico análogo:


I1  I 2  70 mA 

 N  500 ; N  1000 espiras
 1 2


 
Dados: S1  6 ; S 2  8 ; S 3  10 cm 2

  12 ;   10 ;   5 cm
 1 2 3

 g  1 mm

Se B   H e B  200 H , então,  = 200.

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

    
 3 1 2

 N1I1  11  N 2 I 2   2 2   3 3   g  3 (01)
 ou

 N1I1  H1  1  N 2 I 2  H 2  2  H3  3  H g  g

 Cálculo de 1:

1 
1
 S1
 1 
12  10  2
4
 1  1,0 Ae
Wb
  (02)
200  6  10

 Cálculo de 2:

2 
2
 S2
 2 
10  10  2
 4
  2  0,625 Ae
Wb
  (03)
200  8  10
– Página 8.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

 Cálculo de 3:

3 
3
 S3
 3 
5  10  2
4
  3  0,25 Ae
Wb
  (04)
200  10  10

 Cálculo de g:

g 
g
 Sg
 g 
1  10  3
7 4
  g  7,957  10 5 Ae Wb (05)
4  10  10  10

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01), temos:

N1I1  1,01  N 2 I 2  0,625 2  0,25 3  7,957  10 5  3

1  0,625 2  35 (06)



35  1  70  0,625 2  7,957  10  3   5
70  0,625  7,957  10 5    
 2 1 2
(07)
Substituindo (07) em (06), temos:

70  0,625 2  7,957  10 5 0,625 2   2 

70  0,625 2  12,935  10 6  2  27,85  10 7   2  21,54 Wb (08)

Substituindo (08) em (06), temos:

1  0,625  21,54  35  1  21,54 Wb (09)

Substituindo (08) e (09) em (01), temos:

3  21,54  21,54  3  0

 Cálculo de B1 :

  21,54
B1  1  B1 
 4
 B1  3,59  10 4 Wb
S1 6  10

 Cálculo de B 2 :

2 21,54
B2   B2 
4
 B 2  2,69  10 4 Wb
S2 8  10

 Cálculo de B 3 :

3
B3   B3  0
S3
– Página 8.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

CAPÍTULO 09

CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.1) A figura abaixo mostra uma barra condutora paralela ao eixo y, que completa uma
malha através de contatos deslizantes com os condutores em y = 0 e em y = 0,05 [m].
a) Calcular a tensão induzida quando a barra está parada em x = 0,05 [m] e
B  0,30 sen 10 4 t T  .
b) Repita o item acima supondo que a barra desloca-se com velocidade
v  150 a x m .
s
 

Resolução:

 
  B
  t  dS , onde B  0,30 sen 10 t a z
4
fem  v  B  dL  (01)
S

a) Barra parada  v  0   ( v  B )  dL  0


B
 fem     dS , onde dS  dxdy a z
t
S

0,05 0,05

fem     t
(0,30 sen 10 4 t) a z  dxdy a z
y0 x 0

0,05 0,05
fem     (0,30  10 4  cos 10 4 t) dxdy
y0 x 0

fem  0,30  10 4  cos 10 4 t  (0,05) 2  fem  7,5  cos 10 4 t V 

 
b) fem   (v  B)  dL  7,5  cos 10 4 t , onde dL  dy a y (02)

 
 Cálculo de v  B :
   
 
v  B  vB sen 90(a y )  v  B  45 sen 10 4 t a y T (03)

– Página 9.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Substituindo (03) em (02), temos:

0,05
 
 a y  dy a y
4
fem  45 sen 10 t   7,5  cos 10 4 t
y0

fem  45 sen 10 4 t  (0,05)  7,5  cos 10 4 t

fem  2,25 sen 10 4 t  7,5  cos 10 4 t V 

9.2) Para o dispositivo mostrado abaixo, são dados: d = 5 [cm], B  0,25 a z T e
v  20 y a y [m s] . Se y = 4 [cm] em t = 0 [s], determinar as seguintes grandezas no
instante t = 0,06 [s]:
a) a velocidade v ;
b) a posição y da barra;
c) a diferença de potencial V12 medida pelo voltímetro;
d) A corrente I12 entrando pelo terminal 1 do voltímetro se a resistência deste é igual a
200 [K].

Resolução:

 Cálculo de v(t) :

dy dy dy
dt
 v  20 y 
y
 20dt   y
  20dt  2 y  20t  C (01)

Substituindo y = 4 [cm] e t = 0 em (01), temos:

2 4  10  2  20  0  C  C  0,4 (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

2 y  20 t  0,4  y  10 t  0,2 (03)

 v  20  (10 t  0,2) a y  v  (200 t  4) a y [m s] (04)

a) Substituindo t = 0,06 [s] em (04), temos:

v  200  0,06  4  v  16 [m s]
– Página 9.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) Substituindo t = 0,06 [s] em (03), temos:

y  10  0.06  0,2  y  0,8  y  0,64 m

c) V12 = fem (05)


 Cálculo da fem:

 
d
fem   (v  B)  dL  fem   (20 y a y  0,25 a z )   dx a x
x 0

d
fem  5   ydx  fem  5d y
x 0

 fem  5  0,05  0,64  fem  0,2 V 


(06)
Substituindo (06) em (05), temos:
V12 = – 0,2 [V]

 0,2
 I12  1 A
V12
d) I12   I12 
Rv 200  10 3

9.3) Uma bobina de 50 espiras tem uma área de 20 [cm2] e gira em torno de um eixo situado
em um plano perpendicular a um campo magnético uniforme de 40 [mT].
a) Considerando que a bobina gira a uma velocidade de 360 [rpm], calcular o fluxo
máximo que atravessa a espira e o valor médio da fem induzida nesta bobina;
b) Considerando que a bobina está em repouso e seu plano é perpendicular ao campo,
determinar o valor médio da fem induzida na bobina, quando se retira o campo em
t = 0,004 [s];
c) Considerando que a bobina não se move e que seu plano forma um ângulo de 60o com
a direção do campo de indução, calcular o valor médio da fem induzida na bobina,
supondo que o campo de 40 [mT] se anula em t = 0,004 [s].
Resolução:
a)

 Cálculo de max:

 max  BS   max  40  10  3  20  10  4   max  80 Wb 

– Página 9.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Cálculo do valor médio da fem:


fem med   N  , onde t é o tempo gasto para o fluxo variar de max até zero. (01)
t

 Cálculo de t:
 1
360  60 voltas  1s
 1
  t  [s] (02)
1 24
 4 volta  t

Substituindo (02) em (01), temos:

(0  80  10  6 )
fem med  50   fem med  96 mV
1
24

b) fem med   N 
t
(   inicial )
fem med   N  final
t
(0   max )
fem med   N 
t

(0  80  10  6 )
fem med  50 
4  10  3
fem med  1 V 

c)


fem med   N 
t
( final   inicial )
fem med   N  (01)
t

 Cálculo de  inicial :

 inicial   B  dS   inicial   B d S cos 30   inicial  B S cos 30 (02)


S S

 inicial  40  10  3  20  10  4  0,866   inicial  69,282 Wb

Substituindo (02) em (01), temos:

(0  69,282  10  6 )
fem med  50   fem med  0,866 V
4  10  3
– Página 9.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.4) Determinar o campo elétrico E em função do tempo, se a densidade de fluxo magnético


no espaço livre é B  K 1 sen( t  K 2 x) a x  K 1K 2 y sen( t  K 2 x) a y onde k1 , k 2
e  são constantes.

Resolução:
   D
 Equação de Maxwell:   H  J  b (01)
t
   0  J  0;


Para o vácuo, temos: D   o E; (02)

B   H.
 o

Substituindo o conjunto (02) em (01), temos:

  D 1  E  E
H      B  o     B   o o  (03)
t o t t


 Cálculo de   B :

   Bz  B y   Bx  Bz   By  Bx 
B    a x   
a y   a z
 y z   z  x  x

y 
     

B x  K 1 sen( t  K 2 x)  B x  f (x);


onde: B y  K 1K 2 y cos( t  K 2 x)  B y  f (y);

B z  0.

  By   
B  a z    B  K 1K 22 y sen( t  K 2 x) a z (04)
x
Substituindo (04) em (03), temos:
 E
K 1K 22 y sen( t  K 2 x) a z   o  o 
t
2
 E K 1K 2 y 
  sen( t  K 2 x) a z
t  o o

K 1K 22 y t
  sen( t  K 2 x)dt  a z

E
 o o
0

E
 K 1K 22 y
 o o

 cos( t  K 2 x) a z V m
– Página 9.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.5) Os trilhos da figura abaixo estão separados por uma distância de 24 [cm] e
B  0,3 cos(120 t) a z [ Wb m] . Sendo y = 0 em t = 0, encontrar a tensão V12 para
t = 2 [ms] , sendo:
a) v  12 a y [m s] ;
b) v  12 cos(10t) a y [m s] .

Resolução:

V12 = fem (01)

a) Cálculo de y para t = 2 [ms]:

2 10 3
 v dt  y   12dt  y  0,024 m
dy
v  y
dt
t 0
Cálculo da fem:

 
  B
fem  v  B  dL    t  dS (02)
S
 
 Cálculo de v  B :
   
v  B  (12a y )  [0,3 cos(120t)] a z  v  B  3,6 cos(120t) a x (03)

B
 Cálculo de :
t
 
B 
 0,3 cos(120t) a z   B  36 sen(120t) a z (04)
t t t

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

fem   (3,6 cos(120t) a x )  [dx a x ]   [36 sen(120t) a z ]  [dxdy a z ]


S

0,24 0,24 0,024


fem  3,6 cos(120t)  dx  36 sen(120t)   dxdy
x 0 x 0 y0

fem  0,864 cos(120t)  0,207 sen(120t) V  (05)

Substituindo t = 2 [ms] em (05), temos:

fem  0,864 cos(120  0,002)  0,207 sen(120  0,002)


fem  0,6299  0,4459  fem  0,184 V (06)
Substituindo (06) em (01), temos:

V12 = – 0,184 [V]


– Página 9.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) Cálculo de y para t = 2 [ms]:


2 10 3 2 10 3
dy  sen(10t) 
v
dt
y  v dt  y   12 cos(10t)dt  y  12   10 
t 0 t 0

 y  0,024 m

Cálculo da fem:

  B
fem   (v  B)  dL    t  dS (02)
S
 
 Cálculo de v  B :

 
v  B  [12 cos(10t) a y ]  [0,3 cos(120t)] a z
 
v  B  3,6 cos(10t) cos(120t) a x (03)

B
 Cálculo de :
t
 
B  B
 [0,3 cos(120t)] a z   36 sen(120t) a z (04)
t t t

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

fem   [3,6 cos(10t) cos(120t) a x ]  [dx a x ]   [36 sen(120t) a z ]  [dxdy a z ]


S
0,24 0,24 0,024
fem  3,6 cos(10t) cos(120t)  dx  36 sen(120t)   dxdy
x 0 x 0 y0

fem  0,864 cos(10t) cos(120t)  0,207 sen(120t) V  (05)

Substituindo t = 2 [ms] em (05), temos:

fem  0,864 cos10  0,002 cos120  0,002  0,207 sen120  0,002


fem  0,864  0,998  0,729  0,651  0,684  fem  0,628  0,446
fem  0,184 V 
(06)
Substituindo (06) em (01), temos:

V12 = – 0,184 [V]

– Página 9.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.6) Na figura abaixo, B é constante com o tempo, mas não é uniforme no espaço. Encontrar
a leitura V12 do voltímetro no instante t = 0,2 [s] se L = 0,4 [m] e:
a) y = 10t [m] e B   y a z [T];
 2
b) y = 50t2 [m] e B   y a z [T];
 2
c) y = 50t2 [m] e B  1 x  y  a z [T].
2

Resolução:

V12 = fem para t = 0,2 [s] (01)



 
   B 
fem  v  B  dL   t  dS; B  cte
S

 
 
 fem  v  B  dL (02)


a) Cálculo de vt  :


vt  
dy
dt

a y  vt  
d
dt
10t  a y  v t   10a y m s 
 
 Cálculo de v  B :

  y  
v  B  10a y  a z  v  B  5ya x (03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

 
L
fem   5ya x   dxa x  fem    5ydx  fem  5yL
x 0
 fem  50tL V (04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem  50  0,2  0,4  fem  4,0 V (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = –4,0 [V]


b) Cálculo de vt  :


vt  
dy
dt

a y  vt  
d
dt
  
50t 2 a y  vt   100t a y m s 
– Página 9.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

 
 Cálculo de v  B :

  y  
v  B  100t a y  a z  v  B  50ty a x (03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

 
L
fem   50tya x   dxa x  fem    50tydx  fem  50tyL
x 0
 fem  2500 t L V 
3
(04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem  2500  0,23  0,4  fem  8,0 V  (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = –8,0 [V]


c) Cálculo de v(t) :


vt  
dy
dt

a y  vt  
d
dt
  
50t 2 a y  vt   100t a y m s 
 
 Cálculo de v  B :

   
v  B  100t a y  x  y  a z  v  B  50t x  y  a x
1
(03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

 
L
fem   50t x  y a x   dxa x  fem    50t x  ydx
x 0

fem  50tyL - 25tL2  fem  2500t 3 L  25tL2 V  (04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem  2500  0,23  0,4  25  0,2  0,42  fem  8,0  0,8  fem  7,2 V  (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = 7,2 [V]

– Página 9.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.7) O circuito mostrado na figura abaixo representa uma bobina de N espiras, resistência
total R ocupando uma área igual a S submetida a um campo de indução magnética B
indicado. Se a magnitude original deste campo (Bo) for reduzida a um quinto num
intervalo de tempo t, determinar:
a) O valor médio da fem induzida no circuito;
b) A direção e sentido da fem induzida (indicar na figura);
c) O valor médio da corrente;
d) A carga total que flui neste intervalo de tempo;
e) A quantidade de energia que foi requerida para mudar a magnitude do campo
magnético.


B inicial  B o

Dados: 
 Bo
B final 
5

Resolução:

a) 1o modo:

fem  N   
 

v  B  dL  N  
 B
t
 dS; v  0
S

 B B dB
fem   N    dS  fem   N    d S  fem   N S
t t dt
S S

B B  B inicial
fem média   N S  fem média   N S final
t t

NS B  4N B o S
fem média     o  B o   fem média 
t  5  5 t

2o modo:


fem med   N  , onde   BS
t

B B  B inicial
 fem média   N S  fem média   N S final
t t

NS B  4N B oS
fem média     o  B o   fem média 
t  5  5 t

– Página 9.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) A fem gerada na bobina deve apresentar uma orientação de modo a reforçar o campo de
indução B . Portanto, conclui-se que esta orientação deve seguir o sentido horário, conforme
indicado na figura.

fem 4N B o S
c) I  I
R 5R t

d) A carga total que flui no intervalo t pode ser representada por QT = Q.
4N B o S Q
Do item (c), sabemos que I  e que I  .
5R t t
Portanto:

Q 4 N B o S 4N B o S
  Q 
t 5R t 5R

e) A energia fornecida ao circuito no intervalo t pode ser representada por WT = W.


Sabemos que W  P  t e P  fem  I , onde P é a potência fornecida ao circuito no
intervalo t.
Portanto:

4N B o S 4N B o S 15N 2 B o2 S 2
W  fem  I  t  W     t  W 
5 t 5R t 25R t

9.8) Uma bobina retangular de 612 [cm2] com N = 100 espiras gira em um campo
magnético variável dado por B  0,6 sen377t  T. A velocidade angular da espira é de
 = 60 [rps]. Pede-se determinar a tensão induzida na bobina.
Resolução:

  s :
Cálculo de  em rad
1 rps  2 rad


s
   377 rad s
60 rps  


 

fem  N   v  B  dL  N  
 B
t
 dS (01)
S
– Página 9.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

A inspeção da figura relativa à visão frontal da bobina revela que os ângulos entre B e v e
entre B e dS são iguais. Desta maneira, podemos designar este ângulo  como sendo  = t.

 
 

Cálculo de v  B  dL :

v  B  dL  vB sen  dL cos 0  v  B  dL   R B dL sen  t


 

v  B  dL  0,6 R sen2 377t dL



(02)

 B
 Cálculo de  dS :
t
 
 B B  B 
 dS  dS cos    dS  0,6 sen377t dS cos t 
t t t t
 
 B  B
 dS  0,6  377 cos2 377t dS   dS  226,2 cos2 377t dS (03)
t t

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

fem  100   0,6 R sen2 377t dL  100   226,2 cos2 377t dS
S

fem  60 R sen2 377t    dL  22620 S cos2 377t 

0,12
fem  60 R sen 377t   2 
2
 dL  22620 S cos 377t 
2

fem  60 R sen2 377t   0,24  22620 S cos2 377t 

fem  14,4 R sen2 377t   22620 S cos2 377t 

 1  cos2  377t    1  cos2  377t  


fem  14,4 R     22620 S  
 2   2 
 1  cos754t    1  cos2  377t  
fem  14,4  377  0,03     22620  72  10  4   
 2   2 
 1  cos754t    1  cos754t  
fem  162,864     162,864   
 2   2 
fem  162,864 cos754t  V 

– Página 9.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.9) Um campo magnético uniforme B  100 mT estende-se sobre uma área quadrada de
100 [mm] de lado, como mostra a figura abaixo, com campo nulo do lado de fora do
quadrado. Uma espira retangular de fio de 40 [mm] por 80 [mm], com velocidade
 
v  100 mm , é movimentada em direção à área de ação do campo (ver figura).
s
Determinar a fem induzida na espira, plotando os resultados em um gráfico de fem x
distância x, para  20 [mm]  x  120 [mm] .

Resolução:

 v  B   dL
 
fem  (01)

 
 Cálculo de v  B :

 
v  B  vB sen 90   a y   (02)

 Cálculo da fem na região  20 [mm]  x  0 :

fem = 0, pois nesta região B = 0.

 Cálculo da fem na região 0  x  80 [mm] :

fem    vB a y   dya y  fem   vB y

fem  100  10  3  100  10  3  40  10  3  fem  0,4 mV

 Cálculo da fem na região 80 [mm]  x  100 [mm] :

fem    vB a y   dya y    vB a y    dya y   fem   vB y  vB y


fem  4  10  4  4  10  4  fem  0

– Página 9.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

 Cálculo da fem na região 100 [mm]  x  120 [mm] :

fem    vB a y    dya y   fem  vB y


fem  100  10  3  100  10  3  40  10  3  fem  0,4 mV

Gráfico fem x distância x:


fem [mV]

0,4

80
x [mm]
–20 20 40 60 100 120

–0,4

9.10) Uma espira retangular, girando na presença de um campo magnético uniforme B , está
equipada com um comutador de dois segmentos, como na figura, e, por isso, pode
funcionar tanto como um gerador cc como um motor cc.
a) Se a espira girar a F [rps], encontre a tensão média cc gerada (gerador);
b) Se uma corrente I fluir na espira, encontre o torque médio (motor);
c) Se a corrente fluir como indicado na figura, encontrar o sentido de rotação.

Resolução:

 
   B 
a) fem  v  B  dL   t  dS; B  cte
S

 
 
 fem  v  B  dL (01)

 
 

Cálculo de v  B  dL :

v  B   dL  vB sen   dL cos 0  v  B   dL   R B dL sen  t (02)


 

– Página 9.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Substituindo (02) em (01), temos:

fem    R B dL sen  t  fem   R B sen  t   dL


fem   R B sen  t  2 dL  fem  2  R B sen  t, onde   2 F;
0

 femt   4 F  R B sen  t
T
2
fem média    femt d t, onde T é o periodo;
2
T
0

 
1
 fem média    4 F  R B sen  t d t  fem média  4 F  R B  sen  t d t

0 0

fem média  8 F  R B

b) T   IdS  B  T  I   B dS sen  t  T  I BS sen  t


S S
Tt   2RI B sen  t
T
2
Tmédio    Tt d t, onde T é o periodo;
2
T
0

 
1 2  RI B
 Tmédio    2  RI B sen  t d t  Tmédio    sen  t d t
 
0 0

4  RI B
Tmédio 

c)

A Figura1 indica que não existe conjugado quando a espira está na posição vertical. As
Figuras2 e 3 indicam que, em qualquer outra posição existe um conjugado resultante que tende a
girar a espira no sentido horário.
– Página 9.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.11) A figura abaixo mostra a região de atuação dos campos elétrico e magnético dados,
respectivamente, por: E  E o a y e B  B o a z , sendo Eo e Bo constantes. Uma pequena carga
teste Q com massa m é colocada em repouso na origem no instante t = 0. Determinar:
a) A equação da velocidade vx; y; z  da carga em um instante t qualquer;
b) A equação da posição Px; y; z da carga em um instante t qualquer.

Resolução:

F  QE ; F  Q v  B
 E M
a) F E  F M  ma , onde:  .

a  d v ; v  v a x  v a y
 dt
x y

 
QE  v  B    m ddtv  QE 
o a y  v  Bo a z    m dtd v x ax  vy ay 
 
Q Eo a y  Q v x a x  v y a y  B o a z  m  d
dt

vx ax  vy ay 
d vx d vy
Q E o a y  Q v x B o a y  Q v yB o a x  m ax  m ay
dt dt
d vx d vy
Q v yB o a x  Q E o  Q v x B o  a y  m ax  m ay (01)
dt dt

Igualando as componentes correspondentes de (01), temos:

 d vx d vx Q Bo
Q v yB o  m   vy
 dt dt m

 d vy d vy Q Eo Q B o
Q E o  Q v x B o  m    vx
 dt dt m m

– Página 9.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

d v 1 d vx
 x
  vy  vy   (02)
Q Bo  dt  dt
Seja   
m d v y Q Eo d vy E
    vx     o   vx (03)
 dt m dt Bo

Substituindo (02) em (03), temos:

d  1 d vx  Eo d2 vx E
        vx    2  o   2 vx (04)
dt  dt  Bo dt 2 Bo

Resolvendo (04), temos:

v x  A cos  t  B sen  t  C (05)

d vx
 A sen  t  B cos  t (06)
dt

d2 vx (07)
 A 2 cos  t  B 2 sen  t
dt 2

Substituindo (05) e (07) em (04), temos:

Eo
 A 2 cos  t  B 2 sen  t   2    2 A cos  t  B sen  t  C
Bo

Eo
C  (08)
Bo

Substituindo (08) em (05), temos:

Eo
v x  A cos  t  B sen  t  (09)
Bo

Substituindo (06) em (02), temos:

  A sen  t  B cos  t 
1
vy  (10)

 Condições iniciais para a solução de (09) e (10): vx = vy = 0 em t = 0 (11)
Substituindo (11) em (09) e em (10), temos:

 Eo Eo
v x  0  A  0  B  A   B
 o o
 (12)
v y  0  0  B  B  0


– Página 9.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Substituindo (12) em (09) e em (10), temos:

 Eo Eo Eo
v x   B  cos  t  B  v x  B  1  cos  t 
 o o o

 Eo
v y   sen  t
 Bo

v z  0

Portanto: v 
Eo
Bo

 1  cos  t  a x  sen  t a y 
Eo
 B o  1  cos  t  dt
dx
b) vx   x   v x dt  x 
dt
E E
 x  o t  o sen  t  D (01)
Bo  Bo

dy Eo Eo
vy 
dt
 y  v y dt  y   B o sen  t dt  y  
 Bo
cos  t  E (02)

 Condições iniciais para a solução de (01) e (02): x = y = 0 em t = 0 (03)

Substituindo (03) em (01) e em (02), temos:


x  0  0  0  D  D  0

 (04)
 Eo Eo
y  0    B  E  E   B
 o o

Substituindo (04) em (01) e em (02), temos:

 Eo  1 
x    t   sen  t 
 Bo   

 Eo
y   1  cos  t 
  B o

z  0

 E   Eo 
Px; y; z    x  o   t  sen  t ; y   1  cos  t ; z  0
1
Portanto:
 Bo     Bo 

– Página 9.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
Anexo 01 – CURVAS B-H

Curvas B – H para H < 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 5 A/m para H)

Curvas B – H para H > 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 50 A/m para H)

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