Programa de Pós-Graduação em Geotecnia

Aula 10 – Determinação
ç do Coeficiente de
Permeabilidade – Métodos Indiretos

Prof. André Brasil

Geotecnia 2

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

Agenda

1. Método
1.
1 Método Indireto:
Indireto:Curva
CurvaGranulométrica
Granulométrica

2. Método Indireto: Índice de Vazios

3. Estratificação e Anisotropia

4. Permeabilidade Intrínseca

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Capítulo
p 6 Capítulo
p 6 Capítulo
p 2

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

Determinação da Permeabilidade
a partir da Curva Granulométrica

• Este método é de validade limitada e se restringe aos solos

granulares pois nos solos argilosos a permeabilidade sofre
granulares,
grande influência das cargas de superfície da argila e a
estrutura exerce também grande interferência no fluxo.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica
40% da
dade, k a 4
a (cm/s))
ermeabilid
de relativa
densidad
ente de pe
Coeficie

Diâmetro efetivo D10 (mm)

Relação entre o coeficiente de permeabilidade e o diâmetro efetivo D10

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

permeabilidade (k ftt/min)
ciente de p
Coefic

Diâmetro efetivo D10 (mm)

Relação entre o coeficiente de permeabilidade e o diâmetro efetivo D10

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica
Relação
ç entre o coeficiente de p
permeabilidade e a densidade relativa

e de perme
oeficiente
Co e (k cm/s)
eabilidade

Densidade
e s dade Relativa,
e at a, %, DR

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica
Equações disponíveis
AUTOR EQUAÇÃO

ALLGN-HAZEN k  c.d102 ; 41  c  146

geralmente adota-se c  100
 unidade: cm/s 

ALLEN-HAZEN (corrigida) k  c.d102  0, 7  0, 03T 

T em oC ; k em cm s
SCHLICHTER
d102
k  771  0, 7  0, 03T 
C
n 26% 38% 46%
T em oC ; C  f  n  Tab 
C 83, 4 24,1 12, 8
K em cm s

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

AUTOR EQUAÇÃO
k  C1.d102  0, 7  0, 03T 
2
TERZAGHI  n  0,13 
onde C1  C0  3 
 1 n 
C0 é obtido da Tabela
 Obs.: d10 em cm 

TIPO DE SOLO C0
Areia de Grãos Redondos 800
Areia de Grãos Angulosos
g 460
Areia com Grãos de Silte  400

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

Fórmula de Hazen:

k x cm/s   100.D 2
10

onde:
D10 = diâmetro efetivo,, em cm.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

Exercício 1: Dado a curva granulométrica, estime a condutividade

hidráulica, utilizando a fórmula de Hazen.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

Exercício: Dado a curva granulométrica , estime a condutividade

hidráulica, utilizando a fórmula de Hazen.

k x cm/s   100.D 2
10
D10 = 0,090 mm
= 0,009 cm

k x cm/s   100.D102 
 100.((0,009) 2 
D10  0,0081 cm/s

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

Agenda

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

2.
2. Método Indireto:Índice
Método Indireto: Índice
dede Vazios
Vazios
3. Estratificação e Anisotropia

4. Permeabilidade Intrínseca

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios
05 mm/s)
ade (k x 10

s (e)
Índice de vazios
nte de perrmeabilida
Coeficien

Índice de vazios (e) Coeficiente de permeabilidade (k x 105 mm/s)

(escala log)
Relação entre o coeficiente de permeabilidade e o índice de vazios

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios
R
Resultados
lt d ded ensaios
i ded permeabilidade
bilid d em solos
l residuais
id i

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios
C
Correlações
l õ k x e para o mesmo solo
l em estados
t d diferentes
dif t

Diâmetro efetivo D10 (mm)

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Bentonita
azios
Índice de va

Coeficiente de
permeabilidade
versus índice
de vazios para
bentonita com
vários fluidos
Coeficiente de permeabilidade (in./min) nos poros

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Caolinita
azios
Índice de va

Coeficiente de
permeabilidade
versus índice
de vazios para
Caolinita com
vários fluidos
Coeficiente de permeabilidade (in./min) nos poros

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

6. Aspectos Laboratoriais

cm/s)
nte de permeabiilidade (c
B t it
Bentonita

Coeficien
C

Índice de vazios (e)

Comparação entre o coeficiente de permeabilidade para diferentes solos bentoníticos

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

6. Aspectos Laboratoriais
B t it
Bentonita

cm/s)
Coeficiente de permeabilidade para diferentes
nte de permeabiilidade (c
Coeficien
C adições nos poros da bentonita

Q
Quantidade
tid d de
d adição
di ã nos poros (%)

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

6. Aspectos Laboratoriais
Coeficiente de permeabilidade versus índice de vazios (argila)

os (e)
Índice de vazio

Coeficiente de permeabilidade vertical (k m/s)

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Relação entre as permeabilidades de areias

com diferentes índices de vazios
Considerando-se o coeficiente de permeabilidade determinado à
partir da equação de Kozeny-Carmen a seguir, tem-se:

1 ei3  wi
Ki  .
C SiT0i S Si 1  ei  i
2 2

onde,
 CSi é o fator de forma dos poros = f(estrutura dos vazios;
 T0i
0 é o fator de tortuosidade;
 S Si é a superfície específica definida aqui como a relação
entre a superfície dos sólidos e seu volume;
 ei é o índice
í di ded vazios;
i
  w é o peso específico da água;
  é a viscosidade da água.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Dos fatores relacionados anteriormente, apenas CS é variável

para o mesmo solo (Tabela).
CS Forma dos Poros
3,00 Lamelar
2 00
2,00 Ci l
Circular
1,78 Quadrado
1 68
1,68 Triângulo Equilátero

e13 Para a areia: CS 1  CS 2

K1 CS 1 1  e1 
Tem-se
Tem se então:  K1 e13 e23
K2 e23 
CS 2 1  e2  K 2 1  e1  1  e2 

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Relações para Condutividade Hidráulica em Solo Granular (Areia)

Fórmula de Kozeny-Carman
3
e
kx 
1 e
onde:
e = índice
í di d de vazios
i d do solo
l

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Exercício 2: A condutividade hidráulica de uma areia com

índice de vazios 0,62
, é 0,03
, cm/s. Estime sua condutividade
hidráulica para o índice de vazios 0,48.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Exercício 2: A condutividade hidráulica de uma areia com

índice de vazios 0,62
0 62 é 0,03
0 03 cm/s.
cm/s Estime sua condutividade
hidráulica para o índice de vazios 0,48.

3
e2 0,483
1  e2 1  0,48
k 2  k1. 3  0,03. 3
 0,015 cm/s
e1 0,62
1  e1 1  0,62

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Relações para Condutividade Hidráulica em Solo Coesivos

(Argila Normalmente Adensada)

Fórmula de Samarasinghe, Huang e Drnevich

n
e
kx 
1 e
onde:
e = índice de vazios do solo

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Exercício 3: Para uma argila normalmente adensada, são

dados os seguintes valores:

índice de vazios k (cm/s)

11
1,1 0 302 x 10-7
0,302
0,9 0,120 x 10-7

Estime
st e a cocondutividade
dut dade hidráulica
d áu ca da a
argila
g a pa
para
a o índice
d ce de
vazios 0,75.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Exercício 3: Estime a condutividade hidráulica da argila para

o índice de vazios 0,75.
n
e1 1,1n
k1 1  e1 0,302.10 7 1  1,1
 n
 7

k2 e2 0,12.10 0,9 n
1  e2 1  0,9
n
1,9  1,1 
2,517  .   2,782  1,222 n
2,1  0,9 

log 2,782
2,782  1,222  n  n
 5,1
log 1,222

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Exercício 3: Estime a condutividade hidráulica da argila para

o índice de vazios 0,75.

5 ,1 5,1
e1 1 ,1
k1  C.  0,302.10 7  C.  C  0,39.10 -7
1  e1 1  1,1

5 ,1 5,1
e 0, 75
k3  0,39.10 7. 3  0,39.10 7.  0,514.10 8 cm/s
1  e3 1  0,75

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

Agenda

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

2. Método Indireto: Índice de Vazios

Estratificação eeAnisotropia
3. Estratificação Anisotropia

4. Permeabilidade Intrínseca

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia

• Os solos naturais podem ser estratificados ou serem

formados ppor camadas com diferentes coeficientes
de permeabilidade na direção horizontal e vertical.

• A permeabilidade média do solo dependerá da

direção do fluxo em relação a orientação das
camadas.

• Dois casos mais simples são de:

fluxo paralelo e perpendicular.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia

Influência da estratificação e da anisotropia

no coeficiente de permeabilidade

• A estratificação geralmente faz com que as

permeabilidades sejam diferentes nas camadas.
camadas

• A anisotropia faz
f com que a permeabilidade horizontal
seja diferente da vertical.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia
Anisotropia
p da Permeabilidade (Várias
( Argilas
g Naturais))

eabilidade ve
nte de perme
Coeficien s)
ertical (k m/s

Coeficiente de p
permeabilidade horizontal (k
( m/s))

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia

• Denominando-se de k1, k2, k3, ... as

condutividades hidráulicas das diferentes
camadas e de d1, d2, d3, ... respectivamente as
suas espessuras, é possível deduzir as fórmulas
dos valores médios de k nas direções paralela e
perpendicular aos planos de estratificação.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia
No caso do fluxo paralelo á estratificação do maciço,
maciço constituído por
camadas com diferentes coeficientes de permeabilidade (k1,k2,...,kn), o
gradiente hidráulico é constante e vale:
H
i
L
A vazão total é dada p
por:

H H
Q   Qi   ki . . d i  . k i . d i
i i L L i
Se a permeabilidade média do sistema
for designada kH, tem-se :
n

H k d
Q  k H . . d i
i i
kH  i 1
L i n

d
i 1
i

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia

• Permeabilidade paralela à estratificação: na

direção horizontal, todos os estratos têm o mesmo
gradiente hidráulico i. Portanto, demonstra-se que:

k d i i
kH  i 1
n

d
i 1
i
i

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia
No caso do fluxo perpendicular á estratificação do maciço,
maciço constituído por
camadas com diferentes coeficientes de permeabilidade (k1,k2,...,kn), a vazão
é constante. Aplicando-se a Lei de Darcy:
H   hi hi

Q
i d i ki . A
Se a permeabilidade média do sistema
for designada kV, tem-se :

Q  di
Q  di 
i
  
kV . A A i  ki 
n

d i
kV  i 1
n
 di 
  
i 1  ki 

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia

• Permeabilidade perpendicular à estratificação:

na direção vertical, sendo contínuo o escoamento,
a velocidade v é constante. Portanto, demonstra-
se que:
n

d i
kV  i 1
n
 di 
  
i 1  ki 

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia

Exercício 4: Um solo estratificado é composto por 3 camadas

d condutividades
de d ti id d hidráulicas
hid á li e espessuras dada
d d por:

d1  3 m k1  10 4 m/s
d2  4 m k 2  3,2.10 2 m/s
d3  6 m k3  4,1.10 5 m/s
/

Estime a relação da condutividade hidráulica equivalente,

kH
kV

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

3. Estratificação e Anisotropia

• Exercício 5: A figura apresenta um aqüífero livre,

estratificado com dois perfis homogêneos ligando os
corpos de água X e Y.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

Agenda

1. Método Indireto: Curva Granulométrica

2. Método Indireto: Índice de Vazios

3. Estratificação e Anisotropia

4. Permeabilidade
Permeabilidade Intrínseca
Intrínseca

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

4. Permeabilidade Intrínseca

• Condutividade hidráulica (kx) depende:

• da densidade do fluido (w) [kg/m3]
• da viscosidade dinâmica do fluido () [kg/(m.s)]
• das propriedades do meio poroso (K) [m2]
• da aceleração da gravidade (g) [m/s2]

• Permeabilidade intrínseca (K)

• É uma característica intrínseca do meio poroso.

 w .g g
kx  K  K
 

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

4. Permeabilidade Intrínseca

Exercício 6: A condutividade hidráulica de um solo argiloso

g é
3.10-7 cm/s. A viscosidade da água a 25 oC é 0,0911.10-4
g.s/cm2. Calcule a permeabilidade intrínseca K do solo.

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil

4. Permeabilidade Intrínseca

Exercício 6: A condutividade hidráulica de um solo argiloso é

3 10-77 cm/s.
3.10 cm/s A viscosidade da água a 25 oC é 0,0911.10
0 0911 10-44
g.s/cm2. Calcule a permeabilidade intrínseca K do solo.

2
 
g  10 m/s  10. 10 cm/s2 2

k x   3.10  0,0911.10 7 4
K   2,733.10 15 cm 2
 w .g 1.10 3

Geotecnia 2 – Prof. André Brasil