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incluindo as ações, são causalmente determinados, segundo as leis da natureza, com a crença de
que o homem é livre e responsável pelas suas ações? Este problema levanta algumas questões: -
Poderemos ser realmente livres num universo determinista? - Ou será que temos de aceitar que a
liberdade é uma ilusão porque tudo está determinado? - E se o universo não estiver inteiramente
determinado?
O determinista pensa que a causa de uma ação, à semelhança dos acontecimentos naturais, está
fora do controlo do agente. Estar causalmente determinado é não poder decidir nem poder querer
outra coisa além do que efetivamente decidimos ou queremos – logo não somos livres. Temos a
falsa impressão de liberdade porque desconhecemos as causas que determinam as nossas ações.
Duas críticas ao Determinismo radical: Se o determinismo radical tiver razão, não temos livre-
arbítrio. Se não tivermos livre-arbítrio, não poderemos ser moralmente responsáveis. Se não formos
moralmente responsáveis, não podemos ser castigados. É absurdo defender que não podemos ser
castigados. Logo, o determinismo radical é falso. Os críticos defendem que o determinismo é falso
porque a responsabilidade moral não pode existir sem a liberdade e, por isso, não podemos ser
castigados, o que é absurdo. Se não somos responsáveis, os tribuansi e as prisões numa sociedade
não fazem sentido. A objeção da responsabilidade moral
Não estamos determinados a escolher de uma certa maneira. Escolhemos praticar uma ação mas
podíamos ter escolhido e agido de forma diferente, por isso o determinismo é falso.
Não é possível aceitar que as nossas decisões estão todas determinadas por acontecimentos
anteriores. Se decidimos é porque temos livre-arbítrio. O determinismo radical diz o contrário, logo
é falso.
Críticas ao libertismo O Determinismo diz que as deliberações do agente, tal como as suas crenças
e desejos são determinadas por acontecimentos anteriores. Mas o libertista não pode aceitar isso,
pois defende que o livre- arbítrio é incompatível com o determinismo.
O problema dos libertistas é, então, explicar como é que um ato é realmente livre sem ser
determinado por acontecimentos anteriores mas que também não é “ aleatório”, quer dizer, ao
acaso
Nem todas as causas são impedimentos à liberdade. É um erro pensar que as ações não são livres
simplesmente porque são causadas. As causas que nos levam a fazer o que queremos potenciam a
nossa liberdade, enquanto que outras (constrangimentos, por exemplo) impedem a nossa liberdade.
As nossas ações livres são causadas pela nossa personalidade, inclinações e desejos ainda que estes
sejam determinados por acontecimentos anteriores. Se as ações não fossem causadas pelo nosso
caráter e pelos nossos motivos, não poderíamos ser responsabilizados pelas nossas ações. Não
seriam as nossas ações.
Compatibilismo
Os compatibilistas argumentam que somos livres se agirmos sem constrangimentos ou obstáculos,
internos ou externos, que nos impeçam de fazer o que desejamos. Mas, se aquilo que desejamos
fazer se encontra determinado por acontecimentos anteriores (determinismo) então as nossas ações
estão constrangidas por acontecimentos anteriores - não temos é consciência de que estamos a ser
constrangidos. O compatibilismo não explica por que é que ser constrangido por acontecimentos
anteriores é um ato livre e ser constrangido por alguém já não é um ato livre.
Críticas ao compatibilismo
Como vimos não há, sobre o problema do livre- arbítrio uma teoria consensual. Há filósofos que
acham que nenhuma destas teorias é plausível. É o caso dos filósofos Searle e Nagel que consideram
que não há boas razões para negar o determinismo que encontramos na natureza pois sem ele as
ciências da natureza seriam impossíveis. Por outro lado não podemos negar o livre-arbítrio, como faz
o Determinismo radical porque a experiência da liberdade faz parte da experiência de agir. O
compatibilismo não explica de forma plausível a diferença entre ser constrangido e ser causado a
agir de determinada maneira.
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