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Produção Composto

Adubos Orgânicos, Maneio


e uso de Fertilizantes
Inorgânicos

Abril de 2015.
Prefácio

No mundo actual cada vez é mas importante melhorar a produtividade de alimentos de


consumo humano, para responder a esta urgente necessidade é primordial olhar para
o solo como algo vivo, e trabalhar para alimentar-lho a fim de que poça fornecer as
diversas culturas os nutrientes mas importantes e suficientes que contribuam ao
incremento da produtividade. As dificuldades económicas dos produtores, a falta
conhecimentos e experiencia com o uso dos fertilizantes inorgânicos e os potenciais
resgo de contaminação pelo uso desmedido das alternativas de origem químico
sintético. Demanda alternativas viáveis, sustentável, de baixo custo e de mínimos
impacto na contaminação do ambiente.

NCBA CLUSA e O projecto PROMAC (Promoção de Agricultura de conservação)


apresenta O Manual Produção Composto, Adubos Orgânicos e Maneio e uso de
Fertilizantes Inorgânicos, como um contributo a necessidade de levar aos pequenos
produtores informação técnica das diversas alternativas de produção de adubos
orgânicos como a fonte de nutrição para o solo e suas culturas, com a esperança de
fortalecer suas capacidades técnicas, segurança alimentar e potenciar a geração de
renda familiar.

As alternativas aqui presentadas são a base de matérias locais, de baixo custos e de


fácil substituição por outros materiais alternativos ao alcance dos produtores
localmente. Além de conselhos importantes para fazer uma boa decisão sobre o uso
dos Fertilizantes inorgânicos, uma vês estes sejam economicamente permissíveis como
alternativa de nutrição das culturas em exploração.

Deixamos em suas mãos esta ferramenta com a expectativa de que tanto os técnicos
que trabalham na extensão rural, como os produtores saberão tirar proveito para
ajudarmos a atingir os objectivos de nosso projecto PROMAC de “Melhorar a
qualidade de vida dos agregados familiares” assistidos pelo projecto.

Nampula República de Moçambique Abril de 2015.


Índices
Conteúdo Página
Índices 1
Introdução 3
A função dos fertilizantes orgânicos 4
Composto 6
Usos 13
Métodos de compostagem 14
Produção de bocashi 15
Materiais necessários param o bocashi 16
Importância de cada material 17
Produção de bocashi 18
Uso do bocashi 21
Uso de bocashi nas Hortícolas 22
Vantagens e desvantagens 23

Qual é o efeito do bocashi 24


Factores que reduzem a eficácia do bocashi 25
Biofertilizante 26
Materiais e ingredientes 27
Como se prepara o biofertilizante 29
Recomendações 33
Observações 34
Adubos inorgânicos (Fertilizantes químicos sintéticos) 35
Classificação dos fertilizantes 36
Uso dos fertilizantes inorgânicos 37
A função dos fertilizantes orgânicos

Introdução

A produtividade das culturas é o resultado de vários factores: preparação da terra,


variedade da cultura, adaptação ao clima da zona, nutrição da planta, compassos,
disponibilidade de água, conservação do solo, mão-de-obra especializada, etc;

Nutrição é o factor que mais contribui para a qualidade da vida de uma planta. As
plantas precisam de treze elementos essenciais:
Nitrogénio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Enxofre (S),
Zinco (Zn), Boro (B), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn), Molibdénio (Mo),
Cloro (Cl).

Alguns deles são necessários em menor e outros, em maior quantidade.

Nutrir uma planta, não significa simplesmente estimar suas exigências minerais e
fornecer Insumos concentrados. Embora os fertilizantes minerais (químicos) sejam mais
difundidos, mais fáceis de adquirir, transportar, armazenar e distribuir no solo, não
significa que sejam perfeitos. Seu principal atributo, a solubilidade, por três razões, nem
sempre é vantajoso:

Doses excessivas de sais solúveis podem intoxicar as plantas, além de salinizar e


acidificar os solos;

Os vegetais não absorvem os nutrientes apenas por estes ocorrerem em abundância.


Existem peculiaridades na absorção de cada elemento, tais como: pH, presença de
antagónicos, temperatura, aeração, nível de CO2, etc. Isto significa que o nutriente deve
estar no lugar certo, em quantidade adequada e no momento mais propício para ser
aproveitado.

Em solos tropicais, as chuvas abundantes promovem a lixiviação de alguns nutrientes;


enquanto a acidez, associada à elevada capacidade de absorção, provoca a imobilização
de outros; neste ambiente, os sais solúveis ficam mais susceptíveis às perdas por
volatilização e arraste.

Adubos orgânicos, ricos em húmus, modificam as propriedades físicas do solo à medida


que são aplicados, promovendo a formação de agregados.

Como consequência, aumentam a porosidade, a aeração, a capacidade de retenção de


água, etc. Paralelamente, aumenta-se a capacidade de troca cationica (CTC) do meio, ou
seja, dos nutrientes catiônicos: Cálcio, Magnésio e Potássio, anteriormente
transportados juntamente com a água das chuvas, passam a permanecer disponíveis para
as raízes, em quantidades maiores e por mais tempo.

Alguns ácidos orgânicos, liberados pelo Adubo diminuem a adsorção (imobilização) do


Fósforo (P). Nessas condições, diminuem também as variações de pH, tornando mais
raras as necessidades de calagem (aplicação de calcário no solo para elevar o pH).
Além disso, os fertilizantes solúveis, aplicados nestas condições, serão mais bem
aproveitados pelas plantas, e sua acção sobre a acidez e a salinização do solo diminuirá
substancialmente.

Se fôssemos sintetizar as funções dos Adubos orgânicos, empregaríamos apenas uma


expressão, muito usada no meio agrícola: “engordam o solo”.
Composto

O Composto ou adubo orgânico resulta da decomposição dos materiais utilizados que


combinam substâncias como potássio (da cinza) nitrogénio (folhas verdes) e carbono
(pó de serra o casca de arroz);

O composto pode ser armazenado de várias formas, desde em pilhas ao ar livre, em


covas ou em tambores. O essencial é manter o material arejado;

Para a produção de maior quantidade é recomendável a formação de pilhas, sendo o


material colocado de uma só vez para a facilitar a decomposição e o controle do
processo;

O adubo orgânico pode substituir o adubo químico e trazer vantagens para o produtor
como a redução de custos e a recuperação dos solos. “A diferença para o orgânico está
na recuperação do solo, já que o químico só alimenta a planta”.

Ingredientes

Estrume, folhas e ramos secos, cinza ou cal, folhas verdes, serradura ou casca de arroz,
terra superficial ou terra preta e água;

Usar 30 partes de material seco por uma de material verde;

Para aquecer a pilha: adicionar material rico em nitrogénio (Folhas de leguminosas e


estrume fresco);

Para controlar o mau cheiro: arejar (revirar a pilha) ou adicionar material rico em
carbono (colmo de milho ou palha de arroz);

Para humedecer: fazer buracos na pilha com uma vara e adicionar água usando uma
lata.

O composto estará pronto entre 30 e 60 dias, a depender do maneio, e deverá ter cheiro
de terra, em vez de podridão ou de mofo.

Factores que interferem na compostagem

Microrganismos (pequenos bichos): A conversão de material vegetal e outros em húmus


é um processo microbiológico operado por bactérias, fungos e actinomicetes. Durante a
formação do composto, os microrganismos envolvidos não são os mesmos para todas as
fases.
Humidade: A presença de água é chave para a formação do composto. Entretanto, a
escassez ou o excesso de água pode desacelerar a compostagem;

Aeração: A compostagem conduzida em ambiente aberto, além de mais rápida, não


produz cheiro desagradável, nem presença de moscas;

Temperatura: a actividade dos microrganismos contribuem para o aquecimento durante


a fermentação produz um rápido aquecimento da massa.

Relação Carbono / Nitrogénio (C/N): Os microrganismos absorvem os elementos


carbono e nitrogénio numa proporção ideal. O carbono é a fonte de energia para que o
nitrogénio seja assimilado na estrutura. (Para garantir a boa relação dos
carbono/nitrogénio, usar 30% de material seco e 70% de material verde);

Preparação prévia da matéria-prima: o tamanho dos materiais é muito importante uma


vez que interfere directamente na circulação do ar da massa original. Materiais maiores
promovem melhor aeração, mas o tamanho excessivo apresenta menor exposição à
decomposição e o processo será mais demorado;

Dimensões e formas das pilhas: O comprimento, pode variar em função da quantidade


de materiais, da área e da forma de aeração. A altura da pilha depende da largura da
base. Pilhas muito altas submetem as camadas inferiores aos efeitos da compactação.
Pilhas baixas perdem calor mais facilmente ou nem se aquecem o suficiente para
destruir os patogénicos. O ideal é que as pilhas apresentem seção triangular, com
inclinação em torno de 40 a 60 graus, com largura entre 2,5 e 3,5 metros e altura entre
1,5 e 1,8 metros.
Usos

O uso de adubo orgânico nas plantações, deve ser feito com composto completamente
formado. Um solo degastado deve receber gradualmente matéria orgânica suficiente
para incentivar o retorno dos microorganismos do solo;

O nome de composto vem da mistura de materiais usados na sua produção. Um


composto bem feito possui matéria orgânica transformada em húmus e atua no solo
como uma cola entre os pequenos pedaços de terra, melhorando sua estrutura e dá
condições ao solo de armazenar maior quantidade de água, de ar, e de nutrientes, que
alimentarão as plantas;

O composto pode ser utilizado em qualquer tipo de cultura (hortícolas, ornamentais,


fruteiras e anuais) como adubo de fundo ou adubação de cobertura e como substrato;

No primeiro ano o ideal „e usar 2 Kg de composto por metro quadrado antes da


sementeira a lanço ou no fundo do sulco numa largura de 10 metros.
Métodos de compostagem

Produção de Bocashi
A palavra Bocashi é de origem japonesa cujo significado e “adubo fermentado”, sendo
de fácil preparação, tempo curto para estar pronto e de baixo custo.
Material necessário para o bocashi (quantidades para ¼ de hectare)

2 Sacos de carvão vegetal partido;

2 Sacos de estrume de galinha, ou de gado bovino, ou de cabrito;

25 Kg farelo de milho ou de arroz;

2 de sacos casca de arroz;

5 Litros melaço de cana ou 5 Kg açúcar;

2 de sacos terra preta;

25 Kg de estrume curtido;

25 Kg cal ou cinza;

250 g fermento para farinha de trigo (levedura);

Pelo menos 200 Litro de água.


Importância de cada material

Carvão: Absorve e conserva os nutrientes e humidade do solo;

Estrume: fornece Nitrogénio, Fósforo, Ferro, Magnésio, Cálcio, Manganésio, Cobre,


Zinco e Boro;

Casca de arroz: Tem alto conteúdo de celulose, lignina e hemicelulose que estimulam
o crescimento e desenvolvimento das raízes;

Farelo de milho: Nitrogénio, Fósforo, Cálcio, Potássio e Magnésio;

Açúcar ou melaço: Fonte de energia, acelera o processo de fermentação, fornece Boro,


Potássio, Cálcio e Magnésio;

Fermento de Trigo/Estrume curtido: fornece microorganismos (fungos e bactérias) ao


composto e permite sua rápida decomposição;

Terra Preta: Inocula microrganismos ao composto e joga um papel de receptor


(fixador) dos nutrientes;

Calcário (cal): Regula o pH e fornece cálcio.

Mistura dos materiais durante a preparação do bocashi

Manutenção:

Revirar duas vezes ao dia, durante os


primeiros sete dias;
 Revirar uma vez ao dia durante os
restantes 7 dias.
Passadas 2 semanas esta pronto para usar.
Como saber se está ou não pronto?

Quando há:

 Diminuição da temperatura;
 Mudanças da coloração;
 Baixo teor de humidade;
 Tempo de fermentação 12 a 15 dias.

Uso do Bocashi

 Aplicação directa no fundo do sulco e como adubo de cobertura ao pé da planta 1kg


distribuído em 25 m de sulco;
 Aplicação Foliar, 25 Kg diluídos em 100 litros de água. Fermentar durante 24
Horas;
 Como Substrato para encher sacos plásticos e bandejas, mistura 1 Kg de Bocashi
com 10 Kg de terra.

Uso nas Hortícolas


 Hortaliças de folhas alface, repolho, couve,
espinafre: 30 gr/planta;
 Raízes e Tubérculos: 80 gr/planta;
 Couve -flor e broco-lhe: 60 gr/planta;
 Tomate, Piri- piri, Pimentão: 20 gr/planta;
 Cebola e alho; 10 gr por planta;
 Fruteiras no momento de transplante 250 gr,
no fundo da cova

Vantagens Desvantagens
 Contem a maioria de macro e  Uso de material externo (de difícil procura);
micro nutrientes;
 Baixo conteúdo de matéria orgânica;
 Melhora a estrutura do solo;
 Melhora a fertilidade do solo  Alguns materiais podem resultar caros em
 Disponibilidade imediata dos Certas zonas dos pais.
nutrientes;
 E de fácil aplicação;
 Contribuí para retenção da água;
 Reduz a incidência de doenças
 Estimula a actividade do solo
Qual é o efeito do bocashi?

 Reduz a incidência de doenças;


 Estimula a actividade da planta e o sistema radicular;
 Com o passar do tempo melhora a fertilidade do solo (a partir da segunda
campanha);

Maior durabilidade do efeito e permanência no solo dos nutrientes.


Factores que reduzem a eficácia do Bocashi

 Estrume velho;
 Excesso de humidade;
 Desequilíbrio dos ingredientes utilizados;
 Falta de homogeneidade da mistura;
 Exposição ao vento, sol e chuvas.

Biofertilizante
Materiais e Ingredientes:
Recipiente com tampa (tambor com capacidade de 200 litros)
1 Metro de plástico preto.
1 Metro de mangueira com diâmetro de 1.25 cm.
Estrume fresco 25 Kg.
Leite cru ou soro de leite, 10 litros (pode-se usar leite de soja ou de coco)
Melaço ou Açúcar 10 Kg.
Água 200 Litros.
Como se prepara o Biofertilizante
Diluir 25 kg de estrume (preferencialmente fresco) em 160 litros de água;
Adicione 5 litros de leite + 5 litros de melaço ou 5 Kg de açúcar diluídos em 10 litros
de água;
Enche o tambor com água deixando um espaço livre de 20 cm (câmara de gases, ver
desenho acima).

Recomendações
 Coloque o recipiente de baixo da sombra e a temperatura do ambiente.
 Feche o recipiente e ligue uma mangueira para a saída dos gases;
 Depois de 5 dias reforce com 5 litros de leite fresco e 5 Kg de açúcar ou melaço.
Observações
 Deixe fermentar por um tempo de 21-25 dias;
 Deve apresentar uma coloração amarelada e cheiro a fermento;
 Armazenar aproximadamente 3 mês depois de estar pronto
 Usar 5 litros de biofertilizante + 10 litros de água e pulverizar nas folhas das
culturas com uma frequência de 15 em 15 dias.
Adubos Inorgânicos (fertilizantes químicos sintéticos)

Tipos de Adubos Inorgânico

Os mais comuns levam nitrogénio, fosfatos, potássio, magnésio ou enxofre. A maior


vantagem desse tipo de fertilizante está no fato de conter grandes concentrações de
nutrientes que podem ser absorvidos quase que instantaneamente pelas plantas.

Os vários tipos de adubos inorgânicos são:

 NPK, (Nitrogénio, Fosfatos e Potássio);


 Sulfato de amónio (Nitrogénio 21%);
 Ureia 46% (Nitrogénio 46%).

Classificação dos Fertilizantes

 Minerais: são aqueles constituídos apenas por nitrogénio, fósforo e potássio, de


rápida absorção. Essa classe é subdividida em:
 Fertilizantes nitrogenados: compostos essencialmente de nitrogénio. Têm como
principal matéria-prima a amónia (NH3); Ureia 46%
 Fertilizantes fosfatados: substâncias constituídas de fósforo assimilável aos
vegetais e obtidas a partir do superfosfato, fosfato oxidado, fosfatos de amónio;
 Fertilizantes potássicos: substâncias extremamente solúveis em água, que
fornecem o potássio necessário ao desenvolvimento vegetal. Sulfato de potássio
e cloreto de potássio são as principais matérias-primas para a produção desses
fertilizantes.
 Mistos: combinação de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos.

Uso dos Fertilizantes inorgânicos

 Os fertilizantes são compostos químicos utilizados na agricultura para aumentar


a quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente, conseguir um ganho de
produtividade. Actualmente, são muito utilizados, ainda que paguemos um alto
preço por isso.
 Entre os problemas estão: a degradação da qualidade do solo, a poluição das
fontes de água e da atmosfera e aumento da resistência de pragas.
 A aplicação de todo e qualquer fertilizante requer uma avaliação prévia das
condições do solo. Para isso, pode ser feita uma análise de solo, um teste que
verifica, entre outros aspectos, o nível de fertilidade, a capacidade de
armazenamento de água e as propriedades físicas da terra a ser cultivada.
Através da análise de solo e de possíveis sintomas de má nutrição vegetal, há
como determinar o tipo de fertilizante necessário, bem como sua quantidade.
 O excesso de adubo pode ser tão nocivo à planta quanto sua carência. É por isso
que se recomenda fazer as emendas baseado nos resultados da análise de solo.
Ficha técnica:

Título: Produção Composto, Adubos Orgânicos e Maneio e uso de Fertilizantes


Inorgânicos.

Prefácio: Carolina Reynoso.

Autores: Equipa Sénior de NCBA CLUSA Projecto PROMAC (Carolina Mindú,


Remigio Timbrini, Sergio Yé e Silvino Jorge), com a liderança de Carlos Sánchez.

Capa: Carlos Sánchez.

Paginação: Carlos Sánchez.

Desenhos e imagens: Carlos Sánchez.

Impressão:

Ano: Abril 2015

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